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3º ENCONTRO

2º ECC – ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO – 1ª Etapa


TEMA: O QUE DEUS UNIU O HOMEM NÃO SEPARE. (Mt 19, 6)
LEMA: MARIDOS, AME CADA UM A SUA MULHER, ASSIM COMO CRISTO AMOU A IGREJA E SE
ENTREGOU POR ELA. (Ef 5, 25)

A PRÁTICA ESPIRITUAL DO CASAL/FAMÍLIA: COMUNHÃO E FIDELIDADE

ORAÇÃO INICIAL – ACOLHIDA


A – Iniciamos o nosso encontro acolhendo-nos uns aos outros, desejando um abençoado encontro na paz de
Nosso Senhor, renovando nosso amor pela família, e agradecemos a Deus pela vida conjugal dos casais de
nossa Comunidade, cantando: (Oração pela Família – Pe. Zezinho)

MEMÓRIA
A – Dois casais podem dar testemunho sobre sua experiência espiritual como casal/família. (sugestão: um recém
casado e outro com 25 anos ou mais de matrimônio)
Deus nos fala – Tb 8, 4b-5.8
Tobias levantou-se e disse a Sara: “Levante-se minha irmã! Vamos rezar e suplicar ao Senhor que nos
conceda misericórdia e salvação”. Então ela se levantou, e os dois começaram a rezar, pedindo que Deus os
protegesse, e os dois disseram juntos: Amém! Amém!

REFLETIR A PALAVRA
Tobias chamou Sara para rezar, ela levantou-se e os dois rezaram. Ambos, com o Amém, manifestaram
disposição para iniciar a caminhada e casal que confia no Senhor que os uniu, por isso, bendizeram a Deus por
tudo o que Senhor realizou na vida deles. Apresentaram a reta intenção de formar uma família conforme o
desígnio de Deus, reconheceram a fragilidade própria do humano suplicaram misericórdia para os dois e, ainda,
pediram uma vida longa juntos. Naquela noite de casados, eles reservaram um tempo dos afazeres e
necessidades para juntos rezarem. Assim, iniciaram uma vida de oração em comunhão esponsal e de escuta
da vontade de Deus. Eles escolheram ter uma vida espiritual em sua família. Colocaram a vida conjugal nas
mãos do Senhor e iniciaram uma trajetória familiar segundo o querer de Deus, através de uma caminhada
espiritual. Hoje o casal Tobias e Sara tem um rosto. O rosto dos casais da nossa comunidade paroquial.

A IGREJA NOS ENSINA


A – O centro e síntese da espiritualidade cristã é a pessoa de Jesus Cristo, Deus feito ser humano, por obra do
Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Cada um de nós cristãos, somos convidados a nos unirmos a Cristo e
a Ele nos configurarmos. Porque Ele:
Leitor 1 – manifestou-nos o Pai em sua pessoa e pregação;
Leitor 2 – deu-nos um mandamento novo de nos amarmos uns aos outros, como Ele nos amou;
Leitor 1 – ensinou-nos o caminho das bem-aventuranças: ser pobres em espírito e mansos, tolerar as dores
com paciência, ter sede de justiça, ser misericordiosos, puros de coração, pacíficos, sofrer perseguição pela
justiça;
Leitor 2 – por amor padeceu sob Pôncio Pilatos. Morreu por nós como Cordeiro inocente que tira o pecado do
mundo;
Leitor 1 – foi sepultado e ressuscitou por seu próprio poder, e por sua ressurreição nos levou à participação na
vida divina;
Leitor 2 – subiu ao Céu, de onde virá de novo, com glória, para julgar os vivos e os mortos, cada um segundo
seus méritos, e seu Reino não terá fim.
Todos – A Ele louvor e glória para sempre.
Homens – Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, é o centro do universo, da história e da vida de
todos os seres humanos e nosso único Salvador. Neste sentido, pode-se dizer que existe uma única
espiritualidade cristã em diversas formas para a pessoa batizada. No caso da família, em Cristo encontramos o
programa espiritual da família cristã como “Igreja doméstica”.
Todos – Jesus ensina-nos a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – Em consequência, não precisamos inventar um novo programa de espiritualidade cristã. O programa
e os recursos já nos são dados desde do nosso batismo. São os de sempre, recolhidos pelo Evangelho e pela
tradição viva e centrada em Cristo.
Todos – Jesus, ensina meus parentes e amigos rezarem como o Senhor rezou.
Homens – O conteúdo da espiritualidade cristã não muda ao se modificarem os tempos e as culturas, ainda que
se tenha em conta as diversas formas de espiritualidade, de acordo com as necessidades de cada época e
cultura.
Todos – Jesus, ensina os mais sofridos e pobres a rezarem como o Senhor rezou.
A – A partir de Jesus Cristo, o casal/a família que se exercita na vida espiritual, fazendo o que Ele fez, obtém
inúmeros e preciosos recursos para fortalecer os relacionamentos dos seus membros tais como tolerância,
tempo para estar com outro olhar de fé nos acontecimentos diários. Assim são capazes, pela graça de Deus, de
viver santamente o cotidiano das relações familiares e depois plenamente na eternidade.
Todos – Eu e minha família queremos rezar como Jesus rezou.
Homens – Santidade, porque encarna e orienta a vida familiar pelo Evangelho. A prática espiritual dos membros
da família, em especial do casal, orienta e guia a forma como vivem, como dialogam, educam os filhos, tratam
as pessoas do convívio familiar, profissional e também os desconhecidos ou os necessitados. O casal/a família
que cuida do espiritual em sua casa consegue integrar toda a trajetória de vida voltada para Deus, para procurar,
a cada dia, fazer a vontade de Deus em suas vidas.
Todos – Jesus, ensina a minha Comunidade Paroquial a rezar como o Senhor rezou.
Mulheres – A espiritualidade na família faz com que todos vivam felizes e possam enfrentar com dignidade as
dificuldades da vida com segurança e com confiança em Deus pois, pela graça do matrimônio, os membros da
família reconhecem e celebram, mais perfeitamente, a presença de Deus em cada acontecimento. Através dos
exercícios das práticas espirituais da confiança, fidelidade e amor em Deus, nós vimos, ouvimos e
experimentamos: Deus está conosco!
Todos – Jesus, ensina os meus vizinhos a rezarem como o Senhor rezou.
Homens – Esposa, esposo e filhos, praticantes de espiritualidade intensa pela oração mística, contemplação e
celebração, são capazes de amar sem limites, numa reciprocidade de dons, porque são alimentados pelo amor
de Deus que os impulsiona a uma doação mútua e total. São capazes de se comprometerem um com o outro,
até os limites de suas existências, porque é na liberdade do amor que encontram os meios para a vida de
doação.
Todos – Jesus, ensina nossos doentes a rezarem como o Senhor rezou.
Mulheres – Outro meio da prática da espiritualidade conjugal e familiar é o diálogo cristão, fundado no querer
de Deus, em Jesus, pela força do Espírito que compartilha sentimentos, preocupações, esperanças e a própria
vivência espiritual, em que um fala e o outro escuta. Um diálogo que leva a oração, porque, nela, eles vão
escutar a Deus e sua vontade, para conduzir suas vidas.
Todos – Jesus, ensina nossos governantes a rezarem como o Senhor rezou.
A – Rezar é uma das autênticas e profundas formas de espiritualidade. Por isso, peçamos sempre Jesus, ensina-
nos a rezar como o Senhor rezou (Lc 11,1). Pai Nosso...

PRÁTICA ESPIRITUAL EM CASA – Diálogo Espiritual Conjugal (familiar)


A – Seria bom que o casal (membros da família) com o propósito de oração pessoal em comunhão, pudesse ter
uma conversa ao mês, buscando uma data rotineira que favoreça um encontro, escolhendo um ambiente
tranquilo e com/sem a presença dos filhos e alguns instrumentos à disposição como: a Bíblia, o terço, um livro
espiritual e outros. O bom seria que no quarto do casal ou na casa tenha-se um pequeno santuário, uma
capelinha, e ali, no Santuário da família, fazer a oração.
De mãos dadas, o casal (membros da família) para iniciar a oração, invoca o Espírito Santo para auxiliá-los,
deixando que o Espírito os inspire ao diálogo espiritual, numa conversa franca, em igual oportunidade.
Esposo e esposa (membros da família) são convidados a começar o diálogo recordando um fato de sua
história, uma lembrança, um acontecimento do mês e outros, como por exemplo: o momento em que se
conheceram; o namoro; o que os fez perceber que queriam ficar juntos, destacar alguns desafios enfrentados
pelo casal/família naquele mês; uma memória orante.
Como uma conversa puxa outra, podem concluir que algumas coisas precisam ser melhoradas, e daí definir
alguns propósitos para alcançarem essas melhoras necessárias a uma vida mais feliz, a cada dia, para o casal
e a família.
Para marcar os propósitos feitos, o casal (membros da família) é chamado a escrever o que definiu como
pontos a serem melhorados e guardarem o papel escrito para o próximo encontro. Para encerrar façam uma
oração de agradecimento, ou mesmo, rezem as orações tradicionais como o Pai Nosso e a Ave Maria.

O MAGISTÉRIO NOS ORIENTA


– O primeiro âmbito da cidade dos homens, iluminados pela fé, é a família, penso, antes de mais nada, na
união estável do homem e da mulher no matrimônio. Tal união nasce do seu amor, sinal e presença do amor de
Deus. Nasce do reconhecimento e aceitação do bem que é a diferença sexual, em virtude da qual os cônjuges
se podem unir numa só carne (Gn 2, 24) e são capazes de gerar uma nova vida, como manifestação da bondade
do Criador, da sua sabedoria e do seu desígnio de amor. Fundados sobre esse amor, homem e mulher podem
prometer amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que lembra muitos traços da fé: prometer
um amor que dure para sempre e possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que
nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada (Lumen Fidei 52). “A fé não é um refúgio para gente
sem coragem, mas a dilatação da vida: faz descobrir uma grande chamada – a vocação ao amor – e assegura
que este amor é fiável, que vale a pena entregar-se a ele, porque o seu fundamento se encontra na fidelidade
de Deus, que é mais forte do que toda a nossa fragilidade” (LF 53).

SANTIDADE EM FAMÍLIA – Pedro Moncau Júnior (1899-1982) e Nancy Cajado (1909-2006)


Pedro Moncau Júnior e Nancy Cajado conheceram-se no dia 07 de setembro do ano de 1931, e casaram-se
em 27 de junho de 1936. O casal Pedro e Nancy procurou viver a sua conjugalidade na busca fiel e verdadeira
dos valores cristãos. Pedro, médico, entrou para a conferência Vicentina e para a congregação Mariana aos 18
anos, dedicando-se no atendimento aos pobres. Nancy, catequista, pertencia à Ação Católica. O casal teve seis
filhos, sendo que o segundo filho morreu aos 16 anos de idade. Foi um casal que buscou na vida espiritual algo
que os ajudassem na educação dos filhos e os inspirassem a buscar Deus. Um casal que, efetivamente,
procurou viver a vontade de Deus, para eles e a sua família. Não tinham nada de especial, apenas, faziam de
sua família um constante desafio especial de santidade, pelo exercício da espiritualidade crista. No final da
década de 1940, o casal encontra, nas Equipes de Nossa Senhora, uma espiritualidade voltada para o
crescimento nas virtudes domésticas, e meios para um crescimento espiritual juntos. A partir dessa experiência
de santidade conjugal, resolveram em contato com Pe. Caffarel, em maio de 1950, propagar aquilo que viviam
para o Brasil.

PARTILHAR
1. Você estaria disposto com a(o) sua(seu) esposo(a) a experimentar a oração conjugal/familiar a partir, quem
sabe, de hoje, antes de dormir?
2. Seria possível pensar numa conversa reservada, só o casal (família), num ambiente acolhedor, para
falarem de suas conquistas de casal cristão (família cristã)?

ORAÇÃO – Trindade Santa, amar a família significa: saber estimar os seus valores e possibilidades,
promovendo-os sempre; descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los; empenhar-se
em criar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Ó Deus Trino, ajuda-nos, em meio às crescentes
dificuldades, dar às nossas famílias razões de confiança nas riquezas próprias que advêm da natureza e da
graça, na missão que Deus lhes confiou. Sagrada Família, conceda às famílias do nosso tempo altura e
seguimento fiel ao nosso amado Jesus. Amém!

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