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Rev. Ewerton B. Tokashiki
INTRODUÇÃO
“Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos
nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias
falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas e por meio de quem fez o universo” (Hb 1:1-2, NVI – grifos
meus)
Deus, a sinceridade por mais intensa que seja, mas, se movida pelo erro, somente
produzirá fanatismo, desvio e desaprovação de Deus.
É verdade que conheci irmãos pentecostais que aprendi admirar por sua
consagração ao Senhor, as suas orações faziam-me sentir vergonha do modo como
eu falava com Deus. Entretanto, também conheci muitos irmãos, os assim
chamados tradicionais [muitas vezes apelidados de “frios”], que revelavam uma
piedade, sobriedade e testemunho cristão que posso dizer “homens dos quais o
mundo não era digno” (Hb 11). Assim, entendi que não são crenças em
experiências de êxtase, e supostos dons extraordinários, que produzem maturidade,
intimidade e piedade, mas o compromisso de obedecer a Escritura Sagrada,
aplicando-a a todas as áreas da vida, na dependência dos méritos de Cristo, do
poder do Espírito Santo para a glória do Pai.
Recordo com carinho de um idoso presbítero, o “seu José”, uma pessoa
muito enferma que sofria de mal de Parkinson em estado avançado. Numa certa
reunião de oração, eu um fervoroso garoto com dezessete anos, que cria ter dons
extraordinários, dispus-me a orar com ele, convicto de que conhecia o segredo que
poderia livrá-lo daquela enfermidade. Algo inconcebível para alguém que era
presbítero, assim, eu pensava. Comecei a nossa conversa da seguinte maneira:
“meu irmão, o senhor crê que Deus pode curá-lo agora? Ele com dificuldades de
falar por causa da enfermidade, respondeu “sim, meu jovem, creio nisso, se Ele
quiser”. Então, com uma tola ousadia, motivada pela confissão positiva e teologia
da prosperidade, impus minhas mãos sobre a sua cabeça, e orava determinando a
cura, exigindo que Deus o curasse porque não aceitava aquela triste situação de
saúde! Ele ficou de cabeça baixa, pacientemente ouviu toda a oração, e em seguida
orou, por ser a sua vez. “Senhor Deus, tu és sábio e bondoso conosco, nos concede
a alegria e a dor, o vigor e a enfermidade, nos levanta e abate, nos ensinando a
amá-lo, a temer o teu nome, e glorificar as tuas obras! Que por meio de teu Filho
Jesus nos revela a graça de viver e morrer, e uma intimidade com o teu Espírito,
nos conduzindo pelo misterioso caminho da providência, instruí-nos a dizer, com
todo o coração, ‘seja feita a tua vontade’, e a amá-lo em tudo o que fizer conosco”;
e assim, continuou uma longa oração, que me abalou. Aquele senhor era um
homem de Deus, em todo o significado desta expressão. Ele não me humilhou, nem
usou da oportunidade para me repreender com rispidez, mas preferiu falar com o
nosso Pai, em meu favor. A enfermidade havia limitado o seu corpo, mas o seu
amor pelo Senhor era muito saudável! Quando lembro daquele momento, e com o
discernimento que hoje possuo, às vezes, lacrimejam-me os olhos. Não foram
somente as ortodoxas declarações, mas a intimidade com que ele falava com nosso
Deus. Naquele momento começou a ruir as novas crenças que havia abraçado.
Mas, a minha insistência com “a experiência” que tive, deveria ser superior, eu
estava equivocado se negasse o que o Espírito Santo havia feito recentemente em
declarava que não era batizado com o Espírito, e nunca falara em línguas. Recentemente tenho encontrado vários
casos de pentecostais que alegam nunca terem falado em línguas, embora acreditem que o dom ocorra com
frequência em suas igrejas. Estes casos, inicialmente contribuíram reforçar o questionamento se, de fato, o falar
em línguas era evidência de uma vida de intimidade com Deus.
4
mim naquele culto de busca! Por isso, ainda demorei uns dois anos até abandonar o
continuísmo.
Há aproximadamente 20 anos Deus reformou a minha mente, e fez-me
retornar ao ensino das Escrituras. Desde então, muita coisa mudou, por isso, vejo-
me numa imensurável dívida com meus irmãos. Desejo compartilhar com vocês o
que o Senhor me concedeu, e poupar-lhes de sofrer todo o processo que trilhei.
Mas, se você tem labutado com dúvidas, e elas têm lhe motivado a buscar uma
vida de intimidade com Deus, permita-me ser um facilitador nessa jornada em
direção ao ensino da Escritura Sagrada – a nossa única regra de fé e prática.
O propósito deste livro é apresentar um esclarecimento do que a Fé
Reformada, e sob esta herança a Igreja Presbiteriana do Brasil, crê da cessação do
dom de línguas. Desnecessária confusão tem se difundido em nossa igreja
aceitando que membros, e até mesmo pastores, aleguem exercer o dom de línguas,
sem exigir a correta aplicação da Carta Pastoral. Em 2005, o Supremo Concílio da
IPB compôs uma Comissão Permanente de Doutrina que produziu uma Carta
Pastoral sob o título de “O Espírito Santo Hoje – dons de línguas e profecia”
reafirmaram seu compromisso confessional. Na “apresentação” é declarado que
eles oferecem
respostas às indagações mais urgentes dos seus pastores e membros em várias áreas
da fé e da prática, respostas estas que provenham de uma exegese biblicamente
correta e de uma hermenêutica que reflita a teologia dos nossos símbolos de fé e de
nossa tradição reformada.2
Com esta declaração inicial a Comissão Permanente de Doutrina declara
uma tríplice fonte de autoridade. Obviamente a ordem segue o grau de
importância:
1. Exegese biblicamente correta;
2. A teologia dos nossos símbolos de fé;
3. A nossa tradição reformada.
O QUE É RESTAURACIONISMO
O Restauracionismo é a defesa de que alguns dos dons, em especial os
revelacionais como línguas, profecias e dons de curas, que antes haviam cessado,
ou estado ausentes na Igreja, foram restaurados em tempos recentes como um sinal
escatológico. Esta é a defesa da maioria dos adeptos do movimento Pentecostal
clássico.4 Era crença comum que “os padrões da igreja do Novo Testamento
começaram a ser restaurados com a Reforma Protestante do século 16, e essa
restauração se daria em sucessivas ondas até a atualidade, em preparação ao
retorno de Cristo à terra.” H.S. Maltby, um de seus principais porta-vozes, resumiu
a perspectiva restauracionista descrevendo que
durante a Reforma, Deus usou Martinho Lutero e outros para restaurar ao mundo a
doutrina da justificação pela fé (Rm 5:1). Depois o Senhor usou os Wesley e outros,
no grande movimento de Santidade, para restaurar o evangelho da santificação pela
fé (At 26:18). Mais tarde, ele ainda usou vários outros para restaurar o evangelho da
segunda vinda de Cristo (At 1:11). Agora o Senhor está usando muitas testemunhas,
no grande Movimento Pentecostal, para restaurar o evangelho do batismo com o
Espírito Santo e com fogo (Lc 3:16; At 1:5), com sinais que o acompanham (Mc
16:17-18; At 2:4; 10:44-46; 19:6; 1:1-28:31). Graças a Deus, nós agora temos
pregadores do evangelho completo.5
O QUE É CONTINUÍSMO?
Basicamente o Continuísmo afirma a existência contemporânea dos dons
extraordinários, como línguas e profecias, sem interrupções desde os dias dos
apóstolos até os dias de hoje.12
Há diferentes tipos de continuístas o que dificulta uma crítica direcionada ao
movimento. O movimento continuísta desde cedo na história da Igreja Cristã. Os
primeiros continuístas foram os Montanistas, este grupo surgiu e deve o seu nome
ao seu fundador Montano. Na Idade Média surgiram os místicos que alegavam ter
visões beatíficas, falar com anjos, realizar curas, além de crerem que milhares de
eventos sobrenaturais ocorriam nas e através das relíquias. Na época da Reforma a
partir de uma facção anabatista surgiram os fanáticos, que também eram
conhecidos por entusiastas, e em desprezo ao princípio Sola Scriptura, alegavam
profetizar e falar em línguas e realizar milagres.
O QUE É CESSACIONISMO?
O Cessacionismo ensina ter cessado as modalidades e os agentes
revelacionais, bem como a continuação da comunicação de uma nova revelação
especial. As modalidades revelacionais, dentre elas visões, sonhos, o uso do urim e
tumim, teofanias, profecias, línguas e outras modalidades. Também cessaram os
agentes revelacionais, isto é, profetas e apóstolos. E por fim, o conteúdo
revelacional, ou seja, cessou a continuidade da revelação verbal, que outrora foi
transmitida por meio de diversos modos no decorrer da história da redenção. Este
assunto será esclarecido a seguir.
15
Gerard Van Groningen, O progresso da revelação no Antigo Testamento (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2006),
pp. 18-19.
16
Charles Hodge, Teologia Sistemática (São Paulo, Editora Hagnos, 2001), p.. 337.
17
Misael Nascimento, “Porque sou cessacionista” in: http://www.misaelbn.com/2011/12/porque-sou-
cessacionista/ acessado às 14:59 do dia 21 de Dezembro de 2011.
10
A INTERPRETAÇÃO DA CFW
O especialista em história da teologia Garnet H. Milne argumentou que
“uma análise dos teólogos de Westminster revela o seu completo compromisso
com um cessacionismo de um tipo bastante abrangente.” 18 Eles afirmaram que “a
possibilidade de mais revelações cessou, ambos com o propósito de visão
doutrinária e para orientação ética.”19 Assim, “inspiradas mensagens do céu com o
propósito de abrir o sentido da Escritura, para garantia da redenção pessoal, ou
para qualquer outra finalidade, foram consideradas como não sendo mais
possíveis.”20
18
Garnet H. Milne, The Westminster Confession of Faith and the Cessation of Special Revelation – Studies in
Christian History and Thought (Eugene, Wipf & Stock, 2008), p. 145.
19
Garnet H. Milne, The Westminster Confession of Faith and the Cessation of Special Revelation – Studies in
Christian History and Thought, p. 145.
20
Garnet H. Milne, The Westminster Confession of Faith and the Cessation of Special Revelation – Studies in
Christian History and Thought, p. 123.
11
III. O Espírito Santo fala por meio da Escritura Sagrada – CFW I.10
10. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser
determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as
opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares,
o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o
Espírito Santo falando na Escritura (Mt 22:29, 31; At 28:25; Gl 1:10).
Pergunta: 80. Poderão os crentes verdadeiros ter certeza infalível de que estão no
estado da graça e de que neste estado perseverarão até a salvação? Resposta: Aqueles
que verdadeiramente creem em Cristo, e se esforçam por andar perante Ele com toda
a boa consciência, podem, sem uma revelação extraordinária, ter a certeza infalível
13
de que estão no estado de graça, e de que neste estado perseverarão até a salvação,
pela fé baseada na verdade das promessas de Deus e pelo Espírito que os habilita a
discernir em si aquelas graças às quais são feitas as promessas da vida, testificando
aos seus espíritos que eles são filhos de Deus.
Calvino explica que “o dom de cura, como o resto dos milagres, os quais o
Senhor quis que fossem trazidos à luz por um tempo, desapareceu, a fim de tornar
a pregação do Evangelho maravilhosa para sempre.”30 Ainda quanto ao dom de
operação de milagres, Calvino comenta que, embora
Cristo não declara expressamente se Ele pretende que esse dom [de milagres] seja
temporário ou que permaneça perpetuamente na Igreja, é mais provável que os
milagres tenham sido prometidos apenas por um tempo, para dar brilho ao evangelho
26
Juan Calvino, Institución de la Religión Cristiana (Barcelona, FeLire, 4ª ed., 1994), I.9.1, p. 44. Será citada apenas
como Institutas.
27
João Calvino. As Institutas da Religião Cristã: Edição Clássica. II.15.2. São Paulo: Cultura Cristã, 2006. p. 249.
28
Juan Calvino, Institutas, I.9.1, p. 45.
29
João Calvino, Institutas, I.9.3, p. 46.
30
João Calvino, Institutas da Religião Cristã, IV: 19, 18.
15
Ao comentar Ef 4 [Institutas].
31
John Calvin, Comentário sobre os Evangelhos Sinóticos, III:389.
32
John Knox, The History of the Reformation in Scotland (Edinburgh, The Banner of Truth, 2000), p. 277.
33
William Ames, The Marrow of Theology (Grand Rapids, Baker Books, 1997), pp. 183, 185.
16
34
David Dickson, Truth’s Victory Over Error – A Commentary on the Westminster Confession of Truth (Edinburgh,
The Banner of Truth, 2007), pp. 3-4.
35
Nesta questão 3 David Dickson comenta apenas a CFW I.1.
36
Johannes Wollebius, Compendium Theologicae Christianae in: John W. Beardslee III, Reformed Dogmatics:
seventeenth-century Reformed Theology through the Writings of Wollebius, Voetius, and Turretin (Grand Rapids,
Baker Books, 1977), p. 141.
37
Johannes Wollebius, Compendium Theologicae Christianae, pp. 142-143.
17
38
John Owen, The work of the Spirit in: The works of John Owen (Edinburgh, The Banner of Truth, 1995), vol. IV, p.
518.
39
John Owen, The work of the Spirit in: The works of John Owen, vol. III, p. 35.
40
John Owen, The work of the Spirit in: The works of John Owen, vol. XIII, p. 32.
41
Thomas Watson, The Beatitudes (Edinburgh, The Banner of Truth, 1971), p. 14.
42
François Turrentini, Compêndio de Teologia Apologética (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2011), vol. 1, p. 107.
18
54
Jonathan Edwards, A busca do crescimento, p. 32.
55
George Whitefield, Works, vol. 4, p. 9.
56
D.M. Lloyd-Jones, Exposition of Romans 8:5-17 (Edinburg, The Banner of Truth, 1974), p. 332 citado por Victor
Budgen, The Charismatics and the Word of God – a biblical and historical perspective on the charismatic
movement, p. 163.
57
James Buchanan, The office and work of Holy Spirit (London, The Banner of Truth Trust, 1966), p. 34.
21
a nova dispensação, Deus completou toda a revelação de sua vontade em seu Filho, e
nenhuma nova revelação deveria ser esperada até o fim do mundo.58
de fé, seja por novas revelações do Espírito, seja pelas tradições humanas.
Cristianismo atual.72
definição se refere ao “encargo, atribuído pela lei a cada uma das partes, de
demonstrar a ocorrência dos fatos de seu próprio interesse para as decisões a
serem proferidas no processo”.74 Não há irrefutável evidência de que existem
manifestações do dom de línguas nos dias de hoje. Este é o desafio dos que
reivindicam ter o dom de línguas, devem provar tê-lo, de modo claro e inequívoco,
segundo as Escrituras.
Para que possamos responder aos argumentos mais comumente usados pelos
que alegam falar em línguas devemos recorrer ao ensino das Escrituras. Uma
análise nos textos de Atos e 1 Coríntios será indispensável para conferirmos se a
prática é compatível com o ensino da imutável Palavra de Deus.
particular, não reflete o objetivo dos dons que visavam à edificação de toda a
igreja.
4. O dom de línguas era inteligível. O conteúdo das línguas (vs.6), o modo de sua
transmissão (vs. 7-9), bem como a recepção da mensagem (vs. 10-11) tinha o
propósito de ser compreensível aos ouvintes, de modo que, eles progredissem para
a edificação da igreja (vs. 12). Paulo nos instrui, em 1 Co 14:6-12, que o dom de
línguas tinha 1) um conteúdo inteligível - vs.6; 2) uma comunicação inteligível -
vs.7-9; e, 3) uma recepção inteligível - vs.10-12. Deveríamos estranhar quando
alguém supostamente "fala em línguas" emitindo sons desarticulados, extáticos e
ininteligíveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
76
Abraham Kuyper, A Obra do Espírito Santo, p. 186.
29
APÊNDICES
APÊNDICE I
OS DONS REVELACIONAIS NOS PAIS DA IGREJA
I. Didaquê (70-120)
O compilador da Didaquê ao instruir sobre a vida comunitária, oferece
31
77
Didaquê in: Padres Apostólicos (São Paulo, Editora Paulus, 1995), pp. 354-357.
78
Justino de Roma – I e II Apologias e Diálogo com Trifão (São Paulo, Editora Paulus, 1995), p. 238. Grifo meu.
79
Ireneu, Contra Heresias, V.6.
80
Roque Frangiotti, História das Heresias [Séculos I-VIII], (São Paulo, Editora Paulus, 5ª edição, 2007), p. 57.
32
V. Tertuliano (155-222)
Tertuliano se tornou montanista, e tece uma crítica a Marcião, a partir das
crenças da sua seita. Ele diz que
que Marcião exiba como dons de seu deus, alguns profetas, da classe que não falam
por sentido humano, senão que com o Espírito de Deus, como os que predisseram
coisas vindouras e que manifestaram os segredos dos corações; que eles produziram
um salmo, uma visão, uma oração; somente que fosse procedente do Espírito num
êxtase, isto é, num arrebatamento, quando lhe sobreveio uma interpretação de
línguas; ... assim, todos esses sinais estão presentes do meu lado.82
Entretanto, a resposta de Orígenes a esta declaração é que “Celso não deve ser
crido quando diz que ouviu profetizar desses homens; porque nenhum profeta que
se pareça em absoluto aos antigos profetas apareceu nos tempos de Celso”.84
81
Barbara Aland, Montano e o Montanismo in: Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs (São Paulo, Editora
Vozes & Editora Paulinas, 2002), p. 960.
82
Tertualiano, Against Marcion in: The Ante-Nicene Fathers (Buffalo, Christian Literature Press, 1887), vol. 5, p. 8.
83
Orígenes, Against Celsus in: The Ante-Nicene Fathers (Buffalo, Christian Literature Press, 1887), vol. 7, p. 9.
84
Orígenes, Against Celsus in: The Ante-Nicene Fathers, vol. 7, p. 11.
33
várias referências nos Pais primitivos, nos deixam poucas dúvidas acerca da
evidência insignificativa das línguas em seus tempos. Alguns acadêmicos
contemporâneos ainda duvidam que os montanistas, inicialmente citados como
antigo protótipo dos pentecostais, praticassem realmente a glossolalia. Logo, se os
primeiros cinco séculos foram escassos, os seguintes foram anos de ausência para a
prática na cristandade ocidental, e duvidosos na cristandade oriental. As poucas e
esparsas referências são duvidosas por si mesmas, e feitas ainda mais duvidosas pela
credulidade característica da Idade Média. [...] Somente no século XX prosperou a
glossolalia.89
APÊNDICE II
ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DE D.A. CARSON
APÊNDICE III
ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DE JACK DEERE
APÊNDICE IV
ANÁLISE DA INTERPRETAÇÃO DE WAYNE GRUDEM
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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35
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