É
uma
segunda-‐feira
à
noite,
cerca
de
quatrocentas
pessoas
estão
reunidas
no
templo
da
igreja
metodista
Wesley.
Há
muito
cântico,
muito
louvor...
vê-‐se
no
rosto
de
cada
pessoa
o
gozo
de
quem
está
sentindo
a
perceptível
presença
do
Senhor.
Este
culto
se
estenderá,
provavelmente,
por
três
ou
quatro
horas,
mas
ninguém
sentirá
o
tempo
passar.
Aí
encontramos
o
grupo
mais
ecumênico
de
Porto
Alegre.
Vemos
um
ou
dois
sacerdotes
católicos
romanos
acompanhados
de
algumas
freiras;
uma
diaconisa
da
igreja
Evangélica
de
Confissão
Luterana,
com
seu
hábito
característico;
pastores
e
membros
de
igrejas
batistas,
presbiterianas,
episcopal,
Luteranos
Missurianos,
Assembléia
de
Deus
e
grande
grupo
de
metodistas.
Esquecidos
de
que
pertencem
à
diferentes
igrejas,
o
grupo
reúne-‐se
como
uma
só
família,
louvando
a
Deus,
orando
e
participando
de
experiências
novas
que
Deus,
através
da
sensível
presença
do
Espírito
Santo,
vem
proporcionar.
Ao
louvor
segue-‐se
o
estudo
da
Palavra
de
Deus.
Há
neste
grupo
um
forte
amor
e
apego
a
Bíblia.
Sente-‐se
aí
quanto
a
escritura
está
viva.
Por
ela
as
pessoas
buscam
pautar
suas
vidas
em
todos
os
momentos.
Percebe-‐se
o
interesse
de
cada
um
de
ser
fiel
aos
ensinos
bíblicos.
Este
grupo
crê
na
totalidade
do
testemunho
bíblico
e
está
procurando
viver
o
que
crê.
Algumas
vezes
o
grande
grupo
é
dividido
em
outros
menores.
Aqueles
que
vem
pela
primeira
vez,
e
ainda
não
tomaram
a
decisão
de
aceitar
Jesus
como
Senhor
e
Salvador
de
suas
vidas,
estarão
reunidos,
recebendo
a
instrução
sobre
o
plano
de
salvação
e
após,
serão
levados
a
tomarem
uma
decisão.
Um
outro
grupo
se
constituirá
de
crentes
que
desejam
o
batismo
com
o
Espírito
Santo.
Após
instrução
bíblica
serão
conduzidos
a
buscar,
através
da
oração,
está
unção
que
Jesus
Cristo
prometeu
a
todos
os
seus
discípulos.
Um
terceiro
grupo
estudará
os
dons
e
o
fruto
do
Espírito
Santo,
visando
a
maturidade
cristã.
Todos
sabem
que
estão
apenas
nos
umbrais
da
vida
cristã
e
muito
precisa
ser
percorrido.
Há
uma
consciência
bem
acentuada
da
verdade
revelada
em
Provérbios
4:18
“
O
caminho
do
crente
é
como
a
luz
da
aurora
que
vai
brilhando
mais
e
mais
até
ser
dia
perfeito”.
Mas
essas
reuniões
de
segunda-‐feira
nem
sempre
seguem
a
mesma
ordem
de
acontecimento.
Elas
nunca
são
estáticas.
Estão
totalmente
abertas
à
orientação
do
Espírito
Santo.
Descobrimos
que
o
Espírito
Santo
não
se
prende
a
formas
fixas,
Ele
tem
uma
liberdade
de
ação
que
transcende
toda
a
expectativa
humana.
Há
ocasiões
em
que
o
louvor
é
tão
intenso
que
todo
o
tempo
é
usado
na
glorificação
de
Deus
glorificação
de
Deus
e
do
Senhor
Jesus
Cristo.
Há
momentos
de
glória
onde
o
amor
se
extravasa
de
forma
indescritível.
Vive-‐se,
como
se
voltássemos
ao
primeiro
século
da
igreja,
a
continuidade
de
Atos
2:4;
4:31;
8:17;
10:46
ou
19:6
quando
irmãos
são
batizados
com
a
presença
do
Espírito
Santo
em
suas
vidas.
A
estes
se
abre,
então,
uma
nova
dimensão
pelo
poder
desta
divina
presença
passam
a
ser
testemunhas
destemidas.
Encontramos
pessoas
tímidas
e
inibidas
que
agora
são
ousados
testemunhadores
de
Cristo
ao
chofer
de
taxi,
ao
colega
de
trabalho,
aos
seus
familiares,
usando
toda
a
oportunidade
que
se
apresente.
Por
exemplo:
dois
jovens
que
nunca
testemunharam
a
fé
pois
nela
estavam
iniciando,
ao
serem
batizados
com
o
poder
do
Espírito
Santo
pregaram
no
ambiente
hostil
à
religião,
no
colégio
em
que
estudam,
levando
colegas
a
se
decidirem
por
Jesus
Cristo.
O
novo
capítulo
do
livro
de
Atos
dos
Apóstolos
que
se
escreve
hoje
,
o
capítulo
vinte
e
nove,
contando
o
que
aqui
está
sendo
vivido,
estaria
incompleto
se
deixasse
de
testemunhar,
à
semelhança
de
Atos
4:30,
os
sinais
e
prodígios
que
o
Senhor
realiza
constantemente
enquanto
o
grupo
ora.
Uma
senhora
é
curada
repentinamente
de
sua
coluna
cujo
defeito
congênito
lhe
causava
grande
sofrimento.
Um
jovem
testemunha
que
seu
olho,
ferido
pela
correia
da
máquina
em
que
trabalhava,
foi
curado
no
hospital,
na
mesma
hora
do
culto,
quando
irmãos
oravam
por
ele,
muito
embora
já
estivesse
anestesiado
para
a
operação
do
olho;
o
cirurgião
admirado
reconhece
que
nada
precisa
ser
feito,
um
milagre
ocorrera.
Uma
moça
ungida
com
óleo
é
libertada
da
asma
que,
periodicamente,
a
levava
ao
hospital
e
a
tenda
de
oxigênio.
Estes
e
outros
sinais
que
poderiam
ser
acrescentado,
revelam
quão
grande
é
o
amor
de
Deus
e
como
ele
se
faz
presente
quando
cheios
de
fé
e
de
louvor
nos
reunimos
diante
dEle.
Há
um
constante
repartir
de
dons
à
Igreja.
Muitas
vezes
temos
profecias,
testemunhos
e
mensagens
inspiradas.
No
orar
há
um
novo
fervor
e
constantemente
oração
e
louvor
se
mesclam
com
orações
e
cânticos
espirituais.
Este
grupo
ora
em
línguas?
–
Sim.
E
tem
também
significativas
interpretações.
O
orar
em
línguas
é
uma
imperiosa
necessidade
quando
esgotadas
as
palavras
conhecidas
de
louvor
e
não
possuindo
outras
expressões
para
engrandecer
o
Senhor
que
gloriosamente
está
presente,
o
Espirito
Santo
enche
nossos
lábios
com
o
louvor
perfeito.
E
como
estas
orações
nos
edificam!
Alguém
pode
exclamar
que
isto
é
emocionalismo.
A
grande
verdade
está
no
fato
que,
quando
na
presença
de
Deus,
reconhecendo
o
selo
do
perdão,
sentindo
nossas
almas
se
inundarem
de
um
precioso
amor
pelos
irmãos
e
por
Cristo,
vendo
as
manifestações
visíveis
da
ação
do
Espirito
Santo,
lágrimas
de
gozo
ou
de
arrependimento
pelos
pecados
cometidos,
ou
expressões
de
júbilo
que
levam
convictamente
a
exclamar:
“Aleluia!
Glória
ao
Senhor!
Louvado
seja
o
nome
do
Senhor!”,
não
podem
ser
contidas,
a
menos
que
deixemos
de
ser
humanos.
Quem
pode
ficar
sem
emoção
ao
ver
curada
a
sua
enfermidade
ou
redimido
do
seu
pecado?
Quando
o
amor
de
Deus
se
derrama
tão
abundantemente
quem
pode
manter-‐se
impassível?
Alguém
poderá
dizer:
isto
que
ocorre
nas
reuniões
de
segunda-‐feira
na
igreja
Wesley,
em
Porto
Alegre,
não
é
metodismo.
Responderíamos
transcrevendo
das
páginas
do
Diário
de
João
Wesley
dois
textos:
1739,
primeiro
de
janeiro,
segunda-‐feira
–
“Mr.
Hall,
Kinchin,
Inghan,
Whitefield,
Hutchins
e
meu
irmão
Carlos
estavam
presentes
a
nossa
festa
de
amor
em
Fetter
Lane,
com
cerca
de
sessenta
irmãos.
Cerca
de
três
horas
da
manhã,
enquanto
continuávamos
perseverando
em
oração,
o
poder
de
Deus
veio
grandemente
sobre
nós,
tanto
que
muitos
gritavam
de
tanta
alegria,
e
muitos
caíram
no
chão.
Logo
que
nos
recuperamos
um
pouco
do
espanto
e
do
maravilhamento
na
presença
de
Sua
Majestade,
cantamos
a
uma
voz:
“Nós
te
louvamos,
ó
Deus;
nós
te
Te
reconhecemos
seres
o
Senhor”.
(Wesley
se
retirou
as
6h
30m,
conforme
agenda
do
dia
primeiro,
página
125,
do
dia
primeiro
para
o
dia
dois
de
janeiro
de
1739
–
Volume
II
do
Diário
de
Wesley).
1739,
dezesseis
de
junho,
sábado
–
“...
naquela
hora
achamos
Deus
conosco,
como
no
princípio;
alguns
caíram
prostrados
no
solo;
outros
prorromperam
em
altos
louvores
e
ações
de
graça,
como
se
houvessem
combinado.
Muitos
abertamente
testificaram
que
não
houve
outro
dia
como
este
desde
primeiro
de
janeiro
precedente”.
Compreendemos
que
a
narrativa
de
Atos
dos
Apóstolos
não
foi
encerrada
com
o
capitulo
28.
O
Espirito
Santo
escreve
hoje
novas
páginas.
Aqui
em
Porto
Alegre
testificamos
seus
preciosos
atos.
Atos
que
reclamam
aos
crentes
mais
fidelidade
ao
Senhor
Jesus
Cristo
e
ser
igreja
viva,
renovada,
atuante
num
mundo
onde
o
pecado
e
o
crime
se
mostram
de
maneira
tão
alarmante.
Louvamos
a
Deus
pelas
maravilhas
que
vemos
e
vivemos.
Eu,
em
particular,
louvo
ao
Senhor
que
me
permite
viver
os
momentos
mais
felizes,
mais
significativos,
mais
cheio
de
amor
e
unção
dos
meus
vinte
e
três
anos
de
ministério
pastoral
na
Igreja
Metodista.
Sabemos
e
sentimos
que
em
todos
nós
ainda
há
tanta
limitação,
imperfeição,
tantas
coisas
que
precisam
ser
colocadas
nas
mãos
de
Cristo
para
que
Ele
as
modifique;
compreendemos
que
em
nós
não
há
nenhum
poder.
O
poder
e
a
glória
estão
nas
mãos
do
Senhor.
Mas
olhamos
para
o
filho
de
Deus,
inundando-‐nos
no
Seu
grande
amor,
na
sua
misericórdia
e
na
sua
graça,
agradecidos
porque
Deus
renova
a
sua
igreja
renovando
nossas
vidas.
Assim,
a
Ele
cantamos:
Aleluia,
ao
Rei
imortal,
eterno,
honra
e
glória
pelos
séculos.
Amém.