Apresentação

A Bíblia é o nosso alimento espiritual. É a nossa comunicação com

Deus. A escuta de seus ensinamentos e o chamado dado por Ele à
ação. O povo de Israel, desde os séculos antigos, tinha como base da
oração, a escuta da Palavra de Deus. Eles rezavam com a Palavra e
usavam a Palavra para rezar.

No Livro de Neemias, (8,2-10), vai dizer que o povo se reuniu desde

manhã até o meio do dia, para escutar o livro da Lei. Depois de todas
as orações, Esdras vai mandar o povo para casa, para celebrar e
festejar. Toda essa ação, feita desde muito séculos atrás, conhecemos
hoje como Lectio Divina.

A Lectio Divina é um modo orante de rezar com a Palavra de Deus.

Ela é uma escada, onde avançamos degrau por degrau para
compreender e elevar nossos pensamentos e orações para um fim
único: a intimidade com a Palavra de Deus.

O Santuário Nacional, por meio da Família dos Devotos, quer estar com
você nesse itinerário de fé e te auxiliar no entendimento mais profundo
das Sagradas Escrituras. Que por meio desse material, o teu desejo de
fazer a vontade de Deus aumente cada vez mais.

“Ouvir de boa vontade as santas Leituras, e dar-se frequentemente à

oração” – São Bento.

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Sumário
Capítulo 01: O que é a Lectio Divina? __________________ 05
Capítulo 02: Oração Inicial ____________________________ 06
Capítulo 03: Degraus para a Leitura Divina ______________ 07
Capítulo 04: Ser como Maria! __________________________ 08
Capítulo 05: Oração final _____________________________ 09
Capítulo 06: Consagração a Nossa Senhora Aparecida ____ 10

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O que é a Lectio Divina?
A “Lectio Divina” ou “Leitura Orante” da Palavra de Deus foi praticada
pelos cristãos desde muitos séculos e foi usado mais intensamente
nos Mosteiros Beneditinos. Há mais de 2500 anos, o povo de Israel
rezava com a Palavra de Deus e buscavam agir segundo aquilo que
Deus os inspirava.

Essa herança bíblica foi se estendendo de geração em geração.

Quando nos aprofundamos na Patrística, que é a filosofia dos Santos
Padres, tanto do Oriente, quanto do Ocidente, percebemos um firme
propósito em perseverar na prática deste método e incentivar os fiéis
a realizarem a mesma ação em suas casas e comunidades.

Santo Antão, por exemplo, sabia de cor as Sagradas Escrituras. Outros

santos também eram leitores frequentes da Palavra de Deus, como
São Pacômio, São Basílio, São Jerônimo, que traduziu a Bíblia Vulgata
para o Latim. Todos eles tinham como propósito, alimentar a sua fé
com a Palavra.

A fé nasce da leitura, meditação e escuta da Palavra do Senhor.

São Cipriano dizia sempre: “Tendes sempre a Lectio Divina entre as
mãos”. É válido lembrar que sem a disposição e a vontade de crescer
espiritualmente, de nada valerá este método.

O método da Lectio Divina nasceu no século II, com o monge Guigo

que, por inspiração divina, percebeu que podia relacionar o ontem
com o hoje, ou seja, à luz da experiência bíblica passada, era possível
compreender o presente e traçar uma bela contribuição para o futuro.

Ele descobriu a hermenêutica bíblica, que é a interpretação coerente

da Bíblia, para a oração. Guigo sabia que os textos bíblicos, apesar de
suas várias formas literárias, formavam uma unidade. Tudo caminha
para o encontro do Deus que faz a História da Salvação no meio da
história humana.

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Oração Inicial
Antes de iniciar os estudos e compreender quais são as etapas da
Lectio Divina e o que fazer em cada uma, rezemos pedindo inspiração
e ajuda do Senhor:

AO INICIAR...

— Em nome do Pai † e do Filho e do Espírito Santo.

— Amém.

— Abri meu coração, ó Senhor Deus e Pai, e iluminai-o com a luz de

vosso Espírito Santo.

Assim eu poderei compreender o que me ensinais com vossa Palavra.

Firmai meus pensamentos e meus sentimentos no ensinamento de

Cristo, e assim eu seja livre e fiel na vossa verdade.

Vosso Espírito Santo me conduza e me faça compreender

minha história pessoal e a História da Salvação,

e assim eu busque em vós a santidade, a harmonia e a paz.

Senhor, eu sou vosso(a) filho(a), ajudai-me corresponder com vosso

amor terno e eterno.

Sim, Senhor, meu Deus, assim espero. Amém.

(Ficar uns instantes em silêncio!)

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Degraus para a Leitura Divina
- LECTIO (“leitura”): Toma-se o texto sagrado, a Sagrada Escritura, e
faz-se a leitura lenta e cuidadosa do texto, não tanto com o objetivo
de fazer uma exegese bíblica, mas sim “escutar” o que Deus transmite
ao leitor. Pode-se repetir a leitura quantas vezes for preciso, até que o
fiel se sinta tocado.

- MEDITATIO (“meditação”): Medita-se sobre a Palavra, busca-se

perceber o que é que Deus fala àquele (a) que lê. Não é mais uma
leitura, mas uma “escuta”.

Para que a meditação se torne completa e profunda, é preciso buscar

a verdade. Não os sentimentos, mas sim a verdade do amor de Cristo
manifestado por nós.

- ORATIO (“oração”): Responde-se a Deus que antes falou. De acordo

com o contexto, com a história pessoal de cada um no momento,
deixa-se o coração derramar-se diante de Deus. É um diálogo com
Deus. Na oração, é preciso buscar reforçar as virtudes teologais: fé,
esperança e caridade, que já estão infusas em nós, desde nossa
criação.

É um ato de fé. Uma resposta sincera as palavras e verdades ditas pelo

Cristo. Caso esteja à vontade, até mesmo proclame essas palavras:
“Senhor, eu creio em suas Palavras. Creio em tudo aquilo que tu tens
para mim”.

- CONTEMPLATIO (“contemplação”): Já não há mais necessidade de

palavras. O orante/leitor tomou contato com o texto escrito, ou até
diante da natureza, de um fato da vida; leu e “escutou” a voz que fala
em seu coração. Responde a essa Palavra, escrita ou não. E no último
estágio, na contemplação, cala-se, adora, entrega-se numa adoração
muda e silenciosa.

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Ser como Maria!
A Virgem Maria é o maior e melhor exemplo que podemos ter, de
alguém que ouviu e acolheu a vontade de Deus. No Livro de Lucas
(1,38) o Anjo Gabriel anuncia a Nossa Senhora, que ela vai ser a Mãe do
Salvador.

Imediatamente, Maria disse: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.

Uma resposta firme e direta, sem hesitar ou pensar em alguma recusa
ou desculpa.

É isso que reforça em Maria o título de “cheia de graça”. É mulher de fé,

cooperadora na redenção, pois com sua obediência e amor, esteve
sempre ali, de pé e presente na história de Cristo e da Igreja. Que
possamos, assim como Maria, ser firmes em Deus, e com os exercícios
da Lectio Divina, acolher as inspirações dadas por Ele.

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Oração Final
Para terminar bem esse momento de crescimento espiritual, rezemos
ao Senhor:

AO TERMINAR...

— Senhor, vossa Palavra é vossa verdade em minha vida.

Vossa luz expulsa para longe as trevas que me tiram a liberdade e a

paz.

Esse alimento salutar que acabei de receber, me plenifica em minha

vida pessoal, no meu trabalho, na minha família...

Sei que vós olhais para mim com imenso e intenso amor, e isto me traz
alegria sem medida.

Tenho vontade de gritar para o mundo o quanto é imenso vosso amor

e nos faz felizes.

Obrigado, Senhor, meu Deus, meu Pai, pela Palavra nascida em vosso
coração divino, que repartis comigo e alimentais minha existência,
meu viver.

Maria, Santa de Belém, de Nazaré, do Brasil e do mundo, ajudai-me a

viver a Palavra de Jesus, como vós a vivestes. Amém.

(Rezar em silêncio, no silêncio do coração, um Pai Nosso e uma Ave-

Maria. Depois, pedir ao Senhor sua bênção e abençoar-se: Faça o sinal
da † sobre você!)

Fique em paz, e continue na alegria da presença do Senhor!

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Consagração a Nossa
Senhora Aparecida
Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em
vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios
sobre todo o Brasil.

Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas,

mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia,
prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que
sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua
para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-
vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas
as coisas.

Recebei-me, o Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado

deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-
me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas
necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha
morte.

Abençoai-me, ó celestial cooperadora, e com vossa poderosa

intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-
vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças
no céu, por toda eternidade.

Assim seja!

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Expediente

Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida | Família dos Devotos

• Reitor do Santuário Nacional: Pe. Carlos Eduardo Catalfo, C.Ss.R.

• Ecônomo do Santuário Nacional: Pe. Luiz Cláudio Alves de Macedo, C.Ss.R.
• Diretor de Marketing: Marcos Spalding
• Gerente de Marketing: Solange Parron
• Coordenação de Comunicação: Romulo Barros
• Organização e criação: Marcelo Costa
• Conteúdo: Pe. Ferdinando Mancilio C.Ss.R e Família dos Devotos
• Revisão: Luciana Peloggia Gianesini
• Projeto Gráfico, design e diagramação: Marcelo Kubart | Núcleo de Criação

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