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INTRODUÇÃO

Caríssimos catequistas!

Estamos apresentando a vocês nossa primeira apostila do método diocesano de


Iniciação à Vida Cristã. Não se trata de uma apostila totalmente nova, pois preserva
muito da apostila anterior. O que fizemos foi uma reformulação e um aprofundamento de
alguns encontros.
Essa apostila tem como objeto geral ser querigmática, isto é, anunciar a vida, a
missão, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus. Não esgota nem aprofunda tal
objetivo, mas introduz ao mistério chamado pascal.
É importante salientar que nosso processo catequético traz consigo o celebrativo.
Verão que todos os encontros são estruturados a partir de uma celebração, lembrando
sempre que tudo o que somos e fazemos, na fé, celebramos e o que celebramos, na
vida, torna-se ato. Para isso, é importante sempre preparar com carinho e zelo cada
encontro, utilizando sempre dos símbolos e sinais como nos apontam as diretrizes para
catequese diocesana:
§51 - Todo encontro é celebrativo;
§52 - Todo encontro deve-se iniciar e terminar com uma oração, seja ela de
devoção popular ou espontânea;
§53 - Inicia-se e finaliza-se o encontro traçando sobre si o sinal da Cruz;
§54 - Todo encontro, obrigatoriamente se deve ser proclamada a Palavra de Deus;
§55 - De acordo com o tema do encontro e as possibilidades, que haja um
momento que os catequizandos façam a sua oração, seja em escrita ou oral;
§56 - É fundamental que o catequista estimule em cada catequizando o apreço
pela espiritualidade. Nesse sentido, podem ajudar: imagens, ícones, textos, quadros,
etc.
§57 - Que se preserve um momento do encontro voltado para Nossa Senhora, de
preferência no seu término.
Também, o local do encontro:
§50 - “A catequese não pode se limitar a uma formação meramente doutrinal, mas
precisa ser uma verdadeira escola de formação integral. Portanto, é necessário cultivar
a amizade com Cristo na oração, o apreço pela celebração litúrgica, a experiência
comunitária, o compromisso apostólico mediante um permanente serviço aos demais. ”
(Doc. Ap., n. 299). Em vista dessa experiência pensa-se:
a) Que se tenha um local que possa acolher e acomodar cada catequizando;
b) Que o local seja diferenciado do ambiente escolar, por isso, sugere-se que
sente em torno de uma mesa, caso tenha oportunidade ou ao menos, que se disponha
a sala em círculo;
c) Que em evidência fique a Palavra de Deus, já que esta é a fonte
fundamental de toda a catequese. Todavia, tome-se cuidado para que não se torne um
livro decorativo;
d) Segundo as possibilidades, que o ambiente seja preparado com temas
catequéticos: figuras, cartazes, imagens, etc.
e) Que se prepare uma mesa revestida com uma toalha branca, cruz, imagem
do padroeiro da comunidade, velas e flores (exceto tempo da quaresma que deve ser
substituído por uma folhagem);
f) Sugere-se que o grupo de catequizando seja no máximo quinze
catequizandos para que o catequista tenha maior facilidade em acompanhar cada um;
g) De acordo com as possibilidades, pode-se fazer o encontro catequético
além espaço paroquial, desde que, seja preservada toda celebração e conteúdo do
encontro.
Ainda sobre os encontros, optamos por fazer uma única apostila para que
você catequista se sinta à vontade de buscar e criar algo a mais para seus
catequizandos. Porém, nada impede que seja criativo nos encontros já esquematizados:
dê seu tom, seu sabor, seu rosto. Nossos catequizandos precisam disso.
Por fim, rendemos graças a nosso Deus por todos os dons a nós conferidos.
Graças pela equipe que reelaborou, corrigiu e criou essa apostila: Pe. Donato Fidanza
Filho (assessor da Forania São João) juntamente com as catequistas Ana Maria Duzzi
Bertolucci (Paróquia Coração de Maria em São João da Boa Vista) e Renata Calixto
Damasceno Borba (Paróquia Sagrado Coração de Jesus em São João da Boa Vista); as
catequistas Lucélia Bedin Guimarães e Sandra Barticioti Alves da Paróquia Sant’Ana em
Vargem Grande do Sul. Graças damos ainda pelo sim de cada um (a) de vocês.
Deus abençoe a todos (as).

Pe. Ricardo Alexandre Camargo da Silva


Assessor diocesano
Orações Diárias

Oração do Anjo da Guarda


Santo Anjo do Senhor, meu zeloso
guardador, se a ti me confiou a
piedade divina, sempre me rege,
me guarda, me governa me ilumina.
Amém

Sinal da Cruz

Em nome do Pai (1)


e do Filho (2)
e do Espírito Santo (3).
Amém

Glória Ave Maria

Glória ao Pai, ao Filho


Ave Maria, cheia de graça, o
e ao Espírito Santo.
Senhor é convosco, bendita
Como era no princípio, sois vós entre as mulheres e
agora e sempre. Amém. bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus.

Santa Maria, Mãe de Deus,


rogai por nós pecadores,
agora e na hora da nossa
morte. Amém
1º ENCONTRO
VAMOS NOS CONHECER (QUEM SOU EU)

Objetivo: Fazer com que a criança se conheça e conheça as outras pessoas como
filhas amadas de Deus. Fazendo com que ela se sinta valorizada e saiba valorizar
as outras pessoas chamando-as pelo nome.

Acolhida: Receber a criança com muito carinho, abraçando-a, beijando-a. Ela


precisa se sentir amada. Mostrar que ela é muito importante para você catequista.
Ensinar o sinal da cruz: mão na testa “Em nome do Pai” o Pai “DEUS” está
acima de tudo, (acima da cabeça não tem mais nada) Ele é a cabeça de tudo. Mão
na barriga “Em nome do Filho” “JESUS” de onde nasce o filho? Da barriga da
mãe. Jesus nasceu da barriga de Maria, sua mãe. Mão no ombro esquerdo
“Espirito”, mão no ombro direito “Santo”. O Espírito Santo é o nosso equilíbrio. Por
isso colocamos a mão nos dois ombros; se fosse em um ombro só ficaríamos
desequilibrados. (o catequista pode pender o corpo para um lado e andar,
mostrando o desequilíbrio) e o “Amém”, as duas mãos juntas (que significa que
assim seja). Falar sobre o tema do dia.

Iluminar: Cada pessoa precisa ter um nome que a identifique. Por que é importante
ter um nome? Você conhece o nome de todos os seus colegas? Você gosta do seu
nome? Você sabe o significado do seu nome?
“Não tenha medo, porque eu o redimi e o chamei pelo nome; você é

meu”. (Is 43,1) Cuide bem do seu nome, pois ele faz parte de você e irá te
acompanhar pelo resto de sua vida, ou até mesmo depois que você morrer”. Ex:
Pessoas que morreram há muito tempo, mas que até hoje são lembradas pelos seus
nomes.

Aprofundamento para o catequista


O nome é que faz as pessoas nos reconhecerem e identificar, isto é, faz cada um
ser ele mesmo e não o outro. E os nomes são diferentes, e mesmo que haja nomes
iguais, somos todos diferentes, mesmo quando existem gêmeos.
A bíblia vai nos falar que nosso nome é precioso e que devemos cuidar dele. As
nossas qualidades ou os nossos defeitos nós o transmitimos ao nosso nome.
A gente sabe conhecer o outro pelo nome, ser amigo, respeitar e acolher a cada um
como companheiro. Já sabemos então que somos importantes e merecemos a
amizade e o respeito de todos.

Agir: Vamos conhecer o nome de cada um dos nossos amiguinhos. Cada um vai
dizendo o nome e todos repetem juntos. Depois que todos falarem, o catequista
pergunta se eles sabem o que significam seus nomes.

Dinâmica: O catequista antes do encontro pesquisa o significado dos nomes de


cada catequizando (www.significadodonome.com) recorta várias peças em papel mais duro
como se fossem peças de quebra cabeça( ) desenhe e depois recorte de modo
que elas se casem. Em uma das peças coloque o nome da criança e no outro o
significado do nome. Distribua o nome para cada criança e as peças que estão o
significado espalhem-nas pelo chão de modo que eles encontrem a peça que
corresponde com o nome delas. Se errarem o catequista corrige. Cada um fala o
seu nome e o que ele significa. Depois conversa com eles perguntando se gostaram
de saber o significado do nome. Quem ficou surpreso? Falar para eles os nomes de
Jesus (Emmanuel, Cristo, Nazareno, etc.) e os seus significados.

Celebrar: Esse é o momento de rezar agradecendo a Deus. O catequista faz uma


oração espontânea, (pedindo que eles repitam) agradecendo pela catequese, pela
vida de cada um, pelo nome que foi dado a cada um. Ex: Senhor, eu te agradeço
pela minha vida, por estar na catequese, por eu ter um nome que me identifica e
porque o Senhor me conhece pelo meu nome. Quero a partir de hoje chamar as
pessoas pelo seu nome. Gostei de saber o que significa o meu nome e quero ser
sempre chamado por ele.

Compromisso: Procurar chamar todas as pessoas pelo nome.


2º ENCONTRO
VAMOS NOS CONHECER (O OUTRO)

Objetivo: Descobrir que conviver com as pessoas é muito importante, pois somos
parte de uma grande família.

Acolhida: Receber as crianças com carinho, perguntando como passaram a


semana. Perguntar quem foi à missa. Deixar que falem, ouvir a todos e só depois
disso pedir que eles vão se acalmando, fazendo silêncio para poder começar a
rezar. Fazer o sinal da cruz recordando o que aprenderam na semana anterior.
Oração espontânea bem simples e eles repetem. Falar sobre o tema do encontro.

Iluminar: Salmo 133,1 – “Vejam como é bom, como é agradável para irmãos
viverem juntos”. Todas as pessoas precisam ter amigos. Necessitamos de amizades
verdadeiras. "Quem é o outro, a outra, para mim?". "Quem sou eu para ele, para
ela?".
Aprofundamento para o catequista
Dos seres criados por Deus, a pessoa humana é a única que tem capacidade para
falar, ver, ouvir, pensar, aprender, admirar e se relacionar com as outras pessoas.
Podemos tudo isso porque somos pessoas, somos gente.
Deus nos criou parecidos com Ele, com inteligência, liberdade, vontade, criatividade,
capacidade de amar, de criar e de conviver com as outras pessoas.
Dos seres criados por Deus, a pessoa humana é quem mais precisa de cuidado.
Esse cuidado especial que a mamãe, as pessoas da família têm para com as
crianças formam um elo, uma força que une as pessoas.
Nossa história começa na família. Ninguém vive sozinho. Os homens mais primitivos
e pré-históricos descobriram que juntos eles poderiam sobreviver com mais
segurança.
Quem pode dizer que não precisa de ninguém para viver?
E Deus não nos criou para a solidão. Precisamos uns dos outros para ser amigos,
trocar ideias e incentivar ideais. Precisamos dos outros porque queremos amar e ser
amados.
Agir: Observar as qualidades das pessoas, pois ninguém é igual a ninguém, mas
cada um com as suas qualidades completa o outro.

Dinâmica: Todos em círculo, de pé. É dado um pirulito para cada participante, e os


seguintes comandos: todos devem segurar o pirulito com a mão direita, com o braço
estendido. Não pode ser dobrado, apenas levado para a direita ou esquerda, mas
sem dobrá-lo. A mão esquerda fica livre.
Vamos ao passo-a-passo: Primeiro solicita-se que desembrulhem o pirulito, já na
posição correta (braço estendido, segurando o pirulito e de pé, em círculo). Para
isso, pode-se utilizar a mão esquerda. O mediador da dinâmica recolhe os papéis e
em seguida, dá a seguinte orientação: sem sair do lugar em que estão, todos devem
chupar o pirulito. Aguardar até que alguém tenha a iniciativa de imaginar como
executar esta tarefa, que só há uma: oferecer o pirulito para a pessoa ao lado!!!
Assim, automaticamente, os demais irão oferecer e todos poderão chupar o pirulito.
Encerra-se a dinâmica, cada um pode sentar e continuar chupando, se quiser, o
pirulito que lhe foi oferecido. Mostrar o quanto precisamos do outro para chegar a
algum objetivo.

Celebrar: Esse é o momento de rezar agradecendo a Deus. Obrigado Senhor por


nos ter dado amigos que nos completam. Quero também poder ser amigo das
pessoas e ajudá-las sempre em suas necessidades.
Dar as mãos é uma forma de demonstrar comprometimento e comunhão. Por isso,
vamos dar nossas mãos e fazer uma prece pelo outro. O catequista ajuda cada um a
fazer sua prece.

Compromisso: Procurar se relacionar com as pessoas com respeito, valorizando o


que cada um faz.
3º ENCONTRO
CHAMADOS POR DEUS PARA VIVER EM COMUNIDADE

Objetivo: Conscientizar os catequizandos de que precisamos uns dos outros. Só é


feliz quem sabe viver em comunidade, em comunhão com os outros. Despertar nas
crianças o gosto pelo trabalho em grupo e pela aceitação uns dos outros. Eles
devem aprender o sentido de ser comunidade, descobrir o quanto é gratificante viver
em comunidade.

Acolhida: Acolher a cada um como de costume. Sempre com muito carinho.


Sempre bom deixá-los falar e procurar ouvi-los sempre. Lembrar de perguntar sobre
a semana e quem foi a missa. Os que foram perguntar alguma coisa que eles
tenham visto procurando assim, despertar a vontade dos que não vão a irem. Ir
silenciando a turma, rezar como de costume e apresentar o tema do dia.

Iluminar: Citação Bíblica - At 2, 42-47 - Quais são as dificuldades que eles


encontram para conviver, em primeiro lugar na família (primeira comunidade), depois
na escola e no grupo de catequese.

Aprofundamento para o catequista


O que é comunidade? É viver em uma comum-unidade. Existem diversos tipos de
comunidade: A família, a paróquia, o bairro, a cidade, etc. A comunidade mais
próxima de nós é a família, e o que a faz assim é o amor, a união, a preocupação e
o querer bem de uns pelos outros. Nas outras formas de comunidade não é
diferente, pois procuram viver os objetivos e os interesses comuns a ela, isto é, a
união, a solidariedade, a fraternidade, a preocupação com os valores e a defesa da
vida. Deus quer que os homens vivam em comunidade, partilhem os bens e
trabalhem juntos, através da nossa atuação na comunidade e no mundo em que
vivemos

Agir: Procurar conhecer a comunidade em que você vive.


Dinâmica: O catequista deverá levar de casa: um desenho de uma árvore grande
(pois será usada por todos) com raízes aparentes e galhos sem folhas e sem frutos,
(que poderá ser feito em papel pardo), folhas recortadas em papel verde, frutos em
papel colorido e pedacinhos de papel branco para entregar às crianças.
As crianças deverão fazer sua genealogia a partir das raízes, com os nomes dos
pais (usando o pedacinho de papel branco colando no desenho sobre as raízes). Os
frutos serão os filhos (eles escrevem os nomes deles e dos irmãos) e por último as
folhas que serão os amigos, parentes. Durante o preenchimento da árvore, pedir que
digam sobre cada pessoa que colocarem os nomes: qual o papel dessa pessoa em
sua vida? Depois, deixar claro que, mesmo que a família seja grande e unida,
precisamos uns dos outros, de outras pessoas, por isso é uma única árvore,
alimentada pelas mesmas raízes.

Celebrar: Ajuda-nos, Senhor, a respeitar cada pessoa que vive conosco em nossa
comunidade e que cada um de nós sintamos as necessidades dos outros como
sendo nossas e que as nossas diferenças nos ajudem a descobrir a riqueza da
diversidade. Ajuda-nos Senhor a construir a comunidade que seja um sinal da Tua
Presença no mundo.

Compromisso: Valorizar as pessoas e ajudá-las a resolver seus problemas.


4º ENCONTRO
FAMÍLIA DE NAZARÉ

Objetivo: Mostrar que Jesus nasceu numa família e que deu muito certo. Pois
viviam em unidade. Uma verdadeira comunidade

Acolhida: Receber todos como de costume. Perguntar como foi a semana. Deixar
que cada um fale. Perguntar quem foi à missa. Pedir para silenciarem para dar início
a catequese. Rezar espontaneamente e pedir para que eles repitam (Oração de
agradecimento).

Iluminar: Lc 2, 1-21 - O que é uma família? Vocês sabiam que Jesus nasceu numa
família? Quem era a família de Jesus?

Aprofundamento para o catequista


É muito bom ter uma família: Pai, mãe, irmãos e uma casa para morar. Conhecer a
família indica um grau de intimidade maior. Muita coisa que temos e sabemos vem
do jeito da nossa família. Quem já ouviu a frase: “Esse menino tem a quem puxar”.
O que significa isso? Jesus aprendeu muita coisa com a sua família. A doutrina
cristã diz que Jesus foi igual a todos os seres humano, menos no pecado. Isso
significa que Ele teve um crescimento e uma vida normal, sujeito a todos as
necessidades humanas.

Agir: Vamos conhecer o nome de cada pessoa que faz parte da família de vocês.
Pedir que cada um fale quantas pessoas tem na família e quem são eles.

Dinâmica: “Telefone”- material: um telefone de brinquedo/ou celular e fundo


musical. Formar um círculo e colocar no centro o telefone/celular. Antes de iniciar a
dinâmica o catequista deverá contar algum fato que ocorre nas famílias. Terminando
de contar, ele irá apresentar o telefone ao grupo e vai explicar que através do
telefone poderá fazer ligação para qualquer pessoa com quem deseja falar. Cada
uma fará uma ligação para quem quiser e dará um recado. Mostrar que são livres,
podem ligar para quem quiser. Inicia-se a brincadeira com um fundo musical e o
telefone será passado sempre para o colega que estiver à direita. Quando a música
for interrompida quem estiver com o telefone fará uma ligação. Após ouvir cada um,
verificar se alguém se preocupou com o assunto exposto, se tentou ligar para
alguém para solucionar o problema ou se continuaram alheios aos problemas da
família. Chamar a atenção que o telefone deve ser utilizado de maneira útil e que
uma simples conversa pode consertar um relacionamento/problema.

Celebrar: Esse é o momento de rezar. Incentive as crianças a rezar


espontaneamente agradecendo pela família, e no final de cada prece as outras
dizem: “Obrigado Senhor por ter-nos dado uma família”. O catequista também
faz a sua oração e encerra rezando a Oração do Anjo da Guarda de mãos dadas e o
abraço da paz.

Compromisso: Convidar a família para rezarem juntos durante a semana.


5º ENCONTRO
E JESUS CRESCIA... (APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO)

Objetivo: Perceber que Jesus foi apresentado no templo conforme o costume de


sua época.

Acolher: Oração Inicial. Conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.

Iluminar: Para iniciar a conversa com a turma, o catequista perguntará:


- Quais as expectativas dos pais e da família diante do nascimento de um bebê?
- Quando uma criança nasce, de que forma os pais a apresentam aos parentes,
amigos e conhecidos?
- Como as pessoas reagem quando lhes é apresentado um recém-nascido?
- Vocês sabem como as crianças eram apresentadas no tempo de Jesus?
- E como ele foi apresentado para as pessoas?
Realizar a leitura: Lc 2, 2,21-35
Após a leitura, o catequista explorará as seguintes ideias:
- Por que, desde o antigo Testamento, Jesus foi muito esperado?
- Qual era a sua missão?
- Por que Jesus foi levado ao templo?
- O que Simeão e Ana representavam?
- O que Deus tinha prometido à Simeão?

Aprofundamento para o catequista:


A apresentação de Jesus no templo mostra como o primogênito pertence ao Senhor.
Com Simeão e Ana é toda a espera de Israel que vem ao encontro de seu Salvador,
Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, “Luz das Nações” e “Glória de
Israel”, mas também “Sinal de Contradição”.
Segundo a Lei, a mãe de um menino ficava impura. No oitavo dia, o menino era
circuncidado, mas a mãe permanecia impura por outros 33 dias, ao fim dos quais
deveria apresentar sacrifício e uma oferta pelo pecado para sua purificação (Levítico
12, 4-6).
A oferta de dois pombinhos mostra a pobreza da família de Jesus, que não podia
pagar por uma ovelha para o sacrifício.
Jesus é o Messias porque traz o Espírito de Deus, que convoca os homens para
uma relação de justiça e amor fraterno.
O Messias nasce sujeito à Lei e em lugar pobre. Também, Simeão e Ana
representam os pobres que esperam a libertação.

Dinâmica: O catequista, junto com as crianças, montará o presépio conforme for


lendo a leitura de Lucas 2,1-20.
Após solicitará a leitura e montagem do presépio, peça para que desenhem suas
próprias famílias.
Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça. Como nós conseguimos crescer em
estatura? (comendo bem, fazendo exercícios, cuidando do corpo) Em sabedoria?
(prestando atenção no que o professor fala, aprendendo com os idosos, lendo,
estudando) Em graça? (participando da missa, participando do encontro de
catequese, rezando, ajudando o próximo)

Celebrar: Pedir que os catequizandos repitam a Oração de Simeão (Lc 2, 29-32)


com os braços abertos:
“Agora, Senhor, conforme tua promessa,
podes deixar o teu servo partir em paz.
Porque meus olhos viram a tua salvação,
que preparaste diante de todos os povos:
luz para iluminar as nações e glória do teu povo, Israel”

Importância de se rezar com os braços abertos: Rezar de braços abertos é uma


maneira de pedir e suplicar a Deus por uma situação.

Compromisso: Pedir que os catequizandos tragam fotos de quando eram bebês


para apresentarem para os amigos.
6º ENCONTRO
O ENCONTRO DE JESUS NO TEMPLO

Objetivo: Instigar o desejo das crianças de crescer não só em estatura, mas


também em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens.

Acolher: Oração Inicial, conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.
Pedir que as crianças apresentem as fotos de quando eram pequenas e a partir da
apresentação conversar sobre a infância de Jesus.

Iluminar:
1. O catequista perguntará aos catequizandos:
- Onde moramos?
- Quais as atividades que realizamos no nosso dia a dia? Costumamos ajudar
nossos pais?
- E onde morava a família de Deus?
- O que Jesus costumava fazer no seu dia a dia? Vocês acham que Jesus
ajudava os pais? Ele era obediente?
2. Realizar a leitura: Lc 2- 41-52

Dinâmica: Eu quero ser como Jesus


Pedir que as crianças citem algumas atitudes boas e algumas atitudes más. O
catequista irá tomando nota das falas em um quadro negro ou cartaz e, em seguida,
questionará:
- Quais dessas atitudes dizem respeito a Jesus?
- Quais atitudes devemos cultivar no nosso cotidiano?
Pedir que as crianças circulem as palavras que forem escolhidas e completem
oralmente (com as palavras circuladas) a seguinte frase:
“Eu quero ser .................................. como Jesus”

Aprofundamento do catequista:
O Evangelho de Lucas 2, 40-52 nos conta que todos os anos os pais de Jesus iam
em peregrinação a Jerusalém para a festa da Páscoa. Era uma caminhada de 150
Km de Nazaré a Jerusalém.
Quando Jesus chegou aos 12 anos, também foi nessa peregrinação, e já sentia que
devia ocupar-se das coisas de Deus. À medida que Jesus ia crescendo em idade e
estatura, crescia também na compreensão das coisas de Deus, na preparação e no
compromisso com as pessoas, na amizade e no amor para com todos.
E Jesus cresceu no conhecimento e na compreensão das coisas e no amor a Deus
porque estudava; aprendeu com seus pais e com as outras pessoas de Nazaré.
Aprendeu a trabalhar, rezar, conhecer Deus e observar seus sentimentos.

Celebrar: O catequista poderá propor uma oração espontânea ou a seguinte


oração:
Jesus, ajudai todas as crianças a crescerem como pessoa humana, ajudai
todos nós a crescermos na compreensão das coisas de Deus, no amor e na
amizade com Deus e com todas as pessoas. Amém!

Compromisso: Ter atitudes positivas diante das pessoas e da comunidade.


7º ENCONTRO
O BATISMO DE JESUS

Objetivo: Perceber que Jesus foi apresentado ao mundo a partir do seu batismo

Acolher: Oração Inicial, conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.

Iluminar:
1. Preparar o ambiente com símbolos do batismo, água, vela acesa, bacia, a
bíblia.
2. Para iniciar a conversa com a turma, o catequista perguntará:
- Vocês sabem o que é batismo? O que significa ser batizado?
3. Realizar a leitura de Mt 3, 13-17
4. Após a leitura, conversar:
- O que aconteceu quando Jesus estava em oração, depois de ser batizado
por João Batista?
- Como o Espírito Santo desceu sobre Ele?
- O que dizia a voz que veio do céu? De quem era essa voz?
5. Comentar com as crianças que Jesus foi batizado no rio Jordão por João
Batista. Deus Pai disse a todas as pessoas que lá estavam que Jesus é o
seu Filho muito amado. Nesta ocasião, Jesus inicia a sua missão: anunciar
que Deus Pai ama todas as pessoas e todas as coisas criadas.
Assim como Jesus, nós também somos muito amados por Deus. Aquela frase
bonita que Deus disse no dia do batismo de Jesus vale para nós também.
Nós somos os seus filhos amados em quem ele põe todo o seu carinho e seu
afeto. A partir do nosso batismo, nós assumimos este compromisso de viver
como filhos queridos de Deus, buscando sempre o que é bom e deixando
para trás o que não presta, pois, agora, também nós estamos cheios do
Espírito Santo de Deus, que é sua força em nosso coração. Pelo Batismo,
estamos bem unidos a Jesus e nada pode nos separar dele.
Na época de Jesus era costume o Batismo por imersão, isto é, as pessoas
eram mergulhadas na água para serem batizadas. Hoje, o modo é diferente:
derrama-se água na cabeça de quem é batizado.
6. O catequista recordará o dia do batismo. Para tanto, perguntará:
- Vocês se já viram uma criança sendo batizada? Já participaram de um
batismo?
Então, poderá explicar como é feito o batismo, demonstrando como se
derrama água na cabeça da criança (poderá fazer com todos os
catequizandos).
Para finalizar, é importante explicar o sentido do batismo: “Fomos batizados
para receber Jesus em nosso coração, para sermos puros e de bom coração,
cheios de alegria e de fé em Jesus”.

Aprofundamento do catequista:
Jesus nasceu e cresceu no meio de uma família pobre e de seu povo em Israel,
compartilhando a mesma vida deles, suas esperanças e suas angústias.
Esse povo esperava a libertação que Deus havia prometido.
O encontro com João Batista foi decisivo para a vida de Jesus, pois marcou o início
de sua vida pública, de sua missão de anunciar o Reino de Deus.
Jesus se coloca entre os pecadores, que vão pedir o perdão através do batismo de
penitência. Jesus não tem pecado, mas quer ser batizado para mostrar que vem ao
encontro de pecadores com o amor e a misericórdia de Deus.
Jesus é Filho de Deus, o Servidor. Ele aceita e assume a missão que o Pai lhe
confia junto à humanidade. Ele foi batizado por João Batista, no rio Jordão e João
reconhece nele o enviado de Deus, o Salvador, o Libertador, o Messias Prometido e
diz a todos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Celebrar: Convidar a turma a agradecer a Deus rezando a seguinte oração:


Ó Deus de amor, nós estamos felizes porque sabemos que o Senhor nos ama e
nos quer bem. Nós somos seus filhos queridos e queremos viver sempre
unidos a Jesus. Amém!

Compromisso: Observar a data de seu aniversário de batismo, anotá-la e trazê-la


no próximo encontro.
8º ENCONTRO
JESUS E SUA MISSÃO

Objetivo: Evangelizar as crianças, levando-as a conhecer melhor Jesus Cristo e sua


missão.

Acolher: Oração Inicial, conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.
Retomar o compromisso da semana, pedindo que os catequizandos falem sobre as
datas do batismo. O catequista tomará nota das datas para lembrar o aniversário de
batismo dos catequizandos no decorrer do ano.

Iluminar: O catequista levará para o encontro diversas figuras de pessoas


representando suas profissões (no mínimo, uma figura para cada catequizandos).
1. Pedirá que cada criança escolha uma das figuras, observe e exponha qual
profissão cada figura representa e qual missão de cada um dos profissionais.
2. Depois dessa conversa, o catequista perguntará:
- O que gostariam de ser quando se tornarem adultos? Por que escolheriam
essa profissão?
- O que faz vocês pensarem que essa é uma boa escolha?
3. Após ouvi-los, o catequista falará que Jesus também tinha um projeto de vida
e perguntará:
- Vocês sabem qual era o projeto de vida de Jesus?
4. Citação bíblica: Lc 4,16-22
5. O catequista conversará sobre a missão de Jesus, que consistia em espalhar
o Reino de Deus e ajudar as pessoas a viverem cada vez mais o amor do Pai.
Jesus era consciente sobre sua missão a cumprida: “Anunciar a todos o
grande amor que Ele demonstrava por Deus Pai e pelos irmãos. Seu projeto
era ajudar as pessoas, libertar todos que viviam a injustiça e opressão.

Aprofundamento do catequista:
Jesus viveu em uma família como a nossa, no meio do seu povo. Ele participava das
angústias e esperanças do povo, vivia as alegrias e os momentos difíceis sem
nenhum privilégio.
Não quis ser diferente e não fazia nada para aparecer, ninguém imaginava que
aquele filho de carpinteiro pudesse ser o Filho de Deus.
Jesus era consciente de que tinha uma missão a cumprir: “Anunciar a todos o
grande amor que Ele demonstrava por Deus Pai e pelos irmãos.
Seu projeto era ajudar as pessoas, libertar todos que eram vítimas de injustiça e
opressão, curando os que precisavam ver de maneira diferente, mostrando que todo
tem direito a vida. Assim, Jesus mostrou que é possível construir um mundo melhor,
ou seja, o Reino de Deus, que começa a ser construído onde existe amor, partilha e
fraternidade.

Celebrar: Fazer preces espontâneas ou rezar a Oração de São Francisco.

Oração de São Francisco


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive
para a Vida Eterna.
Compromisso: Procurar realizar alguma ação que seja parecida com as atitudes de
Jesus.
9º ENCONTRO
JESUS CHAMA SEUS COLABORADORES

Objetivo: Conscientizar às crianças que o Reino de Deus é formado por todos


aqueles que seguem a sua palavra.

Acolher: Oração Inicial, conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.

Iluminar: Citação Bíblica - Lc 5, 1-11 ou Lc 6, 13-16


1. Pedir que as crianças se sentem em roda e contar a seguinte história:

A pesca maravilhosa
“Há muitos anos, havia um barquinho que vivia numa praia. Ele era muito usado por
seus donos para pescar e quase sempre voltava do alto mar carregado de peixes.
É verdade também, que algumas vezes o barquinho tinha medo das ondas enormes,
que chacoalhavam a sua base para lá e para cá, mas mesmo assim ele gostava de
estar em alto mar com os seus donos, pois se sentia útil e importante.
Certo dia, seus donos, Pedro e André estavam pescando próximo da praia, já
haviam trabalhado a noite toda e nada tinham pescado. O barquinho também estava
cansado, mas eles ainda não haviam desistido da pesca, quando de repente um
homem começou a aproximar-se deles.
Aquele homem era diferente de todas as pessoas que o barquinho já havia visto. Ele
era calmo, dava para notar nele uma paz enorme e tinha muita autoridade no seu
jeito de ser. O homem foi chegando e para surpresa dos que estavam no barco e do
próprio barquinho aquele homem entrou dentro dele. A alegria foi tanta que o
barquinho se bateu todo dentro da água… “Que honra! ”- Pensou o barquinho. “Sou
tão simples e humilde e este homem parece ser tão importante”.
Afinal quem era aquele homem? (O catequista poderá fazer uma pausa e deixar que as
crianças respondam oralmente e em seguida continua a história)
Aquele homem era Jesus e ele sabia que Pedro e André haviam passado a noite no
mar e não tinham pescado nada até àquela hora, e então Ele lhes disse:
- Lancem as redes ao mar.
Pedro disse ao homem que já haviam jogado as redes ao mar a noite toda, mas que
em sinal de obediência lançariam as redes ao mar novamente.
Assim fizeram e então as redes começaram a se encher de pescados e se
encheram tanto que o barquinho não dava mais conta de carregar todos os peixes.
Então, eles precisaram chamar outro barco para ajudá-los a recolher tanto peixe.
Pedro e André estavam maravilhados com a pesca e então Jesus lhes disse:
- Venham e eu vos farei pescadores de homens”.
“Pescadores de homens? ”, “Como será isso? ” - Pensou o barquinho… “Não sei o
que é isso, mas deve ser algo maravilhoso” – exclamou.
Então adormeceu sonhando com os homens pescando e ele ajudando nesta grande
e nova pescaria, pescar homens!1
2. O catequista continuará conversando com os catequizandos sobre a história
fazendo com que percebam que “pescar homens” para Jesus é falar do seu amor as
pessoas, dizer a elas que só Jesus pode levá-las novamente para perto de Deus.
“Pescar homens” significa pescar pessoas de um mundo sem Deus e levá-las para a
vida eterna com Deus.
3. Para finalizar a conversa, o catequista fará as seguintes interrogações:
- Você também quer ser um pescador de homens?
- Quer falar do amor de Jesus para outras pessoas?
- Quer viver uma vida que mostre para as pessoas que você é Filho de Deus?
- Se você já tem Jesus em sua vida, você pode e deve falar do amor de Jesus para
outra pessoa. Assim ela poderá viver melhor aqui na terra e ainda esperar com
alegria a vida eterna com Deus.

Aprofundamento para catequista2:


Jesus deixou sua cidade (Nazaré) e começou a andar pelos vilarejos e cidades da
Galileia, anunciando que o reino de Deus tinha chegado. Em pouco tempo, passou a
ser seguido por pessoas que acreditavam nele, chamadas de discípulos. Jesus
escolheu alguns para serem seus apóstolos, ou seja, “enviados”.

1
Retirado de http://ensinoinfantilnumclique.com.br/aula-especial-a-pesca-maravilhosa/ em 27 de abril de
2018.

2
Sugestão de link: Cantinho da Criança - Pescadores de homens:
https://www.youtube.com/watch?v=fb27iTXWf0s
Jesus queria que sua mensagem fosse levada a todas as pessoas e, por isso,
formou um grupo de pessoas para continuar com o seu trabalho. O grupo era
formado por 12 apóstolos que aceitaram o convite de Jesus. Entre eles haviam
alguns pescadores e um cobrador de impostos. Cada um deles tinha a sua profissão
e seu modo de pensar.
Jesus tinha uma relação de confiança e amizade com o grupo e quis que todos
vivessem em sua companhia para que pudessem aproveitar os momentos para
conversar e ensinar. Eles caminhavam, riam, comiam, choravam e aos poucos foram
compreendendo o que Jesus queria.
Nas atitudes de Jesus ficava claro que o bem do povo, a justiça, o perdão, a
fraternidade deveriam estar acima de tido e que seu projeto transformar o mundo no
Reino de Deus.
Em todo lugar, Jesus anunciou a Boa Nova, mostrando o amor de Deus em tudo o
que fazia. A força do amor de Deus irradiava-se nele. Amava a todos, odiava o
pecado, mas amava o pecador, dando sempre preferência aos pobres e oprimidos.
Jesus espalhou sementes do reino em todos os corações e preparou os 12
apóstolos para continuarem sua missão.

Dinâmica: No centro da sala prepare um recipiente grande. Despeje areia nele e


aterre nela treze peixes: podem ser confeccionados de papelão, E.V.A ou outro tipo
de material. Na cauda do peixe, escreva o nome de cada apóstolo sendo que, o
décimo terceiro fique sem nome. O peixe sem nome corresponde a cada um dos
que estão na sala para dizer que o décimo terceiro apóstolo (enviado) somos cada
um de nós.
Faça também uma vara de pesca e na ponta da linha um ganchinho. Ela servirá
para pescar os peixinhos no centro da sala. Cada peixe retirado do recipiente,
comente brevemente a biografia do apóstolo escrito.

Celebrar: Propor que as crianças realizem uma oração espontânea pedindo ajuda
de Deus para que vivam uma vida de obediência à Sua Palavra e para que elas
tenham oportunidade de falar de Jesus para os amigos.

Compromisso: Falar sobre Jesus com seus amigos e familiares.


10º ENCONTRO
JESUS E AS PARÁBOLAS
Objetivo: Compreender que Jesus tinha uma forma especial de anunciar a sua
mensagem.

Acolhida: Oração Inicial, conversa informal sobre os acontecimentos da semana, a


frequência na celebração eucarística, os motivos das faltas dos catequizandos, o
assunto da semana anterior, o compromisso da semana, etc.

Iluminar: O catequista organizará a mesa colocando um recipiente contendo sal e


uma vela acesa e pedirá que os catequizandos falem sobre a utilidade do sal (para
que serve, onde é utilizado, etc.) e sobre a utilidade da luz em nossas vidas (para
que serve, o que sentimos quando ficamos no escuro, etc.)
1. Realizar a leitura Mt 5, 13-16.
2. O catequista questionará os catequizandos sobre o que Jesus quis dizer
sobre “Sal da terra” e “Luz do Mundo”.
Poderá retomar as ideias que foram discutidas anteriormente sobre a utilidade do sal
e da luz e fazer comparação com a leitura realizada.
Também, poderá argumentar que o sal é um ingrediente que dá sabor e conserva os
alimentos. Então, nós como cristãos precisamos dar sabor e conservar a nossa vida
e a vida dos outros. Bem como precisamos conservar em nós a alegria de viver, e
conservar Deus em nosso coração, contagiando os que estão em nossa volta.
Dará continuidade explicando que a luz ilumina a realidade, faz enxergar na
escuridão. Hoje, podemos dizer que existem muitas formas de escuridão em nossa
sociedade (desamor, violência, fome, miséria, etc.). Por isso, precisamos ser como
luz, iluminar a vida das pessoas, abrirmos caminho e ajuda-los a caminhar na
claridade.
4. Finalizando, o catequista explicará que Jesus costumava contar histórias como
forma de transmitir sua mensagem. Essas histórias são chamadas de parábola.

Aprofundamento do catequista:
Jesus era mestre na hora de falar. Ele gostava de utilizar uma linguagem real e
simples porque era mais fácil para os apóstolos e para o povo compreender a
verdade sobre o Reino de Deus.
Parábola é uma história contada para explicar uma verdade complexa. Jesus
contava parábolas para ensinar o evangelho aos seus discípulos. Uma parábola não
narra coisas que realmente aconteceram; são histórias inventadas, mas que revelam
verdades profundas.
Alguns conceitos são difíceis de explicar, porque são abstratos. Mas dentro de uma
história, um conceito tem uma aplicação prática e se torna mais fácil de
entender. Parábolas são pequenas histórias que explicam um conceito, usando
exemplos do dia a dia.
“O que é uma parábola? A palavra parábola vem diretamente do grego parabolé,
significando “pôr ao lado de”, com o sentido de “comparar”, a fim de servir
especificamente como uma ilustração de alguma verdade ou ensino. Parábola é
uma forma de discurso, ou uma história para ilustrar uma lição que se deseja
ensinar. A parábola é uma narrativa curta; usa detalhes do cotidiano para ilustrar
noções de vida. É um eficaz recurso pedagógico, porque exprime, em termos
simples, as comparações, facilitando a sua compreensão. Jesus não é o autor do
gênero literário das parábolas, embora tenha usado as parábolas nos seus
ensinamentos com criatividade, objetividade e de maneira agradável. ” 3

Dinâmica: Leve alguns símbolos, além do sal e da luz, que remetem às parábolas
de Jesus e as narre em breves palavras: Exemplo: uma moeda (parábola da dracma
perdida – Lc 15,10); cacho de uvas (parábola da videira – Jo 15,1-8; dos agricultores
homicidas – Mc 12,1-12); sementes (parábola do semeador – Mt 13,1-9); ovelha de
pelúcia ou desenho (ovelha perdida – Lc 5, 4-7) etc.

Celebrar: Fazer preces espontâneas ou coletivas.

Compromisso: Assim como Jesus transmitia seus ensinamentos através das


parábolas, nós também vamos imitá-lo. Escolha uma parábola e conte para os
amigos durante a semana.

3
(Revista Ecoando – Formação Interativa com Catequistas Ano X nº39 – página 20- Editora Paulus).
11º ENCONTRO
O JOIO E O TRIGO

Objetivo - Fazer com que os catequizandos percebam que convivemos com o bem e
o mal em nosso dia a dia.

Acolhida – Acolher como de costume. Lembrando sempre que o momento de


acolhida, é um momento muito especial na catequese e no coração de Deus. Deus
está sempre de braços abertos a nos acolher, por isso, é importante que sempre
possamos acolher as crianças ou adolescentes com muita felicidade pela presença
de cada um na catequese.

Iluminar – Citação Bíblica: Mt 13, 24-30 – Parábola do joio e do trigo


O que foi plantado primeiro no campo? O que o inimigo semeou? O que os
empregados acharam estranho quando viram a plantação? O que fez o patrão?
Jesus explicando a parábola que comparação Ele faz do trigo e do joio?

Aprofundamento para o catequista


Não cabe aos homens fazer a separação entre os bons e os maus, pois só Deus
pode fazer o julgamento. Jesus quis ensinar com esta parábola que o trigo
representa as pessoas boas que fazem o Reino de Deus acontecer, que vivem
conforme a Sua vontade, isto é, a verdade, a justiça, a fraternidade, o perdão, etc.
O joio representa as pessoas egoístas que vivem pensando só em si mesmas se
esquecem de viver em comunidade com Deus e com os irmãos, ou seja, atrapalham
o desenvolvimento da horta (comunidade). Jesus plantou as sementes do Reino,
para que a terra se transforme no reino de Deus: nós somos estas sementes,
chamados a dar frutos bons para que ele se concretize.

Dinâmica – leve milho de pipoca (cru) em uma vasilha misturado com pedras (pode
ser pedrinhas de decoração, se possível amarelas da cor do milho, mas não mostre ainda este
milho).

Leve, também uma vasilha com pipocas estouradas (que deverá ficar escondida) para no
final distribuir às crianças. Converse com as crianças e exponha que você tinha
pensado em uma excelente surpresa para elas, mas que não deu muito certo. As
crianças vão perguntar o motivo e você responderá: “Tentei fazer pipoca para vocês
em casa, mas tomei um susto e não consegui”. Novamente as crianças perguntarão
o motivo. Então, você mostrará o milho e dirá que estava cheio de pedras e dessa
forma não teve como fazer a pipoca e terá que jogar fora o milho. Continue
conversando com as crianças e proponha que pensem em uma solução para esse
problema. “Enrole” um pouco até que uma das crianças proponha: “Mas, e se a
gente separar o milho das pedras”? (Se depois de algum tempo a ideia não surgir, a
catequista poderá sugeri-la). Finalmente, confirme a solução e peça que todos ajudem a
separar o milho das pedras.
Durante ou após a separação do milho, faça comentários sobre o que seria “ser
bom” e o que seria “ser ruim”, se há possibilidade de separar um do outro, se
naquela tarefa que estão realizando qual objeto representa “o bom” e qual
representa “o ruim”. Enfim, faça relações sobre o que seria separar o “joio do trigo”.
Termine a dinâmica distribuindo as pipocas.

Celebrar – Esse é o momento de rezar. Vamos fazer silêncio e perceber em nós o


que precisamos mudar para sermos melhores.
Terminar dizendo: Senhor escutais a nossa prece!

Agir – Durante a semana procurar ser uma boa pessoa com as nossas atitudes.

Compromisso – Esforçar-se para praticar somente coisas boas. Não permitindo que
o mau tome o lugar do bem.
12º ENCONTRO
PARÁBOLA DO REINO

Objetivo: - Perceber que aquele que crê no Evangelho deve saber que achou um
tesouro. Nada mais tem importância; renuncia a tudo por este bem.

Acolhida: - Oração inicial: “Senhor nosso Deus, queremos sempre viver em


comunhão convosco, com as pessoas de nossa família, com os amigos da
Catequese, com os amigos da Escola. Obrigado porque estais sempre conosco. ”
- Indagar os catequizandos como foi a semana com relação ao encontro passado
- Indagar sobre a participação da missa aos domingos

Iluminar: - Citação Bíblica Mt 13,44-46.


1. Como vocês imaginam um reino? Tem rei, rainha, súditos etc?
2. Como vocês imaginam o Reino de Deus?

Aprofundamento para o catequista

“Em suas explicações sobre o Reino de Deus, Jesus se utiliza da imagem do


tesouro escondido no campo, porque naquela época o dinheiro e os tesouros não
eram guardados nos bancos, mas as pessoas procuravam lugares seguros para
guardarem suas riquezas; sobretudo em tempo de guerra, elas colocavam o ouro e
a prata em potes e enterravam. E, como muita gente acabava morrendo nas
guerras, às vezes o tesouro ficava enterrado sem que outros soubessem. Assim,
podia ocorrer de algum novo dono da terra, ou empregado do dono, encontrar o
tesouro escondido. Jesus anunciou o Reino e agora cabe a cada pessoa a decisão
de abandonar tudo para acolhê-lo em seu grande valor, melhor que todas as outras
coisas que pareçam valiosas. Vale a pena! Porque quando uma pessoa descobre os
valores do Reino de Deus ela faz a experiência de uma grande alegria e é capaz de
renunciar a tudo o que pode impedi-la de desfrutar dessa alegria.”4

4
Neusa Fernandes – Criatividade na Catequese – Dinâmicas com as parábolas de Jesus – São Paulo; Editora
Paulus, 2014, página 60.)
Celebrar: - Oração e vivência da Palavra
O catequista poderá fazer uma pequena explanação sobre o que é uma parábola,
proceder à leitura do Evangelho e fazer um breve comentário sobre a parábola,
solicitando a ajuda dos catequizandos. Jesus apresentou-nos o Reino de Deus e
devemos abandonar tudo para consegui-lo. Aplicar uma das duas dinâmicas
sugeridas. Finalizar diante de uma mesa preparada com vela acesa, flores, imagem
de Jesus e papéis com palavras escritas, como: amor/ partilha/ paz/ perdão/
solidariedade/ Desapego dos bens materiais/ Ser verdadeiro e autêntico/
Acreditar na Palavra de Deus/ Cultivar amizade com Deus, convidando os
catequizandos a rezarem utilizando as palavras/frases nas orações.

Compromisso: - convidar os catequizandos a fazerem um gesto concreto com as


palavras utilizadas nas orações, para que os valores do Reino de Deus se tornem
realidade em suas vidas (Ex.: rezar mais durante a semana; doar roupas ou
brinquedos; ajudar os amigos na escola; visitar os avós)
13º ENCONTRO
O Fariseu e o Publicano

Objetivo: Levar os catequizandos a rezarem de maneira espontânea, com atitude


humilde.

Acolhida: Oração inicial (pode ser espontânea ou:) “Senhor Jesus, ajuda-nos a
saborear os momentos de oração, dá-nos disciplina, perseverança e a graça de ter
um coração humilde. Amém”.
- questionar os catequizandos sobre sua participação na missa aos domingos

Iluminar: Citação Bíblica - Lc 18,9-14

Aprofundamento para o catequista


“Jesus é o nosso modelo de pessoa que agrada a Deus em suas orações. A oração
de Jesus era a sua vida. Assim o fundamento da oração é o amor, pois o que Jesus
mais fez em sua vida foi amar. Sendo um homem de oração, Jesus nos ensina a
rezar através do Pai-nosso, mostrando que devemos orar como comunidade,
gerando vida plena e esperança uns nos outros (Mt 6,7-13). Era no diálogo com o
Pai (Lc 6,12) que Ele se mantinha firme na entrega total à causa do Reino. E o Pai
se fez presente nesse diálogo, dando-lhe o Espírito que o encheu de graça e força
para iniciar e completar sua missão. Essa força do Espírito, proveniente do diálogo
com Deus, também impulsiona toda a vida cristã (At 1,8), dinamizando o ser, o viver
e o agir eclesial. E ainda nos motiva a praticar uma vida de oração, de meditação da
Palavra, de celebração dos sacramentos em casa, o trabalho, na escola e na
sociedade. Foram as primeiras comunidades que descobriram em Deus a força para
continuar caminhando como povo eleito. A oração é, portanto, memória e alicerce da
comunidade. Pois é na comunidade que as orações se misturam, fortalecendo a vida
de seus membros e a missão na qual estão se empenhando. Não se pode conceber
um cristão que não mantenha uma relação viva e pessoal com Deus, principalmente
uma comunidade que não se põe em oração, a fim de descobrir mais profundamente
a vontade do Pai. Somente seremos cristãos firmes se vivermos constantemente
unidos pela oração ao Senhor que alimenta a nossa fé. Por consequência, só haverá
comunidade unida pela fé quando seus fiéis estiverem unidos por uma vivência de
oração, celebrando com devoção e profundidade, de tal modo que seja possível
reconhecer que esta comunidade gera frutos de caridade. Diante disso é necessário
que os cristãos “estejam sempre alegres, rezem sem cessar. Deem graças em todas
as circunstâncias, porque esta é a vontade de Deus a respeito de vocês em Jesus
Cristo. Não extingam o Espírito” (1Ts 5, 17-19). 5

“Mas Jesus condenou a ostentação na oração. Todos os dias à tardinha, em


Jerusalém, se ouvia o som das trombetas do Templo. Era o anúncio do sacrifício da
tarde. A população era assim convidada a reunir-se ali e rezar. Alguns fariseus
faziam tudo para se colocar, como por acaso, nas encruzilhadas neste momento
exato e tomavam ostensivamente atitudes espalhafatosas na oração sob os olhares
admirados da gente simples. Jesus desmascarava esta hipocrisia: “Aos olhos de
Deus, dizia Ele, aqueles já receberam a sua recompensa!... Mas tu, quando quiseres
rezar, retira-te para o teu quarto e ali, onde ninguém te veja, fecha a porta. Então,
teu Pai dos Céus que vê no mais íntimo do teu coração, te recompensará” (Mt 6,6).
Cada um deve apresentar-se diante de Deus tal como é: com suas fraquezas. Um
dia Jesus apresenta dois tipos de oração: a do fariseu, todo orgulhoso de si, da sua
cultura e da sua fidelidade religiosa, e a de um publicano consciente e
arrependidíssimo das suas fraquezas e das suas faltas. Enquanto o primeiro se julga
digno da estima de Deus e exprime o desprezo pelas pessoas de má conduta, o
segundo só do poder de Deus espera o perdão das suas faltas. Quem sabe se no
íntimo o fariseu não diria a Deus: “Estas com sorte, ó Deus, em poder contar com
homens como eu”; enquanto o publicano batia no peito e oferecia a Deus o seu
coração, esmagado pelo arrependimento, mas confiante nas palavras do Salmo 50,
19: “O meu espírito, Senhor, será o meu coração contrito. Senhor, não desprezais
um espírito contrito e humilhado”.6

Dinâmica: Pedir para que os catequizandos escrevam uma oração em corações


previamente recortados e colocá-los em um varal na sala de catequese.

Celebrar: Oração e vivência da Palavra

5
Crescer em Comunhão – Livro do Catequista - Volume III, Editora Vozes, capítulo 7, pág.42.
6
(Conteúdo e orientações para uma Catequese Renovada – Diocese de Osasco - Capitulo 31 – Jesus nos ensina
a Rezar – Aprofundamento para o Catequista – O Recado Editora Ltda., páginas 209/210).
Motivação: O catequista deverá explicar que nos comunicamos com Deus, através
da ORAÇÃO; que devemos fazer a oração de maneira simples e verdadeira, pois
Deus nos conhece intimamente. Que Jesus rezava sempre e que ensinou os
discípulos a rezarem. Ler a Leitura: Lucas 18,9-14 e comentar a atitude do fariseu e
do publicano. O fariseu, muito orgulhoso, considerando-se melhor que os outros e o
publicano, humilde reconhecendo-se pecador. Diante de uma mesa preparada com
vela acesa, flores, imagem de Nossa Senhora, de uma cruz, pedir para que os
catequizandos escrevam uma oração para suas famílias ou para si próprios, para
que sejam humildes como o publicano. A sugestão é que sejam levados corações
recortados onde serão escritas as orações e pendurados em um varal dentro da
sala.

Compromisso: Preparar com os catequizandos um “Amigo secreto da oração”, da


seguinte forma: escreva os nomes dos catequizandos em papéis e coloque-os numa
caixa. Peça para que retirem um papel contendo o nome de um colega de turma de
catequese. Cada catequizando irá comprometer-se a rezar por seu colega “secreto”
durante a semana. No próximo encontro deverão revelar para quem rezaram, e
entregar uma mensagem na qual dizem como e o que rezaram por ele.7

7
Crescer em Comunhão – Livro do Catequista - Volume III, Editora Vozes, capítulo 7, Pe. Alexsander Cordeiro
Lopes; Ir. Araceli G.X da Roza; Ir. Gertrudes Balestieri, SJC; Hélio Wolfart; Maria Cecilia M.N. Giovanella; Regina
Helena R.F. Mantovani; Pe. Roberto Nentwig.)
14º ENCONTRO
PARÁBOLA DOS TALENTOS

Objetivo: Fazer com que cada catequizando perceba que quando Deus nos criou,
deu-nos muitos dons diferentes e talentos em quantidades diferentes. Mas há algo
em comum a cada um, a confiança depositada em quem recebeu tais talentos.
Todos têm algo para oferecer e para receber, sendo assim só tem sentido se
colocados a serviço dos outros na comunidade ou na vida. Como fez Maria. Por isso
arrumar o ambiente de forma alegre e colocar também uma imagem de Nossa
Senhora e flores.

Acolhida: Oração inicial: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Senhor Deus e Pai, nós agradecemos por nossas famílias, pelos nossos amigos,
pela escola, pela catequese, pelos dons que nos destes. Pela luz, pelo alimento,
pela água, pelo trabalho, pela beleza de tuas criaturas, pelo milagre da nossa vida.
Pelo amor que nos dá em Jesus, o seu maior Dom, que nos salva e nos protege.
Que ilumina nossa mente e o nosso coração, para ouvir a Tua Palavra que nos fala
ao coração e na vida.
1. Como passaram estes dias (novidade, alegria, tristeza, aniversário e outros)
2. Quem se lembra do Evangelho da missa de domingo (para saber se foram ou não
na missa)
3. Alguém sabe se o amiguinho... está com algum problema... (quem não veio)
4. Fazer recordar sobre o encontro passado de forma breve.

Iluminar: Recitar e os catequizandos repetem:


Nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que saí da boca de Deus...
- Leitura do Evangelho de Mt 25,14-28

Aprofundamento para o catequista:


Neste Evangelho São Mateus conta sobre um homem que, antes de partir para uma
viagem, convoca os servos e confia a eles o seu patrimônio em talentos, moedas
antigas de grande valor. Aquele patrão confia ao primeiro servo cinco talentos, ao
segundo dois, ao terceiro um. Durante a ausência do patrão, os três servos devem
fazer frutificar este patrimônio. O primeiro e o segundo servos dobram, cada um, o
capital; o terceiro, em vez disso, por medo de perder tudo, enterra o talento recebido
em um buraco. No retorno do patrão, os dois primeiros recebem o louvor e a
recompensa, enquanto o terceiro, que restitui somente a moeda recebida, é
repreendido e punido.
É claro o significado disso. O homem da parábola representa Jesus, os servos
somos nós e os talentos são o patrimônio que o Senhor confia a nós. Qual é o
patrimônio? A sua Palavra, a Eucaristia, a fé no Pai Celeste, o seu perdão… em
resumo, tantas coisas, os seus bens mais preciosos. Este é o patrimônio que Ele
nos confia. Não somente para ser protegido, mas para crescer! Enquanto no uso
comum o termo “talento” indica uma qualidade individual – por exemplo talento na
música, no esporte, etc., na parábola os talentos representam os bens dos Senhor,
que Ele nos confia para que o façamos dar frutos. O buraco cavado no terreno pelo
“servo mal e preguiçoso” (v. 26) indica o medo do risco que bloqueia a criatividade e
a fecundidade do amor. Porque o medo dos riscos do amor nos bloqueia. Jesus não
nos pede para conservar a sua graça em um cofre! Jesus não nos pede isso, mas
quer que a usemos em benefício dos outros. Todos os bens que nós recebemos são
para dá-los aos outros, e assim crescem. É como se nos dissesse: “Aqui está a
minha misericórdia, a minha ternura, o meu perdão: peguem-no e façam largo uso”.
E nós, o que fazemos? Quem ‘contagiamos’ com a nossa fé? Quantas pessoas
encorajamos com a nossa esperança? Quanto amor partilhamos com o nosso
próximo? São perguntas que nos farão bem. Qualquer ambiente, mesmo o mais
distante e impraticável, pode se tornar lugar onde fazer frutificar os talentos. Não há
situações ou lugares incompatíveis com a presença e o testemunho cristão. O
testemunho que Jesus nos pede não é fechado, é aberto, depende de nós.
Esta parábola nos exorta a não esconder a nossa fé e a nossa pertença a Cristo, a
não enterrar a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular na nossa vida, nas
relações, nas situações concretas, como força que coloca em crise, que purifica, que
renova. Fazer com que estes talentos, estes presentes, estes dons que o Senhor
nos deu sejam para os outros, cresçam, deem frutos, com o nosso testemunho.
Leiam isto, e meditem um pouco: “os talentos, as riquezas, tudo aquilo que Deus me
deu de espiritual, de bondade, a Palavra de Deus, como faço com que cresçam nos
outros? Ou somente os protejo em um cofre? ”.
E também o Senhor não dá a todos as mesmas coisas e no mesmo modo: conhece
cada um de nós pessoalmente e nos confia aquilo que é certo para nós; mas em
todos, em todos há algo de igual: a mesma, imensa confiança. Deus confia em nós,
Deus tem esperança em nós! E isto é o mesmo para todos. Não nos deixemos
enganar pelo medo, mas vamos retribuir confiança com confiança! A Virgem Maria
encarna esta atitude no modo mais belo e mais pleno. Ela recebeu e acolheu o dom
mais sublime, Jesus em pessoa, e à sua volta O ofereceu à humanidade com
coração generoso. A ela peçamos para nos ajudar a sermos “servos bons e fiéis”
para participar “da alegria do nosso Senhor”.8

Dinâmica:
1- Para fixar o conteúdo:
- quais são os talentos que temos: música, esporte, cozinhar, desenhar, rezar...?
- como usar esses talentos,
- o que podemos aprender com este Evangelho?
Para saber substitua os números pelas letras: Conferir anexo a atividade para as
crianças.
Resposta: DEUS DISTRIBUI OS DONS SEGUNDO A NOSSA CAPACIDADE

A B C D E F G H I J K L M N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
O P Q R S T U W X Y Z
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
4 5 21 19 4 9 19 20 18 9 2 21 9 15 19 4 15 14 19

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ !
19 5 7 21 14 4 15 1 14 15 19 19 1 3 1 16 1 3 9 4 1 4 5

2- Ao receber uma tarefa, que não temos certeza se podemos realizar, sentimos
medo de desapontar, a quem nos pediu ou de ficarmos tristes por não conseguir os
8
Angelus com o Papa Francisco sobre a parábola dos talentos, Domingo, 16 de novembro de 2014, Boletim da
Santa Sé, tradução: Jéssica Marçal
resultados que esperamos. Jesus nos ensina que Deus nos conhece e acredita que
somos capazes de atender ao que Ele espera e colocar à disposição dos irmãos.
Mas há algo muito importante que precisamos saber para que isso aconteça. Você
sabe o que é?
Descubra procurando no caça palavras e complete a frase: conferir anexo para fazer
as cópias para os catequizandos.
Resposta: Não podemos enterrar os dons que Deus nos deu e esperar que eles
ajudem as pessoas.

A Y E R T G Y U I J K P G S N
S M F G E C W P E S S O A S Ç
V E V C B N M S Q S Y D U I R
T D O N S R R U Ç P H E G F V
D U E G U Q A E F G R M K P T
F J O F K S O D E H L O H T G
E A Y J I F F A Y I K S Q H D
S W H K E S P E R A R B E J W

Não __ __ __ __ __ __ __ enterrar os __ __ __ __ que __ __ __ __ nos deu e


__ __ __ __ __ __ __ que eles __ __ __ __ __ __ as __ __ __ __ __ __ __.

É importante fazermos nossa parte para multiplicar os dons que o Senhor nos deu e
não enterrá-los.

Celebrar:
Levar uma barra de chocolate de quadradinho e distribuir entre os catequizandos de
forma que todos ganhem um pedaço (talento).
Deus dá talentos a todos, e sabe o que cada um pode fazer com ele, se guardarmos
corremos o risco de perdê-lo (estragar), mas se fizer comunhão esse talento pode
virar alegria para todos. É preciso colocar a serviço de todos, por isso antes de
experimentar e vivenciar esse dom recebido é preciso agradecer pela generosidade
de Deus com tantos dons recebidos.
- Cada um agora faça seu agradecimento, juntos a cada oração rezemos:
Obrigado Senhor!
Aceita Senhor a nossa gratidão, faça com que cada dia possamos multiplicar os
nossos dons, por isso pedimos também a ajuda de Maria nossa Mãe.

Compromisso: Até o próximo encontro, repartir alguma coisa que tenho muito em
casa: tempo, comida, material escolar, roupas, calçados, doces, escutar alguém,
brincar com alguém que ninguém brinca e tantas outras coisas que sabemos fazer.
14º ENCONTRO
Parábolas dos Talentos – Para cópias

1-Dialogo e dinâmica, para fixar o conteúdo:


- Quais são os talentos que temos, música, esporte, cozinhar, desenhar, rezar...? Como
usar esses talentos? O que podemos aprender com este Evangelho? Para saber
substitua os números pelas letras,
A B C D E F G H I J K L M N

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

O P Q R S T U W X Y Z

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

4 5 21 19 4 9 19 20 18 9 2 21 9 15 19 4 15 14 19

__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ !

19 5 7 21 14 4 15 1 14 15 19 19 1 3 1 16 1 3 9 4 1 4 5

2- Descubra procurando no caça palavras e complete a frase.

A Y E R T G Y U I J K P G S N

S M F G E C W P E S S O A S Ç

V E V C B N M S Q S Y D U I R

T D O N S R R U Ç P H E G F V

D U E G U Q A E F G R M K P T

F J O F K S O D E H L O H T G

E A Y J I F F A Y I K S Q H D

S W H K E S P E R A R B E J W

Não __ __ __ __ __ __ __ enterrar os __ __ __ __ que __ __ __ __ nos deu e

__ __ __ __ __ __ __ que eles __ __ __ __ __ __ as __ __ __ __ __ __ _
15º ENCONTRO
JESUS E AS CRIANÇAS

Objetivo: Fazer com que os catequizando percebam que são amados por Deus, por
Jesus e o Espírito Santo. Que Jesus reservou um momento especial para estar com
as crianças. A forma de Jesus amar as crianças e deixando a catequese para todas
elas. Quando Jesus abraça e acolhe os pequeninos quer dizer que toda Igreja de
Jesus deve fazer isso. Devemos ressaltar a pureza e a inocência para cativar
também os adultos. E todos devemos ter um coração e uma alma de crianças.
Montar um ambiente acolhedor com bexigas coloridas, uma imagem de Nossa
Senhora e um cartaz com a figura de Jesus no centro e canetas coloridas.

Acolhida: Oração inicial: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!


Senhor, hoje queremos pedir pelos pequeninos, nossas crianças, que de modo tão
carinhoso querem te agradecer por cuidar delas. Que nunca falte para elas amor,
carinho, paz, saúde, e uma família. Pedimos por todas as crianças que não tem um
lar. Que todas sejam abençoadas pela tua Graça. Pedimos a nossa Mãe Maria que
cuidou tão bem do Senhor, que ajude a cuidar de cada um. Glória ao Pai, ao Filho e
ao Espírito Santo...
1. Como passaram estes dias (novidade, alegria, tristeza, aniversario e outros)
2. Quem se lembra do Evangelho da missa de domingo (para saber se foram ou não
na missa)
3. Alguém sabe se o amiguinho... está com algum problema... (quem não veio)
4. Fazer recordar sobre o encontro passado de forma breve.
5. Cada um deve ir até o cartaz e colocar o seu nome com uma caneta colorida. Até
que todos os nomes estejam escritos e se alguém não veio um dos catequizandos
ou a catequista coloque o nome desse que não veio também. Para se sentirem
próximos de Jesus.

Iluminar: O catequista recita e as crianças repetem:


Este nosso mundo, sentido terá, se Tua Palavra nos renovar.
Citação Bíblica Lc 18,15-17
Aprofundamento para o catequista:
O amor singular de Jesus às crianças e Seu aborrecimento com os discípulos que
não o compreendem.
Os evangelistas nos relatam um episódio na vida de Jesus Cristo que encerra em si
uma preciosa revelação do Seu coração.
Algumas pessoas traziam crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos,
porém, as repreenderam. Vendo isso, Jesus se indignou e disse: “Deixai as crianças
virem a mim. Não as impeçais, porque delas é o Reinado de Deus. Em verdade vos
digo: quem não receber o Reinado de Deus como uma criança, não entrará nele!” E
abraçava as crianças e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava.
Examinemos brevemente este trecho “evangélico”, isto é, de “boa nova”. “Algumas
pessoas”, provavelmente as mães (pais), traziam crianças “para que Jesus as
tocasse”, para que “impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração”. Lc fala
expressamente de “ Lc 18,15). Essas pessoas querem levar as crianças até Jesus,
mas esbarram na resistência dos Seus discípulos. Estes fazem, por assim dizer, as
vezes de guarda-costas do seu Mestre. Acham que o Mestre tem coisa mais
importante a fazer do que dedicar seu tempo a crianças.
A criança não era vista como o modelo de determinadas qualidades louváveis, como
a inocência. Particularmente, segundo a doutrina rabínica, a criança não possuía
ainda o conhecimento da Lei, e esta era uma grande deficiência. Por isso, dedicar
seu tempo a uma criança foi considerado uma perda de tempo. Esta era, portanto, a
mentalidade dos discípulos. Viam, no intento de levar crianças a Jesus, uma
importunação supérflua do seu Mestre, algo que não fazia sentido, uma vez que elas
não eram capazes de receber o Seu ensinamento e tomar a decisão de segui-lo
como discípulos. Esta reação dos discípulos manifesta que não conhecem ainda o
Coração de Jesus. Jesus reage com aborrecimento, indignação; mostra que a
atitude dos discípulos é contra a Sua vontade, contraria diretamente Seu amor às
crianças, aos pequeninos. A resposta de Jesus, em palavras e gestos, manifesta
Sua predileção pelos pequeninos. E abraçava as crianças e, impondo as mãos
sobre elas, as abençoava. (Mc 10,14-16) Jesus deseja a presença das crianças;
irrita-Se com aqueles que querem impedi-las a serem levadas à Sua presença;
acolhe-as com muito carinho, com terno amor (abraçava-as!). E a razão por que não
devem ser impedidas de vir a Ele é que delas é o Reino, o Reinado de Deus.
Literalmente o texto diz “de tais” (τοιούτων) é o Reinado de Deus, isto é, a pessoa,
assim como as crianças, pertence o Reinado de Deus. Ele apresenta a criança como
uma etapa inicial, imperfeita do ser humano, por que o Reinado de Deus pertence às
crianças ou às pessoas como as crianças, apontando para as qualidades das
crianças (simplicidade, inocência etc.). Parece mais exato o seguinte: o fato de que
o Reinado de Deus é para as crianças, manifesta que a graça de Deus é para as
crianças, os pequeninos (cf. Mt 11,25), os pobres. Esta compreensão é confirmada
pelas palavras que seguem: “Em verdade vos digo: quem não receber o Reinado de
Deus como uma criança não entrará nele! ” É que as crianças podem receber o
Reinado de Deus como puro dom (uma graça, um dom gratuito). Elas não têm
méritos diante de Deus. Segundo a concepção judaica, as crianças não têm méritos
na torá. A palavra de Jesus exalta, portanto, a graça de Deus, segundo a qual o
homem deve deixar-se doar gratuitamente. Não se trata de o adulto imitar
características próprias de uma criança em contraposição àquelas do adulto. A
criança é apresentada como o exemplo da pequenez, da falta de poder e de
importância. “Receber o Reinado de Deus como uma criança” significa reconhecer
sua pequenez e fraqueza, que não pode apoiar-se diante de Deus em obras justas
que mereçam a entrada no Reino de Deus. Ora, como notam também exegetas,
esta visão das crianças – visão de acentuada valorização e grande estima – é uma
característica de Jesus. Como escreve Joachim Gnilka, na “ação de Jesus, a
atenção se dirige imediatamente às crianças. Podemos ver uma característica
própria da sua ação. Sobre o fundo da posição insignificante da criança, esta ação
se entende, além da oferta da graça aos pobrezinhos, como crítica dos juízos
preconceituosos no mundo dos adultos. A criança é levada a sério como um
ajudante de Deus.”9

Dinâmica:
1. Como vocês vivem hoje, o que vocês fazem?
2. O que vocês têm de mais precioso?
3. Que eu posso fazer para que todas as crianças sejam felizes?
4. Porque Jesus separou um tempo especial para estar com as crianças?
Para fixar o conteúdo:

9
Cf. Rudolf Pesch, Das Markusevangelium. 2. Teiú (HThKNT), Freiburg
Faça um desenho de Jesus de braços abertos ou recorte-o de algum material. Cole-
o em uma parede. Depois peça para cada catequizando fazer seu autorretrato (pode
ser só rosto ou corpo todo) e recorta-o. Atrás do recorte peça para que escrevam
seu nome. Em seguida, explicando o sentido da frase: Jesus ama e acolhe todas as
crianças, quer dar um grande abraço e estar sempre presente na vida, na família, na
catequese, na escola, nas brincadeiras em todos os lugares – conduze-as a
pendurar o recorte nos braços de Jesus.

Celebrar: Cada um pegue uma bexiga colorida, cuidado para não estourar. Faça um
pedido, uma oração, coloque aos pés de Jesus no cartaz que está o seu nome. A
cada pedido responderemos:
Escutai-nos, Senhor
Escuta Senhor os nossos pedidos e fazei que o nosso coração assim como esses
balões estejam sempre cheios de amor para levar aos outros alegria e esperança.
Por isso como sua mãe, foi chamada pelo anjo Gabriel de Alegra-te cheia de Graça
queremos também nos alegrar rezando:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa me ilumina. Amém

Compromisso: Procure essa semana rezar todas as noites a oração do Anjo da


Guarda pelas crianças que não tem família, as que estão em guerras, as que estão
doentes em hospitais e por todas as que precisam de nossas orações. Se possível
visitar alguma e levar um sorriso de Jesus.
16º ENCONTRO
QUÉRIGMA (PAIXÃO, MORTE, RESSURREIÇÃO)

Objetivo: Mostrar que Jesus é o enviado do Pai, e veio realizar entre nós um projeto
de vida e salvação para todos.

Acolhida: Em nome do Pai...


Oração do Anjo da Guarda
Conversar sobre a semana;
- Que missão temos para realizar em nossa vida?
Que sonhos, que expectativa nós temos?
De que maneira nós demonstramos o que somos?

Iluminar: Citação Bíblica: Lc 24, 13-32


1. De que forma os apóstolos reconheciam que Jesus era o Messias?
2. Porque a sociedade daquele tempo não aceitava o projeto de Jesus.
3. Que convite Jesus faz através deste texto a todos nós?

Aprofundamento para o catequista


O que é Querigma?
Querigma é o primeiro anúncio de Cristo, o Filho de Deus feito Homem, morto e
ressuscitado por nós, não deve ser confundido com catequese, é encarado como
primeiro passo para a conversão. Não devemos querer que as pessoas conheçam e
amem a doutrina sem que antes tenham feito uma real experiência de Cristo em
suas vidas.
A palavra tem origem no grego Kérigma, que significa proclamar, gritar, anunciar.
Dessa forma, podemos definir que querigma é exatamente isso: apresentar,
proclamar, gritar, anunciar Jesus Cristo, morto, ressuscitado e glorificado, para
termos uma experiência de mudança de vida, graças à fé, seguindo a tradição oral
dos primeiros cristãos. É experimentar e viver Jesus vivo como Salvador, Senhor,
Messias que dá o Espírito Santo.
Os discípulos de Emaús nos mostram como deve ser o rumo a ser tomado após o
encontro com Jesus Cristo, que é uma mudança de rumo em nossas vidas, fazendo-
nos missionários e anunciadores do Evangelho de Cristo.
Objetivos do querigma:
O querigma, entendido como o primeiro anúncio de Cristo, tem por objetivo anunciar
a Boa-nova de Jesus Cristo, que, desde o início de seu nascimento, passando pelo
seu Batismo e culminando com sua morte e ressurreição, foi glorificado para a
salvação dos nossos pecados. Quando anunciamos a sua glória, não anunciamos
um fato histórico acontecido há milhares de anos, mas, sim, tornamos presente em
nossas vidas essa salvação.
Para que esse objetivo seja alcançado, devemos fazer uma verdadeira e profunda
experiência de Deus em nossas vidas, abrindo nossos corações para que
recebamos uma vida nova em Cristo Jesus, revelada pelo Espírito Santo que se faz
presente em nossas vidas.
Entre os séculos II e IV, o catecumenato era o itinerário utilizado pela Igreja, que
durava um longo período alicerçado pelo querigma e também por uma catequese
que não era somente doutrinária, mas também transformadora da vida segundo as
exigências do Evangelho. A doutrina não deve ser a primeira preocupação de um
anúncio querigmático, mas a apresentação da pessoa de Jesus Cristo, de uma
forma simples e direta.
A evangelização não irá funcionar se os que já estão “evangelizados” não fizerem a
experiência do Deus vivo. Nesses casos, apela-se ao ensino doutrinal, e já que não
há como comunicar, evita-se o anúncio pelo testemunho, pela vivencia em Cristo.
Quem não tem a experiência transformadora do encontro pessoal com Cristo não
pode ser evangelizador.
O querigma leva aos sacramentos da iniciação cristã, mas estes não devem ser os
principais objetivos, mas sim o anúncio de Jesus Cristo, e, como resultado, sermos
novas criaturas cheias do Espírito Santo. E essa é a grande diferença entre os que
estão ou não evangelizados.10
“A catequese se articula em torno de determinado número de elementos da missão
pastoral da Igreja já que têm um aspecto catequético e que se preparam a
catequese que dela derivam: primeiro anúncio do Evangelho ou pregação

10 QUERIGMA E MISTAGOGIA: Caminhos à Iniciação Cristã, pp. 46-48.


missionária para suscitar a fé; busca das razões de crer; experiência de vida cristã;
celebração dos sacramentos; integração na comunidade eclesial; testemunho
apostólico e missionário. ” (Cat. Ig. Cat., n.6; cf. CT 18.)

Dinâmica: 1. Colocar os catequizandos todos em círculo, sentados no chão. 2. O


catequista expõe com suas palavras o texto bíblico citado acima. 3. Pedir aos
catequizandos que recontem a história comunitariamente, cada um acrescentando o
detalhe que lembrar. 4. Pedir ao grupo que faça uma encenação a partir do texto. 5.
Em um grande cartaz, com a figura de Jesus no centro, pedir que cada um escreva
ao lado da imagem a resposta à questão. Quem é Jesus Cristo para você?11

Celebrar: Esse é um momento importante do nosso encontro. É o memento de


transformar em oração o que escutamos. No nosso centro encontra-se um galho
seco e um galho verde (pode ser com folhas e flores). Vamos pensar um instante, o
que em nossa vida e no mundo representam esses dois galhos, exemplo: galho
seco (morte, violência, vícios...) galho verde (vida, solidariedade, amor...).
1º Momento:
Jesus foi crucificado na cruz. A cruz é madeira sem vida, como esse galho seco. Por
isso, nesse momento, enquanto se passa a cruz em nossas mãos, vamos fazer uma
prece a Deus por aqueles que vivem situações de cruz (morte).
2º Momento:
Jesus foi sepultado no jardim. O jardim é o lugar da vida nova. A semente que cai na
terra morre e dela nasce uma nova vida. Assim, Jesus ao morrer, ao ser sepultado,
ressuscita glorioso. Vamos agora receber em nossas mãos esse galho verde e
agradecer a Deus pelas coisas boas que dele recebemos.
Termina o momento orante com o Glória ao Pai... Ave Maria... e o abraço da paz.

Compromisso: Prestar atenção na missa qual parte em que é relembrado a Paixão,


morte e ressurreição de Jesus.

Obs: Trazer para o próximo encontro uma estampa de Maria (todos os


catequizandos)

11 REVISTA ECOANDO: Formação interativa com Catequistas – Ano XVI – n. 61, p. 26.
17º Encontro
Ave Maria: História e Fundamentação Bíblica

Objetivo: Ensinar e alimentar o culto e a devoção a Nossa Senhora; incentivar as


crianças a rezarem a oração da “Ave Maria” como forma de gratidão e intimidade
com Ela e de comunhão com seu Filho Jesus Cristo. Neste encontro ressaltar
somente a primeira parte da oração.

Acolher: Oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar para as crianças
o que elas sabem sobre Nossa Senhora.

Iluminar: Citação Bíblica: Lc 1,26-38

Aprofundamento para o catequista.


Para se chegar à formulação da Ave Maria atual, foi necessário percorrer um
caminho de muitos séculos. A seguir veremos a origem desta oração mariana:
Composta por duas partes, sendo uma de louvor (Ave Maria...) e outra de súplica
(Santa Maria...), a oração da Ave Maria é uma das mais difundidas no cristianismo.
A primeira parte, com uma clara referência bíblica, ressalta a disponibilidade de
Maria como a “escolhida de Deus” e uma dupla saudação extraída do Evangelho. A
primeira saudação começa com as palavras do Anjo Gabriel: “Ave, cheia de graça...”
(Lc 1,28). O convite a alegrar-se (kàire no original grego do evangelho de Lucas) é
substituído pela saudação latina “AVE”. O mesmo convite à alegria feito a Maria que
o acolheu e o realizou plenamente na sua vida, é feito também a nós
cotidianamente. A segunda saudação começa com as palavras de Santa Isabel,
parente de Nossa Senhora, que, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou: “Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre” (Lc 1, 42).
A essas duas saudações foram acrescidas duas palavras para que elas fossem mais
distintamente enunciadas (Maria, Ave-Maria...) e Jesus (de teu ventre, Jesus). O
nome Maria foi acrescentado às palavras do anjo, no Oriente, por volta do século V
e no Ocidente, aproximadamente no século VI, figurando numa das obras de São
Gregório Magno, o Sacramentário Gregoriano. No nome “Maria” também está
implícito o seu destino, pois segundo a uma tradução egípcio-hebraica, significa
“amada por Deus” e segundo a língua aramaica significa “grande senhora”. Em
ambos os casos, este nome contém em si, o significado e o mistério daquela que
gerou o Filho de Deus. O nome Jesus foi acrescido às palavras de Santa Isabel
provavelmente um século depois, no Oriente, no século VII; no Ocidente, todavia, o
primeiro documento que registra o nome do Redentor é a Homilia III sobre Maria,
mãe virginal, de Santo Amedeo, aproximadamente em 1150.
Na linguagem bíblica a expressão "o Senhor é convosco" ressalta a proximidade de
Deus ao seu povo, especialmente na ótica da Aliança, da qual, a Arca é o simbolo
visível e concreto. A própria Virgem, no contexto da Nova Aliança, é a nova Arca, na
qual o Espírito Santo irradia e realiza a presença de Jesus no meio do povo.
Observando o anúncio do Anjo essas palavras assumem uma tonalidade de
consolação e segurança (cf. Lc 1,34).
Quando falamos “Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus” , pensamos na singularidade de Maria em relação a todas as
mulheres, eleita do Pai, concebida sem pecados (Imaculada), permanecendo Virgem
antes, durante e depois do parto, tornando-se Mãe do Salvador e depois assunta de
corpo e alma ao céu. Jesus é o fruto bendito do Espírito Santo (cf. Lc 1,35; 4,18) e
de Maria: tão sobrenatural a sua concepção quanto normal a gestação da Virgem
Maria. Depois de ter acolhido com a mente e o coração, a ação divina na sua vida
através do seu “sim”, Maria acolher o fruto desta escolha divina no seu próprio
corpo. Um fruto chamado Jesus, que significa “Deus salva”12.

Celebrar: Oração e Vivência da Palavra

12 Para meditar sobre Maria como cumprimento das promessas divinas no Antigo Testamento, ver
Gen 3,14-15; Is 7,14; Sf 3,14. Toda a preparação e espera do Antigo Testamento se realiza em
Maria. No Evangelho de Lucas, capítulos 1 e 2, temos um retrato da pessoa de Maria e de como se
torna fundamental para que aconteça a Nova Aliança entre Deus e a humanidade. Maria é para nós,
modelo de fé, confiança, abandono total a Deus, serviço e compromisso com Deus e com os irmãos.
O Catecismo da Igreja Católica destaca o mistério da Virgem Maria em duas partes principais:
“Nascido da Virgem Maria” (nos. 487-511) e “Maria – Mãe de Cristo, Mãe da Igreja” (nos. 963-975).
Faz também referências a ela em muitos outros itens. O nosso estudo de Maria no Catecismo
ressalta apenas quatro aspectos: sua fé, sua vida, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. Ver também sobre
esse argumento: Catecismo da Igreja Católica, nn. 144, 148-149; 430, 1171, 2617, 2674, Edições
Loyola, São Paulo, Brasil, 1999. Sobre os Documentos da Igreja que falam sobre Nossa Senhora
além do site www.vatican.va, é possível recorrer à obra: AA.VV., “Principais documentos dos Papas
sobre Nossa Senhora: do beato Pio IX a Francisco,1ª. Edição, Editora Fons Sapientiae, 2017. Para
ver artigos e estudos marianos ver: www.a12.com/academia.
1. Quem foi o primeiro a dizer “Ave Maria”? Qual foi a missão que Deus confiou
a Maria? O que mais chamou atenção na história de Maria?
2. Como Maria nos ensina a agir no nosso dia-a-dia?
Momento de Oração:
Catequista: hoje Maria nos reúne e nos fala sobre a sua vida. Queremos reviver
com ela a sua experiência de ter sido chamada por Deus para ser a Mãe de Jesus.
Vamos agora com silêncio e atenção, sintonizar o nosso coração ao seu, para que
possamos entender como se sentiu naquele momento.
Maria: Tudo aconteceu em um dia comum, quando eu me encontrava sozinha em
casa, rezando e cuidando dos trabalhos domésticos. No silêncio do meu coração eu
rezava: “Senhor, Tu és o meu Deus, minha alma tem sede de Ti, o Teu amor vale
mais do que a vida, os meus lábios cantarão o seu louvor... (cf. Sal 63)”. De repente,
tudo ao meu redor se silenciou: o barulho do vento, o canto dos pássaros e o rumor
das pessoas passando pela rua. A luz que iluminava o quarto que eu estava ficou
mais intensa, levantei o meu olhar e o vi, estava ali diante de mim uma figura
humana com a forma de um Anjo. Então escutei a sua voz:
Anjo: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. "Não temas, Maria, pois
encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe
porás o nome de Jesus... (Lc 1,28-31)”.
Maria: Com grande surpresa percebi que naquele momento Deus estava me
pedindo algo grande não somente em meu favor, mas para todos. Então, com certo
temor, mas também com grande coragem respondi que eu aceitava. Depois disso,
era como se a cada dia eu dissesse “sim” a Deus na medida em que a história ia se
construindo à minha volta e em torno do meu Filho Jesus.
Todos: O’ Maria, tu sempre respondeste “sim” mesmo quando não entendia
bem o que estava acontecendo. Nós, muitas vezes respondemos “não...
talvez... depois eu faço.... vamos ver”. Ajuda-nos a dizer sempre “sim” a
nossos pais, professores e catequistas, para assim fazermos também a
vontade de Deus em nossas vidas. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é
convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na
hora da nossa morte, amém.
Compromisso: durante a semana, recitar a oração da “Ave Maria” e exercitar a
mesma obediência e disponibilidade de Maria, especialmente nas pequenas coisas.
18º. Encontro
Santa Maria: História e Fundamentação Bíblica

Objetivo: Ensinar e alimentar o culto e a devoção a Nossa Senhora; incentivar as


crianças a rezarem a oração da “Ave Maria” como forma de gratidão e intimidade
com Ela e de comunhão com seu Filho Jesus Cristo. Neste encontro ressaltar a
segunda parte da oração e o chamado à Santidade.

Acolher: Oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar para as crianças
sobre as qualidades da mãe ou da pessoa responsável por elas.

Iluminar: Citação Bíblica: Lc 2,39-45

Aprofundamento para o catequista.


Podemos também dizer que a segunda parte da oração da "Ave Maria" apresenta o
reconhecimento da sua santidade e uma súplica à Mãe de Deus e nossa.
A proclamação da santidade de Maria nos introduz na segunda parte da oração que,
sem deixar de manter a ligação com a Sagrada Escritura, foi composta no seio do
Igreja. Por mais que o atributo da Santidade pertença de maneira plena e exclusiva
a Deus, Maria é chamada de santa de uma forma toda especial. Na linguagem
bíblica, muitas são as pessoas e as coisas chamadas de “santas" em relação a
Deus: o povo de Israel, os Profetas, o templo, o altar, Jerusalém, os Apóstolos, a
Igreja, etc... Sendo assim, tudo aquilo que entra em relação com Deus, que é
consagrado a Deus ou participa da sua santidade é considerado “Santo". Aquilo que
Deus é ontologicamente (Santo por excelência), nós o somos por participação. Daí o
esforço de se aproximar, através da uma reta conduta de vida, da plenitude dessa
Santidade. Deste modo, “santo" é quem se esforça para imitar, mesmo com todos os
limites humanos, a santidade de Deus: "Esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação" (1Ts 4,3). A base desta imitação está no configurar-se ao ser e ao agir
de Jesus Cristo sob a ação do Espírito Santo.
As Igrejas Orientais chamam Maria de Theotòkos (Dei genetrix – geradora,
portadora de Deus, ou Mãe de Deus). Maria é Mãe de Deus porquê de um modo
admirável e misterioso, no seu ventre virginal, o Verbo de Deus se encarna. Cristo,
mantendo plenamente a sua natureza divina, assume também uma natureza
plenamente humana exceto o pecado, através da carne de Maria. Reconhecendo
com os padres conciliares em Éfeso (431) e em Calcedônia (451), que Maria é
verdadeiramente Mãe de Deus, nós reconhecemos que Jesus é verdadeiramente
Deus e verdadeiramente homem.
A súplica apresentada na segunda parte da prece (Santa Maria, etc.), já era
empregada na Ladainha dos Santos. Em determinado código do século XIII, da
Biblioteca Nacional Florentina, que já pertencera aos Servos de Maria do Convento
da Beata Maria Virgem Saudada pelo Anjo, em Florença, lê-se esta oração: “Ave
dulcíssima e imaculada Virgem Maria, cheia de Graça, o Senhor é contigo, bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe
de Deus, mãe da graça e da misericórdia, rogai por nós agora e na hora da morte.
Amém".
A fórmula precisa da Ave Maria, como é rezada hoje, encontra-se pela primeira vez
no século XV, no poema acróstico do Venerável Gasparini Borro, O.S.M. (+ 1498). A
segunda parte da Ave Maria foi sempre rezada em caráter privado pelos fiéis até o
ano de 1568, quando o Papa São Pio V promulgou o novo Breviário Romano, no
qual figura a fórmula do referido Venerável Gasparini Borro, sendo estabelecida
solenemente sua recitação no início do Ofício Divino, após a recitação do Pai
Nosso e prescrita para todos os sacerdotes. Depois de um século a mencionada
fórmula, sancionada pelo Sumo Pontífice, difundiu-se, de fato, em toda a Igreja
universal13.
Em seguida pedimos a intercessão de Maria, para que através do seu amor materno
obtenha, para nós pecadores, junto ao seu Filho Amado, as graças que
necessitamos, tendo consciência das nossas fragilidades e misérias (cf. Lc 5,31; Mc
2,17). O "agora" da Ave Maria, se apoia no “nos dai hoje o pão cotidiano” do Pai
Nosso, pois o homem necessitado de Deus precisa da sua providência em cada
momento. Este “agora” serve também de advertência para o homem muitas vezes
perdido no seu passado que não pode ser mais modificado ou no seu futuro ainda
não realizado ou incerto. A Ave Maria nos ajuda a dar, ao presente, a sua justa e
importante dimensão e a viver através do modelo de confiança de Maria, o nosso

13 Cf. CORRÊA DE BRITO FILHO, P., “Histórico da Ave Maria”, em www.catolicismo.com.br, abril de 2005.
“hoje” com intensidade e operosidade. Com a presença de Jesus que caminha
conosco e com o sustento da intercessão de Maria, a esperança de hoje nos
sustenta no presente e nos dispõe com serenidade ao futuro e à hora da nossa
morte com a certeza – segundo Santa Isabel da Trindade – de que esse momento
derradeiro é apenas o sono de uma criança que se adormenta sobre o coração de
sua mãe. 14

Celebrar: Oração e Vivência da Palavra


Para refletir:
1. Quais são as qualidades de Nossa Senhora?
2. O que Maria faz pensando em cada um de nós?
3. O que vocês entenderam do encontro de hoje?
Momento de Oração: Formar um círculo com as crianças iniciando esse momento
com a oração da Ave Maria. Em seguida pedir que cada uma faça uma prece a
Maria pedindo por uma intenção particular já que essa segunda parte da Ave Maria
é caracterizada por uma súplica.
Apresentar o terço para os catequizandos e explicar como se reza. A diferença que
existe entre as contas maiores das menores; as três contas separadas das outras; a
cruz e o medalhão. Se houver possibilidade, presentei seu catequizandos com um
terço, porém o terço que tenham os cinco mistérios e não os de um mistério (uma
dezena).

Compromisso: durante a semana, recitar a oração da “Ave Maria” pedindo a Ela:

14Sobre a Imaculada Conceição de Maria, sua Virgindade e maternidade, ver: Catecismo da Igreja
Católica (CIC), nn. 411, 437, 487-493, 501, 723-726; ainda sobre o argumento deste encontro, ver
também: CIC, nn. 2673-2679; Sobre o respeito ao nome de Maria, CIC n. 2146; Maria como modelo
de santidade, CIC n. 2030; modelo de união com o Filho, CIC n. 964; modelo e testemunha da fé, CIC
nn. 165, 273; Maria medianeira da graça, CIC n. 969. Sobre a santidade e intercessão da Virgem
Maria ver: DECKMANN FLECK, E.C. & DILLMANN, M., “A Vossa graça nos nossos sentimentos: a
devoção à Virgem como garantia da salvação das almas em um manual de devoção do século XVIII”,
em: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 32, nº 63, 2012, p. 83-118, que pode ser consultado
no site: http://www.scielo.br/pdf/rbh/v32n63/05.pdf; HAHN SC., “Salve, Santa Rainha: A Mãe de Deus
na Palavra de Deus”, Editora Cleofas, 2016; FAUSTINO OSSANNA T., “A Ave-Maria: história,
conteúdo, controvérsias”,Trad. Alda da Anunciação Machado, Editora Loyola, São Paulo, 2006;
MURAD, A. Quem é esta Mulher? Maria na Bíblia. São Paulo, Paulinas, 1996; CNBB. Com Maria
Rumo ao Novo Milênio. São Paulo, Paulinas, 1999; TREVIZAN, L., “Maria na vida do catequista”, em
www.soucatequista.com.br, 28/04/2017; Sugestão de dinâmica sobre os vários nomes de Nossa
Senhora em: http://universovozes.com.br/editoravozes/web/view/BlogDaCatequese/index.php/dina
mica-as-muitas-representacoes-de-nossa-senhora/.
 Por uma intenção particular;
 Por alguém que amamos ou por alguém que não conseguimos amar;
 Pela santidade individual e da humanidade.

Obs.: Para o próximo encontro pedir que as crianças tragam os diversos títulos de
Nossa Senhora em imagem ou estampas, de acordo com a devoção delas ou da
família.
19º. Encontro
Títulos Marianos

Objetivo: Ensinar e alimentar o culto e a devoção a Nossa Senhora; incentivar as


crianças a rezarem a oração da “Ave Maria” como forma de gratidão e intimidade
com Ela e de comunhão com seu Filho Jesus Cristo. Neste encontro ressaltar que
Maria, sendo nossa Mãe e Mãe de Jesus, se faz presente na história particular de
cada pessoa com diversos nomes.

Acolher: oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar para as crianças
sobre as imagens ou estampas que elas trouxeram.

Iluminar: Citação Bíblica

Aprofundamento para o catequista.


Na Igreja há dois tipos de culto o de latria e o de dulia. O culto de latria é o culto
de adoração, prestado somente a Deus, como supremo Senhor de toda vida e de
todo o universo, confessando que absolutamente tudo depende dele. O culto de
dulia é o culto de veneração, prestado aos santos e, estando a Virgem Maria acima
de todos na corte celeste, lhe é prestado um culto especial de veneração, chamado
hiperdulia.
Muitos não conseguem explicar porque Maria é “rotulada” com tantos nomes, alguns
dos quais totalmente fantasiosos. Na realidade, a existência do problema é inegável.
Basta tentar recordar a variedade de Santuários marianos espalhados por todo o
mundo para perceber uma extraordinária variedade de títulos conferidos a Nossa
Senhora. Encontramos títulos ligados: à vida de Maria (Imaculada, das Dores, da
Anunciação ou da Encarnação, da Assunção, etc.); à sua intercessão em favor dos
homens (das Graças, Auxiliadora, Consolação, etc.); aos lugares particulares onde
ele apareceu ou é venerada (Aparecida, Lourdes, Fátima, etc.); à meteorologia ou à
natureza (das Neves, do Bosque, da Floresta, das Nuvens, da Estrela, etc.); às
diferentes situações da existência humana (da Reparação, dos Aflitos, dos
Desempregados, dos Pobres, etc.) e tantos outros.
Por estes e outros nomes os povos devotam sua devoção à Mãe de Deus. Estas
invocações, conforme sua origem, podem ser de 3 naturezas:
- Litúrgica: compreende as invocações criadas pela Igreja e estão relacionadas ás
comemorações litúrgicas;
- Histórica: compreende, de modo abrangente, as invocações surgidas ao longo da
história do cristianismo, referindo-se, geralmente, aos lugares onde determinado
culto da Virgem Maria foi iniciado;
- Popular: compreende as invocações surgidas da devoção popular, conforme as
necessidades.
Muitos poderiam pensar se a multiplicidade de títulos atribuídos a Maria não
causaria certa confusão na mente dos cristãos fazendo com que esquecessem
que a Mãe de Deus é uma única pessoa ou que caíssem em formas pagãs de
idolatria. Em resposta a essa questão, basta pensarmos no fato que hoje em
dia, os cristãos católicos que mantêm um mínimo contato com a comunidade
eclesial sabem muito bem que os vários nomes dados a Maria não multiplicam
a pessoa, mas somente as suas virtudes sem considerar as estátuas como
ídolos, sendo totalmente de acordo com o II Concílio de Nicea (787) que afirma
que mediante os ícones (imagens) se consegue entrar no mistério de Deus15.

Dinâmica: Pedir para que os catequizandos coloquem as figuras de Nossa Senhora


no centro do círculo. Conforme as imagens, procure contar brevemente sua história.
Termine cada narração com: Nossa Senhora..., rogai por nós.

Celebrar: Oração e Vivência da Palavra


Para refletir:
1. Maria se faz presente na vida e na história das pessoas de muitas formas,
o que dá a ela uma variedade de nomes e títulos. Como nós podemos
fazer parte da vida das pessoas?
Momento de Oração: Cada um faça uma prece a Nossa Senhora invocando um de
seus títulos.

15Sobre esse argumento ver em: BISINOTO, E., “Conheça os títulos de Nossa Senhora”, Editora
Santuário, Aparecida, 2010; PEREIRA, C., ”Nossa Senhora, rogai por nós, reflexões sobre a Ladainha
de Nossa Senhora”, Editora Ave Maria, 2017; ainda sobre os nomes de Nossa Senhora ver em:
Catecismo da Igreja Católica nn. 2674; 493; 969; 966; 722,2676; 510; 491-492; 963-970; 411;
466,495,509; 494,511; 721; 499-501; 967,972.
Compromisso: cada dia da semana recitar a oração da “Ave Maria” invocando um
de seus títulos e pedindo:
 Alivio para as Dores das pessoas que sofrem (Nossa Senhora das Dores);
 Paz para o mundo em guerra (Nossa Senhora de Fátima);
 Bênçãos para o povo brasileiro (Nossa Senhora Aparecida);
 Amor e harmonia para as famílias (Nossa Senhora, Rainha da Família);
 Consolação para os aflitos e desesperados (Nossa Senhora da Consolação);
 Saúde para os doentes e anciãos (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro);
 Serenidade para os corações das crianças, dos adolescentes e jovens
(Imaculado Coração de Maria)
20º. Encontro
Intercessão de Maria

Objetivo: Neste encontro ressaltar que Maria, sendo nossa Mãe e Mãe de Jesus, é
também Mãe de toda a Igreja e nossa medianeira (intercessora) junto a seu Filho
Jesus. Ela nos aponta a Cristo e nos aproxima Dele com o seu carinho e ternura de
Mãe. Ressaltar também a intercessão dos santos pelos homens.

Acolher: oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar para as crianças
se elas sabem o que é intercessão e o que é interceder por alguém. Em casa
quando queremos alguma coisa, para quem pedimos primeiro? Alguma vez
precisamos da ajuda de outra pessoa para conseguir o que queríamos?

Iluminar: Citação Bíblica: Jo 2,1-12

Aprofundamento para o catequista.


Quando se fala em intercessão de Maria ou dos Santos é necessário reafimar que,
Cristo é o fundamento e mediador de todas as coisas; e (Maria), os Apóstolos e
Profetas participam desse ofício de Jesus de ser fundamento. Não são
fundamentos “paralelos” a Jesus, mas, “em Jesus”, são também eles fundamento. A
expressão grega “en Xristó” (“em Cristo”) aparece nos escritos de Paulo cerca de 80
vezes. Particularmente notável é 1Timóteo 3,15, onde a Igreja é chamada de “coluna
e fundamento da verdade”
Maria permanece na História da Igreja como AUXÍLIO DOS CRISTÃOS. Um auxílio que
conduz o povo ao seu filho Jesus Cristo. Em relação à mediação de Cristo e a
intercessão de Maria e dos Santos podemos dizer que: Protestantes: a única
mediação de Cristo é EXCLUSIVA (somente Cristo e mais nenhuma pessoa);
Católicos: a única mediação de Cristo é INCLUSIVA (inclui Maria, os santos, os
mártires, os veneráveis, os beatos, os anjos...).
Sendo assim, "Interceder" significa intervir em favor de alguém. A intercessão (ou
mediação) dos santos é uma realidade desejada por Deus e revelada pelas
escrituras (veja 1 Tm 2,1-3; Ef 6,18-19 etc.). Quando os católicos invocam a
intercessão de Maria ou dos Santos, fazem exatamente o mesmo que um cristão faz
quando pede para outro cristão orar por ele. A mediação que um cristão exerce
quando ora por outro (seja entre vivos, seja da parte daqueles que “estão com
Cristo” – os Santos – a nosso favor) é uma mediação EM CRISTO e não à margem
ou paralela a esta. Este ofício de mediadores não anula a única mediação de Jesus,
pois a nossa mediação é uma mediação participada da ÚNICA mediação de Cristo,
do mesmo modo que a luz irradiada pela lua não é dela própria, mas do sol.
Quando Jesus estava na cruz, estavam também ali perto, sua mãe e o discípulo que
Ele amava. Alguns minutos antes de morrer Jesus olhou com compaixão para Maria
e disse: “Eis aí o teu Filho”, depois olhando para João disse: “Eis aí tua Mãe” (Jo
19,25-27). Com essas palavras, Jesus dava a Maria a missão de ser mãe de todos
os cristãos e esperava que esses a tratassem também como Mãe. É por isso que os
cristãos a festejam e recorrem a Ela quando necessitam de algo. A exemplo de
João, devemos também nós trazê-La para casa, para o nosso coração, para a nossa
vida com certeza de que, amando-a cada vez mais, estaremos sempre próximos do
Seu Filho Jesus. A verdadeira devoção a Maria consiste em associá-la ao grande
amor de Deus pela humanidade especialmente ao amor pelos mais necessitados e
não apenas fazer promessas e devoções, etc...
Uma palavra particular quanto a mediação de Maria 16., a Mãe de Jesus, que aos pés
da cruz recebeu do seu Filho o encargo de ser a Mãe de todos os fiéis. Diz o
Catecismo da Igreja Católica (n. 970):
“A missão maternal de Maria para com os homens de maneira nenhuma reduz ou obscurece
a única mediação de Cristo, mas manifesta a Sua eficácia. Com efeito, todo o influxo da
Santíssima Virgem na salvação dos homens (…) brota da superabundância dos méritos de
Cristo e se apoia na Sua mediação, dependendo totalmente desta e extraindo dela toda a
sua eficácia (…) Nenhuma criatura pode jamais ser colocada na mesma ordem que o Verbo
Encarnado e Redentor; porém, assim como no sacerdócio de Cristo participam de maneira
diversa tanto os ministros quanto o povo fiel, e assim como a única bondade de Deus de
diversas maneiras se difunde realmente nas criaturas, assim também a única mediação do

16
Para um aprofundamento sobre a única mediação de Cristo e a mediação ou intercessão de Maria
e dos Santos ler o artigo de Pe. Juan Carlos Sach,”Jesus, o único Mediador: a Mediação de Maria e
dos Santos: um conflito inexistente segundo as Escrituras” em https://www.veritatis.com.br/jesus-o-
unico-mediador-x-a-mediacao-de-maria-e-dos-santos-um-conflito-inexistente-segundo-as-escrituras/,
fonte: Apologetica.org, trad. Carlos Martins Nabeto: ver também: UEDA, N., “Maria e a Mediação de
Cristo”,https://blog.cancaonova.com/tododemaria/maria-e-a-mediacao-de-cristo/,15.10.2013.
Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas, uma colaboração diversa que participa da
única fonte”.

A mediação de Maria está nos desígnios de Deus. Não foi imaginada pela devoção
dos cristãos, em épocas mais ou menos tardias. Pelo contrário, foi sendo descoberta
pela fé, cada vez com maior profundidade, como um tesouro escondido, o que é
muito diferente.
Bem entendia esta verdade São Bernardo, o “trovador da Virgem”, quando pregava
que Maria é “o aqueduto que, recebendo a plenitude da própria fonte do coração do
Pai, no-La faz acessível… Com o mais íntimo, pois, da nossa alma, com todos os
afetos do nosso coração e com todos os sentimentos e desejos da nossa vontade,
veneremos Maria, porque esta é a vontade daquele Senhor que quis que tudo
recebêssemos por Maria”.
“A devoção a Maria não é galanteria espiritual, mas uma exigência da vida cristã”
disse o Papa Francisco na Missa de 1 de janeiro de 2018 na Basílica de São Pedro,
para a festa de Maria Mãe de Deus. Disse também que “Maria guardava tudo no seu
coração. Eram alegrias e aflições: por um lado, o nascimento de Jesus, o amor de
José, a visita dos pastores, aquela noite de luz; mas, por outro, um futuro incerto, a
falta de uma casa, «porque não havia lugar para eles na hospedaria» (Lc 2, 7), o
desconsolo de ver fechar-lhes a porta; a desilusão por fazer Jesus nascer num
curral. Esperanças e angústias, luz e trevas: todas estas coisas preenchiam o
coração de Maria. E que fez Ela? Meditou-as, isto é, repassou-as com Deus no seu
coração. Nada conservou para Si, nada encerrou na solidão nem submergiu na
amargura; tudo levou a Deus. Foi assim que guardou. Entregando, guarda-se: não
deixando a vida à mercê do medo, do desânimo ou da superstição, não se fechando
nem procurando esquecer, mas dialogando tudo com Deus. E Deus, que Se
preocupa conosco, vem habitar nas nossas vidas. Aqui temos os segredos da Mãe
de Deus: guardar no silêncio e levar a Deus”.
São João conta, no seu Evangelho, que Jesus foi convidado, juntamente com sua
Mãe, a uma festa de bodas em Caná. Era recente ainda a vocação dos Apóstolos,
mas já acompanhavam o Mestre e, conforme o costume da época, foram
convidados também para o casamento (cf. Jo 2, 1-11).
Sem dúvida, há uma “mensagem” muito clara nesse milagre. É patente que Maria
está ativamente presente no começo do ministério público de Cristo, e está presente
de uma forma central, não marginal. Prestemos atenção:
● É por intercessão dela que Cristo adianta misteriosamente a “hora” de iniciar os
seus milagres, que serão “sinais” (cfr. Jo 6, 26) da sua divindade e testemunhos
visíveis da veracidade da sua doutrina.
● É pela intervenção dela que Cristo realiza o primeiro sinal que fará com que os
discípulos creiam em Jesus.
● Finalmente, manifesta-se nesse instante a disposição de Jesus de acolher todos
os pedidos que, mesmo em coisas pouco relevantes – “não têm vinho” –, cheguem a
Ele por intermédio da solicitude da Mãe, que se mostra amorosamente atenta às
necessidades espirituais e materiais dos homens, seus filhos.
Em Caná, Cristo disse com atos mais expressivos do que as palavras, que, na
realização da sua obra salvadora em favor dos homens, deseja que ocupe um lugar
de destaque a mediação maternal de sua Mãe. Não era necessário que fosse assim,
mas Deus quis que assim fosse.
Maria tem verdadeiramente uma função de mediação materna entre Cristo e os
homens. Não é certamente uma função autônoma, nem obscurece o fato
incontestável de que Jesus Cristo é o único Mediador propriamente dito entre Deus
e os homens (cf. 1Tim 2, 5). Mas, mesmo assim, fica em pé a existência de uma
autêntica mediação de Maria, subordinada, mas entranhadamente unida à mediação
de Cristo. É função do amor maternal de Maria “gerar” constantemente “irmãos” de
seu Filho, que se disponha a viver até às últimas consequências a Verdade e a Vida
que Jesus lhes oferece. Por isso, a devoção a Maria Santíssima não só não afasta
ou desvia as almas da união com Cristo pela fé e pelo amor – e nisso reside a
essência da vida cristã –, mas a facilita sobremaneira, tornando-a mais acessível e
mais suave, e também mais eficaz. “A Jesus, sempre se vai e se “volta por Maria”17.

17 Cf. Pe. Francisco Faus, op., “A intercessão de Maria”, em


http://www.padrefaus.org/2017/05/18/maria-3-a-intercessao-de-maria-2/, 18 de maio de 2017: Sobre a
intercessão de Maria e dos Santos ver também: Catecismo da Igreja Católica nn. 969; 956, 1434,
2156, 2683. Ver também: AQUINO, F. PROF.,(org.) “A Virgem Maria: Papa João Paulo II, 58 catequeses
do Papa sobre Nossa Senhora”, Editora Cleófas, 2014.
Celebrar: Oração e Vivência da Palavra. Organizar neste dia uma mesa com toalha,
uma imagem de Nossa Senhora, flores e uma vela acesa (simbolizando a luz da Fé)
para o momento de celebração.
Para refletir: Maria nos deu muitos exemplos demonstrando sua preocupação em
ajudar o próximo (ex.: Bodas de Caná, visita à Isabel). E nós, o que fazemos para
ajudar nosso próximo?
Cada um faça uma prece a Nossa Senhora intercedendo em favor de alguém.
No momento da oração pode ser feito a coroação de Nossa Senhora lembrando:
 A Coroa: Coroamos Maria porque ela foi glorificada por Deus;
 A Palma: É o símbolo da vitória, da perseverança na fé e nos sofrimentos;
 O Véu: Simboliza a pureza de Maria, cheia de graça e do amor de Deus,
Imaculada, sem pecados;
 As Flores: Simbolizam o nosso amor e o nosso carinho para com a Mãe de
Jesus e nossa Mãe.

Compromisso: Rezemos para que Nossa Senhora interceda sempre por nós e por
nossas famílias.
21º Encontro
Bíblia: Palavra de Deus I

Objetivo: Levar os catequizandos a conhecerem a Bíblia, aprender a manuseá-la e


querer sempre ouvir a Palavra de Deus.

Acolhida: Oração inicial (pode ser espontânea ou:) “Senhor e nosso Pai! Envia teu
Santo Espírito para que nós compreendamos e acolhamos Tua Santa Palavra! Que
nós te conheçamos e te façamos conhecer, te amemos e te façamos amar, te
sirvamos e te façamos servir, te louvamos e façamos louvar por todas as criaturas.
Faze, ó Pai, que pela leitura da Palavra, os pecadores se convertam, os justos
perseverem na graça e todos consigam a vida eterna. Amém! ”

Iluminar: Citação Bíblica - 2 Cor 3,3

Aprofundamento para o catequista


“A Bíblia é a Palavra de Deus porque através da Bíblia Deus fala às pessoas. Deus
fala pela Bíblia para nos animar e orientar na caminhada cristã. Deus nos fala
também pelos acontecimentos de cada dia. A Bíblia fala da História do Povo que foi
escolhido por Deus. A Bíblia nos ajuda a viver conforme o desejo de Deus. A Bíblia é
o livro mais lido e mais conhecido no mundo inteiro. A Palavra Bíblia vem da língua
grega e quer dizer: “Coleção de Livros” ou “Biblioteca”. A Bíblia se divide em duas
partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. O Antigo Testamento foi escrito
antes da vinda de Jesus. Ele é formado de 46 livros, entre os quais: Gênesis, Êxodo,
Salmos, Profetas, etc. O Novo Testamento foi escrito depois da vinda de Jesus. Ele
é formado por 27 livros que são: os 4 Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João),
os Atos Apóstolos, as Cartas dos Apóstolos e o Apocalipse. A Bíblia tem 73 livros,
divididos em capítulos e versículos. Os capítulos e versículos são indicados de
forma abreviada. Por exemplo: Mt 4,1-5, lê-se assim: Evangelho de São Mateus,
capítulo quatro, versículos de um a cinco. É muito importante que toda família tenha
a Bíblia. (Primeiro Livro do Catequizando – em preparação à Eucaristia – Irmã Mary
Donzellini – Editora Paulus).
“COMO ACHAR UMA PASSAGEM NA BÍBLIA? Os livros da Bíblia são divididos em
capítulos, e os capítulos são divididos em versículos. Os capítulos são indicados
com números grandes; os versículos com números pequenos. No começo das
Bíblias encontramos sempre uma lista das abreviaturas dos livros. Para citar uma
passagem, coloca-se a abreviatura do livro, seguida por números que indicam o
capítulo e o versículo que se deve ler. Vejamos alguns exemplos:
- A vírgula separa o capítulo do versículo. Ex.: Jo 1,14 = Evangelho de João, capítulo
primeiro, versículo quatorze.
- O traço pode indicar uma sequência de versículos ou uma sequência de capítulos.
Ex.: Dt 15,1-8 = livro do Deuteronômio, capítulo quinze, do versículo um até o
versículo oito. Gn 1-11 = livro do Gênesis, do capítulo um até o capítulo onze. Mt
5,3-7,5 = Evangelho de Mateus, do capítulo cinco, versículo três, até o capítulo sete,
versículo cinco.
- O ponto separa versículos saltados. Ex.: Jr 31,31.33= livro de Jeremias, capítulo
trinta e um, versículos trinta e um e trinta e três (pula o versículo trinta e dois).
- O ponto-e-vírgula separa tanto capítulo de capítulo, como livro de livro. Ex.: Mt
5,3;8,2 = Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículo três e, depois, Mateus,
capítulo oito, versículo dois. Mt 5,3; Lc 2,4 = Evangelho de Mateus, capítulo cinco,
versículo três e, depois, Evangelho de Lucas, capítulo dois, versículo quatro. Para
achar um livro dentro da Bíblia, consulte o índice, que mostrará em que páginas está
aquele livro. 18
“...Bíblia é uma palavra grega que significa livros. Ela não é um livro, mas uma
coleção de livros, uma verdadeira biblioteca. Aí encontramos a história de pessoas
que tiveram um encontro com Deus e com sua ação. Encontro realizado através da
vida e da história. A Bíblia tem, portanto, dois pontos fundamentais: mostra quem é
Deus e mostra quem são os homens. Mostra quem é Deus. Não o que Deus é em si
mesmo. Isso é um mistério. Ela mostra o que Deus é para os homens, e o projeto
que Deus realiza na vida e na história: que todos tenham vida e liberdade. Mas Deus
não impõe nada. Ele propõe. Se o homem aceita, Deus se prontifica a caminhar com
ele, a fim de conquistar a vida e a liberdade. Mostra também quem são os homens.
A Bíblia é realista e não se preocupa em ser edificante. Aí encontramos o que o
homem tem de bom e o que tem de perverso: os tropeços, o egoísmo, a teimosia, e

18
(livro “Conheça a Bíblia” – I.Storniolo – E.M. Balancin), pág.18/19
também as angústias, as buscas e a boa vontade. De modo particular, a Bíblia
mostra o encontro dos homens com Deus e as consequências: uns se convertem,
aceitando o projeto de Deus e caminhando em busca da vida e da liberdade. Outros
se fecham em torno do próprio egoísmo, rejeitando qualquer tipo de vida que não
esteja voltado para seu próprios interesses”19
“...Partes da Bíblia 1. ANTIGO TESTAMENTO – escrito antes da vinda de Jesus
Cristo. Compreende a história e a reflexão religiosa do Povo de Deus. 2. NOVO
TESTAMENTO – escrito depois da Ressurreição de Jesus. Apresenta a experiência
e a reflexão religiosa do mesmo Jesus e a experiência e a reflexão dos primeiros
cristãos. ... QUANDO FOI ESCRITA A BÍBLIA? A bíblia não foi escrita de um dia
para o outro. Aconteceu devagar. Alguns fatos foram escritos 100 anos depois que
as coisas aconteceram, outros 200 anos, e outros até mais de 500 anos depois. A
Bíblia levou 11 séculos (1100 anos) para ser escrita.
“...Não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Foram diversos autores. Deus
se serviu de diversos tipos de pessoas para escrever a Bíblia: homens e mulheres,
jovens e velhos, mães de família, reis, doutores e pastores, operários de várias
profissões. ... Eles escreveram por inspiração de Deus...”20

Dinâmica: O catequista deverá fazer uma colocação simples conforme texto acima
descrito na “Introdução”, sobre o que é a Bíblia; que Deus fala através da Bíblia.
Falar sobre os livros da Bíblia, ensiná-los sobre como localizar os capítulos e os
versículos. Propor exercícios, como:
- Encontrar as citações Lc 8, 4-8 e Mateus 4, 1-4 na Bíblia
- Escrever o significado das seguintes citações:
Mc 2, 5 = Evangelho de São Marcos, capítulo dois, versículo cinco
Mt 23,1-12 = _____________________________________________

- Procurar o texto da citação que segue e completar o que falta:


2 Tm 3,15: “Toda a Bíblia é __________ por Deus. A Bíblia serve para ensinar o
que é verdadeiro, para ______ e para __________ na justiça”.
(resposta: inspirada / corrigir / educar)

19
(livro: “Conheça a Bíblia” de Ivo Storniolo e Euclides M. Balancin, pág.5)
20
(livro Catequese Renovada pág.40)
Celebrar:- Oração e vivência da Palavra

Rezar o Salmo 148

Compromisso:- A Bíblia é a Palavra de Deus. Na Bíblia encontramos a mensagem


da Salvação. A Bíblia não é somente para ser lida. Devemos fazer o que a Bíblia diz!
Por isso, nesta semana, vou pedir para alguém ler comigo um texto da Bíblia.
22º. ENCONTRO
Bíblia: Palavra de Deus II

Objetivo: Ressaltar a valor da Sagrada Escritura como Revelação de Deus aos


homens. “Deus falou nas Sagradas Escrituras, por meio de homens e à maneira
humana” (Dei Verbum 2).

Acolher: Oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar para as crianças
se elas já visitaram uma biblioteca. Como ela é? Organizada por assunto? São
variados os autores dos livros? O que os livros nos ensinam?
Fazer uma comparação com a parte estrutural da Bíblia chamando a atenção para o
fato de que não é um livro de história, ou científico, ou de leis: mais importante do
que os fatos históricos são os fatos salvíficos que foram sendo escritos sob a
inspiração do Espírito Santo. Eles tiveram uma longa história de redação, com vários
escritores sagrados, em vários tempos, e foram reconhecidos pela comunidade
como sagrados também pelo carisma da inspiração.

Iluminar: Citação Bíblica: 2Tm 3,14-17.

Aprofundamento para o catequista.


Os livros reconhecidos como inspirados compõe a Bíblia e são chamados de
canônicos (cânon = norma/lista). São 46 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo
Testamento. Deus é o verdadeiro autor da Bíblia, contudo, essa verdade coexiste
com a verdade de que também o hagiógrafo deu a sua contribuição. Deus inspirou
os autores bíblicos que, dispondo de suas próprias faculdades (estilo, gramática e
outras) transmitissem somente a vontade de Deus. É por isso que a Sagrada
Escritura não contém erros. O número 108 do Catecismo é bastante esclarecedor
quanto à natureza da fé cristã:
“No entanto, a fé cristã não é uma «religião do Livro». O Cristianismo é a
religião da «Palavra» de Deus, «não duma palavra escrita e muda, mas do
Verbo encarnado e vivo». Para que não seja letra morta, é preciso que
Cristo, Palavra eterna do Deus vivo, pelo Espírito Santo, nos abra o
espírito à inteligência das Escrituras”.
Assim, o Espírito Santo inspira o hagiógrafo para que escreva tão somente aquilo
que é a vontade do Pai, mas inspira também a Igreja quando ela interpreta o que foi
escrito. A ação deu-se nos dois pólos: no emissor e no receptor, de modo que a
mensagem compartilhada fosse aquela que Deus quis transmitir. A Igreja é o canal
receptor que conta com a inspiração do Espírito Santo, mais que isso, é o próprio
corpo de Cristo, do Verbo, da Palavra encarnada, dessa forma, ainda que seus
membros sejam homens pecadores, pela assistência do Espírito Santo em seu
conjunto, especialmente no seu Magistério é o único lugar de interpretação das
Sagradas Escrituras21.
Podemos dizer que a Bíblia é verdadeiramente toda de Deus e toda do homem, ou
seja, Palavra de Deus revelada com linguagem humana. Testemunha escrita e
estável do encontro de dois amores: aquele de Deus em relação ao seu povo e
aquele do povo em relação ao seu Deus. Assim como Jesus é a Palavra de Deus
encarnada no seio de Maria que é figura da Igreja, também a Sagrada Escritura –
em relação e dependência de Cristo – é a Palavra de Deus escrita sem erros
também no seio da Igreja (sem perder a referência a Maria) para a salvação do
homem. Se Deus “fala” ao homem, isso quer dizer que o homem é capaz de “ouvir”
Deus. Essa é a ideia sempre presente na intuição cristã do homem: por graça de
Deus, o homem é “capaz de Deus”22.
Sendo assim, a Bíblia, na sua totalidade, é sempre a revelação de um Deus que
constantemente vem em busca do homem e vice-versa: desde aquele “Adão, onde
estás?” (Gen 3,9) do início, até o “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,30) do final. Um
rabino e filósofo polaco Abraham J. Heschel afirma que a Bíblia é um conjunto
formado por “uma teologia para o homem e uma antropologia para Deus”, isto é, de
certo modo, Deus quis precisar do homem para que este ateste a sua necessidade
de Deus. O “tu” de Deus que é Uno e Trino é o homem e o verdadeiro “tu” do
homem só pode ser Deus.
Podemos concluir dizendo que:

21 Cf. Inspiração e verdade da Sagrada Escritura em : https://www.franciscocatolico.com.br/news/a11-


inspira%C3%A7%C3%A3o-e-verdade-da-sagrada-escritura/ de 22/09/2014. Sobre este argumento
seria muito importante ler a Constituição Dogmática “Dei Verbum” sobre a Revelação Divina.
22 Cf. Catecismo da Igreja Católica nn. 27-49.
 É próprio da Bíblia, afirmar e exaltar a condição corpórea e espiritual do
homem definindo-o, segundo a vontade divina, como um ser ao mesmo
tempo, finito e infinito, plenamente humano, mas destinado à vida eterna;
 Toda a Sagrada Escritura divina é um único livro, e este livro único é Cristo
«porque toda a Escritura divina fala de Cristo e toda a Escritura divina se
cumpre em Cristo» (Lc 21,24);
 A unidade dos dois Testamentos deriva da unidade do plano de Deus e da
sua Revelação. O Antigo Testamento prepara o Novo, ao passo que o Novo
dá cumprimento ao Antigo. Os dois esclarecem-se mutuamente; ambos são
verdadeira Palavra de Deus23.

Celebrar: Oração e Vivência da Palavra.


Para Refletir:
 Onde a Bíblia é guardada em minha casa? Quem mais ler a Bíblia em minha
família. Qual a passagem bíblica que mais me chama atenção?

Oração: Senhor, te pedimos perdão pelas nossas ofensas, pois temos ofendido ao
senhor, por pensamentos palavras e obras, e queremos limpar o nosso coração para
nos colocar diante da Tua Palavra, porque a pureza do coração e a humildade são
características fundamentais para a escuta e compreensão da mensagem divina.
Dá-nos Senhor, o dom do entendimento, para que, com a ajuda do Espirito Santo
possamos atualizar em nossa vida aquilo que lemos da Tua Palavra. Ave Maria...
Amém.

Compromisso: Em casa folhear a Bíblia e procurar ler um versículo por dia.


Partilhar sobre aquele que mais chamou a atenção no encontro seguinte.

23Para um melhor aprofundamento deste argumento ler sobre a Transmissão da Revelação Divina e
a Sagrada Escritura em Catecismo da Igreja Católica nn. 74-141.
23º. Encontro
Bíblia: Livro da Comunidade

Objetivo: Ressaltar a valor da Sagrada Escritura como Revelação de Deus aos


homens. Considerar a Bíblia como a Boa Nova ou Boa Notícia para a comunidade e
a sua divulgação, entendimento e eficácia depende do modo como a semeamos nos
corações.

Acolher: Oração inicial, perguntar sobre a semana, sobre o encontro passado, se


elas vieram à missa, demonstrar interesse pelos faltosos. Perguntar quem tem uma
notícia boa para dar. Perguntar se leram a bíblia e se algum versículo chamou-lhes a
atenção. Depois fazer as seguintes perguntas: De onde vêm essas boas notícias?
(Família, meios de comunicação, escola, religião). Qual a boa notícia que a
catequese apresenta? E como ficamos sabendo sobre ela? Onde encontramos
dados a respeito dessa boa notícia?

Iluminar: Citação Bíblica: Mt 13,3-9.18-23

Aprofundamento para o catequista.


Quando dizemos que a Biblia é a Boa Nova para a comunidade afirmamos também
que ela narra a História da salvação do Homem. Por “salvação” entendemos a
experiência salvífica que o homem viveu e ainda vive a cada dia, através do
encontro pessoal, transformador e missionário com Jesus Cristo.
Por exemplo, a narrativa evangélica apresenta inúmeras histórias em que alguém,
em sofrimento, como o cego de nascença que começa a exergar ou a viúva de Naim
que viu seu filho ressuscitar, experimentou através do encontro com Jesus, Verbo
encarnado do Pai.
Toda a Bíblia está repleta de episódios em que vemos a ação de Deus na vida dos
homens para levá-los à plena realização. E este é o ponto central: Deus intervém na
história do indivíduo e da coletividade para trazer o indivíduo e, portanto, a
comunidade para a plena realização do seu ser. É por isso que não há “documentos”
na Bíblia, mas experiências humanas, concretas e físicas.
Desde o encontro com Abraão até Jesus Cristo e depois com os Apóstolos até o dia
atual, a Palavra de Deus é anunciada sob a ação do Espírito Santo. A Bíblia é,
portanto, a nossa história da salvação. Uma hisória que apresenta 3 partes
fundamentais: o fato em si mesmo, a compreensão deste fato e a transmissão desse
fato.
Nesse sentido, a Bíblia torna-se normativa porque contém em si mesma a avaliação
correta de um fato, nos diz como isso deve ser interpretado e o que pode significar
para nós. As escrituras nos dizem, por exemplo, que Abraão encontrou Deus e nos
conta como isso aconteceu. Fala de uma certa experiência, uma verdade vivida que
vai além do tempo, espaço e história. É, portanto, uma experiência vivida que se
torna normativa, canônica para nós. Através da experiência de Abraão, vemos como
Deus pode interagir conosco, podemos ter indicações valiosas para a nossa vida
espiritual e física.
A Sagrada Escritura é, assim, o meio que temos para conhecer o Amor e os
ensinamentos de Deus; nela, conseguimos reconhecer em Deus características
como: a sabedoria, a perfeição, a inteligência, o amor e o poder, entre outras;
observamos nela a história de um povo com suas lutas, dores, dúvidas, fraquezas e
conquistas, semelhantes às de qualquer um de nós; ela pode iluminar a nossa vida,
ajudando nossa família a encontrar e cumprir o plano de Deus para nós.
A Bíblia é a história da Aliança, do matrimonio de Deus conosco, realizado no Cristro
Jesus, sob a ação do Espírito Santo, até no final dos tempos24.

Celebrar: Oração e Vivência da Palavra.


Dinâmica: A bíblia e os símbolos. Preparar uma mesa com os seguintes símbolos:
sal, água, flores, sementes, uma vela acesa, etc... e pedir para que os
catequizandos escolham um símbolo e façam uma frase relacionando com a Bíblia.
Por exemplo: O que é a Bíblia para mim? A bíblia para mim é... (a Palavra de Deus)
e posso compará-la a... (ao sal que dá sabor à minha vida e à vida da comunidade
cristã)25.

24 Para aprofundar sobre esse, entre outros temas muito interessantes ver também: “História da
Salvação” em: http://bibliaecatequese.com/historia-da-salvacao/; além disso seria muito útil pesquisar
sobre os temas: “História da Salvação”; “Revelação”; e “Sagrada Escritura” no Catecismo da Igreja
Católica; Para uma explicação simples e rápida de como manusear a bíblia, visitar o site:
http://catecismopiox.blogspot.com.br/2013/02/a-biblia-sagrada.html.
25 Para ver mais dinâmica procurar também em http://soucatequista.com.br/vamos-de-dinamicas.html.
Compromisso: Prestar atenção na missa e observar quantas vezes é lida a Palavra
de Deus.
24º Encontro
Gestos litúrgicos

Objetivo:
Levar o catequizando a perceber que o corpo fala através dos nossos gestos, que
na liturgia, na missa ao fazer algum sinal ou gesto, o celebrante ou os que
participam, expressam o amor, o louvor e a alegria de estarem ali, naquele momento
celebrando a vida.

Acolhida:
Oração inicial: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Querido Jesus queremos agradecer por estarmos reunidos em Teu nome, para
entender melhor o que fazemos e celebramos na missa, pedimos para que nunca
nos falte seu amor e sua misericórdia, que sejamos sempre agradecidos a todo
serviço gratuito prestado a nós, desde o sacrifício da cruz até a ressurreição na
santa liturgia. Por isso queremos agradecer por tamanho amor, rezemos:
- Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
(Repetir duas vezes).

- Como passaram estes dias (novidade, alegria, tristeza, aniversario e outros)


- Quem se lembra do Evangelho da missa de domingo (para saber se foram ou não
na missa)
- Alguém sabe se o amiguinho... está com algum problema... (quem não veio)
- Fazer recordar sobre o encontro passado de forma breve.

Iluminar: Recitar e os catequizandos repetem:


Três palavrinhas só eu aprendi de cor: Deus é amor três palavrinhas só...
- Citação Bíblica: Jo 9, 1-11

Aprofundamento para o catequista:

O homem é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele age com a alma e
com o corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas mãos, a sua palavra, o seu
silêncio, o seu gesto, tudo é expressão de sua vida. Na Missa fazemos parte de uma
assembleia dos filhos de Deus, que tem como herança o Reino dos céus. Por isso
na Celebração Eucarística, não podemos ficar isolados, mudos: cada um no seu
cantinho. A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são manifestados
através dos gestos das palavras, do canto, da posição do corpo e também do
silêncio. Tanto no canto como no gesto, ambos dão força à palavra. A Oração não
diz respeito apenas à alma do homem, mas ao homem todo, que é também corpo. O
corpo é a expressão viva da alma. (www.catequisar.com.br)26
O Papa Francisco nos alerta, “para que os fiéis não assistam como estranhos e
mudos espectadores a este mistério de fé, mas compreendendo-o por meio dos ritos
e das orações, participem da ação sagrada conscientemente, piamente e
ativamente”. O Pontífice também lembrou que a liturgia é vida para todos os povos
da Igreja e que “pela sua natureza é popular e não clerical”, sendo, como indica a
etimologia, uma ação para as pessoas, mas também para o povo. “A ação das
pessoas que escutam Deus, que fala e reage, louvando-o, invocando-o, acolhendo a
fonte inesgotável de vida e misericórdia que flui dos santos sinais”. O Santo Padre
explica que há muita diferença entre “dizer que Deus existe e sentir que Deus nos
ama, tal como somos, agora e aqui”. E que, graças à oração litúrgica, devemos
sentir a comunhão não por um pensamento abstrato, mas por uma ação que tem por
agentes a Deus e a nós, a Cristo e à Igreja.27

Dinâmica:

- Quais gestos que fazemos durante a missa?

- Qual a parte da missa que mais participamos?


- Qual o gesto que mais gosto durante à missa?

-Sentado: É uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e
meditar, sem pressa e se recolher.
- Em pé: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão e
disposição para obedecer, é estar pronto. (Posição de orante)

26
(www.catequisar.com.br)
27
( pt.zenit.org)
- De joelhos: Posição de adoração, de oração, suplica, arrependimento, humildade,
pequenez, e submissão a grandeza de Deus, diante do Santíssimo Sacramento e
durante a consagração do pão e vinho.
- Genuflexão: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando
entramos na Igreja e dela saímos, se ali existir o Sacrário.
- Inclinação: Inclinar-se é sinal de adoração. Reverência. Sempre diante do altar ou
da cruz.
- Mãos levantadas: É atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus,
louvor.
-Mãos juntas ou mãos postas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé,
súplica, confiança e entrega da vida, oração, fechar-se para as coisas e abrir-se
para Deus.
- Silêncio: O silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da Fé. Fazer silêncio
também é necessário para recolhimento, interiorizar e meditar, rezar sem ele a
Missa seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra. 28

Celebrar: Vamos rezar a oração da Consagração à Nossa Senhora e cada um faça


um gesto conforme a Oração:
Oh, Minha Senhora e também minha mãe
Eu me ofereço inteiramente, todo a vós
E em prova da minha devoção, eu hoje vos dou meu coração
Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca
Tudo o que sou, desejo que a vós pertença
Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me
Como coisa e propriedade vossa, Amém
Como coisa e propriedade vossa, Amém
E agora cada um pegue um cartão e faça seu pedido conforme pede a posição ou
gesto que está escrito. E a nossa resposta será:
- Eu creio, mas aumentai a nossa fé!

Compromisso: Participar da missa com alegria e fazer os gestos, pois agora já


sabemos o que significa cada um.

28
(www.catequisar.com.br)
BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulus, 2002. CONCÍLIO VATICANO II –


COMPÊNDIO DO VATICANO II: constituições, decretos e declarações. Petrópolis:
Vozes, 1968.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo:
Paulinas, Loyola, Ave-Maria, 1993.
CATEQUESE RENOVADA: orientações e conteúdo. 5. ed. Paulinas: São Paulo,
DALDEGAN, Viviane Mayer; ORTIZ, Francine Porfirio. No Caminho de Jesus: Álbum
litúrgico-catequético, Ano A. Vozes: São Paulo, 2014.
DIOCESE DE OSASCO. Conteúdo e orientações para uma Catequese Renovada. O
Recado Editora Ltda.: São Paulo.
____________________. Querigma e mistagogia: Caminhos à Iniciação Cristã.
Paulus: São Paulo, 2016.
DONZELLINI, Mary, ir. Primeiro Livro do Catequizando: em preparação à Eucaristia.
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FERNANDES, Neusa. Criatividade na Catequese: Dinâmicas com as parábolas de
Jesus. Paulus: São Paulo, 2014.
LOPES, Alexsander Cordeiro, pe; ROZA, Araceli G.X da, Ir.; BALESTIERI, Gertrudes
SJC, Ir.; WOLFART, Hélio; GIOVANELLA, Maria Cecilia M.N.; Regina Helena R.F.
Mantovani; Nentwig, Roberto, pe.. Crescer em Comunhão. Volume III. Vozes: São
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REVISTA ECOANDO. Formação Interativa com Catequistas. Ano X, nº39. Paulus.
STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides M. Conheça a Bíblia. 6. ed. São Paulo:
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Sites
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CATECISMOO PIO X. Disponível em:
http://catecismopiox.blogspot.com.br/2013/02/a-biblia-sagrada.html (Acesso abr.,
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CATEQUISAR. Disponível em: www.catequisar.com.br (Acesso mai., 2018).
ENSINO INFANTIL NUM CLIQUE. Disponível em:
http://ensinoinfantilnumclique.com.br/aula-especial-a-pesca-maravilhosa/ (Acesso
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FILHO, CORRÊA DE BRITO, P., “Histórico da Ave Maria”. Disponível em:
www.catolicismo.com.br (Acesso em abr., 2018).
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