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Caríssimos catequistas!
Sinal da Cruz
Objetivo: Fazer com que a criança se conheça e conheça as outras pessoas como
filhas amadas de Deus. Fazendo com que ela se sinta valorizada e saiba valorizar
as outras pessoas chamando-as pelo nome.
Iluminar: Cada pessoa precisa ter um nome que a identifique. Por que é importante
ter um nome? Você conhece o nome de todos os seus colegas? Você gosta do seu
nome? Você sabe o significado do seu nome?
“Não tenha medo, porque eu o redimi e o chamei pelo nome; você é
meu”. (Is 43,1) Cuide bem do seu nome, pois ele faz parte de você e irá te
acompanhar pelo resto de sua vida, ou até mesmo depois que você morrer”. Ex:
Pessoas que morreram há muito tempo, mas que até hoje são lembradas pelos seus
nomes.
Agir: Vamos conhecer o nome de cada um dos nossos amiguinhos. Cada um vai
dizendo o nome e todos repetem juntos. Depois que todos falarem, o catequista
pergunta se eles sabem o que significam seus nomes.
Objetivo: Descobrir que conviver com as pessoas é muito importante, pois somos
parte de uma grande família.
Iluminar: Salmo 133,1 – “Vejam como é bom, como é agradável para irmãos
viverem juntos”. Todas as pessoas precisam ter amigos. Necessitamos de amizades
verdadeiras. "Quem é o outro, a outra, para mim?". "Quem sou eu para ele, para
ela?".
Aprofundamento para o catequista
Dos seres criados por Deus, a pessoa humana é a única que tem capacidade para
falar, ver, ouvir, pensar, aprender, admirar e se relacionar com as outras pessoas.
Podemos tudo isso porque somos pessoas, somos gente.
Deus nos criou parecidos com Ele, com inteligência, liberdade, vontade, criatividade,
capacidade de amar, de criar e de conviver com as outras pessoas.
Dos seres criados por Deus, a pessoa humana é quem mais precisa de cuidado.
Esse cuidado especial que a mamãe, as pessoas da família têm para com as
crianças formam um elo, uma força que une as pessoas.
Nossa história começa na família. Ninguém vive sozinho. Os homens mais primitivos
e pré-históricos descobriram que juntos eles poderiam sobreviver com mais
segurança.
Quem pode dizer que não precisa de ninguém para viver?
E Deus não nos criou para a solidão. Precisamos uns dos outros para ser amigos,
trocar ideias e incentivar ideais. Precisamos dos outros porque queremos amar e ser
amados.
Agir: Observar as qualidades das pessoas, pois ninguém é igual a ninguém, mas
cada um com as suas qualidades completa o outro.
Celebrar: Ajuda-nos, Senhor, a respeitar cada pessoa que vive conosco em nossa
comunidade e que cada um de nós sintamos as necessidades dos outros como
sendo nossas e que as nossas diferenças nos ajudem a descobrir a riqueza da
diversidade. Ajuda-nos Senhor a construir a comunidade que seja um sinal da Tua
Presença no mundo.
Objetivo: Mostrar que Jesus nasceu numa família e que deu muito certo. Pois
viviam em unidade. Uma verdadeira comunidade
Acolhida: Receber todos como de costume. Perguntar como foi a semana. Deixar
que cada um fale. Perguntar quem foi à missa. Pedir para silenciarem para dar início
a catequese. Rezar espontaneamente e pedir para que eles repitam (Oração de
agradecimento).
Iluminar: Lc 2, 1-21 - O que é uma família? Vocês sabiam que Jesus nasceu numa
família? Quem era a família de Jesus?
Agir: Vamos conhecer o nome de cada pessoa que faz parte da família de vocês.
Pedir que cada um fale quantas pessoas tem na família e quem são eles.
Iluminar:
1. O catequista perguntará aos catequizandos:
- Onde moramos?
- Quais as atividades que realizamos no nosso dia a dia? Costumamos ajudar
nossos pais?
- E onde morava a família de Deus?
- O que Jesus costumava fazer no seu dia a dia? Vocês acham que Jesus
ajudava os pais? Ele era obediente?
2. Realizar a leitura: Lc 2- 41-52
Aprofundamento do catequista:
O Evangelho de Lucas 2, 40-52 nos conta que todos os anos os pais de Jesus iam
em peregrinação a Jerusalém para a festa da Páscoa. Era uma caminhada de 150
Km de Nazaré a Jerusalém.
Quando Jesus chegou aos 12 anos, também foi nessa peregrinação, e já sentia que
devia ocupar-se das coisas de Deus. À medida que Jesus ia crescendo em idade e
estatura, crescia também na compreensão das coisas de Deus, na preparação e no
compromisso com as pessoas, na amizade e no amor para com todos.
E Jesus cresceu no conhecimento e na compreensão das coisas e no amor a Deus
porque estudava; aprendeu com seus pais e com as outras pessoas de Nazaré.
Aprendeu a trabalhar, rezar, conhecer Deus e observar seus sentimentos.
Objetivo: Perceber que Jesus foi apresentado ao mundo a partir do seu batismo
Iluminar:
1. Preparar o ambiente com símbolos do batismo, água, vela acesa, bacia, a
bíblia.
2. Para iniciar a conversa com a turma, o catequista perguntará:
- Vocês sabem o que é batismo? O que significa ser batizado?
3. Realizar a leitura de Mt 3, 13-17
4. Após a leitura, conversar:
- O que aconteceu quando Jesus estava em oração, depois de ser batizado
por João Batista?
- Como o Espírito Santo desceu sobre Ele?
- O que dizia a voz que veio do céu? De quem era essa voz?
5. Comentar com as crianças que Jesus foi batizado no rio Jordão por João
Batista. Deus Pai disse a todas as pessoas que lá estavam que Jesus é o
seu Filho muito amado. Nesta ocasião, Jesus inicia a sua missão: anunciar
que Deus Pai ama todas as pessoas e todas as coisas criadas.
Assim como Jesus, nós também somos muito amados por Deus. Aquela frase
bonita que Deus disse no dia do batismo de Jesus vale para nós também.
Nós somos os seus filhos amados em quem ele põe todo o seu carinho e seu
afeto. A partir do nosso batismo, nós assumimos este compromisso de viver
como filhos queridos de Deus, buscando sempre o que é bom e deixando
para trás o que não presta, pois, agora, também nós estamos cheios do
Espírito Santo de Deus, que é sua força em nosso coração. Pelo Batismo,
estamos bem unidos a Jesus e nada pode nos separar dele.
Na época de Jesus era costume o Batismo por imersão, isto é, as pessoas
eram mergulhadas na água para serem batizadas. Hoje, o modo é diferente:
derrama-se água na cabeça de quem é batizado.
6. O catequista recordará o dia do batismo. Para tanto, perguntará:
- Vocês se já viram uma criança sendo batizada? Já participaram de um
batismo?
Então, poderá explicar como é feito o batismo, demonstrando como se
derrama água na cabeça da criança (poderá fazer com todos os
catequizandos).
Para finalizar, é importante explicar o sentido do batismo: “Fomos batizados
para receber Jesus em nosso coração, para sermos puros e de bom coração,
cheios de alegria e de fé em Jesus”.
Aprofundamento do catequista:
Jesus nasceu e cresceu no meio de uma família pobre e de seu povo em Israel,
compartilhando a mesma vida deles, suas esperanças e suas angústias.
Esse povo esperava a libertação que Deus havia prometido.
O encontro com João Batista foi decisivo para a vida de Jesus, pois marcou o início
de sua vida pública, de sua missão de anunciar o Reino de Deus.
Jesus se coloca entre os pecadores, que vão pedir o perdão através do batismo de
penitência. Jesus não tem pecado, mas quer ser batizado para mostrar que vem ao
encontro de pecadores com o amor e a misericórdia de Deus.
Jesus é Filho de Deus, o Servidor. Ele aceita e assume a missão que o Pai lhe
confia junto à humanidade. Ele foi batizado por João Batista, no rio Jordão e João
reconhece nele o enviado de Deus, o Salvador, o Libertador, o Messias Prometido e
diz a todos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Aprofundamento do catequista:
Jesus viveu em uma família como a nossa, no meio do seu povo. Ele participava das
angústias e esperanças do povo, vivia as alegrias e os momentos difíceis sem
nenhum privilégio.
Não quis ser diferente e não fazia nada para aparecer, ninguém imaginava que
aquele filho de carpinteiro pudesse ser o Filho de Deus.
Jesus era consciente de que tinha uma missão a cumprir: “Anunciar a todos o
grande amor que Ele demonstrava por Deus Pai e pelos irmãos.
Seu projeto era ajudar as pessoas, libertar todos que eram vítimas de injustiça e
opressão, curando os que precisavam ver de maneira diferente, mostrando que todo
tem direito a vida. Assim, Jesus mostrou que é possível construir um mundo melhor,
ou seja, o Reino de Deus, que começa a ser construído onde existe amor, partilha e
fraternidade.
A pesca maravilhosa
“Há muitos anos, havia um barquinho que vivia numa praia. Ele era muito usado por
seus donos para pescar e quase sempre voltava do alto mar carregado de peixes.
É verdade também, que algumas vezes o barquinho tinha medo das ondas enormes,
que chacoalhavam a sua base para lá e para cá, mas mesmo assim ele gostava de
estar em alto mar com os seus donos, pois se sentia útil e importante.
Certo dia, seus donos, Pedro e André estavam pescando próximo da praia, já
haviam trabalhado a noite toda e nada tinham pescado. O barquinho também estava
cansado, mas eles ainda não haviam desistido da pesca, quando de repente um
homem começou a aproximar-se deles.
Aquele homem era diferente de todas as pessoas que o barquinho já havia visto. Ele
era calmo, dava para notar nele uma paz enorme e tinha muita autoridade no seu
jeito de ser. O homem foi chegando e para surpresa dos que estavam no barco e do
próprio barquinho aquele homem entrou dentro dele. A alegria foi tanta que o
barquinho se bateu todo dentro da água… “Que honra! ”- Pensou o barquinho. “Sou
tão simples e humilde e este homem parece ser tão importante”.
Afinal quem era aquele homem? (O catequista poderá fazer uma pausa e deixar que as
crianças respondam oralmente e em seguida continua a história)
Aquele homem era Jesus e ele sabia que Pedro e André haviam passado a noite no
mar e não tinham pescado nada até àquela hora, e então Ele lhes disse:
- Lancem as redes ao mar.
Pedro disse ao homem que já haviam jogado as redes ao mar a noite toda, mas que
em sinal de obediência lançariam as redes ao mar novamente.
Assim fizeram e então as redes começaram a se encher de pescados e se
encheram tanto que o barquinho não dava mais conta de carregar todos os peixes.
Então, eles precisaram chamar outro barco para ajudá-los a recolher tanto peixe.
Pedro e André estavam maravilhados com a pesca e então Jesus lhes disse:
- Venham e eu vos farei pescadores de homens”.
“Pescadores de homens? ”, “Como será isso? ” - Pensou o barquinho… “Não sei o
que é isso, mas deve ser algo maravilhoso” – exclamou.
Então adormeceu sonhando com os homens pescando e ele ajudando nesta grande
e nova pescaria, pescar homens!1
2. O catequista continuará conversando com os catequizandos sobre a história
fazendo com que percebam que “pescar homens” para Jesus é falar do seu amor as
pessoas, dizer a elas que só Jesus pode levá-las novamente para perto de Deus.
“Pescar homens” significa pescar pessoas de um mundo sem Deus e levá-las para a
vida eterna com Deus.
3. Para finalizar a conversa, o catequista fará as seguintes interrogações:
- Você também quer ser um pescador de homens?
- Quer falar do amor de Jesus para outras pessoas?
- Quer viver uma vida que mostre para as pessoas que você é Filho de Deus?
- Se você já tem Jesus em sua vida, você pode e deve falar do amor de Jesus para
outra pessoa. Assim ela poderá viver melhor aqui na terra e ainda esperar com
alegria a vida eterna com Deus.
1
Retirado de http://ensinoinfantilnumclique.com.br/aula-especial-a-pesca-maravilhosa/ em 27 de abril de
2018.
2
Sugestão de link: Cantinho da Criança - Pescadores de homens:
https://www.youtube.com/watch?v=fb27iTXWf0s
Jesus queria que sua mensagem fosse levada a todas as pessoas e, por isso,
formou um grupo de pessoas para continuar com o seu trabalho. O grupo era
formado por 12 apóstolos que aceitaram o convite de Jesus. Entre eles haviam
alguns pescadores e um cobrador de impostos. Cada um deles tinha a sua profissão
e seu modo de pensar.
Jesus tinha uma relação de confiança e amizade com o grupo e quis que todos
vivessem em sua companhia para que pudessem aproveitar os momentos para
conversar e ensinar. Eles caminhavam, riam, comiam, choravam e aos poucos foram
compreendendo o que Jesus queria.
Nas atitudes de Jesus ficava claro que o bem do povo, a justiça, o perdão, a
fraternidade deveriam estar acima de tido e que seu projeto transformar o mundo no
Reino de Deus.
Em todo lugar, Jesus anunciou a Boa Nova, mostrando o amor de Deus em tudo o
que fazia. A força do amor de Deus irradiava-se nele. Amava a todos, odiava o
pecado, mas amava o pecador, dando sempre preferência aos pobres e oprimidos.
Jesus espalhou sementes do reino em todos os corações e preparou os 12
apóstolos para continuarem sua missão.
Celebrar: Propor que as crianças realizem uma oração espontânea pedindo ajuda
de Deus para que vivam uma vida de obediência à Sua Palavra e para que elas
tenham oportunidade de falar de Jesus para os amigos.
Aprofundamento do catequista:
Jesus era mestre na hora de falar. Ele gostava de utilizar uma linguagem real e
simples porque era mais fácil para os apóstolos e para o povo compreender a
verdade sobre o Reino de Deus.
Parábola é uma história contada para explicar uma verdade complexa. Jesus
contava parábolas para ensinar o evangelho aos seus discípulos. Uma parábola não
narra coisas que realmente aconteceram; são histórias inventadas, mas que revelam
verdades profundas.
Alguns conceitos são difíceis de explicar, porque são abstratos. Mas dentro de uma
história, um conceito tem uma aplicação prática e se torna mais fácil de
entender. Parábolas são pequenas histórias que explicam um conceito, usando
exemplos do dia a dia.
“O que é uma parábola? A palavra parábola vem diretamente do grego parabolé,
significando “pôr ao lado de”, com o sentido de “comparar”, a fim de servir
especificamente como uma ilustração de alguma verdade ou ensino. Parábola é
uma forma de discurso, ou uma história para ilustrar uma lição que se deseja
ensinar. A parábola é uma narrativa curta; usa detalhes do cotidiano para ilustrar
noções de vida. É um eficaz recurso pedagógico, porque exprime, em termos
simples, as comparações, facilitando a sua compreensão. Jesus não é o autor do
gênero literário das parábolas, embora tenha usado as parábolas nos seus
ensinamentos com criatividade, objetividade e de maneira agradável. ” 3
Dinâmica: Leve alguns símbolos, além do sal e da luz, que remetem às parábolas
de Jesus e as narre em breves palavras: Exemplo: uma moeda (parábola da dracma
perdida – Lc 15,10); cacho de uvas (parábola da videira – Jo 15,1-8; dos agricultores
homicidas – Mc 12,1-12); sementes (parábola do semeador – Mt 13,1-9); ovelha de
pelúcia ou desenho (ovelha perdida – Lc 5, 4-7) etc.
3
(Revista Ecoando – Formação Interativa com Catequistas Ano X nº39 – página 20- Editora Paulus).
11º ENCONTRO
O JOIO E O TRIGO
Objetivo - Fazer com que os catequizandos percebam que convivemos com o bem e
o mal em nosso dia a dia.
Dinâmica – leve milho de pipoca (cru) em uma vasilha misturado com pedras (pode
ser pedrinhas de decoração, se possível amarelas da cor do milho, mas não mostre ainda este
milho).
Leve, também uma vasilha com pipocas estouradas (que deverá ficar escondida) para no
final distribuir às crianças. Converse com as crianças e exponha que você tinha
pensado em uma excelente surpresa para elas, mas que não deu muito certo. As
crianças vão perguntar o motivo e você responderá: “Tentei fazer pipoca para vocês
em casa, mas tomei um susto e não consegui”. Novamente as crianças perguntarão
o motivo. Então, você mostrará o milho e dirá que estava cheio de pedras e dessa
forma não teve como fazer a pipoca e terá que jogar fora o milho. Continue
conversando com as crianças e proponha que pensem em uma solução para esse
problema. “Enrole” um pouco até que uma das crianças proponha: “Mas, e se a
gente separar o milho das pedras”? (Se depois de algum tempo a ideia não surgir, a
catequista poderá sugeri-la). Finalmente, confirme a solução e peça que todos ajudem a
separar o milho das pedras.
Durante ou após a separação do milho, faça comentários sobre o que seria “ser
bom” e o que seria “ser ruim”, se há possibilidade de separar um do outro, se
naquela tarefa que estão realizando qual objeto representa “o bom” e qual
representa “o ruim”. Enfim, faça relações sobre o que seria separar o “joio do trigo”.
Termine a dinâmica distribuindo as pipocas.
Agir – Durante a semana procurar ser uma boa pessoa com as nossas atitudes.
Compromisso – Esforçar-se para praticar somente coisas boas. Não permitindo que
o mau tome o lugar do bem.
12º ENCONTRO
PARÁBOLA DO REINO
Objetivo: - Perceber que aquele que crê no Evangelho deve saber que achou um
tesouro. Nada mais tem importância; renuncia a tudo por este bem.
4
Neusa Fernandes – Criatividade na Catequese – Dinâmicas com as parábolas de Jesus – São Paulo; Editora
Paulus, 2014, página 60.)
Celebrar: - Oração e vivência da Palavra
O catequista poderá fazer uma pequena explanação sobre o que é uma parábola,
proceder à leitura do Evangelho e fazer um breve comentário sobre a parábola,
solicitando a ajuda dos catequizandos. Jesus apresentou-nos o Reino de Deus e
devemos abandonar tudo para consegui-lo. Aplicar uma das duas dinâmicas
sugeridas. Finalizar diante de uma mesa preparada com vela acesa, flores, imagem
de Jesus e papéis com palavras escritas, como: amor/ partilha/ paz/ perdão/
solidariedade/ Desapego dos bens materiais/ Ser verdadeiro e autêntico/
Acreditar na Palavra de Deus/ Cultivar amizade com Deus, convidando os
catequizandos a rezarem utilizando as palavras/frases nas orações.
Acolhida: Oração inicial (pode ser espontânea ou:) “Senhor Jesus, ajuda-nos a
saborear os momentos de oração, dá-nos disciplina, perseverança e a graça de ter
um coração humilde. Amém”.
- questionar os catequizandos sobre sua participação na missa aos domingos
5
Crescer em Comunhão – Livro do Catequista - Volume III, Editora Vozes, capítulo 7, pág.42.
6
(Conteúdo e orientações para uma Catequese Renovada – Diocese de Osasco - Capitulo 31 – Jesus nos ensina
a Rezar – Aprofundamento para o Catequista – O Recado Editora Ltda., páginas 209/210).
Motivação: O catequista deverá explicar que nos comunicamos com Deus, através
da ORAÇÃO; que devemos fazer a oração de maneira simples e verdadeira, pois
Deus nos conhece intimamente. Que Jesus rezava sempre e que ensinou os
discípulos a rezarem. Ler a Leitura: Lucas 18,9-14 e comentar a atitude do fariseu e
do publicano. O fariseu, muito orgulhoso, considerando-se melhor que os outros e o
publicano, humilde reconhecendo-se pecador. Diante de uma mesa preparada com
vela acesa, flores, imagem de Nossa Senhora, de uma cruz, pedir para que os
catequizandos escrevam uma oração para suas famílias ou para si próprios, para
que sejam humildes como o publicano. A sugestão é que sejam levados corações
recortados onde serão escritas as orações e pendurados em um varal dentro da
sala.
7
Crescer em Comunhão – Livro do Catequista - Volume III, Editora Vozes, capítulo 7, Pe. Alexsander Cordeiro
Lopes; Ir. Araceli G.X da Roza; Ir. Gertrudes Balestieri, SJC; Hélio Wolfart; Maria Cecilia M.N. Giovanella; Regina
Helena R.F. Mantovani; Pe. Roberto Nentwig.)
14º ENCONTRO
PARÁBOLA DOS TALENTOS
Objetivo: Fazer com que cada catequizando perceba que quando Deus nos criou,
deu-nos muitos dons diferentes e talentos em quantidades diferentes. Mas há algo
em comum a cada um, a confiança depositada em quem recebeu tais talentos.
Todos têm algo para oferecer e para receber, sendo assim só tem sentido se
colocados a serviço dos outros na comunidade ou na vida. Como fez Maria. Por isso
arrumar o ambiente de forma alegre e colocar também uma imagem de Nossa
Senhora e flores.
Dinâmica:
1- Para fixar o conteúdo:
- quais são os talentos que temos: música, esporte, cozinhar, desenhar, rezar...?
- como usar esses talentos,
- o que podemos aprender com este Evangelho?
Para saber substitua os números pelas letras: Conferir anexo a atividade para as
crianças.
Resposta: DEUS DISTRIBUI OS DONS SEGUNDO A NOSSA CAPACIDADE
A B C D E F G H I J K L M N
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
O P Q R S T U W X Y Z
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
4 5 21 19 4 9 19 20 18 9 2 21 9 15 19 4 15 14 19
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ !
19 5 7 21 14 4 15 1 14 15 19 19 1 3 1 16 1 3 9 4 1 4 5
2- Ao receber uma tarefa, que não temos certeza se podemos realizar, sentimos
medo de desapontar, a quem nos pediu ou de ficarmos tristes por não conseguir os
8
Angelus com o Papa Francisco sobre a parábola dos talentos, Domingo, 16 de novembro de 2014, Boletim da
Santa Sé, tradução: Jéssica Marçal
resultados que esperamos. Jesus nos ensina que Deus nos conhece e acredita que
somos capazes de atender ao que Ele espera e colocar à disposição dos irmãos.
Mas há algo muito importante que precisamos saber para que isso aconteça. Você
sabe o que é?
Descubra procurando no caça palavras e complete a frase: conferir anexo para fazer
as cópias para os catequizandos.
Resposta: Não podemos enterrar os dons que Deus nos deu e esperar que eles
ajudem as pessoas.
A Y E R T G Y U I J K P G S N
S M F G E C W P E S S O A S Ç
V E V C B N M S Q S Y D U I R
T D O N S R R U Ç P H E G F V
D U E G U Q A E F G R M K P T
F J O F K S O D E H L O H T G
E A Y J I F F A Y I K S Q H D
S W H K E S P E R A R B E J W
É importante fazermos nossa parte para multiplicar os dons que o Senhor nos deu e
não enterrá-los.
Celebrar:
Levar uma barra de chocolate de quadradinho e distribuir entre os catequizandos de
forma que todos ganhem um pedaço (talento).
Deus dá talentos a todos, e sabe o que cada um pode fazer com ele, se guardarmos
corremos o risco de perdê-lo (estragar), mas se fizer comunhão esse talento pode
virar alegria para todos. É preciso colocar a serviço de todos, por isso antes de
experimentar e vivenciar esse dom recebido é preciso agradecer pela generosidade
de Deus com tantos dons recebidos.
- Cada um agora faça seu agradecimento, juntos a cada oração rezemos:
Obrigado Senhor!
Aceita Senhor a nossa gratidão, faça com que cada dia possamos multiplicar os
nossos dons, por isso pedimos também a ajuda de Maria nossa Mãe.
Compromisso: Até o próximo encontro, repartir alguma coisa que tenho muito em
casa: tempo, comida, material escolar, roupas, calçados, doces, escutar alguém,
brincar com alguém que ninguém brinca e tantas outras coisas que sabemos fazer.
14º ENCONTRO
Parábolas dos Talentos – Para cópias
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
O P Q R S T U W X Y Z
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
4 5 21 19 4 9 19 20 18 9 2 21 9 15 19 4 15 14 19
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ !
19 5 7 21 14 4 15 1 14 15 19 19 1 3 1 16 1 3 9 4 1 4 5
A Y E R T G Y U I J K P G S N
S M F G E C W P E S S O A S Ç
V E V C B N M S Q S Y D U I R
T D O N S R R U Ç P H E G F V
D U E G U Q A E F G R M K P T
F J O F K S O D E H L O H T G
E A Y J I F F A Y I K S Q H D
S W H K E S P E R A R B E J W
__ __ __ __ __ __ __ que eles __ __ __ __ __ __ as __ __ __ __ __ __ _
15º ENCONTRO
JESUS E AS CRIANÇAS
Objetivo: Fazer com que os catequizando percebam que são amados por Deus, por
Jesus e o Espírito Santo. Que Jesus reservou um momento especial para estar com
as crianças. A forma de Jesus amar as crianças e deixando a catequese para todas
elas. Quando Jesus abraça e acolhe os pequeninos quer dizer que toda Igreja de
Jesus deve fazer isso. Devemos ressaltar a pureza e a inocência para cativar
também os adultos. E todos devemos ter um coração e uma alma de crianças.
Montar um ambiente acolhedor com bexigas coloridas, uma imagem de Nossa
Senhora e um cartaz com a figura de Jesus no centro e canetas coloridas.
Dinâmica:
1. Como vocês vivem hoje, o que vocês fazem?
2. O que vocês têm de mais precioso?
3. Que eu posso fazer para que todas as crianças sejam felizes?
4. Porque Jesus separou um tempo especial para estar com as crianças?
Para fixar o conteúdo:
9
Cf. Rudolf Pesch, Das Markusevangelium. 2. Teiú (HThKNT), Freiburg
Faça um desenho de Jesus de braços abertos ou recorte-o de algum material. Cole-
o em uma parede. Depois peça para cada catequizando fazer seu autorretrato (pode
ser só rosto ou corpo todo) e recorta-o. Atrás do recorte peça para que escrevam
seu nome. Em seguida, explicando o sentido da frase: Jesus ama e acolhe todas as
crianças, quer dar um grande abraço e estar sempre presente na vida, na família, na
catequese, na escola, nas brincadeiras em todos os lugares – conduze-as a
pendurar o recorte nos braços de Jesus.
Celebrar: Cada um pegue uma bexiga colorida, cuidado para não estourar. Faça um
pedido, uma oração, coloque aos pés de Jesus no cartaz que está o seu nome. A
cada pedido responderemos:
Escutai-nos, Senhor
Escuta Senhor os nossos pedidos e fazei que o nosso coração assim como esses
balões estejam sempre cheios de amor para levar aos outros alegria e esperança.
Por isso como sua mãe, foi chamada pelo anjo Gabriel de Alegra-te cheia de Graça
queremos também nos alegrar rezando:
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarda, me governa me ilumina. Amém
Objetivo: Mostrar que Jesus é o enviado do Pai, e veio realizar entre nós um projeto
de vida e salvação para todos.
11 REVISTA ECOANDO: Formação interativa com Catequistas – Ano XVI – n. 61, p. 26.
17º Encontro
Ave Maria: História e Fundamentação Bíblica
12 Para meditar sobre Maria como cumprimento das promessas divinas no Antigo Testamento, ver
Gen 3,14-15; Is 7,14; Sf 3,14. Toda a preparação e espera do Antigo Testamento se realiza em
Maria. No Evangelho de Lucas, capítulos 1 e 2, temos um retrato da pessoa de Maria e de como se
torna fundamental para que aconteça a Nova Aliança entre Deus e a humanidade. Maria é para nós,
modelo de fé, confiança, abandono total a Deus, serviço e compromisso com Deus e com os irmãos.
O Catecismo da Igreja Católica destaca o mistério da Virgem Maria em duas partes principais:
“Nascido da Virgem Maria” (nos. 487-511) e “Maria – Mãe de Cristo, Mãe da Igreja” (nos. 963-975).
Faz também referências a ela em muitos outros itens. O nosso estudo de Maria no Catecismo
ressalta apenas quatro aspectos: sua fé, sua vida, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja. Ver também sobre
esse argumento: Catecismo da Igreja Católica, nn. 144, 148-149; 430, 1171, 2617, 2674, Edições
Loyola, São Paulo, Brasil, 1999. Sobre os Documentos da Igreja que falam sobre Nossa Senhora
além do site www.vatican.va, é possível recorrer à obra: AA.VV., “Principais documentos dos Papas
sobre Nossa Senhora: do beato Pio IX a Francisco,1ª. Edição, Editora Fons Sapientiae, 2017. Para
ver artigos e estudos marianos ver: www.a12.com/academia.
1. Quem foi o primeiro a dizer “Ave Maria”? Qual foi a missão que Deus confiou
a Maria? O que mais chamou atenção na história de Maria?
2. Como Maria nos ensina a agir no nosso dia-a-dia?
Momento de Oração:
Catequista: hoje Maria nos reúne e nos fala sobre a sua vida. Queremos reviver
com ela a sua experiência de ter sido chamada por Deus para ser a Mãe de Jesus.
Vamos agora com silêncio e atenção, sintonizar o nosso coração ao seu, para que
possamos entender como se sentiu naquele momento.
Maria: Tudo aconteceu em um dia comum, quando eu me encontrava sozinha em
casa, rezando e cuidando dos trabalhos domésticos. No silêncio do meu coração eu
rezava: “Senhor, Tu és o meu Deus, minha alma tem sede de Ti, o Teu amor vale
mais do que a vida, os meus lábios cantarão o seu louvor... (cf. Sal 63)”. De repente,
tudo ao meu redor se silenciou: o barulho do vento, o canto dos pássaros e o rumor
das pessoas passando pela rua. A luz que iluminava o quarto que eu estava ficou
mais intensa, levantei o meu olhar e o vi, estava ali diante de mim uma figura
humana com a forma de um Anjo. Então escutei a sua voz:
Anjo: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. "Não temas, Maria, pois
encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe
porás o nome de Jesus... (Lc 1,28-31)”.
Maria: Com grande surpresa percebi que naquele momento Deus estava me
pedindo algo grande não somente em meu favor, mas para todos. Então, com certo
temor, mas também com grande coragem respondi que eu aceitava. Depois disso,
era como se a cada dia eu dissesse “sim” a Deus na medida em que a história ia se
construindo à minha volta e em torno do meu Filho Jesus.
Todos: O’ Maria, tu sempre respondeste “sim” mesmo quando não entendia
bem o que estava acontecendo. Nós, muitas vezes respondemos “não...
talvez... depois eu faço.... vamos ver”. Ajuda-nos a dizer sempre “sim” a
nossos pais, professores e catequistas, para assim fazermos também a
vontade de Deus em nossas vidas. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é
convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na
hora da nossa morte, amém.
Compromisso: durante a semana, recitar a oração da “Ave Maria” e exercitar a
mesma obediência e disponibilidade de Maria, especialmente nas pequenas coisas.
18º. Encontro
Santa Maria: História e Fundamentação Bíblica
13 Cf. CORRÊA DE BRITO FILHO, P., “Histórico da Ave Maria”, em www.catolicismo.com.br, abril de 2005.
“hoje” com intensidade e operosidade. Com a presença de Jesus que caminha
conosco e com o sustento da intercessão de Maria, a esperança de hoje nos
sustenta no presente e nos dispõe com serenidade ao futuro e à hora da nossa
morte com a certeza – segundo Santa Isabel da Trindade – de que esse momento
derradeiro é apenas o sono de uma criança que se adormenta sobre o coração de
sua mãe. 14
14Sobre a Imaculada Conceição de Maria, sua Virgindade e maternidade, ver: Catecismo da Igreja
Católica (CIC), nn. 411, 437, 487-493, 501, 723-726; ainda sobre o argumento deste encontro, ver
também: CIC, nn. 2673-2679; Sobre o respeito ao nome de Maria, CIC n. 2146; Maria como modelo
de santidade, CIC n. 2030; modelo de união com o Filho, CIC n. 964; modelo e testemunha da fé, CIC
nn. 165, 273; Maria medianeira da graça, CIC n. 969. Sobre a santidade e intercessão da Virgem
Maria ver: DECKMANN FLECK, E.C. & DILLMANN, M., “A Vossa graça nos nossos sentimentos: a
devoção à Virgem como garantia da salvação das almas em um manual de devoção do século XVIII”,
em: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 32, nº 63, 2012, p. 83-118, que pode ser consultado
no site: http://www.scielo.br/pdf/rbh/v32n63/05.pdf; HAHN SC., “Salve, Santa Rainha: A Mãe de Deus
na Palavra de Deus”, Editora Cleofas, 2016; FAUSTINO OSSANNA T., “A Ave-Maria: história,
conteúdo, controvérsias”,Trad. Alda da Anunciação Machado, Editora Loyola, São Paulo, 2006;
MURAD, A. Quem é esta Mulher? Maria na Bíblia. São Paulo, Paulinas, 1996; CNBB. Com Maria
Rumo ao Novo Milênio. São Paulo, Paulinas, 1999; TREVIZAN, L., “Maria na vida do catequista”, em
www.soucatequista.com.br, 28/04/2017; Sugestão de dinâmica sobre os vários nomes de Nossa
Senhora em: http://universovozes.com.br/editoravozes/web/view/BlogDaCatequese/index.php/dina
mica-as-muitas-representacoes-de-nossa-senhora/.
Por uma intenção particular;
Por alguém que amamos ou por alguém que não conseguimos amar;
Pela santidade individual e da humanidade.
Obs.: Para o próximo encontro pedir que as crianças tragam os diversos títulos de
Nossa Senhora em imagem ou estampas, de acordo com a devoção delas ou da
família.
19º. Encontro
Títulos Marianos
15Sobre esse argumento ver em: BISINOTO, E., “Conheça os títulos de Nossa Senhora”, Editora
Santuário, Aparecida, 2010; PEREIRA, C., ”Nossa Senhora, rogai por nós, reflexões sobre a Ladainha
de Nossa Senhora”, Editora Ave Maria, 2017; ainda sobre os nomes de Nossa Senhora ver em:
Catecismo da Igreja Católica nn. 2674; 493; 969; 966; 722,2676; 510; 491-492; 963-970; 411;
466,495,509; 494,511; 721; 499-501; 967,972.
Compromisso: cada dia da semana recitar a oração da “Ave Maria” invocando um
de seus títulos e pedindo:
Alivio para as Dores das pessoas que sofrem (Nossa Senhora das Dores);
Paz para o mundo em guerra (Nossa Senhora de Fátima);
Bênçãos para o povo brasileiro (Nossa Senhora Aparecida);
Amor e harmonia para as famílias (Nossa Senhora, Rainha da Família);
Consolação para os aflitos e desesperados (Nossa Senhora da Consolação);
Saúde para os doentes e anciãos (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro);
Serenidade para os corações das crianças, dos adolescentes e jovens
(Imaculado Coração de Maria)
20º. Encontro
Intercessão de Maria
Objetivo: Neste encontro ressaltar que Maria, sendo nossa Mãe e Mãe de Jesus, é
também Mãe de toda a Igreja e nossa medianeira (intercessora) junto a seu Filho
Jesus. Ela nos aponta a Cristo e nos aproxima Dele com o seu carinho e ternura de
Mãe. Ressaltar também a intercessão dos santos pelos homens.
16
Para um aprofundamento sobre a única mediação de Cristo e a mediação ou intercessão de Maria
e dos Santos ler o artigo de Pe. Juan Carlos Sach,”Jesus, o único Mediador: a Mediação de Maria e
dos Santos: um conflito inexistente segundo as Escrituras” em https://www.veritatis.com.br/jesus-o-
unico-mediador-x-a-mediacao-de-maria-e-dos-santos-um-conflito-inexistente-segundo-as-escrituras/,
fonte: Apologetica.org, trad. Carlos Martins Nabeto: ver também: UEDA, N., “Maria e a Mediação de
Cristo”,https://blog.cancaonova.com/tododemaria/maria-e-a-mediacao-de-cristo/,15.10.2013.
Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas, uma colaboração diversa que participa da
única fonte”.
A mediação de Maria está nos desígnios de Deus. Não foi imaginada pela devoção
dos cristãos, em épocas mais ou menos tardias. Pelo contrário, foi sendo descoberta
pela fé, cada vez com maior profundidade, como um tesouro escondido, o que é
muito diferente.
Bem entendia esta verdade São Bernardo, o “trovador da Virgem”, quando pregava
que Maria é “o aqueduto que, recebendo a plenitude da própria fonte do coração do
Pai, no-La faz acessível… Com o mais íntimo, pois, da nossa alma, com todos os
afetos do nosso coração e com todos os sentimentos e desejos da nossa vontade,
veneremos Maria, porque esta é a vontade daquele Senhor que quis que tudo
recebêssemos por Maria”.
“A devoção a Maria não é galanteria espiritual, mas uma exigência da vida cristã”
disse o Papa Francisco na Missa de 1 de janeiro de 2018 na Basílica de São Pedro,
para a festa de Maria Mãe de Deus. Disse também que “Maria guardava tudo no seu
coração. Eram alegrias e aflições: por um lado, o nascimento de Jesus, o amor de
José, a visita dos pastores, aquela noite de luz; mas, por outro, um futuro incerto, a
falta de uma casa, «porque não havia lugar para eles na hospedaria» (Lc 2, 7), o
desconsolo de ver fechar-lhes a porta; a desilusão por fazer Jesus nascer num
curral. Esperanças e angústias, luz e trevas: todas estas coisas preenchiam o
coração de Maria. E que fez Ela? Meditou-as, isto é, repassou-as com Deus no seu
coração. Nada conservou para Si, nada encerrou na solidão nem submergiu na
amargura; tudo levou a Deus. Foi assim que guardou. Entregando, guarda-se: não
deixando a vida à mercê do medo, do desânimo ou da superstição, não se fechando
nem procurando esquecer, mas dialogando tudo com Deus. E Deus, que Se
preocupa conosco, vem habitar nas nossas vidas. Aqui temos os segredos da Mãe
de Deus: guardar no silêncio e levar a Deus”.
São João conta, no seu Evangelho, que Jesus foi convidado, juntamente com sua
Mãe, a uma festa de bodas em Caná. Era recente ainda a vocação dos Apóstolos,
mas já acompanhavam o Mestre e, conforme o costume da época, foram
convidados também para o casamento (cf. Jo 2, 1-11).
Sem dúvida, há uma “mensagem” muito clara nesse milagre. É patente que Maria
está ativamente presente no começo do ministério público de Cristo, e está presente
de uma forma central, não marginal. Prestemos atenção:
● É por intercessão dela que Cristo adianta misteriosamente a “hora” de iniciar os
seus milagres, que serão “sinais” (cfr. Jo 6, 26) da sua divindade e testemunhos
visíveis da veracidade da sua doutrina.
● É pela intervenção dela que Cristo realiza o primeiro sinal que fará com que os
discípulos creiam em Jesus.
● Finalmente, manifesta-se nesse instante a disposição de Jesus de acolher todos
os pedidos que, mesmo em coisas pouco relevantes – “não têm vinho” –, cheguem a
Ele por intermédio da solicitude da Mãe, que se mostra amorosamente atenta às
necessidades espirituais e materiais dos homens, seus filhos.
Em Caná, Cristo disse com atos mais expressivos do que as palavras, que, na
realização da sua obra salvadora em favor dos homens, deseja que ocupe um lugar
de destaque a mediação maternal de sua Mãe. Não era necessário que fosse assim,
mas Deus quis que assim fosse.
Maria tem verdadeiramente uma função de mediação materna entre Cristo e os
homens. Não é certamente uma função autônoma, nem obscurece o fato
incontestável de que Jesus Cristo é o único Mediador propriamente dito entre Deus
e os homens (cf. 1Tim 2, 5). Mas, mesmo assim, fica em pé a existência de uma
autêntica mediação de Maria, subordinada, mas entranhadamente unida à mediação
de Cristo. É função do amor maternal de Maria “gerar” constantemente “irmãos” de
seu Filho, que se disponha a viver até às últimas consequências a Verdade e a Vida
que Jesus lhes oferece. Por isso, a devoção a Maria Santíssima não só não afasta
ou desvia as almas da união com Cristo pela fé e pelo amor – e nisso reside a
essência da vida cristã –, mas a facilita sobremaneira, tornando-a mais acessível e
mais suave, e também mais eficaz. “A Jesus, sempre se vai e se “volta por Maria”17.
Compromisso: Rezemos para que Nossa Senhora interceda sempre por nós e por
nossas famílias.
21º Encontro
Bíblia: Palavra de Deus I
Acolhida: Oração inicial (pode ser espontânea ou:) “Senhor e nosso Pai! Envia teu
Santo Espírito para que nós compreendamos e acolhamos Tua Santa Palavra! Que
nós te conheçamos e te façamos conhecer, te amemos e te façamos amar, te
sirvamos e te façamos servir, te louvamos e façamos louvar por todas as criaturas.
Faze, ó Pai, que pela leitura da Palavra, os pecadores se convertam, os justos
perseverem na graça e todos consigam a vida eterna. Amém! ”
18
(livro “Conheça a Bíblia” – I.Storniolo – E.M. Balancin), pág.18/19
também as angústias, as buscas e a boa vontade. De modo particular, a Bíblia
mostra o encontro dos homens com Deus e as consequências: uns se convertem,
aceitando o projeto de Deus e caminhando em busca da vida e da liberdade. Outros
se fecham em torno do próprio egoísmo, rejeitando qualquer tipo de vida que não
esteja voltado para seu próprios interesses”19
“...Partes da Bíblia 1. ANTIGO TESTAMENTO – escrito antes da vinda de Jesus
Cristo. Compreende a história e a reflexão religiosa do Povo de Deus. 2. NOVO
TESTAMENTO – escrito depois da Ressurreição de Jesus. Apresenta a experiência
e a reflexão religiosa do mesmo Jesus e a experiência e a reflexão dos primeiros
cristãos. ... QUANDO FOI ESCRITA A BÍBLIA? A bíblia não foi escrita de um dia
para o outro. Aconteceu devagar. Alguns fatos foram escritos 100 anos depois que
as coisas aconteceram, outros 200 anos, e outros até mais de 500 anos depois. A
Bíblia levou 11 séculos (1100 anos) para ser escrita.
“...Não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Foram diversos autores. Deus
se serviu de diversos tipos de pessoas para escrever a Bíblia: homens e mulheres,
jovens e velhos, mães de família, reis, doutores e pastores, operários de várias
profissões. ... Eles escreveram por inspiração de Deus...”20
Dinâmica: O catequista deverá fazer uma colocação simples conforme texto acima
descrito na “Introdução”, sobre o que é a Bíblia; que Deus fala através da Bíblia.
Falar sobre os livros da Bíblia, ensiná-los sobre como localizar os capítulos e os
versículos. Propor exercícios, como:
- Encontrar as citações Lc 8, 4-8 e Mateus 4, 1-4 na Bíblia
- Escrever o significado das seguintes citações:
Mc 2, 5 = Evangelho de São Marcos, capítulo dois, versículo cinco
Mt 23,1-12 = _____________________________________________
19
(livro: “Conheça a Bíblia” de Ivo Storniolo e Euclides M. Balancin, pág.5)
20
(livro Catequese Renovada pág.40)
Celebrar:- Oração e vivência da Palavra
Oração: Senhor, te pedimos perdão pelas nossas ofensas, pois temos ofendido ao
senhor, por pensamentos palavras e obras, e queremos limpar o nosso coração para
nos colocar diante da Tua Palavra, porque a pureza do coração e a humildade são
características fundamentais para a escuta e compreensão da mensagem divina.
Dá-nos Senhor, o dom do entendimento, para que, com a ajuda do Espirito Santo
possamos atualizar em nossa vida aquilo que lemos da Tua Palavra. Ave Maria...
Amém.
23Para um melhor aprofundamento deste argumento ler sobre a Transmissão da Revelação Divina e
a Sagrada Escritura em Catecismo da Igreja Católica nn. 74-141.
23º. Encontro
Bíblia: Livro da Comunidade
24 Para aprofundar sobre esse, entre outros temas muito interessantes ver também: “História da
Salvação” em: http://bibliaecatequese.com/historia-da-salvacao/; além disso seria muito útil pesquisar
sobre os temas: “História da Salvação”; “Revelação”; e “Sagrada Escritura” no Catecismo da Igreja
Católica; Para uma explicação simples e rápida de como manusear a bíblia, visitar o site:
http://catecismopiox.blogspot.com.br/2013/02/a-biblia-sagrada.html.
25 Para ver mais dinâmica procurar também em http://soucatequista.com.br/vamos-de-dinamicas.html.
Compromisso: Prestar atenção na missa e observar quantas vezes é lida a Palavra
de Deus.
24º Encontro
Gestos litúrgicos
Objetivo:
Levar o catequizando a perceber que o corpo fala através dos nossos gestos, que
na liturgia, na missa ao fazer algum sinal ou gesto, o celebrante ou os que
participam, expressam o amor, o louvor e a alegria de estarem ali, naquele momento
celebrando a vida.
Acolhida:
Oração inicial: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Querido Jesus queremos agradecer por estarmos reunidos em Teu nome, para
entender melhor o que fazemos e celebramos na missa, pedimos para que nunca
nos falte seu amor e sua misericórdia, que sejamos sempre agradecidos a todo
serviço gratuito prestado a nós, desde o sacrifício da cruz até a ressurreição na
santa liturgia. Por isso queremos agradecer por tamanho amor, rezemos:
- Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
(Repetir duas vezes).
O homem é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele age com a alma e
com o corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas mãos, a sua palavra, o seu
silêncio, o seu gesto, tudo é expressão de sua vida. Na Missa fazemos parte de uma
assembleia dos filhos de Deus, que tem como herança o Reino dos céus. Por isso
na Celebração Eucarística, não podemos ficar isolados, mudos: cada um no seu
cantinho. A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são manifestados
através dos gestos das palavras, do canto, da posição do corpo e também do
silêncio. Tanto no canto como no gesto, ambos dão força à palavra. A Oração não
diz respeito apenas à alma do homem, mas ao homem todo, que é também corpo. O
corpo é a expressão viva da alma. (www.catequisar.com.br)26
O Papa Francisco nos alerta, “para que os fiéis não assistam como estranhos e
mudos espectadores a este mistério de fé, mas compreendendo-o por meio dos ritos
e das orações, participem da ação sagrada conscientemente, piamente e
ativamente”. O Pontífice também lembrou que a liturgia é vida para todos os povos
da Igreja e que “pela sua natureza é popular e não clerical”, sendo, como indica a
etimologia, uma ação para as pessoas, mas também para o povo. “A ação das
pessoas que escutam Deus, que fala e reage, louvando-o, invocando-o, acolhendo a
fonte inesgotável de vida e misericórdia que flui dos santos sinais”. O Santo Padre
explica que há muita diferença entre “dizer que Deus existe e sentir que Deus nos
ama, tal como somos, agora e aqui”. E que, graças à oração litúrgica, devemos
sentir a comunhão não por um pensamento abstrato, mas por uma ação que tem por
agentes a Deus e a nós, a Cristo e à Igreja.27
Dinâmica:
-Sentado: É uma posição cômoda, uma atitude de ficar à vontade para ouvir e
meditar, sem pressa e se recolher.
- Em pé: É uma posição de quem ouve com atenção e respeito. Indica a prontidão e
disposição para obedecer, é estar pronto. (Posição de orante)
26
(www.catequisar.com.br)
27
( pt.zenit.org)
- De joelhos: Posição de adoração, de oração, suplica, arrependimento, humildade,
pequenez, e submissão a grandeza de Deus, diante do Santíssimo Sacramento e
durante a consagração do pão e vinho.
- Genuflexão: É um gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando
entramos na Igreja e dela saímos, se ali existir o Sacrário.
- Inclinação: Inclinar-se é sinal de adoração. Reverência. Sempre diante do altar ou
da cruz.
- Mãos levantadas: É atitude dos orantes. Significa súplica e entrega a Deus,
louvor.
-Mãos juntas ou mãos postas: Significam recolhimento interior, busca de Deus, fé,
súplica, confiança e entrega da vida, oração, fechar-se para as coisas e abrir-se
para Deus.
- Silêncio: O silêncio ajuda o aprofundamento nos mistérios da Fé. Fazer silêncio
também é necessário para recolhimento, interiorizar e meditar, rezar sem ele a
Missa seria como chuva forte e rápida que não penetra na terra. 28
28
(www.catequisar.com.br)
BIBLIOGRAFIA
Sites
ATIVIDADE EDUCACIONAL INFANTIL. Disponível em:
www.atividadeseducacaoinfantil.com.br/brinquedos-e.../dinamicas-grupo-criancas/
(Acesso abr, 2018).
BÍBLIA E CATEQUESE. Disponível em: http://bibliaecatequese.com/historia-da-
salvacao/ (Acesso mai., 2018).
CATECISMOO PIO X. Disponível em:
http://catecismopiox.blogspot.com.br/2013/02/a-biblia-sagrada.html (Acesso abr.,
2018).
CATEQUISAR. Disponível em: www.catequisar.com.br (Acesso mai., 2018).
ENSINO INFANTIL NUM CLIQUE. Disponível em:
http://ensinoinfantilnumclique.com.br/aula-especial-a-pesca-maravilhosa/ (Acesso
em abr., 2018).
FILHO, CORRÊA DE BRITO, P., “Histórico da Ave Maria”. Disponível em:
www.catolicismo.com.br (Acesso em abr., 2018).
ZENIT. Disponível em: https://pt.zenit.org/ (Acesso em mai., 2018).