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BASES TEOLÓGICAS WESLEYANA DA ADORAÇÃO

Adoração

Do começo ao fim, a Bíblia se apresenta apelando aos homens a adorar


o Deus único, Criador dos céus e da terra. O cerne da adoração se resume no
conhecimento e na comunhão com Deus, porém, o rompimento com o Criador
no Jardim do Éden pelo pecado de rebeldia tornou a realidade de ouvir e falar
com Deus mais distante. A natureza caída dos seres humanos torna a
adoração algo irreal, vago e, para muitos, irrelevante.
A descrição Bíblica do homem como inimigo de Deus, precisando de
reconciliação e perdão, destaca o desastre da Queda. A promessa de Satanás
de que Adão e Eva seriam como Deus se cumpriu no desejo mais profundo do
coração humano: buscar a própria glória, almejar ser honrado, exaltado e até
adorado. A raiz mais profunda e dominante do pecado, portanto, se concentra
no orgulho e na soberba. Vemos isso na descrição que Paulo apresenta da sua
incapacidade de cumprir a lei de Deus. “Sabemos que a Lei é espiritual: eu,
contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o
que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio… Não sou mais eu
quem o faz, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7.14-17).
É necessário que se faça distinção entre louvor e adoração :louvor e a
consequência da adoração.
 Que é Louvor?
Louvar – lit. “Barulho” (elogiar, gabar, exaltar, enaltecer, glorificar,
aprovar, aplaudir, bendizer). No novo testamento encontramos a palavra
Eulogien - elogiar, bendizer; e a palavra Eucharistein, expressão de gratidão
num relacionamento íntimo entre o que louva e aquele que é louvado. Heb.
yãdhâ, associada às ações e gestos corporais que acompanham o louvor; e
zãmar que é associada com a música tocada ou cantada “halal”aparece 160
vezes no Antigo Testamento e é a raiz de “Haleluiah”.
De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de
agradecimento, elogio, valorização, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus
faz (fez, fará) em nossa vida ou na dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is.
25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos,
curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O louvor
está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age (agiu, agirá) e seu povo
o louva (agradece, exalta, elogia, etc.).

O que é Adoração?
Adorar – lit. “Prostrar-se” Heb. Shachar (reverenciar, venerar, amar
extremosamente, idolatrar, ter grande predileção a cultuar, curvar-se, cair com
o rosto em terra, render-se). Aparece 170 vezes no Antigo Testamento –
denota prostrar-se diante de autoridades, mostrando significado cultura

PASSOS BÍBLICOS ESSENCIAIS À ADORAÇÃO


Primeiro, precisamos nos aproximar de Deus, o que é impossível com o
pecado reinando no coração. Jesus garantiu que Nicodemos não teria chance
de ver o Reino, muito menos o Rei, se não nascesse da água e do Espírito. A
água representa o arrependimento e o Espírito o nosso Paracleitos
(“Advogado”) para nos apresentar diante de Deus.
A mulher samaritana também foi informada de que adoração não requer
tempo nem local especial. O que Deus procura é a verdadeira adoração em
Espírito e em verdade. A verdade inclui uma visão correta sobre Deus –
infinitamente santo e impossibilitado de aceitar ou ser cúmplice do pecado.
Inclui, igualmente, uma visão correta de nós mesmos e de como podemos nos
“limpar” para poder entrar na gloriosa presença de Deus.
Jesus falou para Pedro, no Cenáculo, na mesma noite em que foi traído:
“Se eu não o lavar, você não terá parte comigo” (Jo 13.8). O simbolismo da
lavagem dos pés não nos permite pensar de outra forma senão na necessidade
de perdão para adorarmos em verdade. João escreve para seus filhinhos na fé
acerca da importância do reconhecimento e confissão do pecado. Admitindo
nossa maldade e crendo no sacrifício purificador da morte de Jesus por nós,
podemos contar com a fidelidade do Senhor para perdoar os nossos pecados e
nos purificar de todo pecado (1 Jo 1.9).
Exatamente como na adoração no Tabernáculo e no Templo, onde o
adorador não tinha acesso à “habitação de Deus” sem primeiro passar pelo
altar do sacrifício – ali um animal inocente tomava sobre si o pecado do homem
culpado –, nós também, somente após a devida purificação, somos, como
adoradores, autorizados a entrar no Santo Lugar. Davi perguntou sobre quem
poderia subir o monte do Senhor. Sua resposta foi: “Aquele que tem mãos
limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos…” (Sl 24.3,4).
Segundo, é necessário exercer a fé, sem a qual é impossível agradar a
Deus. Precisamos invocá-lO e crer que Ele nos ouve, que Ele fala conosco
através da Sua palavra. Adorar é também orar e pedir sua intervenção gloriosa
em nossas vidas, famílias, nações e no mundo todo. Não devemos esquecer
de clamar pelos perdidos e por missões.
Terceiro, precisamos declarar suas grandezas e as virtudes daquele que
nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Elas devem ser anunciadas,
principalmente o seu amor e a sua salvação entre as nações. A Bíblia manda
que façamos todos saberem que o seu nome é exaltado.
Quarto, devemos cantar seus louvores, reconhecendo com júbilo e
alegria que Ele é nosso Deus.
Quinto, a obediência faz parte da adoração bíblica. “A obediência é
melhor do que o sacrifício”, Samuel lembra a Saul. Sendo Ele Senhor nosso,
ao comer, beber ou fazer qualquer outra coisa, temos a responsabilidade de
fazer tudo para sua glória. Repartir com os necessitados faz, igualmente, parte
integral da adoração.
Muitas práticas externas nos cultos não fazem parte essencial da
adoração bíblica. Agradam mais ao auditório ou aos dirigentes do que a Deus.
Pastores e líderes das comunidades têm a importante responsabilidade de
fazer tudo o que puderem para incluir o que essencial à adoração e excluir o
que distrai desse propósito.

TORNANDO-SE UM ADORADOR
O termo adoração deriva da palavra adorare. Em latim, adorare significa
falar com que em outras palavras significa ter comunhão com. Podemos
entender, então, que adorar a Deus nada mais é que conversar com Deus ou
ter comunhão com Deus. Apesar da definição acima, a palavra adoração
requer uma compreensão muito mais profunda do seu significado. O termo
adorare tem um sentido bem mais amplo do que o verbo falar da língua
portuguesa, como veremos posteriormente. No Antigo Testamento, há duas
palavras significando adoração. Uma delas, em certos lugares, tem o sentido
de fazer "reverência" ou "inclinar-se": 
"Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra, e adorou a
Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves"
(Daniel 2.46)
A outra usa-se a respeito do culto prestado ao Senhor e a outros deuses
ou objeto de reverência.
"Então inclinou-se o homem e adorou ao Senhor;" (Gênesis 24:26) 
"e, inclinando-me, adorei e bendisse ao Senhor, Deus do meu
senhor Abraão, que me havia conduzido pelo caminho direito para tomar
para seu filho a filha do irmão do meu senhor"  (Gênesis 24.48)

 
       No Novo Testamento a palavra é usada com as seguintes
significações:
       adoração a Deus: 
"Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao
Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás" (Mateus 4.10)
   reverência para com Jesus Cristo: 
"Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o" (Marcos 5.6) e
culto idólatra: "Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do
deus Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois,
para além da Babilônia" (Atos 7.43).

       Para o povo hebreu, o significado de adoração era algo realmente


diferente daquilo que muitas vezes pensamos hoje em dia. A adoração era
tomada como um estilo de vida. Para eles isto não significava atividades no
templo, cultos, música, etc., mas sim, ter como modo de vida a adoração diária
e constante. Percebemos que o povo hebreu adorava a Deus em muitas de
suas atividades diárias.
       Assim como o povo de Deus na antigüidade, nós devemos tomar a
adoração como um modo de vida. A própria Bíblia nos revela que Deus procura
pessoas que o adorem em espírito e em verdade. Ele procura pessoas que
saibam adorá-Lo!!!
Podemos ramificar a palavra adoração em quatro temas que estão
intimamente ligados a ela: amizade, preocupação, aprender a
agradar e doação.
Estes quatro temas, como estudaremos a seguir, nos darão uma
visão mais ampla para o aprendizado da adoração.
Observe:
Adoração é amizade:
       Você se lembra de alguma situação na qual você foi apresentado a
uma pessoa desconhecida? Nestas situações, é natural que o ser humano se
sinta retraído e tímido. Isto acontece com todas as pessoas e assim ocorre
porque ainda não existe uma intimidade profunda nesta relação. Tudo parece
estranho.
       Quando uma verdadeira amizade é formada, cria-se também uma relação
mútua de amizade. É um sistema de parceria. Um se coloca a disposição do
outro para o que for preciso. Cada dia que passa, o relacionamento se torna
mais íntimo e a comunhão mais profunda.
       Na relação entre Deus e o adorador ocorre o mesmo processo. O ser
humano é apresentado a um novo amigo (Deus). No princípio desta amizade
ele não O conhece e não sabe como agradá-lo. Não há familiaridade. Ambos,
então, passam a conversar constantemente (a oração). O homem então
começa a entrar na intimidade de Deus e conhecê-lo melhor a cada dia que
passa.
Este é um ponto fundamental para haver sincera adoração: tornar-se
amigo de Deus!
       A questão do conhecimento dentro da amizade também é um requisito
básico para um adorador. Ele deve se esforçar para conhecer Deus ao máximo
e estreitar esta amizade maravilhosa que foi construída. O próprio Senhor
Jesus revela em João 15:15: 
 "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o
seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai
vos dei a conhecer."  João 15.15  
       O ser humano, quando aceita Deus, se torna um amigo de Deus. Porém,
Deus exige que a pessoa obedeça a Sua vontade. O homem só continuará
esta amizade quando estiver fazendo a Sua vontade. O Senhor Jesus
novamente nos revela em João 15:14:
"Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando".  João
15.14

       Quando a pessoa ora, louva, agradece, dobra os joelhos ou lê a Bíblia, ela
está adorando a Deus. Qualquer um que deseja se tornar um adorador, deve
buscar incansavelmente exercitar a adoração. Deus procura pessoas que
assim o façam e assim O buscam. É muito bom saber que Ele se deixa achar.
Observe em Jeremias 29.13, Deus dizendo:
"Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o
vosso coração."  Jeremias 29.13

Adoração é preocupação
       Adoração também está relacionado com a palavra preocupação.
Quando uma pessoa aceita Jesus, ela deve ter a preocupação de derrotar os
pecados em sua vida. Este é o início da vida do adorador. Porém, o lado ruim
desta preocupação é que no começo ela está totalmente direcionada aos
pecados mais visados ou conhecidos tais como matar, roubar ou mentir. No
início da vida cristã, esta pessoa se esforça para não cometer os erros tidos
como "graves", e geralmente neste nível ela já se acha digno para trabalhar na
obra. Muitos chegam a pensar: "Eu não mato, não roubo e não minto, portanto
estou pronto para trabalhar na obra de Deus!"

A medida que a pessoa começa a entrar na intimidade de Deus, a


preocupação automaticamente aumenta, iniciando outra fase no processo da
adoração. Nas Escrituras podemos encontrar um episódio que relata uma visão
onde o profeta Isaías vê o Senhor assentado no seu trono. Observe o que ele
diz quando teve a visão: 
 
"Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem
de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os
meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! (Isaías 6:5)".
 
       Podemos perceber que o sentimento de preocupação entrou
instantaneamente no coração de Isaías. Ele viu que mesmo sendo um profeta
de Deus poderia estar perdido, pois ainda era homem de lábios impuros, o que
antes não lhe causava preocupação.       Depois de ter um contato mais
profundo com Deus, o adorador começa a entender que não roubar, não matar,
não fumar, não mentir, etc., passam a ser requisitos básicos para se tornar um
genuíno adorador. A preocupação começa a ser direcionada a pontos mais
profundos, os quais pareciam sem significado no início da vida cristã. O
adorador tenta não murmurar, não pronunciar palavras frívolas e torpes, não
sentir inveja ou não ser homem de lábios impuros como reconheceu Isaías. A
pessoa entende que pode magoar a Deus em pequenas atitudes. Este é um
patamar mais elevado no que se refere a comunhão e intimidade com o
Senhor.
       Há um certo nível no processo da adoração onde a pessoa deseja viver
totalmente dependente de Deus, conversando com Ele diariamente. O
adorador tem sede de conhecê-Lo mais e mais. A intimidade se torna tão
profunda que a preocupação leva a pessoa a estar constantemente se
perguntando:
       "Será que esta atitude vai agradar a Deus?"
       "Será que isto vai magoar a Deus?"
       "Deus vai concordar com aquilo?"
       Estas perguntas devem fazer parte do vocabulário diário do adorador.
O levita que é verdadeiro adorador requisita Deus até na escolha dos
cânticos de sua igreja.
       Você entende? O genuíno adorador deve colocar Deus no centro de sua
vida. Todas as preocupações devem ser voltadas a Ele. O próprio povo de
Israel nos serviu de grande exemplo vivenciando a adoração colocando Deus
no centro das preocupações!

Adoração é aprender a agradar 


       Adorar a Deus é aprender a agradá-lo.Só podemos agradar uma
pessoa quando conhecemos o coração dela. O adorador só começará a
agradar a Deus quando ele começar a conhecer o Seu coração e conhecer
Sua Palavra. O desejo de Deus para o adorador é capacita-lo a entender o que
é agradável ao seu coração.
       O discípulo Pedro foi repreendido muitas vezes pelo Senhor Jesus, mesmo
depois de um tempo caminhando ao lado Dele. Em muitas ocasiões Pedro
tentava agradar Jesus, porém de uma maneira errada, na ignorância. Até
mesmo os discípulos foram repreendidos algumas vezes. Em Marcos 10.13,14
há um episódio onde as criancinhas queriam se encontrar com Jesus: 
 
"Então lhe traziam algumas crianças para que as tocasse; mas os
discípulos o repreenderam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e
disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais
é o reino de Deus".  Marcos 10.13-14
 
       Nesta ocasião os discípulos provavelmente abordaram as crianças
dizendo: "Vão embora! Não aborreçam o Mestre!". Com esta atitude pensaram
que estariam agradando a Cristo, mas Ele ouvindo isto se indignou e os
repreendeu severamente.
      Estas ocasiões bíblicas nos revelam que mesmo depois de terem aceitado
seguir a Jesus, os discípulos falhavam quando tentavam agrada-lo de uma
maneira errada! O adorador enfrenta o mesmo processo. Não se aprende a
adorar a Deus da noite para o dia.
       Nas suas orações diárias, o adorador deve pedir que Deus se deixe
revelar, e Ele certamente se deixará conhecer. Através da Bíblia e de
experiências vividas diariamente o adorador aprenderá a agradar a Deus até
nas mais pequenas atitudes.

Adoração é doação 
       Adoração está relacionada com doação. Doação completa da vida
do adorador para Deus. O próprio apóstolo Paulo ordena que: "... se ofereçam
completamente a Deus como sacrifício vivo dedicado ao seu serviço e
agradável a Ele". O texto é bem claro! O adorador tem a obrigação de se
dedicar inteiramente a Deus, doando tempo para o serviço de Deus e
principalmente para Deus.
      O adorador deve ter em seu coração o "eis-me aqui, envia-me a mim". Isto
significa prontidão e disponibilidade para a obra de Deus!
Doar significa dar sem pedir de volta! Dar não significa emprestar! Quando
você empresta alguma coisa a alguém, você espera que a pessoa te devolva.
Quando ela não devolve você começa a cobrar. Eu quero que você entenda
que doar a Deus é dar por amor, sem pedir nada em troca. Deus é que
respalda o adorador quando Ele deseja. O Diabo, em troca da adoração,
oferece satisfação e prazeres carnais ao homem. No episódio onde tentou
Jesus no desertou ele disse:
"Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares" (Mateus 4.9).
O adorador deve sua vida a Deus mesmo que seja abençoado ou não.
Portanto, devemos adorar a Deus aprendendo a doar o que temos e o que
somos, sem pedir algo em troca. Deus nos abençoará conforme a sinceridade
da nossa adoração.
COMO A ADORAÇÃO GENUÍNA TRAZ AS BÊNÇÃOS DE DEUS
       O desejo de Deus é abençoar-nos em abundância quando louvamos
e adoramos. O processo de derramar suas bênçãos sobre o louvor pode ser
comparada ao ciclo de chuvas da natureza. É justamente aquele que se estuda
na escola. Você lembra?
       É o método pelo qual as nuvens se formam, através da evaporação.
Depois vem a chuva e rega a terra, tornando-a frutífera e produtiva. Veja o
processo abaixo:

O calor e o brilho do Sol atingem as águas (rios, mares, oceanos,


lagoas, riachos, cachoeiras, etc)."Deus espalha luz sobre o oceano" (Jó 36:30);
As águas se aquecem a ponto de se transformarem em vapor;
O vapor, então, sobe ao céu, por ser mais leve do que o ar;
O vapor que chega ao céu forma as nuvens, carregando-as;
Toda a água contida nas nuvens desaba sobre o solo em forma de
gotas (a chuva).
Esta é a parte do processo onde a água torna o solo frutífero.
A terra, que está fértil, fornece ao semeador árvores e frutos
procedentes das sementes plantadas;
O excesso de água corre para os rios e mares, onde o processo todo
recomeça. 
 
       A natureza foi criada por Deus, e Deus a criou perfeita. Ele também
criou o ciclo das chuvas conforme a sua vontade, para servir o homem e os
animais. Da mesma maneira, o processo de abençoar-nos foi criado com
perfeição, conforme a sua vontade. Observe o que acontece quando louvamos
a Deus como Ele deseja:

Deus faz com que suas bênçãos brilhem sobre os homens, assim como
o sol brilha sobre os oceanos;
O coração do homem se aquece com relação à Deus, em resposta às
bênçãos que Deus têm brilhado sobre ele, assim como se aquecem as águas
do oceano, quando o sol brilha sobre elas;
Os louvores do homem sobem a Deus, assim como os vapores das
águas do oceano sobem aos céus;
Assim como o vapor da água vai formar a chuva, os nossos louvores à
Deus vão formar as nuvens de bênçãos;
Deus faz com que as nuvens de bênçãos se destilem em chuva, caindo
então sobre a terra."...estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a
terra" (Ecl 11:3);
A terra (coração) se torna frutífera e próspera, proporcionando frutos
para o semeador;
O excesso de chuva corre para os rios e mares, onde o processo todo
recomeça. 
 
       A medida que os nossos louvores sobem aos céus, a chuva de
bênçãos de Deus cai sobre nós. A medida que adoramos a Deus, Ele vai
formando nuvens de bênçãos com nossos louvores, então Ele envia abundante
chuva sobre nós. A quantidade de chuva é exatamente proporcional à
quantidade de louvores que elevamos à Deus. Se não houver adoração,
também não haverá chuva.
       A chuva torna o solo produtivo e frutífero. Quando não há chuva, a terra
torna-se seca e arenosa, inútil. O nosso coração é o solo. Quando não há
louvor e adoração o coração torna-se duro e sem frutos. Porém quando
adoramos a Deus profundamente, a chuva cai e os frutos da terra começam a
florescer. Tais frutos são o amor, a alegria, a paz, a mansidão, ...

Quando acontece adoração


A adoração acontece quando nós com povo de Deus promovemos na
terra o que existe no céu. Um adorador é alguém plugado no céu. É alguém
que se conecta no céu, é alguém que se conecta em algo que está
acontecendo diante da glória e do trono de Deus.
Quando nos ligamos no eterno, começa a acontecer nas nossas vidas,
no nosso coração, ao nosso derredor o que está acontecendo no céu.
         Adoração não é uma ordem de músicas que cantamos diante de Deus.
Não. Adoração é uma maneira de vivermos diante de Deus.
Quando cantamos, esta é uma das maneiras pela qual adoramos a
Deus. Mas adoração é você estar conectado com Deus. A eternidade é
transmitida para a sua vida.
         Deus procura verdadeiros adoradores, porque o adorador é alguém
ligado no céu. É alguém que tem como único objetivo, promover na terra o que
está acontecendo no céu. A vida de adoração é estar na presença de Deus e
trazer o que é de Deus através da sua vida para a terra. Por isso Deus procura
adoradores que adorem em espírito e em verdade e esse “por que adoramos”,
transforma em primeiro lugar, a nossa vida.
         Não transforma a Deus. Alegra o coração de Deus e então transforma a
nossa vida. Quando você decide ser um adorador e deseja viver essa vida de
adoração então a sua vida começa a ser transformada e transforma tudo ao
seu derredor. Um adorador é quem promove a presença de Deus a onde quer
que esteja.
         Sabem por que Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam?
Porque as portas do inferno não suportam a adoração. Não aguentam. Um
adorador na porta do inferno é um incomodo para o inferno. A igreja adorando
nas portas do inferno, adorando nos prostíbulos, nos presídios, em locais de
drogados. O inferno não suporta.
                 O porquê da adoração? Porque a adoração traz os céus para a
terra. Traz a presença de Deus para este mundo. Transforma o que está ao
nosso derredor. Transforma uma casa, transforma um lar, transforma as
vidas.O céu se transfere para o nosso meio. Porque promove a presença de
Deus no mundo.
         Amor e adoração são as conexões que temos com o eterno de Deus. São
estas as duas coisas que estão acontecendo no céu. Deus é amor e o céu está
cheio de amor. Estas são as duas coisas que acontecem no céu e que
devemos viver aqui na terra: amar e adorar. Essa é a razão da adoração.

Os Levitas
Muitas pessoas empregam o termo levita apenas para os músicos
e cantores. Outros aceitam o título até com uma ponta de orgulho, mas com
uma visão extremamente limitada quanto à responsabilidade que a função
representa. Um bom caminho para entender este assunto, é partir da história
de Levi, passando por sua descendência e chegando aos nossos dias.
Em nossos dias muitos membros de igrejas (e até pastores),
empregam o termo apenas para pessoas envolvidas com a música. Podemos
começar a desvendar este assunto pelo capítulo 3 de Números, onde as
funções são descritas.

"Nesse tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da


aliança do Senhor, para o servir, e para abençoar em seu nome..." (Dt 10.8)

         Levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do


patriarca Jacó. Formavam uma tribo separada, sem território, sem herança
terrena porque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão,
sua posse (Dt 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de
Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex 29.44; Nm 3.10). Isso quer dizer
que todo sacerdote (cohen) era levita (levi), mas nem todo levita era sacerdote
(Nm 3.6s).  
       Os levitas (leviim) tinham, entre outros privilégios:
 servir no santuário (Nm 3.6; 1Cr 15.2) ajudando nos sacrifícios (Jr
33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9).
 transportar a arca da aliança (aron haberith);
 a responsabilidade do ensino da lei (Dt 31.9; 22.10);
 autoridade para abençoar. Grande privilégio pela associação
como o Nome de Deus (Nm 6.27).

         Gozavam os levitas de alto prestígio, de elevada estima aos olhos do


Senhor a ponto de lhes ser dito pelo Senhor, "... os levitas serão meus" (Nm
8.14b).
Por esse motivo, no deserto, quando da apostasia do povo de Deus, os
levitas puniram os apóstatas (Ex 32.25-29).

         Deuteronômio 10.8 resume o ministério levítico, e nos aponta de modo


sugestivo um plano de trabalho para nós mesmos, levitas da Nova Aliança:
levar a arca da aliança, estar diante do Senhor e abençoar em Seu Nome.
LEVAR A ARCA DA ALIANÇA

         O relato do Antigo Testamento dá uma descrição da arca (Ex


25.10). Era uma caixa de madeira de acácia medindo 1,40m x 0,84 cm x 0,84
cm, coberta de ouro e com uma tampa de ouro e com um tampo de ouro
chamado de "propiciatório", em hebraico kapporeth (Ex 25.17, 21; 26.34).
       
  Na arca, três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com
Seu povo:
 As duas tábuas de pedra onde se achava "escrita a aliança de
Deus com o povo" (Ex 24.12; 25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do
pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo de direção permanente da parte
divina;
 O pote de maná que recordava ao povo o cuidado e o sustento
que vinham da parte de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma
metáfora concreta do alimento permanente vindo de Deus;
 O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova
da sua divina indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio
permanente pelo Senhor.
         A arca era um ponto catalizador dos doze tribos de Israel; o lugar de
encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus
servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6;
2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11).
Era o próprio trono de Deus.

         Reputada como a "glória de Israel" (1Sm 4.21,22), santificava o lugar


onde repousava (2Cr 8.11). Por esse motivo, quando a notícia de que havia
sido tomada pelos filisteus chegou ao povo de Deus, a nora de Eli, o sacerdote,
exclamou: 
"De Israel se foi a glória!" ICABODE(1Sm4.21).

         Pois uma das funções levíticas era transportar a arca, o que foi
desempenhado até ter sido levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1),
ocasião quando dita função foi transformada em ministério de serviço e de
louvor(1Cr23.25-32).

         Que lição tiramos para nós, os levitas de hoje?


A de que para levar a arca é preciso ser escolhido. Outra importante
lição é que se temos de levar a arca, temos que desempenhar esta obrigação
de modo incansável, sacrificial, corajoso até. Afinal, a arca da aliança hoje
simboliza a nós mesmos que levamos a Gloria de Deus.
ESTAR DIANTE DO SENHOR
         Uma explicação mais detalhada está em Números 3.6-8, onde se
percebe que "estar diante de..."  é o mesmo que  "dar assistência, servir".
        "Estar diante do Senhor" tem a ver com consagração.
O Novo Testamento ensina que os filhos de Deus somos constrangidos
pelo amor a viver para o Senhor que morreu e ressuscitou por nós (2Co 5.14).
A base dessa consagração é o amor, e não pode haver consagração se não se
sentir o amor do Senhor.
         O povo de Israel fora escolhido, mas só a tribo de Levi foi separada
para ser a tribo de sacerdotes. Consagração na Antiga Aliança era algo
exclusivo.
Hoje, na dispensação da raça, todos somos sacerdotes, levitas, portanto
(Ap 1.5, 6).
         A consagração visa a servir a Deus, como o faziam os levitas que
tinham a função de "estar diante do Senhor".
Quando nos tornamos crentes em Cristo, assumimos o compromisso o
compromisso de servir a Deus por toda a vida. Um médico que é salvo pelo
sangue de Jesus coloca a medicina em segundo lugar, pois para o primeiro
lugar vai Jesus, seu Salvador. O mesmo com o comerciante, o soldado ou o
bancário. Assim aconteceu com os primeiros discípulos: Mateus era fiscal de
rendas; Pedro, André, Tiago e João eram pescadores que para "estar diante
do Senhor" deixaram suas vocações para segundo plano.
         Para "estar diante do Senhor" é preciso ser (2Cr 29.11). "Não sejais
negligentes" diz este texto. Isso faz lembrar Samuel Brengle:

 "A santidade não tem pernas e não pode andar de um lado para outro
visitando os preguiçosos".

    E continua lembrando que há dois empecilhos práticos à santidade:

CONSAGRAÇÃO IMPERFEITA E FÉ IMPERFEITA.

         Realmente a nada leva a consagração pela metade, a consagração


parcial, a consagração às vezes, talvez, pode-ser, domingo-sim-domingo-não,
semana-sim-semana-não. A nada leva a fé mais-ou-menos, a fé desde-que,
até-certo-ponto, limitada, nem-sempre, com ressalvas.
PARA ABENÇOAR EM SEU NOME
         A história da bênção é antiga. Já a encontramos nos primeiros
momentos da Criação (Gn 1.27, 28; 2.3).
Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn
12.1-3).
         O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de
Deus. Ora, aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é
falar em seu nome. Por essa razão há de haver cuidado com a bênção dada
levianamente e sem discernimento (cf. Ex 20.7). Excelente exemplo de
abençoar em Nome do Senhor está em 2Samuel 6.18, quando a arca da
aliança foi trazida da casa de Abinadabe (em Quiriate-Jearim) e a levaram para
Jerusalém conquistada por Davi.
 
Há bênçãos belíssimas:
 De Isaque Para Jacó - Referência Gn 27.27-29
 De Jacó Para filhos - Referência Gn 49.1-28
 De Moisés Para povo de Israel - Referência Dt 33
 De Sacerdotes Para Povo de Israel - Referência Nm 6.24-27
 De Jacó Para José (em seus filhos) - Referência Gn 48.`15,16
 O Salmo 128
 De Jesus Para crianças - Referência Mc 10.14, 16

         Na imensa maioria, destaca-se a marca do Nome do Senhor, ou seja,


Seu caráter, Sua personalidade e Seu poder. A vontade de Deus é colocada
sobre aquele por quem se orar, pois que o Nome do Senhor protege e abençoa
(Nm 6.27). Não é uma simples palavra, pois "Eu-Sou-O-Que-Sou", ou
seja, "Eu-Não-Mudo" (cf.Pv18.10).
         Há que tomar em consideração um importante fato:

para abençoar é preciso ser uma bênção.


        
Em Números 16.9, a grande pergunta do Senhor é :

 "Acaso é pouco vós que o Deus de Israel vos tenha separado...


para vos fazer chegar a si...?"
 Os levitas da Nova Aliança vivem na disposição de continuar levando a
arca, pois para tanto formos escolhidos; de lembrar ao povo a direção
permanente de Deus; de recordar ao povo o pão dos céus, Jesus Cristo, o
maná vivo; de ressaltar o apoio permanente no cajado de Arão agora brotando
em Cristo Jesus.
Vivemos, os levitas, na santa disposição de estar diante do Senhor, ou
seja, de consagração contínua, efetiva, real, verdadeira baseada no amor, na
disposição de ser. Vivemos na sagrada determinação de abençoar em Seu
Nome, e para isso temos que ser uma bênção.

  O Serviço Levítico

Vemos no começo que não havia sequer menção de música na


descrição das funções. Embora Moisés, Arão e toda a linhagem sacerdotal
descendam de Custe (Esse 6:3),o mesmo zelo e santificação eram exigidos
tanto de quem cuidava das coisas santas, quanto de quem exercia apenas
trabalho braçal. O termo Levita está diretamente associado a serviço, não a
dons ou habilidades. Desde a recepção, todos são separados e devem se
purificar adequadamente para a celebração de culto ao Senhor.

Filhos de Levi e seus serviços:

Gérson ( Lebni e Simei): Cuidavam da Tenda.Cobertura de dentro e


de fora, cortinas da entrada,cortinas do pátio ao redor da tenda, do altar,
da porta do pátio e suas cordas.

Custe ( Arão,Isar, Hebron,Uzei): Cuidavam da arca da aliança, da


mesa, do
candelabro, dos altares, dos utensílios do lugar santo, da cortina do
santo dos santos.

Merari ( Mali e Musi): Cuidavam das tábuas da tenda, das vigas, das
colunas, das bases e todos os seus utensílios; colunas do pátio ao redor
com suas bases, estacas e cordas.
A música aparece quando Davi, ao levar a arca de volta a Jerusalém,
mandou que os chefes dos levitas constituíssem a seus irmãos, cantores, para
que, com instrumentos de música e levantassem a voz com alegria ( II Samuel
6).
Podemos identificar as funções dos Levitas acompanhando sua história
ao longo da Bíblia, ou situações diversas envolvendo estas pessoas e seus
ministérios.
Então o que é ser Levita?
Ser levita é servir na casa de Deus. Não é apenas ministrar Louvor a
Deus, mas todo e qualquer serviço na Igreja, é atribuido ao levita. A pregação
da palavra, o ensino bíblico, os cuidados administrativos, o lavar banheiros,
limpar o templo, cuidar de crianças na igreja, vigiar carros dos irmãos no
estacionamento, são trabalhos desenvolvidos pelos levitas.

1. Levita tem a função de Unir

Levi foi o terceiro filho de Jacó com Lia. Este nome vem do
hebraico LÊWI , que significa juntar.
O relato de Gênesis 29:34, mostra o desejo e a esperança que ela
depositava em Levi:

“ E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Agora esta vez se unirá meu
marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o Levi.”

A esperança depositada nele era a de unir esposo e esposa.

Tipologicamente, a função dos levitas é a de unir Deus e sua Igreja. Ao


exercer sua função, suas vontades, conforto e necessidades devem estar em
segundo plano. Sua prioridade é unir a Igreja a Deus. Não temos que perder
tempo unindo a Igreja à arte com nosso talento, unindo a igreja aos líderes por
seus carismas, unindo a igreja à organização com cultos engessados
por  programas.Precisamos investir todo nossa dedicação em unir a igreja a
Deus.
2. Levita tem a função de servir

Em Números 4:3, Deus manda que Moisés e Arão separem os homens


de entre 30 e 50 anos para que sirvam na tenda da congregação. Hoje vemos
muitos que gostam do “título” de levita, mas que não servem pra nada no reino
de Deus. Creem que ter talento, ser bom músico, basta.
O mundo e o inferno estão cheios de bons músicos!
O primeiro problema é que para servir na tenda da congregação é
preciso estar na tenda da congregação.
Há levitas que só aparecem domingo à noite. Não são alunos da escola
Bíblica, não sabem o que é um culto de oração, um culto durante a semana e
conhecem congregações da igreja apenas por foto. O segundo problema é que
além de estar presente, é preciso também estar disposto a servir.
Servir a Deus e servir às pessoas. A grande maioria dos levitas de hoje
são dominados pela preguiça, são incapazes de ajudar a cuidar da tenda.
Sim, cuidar da tenda!
Carregar,arrumar, limpar e conservar limpo, entre outras tarefas
vem junto com cantar, tocar e ministrar.É preciso notar que Deus não colocou
condicionais para servir, estando cansado ou não, é nossa obrigação.

3. Levita tem a função de ser modelo para os mais novos

Em Números 4:3, Deus estipula apenas que os levitas entre os trinta e


cinquenta anos deveriam servir na tenda. Entretanto, em Números 8:24, está
escrito que a partir dos vinte e cinco anos iniciariam suas atividades. Isto
mostra uma preocupação de Deus em ensinar. Levitas precisam discipular os
mais novos, precisam ser um padrão de conduta. É muito importante para as
crianças, adolescentes, jovens e novos convertidos poder contar com os levitas
de hoje como modelo de conduta.
O modo como me comporto dentro e fora da igreja, deve ser modelo
para os demais. Muitos de nós ignoramos esta importante função, o que pode
comprometer uma geração inteira de pessoas.

4. Levita tem a função de ensinar como se deve servir a Deus

Gosto muito de uma passagem registrada em II Rs17, onde o povo de


Israel é tirado de sua terra para a Assíria.
O rei da Assíria envia pessoas de Babilônia e outros lugares para habitar
nas cidades de Samaria (vs.24). Por não temerem ao Senhor, Deus enviou
leões que mataram a alguns deles. Eles pedem então socorro ao rei, que
ordena que envie um dos sacerdotes para que ele fosse e lá habitasse, e lhes
ensinasse o que exige o Deus daquela terra (vs.27). Então um dos sacerdotes
habitou em Betel e ensinou àquele povo como deviam servir a Deus (vs.28).

Precisamos ser aqueles que ensinam aos outros como servir a Deus! 
No tempo de Esdras e Neemias, após uma leitura que durou uma
manhã inteira, os levitas ensinavam o povo a lei de Deus; esclarecendo-a e
explicando o sentido, de modo que o povo pudesse entender o que se lia (Ne
8:7-8).
Para ensinar é preciso conhecer primeiro.
Em seu reinado, Jeosafá, enviou levitas para ensinar a lei do Senhor
em todas as cidades de Judá e o veio o temor do Senhor sobre todos os reinos
que estavam ao redor de Judá, de modo que além de não guerrearem contra
ele, ainda lhe traziam presentes (IICr 17:7-11).

Levita deve ter intimidade com a Bíblia a ponto de ser capaz de ensinar
sobre qualquer assunto que ela aborde. O salmista nos ensina que até o louvor
com coração reto está condicionado ao aprendizado da lei de Deus:

“ Louvar-te-ei com um coração reto, enquanto aprender as tuas justas leis(Sl


119:7).”

O louvor e a Bíblia devem andar juntos:


“ Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e espada de dois
gumes nas suas mãos (Sl 149:6).”

5. Levita tem a função de ser oferta movida

Oferta Movida: era a porção do sacrifício pacífico que pertencia aos


sacerdotes. Era movida em direção ao santuário como sinal de sua dedicação
à Deus e, a seguir movida em direção ao ofertante ou sacerdote, indicando que
o Senhor agora punha a dita oferta à disposição dele.

 Em Números 8:11, por ordem de Deus, Arão deveria apresentar os


levitas como oferta movida ao Senhor. Para entender a importância disto,
precisamos entender o que era uma oferta movida.Havia um tipo de oferta
especial, que era apresentada a Deus com um movimento de vai-e-vem da
congregação inteira. O significado deste movimento é que quando iam em
direção ao altar, a congregação oferecia seu melhor a Deus e, quando
voltavam, simbolizava que Deus os abençoava com a mesma oferta. Os levitas
eram um canal que atraía as bênçãos de Deus para todo o povo. Você tem
sido este canal?

6. Levitas são um presente de Deus para seus pastores

Anteriormente Deus abriu mão de todos os primogênitos de Israel


pelos levitas (Nm 3:41),mostrando o quanto eles eram preciosos aos olhos de
dEle. Contudo, em Números 18:6, Deus os oferece como presente aos
sacerdotes (Arão e sua descendência), para que estivessem a serviço deles
(vs.3). O que Deus espera de nós é que sejamos presentes valiosos para
nossos pastores e é triste ver que muitos tem se portado como “presentes de
grego”, causando grandes dores de cabeça.A insubordinação é uma praga que
precisa ser eliminada de nosso meio. Há pessoas que sentem certo orgulho de
serem rotuladas de rebeldes, parece que gostam de serem chamadas à
atenção para chamar a atenção. A carta aos hebreus nos adverte a obedecer e
sujeitar-se aos pastores e explica o porquê:

“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por


vossasalmas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e
não gemendo, porque isso não vos seria útil (Hb 13:7).” 

Presentes não são devolvidos, mas se não nos trazem alegria, são
deixados de lado. Se este é o seu caso, é tempo de reconciliar-se com seu(s)
pastor(es) e com Deus, é tempo de pedir perdão e começar uma nova história.

7. Levita também tem passar pelo banco

Como disse antes, os levitas de trinta anos para cima ensinavam


aos de 25-29. Mas há uma grande verdade que é rejeitada pela maioria
absoluta dos levitas de hoje e negligenciada pela maioria dos líderes na igreja:
não se pode servir sem preparo.
Se alguém tem convicção de seu chamado, tem que ser capaz de
resistir ao banco. O banco é uma oportunidade de aprender, de ser
discipulado, de nivelar sua santificação com os demais membros do grupo de
louvor, era o tempo de atingir a maioridade espiritual para o serviço.
Muitos chegavam com uma tremenda euforia querendo fazer
parte da equipe, mas não resistiam a um tempo indeterminado no banco.
Mais que o simples preparo técnico, é fundamental o preparo
espiritual do adorador.

Esdras tinha a convicção desta verdade. Ao sair para sua viagem a


Jerusalém, passa em revista ao povo e diz que encontrou sacerdotes, mas
nenhum levita (Ed 8:15). Ele então convoca alguns dos chefes do povo e dois
homens sábios e os envia ao sumo sacerdote de uma cidade chamada Ido,
para que este lhe enviasse ministros para a casa de Deus. Ele afirma que
segundo a boa mão de Deus, levaram um homem entendido, chamado
Serebias (Ed 8:16-18). Ora, tudo seria norma lnão fosse o relato de que com
ele também subiram levitas, dos cantores, dos porteiros e dos servidores do
templo (Ed 7:7). Isto deixa claro que havia algo de errado com aqueles homens
que os desqualificavam para o serviço na casa de Deus.
Servir ao Senhor não é para qualquer um, nem de qualquer jeito.
Infelizmente, o despreparo de muitos levitas de hoje é escandaloso e tem
causado grandes sofrimentos ao corpo de Cristo. Por medo de causar mágoas
ou constrangimentos, muitos líderes permitem que pessoas sem qualquer
preparo espiritual e/ou técnico, estejam no altar exercendo a função de levita. A
máxima:” – Na hora Deus abençoa...”, tem sido responsável por verdadeiras
aberrações em nossas reuniões de culto. Outra máxima é esta: - Melhor fazer o
simplizinho bem feito.
 
 Davi só matou gigante com estilingue uma única vez, depois disto
tornou-se um hábil soldado.

8. Levita precisa ser purificado

Toma os levitas do meio dos filhos de Israel e purifica-os(Nm 8:6).


Esta foi a ordem dada por Deus a Moisés e a cerimônia incluía:

•Borrifar a água da expiação, preparada com as cinzas da novilha


vermelha, representando Jesus que nos limpa de nossos pecados;

•Passar a navalha sobre toda a carne, já que ter o corpo raspado era um
sinal de humilhação para o povo de Israel (Esse 19:4-5);

•Lavar as vestes, significando pureza em sua conduta, como em Ec 9:8.


Uma vez purificados, podemos ser para Deus o bom perfume de Cristo,
nos que se salvam e nos que se perdem (IICo 2:15). Um levita não pode subir
ao altar exalando o mau cheiro da vaidade, dos pecados encobertos, do
humanismo e de tantas outras coisas que alguns insistem em carregar. É
preciso estar em constante processo de purificação.

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