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EXPONDO AS ESCRITURAS – Exposição Bíblica com o Pastor Mário Luna – WhatsApp (021) 98232-4520

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EXPONDO AS ESCRITURAS – Exposição Bíblica com o Pastor Mário Luna – WhatsApp (021) 98232-4520

TEXTO: Colossenses 4.2


TEMA: 5 Coisas que precisam ter em nossas orações
Cl 4:2 na (ARC) diz: Perseverai em oração, velando nela com ação de graças;

INTRODUÇÃO

No Programa Expondo as Escrituras de hoje vamos tratar do tema: “5 Coisas que precisam
ter em nossas orações”. Adoração e louvor; Confissão, arrependimento e contrição; Ações
de graça; Intercessão e Petição.

DEFININDO ORAÇÃO
Oração é uma conversa com Deus. Não existe relacionamento sem comunicação e essa
comunicação precisa ser constante. Podemos ler e meditar na Palavra de Deus, mas se
não orarmos seremos insensíveis as verdades das Escrituras para a nossa própria vida.
Deus tem várias formas de falar conosco, mas nós só temos uma forma de falar com Ele e
ela chama-se “oração”. A oração é um ato da alma, mediante o qual nos pomos sob os
cuidados de Deus, pois reconhecemos, em qualquer ocasião em que orarmos, que
dependemos de Deus e que temos limitações que só podem ser supridas por Ele.
R.C. Sproul diz que a oração é ação. Embora seja expressa num espírito de quietude
serena, a oração é ação. Quando oramos, não somos observadores passivos ou neutros,
espectadores distantes. Gastamos energia no exercício da oração. A Bíblia nos diz que
“muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16). Fervor caracterizou a agonia de
Jesus no Getsêmani, onde seu suor caiu no chão como gotas de sangue. Fervor descreve
a luta de Jacó com o anjo, durante a noite, em Peniel. A oração é um exercício de paixão e
não de indiferença.
Então vamos aprender as 5 coisas que precisam ter em nossa oração.

I - ADORAÇÃO E LOUVOR
Em um contexto geral a “adoração” envolve oração, louvor, culto, oferta, ceia e etc. Porém,
esse não é o intuito dessa mensagem. Quero aqui falar da adoração de forma restrita como
um componente da oração. Ela é a ocupação da alma com o próprio Deus.
Quando observamos a oração do Pai nosso que é o modelo de oração que Jesus nos
deixou, percebemos que a maneira mais apropriada de começarmos a orar é com adoração.
“Pai nosso que estás nos céus”. Muitos de nós ansiando por desejos e necessidades
acabamos omitindo totalmente ou passamos rapidamente pela adoração em nossa oração.
É por isso que aprenderemos qual a importância dela nessa mensagem.

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A adoração é representada na Bíblia principalmente por duas palavras:


No AT a palavra heb. shaha (mais de 100 vezes) significando “curvar-se diante”,
“prostrar-se”, (Gn 22.5; 42.6: 48.12; Êx 24.1; Jz 7.15; 1 Sm 25.41; Jó 1.20; Sl 22.27; 86.9
etc.).
Gn 22:5 na (ARC) diz: E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu
e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós.
No NT a palavra gr. proskyneo (59 vezes), significando “prostrar-se”, “prestar
homenagem a alguém” (Mt 2.2,8,11; 14.33; Mc 5.6; 15.19; Lc 4.7,8: Jo 4.20-22 etc.).
Mt 14:33 na (ARC) diz: Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no,
dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
Essas duas palavras são constantemente traduzidas pela palavra “adoração”, denotando o
valor daquele que recebe a honra ou devoção especial.
Adoração é um momento dentro da oração que adoramos a Deus através de seus atributos.
Muitas pessoas pulam a adoração simplesmente porque nunca se importaram em estudar
quem Deus é. Falta-lhes conhecimento mais profundo sobre Deus. Esse conhecimento só
pode ser obtido por meio da estudarmos sua Palavra. Por exemplo: Deus é amor; Deus é
misericordioso; Deus é poderoso; Deus é verdadeiro; Deus é bondoso; Deus é fiel; Deus é
reto; Deus é santo; Deus é justo e Deus é soberano.
Por que devemos adorar a Deus? Como seres humanos, fazer isso é nosso dever. Fomos
chamados a encher a terra com a glória de Deus. Fomos criados à imagem de Deus para
refletirmos a sua glória. Nossa principal função é exaltar o Senhor. Não podemos tentar
bajular a Deus com palavras bonitas para depois lhe pedir o que precisamos, como alguém
que elogia antes de pedir para preparar o coração da pessoa. Devemos adorá-lo através
do amor que sentimos por Ele, mas como sentir amor por alguém que conhecemos
superficialmente? É por isso que muitas pessoas se voltam para Deus movidas por
entusiasmo e não pelo fervor que é resultado do seu amor a Deus.
Quando começamos nossas orações com adoração, estamos estabelecendo o tom para
nos achegarmos a Deus com confissão, arrependimento, contrição, ações de graças,
intercessão e petições. Não precisamos ter palavras bonitas e um português perfeito,
precisamos apenas nos dirigir a Ele com palavras que reflitam respeito e honra.
Também o louvamos pelo que Ele faz de forma geral. Ainda que não pensamos muito sobre
isso, o bom funcionamento de tudo na criação depende exclusivamente de Deus. Se
quando acordamos o sol lá está, ainda que coberto por nuvens ou por uma densa
tempestade é porque Deus assim o fez. É justamente por manter a ordem de tudo que Deus
deve ser louvado. Devemos louvá-lo também por ter entregue seu filho para nos dar
salvação. Esse plano existia antes de todos nós existirmos e devemos reconhecer isso.
Louvar a Deus significa, antes de mais nada, servi-lo em espírito e verdade. Precisamos
entender que louvor e adoração estão relacionados com nossa conduta. Então, nada
adiantará adorarmos e louvarmos ao Senhor com palavras, se nosso coração não for
obediente a Ele. Deus procura verdadeiros adoradores.
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Isso quer dizer que podemos estar oferecendo um culto a Deus e mesmo assim não está
adorando e o louvando. Podemos estar orando ou cantando e mesmo assim não está
adorando e louvando. Os judeus do tempo de Isaías não sabiam fazer tal distinção. Por isto
foram severamente repreendidos por Deus: Is 1:11-14 na (NTLH) diz: 11 - O SENHOR
diz: “Eu não quero todos esses sacrifícios que vocês me oferecem. Estou farto de bodes e
de animais gordos queimados no altar; estou enjoado do sangue de touros novos, não quero
mais carneiros nem cabritos. 12 - Quando vocês vêm até a minha presença, quem foi que
pediu todo esse corre-corre nos pátios do meu Templo? 13 - Não adianta nada me trazerem
ofertas; eu odeio o incenso que vocês queimam. Não suporto as Festas da Lua Nova, os
sábados e as outras festas religiosas, pois os pecados de vocês estragam tudo isso. 14 -
As Festas da Lua Nova e os outros dias santos me enchem de nojo; já estou cansado de
suportá-los.
Aproveitando essa oportunidade podemos dizer que de forma geral adoração é um ato
permanente na vida do filho de Deus; não pode ser, sob hipótese alguma, uma atitude
episódica (ocasional). Há de ser ressaltada, em tudo que fizermos, a mais elevada e pura
atitude de adoração. Temos de mostrar ao mundo que somos uma comunidade de
adoradores.
Adoração não é apenas contemplação; é, acima de tudo, serviço que se presta ao Rei dos
reis e Senhor dos senhores.

II - CONFISSÃO, ARREPENDIMENTO E CONTRIÇÃO


Lembra que já foi dito que a adoração de forma geral abrange muitas coisas? Pois é, a
confissão de pecado está no coração da adoração, pois, no mesmo grau em que a
dignidade (atributos) de Deus é exaltada, a indignidade do homem requer reconhecimento.
As orações e os salmos do A.T. estão cheios de reconhecimento da culpa, o que
obviamente vai de mãos dadas com um apelo por perdão e restauração, e com louvor e
gratidão pela misericórdia e perdão divinos. A principal razão por que a confissão tem de
ser feita diariamente é que nossos pecados contra as leis de Deus são cometidos todos os
dias. Fazemos coisas que não devemos e deixamos de fazer aquelas coisas que Deus nos
manda fazer. Temos uma dívida diária perante Deus. Consequentemente, nossas orações
diárias têm de incluir atos genuínos de confissão.
A confissão é como uma declaração de falência. Deus exige perfeição. O menor pecado
mancha uma conduta aparentemente perfeita. Todas as “boas obras” no mundo não podem
apagar a mancha e mover-nos da imperfeição para a perfeição. Quando cometemos o
pecado, estamos moralmente falidos. Isso significa que não temos em nós mesmos nenhum
recurso para resolver o problema do pecado. Nossa única esperança é ter esse pecado
perdoado e coberto por meio da expiação dAquele é totalmente perfeito – Jesus Cristo!
Nesse momento da oração nos apresentamos a Deus com profunda tristeza, pois
reconhecemos nossos pecados, e nos arrependemos decidindo assim abandoná-los
(metanóia – mudança de mente) em consequência do quebrantamento pela Palavra de
Deus. Nunca teremos uma consciência clara de pecados cometidos se não lermos e

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meditarmos na Palavra de Deus. Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa para nos
convencer de nossas faltas. Essa tristeza é infundida pelo Espírito Santo em nosso coração,
que nos leva a reatar a comunhão com o Senhor.
Neemias em sua oração de intercessão pelo seu povo apresenta um exemplo de confissão.
Ele se coloca na mesma posição de ter pecado contra Deus assim como seu povo.
Ne 1:6 na (ARC) diz: Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para
ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, de dia e de noite, pelos filhos de
Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra
ti; também eu e a casa de meu pai pecamos.
A confissão não é um assunto frívolo com o qual nos envolvemos somente em ocasiões
oportunas e certas datas durante o ano. Fazemos coisas que não devemos e deixamos de
fazer aquelas coisas que Deus nos manda fazer. Temos uma dívida diária perante Deus.
Consequentemente, nossas orações diárias têm de incluir atos genuínos de confissão.
Podemos perceber que a oração que Deus ouve no Templo é a oração de confissão de
pecados do publicano, ao invés da oração autocongratulatória do fariseu (Lc 18.9ss.).
Não podemos nos chegar a Deus em oração com um coração cheio de si, pensando que
Deus tem que nos responder porque merecemos. Muitos de nós inclusive pensam o
seguinte: Deus irá responder minha oração, porque eu nunca me desviei, ou nasci no lar
evangélico, eu pago o preço, oro, jejuo, faço a obra de Deus e por isso ele tem que me
honrar. Pessoas que pensam assim, primeiro não entendem que se receberam salvação foi
pelos méritos de Jesus, nós não temos méritos nenhum nisso, e em segundo lugar elas
nunca estudaram seriamente sobre a postura daqueles que oraram a Deus na Bíblia. Seria
edificante estudar o livro de Salmos completo observando como os salmistas se dirigiam a
Deus em oração.
Você já meditou no texto de 2Cr 20.1-30, onde o rei Josafá faz uma oração a Deus diante
de uma circunstância de total perigo? Vamos apenas ler o versículo 12.
2Cr 20:12 na (ARC) diz: Ah! Deus nosso, porventura, não os julgarás? Porque em nós não
há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que
faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.
O rei Josafá convoca um jejum, adora e louva a Deus por quem Ele é e pelo que Ele fez,
lembra das suas promessas, e suplica o livramento de Deus, mas em nenhum momento ele
usa sua vida com Deus para dizer que Deus tem que lhe responder.
Dentro do arrependimento está a contrição. Podemos distinguir entre dois tipos de
arrependimento: atrição e contrição. Atrição é o arrependimento falsificado, que nunca nos
qualifica para o perdão. É como o arrependimento de uma criança que é apanhada no ato
de desobedecer a sua mãe e clama: “Mamãe, mamãe, sinto muito; por favor, não bata em
mim”. Atrição é o arrependimento motivado estritamente pelo temor de punição. O pecador
confessa o seu pecado a Deus, não impelido por tristeza genuína, e sim por um desejo de
garantir um livramento do inferno.

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O verdadeiro arrependimento reflete contrição, uma tristeza piedosa por ofender a Deus.
Aqui, o pecador lamenta o seu pecado, não pela perda de recompensa ou ameaça de
julgamento, mas porque ele trouxe injúria à honra de Deus.
Davi entende bem o que é contrição.
Sl 51:4 na (ARC) diz: Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que a teus olhos é mal,
para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares.
Davi acreditava que Deus seria totalmente justificado se não lhe desse nada, exceto
punição completa. Davi exibiu aquilo que Deus disse não desprezará: um coração
quebrantado e contrito.
É por isso que o Salmo 51, no qual Davi confessa seus pecados, é o texto que aponta
confissão, arrependimento e contrição. Leia e medite em como Davi se coloca diante de
Deus nessa oração.
A oração que tem (confissão, arrependimento e contrição) inclui uma firme resolução de
não cometer novamente o pecado, uma disposição de abandonar o mal e evitar até a
ocasião dele. Um reconhecimento humilde da dependência da misericórdia e da ajuda
divina também está incluído.

III - AÇÕES DE GRAÇA


Aqui agradecemos a Deus pelas bênçãos recebidas. Demonstramos a Ele nossa gratidão
pelos livramentos, pela nossa salvação e por tudo mais. Um coração cheio de gratidão a
Deus nos ajuda a não se esquecer do que Deus fez e do que Ele é capaz de fazer para não
nos tornarmos ingratos.
Ação de graças é um reconhecimento de Deus e de seus benefícios.
Em salmos 103.2, Davi afirma: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças
de nem um só de seus benefícios”.
O encontro de Jesus com os dez leprosos ilustra a importância da ação de graças. A
questão-chave da história não é gratidão, e sim ação de graças. Uma coisa é alguém se
sentir grato; outra coisa é expressar isso. Os leprosos eram separados da família e dos
amigos. Purificação instantânea implicava livramento do isolamento. Podemos imaginá-los
delirantemente felizes, apressando-se em ir ao lar, para abraçar a esposa, os filhos e
anunciar sua cura. Quem não seria grato? Mas somente um deles adiou seu retorno ao lar
e tomou tempo para dar graças. O relato em Lucas 17 diz: “Um dos dez, vendo que fora
curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés
de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano” (vv.15,16).
Todas as nossas orações devem incluir ação de graças. Como o leproso, temos de parar,
voltar e agradecer. Isso nos faz lembrar de tudo o que Deus já fez por nós no passado.
Somos tão devedores a Deus que jamais poderemos esgotar nossas oportunidades para
expressar gratidão.

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Esquecer os benefícios de Deus é também a marca do cristão imaturo, aquele que vive por
seus sentimentos. Ele é propenso a uma vida espiritual do tipo montanha-russa, movendo-
se rapidamente de auges de exaltação para depressivos. Ele vive de bênção em bênção,
sofrendo as angústias de uma memória curta. Vive sempre no presente, saboreando o
“agora”, mas perdendo de vista o que Deus fez no passado. Ainda que Deus cessasse todas
as suas bênçãos para nós, mesmo assim teríamos o dever de gastar o resto de nossas
vidas agradecendo-lhe pelo que já fez. No entanto, Ele continua a nos abençoar.
A Bíblia está repleta de ações de graças, e os exemplos mais pronunciados são
encontrados:
Em uma oferta especial de ação de graças no AT (Lv 7.12-15; 22.29; 2 Cr 29.31; Am 4.5);
2Cr 29:31 na (ARC) diz: E respondeu Ezequias e disse: Agora, vos consagrastes ao
SENHOR; chegai-vos e trazei sacrifícios e ofertas de louvor à Casa do SENHOR. E a
congregação trouxe sacrifícios e ofertas de louvor, e todo o que tinha essa vontade do
coração trouxe holocaustos.
Nas várias festividades instituídas para Israel (Êx 34.22,23; Lv 23; Nm 29; Dt 16);
Nos Salmos de ações de graças (Sl 34.3; 50.14; 92.1-5; 100; 107; 136);
No NT o cristão nunca deve orar sem dar graças (Fp 4.6; Cl 4,2) pelas coisas que Deus tem
feito por ele (1 Co 15.57; 2 Co 2.14; 8.16; 9,15; 1 Tm 4.3,4).

IV - INTERCESSÃO
O que é intercessão? É uma súplica em favor de outras pessoas. A intercessão pressupõe
sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram; e, tomar, como se fossem nossas,
as dores alheias. É dizer a Deus que nos importamos com o sofrimento do próximo. O
apóstolo Paulo nos mostra que a oração intercessória está baseada no amor que temos
uns pelos outros. Um coração cheio do amor de Deus transborda compaixão pelas
situações difíceis que as pessoas atravessam. Quando isso é uma realidade, a tristeza do
irmão nos toca; as dificuldades deles tomam o nosso coração; e, assim, nos colocamos
diante de Deus para apresentar as suas causas Àquele que tudo pode.
A Bíblia descreve vários exemplos de oração intercessória: Abraão intercedeu por
Sodoma (Gn 18.17-33); Moisés intercedeu por Israel (Êx 32:10-12); Jó, pelos seus
amigos (Jó 42:8-10). As orações relativas à experiência do exílio são feitas com o mesmo
espírito de intercessão, mas com uma ênfase maior na humildade, na confissão e no
arrependimento; por exemplo, as orações de Daniel (Dn 9.3-19), Esdras (Ed 9.5-15) e
Neemias (Ne 1.5-11).
Se estudarmos o conteúdo dessas orações, vamos descobrir que muitas delas tem
adoração e louvor; confissão, arrependimento e contrição; intercessão é claro e petição.
Neemias em sua oração adora e louva a Deus, apresenta a situação dele e do povo, fala
com Deus acerca das promessas dele para seu povo e pede ajuda de Deus em relação a

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ao rei ser-lhe favorável. Deus respondeu a oração de Neemias, o rei lhe foi favorável e lhe
deu tudo o que precisava para reconstruir os muros de Jerusalém.

1 - Por quem devemos orar?


A oração é o recurso que Deus tem colocado à nossa disposição, para que através dela
possamos pedir a sua bênção em favor dos homens; por isso a Bíblia nos ensina orar:
• Por todos os homens (1Tm 2.1);
• Pelos magistrados e autoridades constituídas (1Tm 2.2);
• Pela cidade onde moramos (Jr 29.7);
• Por Jerusalém (Sl 122.6);
• Pelos enfermos (Tg 5.14);
• Pelos pregadores (1Ts 5.25; 2Ts 3.1);
• Pelos nossos inimigos (Lc 6.28);
• Pelos outros (Tg 5.16).

V - PETIÇÃO
Chegamos a última coisa que nossa oração precisa ter. É claro que nem sempre todas as
orações terão os cinco itens aqui citados, porém no geral eles devem estar presente em
nossas orações.
Na petição nos concentramos em apresentar nossas necessidades diante de Deus.
Podemos sempre pedir a Deus em oração que nos dê sabedoria para sabermos de fato o
que nos é necessário.
Rm 8:26 na (NVT) diz: E o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos orar
segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que
não podem ser expressos em palavras.
Muitas pessoas se aproximam de Deus em oração buscando satisfação de deleites. Nesse
ponto Tiago nos deixa um alerta.
Tg 4:3 na (NVT) diz: E, quando pedem, não recebem, pois seus motivos são errados;
pedem apenas o que lhes dará prazer.
Tiago começa explicando no início desse capítulo que a origem principal das contendas e
conflitos na igreja concentra-se no desejo de reconhecimento, honrarias, glória, poder,
prazer, dinheiro e superioridade. A satisfação dos desejos egoístas torna-se mais
importante do que a retidão e a vontade de Deus.
O envolvimento em conseguir essas coisas faz com que muitos na igreja levantem orações
que Deus não responde. Deus deixa de responder as orações dos que amam os prazeres
e que desejam honra, poder e riquezas. Todos devemos tomar consciência disso, porque
Deus não ouvirá as nossas orações se tivermos o coração cheio de desejos egoístas.

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Devemos nos concentrar em pedir primeiro em favor da nossa vida espiritual. Devemos
desejar receber as bênçãos que Paulo relata em sua carta aos Efésios. Ef 1:3 na (ARC)
diz: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas
as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
Priorizar isso se alinha ao ensinamento de Jesus. Mt 6:33 na (ARC) diz: Mas buscai
primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Quando nossa prioridade está no Reino de Deus, vivendo uma vida justa por causa do que
Jesus fez por nós, tudo o que necessitamos é suprido por Ele.
Podemos pedir pela saúde, casamento, vida financeira e etc. Porém, devemos ter sempre
um coração generoso. Não queremos por exemplo um bom emprego, um bom salário, um
bom carro apenas para desfrutar com nossa família. Pensamos em meios de abençoar a
obra de Deus (igreja local) e pessoas.
Precisamos entender que nada do que temos é nosso.
Sl 24:1 na (ARC) diz: Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele
habitam. Jó 41:11 na (ARC) diz: Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe?
Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.
Somos apenas mordomos, tomando conta e administrando o que é de Deus.
Gn 1:28 na (ARC) diz: E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos,
e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus,
e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
É por isso que Deus não pode atender orações de pessoas que pensam apenas em si.
Você entregaria seus recursos nas mãos de alguém assim? É claro que não! Porém,
diferente dos homens que precisam observar a conduta para conhecer as intenções, Deus
já sabe de tudo. Jamais conseguiremos enganá-lo. Ele conhece como vamos usar os
recursos que estamos pedindo a Ele. O propósito de Deus sempre foi compartilhar. Ele
sempre se preocupou com os necessitados desde o A.T. e sempre requereu que seu povo
o honrasse com seus bens.
Então se quiseres ser alguém abençoado financeiramente, e aqui não estamos falando de
riquezas, primeiro priorize o Reino de Deus, viva de forma justa, trabalhe e aprenda a
repartir.
Quando somos insensíveis as necessidades das pessoas tendo como ajudar, ainda que
nossa atitude de negação se baseie em afirmarmos que os recursos que temos foi
conquistado por nós com muito trabalho. Isso não justificará nossa atitude, porque se temos,
é porque Deus permitiu esses recursos chegarem em nossas mãos, e como tudo na terra
é de propriedade exclusiva Dele, estaremos negando socorrer vidas e assim demonstrando
que o amor por Deus não está em nosso coração, pois quem ama obedece.
1Jo 3:17-18 na (NVT) diz: 17 - Se alguém tem recursos suficientes para viver bem e vê um
irmão em necessidade, mas não mostra compaixão, como pode estar nele o amor de Deus?

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18 - Filhinhos, não nos limitemos a dizer que amamos uns aos outros; demonstremos a
verdade por meio de nossas ações.
Se não somos fiéis em obedecer ao que Ele nos mandou, como esperamos que Ele nos
abençoe mais ainda? A igreja primitiva entendeu muito bem isso e praticou.
At 4:32 na (ARC) diz: E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém
dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram
comuns.
Lembre-se: Podemos e devemos pedir as Deus que supra nossas necessidades, mas
também devemos ter um coração sensível a necessidade dos outros. Nesse caso é orar
(intercessão) e agir (ajuda).

CONCLUSÃO
Aprendemos na mensagem de hoje sobre as 5 coisas que precisam ter em nossas
orações. Você sabia disso? Entendia de fato o que significa cada uma delas? Que
possamos nos achegar a Deus em oração com atitudes e motivações corretas e com
certeza Ele atenderá as nossas orações de acordo com sua vontade e no tempo Dele.

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