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MINISTÉRIO DE LOUVOR E ADORAÇÃO

O Ministro de Louvor e Adoração


Pastor Marcos Xavier de Queiroz

INTRODUÇÃO
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmo 50.15).
Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia
merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é “a adoração verdadeira a
Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável”. Adoração verdadeira
começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até
o Poente” (v.1), a real finalidade da Criação é louvar e adorar a Deus. A verdadeira adoração
sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Vemos, portanto, que a adoração
verdadeira sempre tem a Deus como “objeto”, o que condiciona Seus adoradores a um
legítimo “temor” diante da Sua santidade e a um “estilo de vida” santificado.
É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar
profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50:4-6. Deus toma os céus e a terra
por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a
acusar Israel, falando em julgamento.
Qual seria essa acusação?
É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao “culto sem conteúdo”.
Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um “cristianismo sem Cristo! ”
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma “adoração sem conteúdo
bíblico” – (conteúdo está relacionado as doutrinas que orientam o comportamento cristão).
Hoje, em muitas igrejas transformaram o “louvor e a adoração” em palco de shows,
em “ativismo”1 piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi
escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu
lamento - Isaías 29:13.
“A verdadeira adoração é uma questão do coração”. Em meio a esse formalismo no
culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e
cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14). O que no real o texto está falando do
“comprometimento”; assumir compromissos com Deus. Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a
maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus:

1
Ativismo: Atitude moral que privilegia as necessidades da vida e da ação, sobre os princípios teóricos.
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”. “A “verdadeira adoração”
deve estar alinhada com a Palavra de Deus”. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que
é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no Salmo 50:23: “ O
que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu
caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As “ações de graças”2 que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos
caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver
conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita”.
Três princípios da verdadeira adoração emergem de Mateus 8.1-8 exemplificando uma oração
que agrada ao Senhor. Aqui encontramos três princípios da oração legítima.
A fé que declara o “poder soberano de Deus - “Senhor, Tu podes! ”; e o temor a Deus
complementa em “conhecer a Sua Vontade Soberana - “Se Tu quiseres”; e a humildade que
acrescenta - “Não sou digno! ”.
A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus. Quando buscamos o Senhor,
não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome
do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Mas Deus nem sempre responde nossas
orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2)
como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois.
Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse:
“Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
teu senhor” (Mateus 25:21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência:
“Vá para a vinha, pois, a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir
trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que
concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for? Deus quer que oremos. E
Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida
santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com
Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos
proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”
(Jeremias 29.11).
LIÇÃO 01 - CONCEITO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2
“Ações de graça” nada mais são do que a expressão da gratidão que temos para com Deus por
todas as Suas realizações em nossa vida, passadas, presentes ou mesmo futuras. Portanto, Ações de
graça, são expressões gerais de gratidão (Salmo 13:6); gratidão pela condução segura de nossas vidas
pelo Senhor (Salmo 95:2); e reconhecimento de que a providência divina é onisciente e simplesmente
executa o melhor em favor de seus filhos (I Tessalonicenses 5:18).
O Que é Louvor?
A palavra louvor significa “ato de louvar, aplauso, elogio, encômio. Apologia de uma
obra meritória”. Tem como antônimo “censura e crítica”. Sendo assim o louvor pode ser
dirigido a pessoas, instituições, ideologias, objetos, lugares, animais, e outras coisas, através de
elogios, aplausos, cânticos, falas poéticas, apologéticas, informais, etc. Por exemplo, quando
cantamos o Hino Nacional Brasileiro, estamos louvando o Brasil.
Portanto louvar significa “admirar, falar bem, elogiar, engrandecer”. Diariamente,
estamos louvando muitas coisas ao nosso redor. Quando louvamos a Deus, estamos
admirando os atributos do Seu caráter: fidelidade, bondade, amor, longanimidade, retidão,
justiça, misericórdia, etc. Usamos as expressões dos nossos anseios para fazer isto. Qualquer
um pode fazer isto. A natureza, por exemplo, também pode louvar a Deus (Salmos 19:1).
Louvor é algo que qualquer um pode dar a qualquer coisa ou pessoa (Salmos 9:11; 33:2; 67:3;
42:12).

ADORAÇÃO - TERMOS HEBRAICOS E GREGOS


“Adoração é uma questão do coração, pois exige amor”
Adoração significa prestação de honra ou homenagem reverente. A adoração
verdadeira do Criador abrange todo aspecto da vida da pessoa. O apóstolo Paulo salientou isso
ao dizer: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas
para a glória de Deus” - 1Coríntios 10:31. O vocábulo adoração deriva da palavra em latim
adorare, que etimologicamente vem a ser “falar com”. O dicionário define seu significado
como “ato de adorar; culto a Deus; amor profundo”. É render culto a Deus, coisas ou pessoas
consideradas como sendo santos. É prostrar-se diante de algo em “sinal de reconhecimento,
rezar, idolatrar, amar apaixonadamente”.
ANTIGO TESTAMENTO
Nos termos Hebraicos e Gregos, a palavra “adoração” nem sempre está associada à
Deus, também podem ser aplicadas a atos que não são adoração. No entanto, o contexto
determina de que modo devem ser entendidas as respectivas palavras. Vamos a alguns
exemplos. Uma das palavras hebraicas que transmite a ideia de adoração 'avadh significa
basicamente “prestar serviços; cumprir determinado deveres e funções - servir”. Caso o leitor
não absorva corretamente a aplicação, ficará néscio sobre a quem é dirigida, aplicando tal
termo apenas a Deus. É importante ler com atenção e considerar o contexto para saber a
quem tal termo se aplica para não confundir a adoração que é dirigida a Deus, com outros atos
dirigidos a outras pessoas.
Termo um termo em hebraico que era usado a respeito do “culto prestado ao Senhor e
a outros deuses ou objetos de reverência religiosa” se encontra em: Gênesis 24:26, 48; Êxodo
34:14; Deuteronômio 4:19 é o shahah. A palavra traduzida mais frequentemente para adorar,
que aparece mais de 170 vezes na Bíblia com o significado de “adorar, prostrar-se, inclinar-se”
(Êxodo 34:8; Salmos 66:4; 95:6; Zacarias 14:16).
Por exemplo, em Gênesis 14:4 usou-se shahah que também transmite ideia de
adoração, mas aqui no texto de Gênesis ela não se trata da adoração que é para Deus, o
contexto mostra isso claramente: “Doze anos tinham 'avadh “servido” a Quedorlaomer, mas
no décimo terceiro ano rebelaram-se”. Vemos aqui que a palavra hebraica 'avadh foi traduzida
por “servir”, não indica adoração. Deus disse a Abraão que seu descendente moraria numa
terra que não era dele e que as pessoas teriam de “servir” 'avadh a ele. Isso era referente ao
povo antes de conquistar a Terra da Promessa. (Gênesis 15:13; 29:15).
Servir ou adorar a Deus exige obediência a todas as suas ordens, fazer Sua vontade
como alguém exclusivamente devotado a ele. É diferente de apenas “servir” um regente
humano. Mas em Deuteronômio 30:15-20, a palavra 'avadh incorpora um “servir”, mas
abrangente, assume as palavras de Paulo, de que este “servir” 'avadh tem de ser de corpo e
alma, pois é dirigido a Deus. A mesma palavra hebraica 'avadh sendo aplicada a homens e a
Deus, o que leva a uma consideração do contexto. Por conseguinte, empenhar-se alguém em
qualquer ritual ou ato de devoção para com quaisquer outros deuses significa abandonar a
adoração verdadeira. (Deuteronômio 11:13-17)
O termo shahah primariamente significa “curvar-se ou render homenagem”, em
Provérbios 12:25 diz: “A ansiedade no coração do homem é o que o fará “curvar-se” shahah.
Portanto, lemos em Neemias 2:2 que o serviçal do rei estava abatido, muito triste, então sua
face estava curvada, ou seja, abaixada perante o rei. Certamente, a ansiedade faz com que a
pessoa seja quebrantada, assim, Jesus Cristo alertou e ordenou que se parasse de estar
ansiosos a certas coisas, pois elas viriam a seu tempo certo - Mateus 6:25. Não devemos
negligenciar a palavra hebraica shahah, pois ela denota tanto o “curvar-se” um ato de respeito
ou cortesia, mas pode denotar também um “ato de adoração”, o que envolve analisar o
contexto para uma correta aplicação. Se a pessoa não fizer consideração para com a palavra
hebraica shahah, irá concluir que Ló adorava a anjos, o que não era possível isso da parte dele,
pois sabia que seu Deus exigia adoração exclusiva a ele - Gênesis 19:1,2.
“Curvar-se ou inclinar-se” demonstra respeito quando este é dirigido a homens, como
podemos ver no caso quando Jacó e o seus inclinaram ou curvaram diante de Saul. Não se
pode aqui aplicar shahah como sendo um “ato de adoração”, mas sim de “respeito ou
homenagem”, visto que eles curvaram-se diante de um homem. Como já dito aqui, shahah
(curvar-se ou inclinar a face) pode denotar um ato de adoração, indicando a reverência e
gratidão da pessoa a Deus e submissão à Sua vontade. Quando usada com referência ao Deus
verdadeiro, ou a deidades falsas, a palavra shahah às vezes é associada com “sacrifícios e
orações”, o que fica fácil de se fazer uma correta aplicação pelo leitor. No caso de Abraão,
shahah é aplicado a Deus, pois ele subia para adorá-lo - Gênesis 22:5-7), e shahah é aplicada
também a adorar-se a deuses falsos - Isaías 44:7. Isto indica que era comum “curvar-se quando
se orava ou se oferecia um sacrifício”.
A raiz hebraica shahah significa basicamente “prostar-se”, como o que é dito em Isaías
44: 15,17,18, onde as pessoas “prostavam-se” diante de deuses ídolos, feitos de madeiras e o
adoravam. (Isaías 46:6) A palavra aramaica equivalente usualmente é associada com adoração,
como no caso do rei Nabucodonosor, quando emitiu a ordem de que adorassem a estátua de
ouro, que era sua imagem - Daniel 3: 5-7, 10-15,18,28, mas é usada em Daniel 2:46 para
referir-se ao Rei Nabucodonosor prestar homenagem (não adoração) a Daniel, prostando-se
diante do profeta. Reverência a algum homem não é tido como proibido, desde que
corretamente aplicado, não levando em consideração que tal prostar-se (lançar o rosto por
terra) é uma dedicação e adoração. Daniel não aceitaria que se “prostasse” diante dele caso
isto indicasse estar adorando a ele, pois sabia que seu Deus exige "adoração exclusiva". Temos
uma outra palavra em hebraico o termo segad em Daniel 2:46; 3:5 onde a palavra tem o
sentido de fazer “reverência, inclinar-se”.
NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento temos o verbo grego latreu,w (latreýo) usado em alguns capítulos
de Lucas e o substantivo latrei,a (latreía) no livro de João e de Romanos transmite a ideia de se
“prestar não meramente um serviço comum, ordinário, mas sim serviço sagrado, sendo aqui
então indicando – adoração” no mais pleno sentido da palavra, pois fala de um serviço
prestado a Deus - Lucas 1: 74.
Em todos os casos, os termos hebraicos usados aqui até agora denotam tanto estar
significando homenagear a alguém quanto a adorar. Quando dirigido a humanos, como
quando está se prestando um serviço secular, não envolve atos de adoração, como no caso de
Nabucodonosor prostar-se diante dos pés de Daniel, mas pode significar adoração quando
passa-se a prestar um serviço como que sagrado, serviço este que Nabucodonosor ordenou a
todo o povo que prestassem, prostando-se nos pés de sua imagem de ouro. Tal tipo de serviço
que o Rei exigiu era ato de adoração, Daniel não se sucumbiu a obedecer o documento do Rei
e não prestou adoração de sua imagem. Assim, como se sabe quando tais termos hebraicos
são ou não atos de adoração? Lembremos que adorar a Deus vêm por meio de “servir” a ele, e
tais termos hebraicos indicam “servir”.
Assim, para distinguir o “servir” sendo ato de adoração com o "servir" como sendo um
serviço secular comum, notemos o seguinte: o "servir" como se estando adorando a algo vêm
com modalidades exclusivas, tais como "servir de corpo e alma", ou seja, estar a pessoa
devotando-se e exclusivamente a serviço unicamente a tal deidade. Não é como um serviço
secular rotineiro, mas sim, um serviço que envolve a pessoa estar obediente a sua deidade
incondicionalmente. Isto é o caso quando se está prestando um serviço sagrado a Deus, a
pessoa se dedica inteiramente a Ele sem reservas. É isso que expressa Lucas 1: 74, 2: 37, 4:8,
um serviço sagrado a Deus. Daniel prestava serviço ao Rei, mas não como de corpo e alma,
pois este serviço de corpo e alma, Daniel prestava a seu Deus.
Assim, o verbo grego latreu,w (latreyo) expressa basicamente um “serviço prestado a
Deus de corpo e alma”, demonstrando estar a pessoa “adorando” a seu Deus. Por isso que
Jesus disse a Satanás: “É a Teu Deus que tens de adorar, e é somente a ele que tens de prestar
serviço sagrado latreu,w (latreýo). Adorar a Deus é prestar serviço sagrado a ele - Atos 7:7.
A palavra grega usada em João é um substantivo de latrei,a (latreía) e não difere do
termo latreu,w (latreýo) - João 16:2. Assim, tal serviço sagrado seria prestado, não por todas as
pessoas como um todo, mas somente a um povo exclusivo, os verdadeiros adoradores-
Romanos 9:4. Assim, estes dois termos gregos transmite a ideia de se prestar não meramente
um serviço comum, mas sim serviço sagrado.
Temos outra palavra grega que corresponde de perto com o termo hebraico shahah
em expressar a ideia de homenagear, e, às vezes, de adoração. É a palavra proskune,w
(proskynéo). Este termo era usado quando um “escravo prestava homenagem a um superior a
ele ou a um Rei”. Assim, em Mateus 18: 26, lemos: “Por isso, o escravo prostou-se e começou
a prestar-lhe homenagem . . .” Nesta ilustração, Jesus mostrava que se devia ser perdoador,
para que seu Pai também perdoe. Tal escravo não estava ali adorando aquela pessoa a quem
ele devia certa quantia de dinheiro, o que não seria coerente caso fosse um ato de adoração,
Jesus ilustrar tal ação. É interessante que a versão Almeida e demais versões não adotaram
aqui como ato de adoração o termo grego proskune,w (proskynéo).
O termo proskune,w (proskynéo) indica também “ato de adoração”, como expresso
em Mateus 4: 8,9, onde Satanás tenta obter adoração de Jesus. Se Jesus rendesse homenagem
do tipo estipulado por Satanás, ele teria com isso indicado sua submissão ao Diabo e se
tornado o servo deste. Mas Jesus recusou-se, dizendo: “Vai-te Satanás! Pois está escrito: É a
Jeová, teu Deus, que tens de adorar - forma do grego proskune,w (proskynéo), ou, no relato
de Deuteronômio que Jesus citava, hebraico shahah (Mateus 4: 10; Deuteronômio 5:9; 6:13).
Só por questão de curiosidade o termo proskune,w (proskynéo) é uma junção de duas
(02) palavras pro,j (pros) e kune,w (kynéo). A preposição pro,j (prós) significa “até” e kune,w
(kynéo) significa “beijar”; “usada para indicar o costume de prostrar-se diante duma pessoa e
beijar-lhe os pés, a orla da sua veste, o chão “ou seja, beijar a mão de alguém, como sinal de
consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa.
Outras palavras gregas ligadas à adoração são derivadas de eu`se,bia, qrhskei,a ,
se,bomai (heysébia, threskéia, sébomai) A palavra eu`se,bia (heysébia) significa “dar devoção
piedosa a” ou “venerar, reverenciar”, portanto indica adoração. Em Atos 17: 23, este termo é
usado com referência à devoção piedosa ou veneração que os homens de Atenas davam a um
"Deus Desconhecido". De qrhskei,a (threskéia) entendido como designando uma “forma de
adoração”, quer verdadeira quer falsa. Esta adoração falsa era a que Paulo praticava antes de
se converter ao cristianismo (Atos 26: 5) ou na adoração falsa em Colossos, onde homens
tentavam subverter cristãos a adorar a anjos (Colossenses 2: 18). A adoração verdadeira
praticada pelos cristãos era assinalada pela genuína preocupação com os pobres e pela
completa separação do mundo impiedoso. (Tiago 1: 26,27). A palavra se,bomai (sébomai)
(Mateus 15:9; Marcos 7:7; Atos:18:7; 19:27) e o termo relacionado - Romanos 1:25, significam
“reverenciar; venerar; adorar”. Objetos de adoração ou de devoção são designados pelo
substantivo se,bomai (sébomai) em Atos 17:23 e 2Tessalonicenses 2:4. Dois outros termos são
desta mesma raiz verbal, juntando-se lhe o prefixo qeo,j (theós) Deus. Um deles é o termo
qeosebh,j (theosebés), que significa “temente ou devota a Deus” - João 9:31, expressando
assim uma “dedicação”, um outro texto denotando uma “devoção” está em 1Timóteo 2:10 –
usado do temo qeose,beia (theosébeia).
Vemos então que os termos hebraicos e gregos aqui expostos denotam tanto “servir”
(serviços seculares a homens), quanto também “servir” (serviço sagrado a Deus), ambos
denotando “adoração”, e se pode distinguir uma da outra quando a pessoa conhece realmente
a quem se aplica e a quem se deve prestar serviço sagrado e devoção piedosa. Quando tais
termos é dirigido a homens, pratica-se a “homenagem”, mas quando é dirigida a Deus, então é
uma forma de “adoração, um serviço sagrado”. Reconhecendo que o "serviço sagrado" e a
"adoração" só se deve ser prestado à Deus, a pessoa saberá distinguir. Jesus recomenda: “É
somente a Deus que tens de prestar serviço sagrado, e é somente a Deus que se deve adorar” -
Mateus 4: 10; Deuteronômio 5:9; 6:13.
Deus só aceita a adoração dos que se comportam em harmonia com Sua vontade -
Mateus 15:9; Marcos 7:7. Em João 4:21-24, Jesus mostravam claramente que a adoração
verdadeira não dependeria da presença nem do uso de coisas visíveis, ou de localidades
geográficas. Ao invés de depender da visão ou do tato, o adorador verdadeiro exerce fé, e,
sem considerar o local ou as coisas em sua volta, mantém uma atitude de adoração. Assim, ele
adora a, não com a ajuda de algo que possa ver ou tocar, mas com espírito. Visto que possui a
verdade conforme revelada por Deus, sua adoração está de acordo com a verdade. Tendo-se
familiarizado com Deus por meio da Bíblia e da evidência da operação do espírito de Deus em
sua vida, aquele que adora com espírito e verdade definitivamente “conhece o que adora”.
O interessante é que o termo grego avga,ph (agápe) que geralmente é conhecido e
expressa “amor incondicional”, dentro de uma abrangência semântica do termo denota o
verbo “adorar” - está relacionado a uma “atitude de valorização”. Reconhecer o merecimento
daquele que tem os seus próprios méritos – fazendo-a, assim, digna de elogios. Então
concluímos: “Não existe adoração sem amor ou melhor, adoração é uma questão do coração,
pois, exige amor”
LIÇÃO 02 - LOUVOR E ADORAÇÃO COMO MINISTÉRIO
Hoje é bem comum ouvirmos muitas igrejas e pessoas usarem a palavra “ministério”.
Dentre os vários usos, temos o exemplo do “ministério de louvor”, “ministério de oração”,
“ministério de ação social”, “ministério infantil”, “ministério de dança” e muitos outros. Mas o
que significa ministério na Bíblia? Será que existe ministério de louvor?
Primeiro, é necessário definir o conceito neotestamentário de “ministério”. Todo
trabalho na igreja local pode ser definido como ministério? A resposta é um sonoro não.
Quando alguém diz ser um “ministro de louvor” esse está apenas reproduzindo uma tradição
carismática sem sustentação bíblica. O título “Ministério de Louvor” é uma tradução do termo
inglês Praise Ministry, pelo fato de seu uso ser extremamente famoso em países de língua
anglófona para se referir a bandas com inúmeros músicos e que realizam apresentações
espetaculares. Ministério é o que a Bíblia chama de ministério. Simples assim? Nem tanto.
Devemos definir “ministério” no pensamento paulino:
Primeiramente, deve-se entender o termo “ministério” como ofício – Efésios 4:11-12:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho
do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo”. Para Paulo, o ministério incluía tudo o
que Cristo fez e faz por intermédio de seu povo para edificar a sua igreja. Isso incluía o
exercício apropriado dos “dons para o serviço”, que Cristo concedeu a todo o seu povo, e
também o ministério dos que, como Paulo, foram divinamente “designados para estabelecer e
educar as Igrejas”. Também incluía os designados por ação humana para exercer papéis de
liderança nas Igrejas. Ministério é a transmissão de virtude fundamentada na palavra e nas
verdades do Evangelho.
A base para definir exatamente quais são os ministérios do Novo Testamento é a
Sagrada Escritura, especialmente em Romanos 12, 1 Coríntios 12 e Efésios 4. O apóstolo diz: “ E
há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” - 1 Coríntios 12.5. A palavra traduzida
como “ministério” é diakoni,a (diakonía). Segundo Dicionário do Novo Testamento Grego -
Lexicon, o termo indica aqueles dotados por Deus para o serviço zeloso e laborioso na
promoção da causa de Cristo entre os homens. O contexto sempre envolve o “serviço no
exercício do apostolado, do evangelismo, da proclamação profética, do ensino e do pastorado”
(cf. Efésios 4.12; 2 Timóteo 4.5). Em nenhum desses textos há uma indicação que o
responsável pelo louvor seja “ministro” no sentido neotestamentário do termo. Quem louva
não ministra ofícios, mas simplesmente (e grandemente) adora.
Alguém pode dizer que essa discussão é apenas “semântica”. Não, não é. O conceito
de “ministro” é importante para entender o papel daquele a quem Deus chama para
edificação da Igreja. Em nenhum momento o Novo Testamento coloca o louvor como parte da
edificação (ou seja, da construção e alicerce doutrinário da congregação). O louvor é colocado
em poema e sobre um poema sempre é necessário cautela na construção de sistemas
doutrinários. Aja vista certas dificuldades hermenêuticas na interpretação dos Salmos. Embora
o louvor na primitiva igreja (exemplo: Romanos 11.33-36) seja recheado de doutrina bíblica,
aquele que canta não é necessariamente um doutrinador.
Ah, mas e os cantores e bandas evangélicas? Bom, hoje são apenas artistas. Mas a
igreja local não precisa de cantores? É claro que sim, mas somente como “alguém que
impulsiona o louvor congregacional”. Não é para apresentação ou exibicionismo. Infelizmente,
nas igrejas pentecostais clássicas a maior parte dos ditos cantores produzem apresentações
(ou shows) e não louvor para e com a congregação. É bom lembrar que essa lavra de cantores
do mundo “gospel” é uma invenção recente do século XX. Até o século XIX as composições
eram feitas por pastores, teólogos e pessoas vocacionadas para a música, mas que
normalmente tinham envolvimento com algum ministério (missionários, evangelistas,
pastores, professores de Bíblia etc.).
O reformador Martinho Lutero (1483-1546), por exemplo, escreveu o hino “Castelo
Forte”. Naquela época não havia alguém que fora do ambiente eclesiástico se dedicasse
apenas a cantar de igreja em igreja com suas composições. Charles Wesley (1707-1788) –
(irmão de John Wesley), por exemplo, é conhecido como grande compositor, mas era
principalmente um ministro ordenado pela Igreja Anglicana, mas todos eles o seu ministério
era a missão evangelizadora e o ensinamento bíblico. Observe que Martinho Lutero, Charles
Wesley, não se colocaram como “cantores de igreja”. Eles eram, antes de tudo, ministros do
Evangelho. O talento musical era complemento e não uma função ministerial. Logo porque o
“louvor é responsabilidade de toda a congregação e não só de um indivíduo ou grupo”. A igreja
local precisa de apenas um pastor ou um mestre, mas todos os membros devem louvar ao
Senhor com cânticos (cf. Efésios 5.19; Colossenses 3.16).
No Novo Testamento no sentido lexical a palavra diakoni,a (diakonía) na Bíblia, na
maioria das vezes em que aparece, significa “serviço” - indica “a prestação de algum tipo
serviço ou trabalho”. Como, por exemplo, nesse texto: “e, quanto a nós, nos consagraremos à
oração e ao ministério diakoni,a (diakonía) da palavra” - Atos 6:4. Ou seja, eles se dedicariam
ao trabalho, ao serviço da pregação da palavra de Deus. Na Bíblia temos essa palavra aplicada
aos vários serviços especiais designados por Deus aos seus servos.
Assim, quem tem um ministério é um trabalhador, um servo voltado a agradar a Deus
com aquilo que faz, com seu serviço. Quem tem um ministério tem o seu foco no próximo, no
servir da melhor forma possível com o dom que Deus lhe deu. Hoje em dia, infelizmente,
muitos têm usado essa palavra para mostrar certo status por pertencer ao ministério “a” ou
“b”, o que foge totalmente do ideal bíblico. Aquele que tem um ministério é comumente
chamado de ministro.
Como podemos então classificar o louvor dentro da igreja?
Louvor e adoração não é algo separado da igreja, mas sim auxílio ao ministério local;
louvor e adoração não é algo individual, mas, sim coletivo. Desde os primórdios, a igreja tem
sido e será a mesma. A igreja sempre realizou os seus serviços como forma de “Repartição
Administrativa”, métodos de trabalho, a maneira de desenvolver o seu programa de
evangelismo, de educação cristã, o programa de ação social, ou outros quaisquer alvos que ele
tenha para seus membros e para a comunidade em que está inserida, depende de suas
próprias necessidades e de seus próprios objetivos. Partindo dessa afirmativa, cada igreja teve,
frente à sua realidade, elaborar seu programa de ação e a maneira como vai desenvolvê-lo –
os departamentos ou serviços. Cada departamento tem à sua função de frente um diretor ou
dirigente e tantos membros quanto o seu trabalho exigir.
Na composição dos departamentos, deverá ser levada em conta a experiência dos
membros para ele nomeados. Existem Departamento de Educação Religiosa; Departamento de
Evangelismo; Departamento de Assistência Social; Departamento de Música etc. No que se
refere ao “Departamento de Música” deverá elaborar e coordenar tudo que se refere à música
na igreja – parte musical dos cultos, institutos de músicas, classe de músicas, escalas de
membros do departamento musical, instrumentos e coros, aquisição de biblioteca de música
necessária ao trabalho rotineiro da igreja, manutenção de instrumentos, provisão de música
para os programas especiais, continuidade dos ensaios dos diversos corais. Fazem parte deste
departamento todas as pessoas diretamente responsáveis pela música da igreja.
O “Departamento de Música” exerce uma diaconia na igreja, ou seja, serve a
congregação; auxilia a congregação” Lembrando que o louvor não é um ministério para a
igreja. Louvor é algo prestado a Deus pela igreja – é a igreja que louva e adora a igreja. Todos
que exerce seu talento ou dom na igreja está auxiliando o pastor e levando a congregação a
louvar a Deus. “Louvor é algo que a congregação faz, não é algo que a congregação assiste.
LIÇÃO 03 - LOUVOR E ADORAÇÃO COMO CHAMADO
Todos nós temos um “chamado e uma vocação” para desempenhar uma determinada
função ou serviço ao Reino. Agora dentro desta “vocação” Deus concedeu “dons específicos”
para que a igreja seja edificada através da nossa vocação. “Louvor e Adoração” é uma
expressão como resultado deste chamado. E esta expressão envolve todo o nosso ser através
de nossas atitudes, pensamentos e comportamento – fazendo como que se torne público e
que seja manifestado o louvor e adoração a Deus. Adorar é obedecer o primeiro mandamento,
que é amá-lo sobre todas as coisas. Para desempenhar esta função Deus concedeu a igreja
dons específicos a ela.
“Vocação” é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. É
uma inclinação, uma tendência ou habilidade que leva o indivíduo a “exercer uma
determinada carreira ou profissão”. Vocação é uma competência que estimula as pessoas para
a prática de “atividades ou serviços” que estão associadas aos seus desejos de seguir
determinado caminho. Por extensão, vocação é uma capacidade específica para executar algo
que vai lhe dar prazer. Dentro do conceito religioso “vocação” é um chamado de Deus para a
prática religiosa, é “louvar e servir a Deus e ao próximo”. Ter “vocação” é estar “disponível”
para se separar das coisas que são do mundo e que não são do agrado de Deus. Esta “vocação”
leva aqueles que estão em Cristo a querer se dedicar sua vida a Deus e aos irmãos, e
encontrando em Deus sua segurança, alegria e realização pessoal. A “vocação” é quando você
entende o chamado de Deus, deixam tudo e colocam-se inteiramente a “serviço” do Reino.
O Chamado vem através do “ouvir” a palavra. Dentro de uma resposta positiva a este
“chamado” que é a “vocação” Deus nos capacita com “dons espirituais” para a realização desta
“vocação”.
O que é dom? Existe diferença entre “dom e talento”?
Dons Espirituais são dados aos cristãos pelo Espírito Santo – Romanos 12:6-8 no
mesmo tempo que esses colocam sua fé em Cristo recebendo o perdão de seus pecados –
1Coríntios 12:7-11. Talento ou talento natural é algo inato, a pessoa já nasce com
determinados talentos (independentemente de sua crença em Deus e Cristo) recebe talento
natural de uma combinação da genética.
Há duas listas de dons espirituais que são visíveis na igreja:
1º). Os dons espirituais: distribuído para a edificação de toda igreja, que se encontra
em 1Coríntios 12:8-11. Dados para a edificação da igreja.
- Dons de revelação: Sabedoria, ciência e discernimento;
- Dons de poder: Fé, cura e milagres;
- Dons de inspiração verbal: Línguas, profecia e interpretação.
2º). Os dons ministeriais: é encontrado em Efésios 4:10-12; Romanos 12:6-8. Os dons
de Cristo ou dons ministeriais, que são dados a igreja: apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres. Foram dados para a edificação da igreja.
Para que o “Louvor e adoração” seja administrado a serviço da igreja faz-se necessário
ou exigido “habilidade musical”, alguém que tenha competência em desenvolver as suas
habilidades – essa habilita é classificada como “talento” (aptidão natural ou adquirida).
LIÇÃO 04
ADMINISTRADOR OU MINISTRO DE LOUVOR E
DORAÇÃO
“Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois, o meu
senhor, me tira a administração? Trabalhar na terra não posso;
também de mendigar tenho vergonha” – Lucas 16:3

Biblicamente falando não existe base bíblica para “ministro de louvor ou ministério de
louvor”, contudo podemos falar de um “administrador de louvor ou serviço”. Um ministro é
alguém que possui um ministério, mas “administrador” é “aquele que administra ou serve”
dentro de um ministério, na forma de departamento.
A origem da palavra Administração ou a sua raiz etimológica vem do latim minus, que
literalmente significa “menos”. Este termo evoluiu para minor, um superlativo que é traduzido
para “menor”. Com o tempo, minor se transformou em minister para se referir aos “servos” e
“criados”. No entanto, mais tarde, a conotação deste termo passou a ser utilizado para
“sacerdotes”, “servos de Deus” ou “servos religiosos”. Esta palavra possuía um sentido de
“desempenhar um cargo importante” ou “servir à uma personalidade importante”. Em outras
palavras, consistia em “administrar” ou “organizar algo”. Para somar o sentido de
“desempenho de uma atividade”, foi anexado o prefixo ad, que significa “junto”. Assim sendo,
administer – administrar – significa “servir ou ajudar junto a…” (uma instituição, governo,
empresa e etc.) neste caso a igreja, chegando a sua grafia atual – administração – apenas a
partir do século XV.
É de suma importância logo de início desfazer algumas idéias que estão relacionadas
ao Departamento de Música desempenhando uma atividade específica. Mas antes devemos
entender o conceito de administração. É entendido aqui como o “processo de planejar,
organizar, liderar e controlar” os esforços realizados pelos integrantes do departamento e a
utilização de todos os outros recursos organizacionais para atingir metas propostas.
Departamento é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos.
Infelizmente o imaginário de alguns crentes concebeu uma noção errada acerca desse
“ministério de louvor” e isso prejudicou muitíssimo tanto o Departamento de Música” como a
Igreja. Tais idéias nasceram tanto de experiências negativas como da dificuldade em conceber
a figura de ministérios auxiliares.
Em Mateus 20:8 o termo usado é evpi,tropoj (epítropos) administrador, procurador,
superintendente (aquele que administra ou coordena); pode ser entendido como um tutor –
aquele que exercer uma tutela ou defesa de alguém – um indivíduo que é responsável
legalmente a administrar os bens de uma casa. Já em Lucas 16:1,3,8, o termo usado é
oivkono,moj (oikonomos) administrar ou gerente – este termo era usado ao escravo que foi
liberto e colocado em uma posição de honra como administrador da caso do seu amo. Este
termo “administração” tem uma analogia do termo “mordomia” – função de um mordomo –
“um administrador interno de um palácio”. Mordomia é o exercício dessa capacidade de
administração.
Vejamos o perfil equivocado do “administrador” a partir daquilo que ele “não deve
ser”:
O administrador de louvor e adoração não é:
2.1. UM PROFISSIONAL DA MÚSICA, MAS SIM ALGUÉ QUE ESTÁ ALI PARA SERVIR
É bom lembrar que na Igreja não temos profissionais, mas sim servos. Não é preciso
ter uma chamada divina para ser um profissional da música, mas para ser um servo isso é
fundamental.
O administrador de louvor e adoração não é:
2.2. É RESPONSÁVEL PELA MÚSICA, MAS SIM PELA ADORAÇÃO.
Cabe ao Administrado a difícil tarefa de conduzir as pessoas à adoração e transformar
a música em um instrumento de louvor. Não são raros os casos em que pessoas com
testemunho duvidoso e até mesmo sem compromisso com a Igreja sejam admiradas pela sua
excelente voz ou virtuosidade em algum instrumento musical.
O administrador de louvor e adoração não é:
2.3. APENAS UM MÚSICO POR EXCELÊNCIA, MAS SIM UM CAPACITADOR.
Não se espera que um administrador de louvor e adoração saiba tocar todos os
instrumentos musicais ou que tenha a voz mais bonita. O que de fato se espera de um
administrador de louvor e adoração é que tenha a capacidade de administrar os talentos
musicais da Igreja, descobrindo, inclusive, os novos talentos e integrando os novos crentes à
adoração. É bom lembrar que Deus orienta os administradores (inclusive os de louvor e
adoração) em Efésios 4:12 a capacitarem os crentes: “com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo ”. Aqui temos
uma das principais virtudes do Administrador de louvor e adoração. Em uma visão
administrativa nós capacitamos pessoas, despertamos talentos, incentivamos e assim
suprimos as carências na área musical a partir de nós mesmos. Por esse motivo é que as Igrejas
que tem essa visão ministerial investem em coros graduados, treinamento de obreiros e
oficinas de treinamento. É na administração dos recursos que Deus dá, como despenseiros,
que promovemos a edificação do Corpo de Cristo também através da Música.

O administrador de louvor e adoração não é:


2.4. NÃO SERVE APENAS A ÁREA MUSICAL, MAS SIM A TODA A IGREJA
A visão administrativa nunca é fragmentada ou exclusivista. Por esse motivo o
administrador de louvor e adoração não há de trabalhar apenas com os musicistas, Coros ou
instrumentistas. Ele trabalhará com toda a Igreja promovendo a adoração, ajudando o pastor
nas ênfases doutrinárias e evangelísticas e suprindo carências na Igreja. Como o Administrador
há de trabalhar com pessoas surgirão necessidades na área de aconselhamento, visitação,
ensino e outras. Assim sendo seu trabalho abrangerá a música bem como outras necessidades
que dependam de seu auxílio e direção.

O administrador de louvor e adoração não é:


2.5. INDEPENDENTE EM SUA ADMINISTRAÇÃO, MAS SIM SUBMISSO À AUTORIDADE E
VISÃO PASTORAL
Não existe na Igreja qualquer serviço independente. Todos departamentos estão
debaixo de uma mesma visão e autoridade que é de Jesus Cristo em primeiro lugar e do pastor
da Igreja em segundo lugar. Por esse motivo a escolha do administrador de louvor e adoração
depende muitíssimo do “Dirigente” do Louvor juntamente com o pastor que indicará alguém
não apenas de sua confiança, mas que também partilhe de sua visão ministerial. A unidade no
serviço da Igreja é importante para que satanás não aproveite brechas para destruir a paz e
harmonia na Igreja. O Administrador de louvor e adoração, portanto, não é independente,
nem a área musical, nem qualquer outra. Efésios 4:16: “ de quem todo o corpo, bem ajustado
e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o
seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”.
LIÇÃO 05 - Continuação
QUEM O ADMINISTRADOR DE LOUVOR E
ADORAÇÃO É?
O Administrador é:
3.1. É UM CRENTE EM CRISTO JESUS
Pode parecer estranho começar por esse item, mas é necessário. Um Administrador de
Música precisa ser crente em Jesus Cristo e isso significa ter abandonado a vida velha e ter
novidade de vida em Cristo Jesus (2 Coríntios 5:17). Também implica em não carregar consigo
para o departamento as características próprias do velho homem (Efésios 4:22) como a
mentira, ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena (Colossenses 3:8 e 9) e
outros. É importante ainda ressaltar que os crentes em Cristo devem manifestar o fruto do
Espírito Santo e não as Obras da Carne que se manifestam em “prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas,
bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (Gálatas 5:19-21). Se espera de um
Ministro de louvor e adoração que como um crente possa ser testemunho para os demais
crentes e que dirigido pelo Espírito Santo de Deus manifeste “amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5:22
e 23).
O Administrador é:
3.2. UM VOCACIONADO PARA O SERVIÇO
O Administrador de Louvor e Adoração precisa ter consciência de seu “chamado” para
esse serviço.
O Administrador é:
3.3. SUBMISSO À AUTORIDADE PASTORAL
O Administrador de louvor e adoração precisa reconhecer a autoridade pastoral e se
submeter à visão e estilo que o pastor da Igreja tem para dirigir o rebanho. Hebreus 13:17a é
um texto chave nesse relacionamento entre pastor e Ministro – “Obedecei a vossos pastores e
sujeitai-vos a eles”. O Ministro de louvor e adoração sempre será sujeito ao pastor da Igreja e
baseado nisso trabalhará tanto na preparação dos cultos em unidade com o tema e idéia da
mensagem como também dirigirá o ministério ressaltando os mesmos valores que o pastor
elegeu como distintivos do ministério da Igreja.
O Administrador é:
3.4. ALGUÉM QUE TEM VALORES NA ÁREA MUSICAL
É esperado que ele tenha conhecimentos musicais suficientes para desenvolver o
ministério na Igreja. Isso significa tanto o conhecimento técnico na área da música como a
qualidade de ensinar, desenvolvendo a regência e outros elementos fundamentais para os
membros da Igreja quer em culto quer em estudo. Ter conhecimento básico em algum
instrumento para acompanhar a congregação também é importante bem como uma voz
adequada para participar das inspirações musicais e assim despertar outros para esse
ministério. Também deve saber conduzir a Igreja com ânimo e entusiasmo. A capacidade de
ensinar novas músicas e assim atualizar o repertório da Igreja bem como executar aquelas que
fazem parte da preferência da Igreja também é valor esperado e só alcançado por pessoa com
qualificação musical.
O Administrador é:
3.5. É ALGUÉM QUE TEM VISÃO DE SERVIÇO
O primeiro é a atualização que implica no conhecimento das tendências, estilos e
realidade musical da atualidade. A partir daí ele poderá verificar o que é possível aplicar ou
contextualizar, sempre em unidade com o ministério pastoral. Também se espera que tenha
visão para integrar novas pessoas no ministério, ajudar os regentes na escolha de repertório
quando necessário, unir grupos musicais para atividades comuns, promover a atualização do
repertório da Igreja trazendo músicas inspirativas e doutrinariamente corretas, usar a música
para promover missões, despertar e incentivar talentos musicais na Igreja, promover a boa
música e interagir com o panorama musical tanto dos clássicos como do contemporâneo,
dando à Igreja o sentido que ela deve ter: ser sal e luz no mundo (Mateus 5:13, 14).
O Administrador é:
3.6. É ALGUÉM QUE TRABALHA COM PESSOAS
O Administrador de Música, precisa voltar a sua atenção principal nas pessoas pois
sem elas não se faz música na Igreja. A busca da qualidade nunca pode abafar o valor do
indivíduo. Assim sendo ele precisa ter bom senso, ser pessoa que saiba ouvir, ter
discernimento espiritual para aconselhar e como marca maior precisa ser confiável. Para tanto
não se pode admitir que um Ministro de Música seja fofoqueiro, mexeriqueiro ou que fale
além dos limites da ética, bom senso e vida cristã (Provérbios 11:13, 20:19). Precisa ser
amável, saber valorizar as pessoas e incentivá-las, mas também ter a sabedoria para orientá-
las e até mesmo, se necessário, corrigi-las com a Palavra de Deus.

LIÇÃO 06
A IGREJA E O ADMINISTRADOR DE LOUVOR E
ADORAÇÃO
“A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações,
para todo o sempre. Amém! “– Efésio 3:21.

Depois de falarmos sobre o Administrador de Música é bom também entendermos o


papel da Igreja nesse processo. Toda Igreja tem uma história musical e, portanto, uma
tendência. Por isso se manifestam preferências, estilo e até mesmo um modelo de culto e
liturgia. Essa história precisa ser considerada e respeitada, mas não pode de modo algum se
tornar um impedimento para o aprendizado e até mesmo para o crescimento espiritual dos
crentes. Aqui entra a pessoa do Administrador de louvor e adoração. Se não houver por parte
da Igreja a sensibilidade para aceitar e interagir com aquele que assume este serviço nunca
haverá crescimento e nenhum serviço será bem-sucedido.
Qual é a missão da igreja? Qual o seu propósito?
A igreja foi chamada para adorar ao único Deus. A igreja existe para adorar. Adoração
é a maior missão da igreja, pois, através da adoração a igreja estabelece o reino. A igreja é uma
comunidade adoradora. A maior missão da igreja não é fazer missões, mas adorar a Deus.
Deus e não o homem é o centro de todas as coisas. Missões são resultados dessa adoração –
quando a igreja adora a Deus como centro de todas as suas ações – missões vem da forma
normal expressando a verdadeira adoração. Esta expressão é uma extensão do propósito
redentor eterno de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão (Manual
Básico Batista Nacional).
A adoração é centrada em Deus. Apocalipse descreve a igreja adorando aquele que
está assentado no trono: ele é soberano, santo e tem as rédeas da história nas mãos.
Apocalipse descreve a igreja adorando o Cordeiro que foi morto. Ele é o leão da tribo de Judá.
Ele venceu para abrir o livro e seus sete selos.
Adoração tem a ver com conteúdo e não com forma. Não temos uma forma litúrgica
na Bíblia. Temos, sim, o povo de Deus adorando a Deus com sinceridade, verdade, alegria, mas
em ordem. O culto que a igreja presta a Deus não é um show nem um exibicionismo para ser
visto pelos homens. O “Administrador de louvor e adoração” precisa ser sensível à Igreja, mas
esta também precisa ser sensível a ele. Pensando no papel da Igreja em relação ao
Administrador de louvor e adoração vamos levantar alguns dos principais problemas
encontrados nessa dinâmica e também algumas soluções:

LIÇÃO 07
QUEM DEVE SER O ADMINISTRADOR DE LOUVOR?
“Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé,
o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra,
sisudo em palavras e de boa aparência; e o SENHOR é com ele” -
1Samuel 16:18.

Requisitos Básicos: Duas bases fundamentais para o Administrador de louvor:


(a) Deve possuir qualificação bíblica
(b) Deve ser musicalmente capaz – habilidade para desenvolver o serviço.
Sabe tocar bem – Deve ser musicalmente capaz – habilidade para desenvolver o serviço.
Forte e valente
Homem de Guerra
Sisudo em palavras
Boa aparência
O Senhor é com ele

O dirigente do culto deve estar bem preparado – corpo, alma e espírito. Quando ele
está fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da mesma
forma, se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto afetará o
louvor da congregação. Muitas vezes temos de ser sinceros e dizer aos nossos colegas do
ministério que não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o
dirigente bocejar, apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas toda a congregação
o notará. Com o seu físico descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que estão
cansados e abatidos a terem um encontro com Deus, no louvor e adoração.
O dirigente do culto não pode estar nervoso. Se discutir em casa, no trabalho, ou se
algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir o culto. Deve ter uma
boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não a favorece, como
uma dor dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir ao pastor ou, na
ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condição de ministrar ao povo.
Muitas vezes os dirigentes ou os músicos podem estar sob opressão maligna e, ao serem
ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e purificados de todo o mal.
Antes de dirigir o culto ore no gabinete com o teu líder ou pastor e entra com a sua benção
para o trabalho divino.
O dirigente do culto deve ser uma pessoa sensível ao Espírito Santo, procurando
saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o Espírito glorifica a
Jesus. Assim o Espírito sabe se o Pai Amoroso, com Deus forte, como guerreiro ou um amigo. O
Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou aquela direção. A adoração é o “alimento” de Deus,
disse certo pregador. E ele poderá conduzir o culto, através do dirigente, a profundas
experiências.
O dirigente deve pensar previamente como começar tendo em vista que o início é
muito importante. O primeiro cântico é a chave que abre o culto. Se a unção de Deus no culto
é para levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o primeiro cântico o apresenta como
Salvador, no seu amor, na obra da cruz, então o dirigente demorará um pouco a direcionar
oculto para cumprir a vontade do Espírito Santo. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou
quarto cântico é que se descobre a “mente” do Espírito. Quando procuramos, contudo, saber a
vontade do Espírito, podemos entrar em adoração logo no primeiro cântico. O segredo está
numa vida totalmente consagrada a oração.
Lembra-te, se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para o culto, deve
procurar o pastor, e na falta deste, outros dirigentes ou irmão consagrados e perguntar com
que cântico ou de que maneira deve começar o culto. Nunca é recomendável começar um
culto com adoração, principalmente quando se trata de culto evangelístico. Procurem Hinos e
coros de louvor que vos ajudarão entrar numa autentica festa espiritual. A Palavra de Deus diz
para termos “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hebreus 10:19). Intrepidez significa
ousadia, com força coragem e sem temor. Assim um culto pode ser iniciado com todos orando
em grupos ou todos saudando uns aos outros. Uma só fé um só batismo e um só amor!
O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto não
existe. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há um ministro. Seu
papel é motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação. Isso só é possível, quando o
dirigente não é um ator, mas sim um irmão ou irmã consagrado (a) com testemunho de um
verdadeiro (a) filho (a) de Deus
O dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das pessoas.
Nem sempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação espontaneamente
expressa louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem. O dirigente que somente se
preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o louvor aos cânticos. Depois de
algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude de adoração, ou com as mãos
levantadas, ou de cabeça baixa. A congregação se acostumará aos gestos do dirigente e saberá
que é o momento para se expressarem diante do Senhor, não somente em palavras e frases e
curtas, mas também em cântico espiritual. Em casa da congregação não estiver habituado a
estes sinais cabe ao dirigente explicar o que pretende com o silêncio ou pausa que está a fazer.
O dirigente deve também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir
o ambiente e o povo. Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o povo é de
júbilo, ou poderá ser que o dirigente queira jubilar-se e louvor a Deus, mas o ambiente na
congregação é de adoração e de prostração. Se ele não sentir a reação do povo, demorará
muito a entrar num fluir dinâmico do Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional da
congregação é que deve ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo
oculto precisa ouvir o Espírito através da congregação.
Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a nota
dominante do culto. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação, exaltação de Jesus como Rei
e Senhor e exaltação da santidade de Deus, etc. A preparação com antecedência, a muita
oração e a dependência do Espírito Santo ajudará sem margem da dúvida um culto cheio de
unção e presença do Espírito Santo.
O dirigente deve atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes o
muito falar prejudica o fluir do Espírito no culto. Há dirigentes que costumam ficar a falar a
falar durante um período de silêncio e adoração ou mesmo no meio dos júbilos. Deve-se falar
para levar as pessoas a Deus, mas somente o necessário. Falar de mais torna o culto cansativo.
Também é necessário que o dirigente inspire fé. No meio dos louvores e adoração
poderá ocorrer salvação, cura, baptismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc.
Basta uma palavra de fé do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.
Um bom dirigente é aquele que não chama a atenção sobre si; é aquele que anuncia
os números dos hinos que vão ser cantados de forma tão audível e clara (repetindo até os
números) que todos os que ouvem distintamente; é aquele leva o povo Deus a louvar e
adorara Deus.
Um bom dirigente é aquele que não chama atenção sobre si, deve dirigir com
simplicidade, delicadeza e graça, evitando gestos nervosos, rigidez, aparência mecânica, falta
de maturidade e outras atitudes e práticas fora de comum. Deve adaptar a grandeza do
movimento dos seus braços ao tamanho da congregação, podendo até parar, depois de dar o
começo, se a congregação é pequena.
O dirigente deve conhecer bem o hino ou o coro que vai dirigir. Deve abrir o canto
com precisão e manter o andamento próprio. Deve sustentar a suspensões com firmeza e,
depois de cada suspensão e das partes em que o andamento atrasa, deve voltar ao ritmo
próprio, um pouco acelerado.
O dirigente é alguém que sabe o que está fazendo. É um dirigente. Não cria incerteza
à congregação conduzindo em hinos que mal conhece, mas faz a congregação parar para ouvir
o músico, quando aquela está cantando alguma parte com incerteza e também quando está
fora de nota. Neste caso finda uma estrofe, e às vezes sem dar a razão do seu ato, o dirigente
interrompe o canto, faz o órgão tocar um pouco, como para que todos descansem, e, em
seguida, recomeça o canto. Nas partes em que o hino apresenta uma mensagem viva, leva a
congregação a cantar com entusiasmo. Quando o hino fala dos sofrimentos ou morte de Jesus
faz a congregação cantar baixo ou baixíssimo. Isto é muito efetivo. Quando pretende que a
congregação cante mais forte, volte as palmas da mão para cima e vão ascendendo estas; e,
quando quer obter um abaixamento, volta as palmas para baixo e desce-as um pouco.
Dirige com viveza e entusiasmo nos hinos que têm uma mensagem de vitória, mas nos de
adoração, cujas palavras são dirigidas diretamente a Trindade, fá-lo com mais lentidão, com
gravidade, porque estão falando com Deus.
Um dirigente morto gera um culto morto. Mas se ele não deixa um hino ou coro
morrer, também não conduz o canto com tal rapidez que muitos fiquem sem poder pronunciar
as sílabas.
Quando o dirigente conhece as formas de marcar os compassos, tem de ter cuidado
de indicar corretamente as notas fortes de cada um. Não basta desenhar com a mão uma
cruzou um triângulo para indicar os compassos quaternário e ternário. Se não conhece as
regras para marcar o compasso ou se tem alguma dúvida sobre quais as notas fortes, o melhor
será apenas movimentar as mãos de cima para baixo ou de um lado para outro, de forma
simples, rítmica, sem tiques nervosos, firme, porque assim não exibe ignorância e vaidade.
Sem o dirigente não tem muita liberdade na execução nem o músico na execução, é
bom treinarem previamente os hinos que vão ser usados. Finalmente, o bom dirigente,
sabendo que a mensagem é a parte mais importante do serviço, não entrega ao pregador uma
congregação cansada. Na época do calor, ou depois de estarem sentados durante muito
tempo, faz com que, de pé e por breves instantes, todos cantem um coro ou orem, para
desentorpecerem os músculos e se ajeitarem.

LIÇÃO 08 – ADMINISTRADORES E ADMINISTRADOR DIRIGENTES DE LOUVOR


Administrador de louvor
Considerando que a ministração não é algo realizado individualmente, podemos
considerar então que ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta ou
indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores, operadores/montadores
de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à área). Em outras palavras,
ministros de louvor são todos aqueles que servem a igreja na área de música.
Dirigente de louvor
O dirigente de louvor ou líder de adoração, é aquele que têm como função principal
conduzir (dirigir) os momentos de cânticos nos cultos, levando as pessoas a expressarem o seu
amor, o seu louvor e a sua adoração a Deus através da música. Além conduzir as pessoas, o
dirigente de louvor, também é responsável pela condução (direção) dos cantores e
instrumentistas dentro da música, definindo quais partes serão repetidas, as introduções, as
entradas, os finais, etc. Outra função que o dirigente do louvor desempenha, durante os
momentos de cânticos, é o de ministrar a vida das pessoas.

Uma palavrinha sobre ministração


“Ministrar” significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos a alguém ou
administramos. A administração pode ser dividida em dois tipos:
(a) Uma que é dirigida à Deus e;
(b) Outra que é dirigida ao próximo.

A administração dirigida à Deus


Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na
vertical (para cima). A ministração dirigida à Deus tem como alvo principal proporcionar alegria
ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a Deus,
reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a Sua palavra,
apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, e sobre tudo,
oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor e adoração.
O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com
sinceridade de coração. Porém esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio
de Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).
A administração dirigida ao Próximo
Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser
sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo tem como alvo
principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela
consiste basicamente em ir de encontro as necessidades do próximo, em levá-los a se
reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-los a
viver com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o Senhor,
em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo, e entre
outros, produzir mudança de estilo de vida.
O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das
pessoas. Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as
pessoas, e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara,
relevante e aplicável.
Amor: Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com
que ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e
se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar delas,
e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior. O amor
também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais interessado na intenção
do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu amor por nós, do que no serviço
que prestamos (oferecemos) a Ele. O amor deve nortear tudo o que fizermos. Sem amor a
nossa ministração não passa de barulho.

LIÇÃO 09 - PREPARANDO A MINISTRAÇÃO DO LOUVOR CONGREGACIONAL


O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma
improvisação descuidada. Sendo assim, segue abaixo alguns pontos que irão nos auxiliar na
preparação da ministração do louvor congregacional.
Andando com Deus
Esta é a parte mais importante na preparação da ministração do louvor. É através de
uma vida de comunhão e de intimidade com o Senhor que recebemos unção e direção para
ministrar e dirigir o louvor. Muitas vezes usamos primeiramente nossas mentes e métodos, e
só então buscamos a benção de Deus para aquilo que já criamos. Com certeza cometemos
esse erro mais vezes do que gostaríamos de admitir. É realmente uma grande tentação
mergulhar e crer em nossas próprias tendências, desejos, habilidades e planos antes de checá-
los com Deus e buscar seu coração e mente para a preparação da ministração. Porém, quando
fizermos da comunhão com Deus uma prioridade, iniciaremos e terminaremos tudo o que
fizermos em diálogo com o Pai e, desta forma, conheceremos sua mente e receberemos sua
benção.
Em sintonia com o Pastor
É muito importante que pastor e dirigente de louvor estejam sempre em perfeita
sintonia. O líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor, de sua visão e manter um
harmonioso o relacionamento com ele. A comunicação entre dirigente de louvor e pastor é
vital. Eles devem se reunir regularmente para conversarem e discutirem sobre a liturgia, o
tema da mensagem, os cânticos, enfim, tudo o que diz respeito a ministração e direção do
louvor congregacional.
Elaborando a Administração
O próximo passo na preparação da ministração é elaborarmos o que vamos ministrar.
Nesta etapa escolhemos a direção que vamos ministrar (Vertical-[Deus] ou Horizontal-
[Pessoas])
Conhecendo a classificação das letras dos cânticos. Apesar de parecer tudo igual na hora em
que cantamos, as letras dos cânticos são classificadas em diversos tipos. É importante
sabermos o tipo de letra de cada cântico, pois, isso vai influenciar diretamente na preparação
da ministração do louvor congregacional. Cânticos de:

Louvor – São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que
Deus fez, faz ou fará.
Adoração – São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que
Ele é. Estes cânticos falam da pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas
qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam
Exaltação e Contemplação.
Exaltação – São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus (Seu
caráter, Sua natureza e Suas qualidades).
Contemplação – São cânticos cujas letras se concentram em meditar (contemplar) a
Pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Ainda dentro do tema
de adoração podemos ter cânticos cujas letras tratem de Consagração, Adoração
Profética, Confissão e Clamor.
Consagração – São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus,
da nossa Santificação, etc.
Adoração profética – São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado
eterno, etc.
Confissão – São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do
pecado, desejo de mudança de vida, etc.
Clamor – São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia,
auxílio, etc.
Relacionamento – São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as
pessoas. Este tipo de cântico muitas vezes é empregada e expressada de maneira
errônea. É comum vermos pessoas, durante o momento que são ministrados estes
cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos
estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado,
apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da
congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos
devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.
Guerra – São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas
almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.
Doutrinários – Uma das funções mais importante da música em qualquer cultura
(sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais
ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras
expressam os nossos princípios e valores.
Alegria (Júbilo) – São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus
feitos, etc.
Expectativa – São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o
seu agir, etc.
Evangelização – São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de
Deus por nós, etc.
Serviço – São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado
para trabalhar no Reino de Deus, etc.
Especiais – São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, etc.
Composto – São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de
classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc. Obs.: É
muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos
e a respectiva classificação de suas letras.

Escolhendo os cânticos
A última coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos
cânticos. Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são a essência da
ministração do louvor. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que
devemos ter na hora de escolher os cânticos:
Qual será o tema principal da Reunião?
O primeiro cuidado que devemos ter na hora de escolher os cânticos, é procurar saber
qual será o tema principal da reunião. É muito importante estar atento a este cuidado, para
evitar que, em um culto de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos sobre
batalha espiritual. O que tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante). O ideal é
que os cânticos estejam sempre em harmonia com o tema da reunião. Porém, isso não é regra
absoluta. Como o Espírito Santo é o coordenador de tudo, algumas vezes Ele poderá querer
que a ministração do louvor ocorra independente do tema da reunião. Por exemplo, num culto
cujo o tema seja sobre relacionamento familiar, o Espírito Santo pode direcionar a escolha dos
cânticos para que o Senhor seja exaltado como Rei ou como Pai amoroso, como Deus Forte,
etc. Isso por que o Espírito Santo tem objetivos a cumprir em cada culto através do louvor e,
ninguém melhor do que Ele para saber o que agradará a Deus naquele dia. Se o Senhor quer
júbilo ou prostração, louvor ou consagração, etc. Por isso a necessidade de estar em íntima
sintonia com Ele.
Qual será o tempo disponível para administrar?
Outro cuidado muito importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual
será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30
minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo.
Essa informação deve ser obtida com o pastor ou com o responsável pela liturgia.
Fazendo uma Pré-Seleção dos Cânticos
Após conhecido o tema da reunião e o tempo disponível que teremos para ministrar, o
próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o dirigente de
louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta pré-seleção deve
conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos que serão
ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-seleção tenha
entre 10 e 12 cânticos.
Qual foi a última vez que cantamos este cântico?
É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos
cânticos que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento da
ultimas seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita
freqüência. Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o
louvor ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana, descobriu que
depois de uma canção ser executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no
significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom que o
dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as reuniões. O ideal é
dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.
A Letra está biblicamente correta?
Como já sabemos, é letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito
importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve ser
observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar atento para
possíveis erros de português.

As primeiras músicas
As primeiras músicas não devem ser de louvor propriamente dito, principalmente se a
ministração do louvor for antes da mensagem. Dificilmente alguém começa a adorar ao senhor
logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e emocional. Neste
caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de Relacionamento, de Alegria, de
Convite para o Louvar, de expectativa pelo Senhor ou de Guerra. Também podemos usar este
período para ensinar músicas novas. Porém, se a ministração do louvor for logo após a
mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas letras expressem diretamente: Louvor,
Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de preferência, que complementem ou
reforcem a mensagem. Obs. O período de louvor não é uma preparação para a ministração da
Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios com características e peculiaridades
parecidas, porém com finalidades diferentes. O louvor é a comunicação do homem com Deus;
e a pregação da Palavra é a comunicação de Deus com o homem. No entanto, na fase final do
louvor, poderá haver uma ligeira fusão entre os dois ministérios.

LIÇÃO 10 - DICAS AO DIRIGENTE DE LOUVOR


Conhecer as músicas
O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este
motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar de ficar olhando toda
hora para a transparência, para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e estabilidade
para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando brecha para que a
execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso o dirigente tenha
dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma estante (suporte) para colocar as
cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.
Atitudes e Expressões
O dirigente de louvor tem que estar à vontade no altar. Ele tem que caminhar por
todos os lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar
durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem
tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou
professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O dirigente de
louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve procurar se
expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja), ele deve ter o
hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança, segurança e
autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto, principalmente de
observar o fluxo na Igreja, esta atitude é prejudicial para o bom desempenho do louvor
congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em momentos de adoração (isso mostra
submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com prudência, sabedoria e sensibilidade
espiritual.
Sensibilidade Musical e Espiritual
O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos
ensaios, podem estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal
ficar mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando
deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou para que
deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo coro, ou
ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do
Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os
músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico
novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter sensibilidade e flexibilidade durante a
ministração de louvor, pois a vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que
sejamos organizados e programados.

Falar somente o necessário


Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas
deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o
mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no Louvor
Congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração,
entretanto, podem do direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de louvor
deve procurar falar somente o necessário.
Incentive e Facilite as expressões
No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a
adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. E é
responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os
momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e união,
deve-se falar e pedir para que batam palmas, se no momento de adoração a maioria estiver
desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem os olhos, que
levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao
Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo
pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da
congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É importante
sabermos que nós não somos? Animadores de culto? No culto há dirigentes de louvor. Seu
papel é incentivar e facilitar as expressões simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente
de louvor que se preocupa somente em cantar e falar o tempo todo, limita o louvor e a
adoração aos cânticos. O bom dirigente de louvor gera a participação das pessoas durante os
momentos de louvor, incentivando e facilitando as expressões.
Certeza da presença de Deus
Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem
dirige o louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É
muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está
presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos cantar
para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos principais motivos
pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus, é falta da certeza da
presença de Deus em seu meio. É preciso sabermos que em todos os nossos cultos somos
assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos testemunhos, pela pregação,
pelas arrecadações e principalmente durante o louvor, Deus está presente. Seu Espírito está
passeando entre nós trazendo cura, libertação, avivamento, salvação, etc.

LIÇÃO 11 - QUALIDADES E CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NOS DIRIGENTES DE LOUVOR


Buscam viver em Santificação;
Procuram ser pessoas segundo o coração de Deus;
Possuem consciência de que dependem de Deus para tudo que fizerem;
São Adoradores;
São Íntegros, Retos e Tementes a Deus;
São Humildes;
São Fiéis nos dízimos;
São Submissos à liderança;
São Responsáveis em tudo;
São Reverentes;
São prudentes;
Procuram ser atraentes no falar, no vestir, sem ferirem a ética, a disciplina, o pudor e
os preceitos bíblicos;
Não fazem acepção de pessoas;
Se comunicam bem;
Procuram sempre aprender e se aperfeiçoar cada vez mais;

Obs.: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus
antes de fazer o trabalho dEle

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