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INTRODUÇÃO
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Salmo 50.15).
Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia
merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é “a adoração verdadeira a
Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável”. Adoração verdadeira
começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até
o Poente” (v.1), a real finalidade da Criação é louvar e adorar a Deus. A verdadeira adoração
sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Vemos, portanto, que a adoração
verdadeira sempre tem a Deus como “objeto”, o que condiciona Seus adoradores a um
legítimo “temor” diante da Sua santidade e a um “estilo de vida” santificado.
É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar
profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50:4-6. Deus toma os céus e a terra
por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a
acusar Israel, falando em julgamento.
Qual seria essa acusação?
É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao “culto sem conteúdo”.
Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um “cristianismo sem Cristo! ”
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma “adoração sem conteúdo
bíblico” – (conteúdo está relacionado as doutrinas que orientam o comportamento cristão).
Hoje, em muitas igrejas transformaram o “louvor e a adoração” em palco de shows,
em “ativismo”1 piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi
escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu
lamento - Isaías 29:13.
“A verdadeira adoração é uma questão do coração”. Em meio a esse formalismo no
culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e
cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14). O que no real o texto está falando do
“comprometimento”; assumir compromissos com Deus. Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a
maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus:
1
Ativismo: Atitude moral que privilegia as necessidades da vida e da ação, sobre os princípios teóricos.
“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”. “A “verdadeira adoração”
deve estar alinhada com a Palavra de Deus”. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que
é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no Salmo 50:23: “ O
que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu
caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As “ações de graças”2 que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos
caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver
conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita”.
Três princípios da verdadeira adoração emergem de Mateus 8.1-8 exemplificando uma oração
que agrada ao Senhor. Aqui encontramos três princípios da oração legítima.
A fé que declara o “poder soberano de Deus - “Senhor, Tu podes! ”; e o temor a Deus
complementa em “conhecer a Sua Vontade Soberana - “Se Tu quiseres”; e a humildade que
acrescenta - “Não sou digno! ”.
A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus. Quando buscamos o Senhor,
não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome
do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Mas Deus nem sempre responde nossas
orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2)
como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois.
Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse:
“Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
teu senhor” (Mateus 25:21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência:
“Vá para a vinha, pois, a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir
trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que
concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for? Deus quer que oremos. E
Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida
santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com
Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos
proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso
respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”
(Jeremias 29.11).
LIÇÃO 01 - CONCEITO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
2
“Ações de graça” nada mais são do que a expressão da gratidão que temos para com Deus por
todas as Suas realizações em nossa vida, passadas, presentes ou mesmo futuras. Portanto, Ações de
graça, são expressões gerais de gratidão (Salmo 13:6); gratidão pela condução segura de nossas vidas
pelo Senhor (Salmo 95:2); e reconhecimento de que a providência divina é onisciente e simplesmente
executa o melhor em favor de seus filhos (I Tessalonicenses 5:18).
O Que é Louvor?
A palavra louvor significa “ato de louvar, aplauso, elogio, encômio. Apologia de uma
obra meritória”. Tem como antônimo “censura e crítica”. Sendo assim o louvor pode ser
dirigido a pessoas, instituições, ideologias, objetos, lugares, animais, e outras coisas, através de
elogios, aplausos, cânticos, falas poéticas, apologéticas, informais, etc. Por exemplo, quando
cantamos o Hino Nacional Brasileiro, estamos louvando o Brasil.
Portanto louvar significa “admirar, falar bem, elogiar, engrandecer”. Diariamente,
estamos louvando muitas coisas ao nosso redor. Quando louvamos a Deus, estamos
admirando os atributos do Seu caráter: fidelidade, bondade, amor, longanimidade, retidão,
justiça, misericórdia, etc. Usamos as expressões dos nossos anseios para fazer isto. Qualquer
um pode fazer isto. A natureza, por exemplo, também pode louvar a Deus (Salmos 19:1).
Louvor é algo que qualquer um pode dar a qualquer coisa ou pessoa (Salmos 9:11; 33:2; 67:3;
42:12).
Biblicamente falando não existe base bíblica para “ministro de louvor ou ministério de
louvor”, contudo podemos falar de um “administrador de louvor ou serviço”. Um ministro é
alguém que possui um ministério, mas “administrador” é “aquele que administra ou serve”
dentro de um ministério, na forma de departamento.
A origem da palavra Administração ou a sua raiz etimológica vem do latim minus, que
literalmente significa “menos”. Este termo evoluiu para minor, um superlativo que é traduzido
para “menor”. Com o tempo, minor se transformou em minister para se referir aos “servos” e
“criados”. No entanto, mais tarde, a conotação deste termo passou a ser utilizado para
“sacerdotes”, “servos de Deus” ou “servos religiosos”. Esta palavra possuía um sentido de
“desempenhar um cargo importante” ou “servir à uma personalidade importante”. Em outras
palavras, consistia em “administrar” ou “organizar algo”. Para somar o sentido de
“desempenho de uma atividade”, foi anexado o prefixo ad, que significa “junto”. Assim sendo,
administer – administrar – significa “servir ou ajudar junto a…” (uma instituição, governo,
empresa e etc.) neste caso a igreja, chegando a sua grafia atual – administração – apenas a
partir do século XV.
É de suma importância logo de início desfazer algumas idéias que estão relacionadas
ao Departamento de Música desempenhando uma atividade específica. Mas antes devemos
entender o conceito de administração. É entendido aqui como o “processo de planejar,
organizar, liderar e controlar” os esforços realizados pelos integrantes do departamento e a
utilização de todos os outros recursos organizacionais para atingir metas propostas.
Departamento é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos.
Infelizmente o imaginário de alguns crentes concebeu uma noção errada acerca desse
“ministério de louvor” e isso prejudicou muitíssimo tanto o Departamento de Música” como a
Igreja. Tais idéias nasceram tanto de experiências negativas como da dificuldade em conceber
a figura de ministérios auxiliares.
Em Mateus 20:8 o termo usado é evpi,tropoj (epítropos) administrador, procurador,
superintendente (aquele que administra ou coordena); pode ser entendido como um tutor –
aquele que exercer uma tutela ou defesa de alguém – um indivíduo que é responsável
legalmente a administrar os bens de uma casa. Já em Lucas 16:1,3,8, o termo usado é
oivkono,moj (oikonomos) administrar ou gerente – este termo era usado ao escravo que foi
liberto e colocado em uma posição de honra como administrador da caso do seu amo. Este
termo “administração” tem uma analogia do termo “mordomia” – função de um mordomo –
“um administrador interno de um palácio”. Mordomia é o exercício dessa capacidade de
administração.
Vejamos o perfil equivocado do “administrador” a partir daquilo que ele “não deve
ser”:
O administrador de louvor e adoração não é:
2.1. UM PROFISSIONAL DA MÚSICA, MAS SIM ALGUÉ QUE ESTÁ ALI PARA SERVIR
É bom lembrar que na Igreja não temos profissionais, mas sim servos. Não é preciso
ter uma chamada divina para ser um profissional da música, mas para ser um servo isso é
fundamental.
O administrador de louvor e adoração não é:
2.2. É RESPONSÁVEL PELA MÚSICA, MAS SIM PELA ADORAÇÃO.
Cabe ao Administrado a difícil tarefa de conduzir as pessoas à adoração e transformar
a música em um instrumento de louvor. Não são raros os casos em que pessoas com
testemunho duvidoso e até mesmo sem compromisso com a Igreja sejam admiradas pela sua
excelente voz ou virtuosidade em algum instrumento musical.
O administrador de louvor e adoração não é:
2.3. APENAS UM MÚSICO POR EXCELÊNCIA, MAS SIM UM CAPACITADOR.
Não se espera que um administrador de louvor e adoração saiba tocar todos os
instrumentos musicais ou que tenha a voz mais bonita. O que de fato se espera de um
administrador de louvor e adoração é que tenha a capacidade de administrar os talentos
musicais da Igreja, descobrindo, inclusive, os novos talentos e integrando os novos crentes à
adoração. É bom lembrar que Deus orienta os administradores (inclusive os de louvor e
adoração) em Efésios 4:12 a capacitarem os crentes: “com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo ”. Aqui temos
uma das principais virtudes do Administrador de louvor e adoração. Em uma visão
administrativa nós capacitamos pessoas, despertamos talentos, incentivamos e assim
suprimos as carências na área musical a partir de nós mesmos. Por esse motivo é que as Igrejas
que tem essa visão ministerial investem em coros graduados, treinamento de obreiros e
oficinas de treinamento. É na administração dos recursos que Deus dá, como despenseiros,
que promovemos a edificação do Corpo de Cristo também através da Música.
LIÇÃO 06
A IGREJA E O ADMINISTRADOR DE LOUVOR E
ADORAÇÃO
“A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações,
para todo o sempre. Amém! “– Efésio 3:21.
LIÇÃO 07
QUEM DEVE SER O ADMINISTRADOR DE LOUVOR?
“Então, respondeu um dos moços e disse: Conheço um filho de Jessé,
o belemita, que sabe tocar e é forte e valente, homem de guerra,
sisudo em palavras e de boa aparência; e o SENHOR é com ele” -
1Samuel 16:18.
O dirigente do culto deve estar bem preparado – corpo, alma e espírito. Quando ele
está fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da mesma
forma, se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do Senhor, isto afetará o
louvor da congregação. Muitas vezes temos de ser sinceros e dizer aos nossos colegas do
ministério que não estamos preparados nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o
dirigente bocejar, apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas toda a congregação
o notará. Com o seu físico descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que estão
cansados e abatidos a terem um encontro com Deus, no louvor e adoração.
O dirigente do culto não pode estar nervoso. Se discutir em casa, no trabalho, ou se
algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir o culto. Deve ter uma
boa disposição bem antes do início do culto. Se seu estado de saúde não a favorece, como
uma dor dente, dor de cabeça ou canseira, é melhor ser bem sincero e pedir ao pastor ou, na
ausência destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condição de ministrar ao povo.
Muitas vezes os dirigentes ou os músicos podem estar sob opressão maligna e, ao serem
ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e purificados de todo o mal.
Antes de dirigir o culto ore no gabinete com o teu líder ou pastor e entra com a sua benção
para o trabalho divino.
O dirigente do culto deve ser uma pessoa sensível ao Espírito Santo, procurando
saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia diz que o Espírito glorifica a
Jesus. Assim o Espírito sabe se o Pai Amoroso, com Deus forte, como guerreiro ou um amigo. O
Espírito é quem dirigirá o louvor nesta ou aquela direção. A adoração é o “alimento” de Deus,
disse certo pregador. E ele poderá conduzir o culto, através do dirigente, a profundas
experiências.
O dirigente deve pensar previamente como começar tendo em vista que o início é
muito importante. O primeiro cântico é a chave que abre o culto. Se a unção de Deus no culto
é para levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o primeiro cântico o apresenta como
Salvador, no seu amor, na obra da cruz, então o dirigente demorará um pouco a direcionar
oculto para cumprir a vontade do Espírito Santo. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou
quarto cântico é que se descobre a “mente” do Espírito. Quando procuramos, contudo, saber a
vontade do Espírito, podemos entrar em adoração logo no primeiro cântico. O segredo está
numa vida totalmente consagrada a oração.
Lembra-te, se o dirigente não está certo do que o Espírito quer para o culto, deve
procurar o pastor, e na falta deste, outros dirigentes ou irmão consagrados e perguntar com
que cântico ou de que maneira deve começar o culto. Nunca é recomendável começar um
culto com adoração, principalmente quando se trata de culto evangelístico. Procurem Hinos e
coros de louvor que vos ajudarão entrar numa autentica festa espiritual. A Palavra de Deus diz
para termos “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hebreus 10:19). Intrepidez significa
ousadia, com força coragem e sem temor. Assim um culto pode ser iniciado com todos orando
em grupos ou todos saudando uns aos outros. Uma só fé um só batismo e um só amor!
O dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto não
existe. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há um ministro. Seu
papel é motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação. Isso só é possível, quando o
dirigente não é um ator, mas sim um irmão ou irmã consagrado (a) com testemunho de um
verdadeiro (a) filho (a) de Deus
O dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das pessoas.
Nem sempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação espontaneamente
expressa louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem. O dirigente que somente se
preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o louvor aos cânticos. Depois de
algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar em atitude de adoração, ou com as mãos
levantadas, ou de cabeça baixa. A congregação se acostumará aos gestos do dirigente e saberá
que é o momento para se expressarem diante do Senhor, não somente em palavras e frases e
curtas, mas também em cântico espiritual. Em casa da congregação não estiver habituado a
estes sinais cabe ao dirigente explicar o que pretende com o silêncio ou pausa que está a fazer.
O dirigente deve também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir
o ambiente e o povo. Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o povo é de
júbilo, ou poderá ser que o dirigente queira jubilar-se e louvor a Deus, mas o ambiente na
congregação é de adoração e de prostração. Se ele não sentir a reação do povo, demorará
muito a entrar num fluir dinâmico do Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional da
congregação é que deve ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo
oculto precisa ouvir o Espírito através da congregação.
Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a nota
dominante do culto. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação, exaltação de Jesus como Rei
e Senhor e exaltação da santidade de Deus, etc. A preparação com antecedência, a muita
oração e a dependência do Espírito Santo ajudará sem margem da dúvida um culto cheio de
unção e presença do Espírito Santo.
O dirigente deve atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes o
muito falar prejudica o fluir do Espírito no culto. Há dirigentes que costumam ficar a falar a
falar durante um período de silêncio e adoração ou mesmo no meio dos júbilos. Deve-se falar
para levar as pessoas a Deus, mas somente o necessário. Falar de mais torna o culto cansativo.
Também é necessário que o dirigente inspire fé. No meio dos louvores e adoração
poderá ocorrer salvação, cura, baptismo no Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc.
Basta uma palavra de fé do dirigente para que Deus transforme muitas vidas.
Um bom dirigente é aquele que não chama a atenção sobre si; é aquele que anuncia
os números dos hinos que vão ser cantados de forma tão audível e clara (repetindo até os
números) que todos os que ouvem distintamente; é aquele leva o povo Deus a louvar e
adorara Deus.
Um bom dirigente é aquele que não chama atenção sobre si, deve dirigir com
simplicidade, delicadeza e graça, evitando gestos nervosos, rigidez, aparência mecânica, falta
de maturidade e outras atitudes e práticas fora de comum. Deve adaptar a grandeza do
movimento dos seus braços ao tamanho da congregação, podendo até parar, depois de dar o
começo, se a congregação é pequena.
O dirigente deve conhecer bem o hino ou o coro que vai dirigir. Deve abrir o canto
com precisão e manter o andamento próprio. Deve sustentar a suspensões com firmeza e,
depois de cada suspensão e das partes em que o andamento atrasa, deve voltar ao ritmo
próprio, um pouco acelerado.
O dirigente é alguém que sabe o que está fazendo. É um dirigente. Não cria incerteza
à congregação conduzindo em hinos que mal conhece, mas faz a congregação parar para ouvir
o músico, quando aquela está cantando alguma parte com incerteza e também quando está
fora de nota. Neste caso finda uma estrofe, e às vezes sem dar a razão do seu ato, o dirigente
interrompe o canto, faz o órgão tocar um pouco, como para que todos descansem, e, em
seguida, recomeça o canto. Nas partes em que o hino apresenta uma mensagem viva, leva a
congregação a cantar com entusiasmo. Quando o hino fala dos sofrimentos ou morte de Jesus
faz a congregação cantar baixo ou baixíssimo. Isto é muito efetivo. Quando pretende que a
congregação cante mais forte, volte as palmas da mão para cima e vão ascendendo estas; e,
quando quer obter um abaixamento, volta as palmas para baixo e desce-as um pouco.
Dirige com viveza e entusiasmo nos hinos que têm uma mensagem de vitória, mas nos de
adoração, cujas palavras são dirigidas diretamente a Trindade, fá-lo com mais lentidão, com
gravidade, porque estão falando com Deus.
Um dirigente morto gera um culto morto. Mas se ele não deixa um hino ou coro
morrer, também não conduz o canto com tal rapidez que muitos fiquem sem poder pronunciar
as sílabas.
Quando o dirigente conhece as formas de marcar os compassos, tem de ter cuidado
de indicar corretamente as notas fortes de cada um. Não basta desenhar com a mão uma
cruzou um triângulo para indicar os compassos quaternário e ternário. Se não conhece as
regras para marcar o compasso ou se tem alguma dúvida sobre quais as notas fortes, o melhor
será apenas movimentar as mãos de cima para baixo ou de um lado para outro, de forma
simples, rítmica, sem tiques nervosos, firme, porque assim não exibe ignorância e vaidade.
Sem o dirigente não tem muita liberdade na execução nem o músico na execução, é
bom treinarem previamente os hinos que vão ser usados. Finalmente, o bom dirigente,
sabendo que a mensagem é a parte mais importante do serviço, não entrega ao pregador uma
congregação cansada. Na época do calor, ou depois de estarem sentados durante muito
tempo, faz com que, de pé e por breves instantes, todos cantem um coro ou orem, para
desentorpecerem os músculos e se ajeitarem.
Louvor – São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que
Deus fez, faz ou fará.
Adoração – São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que
Ele é. Estes cânticos falam da pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas
qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam
Exaltação e Contemplação.
Exaltação – São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus (Seu
caráter, Sua natureza e Suas qualidades).
Contemplação – São cânticos cujas letras se concentram em meditar (contemplar) a
Pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Ainda dentro do tema
de adoração podemos ter cânticos cujas letras tratem de Consagração, Adoração
Profética, Confissão e Clamor.
Consagração – São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus,
da nossa Santificação, etc.
Adoração profética – São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado
eterno, etc.
Confissão – São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do
pecado, desejo de mudança de vida, etc.
Clamor – São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia,
auxílio, etc.
Relacionamento – São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as
pessoas. Este tipo de cântico muitas vezes é empregada e expressada de maneira
errônea. É comum vermos pessoas, durante o momento que são ministrados estes
cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos
estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado,
apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da
congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos
devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.
Guerra – São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas
almas, proclamam a vitória de JESUS na cruz e a derrota de satanás.
Doutrinários – Uma das funções mais importante da música em qualquer cultura
(sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais
ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras
expressam os nossos princípios e valores.
Alegria (Júbilo) – São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus
feitos, etc.
Expectativa – São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o
seu agir, etc.
Evangelização – São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de
Deus por nós, etc.
Serviço – São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado
para trabalhar no Reino de Deus, etc.
Especiais – São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, etc.
Composto – São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de
classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc. Obs.: É
muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos
e a respectiva classificação de suas letras.
Escolhendo os cânticos
A última coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos
cânticos. Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são a essência da
ministração do louvor. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que
devemos ter na hora de escolher os cânticos:
Qual será o tema principal da Reunião?
O primeiro cuidado que devemos ter na hora de escolher os cânticos, é procurar saber
qual será o tema principal da reunião. É muito importante estar atento a este cuidado, para
evitar que, em um culto de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos sobre
batalha espiritual. O que tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante). O ideal é
que os cânticos estejam sempre em harmonia com o tema da reunião. Porém, isso não é regra
absoluta. Como o Espírito Santo é o coordenador de tudo, algumas vezes Ele poderá querer
que a ministração do louvor ocorra independente do tema da reunião. Por exemplo, num culto
cujo o tema seja sobre relacionamento familiar, o Espírito Santo pode direcionar a escolha dos
cânticos para que o Senhor seja exaltado como Rei ou como Pai amoroso, como Deus Forte,
etc. Isso por que o Espírito Santo tem objetivos a cumprir em cada culto através do louvor e,
ninguém melhor do que Ele para saber o que agradará a Deus naquele dia. Se o Senhor quer
júbilo ou prostração, louvor ou consagração, etc. Por isso a necessidade de estar em íntima
sintonia com Ele.
Qual será o tempo disponível para administrar?
Outro cuidado muito importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual
será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30
minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo.
Essa informação deve ser obtida com o pastor ou com o responsável pela liturgia.
Fazendo uma Pré-Seleção dos Cânticos
Após conhecido o tema da reunião e o tempo disponível que teremos para ministrar, o
próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o dirigente de
louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta pré-seleção deve
conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos que serão
ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-seleção tenha
entre 10 e 12 cânticos.
Qual foi a última vez que cantamos este cântico?
É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos
cânticos que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento da
ultimas seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita
freqüência. Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o
louvor ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana, descobriu que
depois de uma canção ser executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no
significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom que o
dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as reuniões. O ideal é
dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.
A Letra está biblicamente correta?
Como já sabemos, é letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito
importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve ser
observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar atento para
possíveis erros de português.
As primeiras músicas
As primeiras músicas não devem ser de louvor propriamente dito, principalmente se a
ministração do louvor for antes da mensagem. Dificilmente alguém começa a adorar ao senhor
logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e emocional. Neste
caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de Relacionamento, de Alegria, de
Convite para o Louvar, de expectativa pelo Senhor ou de Guerra. Também podemos usar este
período para ensinar músicas novas. Porém, se a ministração do louvor for logo após a
mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas letras expressem diretamente: Louvor,
Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de preferência, que complementem ou
reforcem a mensagem. Obs. O período de louvor não é uma preparação para a ministração da
Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios com características e peculiaridades
parecidas, porém com finalidades diferentes. O louvor é a comunicação do homem com Deus;
e a pregação da Palavra é a comunicação de Deus com o homem. No entanto, na fase final do
louvor, poderá haver uma ligeira fusão entre os dois ministérios.
Obs.: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus
antes de fazer o trabalho dEle