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Lidar com a aquilo que vem do Espírito por vezes causa celeuma. Não era
para ser assim, ademais as coisas que realmente provém do Espírito não causam
confusão (I Co 14v32-33).
involuntária a uma literal queda em êxtase espiritual, aonde ocorrem: curas, visões
congressos avivalistas.
afirmam ter experimentado tal fenômeno, cabe um sério estudo do tema sob o
(At 17v11). Examinemos com calma as Escrituras, não deixe que as suas pré-
convicções sobre o tema sejam lentes para interpretar os textos bíblicos que serão
Deus pelo profeta Ezequiel (Ez 1v26-28 e Ez 2v1-7), a visão espiritual do profeta
O “cair” na Bíblia
(Lc 8v28, Mc9v20). Esta não era uma ação do Espírito e sim uma agitação do
ao ouvirem a expressão “Eu sou” dos lábios do Messias. Também aqui não
(Farenoses).
Nestes dois casos descritos a queda foi involuntária, independente da razão
(fraqueza física), mas não causada diretamente por força espiritual, como que por
Salomão em Jerusalém (II Cr 5,6 e 7). A glória do Senhor havia tomado toda a
casa e os sacerdotes não puderam inicialmente ali estar para ministrar (II Cr
Note que, neste texto, o ato de cair diante da glória, foi voluntário, como
Unção de Deus:
Transfiguração:
“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os
levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto
resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis
que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Então, disse Pedro a Jesus:
Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua,
outra para Moisés, outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem
luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Ouvindo -a os discípulos, caíram
de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus,
dizendo: Erguei-vos e não temais! Então, eles, levantando os olhos, a ninguém
viram, senão Jesus”. Mateus 17v1-8
glória de Deus:
Note que o ato de queda de Ezequiel também foi voluntário. Ao “cair com o
(Ne 8v6). Afirmar que esta queda foi um êxtase ou transe espiritual involuntário,
causado por uma força externa é constranger o texto a uma interpretação que nele
não se sustenta.
“Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o
meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma. Contudo, ouvi
a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra.” Daniel
10v8-9
Note que este “cair” foi involuntário, causado, entretanto, por fraqueza física
e não por um êxtase espiritual. Os sinais de fraqueza são evidentes; rosto que
muda de cor e desfigura (I Sm 14v27-29), não reter forças e cair extasiado e sem
sentidos.
fisicamente. Primeiro ele se põe de joelhos (Dn 10v10) e depois de pé (Dn 10v11),
10v16).
involuntário e incontrolável.
fenômeno com detalhes, evidenciando que sua queda deu-se, não por um “mover”
sobrenatural do Espírito, mas por cansaço físico (“...e não retive força alguma”),
de quem exausto, não come há 21 dias (Dn 10v2-3). Note bem, estava ele em
jejum havia três semanas. Natural, então, que um homem sem alimentos, ao ter
tamanha visão espiritual, caia exausto e sem sentidos. Naturalmente, por fraqueza
física.
Paulo ainda não havia sido convertido e nem tão pouco Batizado com o Espírito
Pode alguém “cair” no Espírito sem ter sido selado pelo Espírito Santo (Ef
Responda o leitor tal questão com sólido fundamento bíblico, e não por
apóstolo encarcerado.
Teria sido este o “cair no Espírito”? Seria isto um mover sobrenatural, que
diz ele: ...”caí”... O ato parece-me claramente voluntário, ainda que por estar
pé. Digo obviamente, pois sua queda voluntária foi, mais uma vez, um sinal de
Ao cair, João não o fez por um transe ou êxtase espiritual. O êxtase iniciou-
Considerando que até aqui você permaneceu na leitura deste artigo, talvez
uma pergunta inflame o seu coração: “E o que aconteceu comigo? Era o mover
do Espírito? “
sinceramente, que a profunda experiência que você teve com Deus foi real. Ao
não trazer confusão, ao edificar sua vida e ao estabelecer frutos no seu ministério,
posso concluir que a visitação tão valorosa que você recebeu do Espírito, veio de
um mover de Deus.
a doutrina do “Cair no Espírito”. Justamente, por não ser esta a experiência que
Procurei mostrar nos textos abordados que não existe o “Cair no Espírito”, e
que tal fenômeno não se sustenta na Palavra. Entendo que homens de Deus ao
Santo, não produzindo a queda, mas levantando o homem caído. Perceba isto:
“Esta voz me disse: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então, entrou
em mim o Espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me
falava.” Ezequiel 2v1-2
“Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as
palmas das minhas mãos. Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento
às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou
enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo.” Daniel
10v10-11
curar e restaurar nos pondo de pé, e não prostrados (Gn 13v17, Gn 35v1, Js 7v10,
curou, restaurou e falou contigo. A queda foi sua, por medo, reverência ou
alguns perigos.
confirmados pelo Espírito para este “ministério” são por muitos idolatrados, como
Bíblia.
Através da Palavra fundamentamos nosso cerne doutrinário e nossas
Considerações finais
tema.
presbiteriana.
Busque ardentemente a plenitude do Espírito. Viver cheio do Espírito Santo
é uma regra e não uma excessão no caminhar cristão. Fomos chamados para
exercite o sadio hábito de examinar tais experiências pelo crivo da Bíblia, a razão
Palavra, limite e fundamento da nossa vivência com o Pai. O que dela passar, e