Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Isaías 6.1-13
Introdução
Serafins são seres angelicais, puros, que estão diante de Deus, adorando-O
constantemente. Eles têm seis asas, com duas cobrindo o rosto, duas cobrindo os pés
e duas para voar. Essa descrição enfatiza sua reverência diante da santidade de Deus
e sua prontidão para obedecer a qualquer comando divino.
A declaração de Isaías 6.3 nos leva a olhar para o livro de Levítico, onde pela
primeira vez a declaração-fórmula de que Deus é santo é enunciada. O livro de
Levítico traz essa preocupação, mais do que qualquer outro com a santidade de Deus
(Cf. Lv 11.44-45; 19.2; 21.8). Em Levítico 20.7, 26 há uma definição formal do que
isto significa, nestas duas passagens o Senhor ordena que o povo seja santo e o
porque o povo deve ser santo, diz assim: “Portanto, santificai-vos e sede santos pois
eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 20.7), “Os separei dentre os povos para serem
meus” (Lv 20.26). Em outras palavras Deus está dizendo: “Não profanem o meu
santo nome. Eu serei reconhecido como santo pelos Israelitas”
Interessante é descrição dos Serafins, na narrativa diz que eles cobriam (o
verbo cobrir encontra-se no imperfeito do piel indicando uma ação durativa
contínua) o rosto com um par de asas, ou seja, a mais perfeita criatura não ousa fitar
diretamente a face do Criador. A visão seria forte demais.
Os serafins proclamam incessantemente a santidade de Deus, clamando uns
para os outros: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia
da sua glória". Essa adoração intensa revela a santidade e a glória incomparáveis de
Deus, que transcende tudo o que é terreno e humano.
A visão de Isaías nos lembra da santidade absoluta de Deus. Nosso pecado
nos afasta da presença de Deus. Então, com que solene preparação deveríamos
achegar-nos a uma ordenança tão sublime! Não é suficiente fazer o que Deus
designou, mas como ele designou. “Preparai o coração ao Senhor” (1Sm 7.3).
A voz do serafim clamando faz com que os umbrais das portas se movam e a
casa se encha de fumaça. Isso simboliza a manifestação poderosa e tremenda da
presença de Deus. A fumaça é associada à presença divina em outras passagens
bíblicas, indicando o mistério e a transcendência de Deus.
Assim como a presença de Deus causou um impacto nas portas e encheu a
casa de fumaça, a presença de Deus em nossas vidas também deve causar um
impacto transformador. Quando nos aproximamos de Deus em oração, adoração e
estudo da Sua Palavra, Ele nos transforma, purifica e nos capacita a viver de acordo
com a Sua vontade.
A Ceia nos faz lembrar da transformação que o Jesus fez em nossas vidas.
Este encontro de Isaias com a Gloria de Deus fez com que o profeta
contemplasse a santidade de Deus. E aqui Isaias se vê com um problema: Como
resultado dessa visão, Isaías viu claramente sua própria pecaminosidade. Ele teme
por sua vida.
A percepção de Isaías sobre sua impureza nos desafia a buscar uma vida de
santificação. À medida que participamos da ceia do Senhor, devemos renovar nosso
compromisso de nos afastar do pecado e buscar a santidade em todas as áreas da
nossa vida. A ceia nos lembra do sacrifício de Jesus, que nos oferece perdão e poder
para vivermos uma vida transformada.
Assim como Isaías teve seus lábios purificados e seu pecado perdoado por
meio da brasa viva, a ceia do Senhor é um momento de recordar e celebrar a
purificação e o perdão oferecidos por Jesus Cristo. Ao participarmos da ceia,
reconhecemos que, por meio do sacrifício de Cristo na cruz, nossos pecados são
perdoados e somos purificados de toda a iniquidade. É um momento de gratidão
pela obra redentora de Cristo em nossas vidas.
Sabemos que é na cruz que a justiça e o amor de Deus são mostrados da forma
mais clara. Na cruz Jesus absorveu a justa ira de Deus para que sintamos o amor de
Deus. Diante disto somos chamados a viver uma vida de acordo com a
cruz/Evangelho no centro. E como eu vivo uma vida centrada no Evangelho?
Da mesma forma, a ceia do Senhor nos lembra que não somos apenas
perdoados, mas também somos transformados pelo poder do Espírito Santo. À
medida que participamos da ceia, somos convidados a examinar nossos corações, a
confessar nossos pecados e a permitir que Deus nos molde e nos purifique cada vez
mais à imagem de Cristo.
Como fazemos isto?
Não tente olhar para si mesmo para apaziguar a sua culpa! Olhe para Cristo.
Outro exemplo, você se sente irado consigo mesmo por causa do seu pecado, ao ponto
de ficar deprimido? Thomas Brook disse que devemos nos arrepender de ficar
desmotivados por causa de nosso pecado, por que esse sentimento é uma recusa de
aceitarmos o amor que flui na cruz.
Além disto, a Ceia nos chama a cuidar do nosso próprio coração para que
este também não esteja endurecido pelo pecado. No texto, Deus descreve como o
povo ficará insensível à mensagem de Isaías, impedindo sua conversão e cura.