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Quem nós somos?

Redescobrindo nossa Identidade - #1 Adoração


Isaías 6.1-8

INTRODUÇÃO

Amanhã é dia primeiro de maio. Alguém sabe o que representa esse dia? Você pode
estar pensando que é o dia do trabalhador, e está correto, mas para essa igreja representa algo
mais. É o dia do nosso aniversário.

Depois de um ano, acredito que seja um tempo bom para refletirmos como temos
encarado a missão que Deus nos deu, como temos perseverado ou não em manter a nossa
identidade como comunidade de fé que tem em suas mãos a mensagem mais poderosa do
mundo.

Sendo assim, resolvi começar uma nova série de mensagens para refletirmos exatamente
sobre a nossa identidade. Quem nós somos? Quais valores nos identificam como comunidade
de fé. Durante algumas semanas estaremos meditando sobre cada um desses valores. E nada
melhor do que olhar para trás, não só para a nossa história nesse primeiro ano de vida, mas para
a história da igreja do Senhor Jesus como um todo, começando lá pelo livro de Atos, pra
redescobrir a nossa identidade.

Leremos Atos 2.42-47 para guiar a nossa série como um todo, e a cada domingo
meditaremos em um aspecto da nossa identidade.

Hoje, veremos sobre o aspecto da Adoração. Em Atos 2.47, vemos que a igreja louvava
ao Senhor. Mas será que isso quer dizer apenas que eles tinham um momento de entoar cânticos
a Deus em suas reuniões? Claro que não. Isso faz parte e é essencial, mas adoração não se
resume a entregar a Deus cânticos de louvor, adoração diz respeito a entregar o nosso coração,
toda a nossa vida a Deus. Está mais para um estilo de vida. Então podemos dizer que toda a
vida da igreja deve ser de adoração ao Senhor, como era aqui em Atos 2.

Para aprofundar um pouco esse assunto, gostaria de ler com vocês alguns versos do
capítulo 6 do livro do profeta Isaías.

Nessa narrativa, a partir da visão que Isaías teve por ocasião de seu chamado,
aprendemos uma grande lição sobre a adoração verdadeira. Aqui nós temos um quadro que nos
ensina o que Deus espera de seu povo em seu viver.
Quem nós somos? Redescobrindo nossa Identidade - #1 Adoração
Isaías 6.1-8

Leitura – Isaías 6.1-8 - A base da adoração autêntica

A Majestade Moral do Senhor:

O primeiro passo para a adoração é um entendimento correto sobre quem Deus é.

Nos primeiros versos que descrevem o seu chamado, o profeta Isaías contempla a glória
e a santidade de Deus. Diante de seus olhos ele vê a majestade moral do Senhor, e a maneira
com que descreve sua visão nos revela aspectos da grandeza do único Deus vivo e verdadeiro.

Primeiramente ele vê o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Esses


elementos claramente nos conduzem à figura de um rei e de um juiz, porém não qualquer rei
ou qualquer juiz. O alto trono remete a superioridade desse rei sobre todas as coisas. Ele é
o Altíssimo, não há nada acima dele, não há ninguém com mais poder e autoridade. Ele é
o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores. A ideia de um trono sublime nos diz que ele não é
um rei perverso, um ditador sádico, cheio de sangue e maldade em suas mãos, mas revela
a sua pureza, sua santidade, sua justiça, aquilo que é sublime é superlativamente belo, que
apresenta uma inalcançável perfeição moral, aquilo que é digno de admiração, que está acima
do humano. O Senhor é Rei soberano, e seu reinado, seus decretos são totalmente perfeitos,
sem nenhum toque de maldade, plenamente puros são seus planos.

Além disso, esse rei possuía vestes cujas abas enchiam o templo. Mais um aspecto
da grandeza de Deus é que sua presença e todos os seus atributos enchiam todo o templo
e muito mais do que isso, toda a terra (v 3)

E mais, esse Rei não estava sozinho. Serafins, que, literalmente, significa “os que
ardem”, são servos desse rei e voavam por cima dele. Esses são seres puros que o próprio
Senhor criou e que estão a seu serviço a qualquer momento. Seres poderosos e que não tem
pecado, mas que ainda assim não são superiores ao criador. A descrição de suas asas revela
um grande simbolismo: o temor que tinham diante do Senhor. As asas que cobriam o
rosto remetiam à reverência e a humildade desses seres diante do Rei dos Reis, mostrando
que não eram dignos nem de contemplá-lo. As asas que cobriam os pés demonstram a
pureza do caminho dos serafins, o que era estritamente necessário para servirem ao Santo
Senhor.

Esses seres alados não estavam simplesmente voando em silêncio, mas, além de
demonstrarem por meio de suas asas o nível de santidade que há no Senhor, eles clamavam
uns para os outros: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia
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Isaías 6.1-8

de sua glória. Essa era a maneira dos judeus dizerem que alguma coisa era maior que
outra, ou mais belo, ou mais santo, mais poderoso: a repetição tripla (trisagion) – santo,
santo, santo (santíssimo), assim como ocorre em Apocalipse 4:8-11: “E os quatro seres viventes,
tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro;
não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor, o
Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir”. A santidade do senhor é incomparável,
não há perfeição absoluta em mais nada em todo o universo a não ser nele. Os serafins estavam
declarando a identidade, o ser e a essência de Deus em termos de uma santidade todo-
excedente.

De acordo com Albert Mohler, a santidade de Deus se refere à sua separação de sua
criação. Ele é o que não somos. Somos finitos, ele é infinito. Em outras palavras, Deus é
transcendente, e sua santidade revela a diferença e o contraste infinito entre a sua natureza e a
nossa. J. Alec Motyer define a santidade como a total e singular majestade moral de Deus.
A majestade moral de Deus é completa e não tem rivais.

O Senhor não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta, diz Tiago, muito pelo
contrário, dele procede tudo o que é bom e nele não há mudança nem sombra de variação. Ele
é o padrão moral absoluto para todas as coisas. E mais do que encher o templo, sua presença,
sua glória enche toda a terra. Seu governo é universal, tudo foi criado e é sustentado pelo
poder de sua palavra. Tudo pertence ao Senhor, e toda a criação proclama a glória de
Deus.

A glória do Senhor era tão impactante, bem como aquilo que os serafins
proclamavam, que as bases do templo se movem, estremecem. As leis da física não
conseguem explicar, mas até mesmo aquilo que era fixo, estático, começa a se mover com
o peso da glória de Deus. E essa é a ideia da palavra glória no Antigo Testamento, ela vem
de uma palavra que significa peso, importância. E a glória de Deus se refere a sua
importância, sua dignidade, seu significado, pois Ele é o ser mais substancial de todos,
tendo a existência dentro de si mesmo. Ele não é uma criatura, cuja a essência ou o ser é
derivado de alguma coisa. John Piper vai dizer que “na Bíblia, o termo 'glória de Deus'
geralmente se refere ao esplendor visível ou à beleza moral da perfeição multiforme de Deus.
É uma tentativa de expressar com palavras o que não pode ser contido por palavras - como Deus
é em sua magnificência e excelência revelada.” A glória de Deus é intrínseca a sua natureza,
aquilo que Ele é. É a soma de seus atributos. Deus manifesta sua glória de maneira
simbólica ou real. Em Êxodo, quando Moisés roga a Deus para ver sua glória, Deus
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Isaías 6.1-8

responde: “Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do


Senhor; terei misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer”. (Ex 33.19).
A glória de Deus é o complexo de todos os seus atributos e algumas vezes isso era
manifestado em luz resplandecente, ardente (Ex 40 – Tabernáculo).

Aplicação: Será que essa é a visão mantida por muitos que vem adorar a Deus?
Aqueles que vêm aos cultos vêm para estarem face a face com a realidade de Deus? Ou
vão embora com uma visão de um Deus menor. Nosso padrão de adoração tem de ser um
testemunho do caráter de Deus, mas como podemos fazer isso se não mostrarmos com
clareza quem é Deus?

Roger Scruton, um famoso filósofo britânico, sugeriu que a adoração é o mais


importante indicador do que uma pessoa ou um grupo de pessoas crê a respeito de Deus. Ele
escreveu: “Deus é definido no ato da adoração com mais precisão do que é definido por
qualquer teologia”. Em outras palavras, se você quer saber o que um povo realmente crê a
respeito de Deus, veja-os em adoração, ouça o que eles cantam e como oram. Então você saberá
o que eles creem sobre o Deus que adoram.

Assim como Isaías, precisamos ter um entendimento correto sobre quem é Deus, sobre
como santíssimo e glorioso ele é, sobre como governa todo o universo e estabelece suas leis,
que também são justas e perfeitas como ele, pois somente assim daremos uma resposta positiva
proporcional (pelo menos tentaremos) ao que Ele merece.

O reconhecimento da pecaminosidade do homem:

O segundo passo da adoração é olhar para dentro e ter um entendimento correto


de quem nós somos.

Depois de contemplar o Senhor Soberano do universo, aquele que é santíssimo e


glorioso, de ter uma visão daquele que é exaltado, o profeta muda o foco de sua visão para
ele mesmo, para seu interior e para os que estão em sua volta. Então, ele percebe a grande
diferença. A moral de Deus é inalcançável, ela é majestosa. E quando ela está em comparação,
toda a nossa corrupção é vista ainda mais intensa e perigosa. Isaías sente o peso da glória de
Deus e de sua presença santa e entende a seriedade de seu pecado que exclama: “Ai de mim!
Estou perdido! Naquele momento ele estava contemplando o ser mais poderoso do universo, e,
ao mesmo tempo, sabia que os seus pecados eram contra aquele ser. Um ser perfeitamente
santo, que não tolera o mal, que, assim como diz Davi, no salmo 5, um Deus que não se agrada
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da iniquidade, um Deus em cuja presença o mal não subsiste, um Deus que aborrece (odeia) a
todos os que praticam iniquidade, um Deus que destrói os que proferem mentiras, um Deus que
abomina ao sanguinário e ao fraudulento. Era diante desse Deus, que o pecador, um homem de
lábios impuros e que habitava no meio de um povo de impuros lábios, estava. É por isso que o
desespero bate no profeta. Sendo alguém que praticava iniquidades, ele sabia o que merecia
desse Deus: condenação, morte, destruição. E se tudo isso viesse, Deus ainda sim seria justo.
Era isso que o profeta merecia, e por isso diz “estou perdido”.

Porém, a reação de Isaías é a de um pecador arrependido. O pecador arrependido


vem a Deus em humildade e humilhação, reconhecendo a sua real condição de pecador
que merece a morte e clamando por misericórdia e perdão, mas aquele que se mantém
rebelde contra Deus, estende seu punho cerrado aos céus e profere mentiras contra o
criador, passando a odiá-lo ainda mais. O clamor de Isaías é por misericórdia, assim como
Davi reconhece no salmo 5 que era pela riqueza da misericórdia de Deus que ele entrava na
casa de Deus e se prostrava diante de seu santo templo. O profeta clamava para que Deus não
agisse segundo ele merecia.

Aplicação: Não podemos ser indiferentes aos nossos pecados. Precisamos entender a sua
gravidade, pois são cometidos contra o criador, em primeiro lugar, (“pequei contra ti,
contra ti somente”), e nos voltar a Deus em humilhação, humildade, arrependimento,
como fez Isaías.

Ryle diz: “Se um homem não percebe a natureza perigosa da doença de sua alma,
ninguém poderá admirar-se de que ele se contente com remédios falsos ou imperfeitos.”

Você sabe o pecado que tem mantido, você sabe onde tem caído. Portanto, diante
da majestade do nosso Deus, arrependa-se e clame por misericórdia. Esse é o caminho
para a adoração verdadeira: contemplar e reconhecer a santidade de Deus e confessar e
reconhecer a nossa pecaminosidade.

Acredito que todo pai sabe a diferença entre um verdadeiro pedido de desculpas e
um pedido sem reconhecimento da culpa – um rápido “desculpe, desculpe” quando o filho
sai correndo da sala. O que Isaías experimentou foi verdadeira convicção e
arrependimento, o coração quebrantado e contrito de alguém que sabia havia errado e
insultado o único Deus vivo e verdadeiro. Contudo, receio que muito do que pensamos ser
confissão não é confissão de modo algum. É apenas uma meia desculpa precipitada, e não
o tipo de quebrantamento que vemos no salmo 51 ou em Isaías 6.
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Isaías 6.1-8

A Misericórdia de Deus

O terceiro passo da adoração é ser transformado pela misericórdia de Deus.

Diante do pecador arrependido que clama por socorro, Deus age com misericórdia.
Deus preserva o profeta e não o trata como ele merecia, e ainda assim continua justo. Por
que? Deus, por meio de um serafim, pega uma brasa viva do altar e toca nos lábios de
Isaías, então sua iniquidade é purificada e seu pecado perdoado. Deus não apaga as
iniquidades de Isaías simplesmente do nada, como se não ligasse para o seu pecado, não!
Deus purifica o profeta e lhe dá o perdão com base nos sacrifícios que eram realizados no
altar do templo. Não é à toa que a brasa viva vem do altar. É uma figura da expiação.
Isaías não trouxe nada a Deus. Ele fora colocado face a face com seu pecado e, agora,
reconhecia que a redenção é toda por graça e envolve um preço. A justiça de Deus era
satisfeita e a sua ira santa e justa era apaziguada mediante aqueles sacrifícios, é com base nisso
que Isaías e o povo tinham o perdão diante de Deus. E muito mais do que isso, pois o sangue
de animais não podia tirar pecado nenhum, mas aqueles sacrifícios realizados no templo
apontavam para algo muito maior, para um sacrifício perfeito que aconteceria no futuro,
o sacrifício perfeito do Messias. Era com base na fé no Messias que haveria de vir e livrar
o seu povo de seus pecados, que as pessoas no Antigo Testamento eram salvas, e Deus
redime Isaías com base nisso.

Diante da grandeza da santidade de Deus e de nossa corrupção, a única solução é o


perdão que vem do Senhor, baseado no que Cristo fez na cruz do calvário. E a obra dele é
completa, e não somente nos livra da culpa de nossos pecados (justificação), como nos purifica
de toda iniquidade (santificação). Só há salvação e só há santificação com a obra de Cristo na
cruz. Ali ele carregou a maldição que estava sobre o seu povo (“aquele que pecar morrerá”); ali
ele carregou sobre o seu corpo o pecado de seu povo para que, mortos para o pecado, vivessem
para a justiça (1 Pe 2:24); ali ele morreu para que o seu povo tivesse vida.

Só há adoração se houver perdão, se houver purificação, transformação.

O fruto do perdão e da purificação na vida do profeta

O quarto passo da adoração é uma vida de adoração, é uma vida disposta a servir.

Quando o profeta é redimido de seu pecado, ele ouve a voz do Senhor dizendo: “A quem
enviarei, e quem há de ir por nós?”. Então responde: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Uma das
marcas do pecador que foi perdoado é que ele está atento ao que Deus diz e ao mesmo tempo
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está disposto a obedecer à vontade de Deus. Ao receber a grande dádiva do perdão, o profeta
frutifica servindo ao Senhor, dispondo-se a cumprir sua vontade. E olha que a tarefa dele era
muito difícil: pregar para um povo que ele sabia que não daria ouvidos. Mas ainda assim ele
persevera. A adoração verdadeira requerem uma resposta contínua vista na proclamação do
evangelho, em evangelização pessoal, em missões, em servir a Deus

Um pecador perdoado, um cristão verdadeiro, inevitavelmente vai frutificar, e um dos


frutos que vai produzir é o ouvir a voz do Senhor e obedecê-la. Ele vai estar disposto a servir
ao seu perdoador onde quer que ele mande, e qualquer que seja a tarefa, não importando a
dificuldade, pois, no final das contas, ele vive para agradar o grande Rei.

Irmãos, e é somente por meio da pregação da Escritura que chegamos a uma verdadeira
visão do Deus vivo, reconhecemos nossa pecaminosidade, ouvimos a proclamação da redenção
e somos chamados a responder com fé, arrependimento e serviço.

CONCLUSÃO

1. Um dia, a evangelização não existirá mais, mas a adoração continuará pela


eternidade

Qual a missão da igreja? Por que estamos aqui nesse mundo? Essa é uma pergunta que
muitos têm buscado respostas ao longo da história da igreja, e muito tem sido discutido sobre
o tema. A maioria dos cristãos ortodoxos vão dizer que o centro da missão da igreja passa por
fazer discípulos, batizando-os em nome da trindade e ensinando-os o mandamento de Jesus, ou
seja, a grande comissão. Mas, será que esse é o ponto final da missão?

Geralmente as pessoas lembram que esses discípulos, no final dos tempos, estarão em
um paraíso, um novo céu e uma nova terra, onde haverá paz, prosperidade, segurança,
abundância. Sim, tudo isso é parte do reino vindouro. Mas precisamos lembrar de uma coisa:
esse paraíso não é o fim da história, se não é o paraíso que tem Deus no centro. Ou seja, o
paraíso não é paraíso, o novo céu e nova terra não serão de fato novos sem adoração em espírito
e em verdade. Se a missão da igreja for simplesmente libertar pessoas do inferno para o céu,
tirar de um lugar de sofrimento para um lugar de paz e prosperidade, ela não será completa. Se
pudéssemos fazer desse mundo, aqui e agora, um lugar de paz e prosperidade, ainda assim ele
não seria o céu. Deus faz o céu ser aquilo que o céu é. Então, o que quero dizer é que a missão
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da igreja, na verdade, é um meio para um fim, e o fim é um foco total na adoração e na glória
de Deus, em nosso Senhor Jesus Cristo. Adoração, e não prosperidade humana, é o fim do fim
da história, porque um mundo redesenhado é nada sem o deleite em Deus. O alvo da missão
cristã tem de ser sempre fazer adoradores. Quando tudo passar, não haverá mais a necessidade
de pregar o evangelho, mas a adoração continuará para sempre.

É por causa disso que adoração é tão importante. E Deus já nos deu o privilégio de
começar essa adoração aqui e agora.

2. Por meio de Cristo, não temos mais um lugar certo para adorar

Aqui no contexto de Isaías, a adoração era realizada no templo, na casa de Deus, hoje, a
adoração continua sendo realizada na casa de Deus, mas essa casa somos nós, sua igreja. E
onde quer que andemos, adoramos (exemplo mulher samaritana).

A adoração não é restrita a esse lugar. Se pensarmos assim corremos o risco de viver uma
bipolaridade religiosa, em que nos domingos, ao entrarmos por essa porta nos tornamos
adoradores, mas na semana, de segunda a sábado, esquecemos o Senhor.

Outro extremo perigoso é achar porque podemos ser adoradores em qualquer lugar, que não
precisamos estar reunidos como igreja.

No verso 3, a glória do Senhor enchia toda a terra

3. A adoração não se limita aos cânticos no momento do culto ou à música em geral.

Tem mais a ver com um estilo de vida. Uma vida entregue ao Senhor, em que tudo que fazemos
é para sua glória (comida, lazer, trabalho, estudos)

Qual a sua motivação para buscar a excelência no trabalho e estudos? Deve ser a glória de Deus

O que você precisa mudar no seu casamento, no modo como você cria seus filhos ou como você
se relaciona com seus vizinhos que não glorifica a Deus. Nossos hábitos pecaminosos precisam
ser reconsiderados à luz da adoração.

4. Adoração é um culto contínuo em nossas vidas

Sacrifício AT → Sacrifício de Cristo → Sacrifício vivo do povo de Deus

Como nos enxergamos?


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Fomos criados para apenas nos esmerarmos, nos esforçamos para alcançar nossos objetivos
pessoais?

Pertencemos a uma história maior, a um plano maior.

5. O poder do evangelho é libertador

Por que é tão díficil colocar tudo isso em prática? No domingo é fácil, eu quero dizer durante a
semana.

Tentação: Deixar o poder da religiosidade formar a nossa mente, nos fazendo esquecer o poder
libertador do evangelho de Cristo.

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