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INTRODUÇÃO:
Amados irmãos e irmãs, em primeiro lugar devemos nos definir, entendermos quem
somos, de onde viemos e qual o nosso propósito. Quais são os pressupostos que formam
à maneira de pensarmos e agirmos definindo a nossa visão de mundo? porque a nossa
cosmovisão é que nos definirá como seres humanos. A sua Cosmovisão é Teísta Cristã,
é teísta apenas, ou Agnóstico, Humanista, Ateísta, Panteísta, Deísta, Naturalista,
Politeísta? Entenda, isso nos definirá, se eu creio em vários deuses eu sou Politeísta, se
eu creio em um único Deus criador, porém Ele não se envolve em sua criação, eu sou
um Deísta, se eu não tenho certeza se existe um Deus, eu sou um Agnóstico, se eu
entendo o homem como o ser que é a medida de todas as coisas, sou um Humanista.
Porém, se eu creio em um Deus Criador e que está acima da criação (Transcendente) e
que se envolve em sua criação (Imanente) você é um Teísta Cristão, pois você entende
que o amor do Deus Criador envia seu único filho para que todo que Nele crer não venha
a perecer e sim a ganhar a vida eterna. (Jo 3.16). Amém?
Mas, o que isso tem a ver com os atributos de Deus? Se você não entende a origem das
suas ideias como você acreditará que o Deus trino nos fez imagem e semelhança Deles?
Somos representantes de Deus na criação, e temos responsabilidades. Como você
representa Deus aonde você passa? Você aplica as características de Deus em sua vida?
De uma forma geral, é melhor entendível classifica-los desta maneira, podemos dizer que
o amor de Deus é comunicável, mas não a sua onipresença. Essa divisão é útil, mas não
é perfeita, porque os Atributos de Deus não são totalmente comunicáveis, e sim
parcialmente. Exemplo: A sabedoria e o conhecimento de Deus são classificados como
Comunicáveis, porém não temos totalmente a capacidade de ter a sabedoria e nem o
conhecimento que Deus tem, apenas provamos parcialmente, e não em sua plenitude. A
Santidade de Deus é comunicável, porém não somos santos por conta da nossa natureza
pecaminosa.
CONCEITO:
Biblicamente falando, Ele é o único ser com o poder de fazer um mundo cheio de beleza
e vida, e essas habilidades o classifica como completamente “único”, que é o significado
da palavra “Santo”.
Peguemos o sol como metáfora, ele é único em nosso sistema solar e poderoso no sentido
de ser a fonte de toda a beleza e vida do nosso planeta, pois assim Deus o fez. Entenda,
não devemos confundir o sol como símbolo espiritual como algumas culturas ao longo
da história humana o fez e faz. Por exemplo:
Nesse sentido podemos dizer que o Sol é “Santo” porque ele é único, correto?
E vamos além na metáfora, consideremos que toda a extensão que circunda o sol também
é “santa”, e cada vez que chegamos mais perto sol mais intenso ele fica. Perceba, aquele
mesmo poder e bondade que cria a vida é também perigoso, pois se você chegar muito
perto do sol, ele te destrói, correto? Da mesma forma temos um paradoxo no centro da
Santidade de Deus, se você estiver impuro, a presença dEle será perigosa. Não porque ela
seja má, mas, justamente ao contrário, porque a presença santa de Deus é muito boa.
Vemos esse paradoxo da santidade de Deus na história de Moisés e a sarça ardente. Deus
manda Moisés tirar as sandálias, porque ele está pisando em um lugar santo, Moisés cobre
o rosto com medo e Deus diz: Não se aproxime!
Mais à frente, o Profeta Isaias tem uma visão, onde ele se encontra no templo diante da
presença de Deus, e ele se apavora pois sabia que seria fulminado, pois sabia das regra e
não deveria estar ali, pois era homem de lábios impuros, então vem um serafim voando
em sua direção com uma brasa quente e toca em seus lábios e diz: “sua culpa foi removida
e seus pecados foram perdoados”, então a brasa de alguma forma deixa Isaias puro diante
de Deus, vemos algo novo, uma nova ideia onde um objeto transfere pureza a Isaias e ao
invés da santidade de Deus o destruir, é transformado por ela.
Em outra ocasião o Profeta Ezequiel tem uma visão, onde ele se encontra em frente do
templo e ver água escorrendo de dentro dele, a água vira um riacho, se torna um rio
profundo, começa a fluir pelo deserto e vai dando vida por onde passa, até chegar no mar
morto, tornando tudo fresco e vivo.
Ao invés de nos tornarmos puro e depois irmos ao templo, a Santidade de Deus sai do
templo, tornando todas as coisas puras e trazendo vida, esse é o sinal apontando para a
vinda do Salvador Jesus, o Cristo. Ele é a fonte da vida. Jesus é a brasa viva em Isaias!!!
Aleluia!!! Ele carregou sobre si todas as nossas impurezas, pecados. Jesus é o que cura,
sara, restaura e salva!!!!! Glória a Deus!!!!
Portanto, é o Senhor Deus que nos santifica de forma sobrenatural, mas também, cria
parâmetros ao seu povo, chamando-os a santidade.
Temos no AT em Levíticos 19.2 “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-
lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”
E na Nova Aliança NT, os crentes também, são chamados a se santificar e serem
participantes da sua santidade. Hb 12.14 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.”
É a continuação do que foi iniciado no Novo nascimento, quando uma novidade de vida
foi conferida ao crente e sobre ele liberada.
É O Espírito Santo aplicando na vida do cristão a obra realizada por Jesus Cristo.
A Santificação ela é tanto Moral como Espiritual, ou seja, designa não apenas o fato de
os crentes serem formalmente separados, ou pertencerem a Cristo, mas que devem,
portanto, agir de acordo com isso. A Santificação é um processo de uma transformação
do caráter, que exige toda uma vida para se completar.
Sobrenatural porque é algo que Deus faz em nós e não nós que fazemos por nós mesmos,
não é apenas uma reforma.
“Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si
mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras” (Tt 2.14) NVI.
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até
o dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6) NVI
APLICAÇÃO:
A Santidade de Deus é definitivamente um atributo onde Deus nos convoca a “ser” antes
do “fazer”. Muitos entendem o “chamado de Deus” como um convite ao serviço, no
entanto, a Bíblia define o chamado de Deus primeiramente para sermos e não meramente
a fazermos. Em I Coríntios 1.1-3: “Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser
apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar
invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça a vós outros
e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.”
Obviamente que, também somos chamados para servirmos, Jesus mostrou bem isso no
lava pés, no livro de João 13.5. Mas, o chamado divino, tem foco na santidade, somos
chamados para sermos Santos!!! Paulo na carta aos Romanos deixa claro isso: Romanos
1.7: “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos,
graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”
É importante destacar que o projeto divino nos exorta a uma vida diferente daquela que
tínhamos antes da conversão. Temos que viver um padrão ao qual o próprio Deus definiu,
a “Santidade Divina”. 1 Pedro 1.14-16 (NVI): “Como filhos obedientes, não se deixem
amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como
é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois
está escrito: ‘Sejam santos, porque eu sou santo’.”
“Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conforme
a imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm.
8.29).
A palavra traduzida “serem conforme” indica uma semelhança com Jesus que não seja
apenas aparência externa ou superficial; significa todo o conjunto de características ou
qualidades que fazem com que uma coisa seja o que é.
É UMA OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne” (Gl. 5.16);
Paulo pede tanto a prática das virtudes como a rejeição do mal (Rm. 12.9,16, 17).
Devemos mortificar as obras da carne (Rm. 8.13) e a apresentar nosso corpo como
sacrifício vivo (Rm. 12.1,2);
Assim, embora a santificação seja obra de Deus, o cristão também tem sua função,
incluindo-se a evitar o pecado e o desenvolvimento da santidade.
CONCLUSÃO:
A vida cristã é cheia de lutas contra o pecado, e uma constante persistência pela santidade.
Paulo em Rm. 7. descreve sua própria experiência, num testemunho vivo e forte do fato
de que o crente está em luta contra o pecado: “Sei que nada de bom habita em mim, isto
é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-
lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse continuo
fazendo”. (v.18.19). Essas palavras vieram de um dos maiores cristãos de todos os
tempos. Se ele enfrentou grandes dificuldades com o pecado, com certeza devemos
concluir que a luta não será fácil para nós. Mas não devemos jamais desistir.
O padrão a ser buscado é a libertação total do pecado. As ordens para nos esforçar pela
graça de Deus a fim de alcançar tal alvo são por demais numerosas (I Ts. 3.13); E mesmo
sabendo que o pecado não desaparecerá de nós, nesta vida, essa deve ser a nossa meta: A
Santidade. POIS SOMOS FILHOS OBEDIENTES, PERSEVERANTES E
EXPRESSAMOS NOSSO AMOR A DEUS DESTA FORMA, BUSCANDO O
CAMINHO DA SANTIDADE.