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Casais da Bíblia: A saga do Eros na Aliança!


Facilitadores: Leonardo e Josiana Potiguara
Lapidote e Débora: A Liderança Está Nela e Não Nele
“Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela atendia debaixo da
palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel
subiam a ela a juízo” (Jz. 4.4,5)
INTRODUÇÃO:
Lapidote e Débora retratam o perfil do casal em que a liderança é encontrada na esposa, e não no
marido como é habitual encontrar na Escritura Sagrada. Débora desponta-se como Juíza, Profetisa e
Compositora de Música no contexto da era dos juízes de Israel. O próprio tema dessa aula já
expressa o preconceito que temos em encontrar esse perfil de casamento, onde a voz da mulher
possui mais iniciativa do que a voz do marido; porém a Bíblia registra esse perfil de relação, nos
propondo uma reflexão para compreensão, aceitação e aplicação deste tema.
A história de Lapidote e Débora, mais especificamente de Débora, narrada nos capítulos 4 e 5 do
livro dos Juízes, aconteceu no turbulento período dos Juízes de Israel, O autor do livro resume este
período na seguinte frase: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais
reto”. (Jz. 21.25). Débora foi a quarta liderança ou juiz levantado por Deus em Israel neste período.
“...por terem desobedecido às ordens de Deus e deixado redutos de pagãos espalhados por toda a
Palestina, os israelitas sofreram sete ondas sucessivas de opressão dos gentios. ”
(MacDonald,2010, p.158).
Um opressor se levantou contra Israel, seu nome era Jabim, rei dos cananeus, que reinava na cidade
fortificada de Hazor e cujo comandante do exército se chamava Sísera. Jabim se gabava de seus
novecentos carros de ferro, com os quais dominou os israelitas durante vinte anos. O exército
inimigo era praticamente invencível, Israel tinha apenas uma infantaria, faltava-lhe cavalos e carros
de combates. Carson comenta:
“Era muita opressão, a apostasia havia se instalado, por este motivo veio o juízo renovado do
Senhor, dessa vez em forma de Jabim e Sísera”.
(Carson,2008, p.411).
Débora exerceu o chamado de Deus para liderar seu povo. Foi justamente, segundo a Dra Joyce:
“...num período de incredulidade, de sérias dificuldades políticas (Jz 4.2-3) e de uma ausência de
liderança masculina adequada”
(EVERY-CLAYTON, Dra. Joyce, 2014, p. 88).
O fato de Deus ter levantado Débora para ser juíza foi um ato da graça divina, mas também uma
humilhação para os israelitas que viviam numa sociedade de domínio masculino. O povo se
encontrava distantes de Deus e agiam sem discernir o certo do errado, e é neste momento que
Débora, essa mulher corajosa e temente a Deus se levanta como mãe em Israel.

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Na própria descrição de Débora desse período, ela afirma que: “Ficaram desertas as aldeias em
Israel, repousaram, até que eu Débora me levantei, levantei-me por mãe em Israel” (Jz. 5.7)
Israel, portanto, vivia num tempo de demência espiritual, e consequentemente de opressão.
Débora convocou Baraque, da tribo de Naftali, na fronteira Norte, e ordenou que ele recrutasse um
exército de 10.000 homens de sua própria tribo e da tribo vizinha de Naftali e de Zebulom. (Jz. 4.6).
Baraque hesitou, insistindo que Débora o acompanhasse no cumprimento dessa tarefa. Além de
participar do processo de formação do exército, Débora também sugeriu a estratégia para a batalha.
No passado, Deus havia falado por meio de Moisés e Josué, e naquele momento estava falando por
meio de Débora. Deus ajudou-a enviando uma tempestade violenta (Jz. 5.4) e numa reconstituição,
em menor escala, da travessia do mar vermelho, as carruagens inimigas com seus cavalos atolaram
na lama, o próprio Sísera viu-se obrigado a abandonar seu próprio carro e fugir a pé. (Jz. 4.17).
“Nesse momento, Débora ordenou o ataque (4.14): homens a pé contra
carros! No momento critico da batalha, começou a chover, transformando a
planície em um lamaçal, de modo que os cavalos e seus carros ficaram
totalmente incapacitados (5.4). A vantagem agora pertencia totalmente á
infantaria (...) Baraque pressionou, e Sísera separou-se do exército e fugiu.
Sem líder e lutando a pé, as tropas de Sísera bateram em retirada para o
quartel-general. A chuva continuou, e o Quison se transformou numa
correnteza. Os soldados fugitivos que escaparam dos israelitas acabaram
sendo levados pelas águas do rio ao tentarem atravessar o vau em direção a
Harosete”. (Notas diárias da União Bíblica citado por MacDonald,. 2010, p. 180).

Sísera aceitou o convite de Jael para refugiar-se em sua tenda, (Jz. 4.17), supondo ele, que seu
marido, um queneu, mantivesse a neutralidade, Jael era uma mulher astuta, de gênio incentivo e
corajoso, Jael simpatizava com o povo de Israel e aproveitou a oportunidade para livrar os hebreus
em um momento sumamente critico de sua história, até o leite que ela deu a Sísera representou um
papel importante para ela alcançar o seu propósito, era "leben", o leite dos nômades, que tem efeito
suporífero.
A destruição do poder cananeu foi imortalizada por Débora, Baraque e Jael, num exemplo da mais
refinada poesia hebraica, um cântico de louvor a Deus descrevendo os acontecimentos que deram
vitória ao povo. (Jz. 5.1-31)
“Diferentemente dos episódios anteriores, a obra da libertação de Israel
dessa vez foi partilhada por três personagens principais: Débora, profetisa e
Juíza (no sentido administrativo; Jz. 4.5), Baraque, que é chamado por
Débora para liderar Israel na batalha (Jz. 6.16) e Jael, que, na sua tenda e
sem nenhuma ajuda, finalmente executa Sísera (Jz .4.21) é, contudo, a
própria intervenção do Senhor, Jael com sua origem não Israelita e métodos
poucos convencionais, ilustra ainda mais a liberdade soberana que o Senhor
tem de usar quem Ele quer a fim de atingir os seus propósitos”.
(Carson, 2008, p 412)

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DÉBORA, A LIDER JUIZA.


Débora foi a única mulher a julgar entre os juízes de Israel. “As mulheres normalmente eram
relegadas a plano inferior ao dos homens na estrutura tribal de Israel”. (Shedd, 1997, p.348).
Débora, portanto, representava o alto padrão de uma mulher que não se curvou e nem se prostrou
diante de um tempo difícil.
“Débora (hebr. Abelha) era uma dona de casa quando foi escolhida para
servir a sua nação. Como não pertencia a uma linhagem aristocrática, é
identificada apenas como mulher de Lapidote (Jz.4.4). No entanto, Débora
foi a única mulher das Escrituras a ocupar um cargo político elevado por
escolha do seu próprio povo. Apesar de suas responsabilidades domésticas
provavelmente terem ficado em segundo plano durante seu serviço ao País,
antes de tornar-se juíza, ela referiu-se a si mesma como “mãe em Israel” (Jz.
5.7).
(Patterson, em seu comentário na Bíblia da Mulher, ano, 2012, p.409)
Numa nação apóstata, caracterizada pela rejeição de Deus e por uma atitude geral em que cada um
fazia como lhe parecia melhor (Jz 17.6; 21.25), Débora foi, em primeiro lugar, uma conselheira,
exerceu liderança à sombra de uma palmeira próxima a sua casa, discutindo e sugerindo soluções a
pessoas com problemas. O sistema judicial estava corrompido, o exército era impotente para
defender as fronteiras do País; o sacerdócio de sua nação outrora teocrata, não tinha mais nenhuma
expressão. Foi nesse contexto que Débora se tornou juíza e, por fim, libertadora de seu povo em
tempos de guerra.
“Muito antes de exercer sua liderança incomum e demonstrar sua
capacidade de tomar decisões para salvar a nação das dificuldades, Débora
era uma dona de casa, esposa e mãe em Israel. Sua compaixão foi despertada
pelas atrocidades sofridas por seu povo, Débora se dispôs a fazer a sua parte
e recebeu vitória ao confiar em Deus, tornando a sua liderança sob a direção
de Deus”. (Patterson, 2012. p.409)
Os detalhes da biografia de Débora não são encontrados no texto: não há nenhuma informação sobre
a sua juventude; embora seja chamada de mãe em Israel, os nomes de seus filhos não são citados;
sabemos por inferência que era uma dona de casa, e o texto descreve que era esposa de Lapidote, e
julgou a Israel durante o período da opressão e domínio de Jabim; Era profetiza quando Deus a
escolheu para liderar esta batalha, ordenando-lhe que enviasse soldados para destruir Sísera. Baraque
e o povo seguiram sua liderança e receberam inspiração para executar o plano de Deus; Débora
ouviu a Deus, mostrando ter um coração de uma serva, delegou tarefas, louvou ao Senhor, liderou
com autoridade recebida de Deus, motivou o povo, foi uma líder respeitada.
“Deus fez surgir outros juízes para libertar o povo, e em seguida julgaram
os hebreus, mas Débora foi a única que exerceu funções de árbitro e juiz
antes de libertar o povo, tinha também o dom de compor poesia, seu cântico
guerreiro é uma obra prima da antiga literatura hebraica (cap.5), o caso de
Débora nos ensina que nem todas as mulheres em Israel se limitaram a
ocupar papel de esposa e mãe. (Holf, 1996, p. 74)

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Holf (1996, p. 74) comenta, também, que “devido ao fato de Baraque ter colocado a sua
confiança numa mulher, em vez de em Deus, a honra do triunfo seria para uma mulher”. Essa
afirmativa é enfatizada pela própria Débora no texto: (Jz.4.9) “E disse ela: Certamente, irei contigo,
porém não será tua a honra da investida que empreendes, pois, ás mãos de uma mulher o Senhor
entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes”. “Contudo, em Hebreus
11.32-33, elogia a fé de Baraque, não a de Débora. Apesar de hesitante no começo, Baraque
obedeceu ao Senhor pela fé e libertou Israel” (MacDonald. 2010, p. 178). Esta afirmação provoca a
reflexão de que da mesma forma que Deus levanta a liderança feminina, também produzirá fé no
coração do homem para obediência á esta liderança. Aquele que está na posição de Baraque, deve
entender que sua obediência será á Deus e não a uma mulher propriamente falando. O princípio de
obediência a liderança constituída é espiritual e independe do gênero que Deus escolheu.
LAPIDOTE, O MARIDO APOIADOR DO MINSTERIO DA ESPOSA.
Seu esposo Lapidote, (Hebraico tocha), só é mencionado apenas uma vez. Quanto ao seu casamento
podemos inferir que os atributos de Débora a identificam como uma mulher sábia, pois já exercia a
função de conselheira, ela era como um lugar de refúgio para seu povo, debaixo de uma palmeira ela
julgava a causa de seu povo; ela destacou-se como sábia, portanto é na sabedoria que reside a
construção de um lar ideal, “a mulher sábia edifica a sua casa (...)” (Pv. 14.1). Embora Lapidote
não apareça no drama contado, sua personalidade pode ser apreciada como alguém que apoiou sua
esposa na liderança de juíza da nação, pois também não foram registradas tentativas dele de impedi-
la a tal conjuntura.
NÃO DEVEMOS CONFUNDIR A LIDERANÇA QUE DÉBORA EXERCEU, COMO JUÍZA,
COM SUAS TAREFAS DOMÉSTICAS OU COM SEU PAPEL DE ESPOSA. O chamado divino
em sua vida não era pra sobressair sobre seu esposo em questões de autoridade sacerdotal e sim na
função de liderar o povo do Senhor á sua libertação da opressão do inimigo. A decisão divina de
escolhê-la nos é desconhecida, embora saibamos que ela foi corajosa, sábia, profetisa, ousada e
adoradora fervorosa do Senhor, chegando mesmo a compor seu cântico de vitória e memorial ao
Senhor. MacDonald defende esta posição com radicalidade ao afirmar que:
“Dessa vez, Deus não escolheu um homem, mas uma representante do ‘sexo
frágil’, uma profetisa chamada Débora. Não é normal uma mulher ocupar
tal posição de liderança espiritual, mas aquela era uma época de decadência.
Débora não deve ser usada como modelo para as mulheres na igreja de hoje,
pois era exceção, não a regra. Além disso, tratava-se de Israel, não da
igreja”. (MacDonald. 2010, p.179)
Embora o tempo fosse de decadência espiritual e apostasia nacional, subtendendo claramente que os
homens foram omissos em seu papel de lideres, provocando nas mulheres a iniciativa de liderar.
Devemos compreender que, foi o próprio Deus quem a chamou, pois, o chamado poderia ter sido
dirigido ao próprio Lapidote, mas Deus optou por escolher sua esposa.
Um marido de uma esposa que exerce liderança não é diminuído e nem deve diminuir os seus
valores como o cabeça do lar, por não está na mesma posição que ela, mas deve compreender que
Deus levanta quem Ele decide para exercer liderança.
A Bíblia não esboça quaisquer questionamentos de Lapidote em relação a Débora estar exercendo
liderança de Juíza em Israel, o que subtende que Lapidote foi de singular apoio ao ministério de
Débora, tal observação realça o tema desta aula, em que a liderança está nela e não nele, embora sem

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ele, sua liderança poderia não ser completa como o foi. Escutamos muito a expressão: “por trás de
um grande homem, existe uma grande mulher”. No entanto, é possível dizer, nesta situação, que por
trás de uma mulher forte e corajosa existe um homem curado e autoconfiante que lhe apoia por
compreender a missão de sua esposa, lhe dando condições de se afirmar em sua função mesmo numa
sociedade que desvaloriza a liderança ministerial da mulher.
PERFIL DA RELAÇÃO DE LAPIDOTE E DÉBORA.
O perfil de Débora é o da esposa que se destaca na liderança, seja na profissão ou na igreja. Ela é
conselheira, pois emite princípios para aqueles que lhe procuram; Débora atendia debaixo de uma
palmeira; ela também é possuidora de um dom espiritual como a profecia, o texto nos diz que ela era
profetisa em Israel; ela também canta louvando ao Senhor, e até compõe músicas para Deus em
adoração; como podemos ler no capítulo cinco de Juízes; ainda é destaque sua ousadia e sabedoria
em lidar com os conflitos de seu tempo; mantendo ainda sua postura de esposa e mãe; “Enganosa é
a graça e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, esta será louvada” (Pv. 31.30)
O perfil de Lapidote é o do marido apoiador, não se revoltou e nem questionou o ministério de sua
esposa; não há registro de reações favoráveis ou desfavoráveis dele para com ela nesta conjuntura,
porém também não encontramos reações de resistência ou de discordância para com ela;
É possível encontrar casais com esse perfil, onde a mulher se encontra á frente de uma liderança, e
cujo marido lhe apoia; onde o comum a ser encontrado é o marido como líder e a esposa como
apoiadora; vale ressaltar que a liderança de Débora não foi uma liderança eterna, durou enquanto a
guerra acabou, depois disso ela voltou para casa e provavelmente exerceu seu papel de esposa e mãe,
bem como pode ter continuado a atender debaixo da palmeira.
É possível também encontrar maridos omissos, que não apoiam suas esposas no ministério, e
trabalham por impedir que ela venha a se destacar, muitas vezes movidos pelo preconceito, ou pela
aparência social por valores culturais egocêntricos; Dusilek afirma que há maridos que:
“tem inveja de sua esposa e de seus talentos, impedem-nas de desabrocharem como pessoa,
e de colocarem seus talentos a serviço do Reino. Há mulheres talentosas, inteligentes e
outras que por alguma circunstancia não puderam continuar os estudos, e querem
recomeçar. Porem, e infelizmente, os maridos as impedem. Não as deixam crescer”.
(Dusilek, 2005, p.66)
A esposa ou esposo com esse perfil precisa cuidar em não promover uma política de competição
entre o casal, faz-se necessário sobriedade e acordos feitos para o equilíbrio da relação.
A esposa com o perfil de Débora deve aperceber-se em não trocar os valores de seus papeis, ou seja,
sua liderança como juíza era desígnio de Deus para ela e para a nação, porem isso em nenhum
momento a excluiu de ser a auxiliadora e esposa em seu lar, ela não trocou seus valores caseiros;
Quando a mulher leva o seu cargo de liderança profissional ou ministerial para dentro do lar,
atropelando assim a liderança do marido, ela estará corrompendo sua vocação; Com certeza faz
necessário uma dinâmica para qualquer ‘Débora’ da vida se manter em equilíbrio nos dois mundos
em que ela vive; um de líder e o outro de liderada.
CONCLUSÃO
A liderança feminina é um assunto desafiador, e de dificil absorção, porem relevante para hoje; O
objetivo aqui não foi propor este casal como modelo, mas expor um perfil que instiga desafios que se

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engendram, nesta função de esposa, privilégio de liderar, responsabilidades diante da família e do


grupo e as cobranças que aparecem.
O objetivo final é entender que seja em qual papel Deus convocar, como esposa lider ou auxiliadora,
e para ele como apoiador ou lider, o importante é glorificar a Deus em sua vida e em sua função.
“É bom lembrar que Deus não divide a família, pois ele jamais dividiria o que ele
mesmo criou para permanecer unida”. (Dusilek, 2005, p.13)
Portanto, o marido que nao compreende ou não aceita a liderança da esposa pode provocar amargura
no coração dela, e até divisão na família. Seus motivos egocêntricos estão muitas vezes escondidos
por trás de um discurso muito comum: “a mulher deve ser submissa ao marido”, palavra essa
intepretada “á moda da casa” ou ao seu modo para justificar seu egoismo ou falta de entendimento.
“Quando Deus vocaciona alguém para o ministério, ele ajusta a essa
pessoa chamada todas as demais pessoas ligadas a quem Ele está
chamando, sem violenta-las, para que o cumprimento da chamada seja
completo, produza alegria, e traga realização pessoal a cada compornente
da família”. (Dusilek, 2005, p.15)
Não é correto utilizar a história de Débora e Lapidote para autenticar o ministerio pastoral feminino;
Uma hermenêutica saudável do texto não apoia tal interpretação; porém refletimos um perfil que é
possivel e recorrente, pois encontramos esposas que são “tão competente e ativa (as vezes mais que o
marido), que o povo reconhece, embora inconscientemente, que quem é o ‘pastor’ é ela. Isso é bom
por um lado, porque estarão reconhecendo a capacidade da esposa, mas é péssimo por outro, porque
podem surgir cobranças e comparações dela com o marido, e isto certamente prejudicará tanto o
rebanho, como o relacionamento conjugal do casal”. (Dusilek, 2005, p. 25).
“Há igrejas que, embora não concordem com a ordenação feminina, ficam
com o pastor por causa da esposa talentosa que ele tem. Sua capacidade de
liderança, o dom de música, a personalidade agradável no trato com as
pessoas fazem com que a esposa cative os membros, e mesmo que o marido
não seja um excelente pastor, a igreja continua com ele, por causa dela. O
aspecto principal aqui é a fragilidade dessa situação, pois o pastor deve ser
considerado pelo que ele é, como pessoa e como vocacionado, e não
simplesmente como alguém que casou com uma mulher talentosa. E por
outro lado, a esposa deve ser considerada pelo que ela é um ser humano
com seus talentos e limitações, e não a testa-de-ferro do marido”.
(Dusilek, 2005, p.26)
Concluimos que é um privilégio servir a Deus e cumprir o ministério seja como lider ou como
apoiador do lider. Não importa qual a posição ou não, diante das pessoas, o que importa é a
aprovação de Deus e seu reconhecimento que faz individualmente a nós e pelo nosso nome.

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REFERÊNCIAS:

BÍBLIA DA MULHER. Leitura, Devocional e Estudo. 2ª ed. SBB, São Paulo. 2009.
BÍBLIA SHEDD, Referencias e Notas Explicativas. Vida Nova. São Paulo, 1997.
DUSILEK, N.G. Mulher sem nome Dilemas e Alternativas da esposa do pastor. 8ª impressão. Vida.
São Paulo. 2005.
EVERY-CLAYTON, Joyce Elizabeth W. Fale Mulher: escutando as mulheres da bíblia, João
Pessoa: Betel Brasileiro, 2014.
CARSON, D.A. Comentário Bíblico Vida Nova. Vida Nova. São Paulo. 2008.
HOLF, P. Os livros Históricos: Deus e o seu Povo no Antigo Testamento. Vida. São Paulo. 1996.
MACDONALD,W. Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento. Mundo Cristão. São Paulo.
2010.

*Todos os textos bíblicos utilizados foram retirados da Almeida Revista e Atualizada.

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