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DOUTRINA

DE DEUS
• O SER DE DEUS

Prof. Clezio Lucena


INTRODUÇÃO:
• COMO PODEMOS DESCREVER DEUS?

• Podemos afirmar que já conhecemos


algo sobre Deus até aqui, mas
cremos também a questão “QUEM É
DEUS?” não é tão simples de
resolver;

• Sabemos que por natureza, não


podemos definir Deus, por ser
infinito, Ele está além de qualquer
definição, por essa razão Ele não é
definido na Escritura e sim descrito
de diversas formas: nomes,
atributos, características e seu
relacionamento com sua criação;

• Dessa forma, vamos acompanhar


hoje, algumas atribuições que a
Escritura faz com relação a
características distintivas de Deus,
particularidades exclusivas dEle;
1- NATUREZA
DE DEUS:
• De acordo com a Escritura, a natureza de Deus
é essencialmente espiritual: "Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade" Evangelho de João
04:24, e se compõe dos seguintes “elementos:”
Amor, Santidade, Justiça, Benignidade,
longanimidade, misericórdia, graça, perfeição
Absoluta, Onipotência, Onisciência,
Onipresença;

• Mas, todas a atribuições juntas não teriam sido


suficiente para pagar o preço do resgate de
uma alma, sem a morte e ressurreição do Deus
Unigênito, o Qual, compõe a Divindade Trina e
Único Deus Verdadeiro;

• Deus é então, literalmente falando, fisicamente


e Pessoalmente, Uma Composição de Três
Pessoas Distintas e Pessoais de igualdade
absolutamente iguais de atributos, de
Onipotência, Onipresença e Onisciência e
Senhores absolutos destes Seus atributos
tendo domínio total sobre estes e, por esta
particularidade impar em todo o Universo, Se
tornam Um Único Senhor, Um Único Deus;
2- INFINIDADE DO SER E DAS
PERFEIÇÕES DE DEUS:
• A criação não é infinitamente perfeita em
seu ser a tributos, nem as criaturas
angelicais que não se corromperam, nem
nossoss primeiros pais antes da queda e
nem os crentes em estado de glória
vindoura são perfeitos;

• Só Deus é infinito em seu ser e


perfeições, só Ele é absolutamente
perfeito em sua natureza e atributos. Por
mais elevadas que sejam outras
criaturas, como os anjos, apenas Deus é
absolutamente perfeito;

• Com relação as obras de Deus, mesmo


expressando de forma excelente e
sufuciente a glória de Deus, ainda assim
são corrompidas e imperfeitas, contudo,
essas imperfeições não são originais e
sim consequencias da queda e logo
compreendemos que nenhuma das
nossas imperfeições pode ser atribuída a
Deus, onde por outro lado, todas as
nossas virtudes são atribuídas a Ele em
grau ilimitado e absoluto;
3- A UNICIDADE E
PERSONALIDADE DE DEUS:
• De forma simples, podemos afirmar que existe
um único Deus vivo e verdadeiro, sendo Deus
um ser único e pessoal;

• Inicialmente temos como implicação dessas


afirmações que não existem outros deuses,
não existe nenhum outro ser que se compare a
Deus ou que compartilhe sua natureza divina.
Assim, Deus é um ser vivo e verdadeiro, um
ser pessoal e inteligente, racional, moral e que
age livremente;

• A unicidade de Deus também envolve sua


personalidade, no sentido de que, embora
subsista em 3 pessoas, essas 3 pessoas
constituem um só ser, indizível em sua
essencia: a Trindade Santa. O certo é que a
personalidade de Deus é diferente da nossa,
ela é perfeita e triuna, a nossa é imperfeita e
una. Não obstante, Deus é verdadeiramente
pessoal, no sentido em que tem vontade,
inteligencia e sentimentos, podendo se
relacionar com os demais seres pessoais, sem
confundir-se com a natureza ou com alguma
força impessoal;
4- AUTO-EXISTÊNCIA
E INDEPENDÊNCIA
DE DEUS:
• Deus é auto-existente e absoluto, ou seja,
le é independente em sua existência e
soberano em sua vontade, não
dependendo de nada ou de ninguém,
sendo completamente livre e absoluto;

• Nada e nem ninguém jamais pode resistir a


vontade ou ação de Deus. Deus é a causa
de sua própria existência e subsiste
eternamente em 3 pessoas. Ele criou os
céus e a Terra, o tempo e o espaço, as
criaturas angelicais e os seres humanos,
porque assim foi do seu agrado, mas em
nada é dependente dessa criação;

• Deus é o único que tem vida em si mesmo,


conforme relata João 5:26, Paulo descreve
sua soberania absoluta em Rm. 11:34 e em
Ef. 1:11, pois Deus é auto-existente,
independente e absoluto;
5- ESPIRITUALIDADE
DE DEUS:
• Deus é um ser incorpóreo, um espírito
puro e, portanto, invisível

• Dizer que Deus é Espírito é fácil, pois a Bíblia diz


assim. Mas o que queremos dizer por “espírito”? A
palavra espírito é usada várias vezes com
significados diversos. Quais apontam para Deus?

• Espírito aerificado (Reduzir (-se) ao estado gasoso;


aerizar, Dicionário Aurélio Eletrônico); Salmos 11.6,
no hebraico “vento tempestuoso” ‘espírito de
tempestade’.

• Respiração – “espírito de vida”, Gênesis 6.17.

• Anjos – Salmos 104.4, “faz dos seus anjos


espíritos”. Podem ser tanto os bons quanto os
imundos (Marcos 1.27)

• Alma/espírito – do homem (Eclesiastes 12.7); de


Cristo (João 19.30); Deus é Deus “dos espíritos de
toda a carne” (Números 16.22).

• Sem Carne – “… seus cavalos, carne, e não espírito”


5- ESPIRITUALIDADE
DE DEUS:
• Ativo e eficaz – “Porém o meu servo Calebe, porquanto
nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me”;
Calebe manifestou uma afeição ativa e não uma índole
preguiçosa. Usou-se ‘espírito’, pois um espírito geralmente
tem uma natureza ativa (Números 13.24; Daniel 6.3).

• Forte atividade – Oséias 4.12, “O meu povo consulta a sua


madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito da
luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da
sujeição do seu Deus”. Esta mesma idéia é embutida em
Provérbios 29.11, “O tolo revela todo o seu pensamento
(Hebraico = ‘espírito’)” no sentido que ele não sabe refrear
a atividade da sua mente; ação espontânea sem controle
ou limite.

• Quando a Bíblia diz que Deus é Espírito, ela quer


transmitir que Deus é o somatório de todos os
significados, ou seja: uma substância invisível e ativa que
promove ações em Si e nos outros. Não tem corpo, é sem
tamanho, sem formato, sem bitola, ou comprimento de um
corpo completamente separado de algo que é carnal ou
de matéria. “Deus é Espírito espiritíssimo, mais espiritual
de todos os anjos ou almas”. Como Ele excede tudo na
essência do Seu ser, assim Ele excede tudo na Sua
natureza de espírito: não há nada grosso, pesado, ou de
5- ESPIRITUALIDADE
DE DEUS:
• A afirmação de que “Deus é Espírito” testifica contra a
heresia dos Saduceus que deram a Deus um corpo
somente. Atos 23:8, “Porque os Saduceus dizem que
não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os
fariseus reconhecem uma e outra coisa”.

• Afirmar que “Deus é Espírito”, no contexto de João


4.24, manifesta verdades sobre a verdadeira adoração
do homem à Divindade. A própria essência de Deus, e
não a vontade de apenas uma das Pessoas da
Trindade, se agrada da adoração espiritual, espírito
com Espírito. Não fica isento, nessa adoração
espiritual, o uso de lugares específicos e de objetos
corporais, pois tudo Ele criou, e ao homem deu-lhe um
corpo, logo este deve dá a Ele o Seu devido louvor
(Salmos 150.6). O uso do corpo, com gestos
cerimoniais, como os quais Jesus referia-se no
contexto, os dos fariseus e os dos samaritanos, não
agradaram, pois eram cerimônias mortas, feitas por
tradição e não por um coração com entendimento. Os
gestos cerimoniais originalmente apontavam às
verdades de Deus. Deus quer que O adoremos com
entendimento e não com cerimônias mortas. Jesus
disse à mulher Samaritana que ela deveria se separar
de todos os modos carnais (“Nossos pais adoraram
neste monte”, v. 20) e prestar louvor primeiramente
nas ações do coração e acondicioná-lo mais
corretamente à condição do Objeto adorado, que “é
Espírito”.
6- A IMENSIDÃO DE DEUS:

• A imensidão de Deus na teologia


deve ser entendida não como uma
extensão ilimitada e abrangente de
Deus no espaço, como ensina o
panteísmo, onde o universo seria o
corpo de Deus sendo ele próprio a
cabeça, mas como o poder que
Deus tem de ser transcendente no
espaço e ainda assim permanecer
um Deus pessoal.

• O panteísmo é a crença de que


absolutamente tudo e todos
compõem um Deus abrangente, e
imanente. Essa doutrina advoga
ainda que o Universo, a Natureza e
Deus são a mesma coisa.

• Diferentemente dos cristãos, os


panteístas não acreditam num deus
pessoal, antropomórfico ou criador,
por que para eles tudo é Deus.
6- A IMENSIDÃO DE DEUS:

• Onipresença é quase sinônimo de


imensidão, porém a imensidão denota
a transcendência de Deus no espaço
enquanto que a onipresença denota a
imanência (ou percepção de Deus) no
espaço.

• A onipresença é a capacidade
exclusiva de Deus de estar em todo e
qualquer lugar ao mesmo tempo. Em
teologia, a onipresença é um atributo
divino segundo o qual Deus está
completamente presente em cada
ponto do universo e em todos os pontos
da criação.

• Através de sua imensidão Deus é


capaz de estar presente pessoalmente
em qualquer lugar do espaço mesmo
sem ser invocado.
7- IMANÊNCIA E
TRANSCÊNDENCIA DE
DEUS:
• Deus é imanente em todas as suas criaturas e em
toda a criação, ou seja, ele pode ser percebido na
sua criação, mas não é parte dela, nem é da
mesma substância.

• A imanência de Deus é a capacidade que ele tem


de ser percebido em sua criação. Imanência não
deve ser confundida com o panteísmo onde (tudo é
Deus) ou com o deísmo que ensina que Deus está
presente no mundo apenas com seu poder e não
com sua essência e natureza, e que age sobre o
mundo à distância.

• Através desses dois atributos incomunicáveis Deus


está presente em todas as partes do universo
criado, (Sl.139:11,12).

• Apesar desses atributos facultarem a Deus o poder


de estar onde e quando quiser ao mesmo tempo, e
pessoalmente, Deus ocupa o espaço
variavelmente porque Ele não habita na terra do
mesmo modo que habita no céu, não habita nos
animais, mas habita nos homens, não habita nos
ímpios, mas habita nos piedosos, e não habita no
8- ONIPRESENÇA:

• Onipresença é quase sinônimo de imensidão,


porém a imensidão denota a transcendência de
Deus no espaço enquanto que a onipresença
denota a imanência (ou percepção de Deus) no
espaço.

• A onipresença é a capacidade exclusiva de


Deus de estar em todo e qualquer lugar ao
mesmo tempo. Em teologia, a onipresença é
um atributo divino segundo o qual Deus está
completamente presente em cada ponto do
universo e em todos os pontos da criação.

• Através de sua imensidão Deus é capaz de


estar presente pessoalmente em qualquer lugar
do espaço mesmo sem ser invocado.

• Já a onipresença de Deus tem a ver com a


percepção que se pode ter dele (imanência) e
com sua presença quando invocado.
9- ONISCIÊNCIA E
ONIPOTÊNCIA:

• Onisciência significa que Deus tem


conhecimento completo de tudo (oni
significa “todo”, ciência é conhecimento,
saber).

• Nas palavras do erudito Norman Geisler:


“Deus conhece tudo – passado, presente
e futuro; Ele conhece o real e o possível;
só o impossível (o contraditório) está
fora do conhecimento de Deus”.

• Onipotência significa, literalmente, que


Deus tem poder ilimitado. Na língua
hebraica, um dos nomes ou títulos de
Deus é El-Shadday, que quer dizer
Deus Todo-Poderoso, uma menção ao
9- ONISCIÊNCIA E ONIPOTÊNCIA:

• A versão grega do Antigo Testamento (a


Septuaginta), traduziu esta palavra pelo
vocábulo pantokrator (panto significa todo,
em grego; e kratos significa poder, domínio
ou governo).

• Quando esta palavra ocorre no Novo


Testamento ou na Septuaginta, ela também
significa “todo-poderoso” ou onipotente.

• Entretanto, Norman Geisler faz uma ressalva


importante: “onipotência não significa que
Deus possa fazer o que é contraditório.

• A Bíblia afirma que Deus não pode


contradizer sua natureza (Hb 6.18;2Tm 2.13;
Tt 1.2). Ele não pode forçar a liberdade (Mt
23.37). Ele trabalha persuasivamente, mas
não coercivamente”. Deus não pode mentir,
nem pode fazer um homem pecar.
10- IMUTABILIDADE DE DEUS:

• Há várias razões lógicas por que Deus deve ser


imutável, isto é, por que é impossível que Deus
mude. Em primeiro lugar, se alguma coisa muda,
deve fazê-lo em alguma ordem cronológica. Deve
haver um ponto no tempo antes da mudança e
um ponto no tempo após. Portanto, para que a
mudança ocorra, deve acontecer dentro das
limitações de tempo; no entanto, Deus é eterno e
existe fora das restrições de tempo (Salmo 33:11;
41:13; 90: 2-4; João 17: 5; 2 Timóteo 1:9).

• Em segundo lugar, a imutabilidade de Deus é


necessária para a Sua perfeição. Se algo muda,
deve mudar para melhor ou pior porque uma
mudança que não faz diferença não é uma
mudança. Para que a mudança ocorra, ou algo
necessário é adicionado, o que é uma mudança
para melhor, ou algo necessário é perdido, o que
é uma mudança para o pior. Mas, uma vez que
Deus é perfeito, Ele não precisa de nada.
Portanto, Ele não pode mudar para melhor. Se
Deus perdesse algo, Ele não seria mais perfeito;
portanto, Ele não pode mudar para pior.
10- IMUTABILIDADE DE DEUS:
• Em terceiro lugar, a imutabilidade de Deus está
relacionada com a Sua onisciência. Quando
alguém muda de ideia, muitas vezes é porque
nova informação veio à luz que não era
anteriormente conhecida ou porque as
circunstâncias mudaram e exigem uma atitude ou
ação diferente. Porque Deus é onisciente, Ele não
pode aprender algo novo que não já soubesse.
Então, quando a Bíblia fala de Deus mudando de
ideia, deve ser entendido que a circunstância ou
situação mudou, e não Deus. Quando Êxodo
32:14 e 1 Samuel 15:11-29 falam de Deus se
arrependendo, é simplesmente descrevendo uma
mudança de dispensação e relações externas
para com o homem.

• Números 23:19 apresenta claramente a


imutabilidade de Deus: "Deus não é homem, para
que minta; nem filho de homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não
o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?" Não,
Deus não se arrepende. Estes versículos afirmam
a doutrina da imutabilidade de Deus: Ele é
imutável e inalterável.
CONCLUSÕES:
• Estudar acerca do ser de
Deus tem como finalidade nos
aprofundar no conhecimento
acerca da Palavra de Deus;

• Estudar acerca do ser de


Deus tem como objetivo maior
estreitar o nosso
relacionamento com Ele;

• Estudar acerca do ser de


Deus deve nos impulsionar a
um anúncio sobre Ele mais
claro, consistente e objetivo;

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