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Mensagem 5

Conferência Internacional – Setembro de 2020


Deus nos chama para o Seu reino e glória
Mensagem 5 – A Vontade de Deus: A Vossa Santificação
Leitura bíblica – 1 Ts 4:3-4

1. REVISÃO DAS PRIMEIRAS QUATRO MENSAGENS


2. O que motivou o tema desta conferência, “Deus nos chama para o Seu reino e glória”, baseado em 1 e 2
Tessalonicenses, é o sentimento da iminente volta do Senhor. Precisamos nos preparar! Os acontecimentos
mundiais e o avanço do evangelho do reino testemunham a proximidade da Sua volta.
3. Vimos como foi o surgimento da igreja em Tessalônica e também a localização desta cidade, na região da
Macedônia. Fomos assim ambientados ao contexto histórico da primeira carta aos tessalonicenses. Neste livro
encontramos a estrutura da vida cristã: a fé, o amor e a esperança (1 Ts 1:3). Há a obra da fé, o labor do amor
e a perseverança da esperança. A fé é nosso fundamento sólido. O labor de amor é como edificamos sobre a
nossa fé. E a esperança é a pedra de remate desse edifício. Temos esperança plena de que o Senhor vai voltar!
4. No dia em que cremos iniciou-se em nós a obra de fé: nosso espírito foi salvo. Entretanto, Deus ainda quer
salvar a nossa alma, por isso há demanda do labor de amor. O amor deve aumentar em nós, em nossa alma.
Por fim, temos a expectativa e certeza da volta do Senhor, e isso nos leva a perseverar na vida da igreja. Em
Sua volta nosso corpo de humilhação será transformado num corpo glorioso.
5. A obra da fé continua ocorrendo em nós hoje, mediante nosso contato com a Palavra de Deus, a qual traz a fé
para nosso interior. Alguém prega e nós abrimos os ouvidos, então a Palavra passa pela nossa mente e chega
ao nosso espírito, trazendo a fé objetiva para dentro de nossa fé subjetiva. Isso deve continuar, até que toda
a fé objetiva seja transportada para nossa fé subjetiva, alcançando, a partir do nosso espírito, todas as partes
de nossa alma, santificando nossa mente, emoção e vontade.
6. Obtendo este crescimento, por termos uma alma saturada pelo espírito, até nosso corpo mortal será
influenciado e, por fim, na vinda do Senhor, este corpo será glorificado.
7. A VONTADE DE DEUS É A NOSSA SANTIFICAÇÃO
8. Em 1 Ts 4:1-8 vemos uma seção que chamamos de “exortação à santidade”. Já em 1 Ts 4:9-12 vemos a seção
intitulada de “amor fraternal”. Na mensagem de hoje vamos ver os versículos destas duas seções. As palavras
de Paulo em 1 Ts 4:1-9 têm relação com a obra de fé, enquanto as palavras de 1 Ts 4:9-12 se relacionam ao
labor de amor. Por fim, 1 Ts 4:13-18 fala-nos da esperança da vinda do Senhor. Portanto, neste Capítulo 4
encontramos a obra da fé, o labor de amor e a perseverança da esperança. Essa é a estrutura das duas epístolas
aos tessalonicenses.
9. Paulo vem nos chamar a atenção para a maneira como devemos viver e agradar a Deus (1 Ts 4:1). Os
tessalonicenses já estavam neste caminho, mas não podiam parar, precisavam continuar cada vez mais. Na
vida da igreja, não podemos parar, ao contrário, devemos progredir cada vez mais. Paulo os havia instruído
com respeito à economia de Deus (1 Ts 4:2). Isso deve ter levado mais tempo do que três semanas, pois o
plano de Deus possui muitos detalhes.
10. Paulo declarou claramente que a vontade de Deus é a nossa santificação (1 Ts 4:3). Deus é santo. Entretanto,
para nós nos tornarmos santos, há necessidade de passarmos por um processo. No Velho Testamento há
vários versículos que declaram que Deus é santo. Já no Novo Testamento encontramos em 1 Pedro 1:16:
“Porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo”. Com isso vemos a vontade definida de Deus: que
sejamos santos, porque Ele é santo. Se o homem tivesse comido da árvore da vida, a vida divina entraria nele,
trazendo junto com esta vida a natureza santa de Deus. Assim, seríamos santos, distintos como Deus
é. Entretanto, o homem desobedeceu e, a partir daí, foi se degradando, até chegar à situação mostrada em
Gênesis 6. Toda a humanidade foi corrompida, todos fomos contaminados pela morte, por causa do ato de
Adão.
11. Hoje o Senhor nos chama para sermos santos em todo o nosso procedimento (1 Pe 1:14-15). Essas palavras
são semelhantes às que encontramos em 1 Ts 4:3, que dizem respeito à maneira de viver que agrada a Deus.
12. Santidade é a própria natureza de Deus. Após pecar, o caminho da árvore da vida foi fechado ao homem. Deus
colocou um querubim com uma espada flamejante, impedindo o homem de avançar (Gn 3:24). O fogo desta
espada representa a santidade de Deus. O querubim representa a glória divina, da qual o homem foi
destituído, e a espada representa a Sua justiça, perante a qual o homem está reprovado. Assim o Jardim do
Éden ficou fechado ao homem caído.
13. O anjo do Senhor apareceu a Moisés numa sarça em chamas. Deus estava dentro do fogo, e de lá falou a
Moisés que tirasse as sandálias dos pés, porque a terra ali era santa (Ex 3:2-5). Moisés não podia aproximar-
se de qualquer maneira. Portanto, o fogo representa a santidade de Deus. Deus é fogo consumidor (Hb 12:29).
Ele é sério com relação à Sua justiça, santidade e glória. Não podemos brincar com as coisas de Deus.
14. SANTIFICAÇÃO POSICIONAL E DISPOSICIONAL
15. O santuário santificava o ouro e o altar santificava a oferta (Mt 23:17, 19). O ouro e o animal tornam-se santos
porque o lugar em que eles estavam eram santos. No mundo eram coisas comuns, mas uma vez colocados no
templo e no santuário, tornavam-se santos, diferentes do demais. Essa é a santificação posicional, a qual nós
também experimentamos ao crer, invocar o nome do Senhor e ser salvos. Com isso, experimentamos uma
transferência do mundo para o lugar santo. Esse é o efeito da redenção eterna de Cristo. Ela nos trouxe para
um lugar santo.
16. O passo seguinte a esta primeira experiência é permitirmos que a santidade seja trabalhada em nós, através
de recebermos a Palavra, a qual traz para nós a fé subjetiva. Esse é o processo da santificação disposicional, a
qual é complementar à santificação posicional. Pela santificação posicional, agora somos como um copo limpo
colocado sob o jorrar de uma torneira, a fim de recebermos a água em nosso interior.
17. 1 Ts 4:3 mostra que Deus quer nos fazer santos. Na verdade, Ele quer nos fazer santos e irrepreensíveis (Ef
1:4-5). Sua vontade ao nos escolher mostra Sua vontade definida para conosco: que sejamos santos e
irrepreensíveis perante Ele.
18. De que maneira podemos ser santificados disposicionalmente todos os dias? É por meio da Palavra de Deus
(Ef 5:25-27). O desejo Dele ao se entregar pela igreja, era santificá-la pela Palavra. Pela lavagem de água da
Palavra, Ele vai nos apresentar a Si mesmo como igreja gloriosa, sem defeito e nem rugas. Este é um
tratamento como de um jato de água purificadora, que nos renova e limpa, para podermos nos casar com
Cristo.
19. A santificação nos leva a nos abster, nos afastar da prostituição, que é a fornicação (1 Ts 4:3b). Em outras
epístolas Paulo acrescenta mais obras da carne, ao lado da fornicação. Mas, aos tessalonicenses, Ele só falou
da fornicação, porque provavelmente era um problema presente entre eles. A sociedade na qual eles viviam
era promíscua, assim como a de hoje. Mas o Senhor nos adverte a afastar-nos disso.
20. Cada um de nós deve saber possuir o próprio corpo, em santificação e honra (1 Ts 4:4). Em Gn 6:2-3 vemos a
união anormal dos anjos (filhos de Deus) com as filhas dos homens. Houve ali uma mistura de espécies. Isso
foi uma estratégia de Satanás para corromper o homem, tornando-o carnal. Por isso, Deus limitou a vida
humana a cento e vinte anos. Isso diminuiu a ação desta espécie carnal. Porém, Noé achou graça diante do
Senhor, Ele andava com Deus (Gn 6:8-10).
21. A família de Noé e também as famílias de seus filhos eram famílias normais (Gn 7:7; 8:16, 18). É isso que Deus
quer. Entretanto, a carnalidade é uma herança maldita que o homem carrega. Nós precisamos voltar para o
que Deus determinou.
22. ABSTER-SE DA FORNICAÇÃO E USAR O CORPO PARA GLORIFICAR O SENHOR
23. Nós não somos do mundo. Na verdade, ele nos odeia (Jo 15:18). Carnalidade, prostituição e coisas como estas
são do mundo. Nós vamos às pessoas do mundo para pregar-lhes o evangelho, mas há uma linha demarcatória
que nos separa deles. O Senhor não orou para nos tirar do mundo, mas para que fôssemos livres do mal (Jo
17:14-18). Nós não podemos ser inimigos das pessoas, pois, ainda que santificados pelo Senhor, Ele nos enviou
ao mundo a fim de pregar o evangelho.
24. Precisamos saber possuir nosso corpo em santificação e honra (1 Ts 4:4). Em 1 Co 6:9-11 Paulo lista vários
pecados que podem nos desqualificar para herdar o reino de Deus, mas ele acrescenta que fomos lavados,
santificados e justificados em o nome do Senhor Jesus e no Espírito do nosso Deus.
25. O nosso corpo não é para a impureza (fornicação), e sim para o Senhor (1 Co 6:12-13). Nós não somos do
mundo e sim do Senhor. Consequentemente, nosso corpo é do Senhor, e precisamos fugir da fornicação, nos
unir ao Senhor em nosso espírito e glorificá-Lo em nosso corpo (1 Co 6:14-18). Somos santuário de Deus, e
este santuário é sagrado (1 Co 3:16-17).
26. O pecado, o desejo da carne que habita em nós, é contra nós, mas a nós cumpre dominá-lo (Gn 4:7). Portanto,
a responsabilidade de exercer domínio sobre esses impulsos é nossa, não é correto culpar as coisas ou
circunstâncias para nos justificar.
27. FUGIR DA IMPUREZA E BUSCAR UMA VIDA SANTA
28. 1 Ts 4:5 fala de desejo lascivo. Isso é algo que vai além do desejo carnal. O Senhor Jesus revelou que esse tipo
de coisa na verdade procede do coração do homem (Mt 15:18-20). O desejo de Deus é que nosso coração —
o qual é composto pelas três partes de nossa alma (mente, vontade e emoção), mais uma das partes do
espírito (a consciência) — seja confirmado em santidade (1 Ts 3:13). Quem comanda nossos atos são nossos
pensamentos, os quais procedem do coração, por isso precisamos cuidar dele, levando-o a firmar-se e
confirmar-se na santidade.
29. Paulo diz: Que nesta matéria ninguém ofenda ou defraude o seu irmão (1 Ts 4:6). Isso ocorreu na igreja em
Corinto (1 Co 5:1-2), entretanto o Senhor não deixará passar impune estas coisas, mas as julgará. Horrível
coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Com Ele não se brinca (Hb 10:30-31)
30. Deus não nos chamou para impureza, e sim para a santificação (1 Ts 4:7). Sem santificação ninguém verá o
Senhor (Hb 12:14). Para chegarmos à glorificação precisamos dar três passos: a justificação (que se refere ao
nosso espírito), a santificação (a salvação da nossa alma) e a própria glorificação (transformação do corpo).
31. Como ser santificado? Rm 12:1-2 nos responde: não nos conformando ao presente século, mas
transformando-nos pela renovação da nossa mente. Essa é a forma de sermos santificados: é renovando
diariamente a nossa mente, através de invocar o nome do Senhor: Ó Senhor Jesus! Após esta renovação da
mente, seremos transformados.
32. Os impuros e adúlteros serão julgados por Deus (Hb 13:4). Deus nos manda honrar o casamento. Na história
de Noé vemos a importância de uma família normal. Que o Senhor guarde nossos casamentos na vida da
igreja! Deus julgará os impuros e adúlteros, por isso devemos andar em temor e tremor.
33. Nos tempos finais, como santos que somos, devemos continuar a santificar-nos (Ap 22:11-12). O Senhor vai
voltar e retribuir a cada um segundo as suas obras. Essas palavras devem nos estimular a buscar e ter uma
vida santa, para a vontade do Senhor
34. A PRÁTICA DO AMOR FRATERNAL PARA A VIDA DA IGREJA
35. Devemos praticar o amor fraternal, amar-nos uns aos outros (1 Ts 4:9). Na vida da igreja, acima de tudo
devemos ter amor intenso uns para com os outros e servir uns aos outros, conforme o dom que recebemos.
Isso glorifica a Deus (1 Pe 4:8-11)
36. Não é adequado buscar a santificação e desprezar os irmãos que julgamos mais fracos, por isso Paulo inseriu
o assunto do amor fraternal em 1 Ts 4:9-12. O amor cobre multidão de pecados. Já a falta de amor nos faz ver
defeito até onde ele não existe. Sem o amor que cobre multidão de pecados, não conseguiremos viver a vida
da igreja, a qual é necessária para nos transformar. Devemos praticar o amor e nele progredir cada vez mais
(1 Ts 4:10).
37. No contexto da prática do amor fraternal, Paulo instruiu os tessalonicenses a trabalharem com as próprias
mãos e a se portarem com dignidade (1 Ts 4:11-12 2). Foi necessária essa exortação também na segunda carta,
porque havia na igreja alguns que andavam desordenadamente em relação a essa questão (2 Ts 3:6-10). Isso
faz parte de uma vida santa e mostra o progresso que Paulo quer que tenhamos na vida da igreja (1 Ts 4:1b,10.)

(Extrato não revisado pelo preletor)

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