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Índice

O proposito eterno de Deus .................................................. 2

O evangelho ..................................................................... 5

O reino de Deus ............................................................... 12

Relacionamento com o Espirito Santo........................... 19

A missão Apostólica da igreja ........................................ 22

Os cinco mistérios ............................................................ 26

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O propósito eterno de Deus

Efésios 3:10,11 para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja
conhecida dos principados e potestades nos céus,
Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Qual o propósito de Deus?


No texto acima o apóstolo Paulo fala que há um eterno propósito, ou seja, sempre existiu
uma vontade ou um objetivo por parte de Deus e que por meio da igreja esse propósito
seria conhecido.
Primeiramente precisamos entender que o propósito de Deus é o louvor de sua glória
através da construção de uma família, um pai com muitos filhos (a imagem do
primogênito de Deus; Cristo), que se relacionará com Ele por toda a eternidade. Deus,
que é auto suficiente em sua relação trina (pai, filho, e Espirito Santo), deseja estender
essa relação criando uma família a sua imagem para desfrutar de uma perfeita comunhão.
Isso dar-se por sua natureza amorosa. Tal propósito está sendo desenvolvido ao longo da
história da criação e revelada progressivamente nas escrituras sagradas. Em outras
palavras, Deus deseja habitar com os homens e ser conhecido na sua natureza e não
somente venerado no seu poder.
A criação do homem foi para louvor da glória de Deus:

 Ef 1:11,12 nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido
predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o
conselho da sua vontade, com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os
que primeiro esperamos em Cristo;

 Sl 8:4,5 que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem,
para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e
de honra o coroaste.

Ao longo da narrativa bíblica vemos o descortinar do coração de Deus em relação a sua


vontade que é habitar no meio dos homens, se não, vejamos:
Em Gn 2 Deus cria um jardim, um lugar físico que tinha por governo o mundo espiritual,
uma vez que exercia sua vontade e tinha como representante o homem. O jardim era o
lugar onde as duas dimensões convergiam posteriormente por consequência do pecado e
seus desdobramentos (como veremos mais a frente). A Terra passa a estar separada da

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dimensão espiritual, mas Deus continua mostrando sua vontade de habitar em seu meio
com a criação do tabernáculo através de Moisés;
Êxodo 25:8
Faze-me, também, um santuário, para que Eu possa habitar entre meu povo.

Êxodo 29:45
E habitarei entre todos os filhos de Israel e serei para eles Deus.

Posteriormente através do templo de Salomão:

2 Cr7:12 Então aconteceu que o SENHOR apareceu a Salomão durante a noite e lhe
declarou: “Eis que ouvi a tua oração e escolhi este lugar para mim como Casa de
Sacrifício!
2 Cr7:16 Escolhi, pois, e consagrei esta Casa para que o meu Nome habite nele para
sempre, e os meus olhos e o meu coração estejam perpetuamente apegados a ele.
No novo testamento esse propósito se torna um pouco mais claro uma vez que Deus não
habita em templos feitos por mãos humanas (At 7:48/17:24), ele mesmo se encarrega de
entrar na dimensão física e habita temporariamente entre os homens (Jo 1:14) e na pessoa
de Cristo Jesus ele mesmo declara seu objetivo;
João 2:19 Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
Essa fala diz respeito do Espírito Santo habitando em nós (os salvos em Cristo)
1 Coríntios 3:16 Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?
A igreja e Cristo é a representação e ao mesmo tempo a invasão do reino de Deus na Terra
até que se conclua plenamente no fim dos tempos.
Apocalipse 21:3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de
Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus
estará com eles, e será o seu Deus.
Apocalipse 21:22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-
Poderoso, e o Cordeiro.
Portanto por mais que pareça que Deus esteja desenvolvendo vários planos ao longo da
história, na verdade ele está realizando um único plano que é a restauração do Éden, céu
e terra convergindo em Cristo para que finalmente ele habite eternamente no meio de sua
criação. A Bíblia propõe algumas figuras para ilustrar isso:
Deus está construindo uma família para o pai, uma esposa para o filho e uma habitação
para o espírito;

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 Família para o pai:
Ef 2:19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos
e da família de Deus;
Ap 21:7 Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

 Uma esposa para o filho:


Ef 5:27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível.
Ap21:2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

 Uma habitação para o Espirito Santo:


Ef 2:22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
Ap 21;3 e ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com
os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles e será o seu Deus.

Porém após a entrada do pecado no mundo através de Adão, a humanidade foi corrompida
(Rm 5:19/ 1 Co 15:45-49) mas Deus na sua soberania e pré-ciência providenciou para si
um sacrifício aceitável que pudesse restaurar não somente o relacionamento com o
homem, mas também restaurar toda criação e assim ser conhecido não somente em sua
divindade por seus atributos de poder mas ser conhecido em seu caráter paterno por meio
de suas virtudes compartilhadas. A partir desse entendimento podemos pensar em
propósito eterno de Deus como um livro dividido em capítulos que serão:

 Evangelho
 Reino de Deus
 Relacionamento com Espírito santo
 Missão apostólica da igreja
 Cinco ministérios

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O evangelho

A palavra evangelho é uma palavra de origem grega εὐαγγέλιον que significa “boas
novas”. É também o nome dado as quatro narrativas que se referem ao nascimento, vida,
ensinos, morte, ressurreição e ascensão de Cristo Jesus, sendo esse o cumprimento da
promessa de Deus de enviar um salvador para resgatar pessoas quebrantadas, restaurar a
glória da criação e reinar com compaixão e justiça sobre todos por toda a eternidade. Em
outras palavras o evangelho é uma “BOA NOTICIA” de como fomos salvos da ira de
Deus, e não um bom conselho do que devemos fazer para sermos salvos. Assim como
descrevemos o proposito eterno em capítulos o evangelho também pode ser entendido em
2 capítulos que podem ser chamados de evangelho da graça e evangelho do reino. É
valido frisar que não são dois evangelhos ou que o evangelho esteja fragmentado, mas o
evangelho tem capítulos e deve ser pregado completamente.
Evangelho da graça O evangelho da graça de Deus promete justificação pela fé em Cristo
e um lar com Ele no céu por toda a eternidade. Ou ainda podemos pensar que o evangelho
da graça aponta para o custo que Jesus pagou para que pudesse dizer: vide a mim todos
os que estão cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei (Mt 11:28)
Atos 20:24
Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra
com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar
testemunho do evangelho da graça de Deus.

Evangelho do reino O evangelho do Reino declara as boas novas da vinda do Rei que
estabelecerá Seu Reino, em poder, sobre a terra. Ou, ainda declara o quanto nos custa
seguir esse evangelho que somente por meio da graça alcançamos condições para então
seguir ao segundo passo dessa caminhada que é Se alguém quer vir após mim, negue-se
a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (Lc 9:23)

Lucas 4:43
Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o
evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado.
Portanto o evangelho de Deus é uma boa notícia dividida em dois capítulos que são
evangelho da graça (como Deus salva) e evangelho do reino (para que Deus salva).
Começaremos então pela primeira parte o evangelho da graça

A boa notícia tem seu início de uma forma um pouco estranha a princípio pois começa
com uma má notícia. Porém uma boa notícia tem ainda um peso de maior excelência e
importância quando é colocada em contraste com uma má notícia. Essa má noticia embora
seja uma realidade da existência humana é quase sempre ignorada ou não levada a sério

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por grande parte das pessoas que vivem a cegueira causada pelo deus desse século (2 Co
4:4).

A má notícia

O pecado;
A má notícia é que o homem (humanidade) pecou em Adão (que era um representante
federativo da raça humana Rm 5:12-19) e portanto o pecado passou a fazer parte da
natureza humana, rompendo assim seu relacionamento com Deus, trazendo sobre si a ira
d’Ele e suas consequências. A palavra pecado significa ‘’errar o alvo’’ e é exatamente o
que o homem fez quando deu ouvidos a serpente, deixando a vontade de Deus para fazer
sua própria vontade, fazendo de si mesmo deus sobre sua própria vida.

As consequências do pecado são:


• A morte espiritual: separação da presença de Deus
Gn 3:23 o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de
que fora tomado.
Is 59:2 Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.
• A morte física: separação do espirito da matéria
Rm 5:12-14 Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo
lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram
à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.

 A morte eterna: ser lançado no lago de fogo


Apocalipse 20:15
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 2:11
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá
o dano da segunda morte.
Apocalipse 20:6
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes
não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele mil anos.

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 Depravação total do homem: quer dizer que todas a faculdades do homem foram
afetadas pelo pecado. Pensamentos, sentimentos, ações, absolutamente tudo na
existência humana foi corrompido, contudo, isso não quer dizer que o homem é
tão mal quanto poderia ser.
Gênesis 6:5
E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.

• A terra se tornou maldita


Gn 3:17 E a Adão disse: porquanto destes ouvidos à voz de tua mulher e comeste da
árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti;
com dor comerás dela todos os dias da tua vida.

Por que o pecado é tão grave?

- Porque Deus é eternamente santo Is 6:3/ Ap 4:8 / Sl 5:4

- Porque todo o pecado é cometido contra Deus Sl 51:4

- Porque o pecado gera a morte Rm 6:23

- A partir do pecado de Adão toda a humanidade se tornou pecadora Rm 3:23/ Gn6:5

- Porque nos tornamos inimigos de Deus Cl 1:21/ Rm 5:10

Portanto, desde Adão somos naturalmente pecadores e enquanto no pecado somos


inimigos de Deus, pois em sua natureza santíssima e justa, Deus não poderia deixar o
pecado impune, assim sendo a conta do pecado deveria ser paga, e paga com sangue.

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A boa notícia
(Jo 3:16)
Diante da tragédia do pecado a boa notícia então é; Deus salva pecadores. A salvação é
um ato de Deus que ocorre instantaneamente no momento em que uma pessoa se rende a
Cristo e reconhecendo a Cristo como único e suficiente salvador arrepende-se dos seus
pecados, o que só é possível pelo derramar da graça de Deus que o convence através do
Espirito Santo por meio da pregação do genuíno evangelho. Quando falamos de salvação
precisamos entender que: fomos salvos do poder do pecado, estamos sendo salvos da
influência do pecado e seremos salvos da presença do pecado.
Romanos 8:30 E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes
também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.

Devemos entender a salvação a partir da perspectiva de que ela é um PRESENTE e não


uma recompensa. Presente este que é a dado gratuitamente a todos que quiserem receber
(Rm 3:24/ Jo 1:12/ Ef 2:8). Sendo assim somos salvos pela graça.

A graça é o favor imerecido de Deus, uma vez que por sua natureza justa o pecado não
poderia ficar impune, por isso Deus enviou seu filho ao mundo em forma do homem, para
viver uma vida sem pecados, para na cruz fazer justiça na morte substitutiva de Cristo
Jesus. Através da morte e ressurreição de Cristo, Deus resgatou para si a humanidade e a
criação. Podemos de forma resumida dizer que a mecânica de salvação se dá por meio de
um processo que se divide em:
Justificação
Regeneração
Santificação
Glorificação

Justificação:
(Gl 2:16)

A justificação pela fé é a verdade fundamental da provisão de Deus para a salvação dos


pecadores, culpados e perdidos. De maneira simples podemos dizer que a justiça de Deus
se deu em cristo receber em si as consequências dos pecados do mundo para que aqueles
que crescem em seu nome recebesse sua recompensa (vida eterna). Assim o homem caído
poderia receber o perdão por seus pecados ao passo que a lei estabelecida por Deus de
que a consequência do pecado seria a morte, como vemos em Gn 2:17 e Rm 6:23
permaneceria intacta de forma que o caráter de Deus e sua palavra permanecesse
inquestionável.

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• 2 Co 5:15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

• 2 Co 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.

Recebemos portanto salvação por meio da fé em Jesus (sua obra redentora na cruz)
evidenciada pelo arrependimento (mudança radical no estilo de vida, não vivendo mais
para si, mas vivendo para cristo; Lc 14:31/ Gl2:20).

• Rm 10:9 saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
• At 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
• Rm 10:13 Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
A justificação refere-se a posição do homem diante de Deus, deus declara o homem justo
resolvendo assim o problema da culpa. Justificação envolve:

• Perdão de pecado
Ef 1:7 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as
riquezas da sua graça,
• Restauração do favor de Deus em relação ao homem
Tt 3:4-7 Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para
com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua
misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, Para que,
sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida
eterna.

• Imputação da justiça de Cristo


Rm 8: 31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

Em Cristo fomos declarados justos, a cédula da dívida do pecado foi rasgada!

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Regeneração:
(Ef 1:5/ Rm 8:14-16)
No contexto bíblico a ideia de regeneração ou “adoção” significa literalmente colocar
como filho. Após crer no evangelho, entregar a vida a Cristo e sendo justificado nele,
passamos a ser filhos (Jo 1:12). Fomos adotados, o Espirto Santo passa a habitar em nós
e pertencemos a uma nova família recebendo uma nova natureza. Regeneração é:
- novo nascimento (1 Jo 5:1/ 2 Co 5:17)
- purificação (Tt 3:5)
- ressureição (Rm 6:2-7)
Somos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo ou seja, somos participantes da
natureza, herança, morte e ressurreição, portanto o Espirito Santo passa a habitar em nós
e a santidade de Cristo passa a ser gerada em nós. Simplificando regeneração é a
capacitação ou o poder que vem de Deus que recebemos para poder resistir ao pecado e
buscar a santidade.
Santificação:
Processo de busca por uma vida santa
Nesse sentido a santificação é posicionamento em relação ao “mundo” a partir de uma
transformação de mente aonde o cristão entende que a justiça de Cristo foi lhe foi
atribuída mediante a fé (1 Co 6;11/ 2Ts 2:13). A partir dessa consciência o cristão devera
andar em uma conduta de vida que seja condizente com a vida de Cristo. Portanto, a
santificação é um processo continuo, na proporção em que homem vai tendo sua mente
renovada pelo conhecimento da palavra (Rm 12;1) e assim vai desenvolvendo a salvação
(Fp 2:12) e amadurecendo como filho de Deus (2 Pe 3:18). Vejam o que Paulo diz:
Cl 3:1-10 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são
do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas
coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está
escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então
vocês também serão manifestados com ele em glória. Assim, façam morrer tudo o que
pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos
maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus
sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando
costumavam viver nelas. Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação,
maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto
que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se revestiram do novo, o
qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador.
Podemos pensar erroneamente que santificação é não mais cometer pecados. Na verdade
santificação é um processo progressivo em direção a santidade, mas vale ressaltar que a
santidade é uma vontade de Deus para nossas vidas e que o Senhor nos proporcionou
todos os meios necessários para que esse objetivo seja alcançado.
Mateus 5:48 Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês".

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1 Pedro 1:15,16 Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês
também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".
1 Coríntios 1:2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e
chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
A graça de Deus não é simplesmente para que sejamos perdoados, mas é o meio pelo qual
somos fortalecidos para que possamos suportar as tenções e investidas do pecado.
Glorificação
A glorificação é o estado de revestimento do corpo de gloria, onde a matéria é absorvida
pela eternidade, sendo essa a conclusão do processo de salvação.
1 Coríntios 15:52,53
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta
soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que
é mortal se revista da imortalidade.
1 Pedro 5:4
E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
1 Tessalonicenses 4:17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos
sempre com o Senhor.
Portanto o evangelho é uma boa notícia verbalizada que traz luz ao entendimento do ser
humano caído, que ao ser alcançado pela graça responde positivamente ao chamado
divino e experimenta um novo nascimento e entram pelo processo de santificação
enquanto aguardam a glorificação.
É importante enfatizar que o evangelho é o poder de Deus para a salvação dos que creem
e portanto não deve fazer parte somente do início da caminhada de um convertido como
sendo somente a porta de entrada para a salvação, antes o evangelho deve estar presente
no dia a dia de cada cristão evitando assim que o mesmo se perca em seu ego e torne-se
alguém que pense que são suas boas obras que o sustentam e o faz merecedor da salvação.
Devemos lembrar do evangelho todos os dias para que não nos esqueçamos que somos
salvos pela graça mediante a fé, e tendo isso em mente continuar a trilhar o caminho da
humildade e mansidão. Vamos ver um exemplo disto;
Na carta aos gálatas Paulo relata que Pedro teve uma atitude dissimulada ao se afastar dos
irmãos gentios com quem comia ao notar a chegada de alguns Judeus da parte de Tiago.
Agora olhando a passagem, devemos notar que o argumento de Paulo ao repreender Pedro
não foi acusa-lo ou ainda argumentar acerca de sua posição de liderança. Antes o
argumento de Paulo é o evangelho. Portanto, este é a mensagem central de nossas vidas.

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Mensagem do Reino

Agora que já entendemos que o evangelho trata-se de uma boa notícia e não de um bom
conselho, é necessário entender também que essa boa notícia não diz respeito só ao
homem mas toda a criação uma vez que a mesma também foi afetada pelo pecado. Assim
sendo o evangelho tem um outro desdobramento que é a mensagem do reino.

Reino de Deus
A palavra grega para reino de Deus é “baseleia” e significa designar um governo ou
domínio, ou seja, a expressão da vontade de um governante, no caso em questão o
governador supremo, o Deus soberano. Contudo é importante ressaltar que nas escrituras
vemos o que a princípio aparenta ser uma contradição em que o reino ainda está vindo
(Mc 1:15) e em outros momentos parece que o reino já chegou (Lc 11:20/17:21). Para
facilitar nosso entendimento podemos dizer que o reino tem dois desdobramentos: o “já”,
e o “ainda não”! Ou em outras palavras o reino de Deus já foi inaugurado mas ainda não
se consumou em sua plenitude
O reino em seu primeiro desdobramento o “já” tem por característica o direito legal de
governo sobre o mundo, inaugurado por Cristo em sua vitória sobre a morte. Vejamos:
Deus criou a Terra e a entregou para ser governada pelo homem;
Gênesis 1:26
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a
terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
Salmos 115:16
Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens.

Porém Adão que era o que podemos chamar de representante federativo da humanidade,
entrega o governo da terra ao diabo;
Lucas 4:6
E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi
entregue, e dou-o a quem quero.
12
Romanos 5:12
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
2 Coríntios 4:4
Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

Cristo então vem em forma humana cumprindo todos os preceitos de Deus e suportando
sua ira na cruz do calvário, para retomar o direito legitimo de governar a terra o qual Adão
havia perdido por consequência do pecado.
Filipenses 2:6-11
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e
morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.

Mateus 28:18
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

2 Coríntios 5:19
Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
Romanos 5:17-21
Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a
abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para
justificação de vida.

13
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim
pela obediência de um, muitos serão feitos justos.
Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou,
superabundou a graça;
Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça
para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.
Colossenses 2:15
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si
mesmo.

Portanto, podemos dizer que o reino de Deus é a vontade de d’Ele sendo expressa através
de seus filhos na Terra numa primeira perspectiva. Podemos dizer que a igreja é uma
“amostra grátis” do que será o reino vindouro de Deus, onde não há fome, desigualdade,
pecado, injustiça, doenças e etc. Por isso oramos pelos enfermos, alimentamos os
famintos e vestimos aos necessitados.
No segundo desdobramento “ainda não” veremos a restauração de toda a criação e isso
acontecerá na segunda vinda de Cristo, ou seja, o governo literal de Deus através de Cristo
Jesus, onde ele estabelecerá em Jerusalém sede do governo mundial e todos os salvos
viverão eternamente com ele;

Apocalipse 21:3-5
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será
o seu Deus.
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-
me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

Atos 3:20,21
E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado.
O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais
Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.
Salmos 2:6
Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.

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Zacarias 14:8,9
Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para
o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto.
E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu
nome.
Em outras palavras o reino de Deus foi inaugurado em Cristo mas ainda não está
consumado.

Vamos focar inicialmente no primeiro desdobramento do reino, o “já”, que diz respeito
ao o governo de Deus sendo exercido e expandido na terra através da igreja (corpo místico
de Cristo) por meio da pregação genuína do evangelho do reino.

Um reino de sacerdotes

O reino de Deus é um reino sacerdotal, um povo separado que se relacione diretamente


com o Pai e que revele suas virtudes e vontades para o mundo. Um sacerdote era aquele
que recebia de Deus o ofício de cuidar do tabernáculo ou templo, bem como transportar
os utensílios que compunham o tabernáculo no período de Moises. Também eram
responsáveis por realizar as cerimonias relacionadas ao culto no antigo testamento, em
outras palavras, os sacerdotes eram aqueles que administravam as coisas sagradas. Os
sacerdotes também tinham a responsabilidade de julgar algumas questões do povo, bem
como determinar se pessoas estavam enfermas ou se haviam sido curadas como no caso
da lepra por exemplo.
Havia como requisito para tal oficio ser pertencente a tribo de Levi, além de uma série de
exigências a respeito do indivíduo que não poderia ter sequer defeito físico. Inicialmente
foram escolhidos para essa tarefa Arão e seus filhos (Ex 28:1,2) que pertenciam a tribo
de Levi, enquanto os demais levitas os auxiliariam. Contudo a vontade de Deus não era
separar uma tribo para o serviço sacerdotal para ministrar sobre as outras tribos, antes, o
propósito eterno de Deus consiste em um povo sacerdotal, como vemos no texto abaixo:
Êxodo 19:5,6
Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então
sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.
E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás
aos filhos de Israel.
Desde sempre Deus quis se relacionar com o seu povo e habitar no meio deles como bem
já vimos, entretanto no antigo testamento o povo teve medo da presença gloriosa e optou

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por não se relacionar com seu criador diretamente, levantando Moisés como mediador
entre eles e Deus (Ex 20:18-21). Um outro fator também eram as exigências para o
exercício do oficio sacerdotal que apontavam para um estilo de vida de separação e
dedicação total a Deus.
Levítico 21:16-21
Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo:
Fala a Arão, dizendo: Ninguém da tua descendência, nas suas gerações, em que houver
algum defeito, se chegará a oferecer o pão do seu Deus.
Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará; como homem
cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos,
Ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada,
Ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigem, ou que tiver
testículo mutilado.
Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma
deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; defeito nele há;
não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.
A bíblia diz que as coisas do antigo testamento figuravam, ou melhor, eram como sobra
das coisas eternas:
Hebreus 10:1
Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca,
pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os
que a eles se chegam.
O que estamos tentando dizer é que as exigências do sacerdócio levítico apontavam para
o sacerdócio perfeito de Cristo. Contudo, a Deus segue seu plano na pessoa de Cristo para
fazer o seu povo sacerdotal.
Somos todos sacerdotes;
Em Cristo Jesus foi dado a direito ao sacerdócio a todos quantos foram concedidos crerem
na mensagem do evangelho. O sacerdócio de Cristo se distingue do sacerdócio levítico
em vários aspectos, o primeiro deles é que Jesus não era descendente de Levi, uma vez
que ele vinha da tribo de Judá. Outra diferença é que o sacerdócio levítico tinha prazo de
validade enquanto o sacerdócio de Cristo é eterno. Por fim, os sacerdotes descendentes
de Levi precisavam oferecer sacrifício anual pelos próprios pecados e pelo povo, ao ponto
que Cristo não precisou oferecer sacrifício uma vez que ele mesmo não cometeu pecado
e ofereceu a si mesmo uma única vez como sacrifício perfeito. Vejamos por partes:
O sacerdócio de Cristo é eterno:
A figura usada para tipificar o sacerdócio é Melquisedeque, alguém que é descrito na
bíblia como um rei e sacerdote do altíssimo quando só Abrão carregava a revelação
especial de Deus. O nome Melquisedeque significa ‘‘meu rei é justiça’’ ou ‘‘rei da
justiça’’, enquanto a Cidade Salém tem por significado paz (Hb 7). Melquisedeque pode
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ser entendido como rei de justiça e paz. Muito tempo depois, Isaias vai profetizar a
respeito de Cristo e diz: ‘’Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o
principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. ’’ (Isaías 9:6)

Hebreus 5:6
Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de
Melquisedeque.
Hebreus 5:10
Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

Hebreus 6:20
Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo
a ordem de Melquisedeque.

O sacrifício de Cristo nos fez um reino de sacerdotes;


Apocalipse 1:5,6
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o
príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos
pecados,
E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre.
Amém.
Apocalipse 5:10
E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra.
No A.T os sacerdotes eram consagrados com óleo e sangue (Lv 8). Na nova aliança temos
o sangue de Jesus e o Espirito Santo que era simbolizado com óleo como marcas de nosso
sacerdócio. Recebemos de Cristo o direito de ministrar e administrar as coisas sagradas,
todos quantos receberam a Cristo como Senhor e salvador pela fé receberam esse direito,
de maneira que não devemos ter em mente uma visão clericalista onde só os pastores são
sacerdotes, pois o propósito de Deus não é se relacionar com alguns mas sim se relacionar
com todos os que foram chamados e salvos no precioso nome de Jesus.
Todos temos acesso a Deus
O sacerdócio de Cristo inaugura um novo tempo aonde agora na nova aliança a sua igreja
pode se achegar a Deus com ousadia e confiança para interceder por outros e por sim
mesma. Cada cristão em qualquer lugar podem invocar o nome do Senhor sem medo de
serem consumidos, pois cristo recebeu sobre si o castigo da ira de Deus contra o pecado
da humanidade. Contudo, não podemos nos esquecer que Deus não mudou e ainda

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continua sendo santíssimo e logo devemos ter sempre em nós os sentimentos de temor,
devoção e gratidão por tão grandioso privilegio, a honra de poder estar diante da presença
do criador.
Hebreus 4:14-16
Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus,
retenhamos firmemente a nossa confissão.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar
misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 10:16-22
Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas
leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:
E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.
Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado.
Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,
E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,
Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações
purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa.

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Relacionamento com Espírito Santo

Ef 4:30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia
da redenção.
Esse é sem dúvidas um dos temas centrais da vida cristã pois o Espirito Santo é o maior
tesouro que temos em nossa existência, o próprio Deus passa a habitar em nós a partir do
momento em que nos tornamos pertencentes ao reino dos céus quando recebemos e
respondemos positivamente a mensagem do evangelho, assim o Espirito Santo torna-se
nosso principal ajudador na caminhada neste mundo quebrado até o dia da vinda dos
nosso Senhor e salvador Cristo Jesus. Mas para que possamos viver plenamente esse
relacionamento vamos esclarecer algumas coisas:
Primeira coisa a ser esclarecida é que o Espírito Santo é uma pessoa da trindade, não a
terceira pessoa pois ao colocarmos essa ordem de primeiro, segundo e terceiro pode criar
uma ideia equivocada de menor importância, antes o Espirito Santo é Deus assim como
o Pai e o Filho.
Em segundo lugar, precisamos nos lembrar que o Espirito Santo está presente em toda a
obra da Criação, salvação e redenção e que vemos por toda a escritura sagrada Ele
participando ativamente.
Outro ponto é que o próprio Jesus deu uma grande ênfase a vinda do Espirito Santo senão
vejamos:
Jo 16:7,8 Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for,
o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
O próprio Jesus viveu na terra um pleno relacionamento com Espirito Santo:
Lc 4:18-21 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os
pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, a pregar liberdade aos cativos,
E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano
aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e
os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se
cumpriu está Escritura em vossos ouvidos.
Quando Jesus esteve encarnado aqui na terra foi algo maravilhoso, pois era o Deus entre
a humanidade porém havia uma limitação de tempo e espaço, ou seja quem quisesse falar
com Jesus seria necessário ir a Jerusalém enfrentar uma multidão para então ser atendido
pelo mestre. Porem depois que Jesus foi recebido no céu e a promessa da descida do
Espirito Santo se cumpriu temos o maior privilegio do mundo que é Deus em nós, em
outras palavras agora todo aquele que aceitou a Cristo como salvador tem o Espirito Santo
habitando dentro de si (1 Co 12:13) podendo ser acessado a qualquer hora do dia e em
qualquer lugar. Vejamos algumas atribuições do Espirito santo:
-convencer a humanidade ao arrependimento (Jo 16:8)
- consolar os filhos de Deus (Jo 14:16)

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- trazer compreensão das escrituras (Jo 16:12,13)
- distribuir dons e capacitar a igreja (1 Co 12:7)
-Selar os cristãos para o dia do Senhor (Ef 1:13)
- é o penhor de Deus (Ef 1:14)
Quando falamos dos dons que o Espirito Santo opera por meio dos filhos de Deus é valido
lembrar que existem categorias de dons, não com a finalidade comparativa, muito pelo
contrário, a finalidade da distribuição dos dons é cooperativa e serve para organização e
melhor funcionamento do corpo de Cristo. Vejamos a seguir:

1. DONS ESPIRITUAIS:

São capacidades extraordinárias que o Pai nos concede para desenvolvermos aos
nossos irmãos em Cristo. São eles:

a) Dons de revelação
- palavra sabedoria (capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias
e em circunstâncias extremamente difíceis);
- palavra de conhecimento (é a revelação sobrenatural ao homem de algum conhecimento
da parte de Deus, que naturalmente não teríamos acesso); e
- discernimento de espíritos (percepção do espírito que move as pessoas).

b) Dons de poder
- dom da fé (confiança inabalável);
- dom de cura; e
- operação de milagres.

c) Dons de elocução
- variedades de línguas (diversidade de línguas);
- interpretação de línguas; e
- profecia (dom através do qual o Espírito Santo transmite conselhos e instruções).

2. DONS MINISTERIAIS:

São capacidades extraordinárias que o Pai nos concede para desenvolvermos aos
nossos irmãos em Cristo. São eles:

a) Dons de governo
- apóstolos;
- profetas;
- evangelistas;

20
Infelizmente hoje o Espirito Santo é a pessoa mais ignorada nas igrejas e quando
lembrado normalmente e tido como algo a ser usado para demonstrações de
exibicionismo. Além disso há um grande empenho do reino das trevas par que não nos
relacionemos com o Espirito Santo pois o diabo sabe o quão poderoso é o resultado desse
relacionamento, Francis Chan disse:
“Se eu fosse Satanás e meu objetivo final fosse frustrar os propósitos de Deus e seu
Reino, uma de minhas principais estratégias seria levar os frequentadores de igrejas a
ignorar o Espírito Santo. ”
Uma vez que elucidamos um pouco melhor sobre quem é e quais as atribuições do
Espirito Santo a questão que surge é: como se relacionar com Espirito santo?
1° não apagando a presença do Espirito Santo em nossas vidas! (1 Ts 5:19)
Precisamos lembrar que o Espirito Santo sempre está conosco e que devemos honra-lo
com nosso estilo de vida investindo tempo em conversas profundas com ele, usando uma
linguagem simples, pura e direta. O apostolo Paulo diz em 1 Ts 5:17 que devemos orar
sem cessar, ou seja em todo o tempo e em todo lugar podemos e devemos falar com o
Espirito Santo pois ele é nosso amigo, consolador e orientador então podemos pedir
conselhos, orientações ou desabafar ou ainda simplesmente glorifica-lo. Vale lembrar que
é necessário que diariamente também tiremos um tempo de qualidade para falar com ele
onde paramos todas as nossas atividades e nos dedicamos inteiramente a ele.
2° não entristecendo o Espirito santo! (Ef 4:30)
Esse segundo ponto pode ser uma consequência do primeiro uma vez que o fato de não
valorizar a presença do Espirito Santo pode nos levar a atitudes pecaminosas que
consequentemente irão entristece-lo. Por isso devemos ter cuido com que tipo de
conversas temos, ou, que tipo de coisas assistimos ou inda que tipo de lugar frequentamos
além é claro de atitudes que claramente a bíblia condena como praticas pecaminosas.
Portanto um relacionamento saldável com o Espirito Santo é fundamental para todo
cristão que deseja viver uma vida extraordinária na presença de Deus, desfrutando da
presença, dos conselhos da consolação, dos dons e do empoderamento que esse
relacionamento pode trazer, afinal Jesus deixou como último conselho aos seus discípulos
que só iniciassem a obra de após depois de serem revestidos de poder que vem do alto.

21
A missão apostólica da igreja

Primeiramente é necessário esclarecer que Deus não tem uma missão para a igreja, o
próprio Deus está em missão e a igreja da continuidade a missão que Ele iniciou.
O chamamento da igreja é para ser participante da missão de Deus como bem afirma
Fabio Coelho em seu livro “A missão apostólica da igreja”. Se bem notarmos desde Gn
12 Deus está empenhado em uma missão redentora, ou seja, Deus é missionário e Jesus
Cristo é o seu apostolo conforme Hb 3.1. O próprio Cristo afirma que tudo o que ele está
fazendo tem a ver com aquilo que ele viu o pai fazer conforme descrito:
João 5:30
Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo
é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.
João 12:49
Pois Eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me deu ordens
sobre o que Eu deveria dizer e o que proclamar.
João 5:17
E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
Cristo veio dar continuidade a missão do Pai de habitar no meio de seu povo e para isso,
como já vimos, ele se tornou maldição para na sua carne condenar o pecado, bem como
triunfar sobre ele e desfazer assim todas as consequências que entraram no mundo para
que com o seu retorno, finamente seja consumado o proposito eterno de Deus. Enquanto
encarnado, Cristo deixa claro qual o seu papel no mundo:
Lucas 4:18,19
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas
aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista
aos cegos, para libertar os oprimidos
e proclamar o ano da graça do Senhor".
De acordo com o relato de Lucas, Jesus inicia seu ministério citando uma profecia de
Isaias que se cumpria nele. Vemos então que Cristo tinha como missão pregar boas
novas aos pobres, libertar os presos (da escravidão do pecado), para recuperar a visão
dos cegos (cegueira espiritual), para libertar os oprimidos e anunciar o ano da graça
do Senhor.

Jo 20:21: "Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou,
eu o envio”."

22
Uma vez que a missão de Deus em Cristo está clara a nós e entendendo que a igreja é a
responsável por dar continuidade a essa missão, vejamos pois, alguns aspectos ligados ao
nosso papel nesse grande projeto;

O chamado
Ao olharmos o novo testamento, observamos o fato de que Jesus antes de escolher e
enviar seus apóstolos, passa uma noite em oração para então designar seus cooperadores
para a obra reino (Lc 6:12). Fica evidente que antes de qualquer coisa devemos nos
relacionar intimamente para ouvir do dono da missão o que ele requer de nós, bem como
entender quem faz o quê.
O chamado, antes de qualquer coisa, precisa ser entendido que não se trata de “ir” mas
sim voltar ao lugar de onde nós nunca deveríamos ter saído que é a presença manifesta
do Pai. A primeira vez que a raiz da palavra aparece na bíblia está em gênesis no capítulo
3 quando o Senhor chega ao local do encontro e homem não está. Portanto é crucial não
confundir chamado com propósito. Então, a missão apostólica da igreja começa em
relacionamento profundo com Deus em uma vida diária de devoção e busca pela presença
do nosso soberano rei e Senhor, como Paulo orienta seu discípulo Timóteo:
1Tm 2:1: "Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações
de graças por todos os homens; ”
A partir da vida devocional, a igreja em sua coletividade e cada indivíduo terá
sensibilidade e clareza de quem será enviado para que. Lembrando que no reino de Deus
não existe auto envio, antes todo envio é feito por Deus através da igreja, como vemos
em At 13 por exemplo.
A segunda coisa a ser observada é ter clareza da missão que é:
Ser testemunhas de Cristo em todos os povos, etnia e nações e também para as esferas da
sociedade.
As formas que usaremos para executar essa honrosa tarefa serão as mais diversas, e muito
disso estará ligado a área de atuação de cada um, bem como a criatividade e recursos de
que a igreja e o indivíduo se dispõem, sem comprometer os princípios morais do reino do
céu. Gosto de pensar que a bíblia nos dá um trilho de como esse processo se dá de acordo
com aquilo que os evangelhos nos propõe, mesmo tendo em vista o fato de que os mesmos
não estão em ordem cronológica. Vejamos:
Mt 28:19-20: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu
ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”."
Mc 16:15: "E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as
pessoas."
Lc 24:48-49: "Vocês são testemunhas destas coisas. Eu envio a vocês a promessa de meu
Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto”."

23
Jo 20:21-23: "Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou,
eu os envio”. E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo. Se
perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão
perdoados”."
Podemos então dizer que fomos enviados para discipular as nações e isso será feito
discipulando indivíduos, que só será possível se formos testemunhas de Cristo, perdoando
pecados. As grandes questões a serem respondidas são:
 Onde?
 Como?
Ao enviar a igreja, Jesus assegurou na sua autoridade que faríamos as mesmas obras que
ele e até maiores. Isso é possível através do Espirito Santo que em nós habita, e é o próprio
Espirito quem designa cada pessoa para cada localidade, país, etnia e ainda também para
esferas sociais de atuação especifica. Podemos então dividir a missão apostólica da igreja
em duas frentes, sendo elas: evangelização (que diz respeito a ser testemunha onde
estamos) e missão transcultural (que diz em de encontro aos povos não alcançados).
Sobre evangelização é responsabilidade da igreja local ser criativa em anunciar o
evangelho em sua circunvizinhança, dando um bom testemunho de vida e caráter,
capacitando pessoas para atuar nas diversas áreas sociais, se dispondo de projetos sociais,
desenvolvendo um forte trabalho de discipulado e ensino da palavra.
Na missão transcultural é responsabilidade da igreja capacitar pessoas a cerca não só da
palavra de Deus mas também no idioma e cultura da nação a qual se almeja alcançar e
também prover recursos financeiros para manter aqueles a quem o Espírito Santo
designou para tal obra.
Jesus exemplifica isso em sua palavra em dois momentos, primeiro quando ele envia seus
discípulos só aos judeus (Mt 12) e o outro momento podemos citar Atos 13 onde a igreja
separa, abençoa e envia Paulo e Barnabé para aquilo que seria chamada a primeira viagem
Missionaria.
Segundo a narrativa bíblica Deus criou as cidades com um propósito, para que houvesse
proteção, busca espiritual, justiça, desenvolvimento cultural. Contudo por consequência
do pecado as cidades perdem o seu significado e não cumprem seus propósitos se
tornando lugar de desigualdade social, preconceito e um lugar de fuga de Deus. Um
ambiente onde a busca espiritual acontece em meio ao pecado. Pensando nisso em um
vídeo da série o evangelho na vida Timothy Keller faz a seguinte observação:
*“Como resgatar o proposito original a cidade?

1° devemos amar aqueles que precisão de ajuda e proteção, precisamos servir as necessidades das
pessoas não importa a raça ou classe social. Ao invés de usar as pessoas para nossas próprias
necessidades.

2° precisamos fazer justiça, precisamos trazer a paz e a justiça de Deus para esse mundo quebrado

3° precisamos criar e cultivar cultura em tudo que a envolve, em termos de criatividade e


relacionamentos em excelência e como podemos viver a nossa fé nos nossos locais de trabalho

4° precisamos ser um povo que encoraja outros a buscarem suas espiritualidades, mas mantendo a
certeza de que Cristo é a única coisa que supre essa necessidade.

24
Deus se importa com pessoas, com aqueles que estão sofrendo suas dores, provações...

Com a opressão que as pessoas vivem, as injustiças que as pessoas sofrem. Deus é um Deus de
compaixão se Ele quer que estejamos com Ele para experimentarmos sua alegria, amor e paz, a lógica é
simples, Deus ama pessoas ele se importa com as cidades, ele falou com Jonas sobre uma cidade:

“Ninive tem mais de 120,000 pessoas, Eu não deveria me preocupar com uma cidade tão grande? ”

Se Deus se importa com importa com as cidades e suas populações, não deveríamos não deveríamos nos
preocupar também? ”

O entendimento correto deste mandato será crucial para a boa execução da missão que a
nós foi confiada por nosso amado rei, pois nos dias atuais há muitos equívocos quando o
tema “missões” é abordado e consequentemente compartilhado nas igrejas. O primeiro
grande erro é pensar que missões é um assunto que diz respeito a um pequeno grupo de
membros que tem paixão por esse tema ou ainda responsabilidade de um departamento
da igreja. Não! A missão é responsabilidade da igreja e por isso a igreja é apostólica, pois
ela está debaixo do envio de Cristo que é conhecido como grande comissão. Todos os
salvos têm a responsabilidade de ser um mensageiro das boas novas do reino de Deus,
fazendo uso de seus dons e talentos para que essa mensagem alcance todas as
extremidades da terra bem como todas as esferas sociais.
As Esferas ou as Áreas de Influência da Sociedade são:

 Família (lar)
 Religião (igreja)
 Educação (escolas)
 Mídia (comunicações)
 Artes (entretenimento e esportes)
 Economia (negócios e comércio)
 Governo (política)
Para encerrar esse assunto é valido ressaltar que como cristão não podemos ser
pretenciosos achando que temos uma tarefa de dominar as esferas sociais como algumas
equivocadas teologias propõe, na verdade a postura correta da igreja cristã diante e da
sociedade e suas respectivas esferas deve ser de um engajamento prudente como intitulou
James Smith ou de presença fiel expressão usada por James Hunt para falar do mesmo
assunto. O que é presença fiel? Presença fiel pode ser definida por um comportamento
coerente aos valores e ideais cristãos servindo com excelência a esfera a qual ele está
inserido buscando influenciar o mesmo ambiente em questão.

25
Os cinco ministérios

Para cumprir o propósito eterno de Deus na Terra é necessário que a igreja amadureça em
sua identidade, pois assim como Jesus cresceu em estatura e graça diante de Deus e dos
homens, sua noiva também precisa se desenvolver e ser aperfeiçoada e para que isso
aconteça o próprio Cristo designou aos homens dons para contribuir e conduzir os santos
nesse processo. Essas pessoas são aquelas que carregam os dons de governo ou como são
mais conhecidos os cinco ministérios. As pessoas que carregam em si essas vocações tem
uma dupla responsabilidade, a primeira delas é servir ao reino de Deus com o seus dons
e talentos e isso exigirá muito empenho não só no que diz respeito a entrega mas
principalmente na busca para desenvolver e aperfeiçoar suas capacidades para que o
produto final desse processo seja um dom amadurecido que edifique a igreja local ou as
pessoas que estão próximas a ela. A segunda é a responsabilidade em criar uma
mentalidade condizente com o ministério que essa pessoa desenvolve de maneira que a
igreja aprenda a se mover com o respectivo ministério, em outras palavras um apostolo
deve criar uma mentalidade apostólica, o profeta uma mentalidade profética, o mestre
uma mentalidade de ensino e assim por diante. Uma vez que está claro que o proposito
eterno de Deus tem a ver com a formação de filhos maduros Ele mesmo o próprio Deus
proporcionou essas pessoas portadoras desses ministérios para que por meio delas todos
os santos seja aperfeiçoado na obra do ministério e tenham condições de cumpri-lo com
a excelência que Deus espera. Vejamos o texto abaixo:

Efésios 4:11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas,
e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
O texto mostra que Deus tem por objetivo elevar o nível da igreja até que todos se tornem
como Cristo e nesse sentido é valido observarmos que Jesus em seu ministério terreno
manifestou as características desses dons. Vejamos;

26
Apóstolo:
Hebreus 3:1
Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo,
apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,
Profeta:
Lucas 24:19
E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus
Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de
todo o povo;
Evangelista
Lucas 4:18
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres.
Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
Pastor
João 10:11
Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Mestre
João 3:2
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de
Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

Em outras palavras cada cristão deve aprender a se mover nesses dons a medida em que
vai amadurecendo na caminhada enquanto as pessoas que especificamente se movem
nesses dons devem compartilhar de sim com a igreja não só manifestando plenamente seu
respectivo ministério mas também ensinar aos demais a fazer o mesmo.
Os cinco dons na esfera de governo ou cinco ministérios são:

27
Antes de falarmos de cada ministério propriamente em si é muito valido
ressaltar que a vocação tem influência direta em como comunicamos a
palavra respeitando obviamente a interpretação correta de cada texto. Um
outro detalhe é que cada vocação carrega consigo uma ênfase de amor
diferente, ou seja a natureza de Deus é amor e nós carregamos essa natureza
a partir do momento em que nascêssemos de novo, contudo quando
carregamos em nós um dos cinco ministérios manifestaremos uma ênfase de
amor maior a algum dos aspectos do reino, entretanto é muito importante
ressaltar que não é um amor exclusivo e sim uma ênfase ou uma expressão
mais intensa de amor por um aspecto. Veja só:
Apostolo: ênfase de amor pelo reino e o avanço da obra de Deus pelo mundo.
Profeta: ênfase de amor pela presença de Deus, tempo com Deus e etc.
Evangelista: ênfase em amor pelos perdidos, os ainda não alcançados.
Pastor: ênfase de amor pelos salvos, ou pelo “rebanho” ao que é responsável.
Mestre: ênfase de amor pelas escritas e sua fidedigna interpretação e
pregação.
Assim sendo a unidade da igreja será fundamental para que a submissão
mutua dos membros gere o amor pleno, ou ainda pensando de forma mais
simples a boa aplicação de cada vocação e a entrega de uns aos outros gerará
cristão maduros que amarão a obra de Deus, a presença de Deus na pessoa
do Espirito Santo, os perdidos bem como também amarão os salvos e
também amará as escrituras. Vejamos pois as características de cada um dos
cinco ministérios:

Apóstolos: A palavra apostolo significa enviado, dando a ideia de ser representada a


pessoa que manda. O apóstolo é um enviado, um delegado, um embaixador. O apóstolo
tem um papel-chave no Reino de Deus. Ele é necessariamente um fundador, e não apenas
no sentido de iniciar alguma coisa, mas também no sentido de acompanhar o crescimento
de uma igreja, cuidando para que não haja deformações e falhas no desenvolvimento dela.
O apóstolo luta pelo fundamento correto e, da mesma maneira, para que os cristãos
permaneçam sobre esse fundamento. Essa foi, por exemplo, a luta de Paulo em favor dos
crentes da Galácia (Gl 1.6-8; 3.1-3). Uma outra característica do apóstolo é que ele está
sempre em movimento. Ele não fica estacionado em um único lugar, em uma única igreja.
Pelo contrário, ele está sempre a caminho, ou fundando igrejas ou dando assistência a
outras igrejas para que essas não se afastem do fundamento bíblico. O exemplo mais claro
que podemos citar acerca do ministério apostólico é exatamente em atos no surgimento
da igreja onde podemos observar os Apóstolos João e Pedro indo até a igreja recém
plantada em Samaria para que houvesse batismo no Espírito Santo (At 8:14), ou ainda

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próprio Apóstolo Paulo que plantou diversas igrejas e de tempo em tempo voltava para
conferir como estava a saúde espiritual e doutrinaria da igreja e corrigir algum erro ou
heresia quando necessário. Outra caraterística do apostolo é uma facilidade de manifestar
características dos outros quatro ministérios uma vez que o trabalho de plantação de igreja
exige que haja a atuação mutua dos mesmos porém na maioria das vezes inicialmente não
se tenha ainda as pessoas para tal oficio. Contudo é de extrema importância ressaltar a
particularidade do colégio apostólico (os doze primeiros a quem Cristo separou para tal
oficio), mas cremos no envio de caráter de associação a missão dos mesmos e nesse
sentido portanto a igreja tem em seu meio pessoas que carregam esse ministério não se
igualando contudo ao colégio apostólico. Nesse sentido podemos citar Barnabé que parte
em missão juntamente com o Apostolo Paulo na plantação das igrejas aos gentios mesmo
não tento em sua caminhada as mesmas experiências que os doze apóstolos e o próprio
Paulo (At 13)
Características dos Apóstolos Maduros
Gostam de sonhar, fazer tarefas novas e difíceis, adaptam-se bem às mudanças, estão
sempre em busca de algo inovador para melhorar o que já está sendo feito. Tem uma
liderança natural, mas não se contentam com o que já sabem, estão sempre em busca de
aprender, crescer e melhorar.
Características dos Apóstolos Imaturos
Eles não são capazes de distinguir entre o fluxo constante de ideias boas e inovadoras que
eles têm e as ideias que Deus lhes dá. Eles não possuem capacidade de discernimento
nestas situações. Eles tentam algo novo todas as semanas e pulam de uma coisa para
outra sem motivo! Depois de um tempo, as pessoas param de segui-los por causa da
dificuldade que eles possuem em se concentrar (focar) em uma tarefa específica, as
pessoas se recusam a dedicar tempo e energia a algo quando sabem que isto pode mudar
com qualquer capricho de uma nova ideia.

Profetas: Enquanto o apóstolo é aquela pessoa que recebeu de Deus a visão de enxergar
mais longe, o profeta recebeu de Deus a visão para enxergar mais fundo. O profeta
consegue perceber as realidades mais profundas da vida de uma pessoa e também de uma
igreja. As cartas às igrejas da Ásia Menor, registradas no início do livro do Apocalipse,
são um exemplo claro do ministério profético. Essas cartas olhavam para dentro do
coração da igreja, vendo os seus pontos fortes e as suas fraquezas.
Certamente, Deus revela um pouco dos seus planos aos profetas (Am 3.7). Por isso, o
profeta é, em geral, um crente que constantemente anseia por ouvir mais de Deus. Ele
gosta de se dedicar à quietude, à oração e à busca da presença de Deus. Esse seu anseio
está relacionado como o seu desejo de receber de Deus para poder compartilhar com as
pessoas o que tiver ouvido.
O Ministério Profético traz discernimento e direção espiritual. Hoje, a mensagem
anunciada pelo profeta deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. A
profecia não é maior que Palavra. Um ponto muito importante de ser ressaltado é que nem
todos que se movem no dom de profecias é um profeta no aspecto do dom de governo,

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porém todo profeta se moverá no dom profecia coma peculiaridade de que suas palavras
proféticas serão sempre voltadas para o coletivo quase nunca ao indivíduo. Podemos citar
nesse caso o Ágabo (At 11:27,28) ou o próprio João batista ao qual o próprio Jesus
descreveu como o maior profeta nascido de mulher (Lc7:28).
Profetas maduros
Sua principal característica é aprender a ouvir e a discernir a voz de Deus, mas também
entender o tempo de Deus, pois muitas das palavras que recebem vão se cumprir muitos
anos depois, como vemos na Bíblia por exemplo, a promessa de que Abraão teria um
filho demorou muitos anos para se cumprir. O profeta maduro anda por fé discernido que
os planos de são eternos e não futuros, ou seja, não podem ser frustrados e por isso o
profeta maduro não se deixa abalar pelas circunstancias, antes ele confia que o eterno de
Deus se cumprirá.
Características de profeta imaturos
Embora tenham um dom natural de “ver além” do que a maioria das pessoas conseguem
ver, os profetas imaturos cometem dois erros fundamentais: primeiro, quando sentem que
Deus está dizendo algo, eles próprios fornecem diretamente a interpretação da profecia e
não a liberam por completo para as pessoas de uma comunidade. Como disse Paulo (1
Co. 14), o profeta deve expor sua revelação, mas cabe à comunidade pesar (julgar) e dar
uma interpretação. O trabalho do profeta é compartilhar, liberar o que recebeu, após isso,
deve se afastar e observar o que o que outras pessoas entendem a respeito. Outra
característica de um profeta imaturo é receber algum tipo de revelação e passar
diretamente para a aplicação. Agir deste modo é incrivelmente prejudicial e não é o
padrão que as Escrituras nos dão. O problema torna-se ainda maior, pois, muitas vezes,
eles estão corretos, criando uma falsa sensação de confiança que eles conseguem entender
as profecias por si mesmos 100% das vezes.

Evangelistas: O evangelista é uma pessoa que foi capacitada por Deus para pregar o
Evangelho aos não cristãos. Os olhos dele estão constantemente colocados fora da igreja,
em busca dos perdidos. Ele quer se encontrar com os incrédulos, fazer contato com eles
e apresentar-lhes o Evangelho de forma clara e compreensível.

Por isso, uma das características do evangelista é a criatividade. Ele consegue, de


diferentes maneiras, apresentar o Evangelho. Ou ele evangeliza por meio do teatro, ou da
música, ou da mímica, ou da pregação. Para ele, o que importa é fazer com que os não-
crentes ouçam, entendam e aceitem a mensagem do Evangelho. Há no evangelista uma
sensibilidade aos dilemas e dores das pessoas sem Cristo, dessa forma são muito bons
ouvintes para que com criatividade possam apresentar o evangelho como resposta. A
Bíblia atribui esse título a Felipe um entre os primeiros diáconos que exerceu com êxito
a obra de proclamar o evangelho e assim sendo mencionado por esse ministério (At 21:8).
Evangelistas maduros
Gostam de discutir e compartilhar seus pontos de vista. Aonde quer que vão, parecem
levar outros à discussão sobre Jesus. Eles são apaixonados por compartilhar o Evangelho.

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Eles não são tímidos quanto à sua fé e a compartilham facilmente com outras pessoas de
modo regular. Eles entenderam que toda hora e lugar há uma oportunidade de falar de
Jesus.

Características de evangelistas imaturos


Há duas coisas que eles costumam fazer que podem ser realmente prejudiciais. Primeiro,
eles apresentam um Evangelho reducionista que visa tirar as pessoas do inferno, algo que
embora seja importante, nem sempre inclui o convite de Jesus ao discipulado e a
existência do Evangelho do Reino que, na verdade é a mensagem central de Jesus.
Quando eles fazem isso, eles transformam a fé e o Cristianismo num tema que só trata da
morte e não tem nada a ver com o que acontece aqui na Terra. Isso é terrivelmente
destrutivo. Em segundo lugar, muitos evangelistas imaturos podem ter uma espécie de
estratégia “te amo e te deixo”. É como se você “cruzasse a linha” para se tornar um
cristão e ocorresse a passagem de bastão mais rápida do mundo para a igreja local ou para
um pequeno grupo, não sendo mais necessário nunca mais obter notícias destes novos
cristãos. Eles passam para a próxima pessoa com muita rapidez. Agora, isso não quer
dizer que os evangelistas precisam estar lá para sempre, mas que não se deve permitir que
haja uma experiência desagradável (de se sentir descartado) para alguém que acabou de
entrar em um relacionamento de discipulado! Ser um discípulo envolve relacionamentos
e os evangelistas imaturos podem causar uma má impressão quando tratam cristãos e os
relacionamentos deste modo raso.

Pastores: significa aquele que literalmente guia o rebanho com capacitação divina para
nutrir, cuidar e amadurecer espiritualmente cada ovelha. O termo pastor normalmente é
associado àquele que apascenta e cuida das ovelhas (Jr 3.15). São ungidos e constituídos
segundo o coração de Deus para operar com ciência e inteligência. A pessoa que tem o
ministério de pastor se importa grandemente com as pessoas. Ele tem ampla disposição
para carregar as pessoas nos braços, trazer-lhes encorajamento e fazer oração por elas.
Isso significa que o pastor recebeu de Deus uma capacitação especial para iniciar e
desenvolver relacionamentos que sejam profundos e intensos. Embora esse título não
apareça na bíblia com atribuição a ninguém além do próprio cristo entende-se que esse
ministério é equiparado aos bispos ou presbíteros e podemos ver essas marcas na vida de
Timóteo a quem Paulo orienta em suas cartas e a quem Paulo diz que ao que almeja está
obra excelente obra deseja (1 Tm 3:1)
Pastores maduros
Desfrutam de bate-papos individuais (um a um) e demonstram hospitalidade. Eles
suportam os problemas dos outros e têm um talento especial para falar a verdade em amor.
Eles são bons ouvintes e são fáceis de conversar e compartilhar sentimentos íntimos. Eles
fazem como cristo nos contou, que o pastor deixa as 99 seguras e vai buscar (e amar) a
perdida.
Características de pastores imaturos
Os pastores gostam de estar com as pessoas em meio à sua fragilidade, quebrantamento,
dor e sofrimento. No entanto, eles podem ter muita dificuldade em ajudar as pessoas

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saírem de momentos de angústia para levá-las para cura, transformação e redenção.
Pastores imaturos, às vezes, não têm confiança para incentivar ou desafiar as pessoas a
seguir em frente, a dar um passo à frente no Reino, por medo de que a pessoa fique brava
(com raiva) deles, ou para mantê-las debaixo de uma dependência emocional.

Mestres: Mestre significa instruir vidas na verdade. São capacitados divinamente para
entender, explicar claramente e aplicar na prática a Palavra de Deus (Jo 6.45).
Complementa a obra pastoral na edificação dos rebanhos. Quem é mestre é um
conhecedor daquilo que ensina. Ensina a palavra com conhecimento, e se o mestre quiser
ter maestria em seus ensinos, deve ter a pratica da palavra, para, assim, liberar a vida que
flui da força pratica da palavra (Hebreus 5.12; 1 Timóteo 1.7). Diferentemente do
apóstolo, que olha para mais longe, e do profeta que olha para mais fundo, o mestre olha
para a Palavra. Ele é alguém bastante dedicado ao estudo da Bíblia. Ele é apaixonado pela
Bíblia. Ele anseia por descobrir os ensinamentos bíblicos acerca de Jesus e do Seu Reino.
Tem por caracterizas gostar das coisas bem explicadas além de sempre estarem tentando
contribuir com o crescimento dos demais irmão como Aquila e Priscila fizeram com
Apolo (At 18:26). Tiago em sua carta ressalta a seriedade deste ministério pois ao
contrário do que Paulo fala a respeito do episcopado a fala de Tiago é:
“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro
juízo. ” Tiago 3:1
Características de um mestre maduro
Gostam de ler, estudar a Bíblia e de ajudar outros a entendê-la. Nunca se contentam com
uma explicação rasa e estão sempre prontos a ir mais fundo, tanto quando estão
aprendendo quanto quando estão ensinando. Se deleitam em pregações e estudos
profundos e sempre tem uma palavra para ajudar jovens pregadores que desejam ser fiéis
as escrituras em seus sermões.
Características de um mestre imaturo
A coisa boa sobre os mestres é seu profundo amor pelas escrituras. A má notícia é que
as escrituras podem ser o fim e não Deus. Os mestres imaturos tendem a esquecer que a
escritura é algo que nos leva a Deus. A Escritura não é o ponto final. Deus é o ponto.
Eles podem sofrer de idolatria as Escrituras colocando-a acima de seu relacionamento
com Deus, vivendo e respirando apenas o conhecimento por meio da leitura das
Escrituras. Existem poucas coisas mais bonitas do que ver um Mestre aprender com um
Profeta porque sua capacidade de ensinar vai para um novo nível, pois todos os seus
ensinamentos passam a levar as pessoas aos braços do Pai.

Além disso, os professores imaturos podem confiar em seu próprio intelecto para
“impressionar” as pessoas, em vez da autoridade que é dada pelas escrituras e pelo
Espírito Santo. Os comentários das pessoas sobre Jesus quando ele ensinava era que seu
ensino possuía uma autoridade que eles não viam nos mestres da lei e nos fariseus. Da
mesma forma, o escritor de Hebreus diz: “Lembre-se de seus líderes, que falaram a
Palavra de Deus a você. Considere o resultado de seu modo de vida e imite sua fé. ” A
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autoridade de um mestre não vem de quão inteligente eles são, mas da Palavra de Deus e
do Poder de uma vida transformada. Um mestre imaturo muitas vezes se esquece disso.
Os cinco ministérios são dons essenciais para o funcionamento e desenvolvimento
saldável de uma igreja, onde as pessoas vocacionadas a esses dons não somente os
exercem o mesmo mas também ensinam a igreja a fluir em suas respectivas variações
gerando assim mentalidades vocacionais como já mencionamos
Portanto é muito importe fazer parte de uma igreja local para sermos cuidados, ensinados,
capacitados e enviados para fazer a obra de Deus.
Vejamos no quadro abaixo a atuação desses dons em relação a palavra:

Como já dissemos cada ministério terá uma forma muito própria de lhe dar com as
escrituras na sua maneira de expor os textos, obviamente que as regras básicas de
interpretação bíblica, contexto e sentido do texto serão mantidas.

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Um outro exemplo ainda que podemos observar e se comparamos a obra do reino de Deus
a uma construção, uma vez que o proposito eterno de Deus está ligado diretamente a
preparar um lugar para a habitação de Deus;

Por concluímos que a unidade e a maturidade são essenciais para o bom funcionamento
da igreja e cumprimento da vocação da igreja uma vez que os ministérios não competem
entre si, pelo contrário eles contribuem mutuamente para o aperfeiçoamento de todos os
santos. Dessa deve haver no coração de cada um a disposição de se submeter e honrar o
ministério que o outro carrega.

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Conclusão

Concluímos que o propósito eterno de Deus consiste em habitar no meio de seu povo por
toda a eternidade, e para isso ele enviou a igreja com a missão de através da pregação do
evangelho influenciar com a cultura do reino vindouro vivendo um engajamento prudente
em meio a sociedade e suas diversas esferas de atuação a partir de uma vida de devoção,
entrega e comprometimento com a vontade do único e soberano rei Cristo Jesus, e que a
igreja deve crescer em estatura e graça diante de Deus e dos homens através do
aperfeiçoamento dos santos que se dá pelo exercícios dos cinco ministérios para que por
meio da igreja o mundo conheça o testemunho fiel de cristianismo até que o Nosso Senhor
venha buscar a sua noiva.

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Referências Bibliográficas

http://atalaiabiblias.blogspot.com/2017/06/os-cinco-ministerios.html
https://jesuscopy.com.br/resultado-teste-
ministerio/?pas_porc=21.57&apo_porc=21.57&mes_porc=21.57&pro_porc=15.69&eva
_porc=19.61&nome=leandro
https://www.youtube.com/watch?v=d_MB1TSDVdY

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