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ROTEIRO DE AULA
AULA 06
Objetivos:
• Conceituar fenômeno de emancipação da alma;
• Diferenciar fenômeno anímico de fenômeno mediúnico.
Bibliografia Básica:
• EPM I - Módulo I Roteiro 6.
PROGRAMA I – MÓDULO I
Roteiro 6
fenômenos de
emancipação da alma
Objetivos
1. O SONHO
O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. [...] 3 A liberdade
do Espírito é julgada pelos sonhos.
O Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que
o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança
pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. 1 Quando o
corpo repousa, acredita-o, tem o Espírito mais faculdades do que no estado de
vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire maior
potencialidade e pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos, quer
deste mundo, quer do outro. 1 Estando entorpecido o corpo, o Espírito trata de
quebrar seus grilhões e de investigar no passado ou no futuro.2 O sono liberta a
alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo
no estado em que fica permanentemente depois que morre. 2
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Os Espíritos adiantados, quando dormem, vão para junto dos que lhes são
iguais ou superiores. Com estes viajam, conversam e se instruem. Trabalham
mesmo em obras que se lhes deparam concluídas, quando volvem, morrendo
na Terra, ao mundo espiritual. O sonho deles traduz-se por lembranças agra-
dáveis e felizes.2
Os Espíritos mais imperfeitos vão, enquanto dormem, ou a mundos infe-
riores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de gozos quiçá mais
baixos do que os em que aqui tanto se deleitam. 2 Os seus sonhos são pesados,
confusos, atormentados, muitos deles sob a forma de pesadelos.
2. SONAMBULISMO
O sonambulismo é um estado de independência do Espírito, mais completo
do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades.
A alma tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um estado de
sonambulismo imperfeito. No sonambulismo, o Espírito está na posse plena de
si mesmo [...]. Quando se produzem os fatos do sonambulismo, é que o Espírito,
preocupado com uma coisa ou outra, se aplica a uma ação qualquer, para cuja
prática necessita de utilizar-se do corpo. Serve-se então deste, como se serve de
uma mesa ou de outro objeto material no fenômeno das manifestações físicas, ou
mesmo como se utiliza da mão do médium nas comunicações escritas. 9
Os fenômenos de sonambulismo natural se produzem espontaneamente e
independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dota-
das de especial organização, podem ser provocadas artificialmente, pela ação do
agente magnético [hipnose]. O estado que se designa pelo nome de sonambulis-
mo magnético apenas difere do sonambulismo natural em que um é provocado,
enquanto o outro é espontâneo. 10 É importante não confundir sonambulismo,
natural ou provocado, com mediunidade sonambúlica. No primeiro caso ocorre
um fenômeno anímico de emancipação da alma, o Espírito encarnado obra
por si mesmo. No segundo caso, os médiuns em estado de sonambulismo, são
assistidos por Espíritos. 17
3. TELEPATIA
A telepatia ou transmissão do pensamento é um faculdade anímica que
ocorre entre as pessoas, independentemente de estarem dormindo ou acordadas.
O Espírito comunica-se telepaticamente porque ele não se acha encerra-
do no corpo como numa caixa; irradia para todos os lados. Segue-se que pode
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comunicar-se com outros Espíritos, mesmo em estado de vigília, sem bem que
mais dificilmente. 4 A telepatia, linguagem inarticulada do pensamento, é uma
forma de comunicação que dá causa a que duas pessoas se vejam e compreendem
sem precisarem dos sinais ostensivos da linguagem. Poder-se-ia dizer que falam
entre si a linguagem dos Espíritos. 5
4. LETARGIA E CATALEPSIA
A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda tempo-
rária da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexpli-
cada. Diferem uma da outra em que, na letargia, a suspensão das forças vitais é
geral e dá ao corpo todas as aparências da morte; na catalepsia, fica localizada,
podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo, de sorte a permitir
que a inteligência se manifeste livremente, o que a torna inconfundível com a
morte. A letargia é sempre natural; a catalepsia é por vezes magnética. 8
Alguém que estiver sob um estado letárgico, ou mesmo cataléptico, não
consegue ver ou ouvir pelos órgãos físicos. O Espírito tem consciência de si,
mas não pode comunicar-se. 6 Na letargia, o corpo não está morto, porquanto
há funções que continuam a executar-se. Sua vitalidade se encontra em estado
latente, como na crisálida, porém não aniquilada. Ora, enquanto o corpo vive, o
Espírito se lhe acha ligado [...]. Desde que o homem aparentemente morto, volve
à vida, é que não era completa a morte. 7 A letargia*, segundo a Medicina é uma
sonolência patológica ou estupor; torpor mental. A letargia pode manifestar-se
também no estado de coma profundo, situação em que a pessoa não reage a
qualquer estímulo (luminoso, verbal, de dor, de calor etc). Nota-se que até
alguns movimentos involuntários foram comprometidos. A catalepsia* é en-
tendida como uma doença cerebral intermitente, caracterizada pela suspensão
mais ou menos completa da sensibilidade externa e dos movimentos voluntários,
e principalmente, por uma extrema rigidez dos músculos.
5. ÊXTASE
O êxtase é o estado em que a independência da alma, com relação ao
corpo, se manifesta de modo mais sensível e se torna, de certa forma, palpável.
No sonho e no sonambulismo, o Espírito anda em giro pelos mundos terrestres.
No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com
os quais entra em comunicação, sem que, todavia, lhe seja lícito ultrapassar
certos limites, porque, se os transpusesse totalmente, se partiriam os laços que
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6. BICORPOREIDADE
Na bicorporeidade, o Espírito afasta-se do corpo, tornando-se visível e tan-
gível. Enquanto isso, o corpo permanece adormecido, vivendo a vida orgânica. 13
Isolado do corpo, o Espírito de um vivo [encarnado] pode, como o de um
morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade. Demais [...] pode adquirir
momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicorporei-
dade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja
aparição simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. 14 Antônio
de Pádua, padre português canonizado pela Igreja Católica, e Eurípedes Barsa-
nulfo, espírita mineiro de Sacramento, são dois grandes exemplos de Espíritos
que, quando encarnados, possuíam, em grau de elevado desenvolvimento, esse
tipo de fenômeno anímico.
8. TRANSFIGURAÇÃO
O fenômeno da transfiguração consiste na mudança do aspecto de um cor-
po vivo. A transfiguração, em casos, pode originar-se de uma simples contração
muscular, capaz de dar à fisionomia expressão muito diferente da habitual, ao
ponto de tornar quase irreconhecível a pessoa. 16
A mais bela transfiguração de que temos notícia foi, sem dúvida, a de
Jesus, no Tabor, ocorrida em presença dos apóstolos Pedro, Tiago e João.
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GLOSSÁRIO
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REFERÊNCIAS
1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 84. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2003. Questão 401, p. 221.
2. ___. Questão 402, p. 222.
3. ___. Questão 402, p. 223.
4. ___. Questão 420, p. 229.
5. ___. Questão 421, p. 230.
6. ___. Questão 422, p. 230.
7. ___. Questão 423, p. 230.
8. ___. Questão 424, p. 231.
9. ___. Questão 425, p. 231.
10. ___. Questão 455, p. 239.
11. ___. p. 243.
12. ___. p. 244.
13. ___. O Livro dos Médiuns. Tradução de Guillon Ribeiro. 73. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2004, 2ª Parte, cap. 7. Itens 114 a 118, p. 152-156.
14. ___. Item 119, p. 156-157.
15. ___. Item 122, p. 159-160.
16. ___. Item 123, p. 160-161.
17 ___. Cap. XVI, item 190, p. 234..
18. ___. Cap. XIX, item 223, perguntas 1 a 5, p. 268-270.
19. PERALVA, Martins. Mediunidade e Evolução. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2000,.
Cap. 13 (Escolhos da mediunidade), item: Animismo, p. 55-56.
20. SANTOS, Jorge Andréa. Lastro Espiritual nos Fatos Científicos. Petrópolis, [RJ]:
Espiritualista F. V. Lorenz, p. 125 (Forças anímicas e mediúnicas).
21. SCHUTEL, Caírbar. Médiuns e Mediunidade. 8. ed. Matão, SP: O Clarim, p. 103
(Fenômenos anímicos e espíritas).
22. TEIXEIRA, José Raul. Correnteza de Luz. Pelo Espírito Camilo. Niterói, RJ:
FRÁTER, 1991, p. 99 (Mediunidade e animismo).
23. ___. p. 100.
24. XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André
Luiz. 31. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Cap. 22, (Emersão no passado), p. 246-247.
25. ___. p. 247.
26. ___. No Mundo Maior. Pelo Espírito André Luiz. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.
Cap.(Mediunidade), p. 150 .
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