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MEDIUNIDADE

NA UMBANDA
EBOOK SEMANA 15
DICAS PARA A LEITURA
DESSE EBOOK

Este eBook é um PDF interativo. Isso quer dizer que


aqui, além do texto, você também vai encontrar links e
um sumário clicável.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
Na parte inferior de cada página, temos um botão Animismo..............................................................................3

que leva você, automaticamente, de volta ao Sumário. CAPÍTULO 2


Assim como no Sumário você pode clicar em cada Mediunismo e Psiquismo..........................................................5

capítulo e ir diretamente para a parte do eBook que


quer ler.

Sempre que o texto estiver assim, quer dizer que ele é


um link. Você pode clicar sempre que quiser!
3 CAPÍTULO 1
“O fenômeno anímico significa a intervenção da própria personalidade do médium
nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si

ANIMISMO mesmo à conta de mensagens transmitidas do Além-túmulo.”


– Ramatis -
POR RODRIGO QUEIROZ
Animismo [do latim anima + -ismo] - 1. Teoria que considera a alma simultanea-
mente princípio de vida orgânica e psíquica. 2. O que é próprio da alma. 3. Para
“A percepção do desconhecido é a mais fascinante das ex-
o entendimento espírita, é relativo aos fenômenos intelectuais e físicos que deixam
periências. O homem que não tem os olhos abertos para o
supor atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano, isto é, exercida
misterioso passará pela vida sem ver nada”.
além dos limites do corpo.
Albert Einstein
Se tiver por causalidade o Espírito desencarnado, o fenômeno denomina-se espiritual
ou mediúnico; mas, se o Espírito é o próprio encarnado, chama-se anímico.
AOS TRABALHADORES DA VERDADE
Nos tempos atuais, todo o trabalho de quantos se devotam
O fator anímico do ser humano tem sido fortemente explorado pela ciência con-
à disseminação das teorias espiritistas deve ser o de colabo-
temporânea assim como pelo espiritismo e Umbanda. Por este fato é que alguns
ração com os estudiosos da Verdade. Não é o desejo de
cientistas famosos como o psicanalista Freud criaram teses afirmando a inexistência
proselitismo ou de publicidade que os deve animar, porém,
da comunicação mediúnica ou espiritual, delegando as “supostas” comunicações ao
a boa vontade em cooperar com os seus atos, palavras e
subconsciente revelado.
pensamentos, a favor da grande causa. Todos nós objetiva-
mos, com a nossa árdua tarefa, ampliar o conhecimento hu-
No campo da espiritualidade, nos cabe estudar profundamente esse assunto que
mano, com respeito às realidades espirituais que constituem
por hora ainda não se esgotou, ainda que com grande participação de André Luiz,
a vida em si mesma, a fim de que se organize o ambiente
Emmanuel e Ramatis, mensageiros espirituais de alta estirpe que dispensa dúvidas
favorável ao estabelecimento da verdadeira solidariedade
em seus ensinamentos.
entre os homens.
Como esse assunto será exposto de forma mais profunda na palestra pessoal, me
– Emmanuel -
restrinjo apenas em fixar aqui algumas observações indispensáveis.

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Nos dias atuais a terminologia dispensada ao dom mediúnico tem sido


modificada para o termo medianímico, o que melhor caracteriza o dom.

Podemos desenvolver três classes para o fenômeno anímico, sendo:

01 - Animismo Puro: sem influência alguma de espírito, fruto da intenção


e imaginação do “médium”, este caso é o que chamamos de mistificação
que ocorre quando não há intenção benéfica da “comunicação”; “Bem
sabemos que o anímico puro é um pseudomédium, que não participa de fe-
nômenos psíquicos, mas apenas os imagina, dominado pela autossugestão,
histeria, automatismo psicológico ou fantasia da mente deseducada, isto é,
ele mesmo é o autor exclusivo da comunicação que atribui a um espírito
desencarnado.” – Ramatis

02 - Animismo Inconsciente: quando o médium projeta pensamentos pes-


soais na comunicação do espírito;
“Essa interferência, por vezes, é tão sutil que o médium é incapaz de perce-
ber quando o seu pensamento intervém ou quando é o espírito comunicante
que transmite suas ideias pelo contato perispiritual.” – Ramatis

03 - Animismo Consciente: quando o médium consegue discernir a men-


sagem espiritual de suas informações pessoais e imprime nelas sua persona-
lidade sem perder o teor da mensagem.

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5 CAPÍTULO 2
natural e esperado que o mesmo fique “apaixonado”, “eufórico” e muito envolvido

MEDIUNISMO com essa sua nova experiência existencial. É justamente esse encantamento que vai

E PSIQUISMO
motivá-lo a superar uma série de desafios que se desdobram nesse período. No en-

tanto, é comum também muitos se apoiarem nessa convivência espiritual para suprir

algumas deficiências emocionais, natural em todo ser humano, porém isso quando
UM TOQUE SOBRE A MEDIUNIDADE,
EUFORIA RELIGIOSA E ANIMISMO não é controlado pode ser um perigo iminente.

POR RODRIGO QUEIROZ


A vida do indivíduo se divide em dois momentos, antes e depois de assumir a mediu-

nidade, e acontece que este novo universo precisa ser vivido com muita coerência,
O mediunismo umbandista ou mediunidade de Umbanda,
humildade e senso crítico, senão começará uma avalanche de confusões e compor-
devido seu potencial anímico e fenomênico, que é o fato
tamentos nocivos.
de o guia andar, manifestar trejeitos, sotaques, vestimentas,

enfim, por serem as manifestações espirituais na Umbanda


Desta forma, entendemos até aqui o que podemos considerar de “euforia religiosa”,
carregadas de personalismos das entidades, quando um mé-
que nada mais é do que esta entrega do indivíduo ao mundo da mediunidade.
dium não se atenta sobre suas falhas emocionais e psicoló-

gicas, a experiência mediúnica poderá se tornar um grande


Entenda sinteticamente o que é ANIMISMO: quando o médium se pronuncia ao
problema que só se resolverá com uma intensa supervisão
invés da espiritualidade, ou seja, age, pensa e fala como se fosse uma terceira pes-
do sacerdote e muita humildade e resignação por parte do
soa (espírito) e manifesta isso como sendo de fato uma entidade. Não é mistificação,
aprendiz, acontece que nem sempre isso ocorre.
pois esta fica na vala da ação proposital, o indivíduo pensa e age mentirosamente

com esta intenção. Já o animismo acontece de forma silenciosa e muitas vezes imper-
Quando o indivíduo inicia seu desenvolvimento mediúnico é
ceptível, para aqueles que não entenderam alguns conceitos básicos da ação espiri-

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tual com o médium. Por isso, o animismo está tão ligado à euforia religiosa guia justificando que é o guia que intuiu...

do médium, pois este tão envolvido e entregue a estas novas sensações Continuamente esse indivíduo quer acreditar que tudo o que ocorre como

pode num determinado momento acreditar que tudo a sua volta se resume à sonhos, pensamentos e “intuições” são provindos dos guias. Então ele vai

experiência espírito- mediúnica. começar a dar dicas para os outros alegando que é o guia que falou, vai

narrar “sonhos reveladores” e assim por diante.

Já nas primeiras sensações do guia, o médium é orientado a se atentar para

as intuições que virão. Acontece que é muitíssimo difícil distinguir intuição Quando um iniciante que está ainda nos seus primeiros anos de desenvol-

de pensamento próprio e, sinceramente, não há uma fórmula exata para se vimento mediúnico inclina-se para este comportamento pode ser um indício

ensinar a fim de aprender essa distinção, ficará a cargo da sensibilidade do de carência efetiva, comportamental e uma necessidade íntima de estreitar

médium, da sinceridade quando pensar algo e querer realmente acreditar relacionamentos, o erro está em usar os guias como muleta.

que aquilo é uma intuição. Nesse momento já pode começar os primeiros

excessos, o indivíduo pensa e logo acredita que é intuição e certamente na É comum quem tem esse comportamento abordar as pessoas desta forma:

maioria das vezes isso não confere. “Fulano, tive um sonho com você e é melhor tomar cuidado com isso ou

aquilo...”, “Ciclano, hoje tive uma intuição para você fazer isso ou aquilo”,

Passo seguinte começam as manifestações dos guias, o indivíduo quer muito “Beltrano, meu guia mandou este recado pra você”, etc. Pode acontecer

se aproximar da entidade, criar um elo de companheirismo, o que é correto, também “incorporações” fora de hora e local.

mas muitas vezes nessa intenção ele cria mentalmente necessidades nesta

entidade, ou seja, começa providenciar uma série de “presentes” para o Você pode se perguntar: - Mas como discernir? Como podemos per-

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ceber isso? que sente o guia e este mesmo guia faz tudo o que acima foi comentado

Acredite, é simples. Basta aceitar princípios básicos, como: os guias da indo mais além, então se pergunte: - Se não cabe este comportamento aos

Umbanda são espíritos que estão muito distantes de nós e se não bastasse Guias de Lei da Umbanda, então... estamos falando de zombeteiros e ob-

isso são ocupadíssimos. Outro ponto fundamental é entender que a espiritua- sessores. No entanto, se você frequenta uma casa de Lei, isso é pouquíssimo

lidade está para nos auxiliar em nossa evolução espiritual, compreendendo provável, de tal forma que só resta aceitar que o animismo esteja acontecen-

conceitos espiritualizadores e ainda nos ajudar a nos superarmos. Do mais do e assim começar a tratar disso urgentemente, pois o passo seguinte é a

é por isso que temos dia, hora e local para a espiritualidade se manifestar. cegueira da vaidade ou mesmo a esquizofrenia.

Então pergunto: - Que entidade é esta que presta a falar da vida alheia? Se ao ler esse texto você pensa que não tem nada a ver contigo, preocu-

Qual é o aprendizado quando uma entidade quer prever uma desgraça pe-se.

na vida de terceiros? Por que uma entidade vai ficar “cochichando” isso ou

aquilo que não seja sobre você mesmo? Por fim, é legítimo uma entidade Se ao ler esse texto você pensou demais em outras pessoas como enquadra-

expor tudo isso ao indivíduo que está em pleno desenvolvimento mediúnico, das aqui, preocupe-se ainda mais.

onde a única preocupação deverá ser si próprio? Será de fato uma entida-

de de Lei? Se ao ler esse texto você começou a se analisar, bom caminho. A Umbanda

Obviamente que a resposta é não. é evolução, amor, coerência e bom senso!

E se ainda assim o indivíduo alega que escuta o guia, que enxerga o guia, Saravá!

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#EUSOUUMBANDA

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