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TEORIAS DA PERSONALIDADE

Psicólogo Samuel Cabanha CRP 08/13777


UMA ABORDAGEM DA TEORIA DA PERSONALIDADE –
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PSICOLOGIA DA
PERSONALIDADE

Em princípio, a pesquisa histórica não difere de outras categorias de pesquisa,


ou seja, deve se fazer a seguinte reflexão ao se fazer ciência:

Pesquisa = E (evidência) versus T (teoria)


Evidência coordenada e interpretada pela teoria.

“Esse é um princípio, não uma receita”

Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o antônimo da palavra


"evidência" é "incerteza”. Ou seja, a redução da incerteza pode ser feita (por
meio da melhoria e do rigor da metodologia);

 Cada teoria tem sua relevância;


 Cada teórico está essencialmente correto na área que examinou com
maior cuidado. Um aspecto negativo é que a maioria tem incorrido em
argumentar que a sua abordagem/teoria é a única resposta
O que é uma TEORIA??

 “(...) um conjunto pressupostos relacionados


que permite que os cientistas usem o raciocínio
lógico dedutivo para formular hipóteses
verificáveis”.
VERDADE
TEORIA ou
FATO
O que estuda a teoria da
Personalidade??
 Estuda as estruturas componentes da
personalidade;

 Sistematiza e compila as semelhanças e


diferenças das estruturas mentais e
comportamentais dos seres humanos;

 Busca desenvolver constructos teóricos-


metodológicos a fim de promover achados para
melhor compreensão dos distúrbios e
perturbações;
Pelé, Xuxa, Você, Fernanda Montenegro, Bento XVI, Chico Xavier, Paulo Coelho,

Gisele Bündchen, Martha Suplicy, Ronaldo, Benedita da Silva, Gustavo Kuerten,

Caetano Veloso, Regina Duarte, Ney Matogrosso, José Serra, Ana Maria Braga,

Renato Russo, Rita Lee, Lula, Oscar Niemayer, Rubens Barrichello,

Hebe Camargo , Romário, Cássia Eller, Patrícia Pillar, Luís Felipe Scolari, Gal

Costa, Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque de Holanda, Maria Bethânia,

Fernando Collor, Gilberto Gil, Cacá Diegues, Fernandinho Beira-Mar, Marília

Gabriela, Antônio Fagundes, Fátima Bernardes, Elias Maluco, Lucélia Santos,

Chico Science, Hortência, Paulo Maluf, Zélia Duncan


VISÃO LEIGA
de/da PERSONALIDADE
 O Pelé é uma personalidade!
 Ele é uma celebridade.
 Ela tem uma personalidade forte!
 Exerce influência sobre os outros, é durona, marrenta,
firme.
 Ele não teve personalidade!
 Não sustentou suas opiniões, é do tipo maria-vai-com-
as-outras.
INTRODUÇÃO AS TEORIAS DA
PERSONALIDADE

Raiz Etimológica da Palavra PERSONA

(Persona – Anima – Animus – Sombra – Máscara)

O que é Personalidade?

O conjunto de características psicológicas que


determinam a(s) individualidade(s) pessoal e social.
PERSONALIDADE
CONCEITO

 Conjunto total de características próprias do


indivíduo, pelas quais ele se distingue dos outros.
 As características tendem a ser as mesmas em diferentes
situações;
 Tendem a permanecer constantes em diferentes
momentos;
 As características definem o indivíduo (como um ser
único);
 O modo como estas características se combinam faz com
que o indivíduo seja diferente dos demais.
CONCEITO

Personalidade:

“Organização dinâmica do sistema


psicobiológico do indivíduo que
determina sua maneira única de
interagir com o meio”
CONCEITO

Disposição, inata, pela qual a maneira de


reagir do indivíduo se manifesta
provocando dificuldades e conflitos com
os demais, levando-o a se mostrar parcial
ou totalmente desadaptado.
PERSONALIDADE
ESTRUTURA (peculiar)
 Modo particular de organizar seus conteúdos relevantes
(como exemplo: o campo psicológico de Lewin).
 Como cada pessoa articula (combina) suas características
de uma maneira única e particular.
 Há uma unidade relativa (espaço e tempo).

DESENVOLVIMENTO
 Dinâmica: Formação e evolução da estrutura básica.
 Ao longo de toda a vida: infância, adolescência, adulto,
idoso.
 É mais estável do que volúvel e facilmente mutável.
O que é Personalidade?

Os psicólogos discordam acerca do significado


da personalidade. A maior parte concorda que a
palavra “personalidade” teria se originado do
latim persona, que se refere a uma máscara
teatral utilizada pelos atores romanos na
encenação de dramas gregos. Os antigos atores
romanos usavam uma máscara (persona) para
desempenhar um papel ou obter uma falsa
aparência. Esse ponto de vista superficial
obviamente não é uma definição aceitável.
Quando os psicólogos usam o termo
“personalidade”, estão se referindo a algo
além dos papéis desempenhados pelas
pessoas.
O que é Personalidade?
¿Consensos?

Embora nenhuma definição seja consenso entre todos os


teóricos (Escolas Psicológicas), podemos dizer que a
personalidade é um padrão de traços relativamente
permanentes e de características singulares, que confere,
ao mesmo tempo, consistência e individualidade ao
comportamento de uma pessoa. Os traços contribuem para a
existência das diferenças de comportamento, de consistência
comportamental ao longo do tempo e de estabilidade de
comportamento em meio às situações. Os traços podem ser
únicos, comuns para alguns grupos ou compartilhados por
espécies inteiras, mas seu padrão é diferente para cada
indivíduo. Dessa forma, cada pessoa, embora semelhante a
outras em muitos aspectos, possui uma personalidade
exclusiva. As características são qualidades singulares de um
indivíduo, que incluem atributos como temperamento, psiquê e
inteligência.
CONCEITO de PERSONALIDADE

 Etimologia da palavra personalidade:


 Latim: persona (máscara que os atores usavam para
representar seus papéis), per-sona (soar através de).
 Refere-se ao modo relativamente
consistente e peculiar de pensar, sentir e
agir de um indivíduo:
 Consistente: características (traços) que se mantêm as
mesmas em diferentes situações. Ex: um otimista.
 Peculiar: características que tornam cada indivíduo um
ser único, diferente dos demais. Ex: 3 pessoas presas
num elevador.
PERSONALIDADE

 É o conjunto de características psicológicas que


determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a
individualidade pessoal e social de alguém .

 A formação da personalidade é processo gradual,


complexo e único a cada indivíduo.

 O termo é usado em linguagem comum com o sentido de


"conjunto das características marcantes de uma pessoa",
de forma que se pode dizer que uma pessoa "não tem
personalidade"; esse uso no entanto leva em conta um
conceito do senso comum e não o conceito científico aqui
tratado.
PERSONALIDADE

 Encontrar uma exata definição para termo personalidade


não é uma tarefa simples.

 O termo é usado na linguagem comum - isto é, como


parte da psicologia do senso comum - com diferentes
significados, e esses significados costumam influenciar
as definições científicas do termo.

 Na literatura psicológica alemã persönlichkeit costuma


ser usado de maneira ampla, incluindo temas como
inteligência;
“Personalidade é uma organização interna e dinâmica
dos sistemas psicofísicos que criam os padrões de
comportar-se, de pensar e de sentir característicos de uma
pessoa” (Gordon Allport, 1961)
Critérios a serem levados em conta sobre a definição do conceito de
personalidade:
 É uma organização e não uma aglomerado de partes soltas;
 É dinâmica e não estática, imutável;
 É um conceito psicológico, mas intimamente relacionado com o corpo e seus
processos;
 É uma força ativa que ajuda a determinar o relacionamento da pessoa com o
mundo que a cerca;
 Mostra-se em padrões, isto é, através de características recorrentes e
consistentes;
 Expressa-se de diferentes maneiras - comportamento, pensamento e
emoções.
Personalidade são as particularidades pessoais duradouras, não
patológicas e relevantes para o comportamento de um indivíduo
em uma determinada população.

 Os traços de personalidade são relativamente estáveis no tempo;

 As diferenças interpessoais são variações frequentes e normais - o


estudo das variações anormais é objeto da psicopatologia;

 A personalidade é influenciada culturalmente;

“As observações da psicologia da personalidade são assim ligadas apenas à população em que
foram feitas; para uma generalização de tais observações para outras populações é
necessária uma verificação empírica”.
Basicamente, há três
características constantes:

1. Pessoas vivem em grupos (somos essencialmente animais


sociais);

2. Os grupos sempre tem uma hierarquia, com uma estrutura


bem definida de poder (alguém que lidera – um líder);

3. As pessoas tem um sistema de significados (um sistema


de significados formal como, religião, filosofia, ciência) que
as auxiliam dar significado ao mundo;
CONTEÚDOS RELEVANTES: (Auto-esquema)

 Imagem corporal: como você vê o seu corpo?


 Sexy? Gordo? Alto? Feio? Saudável? Elegante?
 Pensamentos: o que ocupa a sua mente?
 Preocupações: estudos? trabalho? sexualidade? dívidas? saúde?
 Interesses e preferências: novela? futebol? música? moto? moda?
Jogos? Cigarrinho do capeta?
 Sentimentos e emoções: que te dominam?
 Medos? Ódios? Prazeres? Alegrias? Rejeições? Ciúmes?
 Comportamentos: como você costuma agir?
 Andar? Fofocar? Rezar? Transar? Gargalhar? Cacoetes? Manias?
 Habilidades: suas capacidades e limitações?
 Falar em público? Tocar violão? Dirigir? Seduzir? Calcular?
AMBIENTE x HEREDITARIEDADE

 Há um consenso de que Ambiente e Hereditariedade


interagem na construção da Personalidade:
 Ambiente:
 Influênciasda educação da família, da escola, da
comunidade, da cultura em geral.
 O meio social molda o indivíduo.

 Hereditariedade:
 As características são transmitidas de pais para filho,
através dos genes;
 Filho de peixe, peixinho é; tal pai, tal filho
 Estudos com gêmeos univitelinos que foram separados
ao nascer.
INFLUÊNCIA DA HEREDITARIEDADE:
40 A 50% das características
Exemplo incrível de pesquisa com gêmeos:
 Foi descoberto que um par de gêmeos separados há 39
anos e criados a 70 km de distância:
 Dirigia carros do mesmo modelo e da mesma cor;
 Fumava, inveteradamente, a mesma marca de cigarros;
 Tinha cachorros com o mesmo nome; e,
 Tiravam férias regulares a uma distância de 3 quarteirões
um do outro numa cidade de praia a 2.400 km de onde
moravam.
TEORIAS DE PERSONALIDADE

 Há diferentes teorias sobre a personalidade:


 Temperamentos: Hipócrates: os elementos da
natureza (400 aC)
 Cognitivista: Lewin: campo psicológico dinâmico.
 Psicanálise:
Freud: sexualidade e estrutura da personalidade.
Jung: topologia (tipos e funções psicológicas).
 Humanista: Rogers: o autoconceito e a congruência
 Biológica:
Eysenck: traços psicológicos e 5 grandes fatores da
personalidade.
TEORIA DOS TEMPERAMENTOS

 Há 4 tipos básicos de personalidade (temperamentos): 4


elementos da natureza:

 Melancólico (Ar): deprimido, de reações


lentas, reflexivo e imaginativo.
 Colérico (Fogo): tem força de vontade,
irritável, reações rápidas e intransigentes.
 Sangüíneo (Terra): impulsivo, otimista, bem-
humorado, sem persistência.
 Fleumático (Água): calmo, impassível,
sossegado e irônico.
Hipócrates
TEORIA DO CAMPO PSICOLÓGICO:
Estrutura da Personalidade

 O campo psicológico (ou espaço


vital):

 É constituído pelas percepções que o


indivíduo tem de si e do ambiente.
 Os elementos que constituem este
espaço vital podem ser topologicamente
Kurt Lewin
apresentados (localização no espaço),
representando a estruturação da
personalidade.
A teoria de campo é uma Teoria comportamental que determina que
todo fenômeno psicológico ocorre em um determinado campo, “o
campo vital do indivíduo”. A teoria de Lewin é chamada de teoria de
campo, onde campo significa o mundo psicológico total em que
uma pessoa vive em um determinado momento. Inclui assuntos e
eventos do passado, presente e futuro, concreto e abstrato, real e
imaginário, todos interpretados como aspectos simultâneos de
uma situação. Lewin afirma que cada pessoa existe dentro de um
campo de forças. O campo de forças ao qual o indivíduo está
respondendo ou reagindo é denominado seu espaço vital. Portanto,
o comportamento humano não depende somente do passado, ou do
futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo
dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu
ambiente psicológico” Lewin propõe a seguinte equação, para explicar
o comportamento humano:

C = f (P,M)
Onde o comportamento (C) é função (f) ou resultado da interação
entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M) que a rodeia.
1o. EXEMPLO DA TEORIA DO CAMPO
PSICOLÓGICO - Kurt Lewin
2o. EXEMPLO DA TEORIA DO CAMPO
PSICOLÓGICO - Kurt Lewin
TEORIA PSICANALÍTICA
 O desenvolvimento da personalidade
está concluído até os 4/5 anos.
 Tem como base a sexualidade.
 Estrutura da personalidade:
1o. Modelo:
Consciente (na mente agora);
Pré-consciente (lembranças);
 Inconsciente (desconhecido, reprimido).
2o. Modelo:
Sigmund Freud Id (Princípio do Prazer);
Ego (Princípio da Realidade);
Superego (Princípios Morais).
TEORIA TIPOLÓGICA

Tipos Básicos de Temperamento:


INTROVERSÃO x EXTROVERSÃO

Funções Psicológicas:
Psicológicas
INTUIÇÃO x SENSAÇÃO
PENSAMENTO x SENTIMENTO

Carl Jung
Tipos Básicos de Temperamento:
Temperamento

INTROVERSÃO
(Foco no seu mundo interior)

EXTROVERSÃO
(Foco no mundo exterior)
Funções Psicológicas
(que se combinam com os Tipos Psicológicos):

 INTUIÇÃO (ênfase na sua voz interior):


Intuição introvertida: é original, sonhador, visionário, fantasioso,
místico ou artístico.
Intuição extrovertida: é irracional, vive no futuro, desvia-se do
habitual, da opinião da maioria, do convencional.
 SENSAÇÃO (ênfase nas informações via 5 sentidos):
Sensação introvertida: vivência interior: orienta-se pela sensação
subjetiva desencadeada pelo objeto.
Sensação extrovertida: está mergulhado na realidade, submetido
às impressões e determinado pelas influências externas.
Funções Psicológicas
(que se combinam com os Tipos Psicológicos):

 PENSAMENTO (ênfase no raciocínio, na lógica):


Pensamento introvertido: age em nome de um ideal, mediante
idéias subjetivas, teorias pessoais.
Pensamento extrovertido: analisa a lógica (coerência) dos fatos,
envolve-se com atividades científicas.
 SENTIMENTO (ênfase nas emoções, na afetividade):
Sentimento introvertido: dominados pelo fator subjetivo, desligados
do real, silenciosos, reservados, impenetráveis.
Sentimento extrovertido: avalia-se segundo valores objetivos,
tradicionais, e de importância social, e não pelas suas impressões
pessoais.
8 TIPOS DE PERSONALIDADE
Exemplo:
TEORIA HUMANISTA
 Self:estrutura básica da
personalidade (ou autoconceito)
 Autoconceito: formado por conjunto
crenças, percepções e valores que a
pessoa tem a respeito de si própria
(ego ideal)
 Indivíduo saudável é aquele que
apresenta congruência entre:
Carl Rogers
 Self ideal (idealização de si) e
 Self real (como a pessoa é na realidade)
TEORIA FATORALISTA

A personalidade é determinada
geneticamente e composta por
diversos fatores ou traços.
Os traços básicos são:
Extroversão;
Neuroticismo; e,
Psicoticismo;
Hans Eysenck Interação:
Hereditariedade (genética)
x
Ambiente (educação)
Utilizando a análise fatorial para desenvolver sua
teoria, Hans Eysenck identificou três dimensões da
personalidade: extroversão, neuroticismo e
psicoticismo (PEN). Cada uma das dimensões da teoria
de Eysenck é uma dimensão bipolar, o que significa que
cada uma tem o seu oposto:

 Extroversão versus Introversão;


 Neuroticismo versus Estabilidade Emocional;
 Psicoticismo versus Autocontrole (incorporado ao
modelo em 1966).
TEORIA DOS 5 FATORES

 Desenvolvida por McRae e Costa, com base no


conceito de Traços de Personalidade.

 Os 5 grandes fatores são:


Neuroticismo;
Extroversão;
Abertura à experiência;
Amabilidade;
Consciência;
FATORES DE PERSONALIDADE

Você encontrará a seguir 20 pares de fatores de


personalidade para você comparar e escolher
aquele que, em geral, mais o caracteriza:
Exemplo:
Pessimista - 1: 2 : 3 : 4 : 5 – Otimista

Se você se considera mais pessimista assinale 1 (muito


pessimista) ou 2 (um pouco pessimista)
Se você se considera otimista assinale 4 (um pouco
otimista) ou 5 (muito otimista)
Se você se considera igualmente otimista ou pessimista
assinale 3.
FATORES DE PERSONALIDADE

1) Tranqüilo(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Ansioso(a)
2) Retraído(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Sociável
3) Conservador(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Liberal
4) Egoísta - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Solidário(a)
5) Imprudente - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Prudente
6) Seguro(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Inseguro(a)
7) Quieto(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Falante
8) Não-aventureiro(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Ousado(a)
9) Rígido(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Sensível
10) Irresponsável - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Confiável
11) Calmo(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Nervoso(a)
12) Inibido(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Espontâneo(a)
13) Convencional - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Original
14) Cruel - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Bondoso(a)
15) Negligente - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Cuidadoso(a)
16) Estável - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Temperamental
17) Desanimado(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Animado(a)
18) Conformado(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Inconformado(a)
19) Grosseiro(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Amável
20) Indisciplinado(a) - 1: 2 : 3 : 4 : 5  – Disciplinado(a)
5 GRANDES FATORES DE PERSONALIDADE

INTERPRETAÇÃO
Cada um dos 5 fatores é composto, neste exemplo, por 4 itens,
conforme apresentado nos 2 quadros abaixo e nos 3 quadros do
próximo slide.
Em cada fator, some as respostas dadas por você em cada um dos
4 item que compõe os fatores e obtenha 5 resultados (um para cada
fator).

NEUROTICISMO EXTROVERSÃO
1) Tranqüilo(a)–Ansioso(a) 2) Retraído(a) – Sociável
6) Seguro(a) – Inseguro(a) 7) Quieto(a) – Falante
11) Calmo(a) - Nervoso(a) 12) Inibido(a) - Espontâneo(a)
16) Estável - Temperamental 17) Desanimado(a) - Animado(a)
ABERTURA AMABILIDADE
3) Conservador(a) – Liberal 4) Egoísta – Solidário(a)
9) Rígido(a) – Sensível
8) Não-aventureiro(a) – Ousado(a)
14) Cruel - Bondoso(a)
13) Convencional - Original 19) Grosseiro(a) - Amável
18) Conformado(a)-
Inconformado(a)

CONSCIÊNCIA
5) Imprudente – Prudente
10) Irresponsável – Confiável
15) Negligente - Cuidadoso(a)
20) Indisciplinado(a) - Disciplinado(a)
5 GRANDES FATORES DE PERSONALIDADE

QUADRO GERAL DOS RESULTADOS


FATOR RESULTADO
(soma das respostas)
NEUROTICISMO
EXTROVERSÃO
ABERTURA
AMABILIDADE
CONSCIÊNCIA
* Resultados significativos: soma = ou > do que 15
Mudança
TP (Transtornos de
Personalidade)
COMPORTAMENTO
ANORMAL???
LO G IA
O PATO
PSIC

É O RAMO DA PSICOLOGIA QUE SE


OCUPA DOS FENÔMENOS PSICO-
PATOLÓGICOS E DA SUA
PERSONALIDADE DESAJUSTADA
TRÊS PALAVRAS

PSICO

PATHOS

LÓGOS
PERSONALIDADE
E
TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE
P = Padrão desviante e persistente
 I = Inflexível
 M= Mal adaptativo
 P = Prejuízo funcional
 S = Sofrimento

IMPULSIVIDADE
TRÊS “IS” INSTABILIDADE
INTENSIDADE
CLASSIFICAÇÃO
DSM - 5
AGRUPAMENTO A (Bizarros, Excêntricos)
Paranóide
Esquizóide
Esquizotípico
AGRUPAMENTO B (Dramáticos, Emotivos, Erráticos)
Anti-social
Limítrofe - Borderline
Histriônico
Narcisista
AGRUPAMENTO C (Ansiosos, Medrosos)
Evitante
Dependente
Obsessivo-compulsivo
Personalidade

Cluster A
Características comuns: ESTRANHEZA,
EXCENTRICIDADE E DISTANCIAMENTO
AFETIVO E / OU SOCIAL.

 Temperamento predominante: baixa


dependência de gratificação.

 Personalidades Paranóide, Esquizóide e


Esquizotípica.
A-1 Transtorno de Personalidade Paranóide

 Desconfiança excessiva, dúvida quanto a lealdade de amigos e


fidelidade de parceiros;
 Tendência a interpretar as ações de outros como
deliberadamente ameaçadoras, maldosas, prejudiciais ou com a
finalidade de enganar ou tirar proveito;
 Preocupações com conspirações, ameaças veladas em
situações benignas;
 Freqüentemente associado a senso de autonomia elevado,
dificuldade em comprometer-se, disputas legais, fanatismo, formar
círculos sociais fechados / cultos e propagar o medo em outros.
 Prevalência de 0,5 a 2,5% na população geral, mais
freqüente em homens;
 Prevalência aumentada em familiares de portadores de
esquizofrenia crônica e transtorno delirante;
 Complicações: psicose reativa breve frente a situações
estressantes, evolução para transtorno delirante persistente
(paranóia e outros);
 Comorbidades: risco aumentado para depressão, TOC,
agorafobia e abuso ou dependência de substâncias.
A-2 Transtorno de Personalidade Esquizóide
 Distanciamento social, preferência por atividades solitárias,
ausência de desejo ou prazer em amizades ou atividades
sexuais;

 Indiferença a opinião alheia;

 Afeto frio, achatado ou indiferente;

 Sem amigos próximos ou confidentes, exceto familiares;

 Passividade em situações adversas e ausência de


habilidades sociais freqüentes.
Mais comum em homens;

 Relatos esparsos de prevalência aumentada em familiares


de portadores de esquizofrenia e transtorno esquizotípico;

 Complicações: psicose reativa breve em resposta a


estresse;

 Pode ocorrer como antecedente pré-mórbido de


esquizofrenia ou transtorno delirante.
A-3 Transtorno de Personalidade Esquizotípica
 Crenças excêntricas / estranhas e pensamento mágico
(superstições, paranormalidade, esoterismo e misticismo,
etc);

 Experiências perceptivas não usuais;

 Comportamento excêntrico, peculiar, esquisito;

 Podem ocorrer desconfiança e ideação auto-referente, com


ansiedade e isolamento social associados, além de
comprometimento do afeto.
Prevalência de 2 a 6% na população geral, distribuição entre
os sexos desconhecida;

 Evidência de prevalência aumentada em familiares de


portadores de esquizofrenia e vice-versa, além de agregação
familiar do próprio transtorno.

 Complicações: episódios psicóticos transitórios e evolução


para esquizofrenia;

 Comorbidades: depressão em 30-50%.


Cluster B

 Características comuns: TEATRALIDADE,


IMPULSIVIDADE E DESAJUSTAMENTO
SOCIAL.

 Temperamento predominante: alta busca por


novidade.

 Personalidades Anti-social, Narcisista,


Histriônica e Borderline.
B-1 Transtorno de Personalidade Anti-social

 Padrão constante de desrespeito e violação dos direitos dos


outros e das normas sociais desde juventude;
 Comportamento e discurso sedutor e mentiroso, freqüentemente
coagindo por interesse ou prazer próprio;
 Impulsividade ou dificuldade de planejamento futuro;
 Irritabilidade e agressividade;
 Irresponsabilidade e imprudência;
 Ausência de remorso e indiferença ou racionalização ao
sofrimento alheio;
 Pode ocorrer promiscuidade, ausência de empatia, cinismo,
arrogância, e abuso dirigido a crianças.
 Prevalência de 3% em homens e 1% em mulheres;
 Estudos de agregação familiar e adoção revelam contribuição
de componentes genéticos e ambientais para este transtorno;
 Complicações: alterações do humor, problemas legais e morte
prematura;
 Comorbidades:
 Eixo I: depressão maior, transtornos ansiosos e de
somatização, abuso e dependência de substâncias,
transtornos do controle de impulsos, roubo patológico.
 Eixo II: personalidades narcisista, histriônica e borderline.
B-2 Transtorno de Personalidade Narcisista

Sentimento de grandiosidade (importante e especial),


necessidade de admiração, falta de empatia e inveja crônica;
Fantasias de sucesso, poder, brilhantismo e beleza ilimitados, ou
amor ideal;
 Tirar vantagem de outros para benefício próprio;
 Atitude arrogante;
 Podem acompanhar o quadro: auto-estima frágil, com
hipersensibilidade a criticas; intenso sentimento de vergonha e
humilhação; exibicionismo; medo de ter suas imperfeições
reveladas.
 Prevalência menor que 1% na população em geral, mais
comum em homens;
 Pais narcísicos constituem fatores predisponentes por criarem
um senso irreal de grandiosidade. Além disso, muitas pessoas
narcísicas são realmente talentosas, bonitas e inteligentes.
 Comorbidades:
 Eixo I: depressão maior, abuso e dependência de
substâncias;
 Eixo II: borderline, anti-social, histriônica e paranóide.
B-3 Transtorno de Personalidade Histriônica

 Excessiva teatralidade, emocionalidade e busca por atenção;


 Comportamento sedutor ou provocativo;
 Necessidade de ser o centro das atenções;
 Superficialidade emocional;
 Sugestionabilidade;
 Aparência física chamativa;
 Crença de que as relações sociais são mais intimas do que
são realmente;
 Podem ocorrer: dificuldade em alcançar intimidade nos
relacionamentos; necessidade de excitação e estimulação;
promiscuidade ou aversão sexual.
Prevalência de 2 a 3% na população geral, mais freqüente
em mulheres;

 Complicações: comportamento suicida ou hipocondríaco


freqüente; relacionamentos interpessoais instáveis,
superficiais e geralmente não gratificantes; problemas
conjugais.

 Comorbidades: depressão maior, transtornos conversivo


(transtorno de sintomas neurológicos funcionais, anteriormente
conhecido como transtorno conversivo, consiste em sintomas ou
déficits neurológicos que se desenvolvem de modo inconsciente e
não volitivamente, geralmente envolvendo a função motora ou
sensorial) e de somatização.
B-4 Transtorno de Personalidade Borderline

 Características centrais: instabilidade afetiva, impulsividade,


instabilidade nos relacionamentos interpessoais e cognição alterada.
 Esforços para evitar abandono real ou imaginário;
 Relacionamentos interpessoais intensos e instáveis, alternando
idealização e desvalorização;
 Auto-imagem e sentimento do eu persistentemente alterado;
 Impulsividade em 2 áreas potencialmente auto-lesivas;
Comportamento auto-destrutivo recorrente (suicídio, ameaças, auto-
mutilação);
 Sentimento crônico de vazio;
 Raiva intensa e inapropriada, difícil de controlar;
 Ideação paranóide ou sintomas dissociativos transitórios,
relacionados a estresse.
Prevalência de 2% na população em geral, mais comum em
mulheres (75% dos casos);
 Fatores predisponentes: trauma (abuso físico ou sexual,
hostilidade) na infância, perda parental precoce, temperamento
vulnerável.
 Complicações: sintomas psicóticos relacionados em resposta a
estresse, morte prematura ou seqüelas de comportamento
suicida / auto-destrutivo.
 Comorbidades: depressão maior, abuso e dependência de
substâncias, transtornos alimentares (principalmente bulimia
nervosa).
Cluster C

 Características comuns: ANSIEDADE E


APREENSÃO.

 Temperamento predominante: alta esquiva ao


dano.

 Personalidades Obsessiva-compulsiva,
Evitativa e Dependente.
C-1 T. P. Obsessivo-compulsivo

 Preocupações com detalhes, regras, organização, listas ou


agenda de forma que o objetivo principal é perdido;
 Perfeccionismo que interfere com o término da tarefa;
 Dedicação excessiva ao trabalho e produtividade X atividade de
lazer e amizade;
 Hipercrítica, excesso de escrúpulos, inflexibilidade moral e ética;
 Relutância em delegar tarefas a não ser que esteja submisso ao
seu jeito;
 Dificuldade em jogar fora objetos sem valor ou utilidade;
 Rigidez e teimosia.
 Prevalência de 1% na população geral, sendo 2
vezes mais comum nos homens;

 Associação com o “Espectro Obsessivo-


compulsivo”;

 Complicações: estresse e dificuldades frente a


novas situações que demandam flexibilidade;

 Comorbidade: Transtornos ansiosos e depressão.


C-2 Transtorno de Personalidade Evitativa
 Hipersensibilidade a avaliações negativas, inibição social e
sentimentos de inadequação;
Preocupações e medo de críticas, rejeição e desaprovação
em situações sociais, com evitação associada;
 Indisposição de se envolver com outros exceto quando há
certeza de aprovação, restrição a relacionamentos íntimos,
relutância em assumir riscos ou se engajar em novas
atividades;
 Inibição em novas situações sociais por sentimento de
inadequação;
 Idéias de inaptidão social, ser desinteressante ou inferior.
 Prevalência de 0,5 a 1% na população geral, com
distribuição igual entre os sexos;

 Comorbidade: Transtornos ansiosos,


principalmente fobia social, e depressão.
C-3 Transtorno de Personalidade Dependente

 Necessidade excessiva de ser cuidado, levando a passividade,


submissão, medo de separação e dependência interpessoal.
 Dificuldade de tomar decisões sem o reasseguramento e conselho
de outros;
 Necessidade de que outros assumam a responsabilidade por
grandes áreas de sua vida;
 Dificuldade em expressão desaprovação por medo de perda de
suporte;
 Falta de iniciativa;
 Medo exagerado de ser incapaz de cuidar de si, com desconforto
quando sozinho e preocupações com abandono;
 Busca urgente por um outro relacionamento após o término de um
relacionamento íntimo
Baixa auto-estima;
Resumo

 Personalidade: organização psicobiológica que


determina a maneira única de cada individuo ajustar-se
ao meio.

 Plástica, moldável
Transtorno de personalidade:

P – I –M – P - S
DIAGNÓSTICO

CLÍNICO-DESCRITIVO
(SÍNTESE CLÍNICA):

HISTÓRIA DE VIDA
Tratamento
 Psicoterapia

 Tratar as comorbidades

 Prevenção de complicações

 Terapia farmacológica específica visando reduzir:


Instabilidade afetiva e Impulsividade.
ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS

 CAPACIDADE CIVIL
 RESPONSABILIDADE PENAL
 CAPACIDADE LABORATIVA
CLASSIFICAÇÃO
CID - 11
1. Paranóide
2. Esquizóide
3. Anti-social
4. Emocionalmente instável
Tipo impulsivo
Tipo borderline (limítrofe)
5. Histriônica
6. Obsessiva
7. Ansiosa (de evitação)
8. Dependente
9. Outros
PSICO
+
PATHOS
+
LOGOS
EXAME DO ESTADO
MENTAL:

FUNÇÕES PSÍQUICAS
CONSCIÊNCIA

Conceito:

 É o estado de lucidez ou de alerta em que a


pessoa se encontra, variando da vigília até o
coma. É o reconhecimento da realidade
externa ou de si mesmo em determinado
momento, é a capacidade de responder aos
seus estímulos.
Alterações:

Confusão: caracterizada por um embotamento


do sensório, dificuldade de compreensão,
atordoamento e perplexidade, juntamente com
desorientação, distúrbios das funções
associativas e pobreza ideativa. O paciente
demora a responder aos estímulos e tem
diminuição do interesse no ambiente. A face de
um doente confuso apresenta uma expressão
ansiosa, enigmática e às vezes de surpresa.
MEMÓRIA

 É a capacidade de registrar, manter e evocar


os fatos já ocorridos.

 Está intimamente relacionada com o nível de


consciência, atenção e afetividade.
Alterações

 Hipermnésia: Aceleração do nível psíquico

 Amnésia: Perda da memória

 Paramnésia: Distorção dos fatos rememorados


ATENÇÃO
 A atenção pode ser definida como a direção da
consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto.

William James (1980) dizia que:


“ Milhões de itens (....) que são apresentados aos meus sentidos
nunca ingressam propriamente em minha experiência. Porquê?
Porque esses itens não são de interesse para minha pessoa.
Minha experiência é aquilo que eu consinto em captar... Todos
sabem o que é a atenção. É o tomar posse pela mente, de
modo claro e vívido, de um entre uma diversidade enorme de
objetos ou correntes de pensamentos simultaneamente dados.
Focalização, concentração da consciência são a sua essência.
Ela implica abdicar de algumas coisas para lidar eficazmente
com outras.”
Alterações/Anormalidades

Hipoprosexia  global da atenção. ex: quadros


dispersivos.

Aprosexia Total abolição da capacidade de


atenção

Hiperprosexia Atenção exacerbada. ex: quadros


maníacos.
ORIENTAÇÃO

 A capacidade de situar-se quanto a si


mesmo e ao ambiente é um elemento
básico da atividade mental.

 A avaliação da orientação é um
instrumento valioso para a verificação das
perturbações do nível de consciência.
 Orientação autopsíquica é a orientação do
indivíduo em relação a si mesmo.
 Orientação alopsíquica é a capacidade de
orientar-se em relação ao mundo.
 Orientação temporal está relacionada ao
momento cronológico que estamos vivendo.
 Orientação espacial nos localiza
geograficamente.
PENSAMENTO

“ Eu sou, eu existo; isso é certo, mas por


quanto tempo? A saber, por todo o tempo em
que eu penso; pois poderia ocorrer que, se
eu deixasse de pensar, eu deixaria ao
mesmo tempo de ser ou de existir. Agora eu
nada admito que não seja necessariamente
verdadeiro: portanto, eu não sou,
precisamente falando, senão uma coisa que
pensa (.....) ”
(Descartes,1641)
Alterações

 Aceleração do pensamento
 Lentificação do pensamento
 Desagregação do pensamento
DELÍRIOS
(QUANTO AO CONTEÚDO)

 De perseguição;
 Depreciativos;
 Religiosos;
 Sexuais;
 De poder, riqueza ou grandeza;
 De ruína ou culpa;
 Conteúdos hipocondríacos;
ALTERAÇÕES DA SENSO - PERCEPÇÃO

Ilusões: São transtornos psico-sensoriais,


decorrentes da percepção deformada da realidade;

Alucinações: São processos psíquicos que


aparecem como percepções verdadeiras e que tem
caráter de realidade;
TIPOS DE ALUCINAÇÕES

 Alucinações Visuais
 Alucinações Auditivas
 Alucinações Táteis
 Alucinações Olfativas
 Alucinações Gustativas
 Alucinações Cinestésicas
 Alucinações Cenestésicas
AFETIVIDADE

A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá


cor, brilho e calor a todas as vivências
humanas.
HIPERTIMIA

ALTERAÇÕES DO HUMOR

HIPOTIMIA
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E
SENTIMENTOS
 Apatia: diminuição da excitabilidade afetiva
 Hipomodulação do afeto: incapacidade do
paciente de modular a resposta afetiva
 Inadequação do afeto: reação completamente
incongruente a situações
 Embotamento afetivo: é a perda profunda de
todo tipo de vivência afetiva
 Anedonia: é a incapacidade total ou parcial de
obter e sentir prazer com determinadas atividades
e experiências da vida.
 Labilidade afetiva: são os estados nos quais
ocorrem mudanças súbitas e imotivadas do
humor, sentimentos e emoções.
 Ambivalência afetiva: sentimentos opostos em
relação a um mesmo estímulo ou objeto
simultaneamente.
 Medo: é um estado de progressiva insegurança
e angústia, de impotência e invalidez crescentes,
ante a impressão iminente de que sucederá algo
que queríamos evitar.
 Fobias: são medos determinados
psicopatologicamente, desproporcionais e
incompatíveis com as possibilidades de perigo.
 Pânico: é uma reação de medo intenso
relacionada geralmente ao perigo imaginário de
morte iminente, descontrole ou desintegração.
LINGUAGEM

Alterações da Linguagem verbal

 Verborréia ou taquilalia;
 Bradilalia;
 Mutismo;
 Coprolalia;
 Normolalia;
Psicopatologia da Linguagem não verbal

 Linguagem escrita

Hipermimia;
 Linguagem mímica Hipomimia;
Amimia;
VONTADE/VOLIÇÃO

Definições básicas

A vontade é uma dimensão complexa da


vida mental, relacionada intimamente à
esfera instintiva e afetiva, assim como à
esfera intelectiva (avaliar, julgar, analisar,
decidir) e ao conjunto de valores,
princípios, hábitos e normas socioculturais
do indivíduo.
O ato de vontade é pautado por quatro fases, no
qual a ponderação, análise e reflexão precedem a
execução motora, é denominado ação voluntária.

Alterações da vontade
 Hipobulia/abulia: diminuição ou até abolição da
atividade volitiva.
 Atos impulsivos e atos compulsivos (automutilação)
 Negativismo
 Obediência automática
PERTUBAÇÕES TRANSITÓRIAS
E SITUACIONAIS

 Neuroses e psicoses se enquadram nesse conceito;


 Não surgem e nem desaparecem de um momento para o
outro;
 Qualquer um de nós pode sofrer colapso de defesas e
ceder à tensão;
 Exemplos:
 Estupro;
 Perca de um filho em uma catástrofe.
 Podem não resistir à tensão e sofrer um desequilíbrio;
 Podem desaparecer por completo ou durar por muito
tempo.
PERTUBAÇÕES TRANSITÓRIAS E
SITUACIONAIS
 Três circunstâncias que podem provocá-las: as guerras, as
catástrofes civis e os ambientes de tensão crônica.
 Podem causar diversas reações:

REAÇÕES TRAUMÁTICAS AO COMBATE

 Excessiva fadiga, a permanente ameaça de morte, a


distancia dos pais
 Sintomas mais frequentes: desânimo, distração,
hipersensibilidade, perturbações do sono, temores e fobias.
REAÇÕES A CATÁSTROFES CIVIS

 Ocorrem em acidentes automobilísticos, quedas de avião,


explosões, etc.
 Pode constituir uma situação traumática;
 Principais sintomas: estado de choque, ansiedade, tensão
muscular, irritabilidade, etc.
 Existe quando o individuo permanece por longo tempo
num ambiente em que se sente inseguro, insatisfeito,
hostilizado, ameaçado, inadequado.
 EXEMPLOS: o marido que não se sente bem com seu
casamento, o funcionário que odeia seu trabalho, etc.
NEUROSES

 Características de um neurótico:
 Mostra perturbações cognitivas e emocionais menos
severas;
 Raramente deixa de estar voltado ao seu ambiente;
 Continua mais ou menos em contato com a realidade;
 Tem alguma compreensão da natureza do seu
comportamento;
NEUROSES

 Sendo a neurose um fenômeno da vida humana o individuo pode


apresentar diversas reações:

REAÇÃO DE ANSIEDADE

 O paciente é tomado por sentimentos


generalizados e persistentes de
intensa angustia sem causa objetiva;
 Pode ser considerado um fracasso
parcial de defesas do individuo;
 Sintomas somáticos: palpitação do
coração, tremores, falta de ar, suor,
náuseas.
REAÇÃO FÓBICA

 Medo, medo patológico;


 Medo excessivo e infundado, específico e anormal em
relãção a algum objeto, condição ou situação
Exemplos de fobias:
# Abissofobia - medo de abismos, precipícios.
# Ablepsifobia - medo de ficar cego
# Ablutofobia - medo de tomar banho.
# Acarofobia - medo de ter a pele infestada por pequenos
organismos (ácaros).
# Batofobia - medo de profundidade
# Botanofobia - medo de plantas
# Cacorrafiofobia - medo de fracasso ou falhar
# Caetofobia - medo de pêlos
# Cainofobia ou cainotofobia - medo de novidades
# Demonofobia - medo de demônios
REAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA

 A obsessão é uma ideia que constantemente se infiltra nos


pensamentos de uma pessoa (pensamento intrusivo);
 A compulsão é um ato que se introduz no comportamento.
PSICOSES

 Comportamentos:
 Mostra perturbações cognitivas e emocionais muito
graves;
 Pode sofrer alucinações e delírios;
 Tende a perder a compreensão de seu comportamento;
 Pode estar completamente desorientado em seu
ambiente;
 Geralmente perde o contato com a realidade.
PSICOSES

 A psicose é uma forma extrema de desorganização da


personalidade
 “ A psicose é uma grave alteração da função psicológica
com deficiência na faculdade do indivíduo para distinguir,
avaliar e apreciar a realidade.”(FRAZIER E CARR,1997, p.
143)

NEUROSE PSICOSE

A PERTURBAÇÃO É A PRÓPRIA
INSUFUICIENTE PARA PERSONALIDADE É
ALTERAR AFETADA, DE
HOSTENSIVAMENTE O MANEIRA MANIFESTA,
FUNCIONAMENTO DA MAIS OU MENOS,
PERSONALIDADE PROFUNDAMENTE.
PSICOSES, SUAS CATEGORIAS
PSICOSES PSICOGÊNICAS OU FUNCIONAIS

ESQUIZOFRENIA

 Grave;
 A perturbação principal se
reflete numa alteração do
juízo e dos processos de
pensamento;

EMPATIA EMOCIONAL;
CARÊNCIA DE AMBIÇÕES; AÇÕES E LINGUAGEM
DESORGANIZAÇÃO CAÓTICA; PENSAMENTO
GERAL DA DESORGANIZADO;
PERSONALIDADE;PERDA DESORGANIZAÇÃO DO
GRADUAL DE INTERESSE SENTIMENTO
NA VIDA
COMPORTAMENTO
INATIVO; O PACIENTE
NOTÁVEIS DELÍRIOS DE PODE ADOTAR POSIÇÕES
PERSEGUIÇÃO OU DE CORPORAIS FIXAS POR
GRANDEZA; LONGOS PERIÓDOS DE
TEMPO;

PSICOSE FORMADA POR ILUSÕES


FIXAS;
É PERIGOSO PARA A SOCIEDADE?
É AGRESSIVO?
PSICOPATIA

 O termo psicopata se aplica aos indivíduos habitualmente


antissocial;

 Se mostram sempre inquietos.

 Traços mais significativos: notável inteligência, inexistência


de alucinações, ausência de manifestações neuróticas,
falta de confiança,etc.
PSICOSES ORGÂNICAS

DEMÊNCIA SENIL
 Não está vinculada a nenhuma idade determinada;

 Inicia em alguns casos, aos 40 ou 50 anos, em outros


casos (na maioria), a partir dos 80 anos;

 Sintoma principal: diminuição da capacidade de fixação,


desorientação em sua própria casa, etc.
OUTRAS PSICOSES
ORGÂNICAS

PSICOSE ALCOÓLICA

 Uso excessivo de entorpecentes.

ANTERIOSCLEROSE CEREBRAL

 Semelhante à demência;
 Tratamento psíquico com habilidade é muito necessário.
REFERÊNCIAS
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo
Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

FADIMAN, James. Teorias da personalidade / James Fadiman, Robert Frager: coordenação da tradução Odette de Godoy
Pinheiro: tradução de Camila Pedral Sampaio, Sibil Safdié. – São Paulo: HARBRA, 1986.

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