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Terapêutico
Singular
ACADÊMICOS:
Tradicionalmente, o modelo de atenção utilizado com o usuário da saúde não o considerava como sujeito
ativo de seu tratamento, não envolvia sua família e não valorizava sua história, cultura, vida cotidiana e
qualidade de vida. O principal foco de atenção era a doença. Esse modelo vem sofrendo modificações, desde a
criação do SUS (Sistema Único de Saúde), agregando características de valorização do saber e das opiniões
Humanizar significa valorizar o usuário do serviço de saúde como sujeito de direitos, capaz de exercer
sua autonomia, rompendo com o conceito antigo da lógica da caridade, compreendendo a possibilidade de dar
condições para que o usuário seja participante no processo terapêutico (Casate; Corrêa, 2009).
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído
no país por meio da Constituição de 1988,
incorporando os princípios doutrinários de
universalidade, equidade, integralidade e participação
popular, postulados pelo movimento da Reforma
Sanitária e expressos VIII Conferência Nacional de
Saúde de 1986. Está estruturado sob a forma de uma
rede de serviços descentralizados, hierarquizados e
regionalizados, para atender com resolubilidade as
necessidades de saúde dos grupos sociais. No contexto da Atenção Básica, o NASF
busca qualificar e complementar o trabalho das
organizada por meio de ações articuladas desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar e definida a partir
da singularidade do indivíduo, considerando suas necessidades e o contexto social em que está inserido.
O documento orientador veiculado pelo Ministério da Saúde oferece uma definição mais ampla
sobre projeto terapêutico singular, visto como um conjunto de ações terapêuticas, resultantes de
paradigma médico, na busca de resolver as necessidades das pessoas para além do critério diagnóstico
(Brasil, 2007).
A construção de um projeto terapêutico singular
Muramoto, 2007).
As posições apresentadas pelos autores são complementares e há um ponto de
convergência central na concepção de que o resgate da cidadania é objetivo final das estratégias
de cuidado e que esta finalidade só pode ser alcançada na singularização das necessidades
Oliveira (2007), acredita que a utilização de um roteiro pode direcionar a equipe e evitar que está se perca no
processo.
→ Sugere que, primeiramente, se faça um diagnóstico situacional, que vá além das condições de saúde e
levante as necessidades ocultas pela demanda.
→ Depois recomenda o desenvolvimento de negociação, com usuário e família, das metas a serem alcançadas
em um determinado período de tempo.
→ Posteriormente, se procede a divisão das responsabilidades das ações de cuidado pela equipe e
finalmente, se propõe a realização de avaliações periódicas.
Nesse contexto o trabalho em equipe deve
2001).
desenvolvimento e gerenciamento de PTS, partir de um modelo organizacional baseado nos conceitos de profissional de
Nessa direção, procura-se definir o(s) técnico(s) de referência para o usuário e familiares, respeitando-se as
singulares e possíveis relações vinculares estabelecidas no processo terapêutico. O dispositivo “técnico de referência (TR)”
foi instituído a partir da idéia de que um ou mais profissionais do serviço devem se aproximar de maneira diferenciada dos
usuários para acompanhá-los em seus projetos terapêuticos singulares. A “referência”, geralmente, é composta por um
profissional de nível superior em parceria com um profissional de nível médio que se responsabilizam pelo
C) Organização do
centrais para essa construção, pois são consideradas competências
acompanhamento.
Integrar uma estratégia de humanização do SUS com propostas de condutas terapêuticas articuladas em Saúde Mental e a disciplina
de Clínica em Saúde, foi esta a proposta discutida nos recortes textuais que procuraram uma maior compreensão dos estudantes a cerca das
políticas e articulações com a prática, não podendo ser vista de forma dissociada das práticas interdisciplinares, por vezes a família e
Considerar a pessoa em estudo em todas as suas dimensões: social, psíquica, sexual e espiritual e valorizá-la em um PTS foi uma
A autonomia e reinserção social é um dos focos principais dos programas. Porém, é importante enfatizarmos os avanços já alcançados
no cuidado direcionado em saúde mental, por meio do modelo de atenção psicossocial, que tem como um de seus instrumentos o PTS, que
possibilita a participação, reinserção social e construção de autonomia. Em contrapartida a necessidade de que o profissional esteja em
constante atualização e busca do saber no campo da saúde mental sempre visando melhoria para a sociedade e para si mesmo.