No texto “Vida Moderna” a qualidade de vida pelo senso
comum é vista como algo particular. Tudo aquilo que cada um considera importante para se sentir bem. Pode-se considerar como uma busca pelos seus sonhos, pelo seus próprios desejos. Quando tudo aquilo que ele deseja estiver realizado, quando a pessoa se sentir saciada referente ao que ela procura, ela pode considerar se a sua qualidade de vida está bem. Entretanto de acordo com o texto “Mal estar contemporâneo”, a sociedade moderna tem procurado por uma qualidade de vida através de cigarro, drogas, álcool e remédios controlados. Porque dessa forma é mais rápido desvirtuar a atenção para os problemas cotidianos. Pode-se então observar que a qualidade de vida é vista como requerimento de bens materiais. O ser humano necessita de ser preenchido, e a qualidade de vida é vista que o melhor preenchimento para o ser humano são os bens materiais. Aquilo que ele pode ter em suas mãos, o que ele pode segurar. Segundo a doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) Lilian D. Graziano, o estresse tem várias dimensões e cada indivíduo responde de uma maneira ao estresse. Sendo assim, por diversos fatores psicológicos junto com fatores biológicos e fatores externos da sociedade pode ser ocasionado o estresse. O ser humano busca então aliviar esse estresse de forma pejorativa, como por exemplo, o uso do álcool. Como também apresentado no texto “Mal estar contemporâneo”, a sociedade cada vez mais está fugindo de seu estresse pela busca da qualidade de vida por remédios. Pode-se então observar que os vícios surgem de acordo com o meio social que a pessoa vive, no mesmo texto apresenta-se uma pesquisa que uma semana após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos houve um aumento de 30% no consumo de álcool, tabaco, e maconha perante os indivíduos que vivem ao redor do World Trade Center. É destacado na analise do professor Richard Miskolci a eugenia, que é uma teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas. Que quer dizer que as pessoas devem ser discriminadas pelas bases genética que possui. Por isso que se pode observar que os pobres, os dependentes químicos etc são a maioria negra. Porque de acordo com a história do Brasil, os negros eram seres escravizados por causa de sua cor. A eugenia, de certa forma não foi jogada no lixo, porque a discriminação ainda ocorre, por que passou de geração em geração a dependência, assim fica difícil dos negros de hoje conseguirem se sobressair na sociedade sem precisar usar drogas, álcool ou precisar roubar para conseguir seus bens materiais. No texto “Mal-estar contemporâneo” pode-se verificar que é colocado em conta que atualmente quando a segurança é pouca maior a proliferação de vícios, então se pode observar que tanto os discriminados pelas sua bases genéticas quando os aceitos socialmente sofrem o perigo de se viciar, pois tem que se auto proteger de alguma maneira. Perante o corpo e a subjetividade pode se notar que o uso de medicamento para poder adequar as fisiologias do corpo como os pensamentos que o individuo possui perante o corpo que ele quer ter também faz com que o individuo fique dependente dos medicamentos. Mas também traz seus benefícios como a pílula anticoncepcional para as mulheres, que melhorou sua entrada no mercado de trabalho e na vida publica. O capitalismo e a qualidade de vida com o estilo de vida importado faz olhar como a dinâmica de vida da sociedade ficou globalizada. Tudo roda no mesmo eixo e quem sair desse eixo perde completamente o reconhecimento no mundo atual. No texto “Vida Moderna” é descrito que esse novo conceito de vida fez com que as pessoas se sentissem mais pressionadas, pois o modelo antigo de vida simples foi substituído por algo mais rigoroso, por algo que deve ser realiado se não o indivíduo não encontrará reconhecimento perante a sociedade, assim não terá uma boa qualidade de vida. No texto “Mal-estar contemporâneo” mostra que essa pressão cobrada atualmente cria uma ansiedade nas pessoas gerando assim o vício, que faz com que as pessoas têm uma sensação de conforto perante a sua realidade. Sendo assim o comportamento compulsivo que gera o vício é visto como uma fuga para a pressão que a sociedade exerce sobre o indivíduo atualmente. Nos dois textos é descrito como o ser humano tem-se tornado cada vez mais manipulado e concentrado pelo “caminho da felicidade” que ele próprio criou. Porém nota-se também nos textos que não se pode olhar esse comportamento de vício da sociedade por apenas uma ótica, só pelo estudo de cientistas sociais não se pode chegar a um real conceito de como a sociedade chegou a esse patamar. Tem que se olhar por outras óticas, essas como a biológica, psicológica e até a espiritual. O ser humano é muito mais do que o meio social em que vive como diz um renomado psicólogo humanista Moreno, o individuo é formado pelas convicções que recebe em seu meio social, “no princípio era o grupo”, o ser humano nasce no meio da sociedade e aí começa a olhar seus valores, princípios, formar a sua ética, mas com cada um existem as suas particularidades. As compulsões que tendem ser mais aceitas que outras são aquelas que não demonstram um direto mal a saúde da pessoa. Como por exemplo o de trabalhar muito, o de fazer demasiados exercícios físicos, o de se alimentar apenas como comidas lights, e de compras compulsivas. Muitas das vezes esse não trazem tantos malefícios a primeira vista, e pode-se notar que se causa algum dano se torna mais particular do que social. De certa forma se uma pessoa é viciada em exercícios físicos, é muito difícil desse vicio trazer algum mal ao meio em que vive a não ser ela mesma. O vicio em tabaco não é tão aceitável já que a fumaça do cigarro não afeta apenas a pessoa que fuma, mas também as pessoas que convivem com ela. Sendo assim é mais condenável pois uma pessoa que nem utiliza da droga também fica afetada.