Foi em Fevereiro de 1845, em sua primeira viagem para o Leste, que a preciosa luz em relação ao santuário celestial foi manifestada a Ellen G. White (Carta 2, 1874). Em 15 de Fevereiro de 1846, ela escreveu para Enoch Jocobs:
Deus mostrou-me o seguinte, um ano atrás, neste mesmo
mês: — Eu vi um trono e, sobre ele, assentado o Pai e Seu Filho Jesus Cristo… Vi o Pai erguer-se do trono e em uma carruagem de fogo entrar no Santíssimo dentro do véu, assentar-Se… E vi um carro de nuvens, com rodas como chamas de fogo. Anjos estavam ao redor de toda a carruagem ao ela vir onde Jesus estava. Ele entrou no carro e foi conduzido para o Santíssimo onde o Pai estava sentado. — The Day-Star, 14 de março de 1846, pág. 7. (Ver também Primeiros Escritos, pág. 55).
Em suas primeiras narrações do grande conflito entre
Cristo e Satanás, publicado em 1858, ela explicou porque Cristo havia entrado no Santíssimo no santuário celestial:
Como os sacerdotes no santuário terrestre entravam no
santíssimo uma vez por ano para purificar o santuário, Jesus entrou no santíssimo do céu, no final dos 2.300 dias de Daniel 8, em 1844, para fazer uma expiação final para todos que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e para purificar o santuário… Vi que cada caso foi então decidido para vida ou morte. Jesus tinha apagado os pecados de Seu povo… Enquanto Jesus estivera no santuário, o julgamento tinha estado em andamento para os justos mortos e depois para os justos vivos. — 1 Spriritual Gifts, pg. 162-8.
Ellen White mais tarde adotou a frase “juízo Investigativo”
para este aspecto particular do ministério de Cristo (4 Spirit of Prophecy, 266, etc.), embora pareça que outros usaram o termo antes dela (por exemplo, ver Tiago White, RH 29-01-1857, pág. 100). Com o passar dos anos, ela deixou sobejamente claro que a doutrina do juízo Investigativo era uma das principais doutrinas da Escritura e era de vital importância para os Adventistas do Sétimo Dia. Ela cria que através do Espírito Santo, ela e outros Adventistas tinham sido divinamente guiados na compreensão correta do assunto. Quando A. F. Ballenger começou a ensinar que Cristo entrou em Seu ministério no Santíssimo por ocasião de Sua ascensão em vez de em 1844, Ellen White escreveu:
Em linguagem clara e franca que dizer àqueles que
compareceram a esta conferência (Conferência Geral de 1905) que o Irmão Ballenger tem permitido que sua mente receba erros peculiares e creia neles. Deus não ditou a mensagem que ele sustenta. Esta mensagem, se aceita, minaria os pilares de nossa fé. — Manuscrito 62, 1905, pp. 1 e 2.
Um ano mais tarde ela escreveu para W. W. Simpson, um
ministro em San Diego, Califórnia:
As verdades dadas a nós após a passagem do tempo de
1844 são justamente tão certas e imutáveis como quando o Senhor as deu a nós em resposta às nossas urgentes orações… Naquele tempo um erro após o outro tentava se impor sobre nós; ministros e doutores traziam novas doutrinas. Pesquisávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo trazia verdades às nossas mentes. Algumas noites inteiras foram devotadas à pesquisa das Escrituras, e à solicitação fervorosa do guia de Deus. Grupos de homens e mulheres devotos reuniam-se para este propósito. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era a verdade e o que era o erro.
À medida que os pontos de nossa fé eram assim
estabelecidos, nossos pés eram colocados sobre um sólido fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era tomada em visão, e explicações eram dadas a mim. Ilustrações das coisas celestiais e do santuário foram-me dadas de forma que éramos colocados onde a luz brilhava sobre nós em raios claros e distintos…
Sei que a questão do santuário ainda permanece em
justiça, justamente como a temos mantido por tantos anos. — Carta 50, 1906 (Porções em Obreiros Evangélicos 302, 303).
Poucos meses mais tarde, Ellen White reagiu contra vários
artigos no jornal do Dr. Kellogg, Médico Missionário, o qual ele sentia que turvava as águas no assunto do santuário. Em um editorial sobre “O Santuário Terrestre”, o Pastor George C. Tenney tinha declarado:
O homem é um ser duplo, intelectualmente falando. Ele é
criado com uma inteligência qual é formada de suas propensões e desejos corporais, ou como poderíamos dizer, animais… Este departamento da natureza humana relaciona-se com o primeiro compartimento do Santuário… Mas o homem é também de sua natureza animal, e infinitamente superior a ela. Isto é chamado “o íntimo do homem” ou “O homem interior”… Quando Cristo vem a nós nos méritos de Seu próprio sangue e como Sumo Sacerdote entra no coração, o lugar santíssimo, Ele transmite vida e poder para as energias dormentes da glória divina, e então, da alma humana a glória brilha visivelmente. — Médico Missionário, Junho de 1904, pp. 169-70.
Em resposta a este e outros editoriais, Ellen White Escreveu
para Temmey:
Fiquei surpresa e triste ao ler alguns de seus artigos no
“Médico Missionário” e especialmente aqueles sobre o santuário. Estes artigos mostram que você tem-se afastado da fé. Você tem ajudado a confundir a compreensão de nosso povo. A correta compreensão do ministério no santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé — Carta 208, 1906 (Porções em Evangelismo, 221).
Claramente, o assunto do ministério de Cristo no santuário
celestial era de grande importância para Ellen White. Ela instou seus companheiros Adventistas a não tratarem o assunto indiferentemente, mas a estudas a questão tão completamente que eles fossem capazes de explicá-las para outros. “Nós não devemos descansar”, ela escreveu, “até tornarmo-nos sábios em relação ao assunto do santuário” (LS 278). Além disso, ela declarou:
O assunto do santuário e do juízo investigativo deve ser
claramente entendido pelo povo de Deus. Todos precisam de um conhecimento individual na posição e obra de Seu grande Sumo Sacerdote, caso contrário, será impossível para eles exercer a fé que é essencial para este tempo, ou ocupar a posição que Deus espera que eles ocupem…
É de máxima importância que todos que têm recebido a luz,
tanto velhos quanto jovens, investiguem inteiramente estes assuntos, e sejam capazes de dar uma resposta a cada um que lhes pergunte a razão da esperança que há neles. — 4 SP 313.
Seguindo seu próprio conselho, ela repete explicações
declaradas do ministério de Cristo no santuário celestial e Sua obra de juízo investigativo. Sua descrição do assunto em 1858 (1 Spiritual Gifts 157-62, 197-201) foi aumentada em 1884 (4 Spirit of Prophecy 307-15) e ainda expandida em 1888 (GC 470-91).
Em adição a estes tratamentos definitivos do assunto Ellen
White refere-se frequentemente ao juízo celestial em todos os escritos. ela parece sempre ter o juízo em vista. Sem dúvida valerá a pena rever os pontos altos de seus ensinamentos sobre este pilar do alicerce da fé Adventista.