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O Juízo investigativo nos Escritos

de Ellen G. White
Robert W. Olson

Capítulo 1 Um pilar da fé Adventista


Foi em Fevereiro de 1845, em sua primeira viagem para o
Leste, que a preciosa luz em relação ao santuário celestial
foi manifestada a Ellen G. White (Carta 2, 1874). Em 15 de
Fevereiro de 1846, ela escreveu para Enoch Jocobs:

Deus mostrou-me o seguinte, um ano atrás, neste mesmo


mês: — Eu vi um trono e, sobre ele, assentado o Pai e Seu
Filho Jesus Cristo… Vi o Pai erguer-se do trono e em uma
carruagem de fogo entrar no Santíssimo dentro do véu,
assentar-Se… E vi um carro de nuvens, com rodas como
chamas de fogo. Anjos estavam ao redor de toda a
carruagem ao ela vir onde Jesus estava. Ele entrou no carro
e foi conduzido para o Santíssimo onde o Pai estava
sentado. — The Day-Star, 14 de março de 1846, pág. 7. (Ver
também Primeiros Escritos, pág. 55).

Em suas primeiras narrações do grande conflito entre


Cristo e Satanás, publicado em 1858, ela explicou porque
Cristo havia entrado no Santíssimo no santuário celestial:

Como os sacerdotes no santuário terrestre entravam no


santíssimo uma vez por ano para purificar o santuário,
Jesus entrou no santíssimo do céu, no final dos 2.300 dias
de Daniel 8, em 1844, para fazer uma expiação final para
todos que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e
para purificar o santuário…
Vi que cada caso foi então decidido para vida ou morte.
Jesus tinha apagado os pecados de Seu povo… Enquanto
Jesus estivera no santuário, o julgamento tinha estado em
andamento para os justos mortos e depois para os justos
vivos. — 1 Spriritual Gifts, pg. 162-8.

Ellen White mais tarde adotou a frase “juízo Investigativo”


para este aspecto particular do ministério de Cristo (4 Spirit
of Prophecy, 266, etc.), embora pareça que outros usaram
o termo antes dela (por exemplo, ver Tiago White, RH
29-01-1857, pág. 100). Com o passar dos anos, ela deixou
sobejamente claro que a doutrina do juízo Investigativo era
uma das principais doutrinas da Escritura e era de vital
importância para os Adventistas do Sétimo Dia. Ela cria que
através do Espírito Santo, ela e outros Adventistas tinham
sido divinamente guiados na compreensão correta do
assunto. Quando A. F. Ballenger começou a ensinar que
Cristo entrou em Seu ministério no Santíssimo por ocasião
de Sua ascensão em vez de em 1844, Ellen White escreveu:

Em linguagem clara e franca que dizer àqueles que


compareceram a esta conferência (Conferência Geral de
1905) que o Irmão Ballenger tem permitido que sua mente
receba erros peculiares e creia neles. Deus não ditou a
mensagem que ele sustenta. Esta mensagem, se aceita,
minaria os pilares de nossa fé. — Manuscrito 62, 1905, pp. 1
e 2.

Um ano mais tarde ela escreveu para W. W. Simpson, um


ministro em San Diego, Califórnia:

As verdades dadas a nós após a passagem do tempo de


1844 são justamente tão certas e imutáveis como quando o
Senhor as deu a nós em resposta às nossas urgentes
orações…
Naquele tempo um erro após o outro tentava se impor
sobre nós; ministros e doutores traziam novas doutrinas.
Pesquisávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito
Santo trazia verdades às nossas mentes. Algumas noites
inteiras foram devotadas à pesquisa das Escrituras, e à
solicitação fervorosa do guia de Deus. Grupos de homens e
mulheres devotos reuniam-se para este propósito. O poder
de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir
claramente o que era a verdade e o que era o erro.

À medida que os pontos de nossa fé eram assim


estabelecidos, nossos pés eram colocados sobre um sólido
fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob
a demonstração do Espírito Santo. Eu era tomada em visão,
e explicações eram dadas a mim. Ilustrações das coisas
celestiais e do santuário foram-me dadas de forma que
éramos colocados onde a luz brilhava sobre nós em raios
claros e distintos…

Sei que a questão do santuário ainda permanece em


justiça, justamente como a temos mantido por tantos anos.
— Carta 50, 1906 (Porções em Obreiros Evangélicos 302,
303).

Poucos meses mais tarde, Ellen White reagiu contra vários


artigos no jornal do Dr. Kellogg, Médico Missionário, o qual
ele sentia que turvava as águas no assunto do santuário.
Em um editorial sobre “O Santuário Terrestre”, o Pastor
George C. Tenney tinha declarado:

O homem é um ser duplo, intelectualmente falando. Ele é


criado com uma inteligência qual é formada de suas
propensões e desejos corporais, ou como poderíamos
dizer, animais… Este departamento da natureza humana
relaciona-se com o primeiro compartimento do Santuário…
Mas o homem é também de sua natureza animal, e
infinitamente superior a ela. Isto é chamado “o íntimo do
homem” ou “O homem interior”… Quando Cristo vem a nós
nos méritos de Seu próprio sangue e como Sumo
Sacerdote entra no coração, o lugar santíssimo, Ele
transmite vida e poder para as energias dormentes da
glória divina, e então, da alma humana a glória brilha
visivelmente. — Médico Missionário, Junho de 1904, pp.
169-70.

Em resposta a este e outros editoriais, Ellen White Escreveu


para Temmey:

Fiquei surpresa e triste ao ler alguns de seus artigos no


“Médico Missionário” e especialmente aqueles sobre o
santuário. Estes artigos mostram que você tem-se afastado
da fé. Você tem ajudado a confundir a compreensão de
nosso povo. A correta compreensão do ministério no
santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé — Carta
208, 1906 (Porções em Evangelismo, 221).

Claramente, o assunto do ministério de Cristo no santuário


celestial era de grande importância para Ellen White. Ela
instou seus companheiros Adventistas a não tratarem o
assunto indiferentemente, mas a estudas a questão tão
completamente que eles fossem capazes de explicá-las
para outros. “Nós não devemos descansar”, ela escreveu,
“até tornarmo-nos sábios em relação ao assunto do
santuário” (LS 278). Além disso, ela declarou:

O assunto do santuário e do juízo investigativo deve ser


claramente entendido pelo povo de Deus. Todos precisam
de um conhecimento individual na posição e obra de Seu
grande Sumo Sacerdote, caso contrário, será impossível
para eles exercer a fé que é essencial para este tempo, ou
ocupar a posição que Deus espera que eles ocupem…

É de máxima importância que todos que têm recebido a luz,


tanto velhos quanto jovens, investiguem inteiramente estes
assuntos, e sejam capazes de dar uma resposta a cada um
que lhes pergunte a razão da esperança que há neles. — 4
SP 313.

Seguindo seu próprio conselho, ela repete explicações


declaradas do ministério de Cristo no santuário celestial e
Sua obra de juízo investigativo. Sua descrição do assunto
em 1858 (1 Spiritual Gifts 157-62, 197-201) foi aumentada
em 1884 (4 Spirit of Prophecy 307-15) e ainda expandida
em 1888 (GC 470-91).

Em adição a estes tratamentos definitivos do assunto Ellen


White refere-se frequentemente ao juízo celestial em todos
os escritos. ela parece sempre ter o juízo em vista. Sem
dúvida valerá a pena rever os pontos altos de seus
ensinamentos sobre este pilar do alicerce da fé Adventista.

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