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Culto:
Culto é a adoração ou veneração a uma divindade ou o conjunto
de rituais que se usa nesta adoração. O culto cristão é a adoração
prestada pelos cristãos a Deus na sua trindade. Além da adoração,
o culto serve para edificar o cristão e anunciar a Palavra de Deus.
Este culto pode ser particular ou público. Neste curso
concentramo-nos no culto público.
Liturgia:
Liturgia provém do grego clássico, leitourgía, que significa
função ou obra pública prestada ao estado, a um indivíduo ou a
uma divindade. A liturgia tornou-se assim manifestação do
culto público, sancionado e codificado no conjunto das
cerimônias, das fórmulas e dos ritos necessários para expressá-lo.
Esse significado permanece até hoje3.
O que é cultuar?
A palavra “culto” deriva do Latim, cultu, e significa adoração ou
homenagem a Deus.1 Etimologicamente, o termo
latino cultu envolve a raiz colo, colere, que indica “honrar”,
“cultivar”, etc. Classicamente, os reformados ortodoxos definiram
“religião” como recta Deum colendi ratio, “a maneira correta de
honrar a Deus”. 2
Os principais termos que descrevem o ato/atitude de “culto” são o
Hebraico, ( הָחָׁשshachah) e o Grego, προσκυνέω (proskuneo).
Essas duas palavras e seus derivados correspondem a 80% do uso
cúltico bíblico. O primeiro vocábulo, shachah, significa “inclinar-
se, prostrar-se”, como, por exemplo: “E acontecerá que desde
uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda
a carne a adorar [lit. “prostar”] perante mim, diz o Senhor” (Is.
66:22). A segunda palavra, proskuneo, indica originalmente
“abaixar-se para beijar”, vindo a indicar “prostrar-se para adorar”,
“reverenciar”, “homenagear”, etc.3 O exemplo clássico sai da
boca de Jesus: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o
adoram [προσκυνοῦντας] o adorem [προσκυνεῖν] em espírito e
em verdade” (Jo. 4:24).
O QUE É LITURGIA
“Leitourgia” é uma palavra grega composta que vem
de “ergón” (obra) e “leitos” (adjetivo derivado de “leos” ou
“laos” - povo). Nas democracias gregas indicava “a prestação de
um serviço por parte dos cidadãos de classe média no benefício da
coletividade”. A etimologia da palavra traz significados de culto,
entrega, intercessão e festa. Liturgia é, assim, o culto comunitário
da igreja, que expressa o sacerdócio de Jesus Cristo e tributa a
Deus a mais alta glória por meio dEle.
Esta matéria trata de como organizar os recursos e as
pessoas de uma igreja de modo a que seja prestado o melhor culto
comunitário a Deus. Uma compreensão adequada do termo leva a
desejar um culto equilibrado, solidamente fundamentado na
Palavra, evitando os extremos da extravagância ou da frieza.
NECESSIDADES DA LITURGIA
1) As necessidades sociais. O ser humano é um ser social por
natureza. A necessidade de amizade e companhia é básica. Todas
as classes e condições humanas podem encontrar laços no culto
que transcendem as divisões sociais, de raça, de nacionalidade,
acadêmicas ou de estado social.
2) As necessidades intelectuais. O culto oferece guia em meio da
perplexidade e confusão que se cria na vida. O culto oferece o que
se busca na vida: significado, perspectivas e propósitos sólidos
para viver.
3) As necessidades psicológicas. A prática cultual desenvolve
uma sólida afirmação de fé que garante a segurança frente à
insegurança dos postulados da sociedade.
4) As necessidades espirituais. Não negamos a presença de Deus
em todos os lugares, mas é evidente que o culto coletivo oferece
solução a estas necessidades. A fome e a sede de um contato com
Deus podem ser saciadas e mitigadas através do culto
comunitário.
A parte audível e visível do culto não é tudo. O que
determina o culto é a adoração em espírito e em verdade. Cada
igreja tem uma realidade e um estilo de liderança, de modo que
não podemos falar de um culto ou sistema litúrgico homogêneo.
Cada igreja tem sua liturgia ou forma, mas estas formas deveriam
ser um fator de unidade na diversidade. No culto primitivo
existem fatores de unidade. Esses mesmos fatores dão a nossas
celebrações litúrgicas o caráter de homogeneidade: Santa Ceia,
cantos, orações, leituras bíblicas, pregação, ofertas, etc. O culto
deve visar a unidade, eliminando as divisões produzidas por
certas formas litúrgicas (Rm 12:4-16, Ef 4:1-15). A padronização
ou a imposição de formas litúrgicas “importadas” faz mal porque
abafa a expressão mais autêntica da adoração.
Ao chamarmos o culto de serviço de adoração, somos
conscientes que nós estamos referindo a uma reunião pública e
regular da igreja, em que o povo de Deus reconhece Seu valor e
Lhe atribui a glória que Lhe pertence. A adoração é um dos
propósitos da igreja. Inclui a expressão, ou o anelo da alma em
resposta à revelação que Deus nos faz de Si em Cristo. Inclui o
canto, a oração, a leitura das Escrituras, as oferendas, o sermão, as
cerimônias: a totalidade da entrega da alma, individualmente e
como corpo, a Deus, em resposta a sua graça. A verdadeira
liturgia não reprime a expressão da adoração, mas procura
equilíbrio e maturidade em sua expressão.
Enfim, a palavra liturgia vem de duas palavras gregas que
significam povo e serviço e se refere aos rituais de adoração
pública (para os católicos a missa e para os evangélicos o culto).
É o conjunto de doutrinas e regras que definem e organizam as
cerimônias de culto e adoração da Igreja, nas suas mais diferentes
expressões. A ordenação dos ritos da Igreja ao longo do tempo.
Entre os evangélicos designa uma forma fixa de adoração em
contraste com uma oração livre e espontânea. Frequentemente
chama-se de liturgia o próprio culto ou missa, já que eles são a
expressão mais importante da adoração pública.
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