Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AGRADEÇO A DEUS!
SOMENTE A ELE TODA A GLÓRIA E HONRA
ETERNAMENTE. AMÉM!
Dedico este livro a minha amada esposa Marcia Martelli Leite Bonfim
de Matos, minha amada filha Helena Martelli Matos, aos meus pais Ademar
Lima de Matos e Rosemare Rosa do Nascimento de Matos. Também aos
amigos, que sempre estão juntos e apoiando o ministério qual o nosso Senhor
e salvador confiou-me.
Que nosso Senhor nos orientes de acordo com as escrituras e louvo a
Deus, pois Ele nos concede a graça de fazer tudo para a sua glória.
Rogo ao Senhor Jesus Cristo as mais ricas bençãos a todos os leitores.
INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO DE CULTO
ESCRITURA SAGRADA
PREGAÇÃO EXPOSITIVA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
O compendio de livros qual chama-se bíblia, foi inspirada por Deus tem a
supremacia em todas as questões de fé e Deus fala mediante a sua Palavra ao
seu povo. Paulo estava passando instruções ao jovem Timóteo[8], para ele
pregar unicamente a Palavra. Hernandes[9] afirma que a escritura é o
conteúdo da pregação, e a pregação é o instrumento para proclamar a
Escritura. A proclamação da Palavra de Deus, torna-se poderosa quando ela é
exposta versículo por versículo, desta forma ela cumprirá seu propósito
transformador na vida do homem[10].
A Palavra de Deus é poderosa, Ele está presente nela e opera por meio
dela[11]. A escritura é poderosa para transformar vidas, quando ela é
proclamada com fidelidade. A transformação não ocorre por conta das
habilidades dos pregadores, mais sim, pelo poder de Deus contida através da
proclamação fiel das escrituras.
A Pregação Expositiva é esse instrumento fiel pelo qual Deus opera. Este
estilo torna-se fiel devido a sua abordagem em transmitir o texto das
escrituras colocando-a como suprema em toda pregação.
O período pós-apostólico passou por grandes mudanças, é conhecido
como o período dos pais da igreja, com início no II século e perpetuando até
o IV século. Foi marcado por grandes perseguições e acusações referente a fé
cristã. Também marca a rápida deterioração do cristianismo. A deterioração
do cristianismo ocorreu pela interpretação alegórica, importação da filosofia
grega no pensamento cristão e pelo sincretismo religioso.
A metafísica abstrata, a lógica e a retórica, delegaram grande ênfase no
cultivo de expressão literária e argumentativa. Os pregadores não pregaram
as verdades contidas na palavra de Deus, porque eles eram mestres de belas
frases, neste período as frases finas tinham um valor, muito agregado. A
indicação significativa dessa adaptação é afastar-se da pregação, colocando
em seu lugar a arte do sermão, que estava mais envolvido com a retórica do
que com a verdade. Desta forma o conceito grego, sermão, rapidamente se
tornou uma tradição significativa.
Em meados dos anos 125 a 190 d.C., foi publicada a primeira apologia de
Justino Mártir, encaminhada ao imperador, em defesa do cristianismo contra
as falsas acusações. Tertuliano escreveu a sua Apologia com o intuito de
inocentar os cristãos das acusações falsas, que tinha de suportar. Ireneu de
Lyon evidenciava a responsabilidade dos presbíteros de aderirem aos ensinos
dos apóstolos.
Cipriano e Orígenes eram polemistas, suas argumentações eram contra a
falsa doutrina, o método alegórico de interpretação estimulava um interesse.
Sua alegorizarão foi prejudicial para a exegese bíblica, assim reduzindo
interesses em exposições entre os seus seguidores na escola de Alexandria.
Os primeiros quatrocentos anos da igreja produziram muitos pregadores, mas
poucos verdadeiros expositores[12].
Um grupo de pregadores entre 325 a 460 d.C., envolvido com o estudo
sério da bíblia, tendo como destaque, João Crisóstomo e Agostinho.
Crisóstomo pregou verso por verso e exposições palavra por palavra em
muitos livros da Bíblia. Foram inclusas homilias sobre Gênesis, Salmos,
Mateus, João, Atos, Romanos, 1 e 2 Coríntios, e as outras epístolas paulinas.
Ele tem sido chamado de Boca de ouro, por causa de sua grande capacidade
de atrair uma audiência e mantenha-os encantados ao longo de um sermão.[13]
Na reforma protestante tivemos um movimento que volta as Escrituras.
Após um longo período em que as Escrituras foram deixadas de lado, a
reforma protestante traz de volta ao púlpito a centralidade da Escritura. Um
dos pilares da reforma foi Sola Scriptura, nesse período surgiram muitos
pregadores expositivos, como Ulrich Zwinglio, Martinho Lutero e João
Calvino, que dedicaram ao ensino e a pregação expositiva.
Lutero exaltou as Escrituras mostrando, que só através dela, o homem
pode chegar até Deus, por meio do ensino e da pregação. Os resultados deste
trabalho permeiam até os dias de hoje.
João Calvino foi o mais importante de todos, desse colocou as Escrituras
no centro de todas as atividades eclesiásticas. Ele era um expositor da Bíblia
e pregar era a tarefa mais importante. Em suas pregações a autoridade Bíblica
era única. Para ele a Bíblia era a Palavra de Deus e a colocava no centro da
vida da igreja. Calvino permaneceu firme sobre os pilares da reforma, a Sola
Scriptura. Sua convicção estava firmada no verbum Dei, a Palavra de Deus, e
que somente ela podia regulamentar a vida da igreja. A Sola Scriptura
identificava a Bíblia como autoridade única na igreja de Deus.
É através da Palavra que o Espírito comunica sua graça ao coração dos
adoradores, daí sua leitura no culto ser essencial, bem como a pregação da
mesma.
O kerigma é a pregação da palavra de Deus, e o Didaquê é o ensino da
Igreja, o conteúdo é Jesus Cristo, e a expressão é das Sagradas Escrituras. A
palavra é a mensagem e o pregador é portador das boas novas ao povo. Esse
momento requer a iluminação do Santo Espírito de Deus para que seja
compreendida a mensagem do Evangelho.
O momento da pregação da Palavra é o momento de ensinar sobre as
verdades de Deus, e através da leitura e exposição de sua palavra que somos
confrontados, com a verdade do Evangelho, e confortados pelo amor de
Deus, convencidos do pecado e da necessidade do perdão, desta forma
assegura a certeza da salvação por meio de Jesus Cristo.
A pregação cristã deve estar fundamenta essencialmente nas escrituras
sagradas.
Os Atos dos apóstolos, mostra o nascimento missionário da igreja, através
da pregação de Pedro. Este revela que seu chamado está estritamente ligado à
pregação do Evangelho[14]. A pregação da Palavra precisa estar relacionada
às demais partes do culto. A revelação de Deus se dá através da leitura das
Escrituras.
Qualquer tentativa de aviltar a veracidade canônica da Palavra de Deus é
refutada através do argumento exposto pelo próprio Deus que consiste na
participação do Espírito Santo, este que ilumina os corações para o
entendimento da Palavra, uma vez que se crê pela fé, Deus se revela através
da leitura de sua Palavra.
A pregação da Palavra de Deus ou sua exposição através do sermão,
obtêm um papel central no culto, onde o conteúdo da Palavra é o próprio
Cristo, revelado através das Escrituras. No culto, o púlpito é lugar para expor
a sua palavra, o importante no culto é a ministração da palavra de Deus.
A Segunda Confissão Helvética foi elaborada em 1562 por Heinrich
Bullinger, publicada em 1566 por Frederico III da Palatina, sendo adotada
pelas Igrejas Reformadas da Suíça, França, Escócia, Hungria, Polônia e
outras.
Cremos e confessamos que as Escrituras Canônicas dos santos profetas e
apóstolos de ambos os Testamentos são a verdadeira Palavra de Deus, e têm
suficiente autoridade de si mesmas e não dos homens. O próprio Deus falou
aos patriarcas, aos profetas e aos apóstolos, e ainda nos fala a nós pelas
Santas Escrituras[15].
A pregação da Palavra de Deus, é a voz de Deus, quando Palavra de Deus
é anunciada na Igreja por pregadores legitimamente chamados, cremos que a
própria Palavra de Deus é anunciada.
Confissão de Fé Francesa, preparada com o auxílio de João Calvino e
aprovada pelo Sínodo de Paris em 1559, traz no capítulo V, a autoridade das
Escrituras. Nós cremos que Palavra contida nesses livros procede de Deus, e
recebe sua autoridade dele somente, e não dos homens. E visto que é a regra
de toda a verdade, contendo tudo, que é necessário para o culto de Deus e
para nossa salvação, não é permitido aos homens, nem mesmo a anjos,
acrescentar-lhe ou tirar dela. De onde segue que nenhuma autoridade, se de
antiguidade, ou de costume, ou de números, ou de sabedoria humana, ou de
julgamentos, ou de declaração oficial, ou de editos, ou de decretos, ou de
concílios, ou de visões, ou de milagres, não deve se opor a estas Sagradas
Escrituras, mas, no contrário, todas as coisas devem ser examinadas,
reguladas, e reformadas de acordo com elas. E consequentemente nós
confessamos três credos: o Apostólico, o Niceno e o Atanasiano, porque
estão de acordo com a Palavra de Deus[16].
O ensino acima, aplicado ao culto, pode ser resumido como sendo as
Escrituras a regra necessária para examinar, regular o culto, e, contêm toda a
verdade quanto ao culto.
A Confissão de Fé Escocesa foi a primeira confissão reformada da
Escócia. Foi redigida em 4 dias por seis reformadores – John Knox, John
Spottiswood, John Willock, John Row, John Douglas e John Winram, sendo
o mais proeminente John Knox. O Parlamento a adotou em 1560, mas sua
oficialização se deu apenas em 1567, por causa da resistência da rainha
Maria, católica, que residia na França. Tornou-se a confissão de fé oficial da
Igreja Reformada Escocesa até que esta adotasse a Confissão de Fé de
Westminster, em 1647.
No seu capítulo 19, que trata da Autoridade das Escrituras, cremos e
confessamos que as Escrituras de Deus são suficientes para instruir e
aperfeiçoar o homem de Deus, e assim afirmamos e declaramos que a sua
autoridade vem de Deus e não depende de homem ou de anjo.1
Os Símbolos de Fé de Westminster no capítulo I, seção 1, é declarado que
a revelação natural não é suficiente para a salvação do homem e que Deus
usou vários modos de revelação especial para comunicar sua salvação aos
homens, mas para evitar a corrupção desse ensino pela malícia humana ou
invenção de Satanás, Deus quis fazer escrevê-la toda, cessando assim os
outros modos de revelação. Assim se o ser humano há de saber alguma coisa
sobre Deus o único meio autorizado de revelação são as Escrituras. Do
próprio Espírito Santo, na sua obra de iluminação, Jesus disse que sua missão
é fazer lembrar[17] os seus ensinos, e não para dar novas revelações.
Mas como podemos usar a Escritura para toda a amplitude da vida, a
confissão diz no Capítulo I, seção 6, todo o conselho de Deus concernente a
todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do
homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e
claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum,
nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens.
Desta forma reconhecemos, ser necessária a íntima iluminação do Espírito
de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na Palavra. As
Escrituras, tem alto valor especialmente quanto ao culto.
Quanto as escrituras estão sendo utilizada no culto, a pregação torna-se
saudável para igreja, pois sua exposição traz crescimento saudável aos que
recebem a palavra de Deus.
PREGAÇÃO EXPOSITIVA
DEVER, Mark. Nove Marcas de uma Igreja Saudável. São José dos
Campos – SP, 2007.
KIRST, Nelson. Nossa Liturgia: das origens até hoje. São Leopoldo.RS:
Sinodal, 1993. 47p.
KNOX, John. Integridade da Pregação. São Paulo: Aste, 1964.93p.
LEITH, John H. A Tradição Reformada: uma maneira de ser a
comunidade cristã. São Paulo: Pendão Real, 1997, p.394p.
SHEDD, Russel P. Adoração Bíblica. São Paulo: Vida Nova, 1987. 170p.
TENNEY, Merriel C., PACKER, J. I., WHITE, William, Jr. Vida
cotidiana nos tempos bíblicos. São Paulo: Vida, 1995. 191p.