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CONHECER

AMAR E
SERVIR PROF. MICHEL PAGIOSSI
IMERSÃO LITÚRGICA Prof. Michel Pagiossi Silva

SUMÁRIO

Conhecer 03
Conheça o verdadeiro sentido da liturgia e descubra os maiores
tesouros espirituais contidos em todas as celebrações da Igreja.

Amar 11
Entenda as normas litúrgicas da Igreja e aprenda a amar a liturgia,
servindo-a com fidelidade, com segurança e com zelo pelo sagrado.

Servir 20
O passo a passo para você desempenhar melhor a sua função litúrgica
e coordenar e formar uma equipe fiel e dedicada.

Convite 27
Dê um passo a mais no seu conhecimento da liturgia da Igreja,
conheça o que a Escola de Liturgia tem para voc6e.

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Capítulo 1

CONHECER
A LITURGIA

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1. CONHECER

Descubra
os Tesouros
da Liturgia
de Michel Pagiossi Silva

O que é Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a


palavra "liturgia" tem um significado de

Liturgia? "obra pública" ou "serviço em favor do


povo". Na tradição cristã, ela significa que
o povo de Deus participa da "obra de
Você sabe o que é a Liturgia? A palavra tem Deus". Através da liturgia, Cristo, nosso
origem grega e, antigamente, era usada Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na
para se referir a um tipo de imposto a ser sua Igreja a obra da nossa redenção.
pago, seja no serviço militar ou na cidade.
Na Sagrada Escritura, mais Atualmente, a liturgia é comumente
especificamente no Antigo Testamento, a entendida como qualquer função sagrada
palavra "liturgia" aparece 150 vezes na pública realizada pela hierarquia da Igreja,
tradução grega (Septuaginta), sempre ou seja, a celebração da Santa Missa e dos
relacionada ao culto Levítico. No Novo Sacramentos. Conhecer e entender a
Testamento, a palavra surge como o liturgia é fundamental para viver uma vida
"serviço aos pobres" (2 Coríntios 9,12) e cristã mais plena e significativa. Descubra
como o "ministério público religioso" os tesouros da liturgia e sinta-se mais
(Lucas 1,23; Hebreus 8,1). conectado com Deus.

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Liturgia é o
culto da Igreja
“Pela Liturgia da terra participamos, "A ele, com efeito, devemos
saboreando-a já, na Liturgia celeste
celebrada na cidade santa de Jerusalém, para
principalmente unir-nos como
a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde indefectível princípio, ao qual
Cristo está sentado à direita de Deus,
deve ainda constantemente
ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo; por meio dela cantamos ao aplicar-se a nossa escolha como
Senhor um hino de glória com toda a milícia ao último fim, que perdemos
do exército celestial, esperamos ter parte e
comunhão com os Santos cuja memória
pecando, mesmo por
veneramos, e aguardamos o Salvador, Nosso negligência, e que devemos
Senhor Jesus Cristo, até Ele aparecer como
reconquistar pela fé, crendo
nossa vida e nós aparecermos com Ele na
glória” (SC 8) nele. Ora, o homem se volta
ordinariamente para Deus
O dever fundamental do homem é
certamente este de orientar a si mesmo e a
quando lhe reconhece a
própria vida para Deus. suprema majestade e o supremo
magistério, quando aceita com
submissão as verdades
divinamente reveladas, quando
lhe observa religiosamente as
leis, quando faz convergir para
ele toda a sua atividade, quando
– para dizer resumidamente –
presta, mediante a virtude da
religião, o devido culto ao único
e verdadeiro Deus” (MD 11)

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O que é
culto?
Em primeiro sentido, o culto é uma O culto também pode ser natural ou
disposição habitual interior, expressão da positivo. Todo o homem nasce com uma
virtude da religião, filha da virtude moral disposição natural para conhecer, amar e
da justiça, que nos move a reconhecer a adorar a Deus. Por isso, muitas sociedades,
total dependência do homem para com mesmo sem o conhecimento da Revelação
Deus. Como afirma São Tomás de Aquino, Divina, criavam suas religiões e seus
"A virtude da religião tem por objeto prestar cultos públicos a Deus. Como afirmou São
a Deus a devida honra e reverência" (ST II- Paulo, "Pois o que se pode conhecer de Deus
II, q. 81, a. 1). é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou. Porque desde a criação do
Em um segundo sentido, o culto é a mundo, as suas perfeições invisíveis, o seu
expressão pública de adoração a Deus, eterno poder e divindade são percebidos, por
dada pela Igreja. Segundo o Magistério da meio das coisas criadas" (Rm 1,19-20).
Igreja, "Todo o conjunto do culto que a
Igreja rende a Deus deve ser interno e O culto natural nasce, então, dessa
externo" (MD 20). Ou seja, interno: no disposição natural das sociedades para que
coração dos fiéis; e externo: nos seus rendam o seu culto público a Deus.
gestos corporais e exteriores — públicos O culto positivo, por sua vez, é sempre
ou privados. instituído por um legislador. No Antigo
Testamento, temos como exemplo os
No culto público da Igreja, os atos cultos Patriarcal, oriundo dos Patriarcas, e
externos e individuais se manifestam na o culto Mosaico, que nasce das leis
obediência às normas da Igreja, através da Mosaicas. No Novo Testamento surgirá
execução de gestos e respostas verbais um novo culto positivo, chamado
próprias da Sagrada Liturgia, expressão de neotestamentário ou eclesiástico,
nossa disposição interior para com Deus. instituído pelo próprio Cristo, durante a
Como afirmou o Concílio Vaticano II, "Pela última ceia. Ele mesmo institui o culto
Liturgia da terra participamos, saboreando- com o qual nós devemos honrá-lo. Como
a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade afirmou o apóstolo Paulo, "O cálice da
santa de Jerusalém". (SC, 8) bênção, que abençoamos, não é comunhão
com o sangue de Cristo? E o pão que
“A finalidade do culto é a partimos, não é comunhão com o corpo de
Glória de Deus.” Cristo?" (1Cor 10,16)
prof. Michel Pagiossi

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O que é a
Igreja?
A Igreja é definida como a sociedade de O CULTO OFICIAL DA IGREJA É REGIDO
Cristo composta pelos membros do seu PELOS ÓRGÃOS OFICIAIS DA IGREJA
próprio corpo místico, como afirmado
pelo Catecismo da Igreja Católica. Essa De acordo com o magistério, o culto oficial
sociedade visível deve manifestar o seu da Igreja é regido pelos órgãos oficiais da
culto também de maneira visível. Como Igreja. Diz o magistério: "A ação litúrgica
sociedade, a Igreja exige uma autoridade e inicia-se com a fundação da própria
hierarquia próprias, como descrito na Igreja" (Mediator Dei 18); também: "Já
Mediator Dei 35. Embora todos os que a sagrada liturgia é exercida sobretudo
membros do corpo místico participem dos pelos sacerdotes em nome da Igreja, a sua
mesmos bens e tendam aos mesmos fins, organização, o seu regulamento e a sua
nem todos gozam do mesmo poder e são forma não podem depender senão da
habilitados a cumprir as mesmas ações. autoridade da Igreja" (Mediator Dei 39).
A Igreja, que nos lega a fé, que nos dá o
O culto da Igreja pode ser de todos em que devemos crer, é quem nos dá,
nome de todos, como ocorre na Santa também, como devemos também celebrar;
Missa - o culto oficial da Igreja - ou pode donde decorre a máxima latina: lex orandi
ser individual em nome de todos, como é o lex credendi — a Lei da Oração é a Lei da
caso do Ofício Divino - a Liturgia das Fé. Em outras palavras: devemos orar —
Horas - que os sacerdotes oram celebrar, cultuar... — aquilo que nós
privadamente, mas o fazem em nome da cremos, que nos foi entregue pela Tradição
Igreja, com a Igreja e pela Igreja. da Santa Igreja, ao longo de dois mil anos.

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Divisões da
Sagrada Liturgia
LITURGIA SACRAMENTAL LITURGIA LAUDATIVA

Os sacramentos foram queridos por Jesus É o culto devido pelos cristãos a Deus. O
Cristo como instrumentos para nossa Ofício dos religiosos e do clero é sinal e
santificação, tem por efeito conceder a símbolo da eternidade onde se cantará
graça que representam. A Liturgia eternamente as glórias do Senhor. A
Sacramental diz respeito à celebração dos Instrução Geral da Liturgia das Horas
Sacramentos da Igreja: Batismo, Crisma, ensina que "a própria celebração eucarística
Confissão, Ordenação, Matrimônio e tem na Liturgia das Horas a sua melhor
Unção dos Enfermos. A liturgia eucaristia preparação, porque esta suscita e nutre da
será tratada propriamente na Liturgia melhor maneira as disposições necessárias
Sacrifical. para uma frutuosa celebração da Eucaristia,
quais são a fé, a esperança, a caridade, a
LITURGIA SACRIFICIAL devoção, o espírito de sacrifício".

A celebração do Sacrifício não é apenas o


ato principal da Liturgia; é também o ato
central. A Liturgia Sacrifical diz respeito
ao culto eucarístico, a celebração do Único
e Santo Sacrifício de Jesus Cristo na Cruz,
atualizado e perpetuado incruentamente
nos altares das igrejas do mundo inteiro. A
celebração da Santa Missa cumpre quatro
finalidades: Adoração, Ação de Graças,
Impetração e Propiciação.

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O que não
é Liturgia
Atos privados e individuais onde se exerce Atos públicos conduzidos por membros do
em nome próprio não devem ser clero — bispos, sacerdotes ou diáconos —
considerados como atos litúrgicos. mas que não receberam oficialmente a
aprovação da Igreja, também não devem
Atos totalmente interiores, como uma ser chamados de liturgia.
oração silenciosa ou meditação, não
devem ser considerados como liturgia. COMO SABER EXATAMENTE O QUE PODE
SER CHAMADO DE LITURGIA?
Ofícios públicos que não são conduzidos
por pessoa eclesiástica, como a oração do Todos os atos litúrgicos são regulados pela
ofício divino entre somente os leigos, por Igreja em seus livros próprios. O que não
exemplo, também não é liturgia. está previsto nos livros não é liturgia.

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O Lugar
da Liturgia
A sagrada Liturgia não esgota toda a ação da
Igreja, porque os homens, antes de poderem
participar na Liturgia, precisam de ouvir o
apelo à fé e à conversão: «Como hão-de
invocar aquele em quem não creram? Ou
como hão-de crer sem o terem ouvido? Como
poderão ouvir se não houver quem pregue? E
como se há-de pregar se não houver quem
seja enviado?» (Rom. 10, 14-15). É por este
motivo que a Igreja anuncia a mensagem de
salvação aos que ainda não têm fé, para que
todos os homens venham a conhecer o único Contudo, a Liturgia é simultaneamente a
Deus verdadeiro e o Seu enviado, Jesus Cristo, meta para a qual se encaminha a acção da
e se convertam dos seus caminhos pela Igreja e a fonte de onde promana toda a sua
penitência. Aos que crêem, tem o dever de força. Na verdade, o trabalho apostólico
pregar constantemente a fé e a penitência, de ordena-se a conseguir que todos os que se
dispo-los aos Sacramentos, de ensiná-los a tornaram filhos de Deus pela fé e pelo
guardar tudo o que Cristo mandou, de Baptismo se reúnam em assembleia para
estimulá-los a tudo o que seja obra de louvar a Deus no meio da Igreja, participem
caridade, de piedade e apostolado, onde os no Sacrifício e comam a Ceia do Senhor. A
cristãos possam mostrar que são a luz do Liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados
mundo, embora não sejam deste mundo, e pelos «mistérios pascais», a viverem «unidos
que glorificam o Pai diante dos homens. no amor»; pede «que sejam fiéis na vida a
quanto receberam pela fé»; e pela renovação
da aliança do Senhor com os homens na
Eucaristia, e aquece os fiéis na caridade
urgente de Cristo. Da Liturgia, pois, em
especial da Eucaristia, corre sobre nós, como
de sua fonte, a graça, e por meio dela
conseguem os homens com total eficácia a
santificação em Cristo e a glorificação de
Deus, a que se ordenam, como a seu fim,
todas as outras obras da Igreja
(Sacrosanctum Concilium 9-10)

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Capítulo 2

AMAR
A LITURGIA

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2. AMAR

Aprenda
a ser Fiel
à Liturgia
de Michel Pagiossi Silva

Atlas e o
Menino Jesus No entanto, se entendermos a Sagrada

de Praga Liturgia não como Opus Dei (Obra de


Deus), mas como Opus Homini (Obra do
Homem), nos assemelharemos a Atlas,
Vamos resgatar o exemplo de duas figuras carregando o dom que Deus nos deu como
que carregam o mundo em suas mãos. A um peso, uma punição, e moldando-o aos
primeira delas é Atlas, da mitologia grega, nossos próprios gostos.
um titã que carrega o mundo nas costas
como punição. A segunda é o Menino Jesus Isso resulta em todo tipo de
de Praga, uma criança que porta em suas entretenimento e espetáculo na Santa
mãos um cetro e o globo terrestre como Missa para "atrair as pessoas". Essa
um dom. Ambas as figuras carregam o atitude revela um orgulho velado, onde
mundo, mas uma delas o faz como não se consegue conceber o dom da
punição e outra como um dom. Isso nos Liturgia como algo bom.
lembra do documento litúrgico do Papa
Francisco, "Desiderio Desideravi", que No entanto, "em alguns lugares, os abusos
nos pede para receber a Sagrada Liturgia litúrgicos se têm convertido em um
como um verdadeiro dom, um dom costume, no qual não se pode admitir e se
incomensurável que pertence a Deus. deve terminar." (RS 4)

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Por que ser fiel


às normas?
Para que o culto a Deus prestado pela Desconhecer as rubricas é, sem dúvida, um
Igreja na Santa Missa seja dignamente problema grave, mas ainda mais grave é
celebrado, é necessário que haja um conhecê-las e ignorá-las.
regulamento. Por isso, a Igreja estabelece
uma série de normas e rubricas - que são Quem estabelece as normas litúrgicas a
aquelas partes escritas em vermelho nos serem observadas é a Igreja. Em sua
livros litúrgicos, que indicam o que os imensa sabedoria bimilenar, o Sagrado
ministros devem fazer. Magistério sabe como ninguém discernir
Entre os motivos que se podem elencar os símbolos que melhor refletem as
para que todos obedeçam as rubricas e as realidades celebradas na sagrada liturgia.
outras normas litúrgicas, estão:
Quando se ordena o uso da casula, por
1. Para melhor simbolizar o que se celebra, exemplo, é para simbolizar a Cruz de
evidenciando a identidade entre o sinal e o Cristo. Assim, seu uso torna-se bastante
que ele realiza ou significa; catequético para lembrar os fiéis da
realidade do sacrifício de Nosso Senhor,
2. Para favorecer o ambiente de oferecido na Cruz do Calvário, que se
sacralidade que incentiva a piedade dos celebra na Santa Missa. Se se prescreve
participantes; determinada oração ou gesto, isso se dá
por entender (a Igreja) que estes nos
3. Para irradiar a riqueza doutrinária da auxiliam a aprofundar no centro do
Igreja por meio de seus ritos; mistério celebrado.

4. Para preservar a unidade substancial do Longe de nos afastar da interioridade e


rito, no nosso caso, do rito romano. engessar a celebração - como muitos
dizem - as normas e rubricas previstas
pela Santa Madre Igreja para a liturgia nos
fazem louvar e adorar a Deus com toda a
totalidade do nosso ser: o corpo e a alma.

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A verdadeira e a falsa
pastoralidade
A VERDADEIRA PASTORALIDADE: A FALSA PASTORALIDADE:

Confissão Adaptações das normas e rubricas


Adoração Eucarística litúrgicas sem a autorização da Igreja
Comunhão aos Doentes para agradar um movimento ou grupo
Santo Rosário específico de fiéis que frequentam a
Formação comunidade.
Vida de Oração
Vida Sacramental
Obras de Misericórdia “Os abusos, sem dúvida,
«contribuem para obscurecer a
reta fé e a doutrina católica sobre
este admirável Sacramento». De
esta forma, também se impede
que possam «os fiéis reviver de
algum modo a experiência dos
discípulos de Emaús: Então se
lhes abriram os olhos e o
reconheceram». Convém que
todos os fiéis tenham e revivam
aqueles sentimentos que
receberam pela paixão salvadora
do Filho Unigênito, que manifesta
a majestade de Deus, já que estão
ante à força, à divindade e ao
esplendor da bondade de Deus,
especialmente presente no
sacramento da Eucaristia” (RS 6)

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O abuso leva à
perda da fé
“Finalmente, os abusos se A Igreja é clara ao dizer que a lei da oração
fundamentam com freqüência na e a lei da fé são interdependentes; se não
orarmos aquilo que cremos,
ignorância, já que quase sempre se
gradualmente, a nossa fé pode se
rejeita aquilo que não se compreende
obscurecer a ponto de desaparecer
seu sentido mais profundo e sua
completamente, levando-nos a uma
Antigüidade. Por isso, enraizadas na completa desesperança em Cristo Jesus,
Sagrada Escritura, «as preces, orações e nosso Salvador.
hinos litúrgicos estão penetrados em
seu espírito e dela recebem seu Se a Igreja prescreve ritos, símbolos,

significado nas ações e sinais». No que normas e rubricas para evidenciar e


resplandecer o mistério que se celebra, e
se refere aos sinais visíveis, «usados na
nós decidimos livremente desobedecer o
sagrada Liturgia e que foram eleitos por
que a Igreja pede, corremos o risco de
Cristo ou pela Igreja para significar as conduzir os fiéis de nossas paróquias,
realidades divinas invisíveis». nossos irmãos e irmãs em Cristo, à
Justamente, a estrutura e a forma das completa perda da fé católica.
Celebrações sagradas de acordo com
cada um dos Ritos, seja da tradição do Bispos, padres, diáconos, leigos,
coordenadores e servos da liturgia não têm
Oriente seja da Ocidente, concordam
autoridade para desobedecer
com a Igreja Universal e com os
deliberadamente aquilo que a Igreja
costumes universalmente aceitos pela
estabeleceu para a celebração do seu culto
constante tradição apostólica, que a público através da Santa Liturgia. A nós
Igreja entrega, com solicitude e cabe a fidelidade.
fidelidade, às gerações futuras. Tudo
isto é sabiamente guardado e protegido
pelas normas litúrgicas” (RS 8)
“As rubricas são a
salvaguarda da doutrina,
a salvaguarda da verdade.”
prof. Michel Pagiossi

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Quem você
quer ser?
Na Sagrada Liturgia, o centro deve ser
sempre Deus, nosso Senhor. É por meio
dela que rendemos a Ele a nossa adoração,
louvor e ação de graças. Não devemos
buscar o nosso próprio protagonismo, mas
sim estar a serviço do mistério celebrado e
da assembleia reunida para prestar culto a
Deus. Portanto, devemos buscar ser como
Cristo, que se esvaziou de si mesmo para
fazer a vontade do Pai e servir aos irmãos,
em vez de querer ser como Atlas, que quis
ser maior que Deus. A nossa postura diante
da Sagrada Liturgia deve ser de humildade
e disponibilidade para servir, seguindo
fielmente as normas e rubricas
estabelecidas pela Igreja, a fim de que
possamos estar plenamente unidos a
Cristo e à Sua obra salvífica.

“A maravilha é parte essencial do ato


litúrgico porque é a maneira como
aqueles que sabem que estão
engajados na particularidade dos
gestos simbólicos olham as coisas. É a
maravilha de quem experimenta o
poder do símbolo, que não consiste
em referir-se a algum conceito
abstrato, mas em conter e expressar
em sua própria concretude o que ele
significa.” (DD 26).

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Abusos litúrgicos
mais comuns
Auto-comunhão: quando o leigo toma por Fiéis repetirem a Oração Eucarística: a
si mesmo a hóstia consagrada, sem proclamação da Oração Eucarística, que
recebê-la do sacerdote. Um ato por sua natureza é o cume de toda a
explicitamente proibido pela Igreja que celebração, é própria e exclusiva do
continua a se perpetuar pelas Igrejas do sacerdote, em virtude de sua mesma
Brasil: "Não está permitido que os fiéis ordenação. (RS 52)
tomem a hóstia consagrada nem o cálice
sagrado 'por si mesmos, nem muito menos
que se passem entre si de mão em mão'.
Nesta matéria, além disso, deve-se suprimir
o abuso de que os esposos, na Missa nupcial,
administrem-se de modo recíproco a
sagrada Comunhão." (RS 94)

Proclamação do Evangelho por leigos:


somente o sacerdote e o diácono podem
fazê-lo, conforme IGMR 94 e 99.

Teatros e danças: em dois mil anos de


história, este tipo de manifestação cultural
nunca foi incorporado à Santa Liturgia. O
Papa Bento XVI, por exemplo, escreve
claramente que "a dança não é uma forma
de expressão da liturgia cristã".

Modificar textos litúrgicos: “Cesse a


prática reprovável de que sacerdotes, ou
diáconos, ou mesmo os fiéis leigos,
modificam e variam, a seu próprio arbítrio,
aqui ou ali, os textos da sagrada Liturgia que
eles pronunciam. Quando fazem isto, trazem
instabilidade à celebração da sagrada
Liturgia e não raramente adulteram o
sentido autêntico da Liturgia” (RS 59)

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Abusos litúrgicos
mais graves
"Os graviora delicta (atos graves) contra a Não somos senhores, mas servos da
santidade do sacratíssimo Sacramento e liturgia. As normas litúrgicas são
Sacrifício da Eucaristia e os sacramentos, são prescritivas, assim como tudo o que a
tratados de acordo com as «Normas sobre os Igreja nos dá como regra da fé. Se não
graviora delicta, reservados à Congregação podemos modificar a Sagrada Escritura, o
para a Doutrina da Fé» Credo Apostólico ou a Fé da Igreja, pois
recebemos a Fé Apostólica da Igreja, por
a) roubar o reter com fins sacrílegos, ou jogar que nos achamos no direito de querer
fora as espécies consagradas; modificar a liturgia? Jamais
conseguiremos conhecer, amar e servir a
b) atentar à realização da liturgia do Deus sem fidelidade ao que a Igreja pede.
Sacrifício eucarístico ou sua simulação; Deturpar a oração da Igreja e obscurecer os
mistérios da fé que a Igreja crê há dois mil
c) concelebração proibida do Sacrifício anos é algo muito sério. Precisamos estar
eucarístico juntamente com ministros de atentos à seriedade de servir a Liturgia.
Comunidades eclesiais que não tenham
sucessão apostólica, nem reconhecida “Por outra parte, todos os fiéis cristãos
dignidade sacramental da ordenação gozam do direito de celebrar uma liturgia
sacerdotal; verdadeira, especialmente a celebração da
santa Missa, que seja tal como a Igreja tem
d) consagração com fim sacrílego de uma querido e estabelecido, como está prescrito
matéria sem a outra, na celebração nos livros litúrgicos e nas outras leis e
eucarística, ou também de ambas, fora da normas. Além disso, o povo católico tem
celebração eucarística." (RS 172) direito a que se celebre por ele, de forma
íntegra, o santo Sacrifício da Missa, conforme
A fidelidade às normas litúrgicas é toda a essência do Magistério da Igreja.
fundamental para que a luz de Cristo Finalmente, a comunidade católica tem
brilhe durante as celebrações litúrgicas. direito a que de tal modo se realize para ela a
Precisamos ter consciência da máxima Lex celebração da Santíssima Eucaristia, que
Orandi, Lex Credendi (a lei da oração é a lei apareça verdadeiramente como sacramento
da fé). de unidade, excluindo absolutamente todos
os defeitos e gestos que possam manifestar
divisões e facções na Igreja” (RS 12).

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Abusos litúrgicos
mais graves
É uma grande honra e responsabilidade “Sejamos claros aqui: todos
poder servir a Deus na Liturgia. Através da
fidelidade às normas litúrgicas e do os aspectos da celebração
cuidado com a celebração, podemos
devem ser cuidadosamente
testemunhar a beleza da fé e levar outras
pessoas a conhecerem o amor de Deus. cuidados (espaço, tempo,
Vamos trabalhar juntos para que a Liturgia
gestos, palavras, objetos,
seja sempre um momento de encontro vestimentas, canto,
com Deus e com a comunidade cristã,
respeitando as normas estabelecidas pela música...) e todas as
Igreja e buscando sempre aperfeiçoar
rubricas devem ser
nosso serviço. Que nossa chama de amor a
Deus possa iluminar a todos que observadas. Tal atenção
participam da celebração e que essa luz se
espalhe pelo mundo, transformando
bastaria para evitar que se
corações e vidas. roube da assembléia o que
Que possamos sempre buscar a santidade
lhe é devido; ou seja, o
na Liturgia e levar adiante o testemunho mistério pascal celebrado de
de que a oração da Igreja é um reflexo da
nossa fé e da nossa adoração ao Deus que acordo com o ritual que a
nos ama. Contemos uns com os outros e
Igreja estabelece. Mas
com a graça de Deus para alcançar esse
objetivo. mesmo que se garantisse a
qualidade e o bom
andamento da celebração,
isso não seria suficiente
para tornar plena nossa
participação.” (DD 23)

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Capítulo 3

SERVIR
A LITURGIA

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3. SERVIR

O amor a Deus
transformado
em serviço
de Michel Pagiossi Silva
Pelo serviço litúrgico, servimos a Deus no
culto público de adoração da Igreja e
servimos aos irmãos para que,
individualmente, se incorporem na ação
O trabalho pública da Igreja e deem, eles também, seu
culto a Deus. A palavra ministério, oriunda
litúrgico do grego, é a que mais se aproxima do
trabalho que deve ser executado pelos
servos da liturgia. Ministério quer dizer o
É preciso que compreendamos a natureza serviço em favor de alguém. Como
da pastoral litúrgica para formarmos uma exemplo claro e bíblico, temos o ato em
que seja realmente funcional em nossas que Nosso Senhor lava os pés dos
paróquias. Além disso, como membros discípulos na última ceia.
desta pastoral, precisamos entendê-la
melhor para que nossa atuação particular Não devemos de modo algum usar a
aperfeiçoe a pastoral como um todo. O liturgia para servir a nossos próprios
trabalho desempenhado na liturgia, interesses, mas para servir a Deus e aos
portanto, numa pastoral litúrgica, não outros, sem qualquer acepção de pessoas,
deve ser entendido como uma espécie de desde aquele católico um tanto relapso que
emprego – algo relativamente frio, de frequenta as missas umas poucas vezes no
onde simplesmente tiramos nosso mês até aquele fervoroso que frequenta a
sustento mediante algum esforço físico ou Santa Missa diariamente. Há pelo menos
intelectual – mas um verdadeiro exercício cinco passos, cinco ações práticas que
de caridade, que é, por definição, o amor a devemos realizar se quisermos formar
Deus e ao próximo por Deus. O amor a uma pastoral litúrgica fiel à Igreja e, ao
Deus transcende toda ideia rasa de mesmo tempo, funcional em nossas
trabalho e confere ao nosso serviço um paróquias. Veremos quais são esses passos
sentido totalmente novo. nas próximas páginas.

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1º Passo:
Conhecer
"O conhecimento que provém do estudo é "Era e é necessário encontrar os
apenas o primeiro passo para poder entrar no
mistério celebrado." (DD 36).
canais para uma formação que
é o estudo da Liturgia. Desde o
Há uma necessidade imperiosa de
início do movimento litúrgico
formação. Nós não amamos aquilo que não
conhecemos. muito se fez neste sentido, com
preciosas contribuições de
"Para um apóstolo moderno, uma hora de
estudo é uma hora de oração." (Caminho,
estudiosos e instituições
335) acadêmicas. No entanto, é
importante agora difundir este
Não podemos esquecer que nos é
necessário conhecer as verdades da fé para conhecimento para além do
que nós possamos celebrar as verdades da ambiente acadêmico, de forma
fé. A lex orandi é a mesma lex credendi e
esta deve transbordar na lex vivendi.
acessível, para que cada fiel
cresça no conhecimento do
A lei da oração é a lei da fé que deve
sentido teológico da Liturgia.
transbordar na nossa vivência integral de
católicos e servos da liturgia. Vejamos o Esta é a questão decisiva e
que o Papa Francisco nos pede na sua fundamenta todo tipo de
última carta apostólica:
entendimento e toda prática
litúrgica. Também fundamenta
a própria celebração, ajudando
cada um a adquirir a
capacidade de compreender os
textos eucológicos, a dinâmica
ritual e seu significado
antropológico." (DD 35)

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2º Passo:
Preparar
A vida de exercício da religião e a vida em Para reconhecer nossas limitações e
si são indissociáveis. É preciso buscar forças para nosso caminho, é
compreender que a liturgia é um meio pelo importante investir no estudo e na oração.
qual nos relacionamos religiosamente com Somente através do conhecimento e da
o divino, e que para isso, é fundamental reflexão sobre a liturgia, podemos
termos uma formação litúrgica adequada. compreender sua importância e como ela
Através da liturgia, podemos encontrar as pode nos ajudar em nossa caminhada
forças necessárias para superar nossas espiritual. Além disso, a oração nos coloca
limitações, e oferecer nossas lutas e em contato direto com Deus, permitindo-
desafios a Deus. nos oferecer nossas vidas a Ele e encontrar
a paz e a força necessárias para enfrentar
Nisto se coloca a questão decisiva da nossos desafios.
formação litúrgica. Romano Guardini diz:
“Aqui também é indicada a primeira tarefa Por fim, ao oferecermos nossas lutas e
prática: levados por essa transformação desafios no Altar, encontramos o sustento
interior de nosso tempo, devemos aprender necessário para nossa jornada. É na
de novo a nos relacionar religiosamente liturgia que somos chamados a servir a
como seres plenamente humanos”. Deus, e é através dela que encontramos a
força para continuar a lutar por nossos
É isso que a Liturgia torna possível. Para objetivos. Compreender a importância da
isso devemos ser formados. Guardini não liturgia e investir em nossa formação é
hesita em declarar que sem formação fundamental para que possamos viver
litúrgica “então as reformas rituais e plenamente nossa fé e encontrar a paz e a
textuais não ajudarão muito” (DD 34) felicidade que buscamos.

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3º Passo:
Ofertar
Nossa vida é uma luta nesta terra. No altar "Na oração eucarística — da qual
é onde encontramos o alimento que nos
também participam todos os
nutre e prepara para esta batalha. O altar é
a fonte e o cume da vida cristã.
batizados, ouvindo com reverência
e em silêncio e intervindo nas
No altar, somos convidados pelo próprio aclamações (IGMR 78-79) — quem
Cristo a unir o nosso sacrifício ao seu
preside tem a força, em nome de
próprio sacrifício, oferecido pelo
sacerdote. A Santa Missa, a celebração
todo o povo santo , para recordar
litúrgica, é a oração por excelência da diante do Pai a oferta de seu Filho
Igreja, e sobretudo dos leigos servos da na Última Ceia, para que aquele
liturgia.
imenso dom se tornasse novamente
Na celebração da missa, não somos presente no altar. Nessa oferta ele
concelebrantes, mas coofertantes — participa com a oferta de si mesmo.
oferecemo-nos juntamente com Cristo, O sacerdote não pode contar a
que é oferecido pelo sacerdote. Por isso, as
Última Ceia ao Pai sem se tornar
palavras do missal dizem "Orai, irmãos e
irmãs, para que o meu e o vosso sacrifício participante dela. Ele não pode
seja aceito por Deus Pai Todo-Poderoso...". dizer: 'Tomai todos e comei, pois
Neste momento, cumprimos aquilo que este é o meu Corpo que será
São Paulo diz aos Romanos: oferecemo-
entregue por vocês', e não viver o
nos (oferecemos a nossa vida) "como
hóstias vivas, santas e agradáveis a Deus." mesmo desejo de oferecer seu
próprio corpo, sua própria vida,
pelas pessoas confiadas para ele. É
o que acontece no exercício do seu
ministério. De tudo isso e de muitas
outras coisas, o sacerdote é
continuamente formado pela ação
da celebração." (DD 60)

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4º Passo:
Receber
É fundamental que nos preparemos para "Pedro e João foram enviados
receber as graças que Deus quer nos
conceder por meio da Sagrada Liturgia.
para fazer os preparativos para
Devemos levar a Sagrada Comunhão a comer aquela Páscoa, mas, na
sério, preparando-nos desde casa para
verdade, toda a criação, toda a
comungar bem, cultivando uma vida de
oração séria e constante, e vivendo uma história – que finalmente
vida transformada por Deus que, por sua estava prestes a se revelar como
vez, se torna transformadora para os
outros.
a história da salvação – foi uma
enorme preparação para isso.
Para isso, é importante entender a liturgia
Jantar. Pedro e os outros estão
como um dom e assumir o compromisso
de levar esse conhecimento e estilo de vida presentes naquela mesa,
adiante. É urgente e necessário inconscientes e ainda assim
compreender que o verdadeiro culto a
Deus acontece internamente, em nosso
necessários. Necessário porque
coração e alma, mas se materializa sempre todo dom, para ser dom, deve
e necessariamente externamente, como
ter alguém disposto a recebê-lo.
um transbordar do amor de Deus em nós.
Neste caso, a desproporção
entre a imensidão do dom e a
pequenez de quem o recebe é
infinita, e não pode deixar de
nos surpreender. No entanto,
pela misericórdia do Senhor, o
dom é confiado aos Apóstolos
para que seja levado todos os
homens." (DD 3)

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5º Passo:
Agradecer
Meu irmão, minha irmã (!), Deus te quis "Cada gesto e cada palavra contém
católico. Deus me quis católico! A todo uma ação precisa, sempre nova,
momento, nós precisamos agradecê-lo
porque encontra um momento
por isso. Porque isso é graça, totalmente
imerecida. sempre novo em nossa própria vida.
Vou explicar o que quero dizer com
Deus se deu a mim e a você na Eucaristia. um exemplo simples. Ajoelhamo-nos
De que maneira retribuiremos a Ele? Deus para pedir perdão, dobrar o orgulho,
quis que fôssemos levados à pia batismal,
entregar a Deus as nossas lágrimas,
pelos nossos pais e padrinhos... Deus quis
nos adotar como filhos! implorar a sua intervenção,
agradecer-lhe o dom recebido. É
Vejam a grandiosidade profunda desta sempre o mesmo gesto que, em
realidade. O Padre Antônio Vieira essência, declara nosso próprio ser
costumava dizer que "o filho natural se
pequeno na presença de Deus."
ama porque é filho, mas o filho adotivo é
filho porque se ama". (DD 53)

Nos desígnios insondáveis da providência


de Deus, Ele, que é o ser supremo e todo-
poderoso, moveu céus e terra para nos
adotar como seus filhos, porque nos amou
a todos e a cada um de nós.

Não bastasse isso, veio ao mundo, deu-se


em uma cruz e deixou-se como pão para
alimentar a nossa alma.

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