Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI

Matéria: Eclesiologia
Professor: Pe. Eduardo Nery
Aluno: Mikael Ferreira Barbosa
RGM: 20212244
Data: 20/11/2022

Trabalho sobre Constituição Dogmática

Lumen Gentium

O evento mais proeminente na Igreja na era moderna é a celebração do Concílio

Vaticano II, inaugurado pelo Papa João XXIII e concluído por Paulo VI. Desse Concílio
saíram quatro textos magistrais, entre eles o Lumen Gentium.
O Concílio Vaticano II foi uma tentativa de renovar a vida da Igreja, rever como as
coisas eram feitas e pensar a cultura da instituição. O Concílio Vaticano II foi realizado no
outono de 1963, 1964 e 1965.
A Lumen Gentium foi promulgada por Paulo VI em novembro de 1964: refere-se à
luz dos povos e refere-se a Cristo como o sol nascente. De alguma forma, a Lumen
Gentium busca desenvolver e culminar uma doutrina iniciada no Concílio Vaticano I em
1870, mas que teve que ser abruptamente cancelada devido ao início da Guerra Franco-
Prussiana.
A Lumen Gentium é um documento que não define nenhum dogma ou heresia. Não
coleta novas doutrinas. É uma reflexão sobre a vida da Igreja para esclarecer o que é,
como deve ser entendida, sua missão e sua organização.
O Concílio Vaticano II colocou a Igreja no contexto do discurso sobre Deus, que
tinha sentido teológico e se afastou das estruturas de poder para ligá-la a Deus.
Outro elemento importante é o conceito de autoridade que é entendida como um
serviço. Todas as empresas têm uma autoridade, mas na Igreja as hierarquias são
entendidas como um serviço. Fala-se do colégio dos bispos, que tem responsabilidade e
solidariedade no governo de toda a Igreja.

Esquema da Lumen Gentium

1.O Mistério da Igreja

2.O Povo de Deus
3.A constituição hierárquica da Igreja e em especial o episcopado
4.Os Leigos
5.A vocação de todos à santidade na Igreja
6.Os Religiosos
7.A índole escatológica da Igreja peregrina e a sua união com a Igreja celeste
8.A bem-aventurada virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja
1. Proêmio
2. A virgem Maria na economia da salvação
3. A virgem santíssima e a Igreja
 4. O culto da bem-aventurada virgem Maria na Igreja
5. Maria, sinal de segura esperança e de consolação para o Povo de
Deus peregrinante

O primeiro capítulo apresenta a Igreja como povo unido na unidade do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. O ponto de referência é Deus. Daí brota sua verdade profunda. O
Concílio estabelece que a Igreja faz parte do plano de Deus. Este capítulo fala primeiro do
caráter sacramental da Igreja, lugar onde se celebra a Salvação. A Igreja tem um
elemento humano e divino.

O segundo capítulo enfoca a noção de povo de Deus. Está ligada ao povo de

Israel, a antiga Aliança, com sua universalidade e sua missão. No novo povo de Deus
está a nova aliança, uma união que busca que todos os homens encontrem a Salvação. O
sacerdócio comum dos fiéis torna-se muito forte para participar de um sacerdócio, para
ensinar e anunciar uma missão para santificar.

CAPÍTULO 1 O MINISTÉRIO DA IGREJA

A vontade de Deus era enviar seu Filho unigênito; tornando-se a imagem de Deus
invisível, para que com sua obediência resgatasse a humanidade.
Configurado à sua Santa Igreja desde a origem do mundo. Cristo inaugura sua
Santa Igreja e o reino dos céus; manifestado por a palavra, as obras e Cristo. E no pão
eucarístico fazemos parte do corpo da Igreja sendo naturalmente a cabeça o mesmo
Cristo, ou seja, a Igreja é composta por duas partes: uma divina e outra humana.

A VONTADE DO PAI ETERNO SOBRE A SALVAÇÃO UNIVERSAL

Deus não apenas cria o homem mas todo o universo para dar aos homens a graça
de participar da vida divina, dando seu Filho como auxílio para o pecado, Aquele que é a
imagem de Deus invisível, primogênito de toda criatura, que configurou sua Santa Igreja
desde a origem do mundo.

A MISSÃO E O TRABALHO DO FILHO

Cristo inaugura na terra a sua Igreja e o reino dos céus. Ele como parte do mistério
efetua a redenção com sua obediência, renovando no altar com o seu sacrifício e a obra
da nossa redenção, onde o pão eucarístico constitui a Igreja como um só corpo em Cristo.

O ESPÍRITO, SANTIFICADOR DO IGREJA

O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes para santificar continuamente a

igreja, tornando os fiéis próximos do Pai por meio de Cristo no mesmo espírito. O Espírito
Santo habita na igreja e no coração os fiéis que com a palavra de Deus rejuvenesce a
Igreja.

REINO DE DEUS

Começa com a pregação das boas novas, este reino é manifestado pela palavra,
pelas obras e pela presença de Cristo. A Igreja recebe a missão de anunciar o Reino de
Cristo e estabelecê-lo no meio de todos os povos, constituindo o germe e o início do reino
de Deus.
 AS VÁRIAS FIGURAS DA IGREJA

As Sagradas Escrituras usam várias figuras para identificar e caracterizar a Igreja;

rebanho (Rebanho), campo de Deus, construção, Jerusalém do alto e nossa mãe.

A IGREJA, CORPO MÍSTICO DE CRISTO

Como participamos do mesmo pão eucarístico também fazemos parte de um único

corpo místico para estarmos unidos a Cristo Então somos todos feitos membros do
mesmo corpo.

A IGREJA, VISÍVEL E ESPIRITUAL AO MESMO TEMPO

A Igreja é composta por elementos; um divino e outro humano, a sociedade com os

fiéis, a comunidade terrena e espiritual, eles são uma única igreja, que juntos servem
como incremento da Igreja de Cristo. Esta é uma única Igreja que confessamos que é
una, santa, católica e apostólica.
O que foi confiado a Pedro e aos outros apóstolos por sua difusão e governo em
união comum com Ele, que o ergueu como coluna e fundamento da verdade e chamados
a comunicar a frutos da salvação de Cristo.

CAPÍTULO 2 O POVO DE DEUS

Deus então estabelece um novo pacto com seu povo, mas desta vez no Espírito,
para fazer seu povo profeta, sacerdote e rei. Instituir o sacerdócio dos fiéis e o ministerial,
guiado pelo Sagrado Magistério da Igreja .Todos nós participamos do mesmo testemunho
de vida, de fé.
A participação nos sacramentos, na oração, onde cada a pessoa é enriquecida com
os dons do Espírito Santo. Todos fazemos parte de uma única Igreja, católica ou não e
reconhecemos a salvação dos não-cristãos que praticam retidão e justiça.

NOVA ALIANÇA E NOVAS PESSOAS

Deus estabelece uma nova aliança com o povo de Israel; em Cristo, isto é, o novo
testamento em seu sangue, não na carne mas na água e no Espírito Santo, constituindo
um povo santo.

O SACERDÓCIO COMUM

O sacerdócio comum é composto por; Sacerdócio dos fiéis e sacerdócio ministerial

ou hierárquico. O sacerdócio ministerial em virtude do poder sagrado que possui, forma e
dirige o povo sacerdotal, realizando o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo, o
sacerdócio dos fiéis é exercido com o repetição dos sacramentos, com oração e ação de
graças.

O EXERCÍCIO DO SACERDÓCIO COMUM NO SACRAMENTOS

Os fieis, incorporados à Igreja pelo batismo, são destinados pelo ao culto da

religião cristã, tendo o dever de confessar a fé que receberam de Deus por meio da Igreja.
No sacramento da confirmação são enriquecidos pelo poder de Espírito Santo para
espalhar e estabelecer sua fé com suas palavras e obras como verdadeiras testemunhas
de Cristo.
 Participam do sacrifício eucarístico, fonte e ápice de toda a vida cristã; oferecem a
Deus a divina Vítima e se oferecem junto com ela. No sacramento da penitência obtem
perdão por suas ofensas cometidas contra Deus e à Igreja. Com a sagrada unção dos
enfermos e com a oração dos Sacerdotes, a Igreja confia ao Senhor os que sofrem, para
aliviá-los e salvá-los. Dentro da Ordem Sacerdotal estão destinados, em nome de Cristo,
a alimentar a Igreja. No sacramento do matrimônio ,para os que participam da união de
Cristo com a Igreja, ajudando-se mutuamente a santificar-se na vida conjugal, na
procriação e educação do filhos de Deus.

O SENSO DE FÉ E CARISMAS NAS PESSOAS CRISTÃS

Dos Bispos aos fiéis seculares eles participam divulgando o testemunho de vida, de
fé, que sob a direção do Sagrado Magistério manifesta o estabelecimento universal de
coisas de fé e costumes. O Espírito Santo os enriquece com seus dons, que distribui a
cada um de acordo com o que quer.

UNIVERSALIDADE E CATOLICIDADE DO POVO DE DEUS

Todos os homens são chamados a fazer parte do povo de Deus, alcançando o

mundo inteiro e todos os tempos. Recolhem todos os costumes, qualidades e riquezas
enquanto são boas, purifica, fortalece e eleva. Onde se unem todas as suas partes em
uma só Igreja. Todos os homens são admitidos, católicos ou não, nesta unidade católica
do povo de Deus.

OS FIÉIS CATÓLICOS.

São convidados a participar dos sacramentos, da profissão de fé, regime

eclesiástico, de comunhão ao corpo visível de Cristo instituído pela igreja, tudo isso
praticado com coração fervoroso.

LIGAÇÕES DA IGREJA COM OS CRISTÃOS CATÓLICO

A igreja reconhece que o Espírito deseja que todos os discípulos de Cristo se unem
em paz, então que Cristo estabeleceu um rebanho e sob um Pastor.

OS NÃO CRISTÃOS

A igreja reconhece a salvação dos não Cristãos que de acordo com suas crenças
que praticam retidão e justiça. Outras religiões, como os muçulmanos, também encontram
a salvação.

CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA.

Entende-se que este mandato conferido pelo próprio Cristo como uma missão que
a igreja pratica incansavelmente, acolhendo os ritos e as culturas do povos para sua
purificação, elevação e melhoria.