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crianças.
Encontro
OBJETIVOS:
• Apresentar às nossas crianças o que a Igreja orienta sobre os Santos e tudo que
os permeia, a sua intercessão, a comunhão dos santos e como seus exemplos
podem ser influências positivas na nossa vida.
Desenvolvimento:
Contextualização:
4.1- Se alguém nos chamasse “santos”, o mais provável é que estivesse brincando
conosco. Somos demasiado conscientes das nossas imperfeições para aceitarmos
esse título.
Perguntar às crianças o que elas entendem em ser santo? Quando fala de santidade o
que vem à cabeça? Conhecem alguma história de santos?
4.2- Significado de Santo no dicionário: Aquele que vive segundo a lei de Deus;
Dedicado a Deus; Bem-aventurado; Sagrado; Que inspira ou deve inspirar grande
respeito ou veneração; Aquele que é essencialmente puro; Aquele que morreu em
estado de graça ou santidade; Aquele que foi canonizado pela igreja (lembrando que o
processo de canonização demonstra quem teve uma vida santa, não torna a pessoa
santa, ela já era santa anteriormente); Aquele que tem qualidades superiores.
Todas essas características citadas acima, se fazem de exemplo para nós, devemos
seguir os passos dessas pessoas que estão bem próximas a Deus. Com isso também
podemos nos tornar santos um dia e ir morar no céu, onde é a morada dos santos.
Perguntar às crianças: Quem quer se tornar santo e ir morar no céu? (Cultivar essa
vontade nos pequenos é parte da nossa missão evangelizadora)!
→ A palavra comunhão significa: “união com”, e com ela queremos indicar que existe
união, uma comunicação entre as almas que o Espírito Santo tem a sua morada. Essa
comunicação refere-se em primeiro lugar a nós mesmo, que somos membros da Igreja
na terra (membros da Igreja através do Batismo).
Um só é a videira, que é Jesus Cristo e nós todos, todos os membros da Igreja são os
ramos. Existem três patamares em que os ramos (que somos nós), se encontram e
todos esses patamares estão ligados a videira da vida que é Jesus.
A comunhão dos santos significa que todos nós estamos unidos em Cristo – os santos
do céu, as almas do purgatório e nós que ainda vivemos na terra – devemos ter
consciência das necessidades dos outros.
🡪O patamar onde nós nos encontramos é o da Igreja Militante, é a igreja onde ainda
lutamos com o pecado e o erro. Se caíssem em pecado mortal, não deixaram de
pertencer à comunhão dos Santos, mas seríamos membros mortos do corpo místico e
cortaremos a comunhão com os outros membros enquanto continuássemos a excluir o
Espírito Santo da nossa alma (para retornar essa comunhão é necessário passar
receber o perdão através do sacramento da reconciliação que é a confissão).
4.5- A intercessão dos santos: Os santos lá no céu não estão tão absorvidos na sua
própria felicidade que se esqueçam das almas que deixaram atrás. Ainda que
quisessem, não o poderiam fazer. O seu perfeito amor a Deus deve incluir um amor a
todas as almas em que ele mora e pelas quais Jesus morreu. Em resumo, o amor que
os santos têm pelas almas no purgatório e pelas almas da terra não é um amor
passivo. Os santos estão ansiosos por ajudar essas almas, cujo valor infinito estão
agora em condições de apreciar como antes não podiam, a caminhar para a glória. E
se a oração de um homem bom na terra pode mover o coração de Deus, como não
será a força das orações que os santos oferecem para nós! Eles são nossos heróis de
Deus, nossos amigos.
Pelo fato de os habitantes do céu estarem unidos mais intimamente com Cristo,
consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de
interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único
mediador de Deus e dos homens,que é Cristo, com isso pela fraterna solicitude deles,
recebemos o mais valioso auxílio.
Passagem Bíblica: Apocalipse 8, 3-4 (Nessa passagem, João mostra em sua visão o
céu e faz citação as orações dos santos).
Passagem Bíblica: Desde a Igreja primitiva, os primeiros cristãos e até antes disso, “já
era um pensamento rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados”
2Mac12, 46.
4.7- Em resumo: Jesus é o único mediador entre Deus e o homem, o único mediador
que é Cristo completo, e o Cristo completo é a cabeça e suas partes. Jesus tem um
corpo místico, que é a igreja (Triunfante, padecente e militante), somos membros desse
único mediador, ele não está sozinho. Por isso devemos orar uns pelos outros, orar
pelos que estão aqui na terra (papa, família, os necessitados) e pelas almas no
purgatório, enquanto os santos lá no céu ora por nós e pelas almas no purgatório.
5- Atividade (Dinâmica):
Separar a turma em grupos e dividir entre eles história dos santos, peça que leiam e
faça a atividade voltada para aquele santo, no final peça que cada grupo conte um
pouco do que aprendeu da vida de cada santo (alguns exemplos da história dos santos
e atividade abaixo).
6- Final: Solicitar que cada criança resuma o que foi aprendido no encontro e realizar a
oração final pedindo a iluminação do Espírito Santo sobre a semana de cada criança.
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Santo Agostinho:
Mônica nasceu em 332 em Tagaste no norte da África, foi instruída na fé desde muito
pequena fazia sacrifícios e dispunha de uma grande caridade em seu coração, cresceu
dotada de virtudes e dons naturais, sua inteligência era admirável. Sempre que podia ia
sozinha à igreja, ajudava os mais pobres e demonstrava muita paciência e mansidão.
Aos 20 anos sua mão foi pedida em casamento, e foi dada como esposa a um homem
cuja personalidade e princípios pouco lhe assemelhavam. Patrício era então o seu
marido, um homem de vida pouco exemplar e que era indiferente às coisas da religião,
não era um bom companheiro, rude, ciumento, agressivo, e até infiel, muitas lágrimas
arrancou de Mônica. Ela apenas redobrava suas orações e sacrifícios implorando ao
bom Deus a conversão de seu marido. Mônica teve 3 filhos: Agostinho, Navigio e
Perpétua, que se tornou religiosa. Agostinho era o mais velho e lhe causou muitas
tristezas, ver a perdição de seu filho pelo afastamento da verdade só podia lhe causar
grande dor, mas não desistiu de sua luta, quis seguir em oração e sacrifícios pela
conversão de seu filho.Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou
dizendo: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Depois de 33 anos de muitas orações Agostinho se converte e encontra a verdade, e
encaminha todos os seus talentos para igreja de Deus, assim avança a trajetória do
grande doutor da igreja, Santo Agostinho. Quando Agostinho escreveu em seus livros
sobre sua mãe, ele disse: "ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em
direção à fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus.“ Santa
Mônica deixou para todas as mães o ensinamento de que além de educar os filhos
para viverem em sociedade, é preciso também educá-los para Deus.
São Tarcísio:
Tarcísio nasceu e viveu por volta do ano 250-260 era um jovem acólito, que viveu
durante as perseguições aos cristãos.
Durante a perseguição de Valeriano, imperador de Roma (253-260), muitos cristãos
foram presos e martirizados. Enquanto estavam na prisão esperando a morte, esses
cristãos desejavam receber a Santa Eucaristia para se fortalecerem com o Corpo de
Cristo a cada dia. Um diácono era enviado às prisões, para levar a Eucaristia aos
cristãos que estavam condenados à morte, mas era muito difícil entrar nas cadeias com
a Santa Comunhão. Um dia, o Papa Sisto II queria, mas não podia levar a Eucaristia
aos presos antes de serem mortos, pois não havia diáconos disponíveis, então com
apenas 12 anos de idade, Tarcísio se ofereceu para fazer este serviço. Ele dizia estar
disposto a até mesmo dar a sua vida para que as hóstias sagradas não caíssem nas
mãos dos pagãos. Caminhava firme pelas ruas, quando alguns meninos pagãos, seus
conhecidos, o chamaram para brincar. Tarcísio se desculpou, dizendo estar com
pressa. Um rapaz pegou-o pelo braço e quis forçá-lo, Tarcísio resistiu, então
perceberam que ele segurava algo. Curiosos perguntaram o que era. Não atendendo
às suas exigências, tentaram arrancar o segredo de suas mãos. Uma pessoa que
passava pelo local, vendo a confusão, disse: "Ele leva o Deus dos cristãos!" Então, os
rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força as Santas Hóstias.
Eles espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto,
segurava as Santas Hóstias com força sobrenatural. Em agonia, foi levado ao
sacerdote, chegou ali sem vida, mas apertado ao peito ainda conservava um pequeno
pedaço de linho. A tradição oral nos conta que o corpo de São Tarcísio não foi
encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem na sua roupa. Explicou-se
que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, se tinha
tornado carne da sua carne, formando de tal modo com o seu corpo uma única hóstia
imaculada, ofertada a Deus.