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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO → Turma 1º etapa e novas

crianças.

DICAS PARA ENCONTROS DE CATEQUESE INFANTIL

CONFIRA ALGUMAS DICAS:

• Adapte a linguagem dos encontros e das atividades à faixa etária da turma. É


importante traduzir os ensinamentos de uma forma clara e simples. Isso será
importante também na hora de escolher os livros e materiais de apoio para as
aulas.

• Procure atividades, dinâmicas e jogos para complementar as lições. É


importante que os encontros sejam agradáveis e interessantes.

• Conheça bem a turma. É importante entender a realidade, o cotidiano, o grau de


instrução, o contexto social em que os catequizandos estão inseridos e a
diferença entre eles, para estar cada vez mais próximo.

• Atualmente, as crianças também estão inseridas no mundo digital e expostas à


mídia: TV, internet. Por isso é bom estar atento aos desenhos, jogos, às marcas
e brincadeiras da época, para saber dialogar e argumentar.

• Estude a doutrina da Igreja e a Bíblia. Aprofunde-se nos estudos para


compreender a fé e esteja sempre atualizado.

• Compartilhe experiências pessoais. Testemunhe aquilo que vive, fale sobre


aquilo que acredita e esteja disposto a dar exemplo com sua própria vida.

Encontro

TEMA: Nossos Amigos/ Os Santos

OBJETIVOS:

• Apresentar às nossas crianças o que a Igreja orienta sobre os Santos e tudo que
os permeia, a sua intercessão, a comunhão dos santos e como seus exemplos
podem ser influências positivas na nossa vida.
Desenvolvimento:

1- (Preparar o ambiente de acordo com a realidade da comunidade, deixar sobre uma


mesa a cruz, vela, a bíblia em destaque e imagens de alguns santos que tenha
disponível).

2- Receber as crianças com muita alegria, com alguma música de preferência.

3- Antes da oração inicial, estimular a realizar as orações espontâneas (relembrar


como deve ser nossas orações – Dar graças a Deus; Agradecer; Arrepender e Pedir a
graça que se quer alcançar). Estimular a falarem como foi o último encontro e sobre
como estão vivendo a quaresma e perguntar quem participou da semana das dores de
Maria e como foi participar desse momento. Relembrar que estamos chegando ao final
desse tempo de penitência e logo teremos a festa da páscoa (inserir a criança nos
tempos da igreja).

Fazer a oração inicial.

4- Relembrar o último encontro e trazer menção ao tema. Introduzir e especular


algumas dúvidas e o que elas sabem sobre os 10 mandamentos e os mandamentos da
Igreja.

Contextualização:

4.1- Se alguém nos chamasse “santos”, o mais provável é que estivesse brincando
conosco. Somos demasiado conscientes das nossas imperfeições para aceitarmos
esse título.

Perguntar às crianças o que elas entendem em ser santo? Quando fala de santidade o
que vem à cabeça? Conhecem alguma história de santos?

Quando se elogia a obra de um artista, honra-se o artista, os santos são as


obras-primas da graça de Deus, quando os honramos, honramos aquele que os fez, o
seu redentor e santificador. Cada alma que está no céu é um santo. Por esta razão,
além das festas especiais dedicadas a alguns dos santos canonizados, a Igreja dedica
um dia do ano a honrar toda a Igreja triunfante (vamos falar desta igreja mais à frente),
é a festa de todos os santos, no primeiro de Novembro.

4.2- Significado de Santo no dicionário: Aquele que vive segundo a lei de Deus;
Dedicado a Deus; Bem-aventurado; Sagrado; Que inspira ou deve inspirar grande
respeito ou veneração; Aquele que é essencialmente puro; Aquele que morreu em
estado de graça ou santidade; Aquele que foi canonizado pela igreja (lembrando que o
processo de canonização demonstra quem teve uma vida santa, não torna a pessoa
santa, ela já era santa anteriormente); Aquele que tem qualidades superiores.
Todas essas características citadas acima, se fazem de exemplo para nós, devemos
seguir os passos dessas pessoas que estão bem próximas a Deus. Com isso também
podemos nos tornar santos um dia e ir morar no céu, onde é a morada dos santos.
Perguntar às crianças: Quem quer se tornar santo e ir morar no céu? (Cultivar essa
vontade nos pequenos é parte da nossa missão evangelizadora)!

🡺 4.3- Proclamamos ao recitar o credo, dizemos ao final: “Creio na comunhão dos


santos...” – O que isso significa?

→ A palavra comunhão significa: “união com”, e com ela queremos indicar que existe
união, uma comunicação entre as almas que o Espírito Santo tem a sua morada. Essa
comunicação refere-se em primeiro lugar a nós mesmo, que somos membros da Igreja
na terra (membros da Igreja através do Batismo).

Um só é a videira, que é Jesus Cristo e nós todos, todos os membros da Igreja são os
ramos. Existem três patamares em que os ramos (que somos nós), se encontram e
todos esses patamares estão ligados a videira da vida que é Jesus.

A comunhão dos santos significa que todos nós estamos unidos em Cristo – os santos
do céu, as almas do purgatório e nós que ainda vivemos na terra – devemos ter
consciência das necessidades dos outros.

Passagem Bíblica: João 15, 5.

4.4- Precisamos entender esses patamares para compreendermos a intercessão e a


importância dos Santos. Esses patamares se chamam: Igreja Triunfante, Igreja
Padecente e Igreja Militante.

🡪O patamar mais elevado é a Igreja


triunfante, é composta pelas almas dos
bem-aventurados que já se encontram no
céu, é a morada eterna.

🡪 A Igreja Padecente, são as almas do


purgatório, elas também são membros da
comunhão dos santos. Estão confirmadas
na graça para sempre, ainda que tenham
que purificar-se dos seus pecados veniais e
das suas dívidas de penitência. Não podem
ver a Deus ainda, mas o Espírito Santo
está com elas e nelas, e nunca o poderão perder.

🡪O patamar onde nós nos encontramos é o da Igreja Militante, é a igreja onde ainda
lutamos com o pecado e o erro. Se caíssem em pecado mortal, não deixaram de
pertencer à comunhão dos Santos, mas seríamos membros mortos do corpo místico e
cortaremos a comunhão com os outros membros enquanto continuássemos a excluir o
Espírito Santo da nossa alma (para retornar essa comunhão é necessário passar
receber o perdão através do sacramento da reconciliação que é a confissão).

OBSERVAÇÃO: As Igrejas (militante, padecente e triunfante) não se tratam de três


Igrejas diferentes, mas uma única Igreja em três estados diferentes.

4.5- A intercessão dos santos: Os santos lá no céu não estão tão absorvidos na sua
própria felicidade que se esqueçam das almas que deixaram atrás. Ainda que
quisessem, não o poderiam fazer. O seu perfeito amor a Deus deve incluir um amor a
todas as almas em que ele mora e pelas quais Jesus morreu. Em resumo, o amor que
os santos têm pelas almas no purgatório e pelas almas da terra não é um amor
passivo. Os santos estão ansiosos por ajudar essas almas, cujo valor infinito estão
agora em condições de apreciar como antes não podiam, a caminhar para a glória. E
se a oração de um homem bom na terra pode mover o coração de Deus, como não
será a força das orações que os santos oferecem para nós! Eles são nossos heróis de
Deus, nossos amigos.

Pelo fato de os habitantes do céu estarem unidos mais intimamente com Cristo,
consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de
interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único
mediador de Deus e dos homens,que é Cristo, com isso pela fraterna solicitude deles,
recebemos o mais valioso auxílio.

Passagem Bíblica: Apocalipse 8, 3-4 (Nessa passagem, João mostra em sua visão o
céu e faz citação as orações dos santos).

4.6- A importância de rezar pelas almas no purgatório: Como membros da comunhão


dos santos, nós que ainda estamos na terra devemos orar pelas benditas almas do
purgatório. Agora, elas não podem ajudar-se: o seu tempo de merecimento passou.
Mas nós, sim, podemos fazê-lo, pedindo para elas o favor de Deus. Podemos aliviar os
seus sofrimentos e abreviar seu tempo de espera no céu com nossas orações, com as
missas que oferecemos ou fazemos oferecer por elas. Não sabemos se as almas do
purgatório podem interceder por nós ou não, mas sabemos que, quando estiverem
entre os santos do céu, se recordarão certamente daqueles que se lembraram delas
nas suas necessidades, e serão suas especiais intercessoras diante de Deus.

Passagem Bíblica: Desde a Igreja primitiva, os primeiros cristãos e até antes disso, “já
era um pensamento rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados”
2Mac12, 46.

4.7- Em resumo: Jesus é o único mediador entre Deus e o homem, o único mediador
que é Cristo completo, e o Cristo completo é a cabeça e suas partes. Jesus tem um
corpo místico, que é a igreja (Triunfante, padecente e militante), somos membros desse
único mediador, ele não está sozinho. Por isso devemos orar uns pelos outros, orar
pelos que estão aqui na terra (papa, família, os necessitados) e pelas almas no
purgatório, enquanto os santos lá no céu ora por nós e pelas almas no purgatório.

5- Atividade (Dinâmica):

Separar a turma em grupos e dividir entre eles história dos santos, peça que leiam e
faça a atividade voltada para aquele santo, no final peça que cada grupo conte um
pouco do que aprendeu da vida de cada santo (alguns exemplos da história dos santos
e atividade abaixo).

Obs.: essas são algumas sugestões.

6- Final: Solicitar que cada criança resuma o que foi aprendido no encontro e realizar a
oração final pedindo a iluminação do Espírito Santo sobre a semana de cada criança.

Estimulá-las a levarem os ensinamentos aprendidos para a família.

Obs: O roteiro e os passos do encontro cada catequista pode se organizar de


acordo com cada realidade.

Referências: Catecismo da igreja Católica; Site: padrepauloricardo.org; Atividades: Site da


Santa Atividade.
São Padre Pio:

Nasceu em Pietrelcina na Itália em 25 de maio de 1887. Desde criança manifestou


interesse pelas coisas de Deus, não faltava às Missas e orações. Ainda menino
mostrava grande admiração por Nossa Senhora e Jesus, tornando-se também amigo
do seu Anjo da Guarda, pedindo ajuda sempre que possível, ele sabia que o que os
anjos mais querem é conduzir seus “guardados” para Deus. Aos 15 anos entrou para o
seminário e foi ordenado sacerdote 8 anos depois. Ele tinha grande compaixão pelo
sofrimento das pessoas, por isso, logo percebeu que sua missão sacerdotal era a de
acolher em si o sofrimento do povo. A confirmação disso foram os estigmas (furos nas
mãos que Jesus tinha pela sua crucificação) de Cristo que Padre Pio recebeu em seu
próprio corpo e que duraram mais de 50 anos. Através do padre Pio, Deus queria
aliviar o sofrimento do seu povo. E, de fato, todos os que o procuravam saiam
reconfortados. Padre Pio entregou-se inteiramente ao Ministério da Confissão, pois ele
sabia que esta é uma das maneiras mais eficientes e maravilhosas que Jesus Cristo
deixou para aliviar os sofrimentos do coração. Por isso, Padre Pio passava até 14
horas por dia no confessionário. Em muitos casos, quando o fiel não tinha coragem de
confessar um pecado grave, Padre Pio o revelava por inspiração divina. Isso ajudava
muito os fiéis a se libertarem de seus males. Padre Pio queria aliviar não somente o
sofrimento espiritual das pessoas, mas também o sofrimento físico. Por isso, teve a
inspiração de construir um grande hospital, que ele deu o nome de "Casa Alívio do
Sofrimento". Esta obra maravilhosa tornou-se referência em toda a Europa. Padre Pio
morreu em 23 de Setembro de 1968 e foi canonizado em 2002 pelo papa João Paulo II.

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Santo Agostinho:

Nasceu em Tagaste no norte da África em 13 de Novembro de 354, seu pai se


chamava Patrício e não tinha religião, já sua mãe era uma cristã fervorosa e depois se
tornou santa também, seu nome é Santa Mônica e sempre tentava educar seus filhos
na fé, Agostinho porém, por causa do exemplo do pai, não se importava com a fé. Com
dezessete anos, foi para Cartago estudar retórica. Lá estudou uma doutrina
maniqueísta e se tornou hedonista (que é uma doutrina pagã, não acredita na religião).
Durante todo esse tempo, Santa Mônica rezava pela conversão do filho. Depois das
buscas incessantes pela verdade, Agostinho finalmente se rendeu à coerência da
mensagem de Jesus Cristo e encontrou em Jesus o que não encontrara em nenhuma
outra filosofia, em nenhum outro mestre. Assim, foi em Milão por Santo Ambrósio,
durante uma vigília Pascal. A partir de então, passou a escrever contra o maniqueísmo,
que ele conhecia tão bem e tantas outras importantes obras que embasam a fé
católica, ele se tornou um doutor da Igreja. Santo Agostinho morreu em 28 de agosto
de 430
Santa Mônica:

Mônica nasceu em 332 em Tagaste no norte da África, foi instruída na fé desde muito
pequena fazia sacrifícios e dispunha de uma grande caridade em seu coração, cresceu
dotada de virtudes e dons naturais, sua inteligência era admirável. Sempre que podia ia
sozinha à igreja, ajudava os mais pobres e demonstrava muita paciência e mansidão.
Aos 20 anos sua mão foi pedida em casamento, e foi dada como esposa a um homem
cuja personalidade e princípios pouco lhe assemelhavam. Patrício era então o seu
marido, um homem de vida pouco exemplar e que era indiferente às coisas da religião,
não era um bom companheiro, rude, ciumento, agressivo, e até infiel, muitas lágrimas
arrancou de Mônica. Ela apenas redobrava suas orações e sacrifícios implorando ao
bom Deus a conversão de seu marido. Mônica teve 3 filhos: Agostinho, Navigio e
Perpétua, que se tornou religiosa. Agostinho era o mais velho e lhe causou muitas
tristezas, ver a perdição de seu filho pelo afastamento da verdade só podia lhe causar
grande dor, mas não desistiu de sua luta, quis seguir em oração e sacrifícios pela
conversão de seu filho.Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou
dizendo: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Depois de 33 anos de muitas orações Agostinho se converte e encontra a verdade, e
encaminha todos os seus talentos para igreja de Deus, assim avança a trajetória do
grande doutor da igreja, Santo Agostinho. Quando Agostinho escreveu em seus livros
sobre sua mãe, ele disse: "ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em
direção à fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus.“ Santa
Mônica deixou para todas as mães o ensinamento de que além de educar os filhos
para viverem em sociedade, é preciso também educá-los para Deus.
São Tarcísio:

Tarcísio nasceu e viveu por volta do ano 250-260 era um jovem acólito, que viveu
durante as perseguições aos cristãos.
Durante a perseguição de Valeriano, imperador de Roma (253-260), muitos cristãos
foram presos e martirizados. Enquanto estavam na prisão esperando a morte, esses
cristãos desejavam receber a Santa Eucaristia para se fortalecerem com o Corpo de
Cristo a cada dia. Um diácono era enviado às prisões, para levar a Eucaristia aos
cristãos que estavam condenados à morte, mas era muito difícil entrar nas cadeias com
a Santa Comunhão. Um dia, o Papa Sisto II queria, mas não podia levar a Eucaristia
aos presos antes de serem mortos, pois não havia diáconos disponíveis, então com
apenas 12 anos de idade, Tarcísio se ofereceu para fazer este serviço. Ele dizia estar
disposto a até mesmo dar a sua vida para que as hóstias sagradas não caíssem nas
mãos dos pagãos. Caminhava firme pelas ruas, quando alguns meninos pagãos, seus
conhecidos, o chamaram para brincar. Tarcísio se desculpou, dizendo estar com
pressa. Um rapaz pegou-o pelo braço e quis forçá-lo, Tarcísio resistiu, então
perceberam que ele segurava algo. Curiosos perguntaram o que era. Não atendendo
às suas exigências, tentaram arrancar o segredo de suas mãos. Uma pessoa que
passava pelo local, vendo a confusão, disse: "Ele leva o Deus dos cristãos!" Então, os
rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força as Santas Hóstias.
Eles espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto,
segurava as Santas Hóstias com força sobrenatural. Em agonia, foi levado ao
sacerdote, chegou ali sem vida, mas apertado ao peito ainda conservava um pequeno
pedaço de linho. A tradição oral nos conta que o corpo de São Tarcísio não foi
encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem na sua roupa. Explicou-se
que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, se tinha
tornado carne da sua carne, formando de tal modo com o seu corpo uma única hóstia
imaculada, ofertada a Deus.

Os coroinhas ou acólitos são um grupo de crianças


e adolescentes que auxiliam o padre ou celebrante
nos serviços das Celebrações Litúrgicas. Estes
jovens e crianças realizam funções que são
indispensáveis, especialmente nas Santas Missas.
Ajudam a preparar o altar, a manusear os livros e
objetos litúrgicos utilizados, a organizar procissões,
e sempre estão prontos para qualquer serviço que
seja necessário para uma boa celebração. O desejo
dos coroinhas é tratar com respeito todas as
pessoas da comunidade, servindo ao Altar de Deus
e atuando ativamente na vida dela. Suas principais
características são: responsabilidade, compromisso,
humildade e disponibilidade para servir. Por isso,
São Tarcísio é conhecido como padroeiro dos
coroinhas e acólitos.

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