Você está na página 1de 19

Capítulo 3

Como Deus nos fez:


nossa Identidade
Formador: Fábio Alvarenga
1. Batismo no Espírito Santo
• O Batismo no Espírito Santo é o eixo central da nossa
identidade. O desejo do Pai é que sejamos pessoas cheias do
Espírito Santo! Com efeito, somente cheios do Espírito Santo é
que nos reconhecemos amados por Deus e podemos
corresponder ao seu projeto, viver segundo à sua vontade,
como filhos e filhas salvos por Jesus, o Primogênito.
• Introduz em uma espécie de sala ainda mais ampla: a vida no
Espírito.
Nesse sentido, o Cardeal Cantalamessa nos ensina: “O batismo
no Espírito não é, por- tanto, o fim ou o “non plus ultra” da
santidade; pelo contrário, ele entra no âmbito do que os
doutores chamaram “as graças iniciais”. Ajuda a ser
“fervorosos no Espírito” (Rm 12,11), isto é, a entrar no estado
em que se realizam as ações a serviço de Deus “com solicitude,
constância e com alegria” (Ungidos pelo Espírito, Frei Raniero
Cantalamessa)
• S. Lucas 11, 13
• Patti Mansfield que assim rezou: “Senhor, se o Teu Espírito
pode fazer mais em mim, eu quero.”
• É, pois, preciso pedir sempre porque Deus não pode (porque
não quer) nos negar o Seu Espírito. Com efeito, devemos
pedir sempre o derramamento do Espírito sobre nós, até
porque esta experiência impactante não confere uma
transformação alienante ou instantânea; é um caminho
contínuo e gradativo de configuração da vida à Graça.
2. O Louvor
• Salmos 39,4
• O derramar do Espírito Santo – Até 2, 7.11
• A experiência do dia de Pentecostes
• O Louvor que liberta – O louvor nos faz exercitar o
poder transformante de Deus, o poder de Deus que nos
liberta do pecado e nos assemelha a Jesus.
• A oração de louvor - grito de fé em meio a toda tribulação,
carrega um poder de libertação e consagração. A expressão
"sacrifício de louvor", que aparece tanto no Antigo quanto
no Novo Testamento, manifesta isso. Na Carta aos Hebreus,
no capítulo 13, versículo 15, ela aparece do seguinte modo:

"Por Ele (Jesus) oferecemos a Deus sem cessar sacrifícios


de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram o Seu
nome."
• O louvor na oração Eucarística - A Igreja nos ajuda a
redescobrir o valor curador do louvor, fazendo-nos rezar
assim:

“Ainda que nossos louvores não vos sejam necessários, vós


nos concedeis o dom de vos louvar. Eles nada acrescentam
ao que sois, mas nos aproximam de vós por Jesus Cristo,
vosso Filho e Senhor nosso”. (Prefácio Comum IV)
• O Grupo de Oração é espaço privilegiado para o Louvor.

O louvor então é prenúncio de milagres, manifestação


poderosa da ação de Deus na nossa vida. O louvor, expressão
mais pura de amor a Deus, nos faz reconhecer Sua fidelidade
e perfeição em meio a todas as circunstâncias da vida,
preservando nosso foco n'Ele, mesmo que as circunstâncias
sejam adversas. Ainda hoje, o louvor é o melhor antídoto para
a confusão que tantas vezes nos cerca em nossos dias.
Por isso o louvor deve ocupar um lugar privilegiado na nossa
oração pessoal e no nosso grupo de oração. Nossos grupos de
oração são lugares onde as pessoas recebem o poder de Deus
para vencer o pecado, serem transformadas para tornarem-se
semelhantes a Cristo Jesus e serem capacitadas para
testemunhar o Evangelho.
A Palavra de Deus
• Conhecer e amar a Deus, participar de sua vida feliz, bem-aventurada e
caminhar seguramente pela via que leva à salvação, esta é a vida do
homem aqui na terra, este é o desejo de Deus para cada um de nós. Para
que pos- samos conhecê-lo e amá-lo e sermos felizes e plenos na nossa
vocação, Deus se revela, fala conosco. A Bíblia é Deus falando conosco, é
a sua carta de amor para nós, indicando-nos como viver a nossa vida para
crescer espiritu- almente e experimentar a sua bondade e a sua presença a
nos conduzir. “Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma
luz em meu caminho” (SI 118,105).
• “No início e uma vez por todas, o Espiri to inspirou a
Escritura e, agora, todas as vezes em que a abrimos, a
Escritura sopra o Espírito Santo! São inspirações que
movem a nossa vontade para o bem, iluminações que
aclaram a nossa mente, afetos do coração“ ( São João da
Cruz).
• O Pai diz a Palavra, que é Jesus, e o Espírito Santo a
encarna em nós. Por isso, existe a necessidade absoluta de
orar com a Palavra para que ela se encarne em nós e nos
cure e transforme.
• Santo Agostinho
Carismas para a Evangelização

• O primeiro dom é o dom do próprio Espírito. Com o


Espírito vieram os dons do Espírito. Assim, os carismas
são manifestações do Espírito que habita em nós, são
sinais do Espírito que faz de nós seus templos e torna-
se visível nos dons.
De acordo com o Catecismo Da Igreja Católica (799): “os
carismas são graças do Espírito Santo que direta ou
indiretamente, tem uma utilidade eclesial, pois são ordenados à
edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do
mundo”. O Catecismo também ensina que os carismas “são uma
maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para
a santidade do corpo de Cristo” (800). Portanto, os carismas são
ferramentas ou capacitações que o Espírito Santo concede para
exercer um serviço ou ministério na Igreja servem à
evangelização e são para o bem comum, para servir à edificação
da comunidade, para auxiliar na tarefa de evangelização”.
• Os carismas do Espírito são inúmeros, além da profecia,
palavra de ciência, palavra de sabedoria, o dom da fé, o dom
de curar doenças e o dom de milagres, o discernimento dos
espíritos, a variedade de línguas e a interpretação das línguas,
existem muitos outros dons e funções de serviço relacionadas
direta- mente ao bem da comunidade cristã. Na Igreja, Deus
constituiu apóstolos, profetas, doutores, concedeu o dom de
curar, de socorrer e de governar (cf 1 Cor 12,28). Portanto, as
funções de serviço, como a de apóstolo, profeta, mestre,
pregador, evangelista, colaborador, administrador, e aquele
que se engaja nas obras de misericórdia, são todas assistidas
pelos dons do Espírito.
Vivência Fraterna

A experiência pessoal com Jesus, a partir do Batismo no


Espírito Santo, muda radical- mente a nossa vida. Nasce
em nosso coração o desejo de ser comunidade, de estar
com os irmãos. Não conseguimos mais viver a nossa fé
da mesma forma, sozinhos, no isolamento, mas somos
impulsionados a estar com os irmãos.


• A palavra “irmão” começa a ter maior sentido em nossa
vida. É assim que começamos a nos chamar, a nos tratar, e é
isso que somos, irmãos em Cristo, Filhos do Mesmo Pai. No
Grupo de Oração formamos uma pequena comunidade de
irmãos, uma família! Uma família onde cada um tem um
jeito de ser, onde um completa o outro, onde o amor de Deus
transborda de coração para coração.
No ano de 2016 o Conselho Nacional da RCC, inspirado pelo
Senhor Jesus, viveu um Retiro na Terra Santa e no primeiro
momento o Senhor fez um chamado à unidade. "Sem unidade
não há crescimento fraterno". O Senhor falou ainda em
profecia: "Eu vos trouxe aqui para vos ensinar a servir, a
serem irmãos, a serem família, a lavarem os pés uns dos
outros, a serem disponíveis ao serviço, como Minha Mãe se
disponibilizou à sua prima Isabel".
• Ser família Renovação Carismática Católica, esse é o nosso
chamado! Família Grupo de Oração! Família de perto e de
longe! Na família somos "nós mesmos", não temos "más-
caras", ali revelamos quem somos de verdade e como
estamos. Podemos até tentar esconder o que estamos
sentindo, mas não por muito tempo, pois pela nossa forma de
agir as pessoas que moram conosco sabem como estamos.
Assim deve ser com aqueles que convivem conosco no
Grupo de Oração. Um olhar já basta para entendermos o que
queremos expressar. Isso se dá pela convivência, pela
vivência fraterna.
“Quem ama, faz sempre comunidade;
não se fica nunca sozinho”.
(Santa Teresa D’Ávila)

Você também pode gostar