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Esculpiu a forma do homem no órgão feminino, um dos orixás mais antigos assim como
ODUDUWÁ. Há caminhos de OBATALÁ divididos em aspectos masculinos e femininos. Dos
mais antigos OBATALÁS são da primeira união composta por: OXALUFON e ORIXÁ AYÉ.
OBATALÁ é também o rei que brilha, o rei que veste branco. Deidade da paz e da pureza, seu
nome poderia significar: O rei que brilha em cima, OBÁ-rei TA-brilhar LA-em cima.
De fato, OBATALÁ representa a parte superior do esquema terrestre, quer dizer, ar, cabeças,
parte aérea das plantas, elevações, etc.
Seu companheiro inseparável é OKE, o orixá das elevações, montes, montanhas, picos, etc.
Este orixá tem sido, por muitas vezes, erroneamente considerado como o ELEGBARA de
OBATALÁ.
No Odú de IFÁ OGBE DI, OBATALÁ fez o sacrifício de 201 OBIS AGBON (cocos) e AGBO
FUNFUN (carneiro branco), com isso deixando-o como o supremo orixá do panteão YORUBÁ.
E foi no odú IRETE BEMORE que OBATALÁ dá o comando absoluto, claro para EXÚ para
comandar a terra.
Seus sacerdotes são chamados de IWIN (nome semelhante dado aos espíritos que vivem nas
árvores, já que é dito que OBATALÁ, para cada humano, fez uma árvore), eles se vestem todo
o tempo de branco, eles usam um colar de contas brancas e os atributos dedicados a eles são
feitos de marfim e prata ou outros metais ou materiais de aparência muito similar.
Suas comidas favoritas são ovos, manteiga de cacau, o obi agbon ou kolá branco, cocos, Orí
(banha de ori), frutas brancas, vinho de palma, Akara (bolinho de feijão) caramujo ou IGBIN
(estes fazem lembrar o fluído espermático masculino). Para suas refeições é adicionado o
chamado EFUN que não é mais que um certo tipo de argila ou lama processada que foi o
primeiro condimento usado pelos Yorubás substituindo o sal.
OKÉ, ORIXÁ ADEMA, ORIXÁ OGAN, ORIXÁ AGBALÁ, YÁ MOKUÓ, AYALÁ, etc.
Seu AJERE (receptáculo) é colocado sempre acima de todos os orixás e eborás. Este deve
sempre ser branco, forrado de algodão por dentro e por fora, dando alusão a nuvens, ainda que
existam exceções de caminhos onde não se utiliza o algodão, AJAGUNA, por exemplo. Este
orixá detesta bebidas alcoólicas, o sal, a pólvora e os ruídos, barulhos.
É proibido aos seus omós montar a cavalo, devida a penosa situação que passou OBATALÁ
quando foi buscar o seu filho XANGÔ e foi acusado de ter roubado o cavalo do rei que era
nesse momento seu próprio filho (OSÁ MEJI).
Geralmente sua aparência física é de um senhor velho e encurvado, lento em seus movimentos
(em outros caminhos é jovem e ereto) e utiliza um bastão que é chamado de OPAXORÓ ou
OZUN de OBATALÁ que é uma vara metálica de cor comumente branca dando semelhança a
vara invisível existente que se estende do céu à terra. Este OZUN é coberto em sua parte
superior por um pano branco (embaixo desse pano se esconde a vida e a morte), guardando a
aparência do órgão fálico ou de um espermatozoide.
Todos os seus EWÉS (ervas) são de tonalidades brancas ou de flores ou de frutas brancas.
OBATALÁ nasceu sob o reinado inicial do ODÚ BABA EJIOGBE, foi criado por OLORUN, que
o deixou absolutamente responsável por todas as coisas do céu e da terra, depois de se
aposentar para o infinito. Foi então que OBATALÁ criou o corpo humano e depois de
OBATALÁ é que veem todas as divindades do panteão YORUBÁ, por isso, é considerado
BABÁ-pai dos orixás e BABA de todos os mortais.
Ifá Ni L’Órun
https://ifanilorun.com.br/?p=2929#more-2929
https://www.vetorial.net/~rakaama/o-obatala.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Obatal%C3%A1
http://linhadasaguas.com.br/odu-osa-a-alienacao/
https://www.lojapierreverger.org.br/ofun-odu-adajo-ocolecao-de-destinos-vol-1 - comprar
Oxalá
Oxalá é um nome genérico de vários Òrìxá funfun (branco), como são chamados diversos
Orixás africanos no Brasil relacionados à cor branca e à criação do mundo.
Oxalufon, ou Orìsà Olúfón, segundo relato de Pierre Verger, na África é velho e sábio, cujo
templo é em Ifon, na nigéria, Estado de Lagos, pouco distante de Oxogbô. Seu culto
permanece ainda relativamente bem preservado nessa cidade tranquila, que se caracteriza
pela presença de numerosos templos, igrejas católicas e protestantes e mesquitas que atraem,
todas elas, aos domingos e sextas-feiras, grande número de fiéis de múltiplas formas de
monoteísmos importados de outros países. Em contraste com essa afluência, o dia da semana
iorubá consagrado a Orìsànlá só interessa atualmente a pouca gente. Exatamente um pequeno
núcleo de seis sacerdotes, os Ìwèfà méfà (Aájè, Aáwa, Olpuwin, Gbògbò, Aláta e Ajíbódù)
ligados ao culto de Orìsà Olúfón.
A cerimônia de saudações ao rei de dezesseis em dezesseis dias pelos Ìwèfà e pelos Olóyè
chama a atenção pela calma, simplicidade e dignidade. O rei Olúfón espera sentado à porta do
palácio reservada só para ele e que dá para o pátio. Ele está vestido com um pano e gorro
brancos. Os Olóyè avançam, vestidos de tecido branco amarrado no ombro esquerdo, e
seguram um grande cajado. Aproximam-se do rei, param diante dele, colocam o cajado no
chão, tiram o gorro, ficam descalços, desatam o tecido amarram-no à cintura. Com o torso nu
em sinal de respeito, ajoelham-se e prostram-se várias vezes, ritmando, com uma voz
respeitosa, um pouco grave e abafada, uma série de votos de longa vida, de calma, felicidade,
fecundidade para suas mulheres, de prosperidade e proteção contra os elementos adversos e
contra as pessoas ruins. Tudo isso é expresso em uma linguagem enfeitada de provérbios e de
fórmulas tradicionais. Em seguida os Olóyè e os Ìwèfà vão sentar-se de cada lado do rei,
trocando saudações, cumprimentos e comentários sobre acontecimentos recentes que
interessam à comunidade. A seguir, o rei manda servir-lhes alimentos, dos quais uma parte foi
colocada diante do altar de Òsàlúfón, para uma refeição comunitária com o deus.
Oxalá encabeça a família dos orixás funfun, os orixás brancos, que usam o ẹfun (giz branco)
para enfeitar o corpo, dos quais há 154, segundo Pierre Verger, que cita os seguintes:
Òrìşá Ọbaníjìta;
Òrìşá Àkirè ou Ìkirè, um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo-mudo aquele
que o negligencia;
Òrìşá Aláşẹ ou Olúorogbo, que salvou o mundo fazendo chover num período de seca
Òrìşá Olójo;
Òrìşá Àrówú;
Òrìşá Oníkì;
Òrìşá Onírinjà;
Òrìşá Ajagẹmọ, para o qual, durante sua festa anual em Ẹdẹ, dança-se e representa-se com
mímicas um combate entre ele e Olunwi, no qual este último sai vencedor e aprisiona seu
adversário. Mas tarde Òrìşá Ajagẹmọ é libertado e volta triunfante para seu templo. Ulli Beier
sugere que nesta representação poderia haver uma espécie de reconstituição da conquista do
reino Igbô por Odùduà, da derrota de Orixalá no plano temporal e de sua vitória final no plano
espiritual.
Òrìşáko em Oko;
A todos esses orixás funfun são feitas oferendas de alimentos brancos, como pasta de inhame,
milho, caracóis e limo da costa. O vinho, o azeite de dendê e o sal são as principais interdições.
As pessoas que lhes são consagradas devem sempre vestir-se de branco, usar colares da
mesma cor e pulseiras de estanho, chumbo ou marfim. A rigor, deveriam ser os únicos a serem
chamados orixás, sendo os outros designados pelos próprios nomes ou então, sob a
denominação mais geral de ebora para os deuses masculinos. O termo imọlẹ abrangeria o
conjunto dos deuses iorubás. O ritual de adoração de todos os orixás funfun é tão semelhante
que, em alguns casos, é difícil saber se se trata de divindades distintas ou de nomes e
manifestações diferentes de Oxalá.
Enquanto Deus faria os corpos brutos, Òòsàálá faria os olhos, os narizes, as orelhas e outras
partes dos corpos. É também chamado de "Ate-re-re-kaiye, Olódùnmarè".
Os Yorùbás rezam para que Òòsàálá favoreça as mulheres grávidas e, para agradá-lo, entoam
canções especialmente em sua honra:
Òòsàálá não gosta de azeite-de-dendê, osùn, e de qualquer coisa vermelha. Seus sacerdotes e
cultuadores usam roupa branca no dia de sua festa. As cultuadoras também usam turbantes e
contas brancas. O Òrìsà, aliás, exige, tradicionalmente, não apenas alvuira na vestimenta mas
também retidão nas pessoas.
A comida típica do Òrìsà é o pirão de inhame (isu) e molho feito de uma substância chamada
Banha de Orí e caracol (Ìgbín) branco.
Coloca-se diariamente àgua de nascente em seu santuário, pintado com efun. A portadora da
àgua deve necessáriamente ser uma moça virgem ou uma senhora que já não mantém mais
relações sexuais. Ao trazer a àgua, a portadora vem tocando agogô, a fim de alertar a
população da sua chegada. Durante o percurso ela não pode falar e ninguém deve lhe dirigir a
palavra.
Aspectos Gerais
Dia: Sexta-feira
Data: 15 de janeiro
A saudação Epa da saudação de Oxalá, assim como na de Oyá, é uma expressão de espanto ou
respeito. E então pode ser traduzido como Pai eu te respeito.
Orins:
Oxalá
O – Elú’ wà pè kó omo jà : senhor da existencia, chama e escuta, teus filhos lhe chamam
- Oxalufã
Ele é muito velho, idade avançada, aleijado, lento. Move-se com muita dificuldade, associa-se
a idéia de repouso, de imobilidade, dança curvado e apoiado no Opáxoro, treme de frio e de
velhice. Detesta violência, disputas e brigas, evita tudo que é excitante, come sem sal e sem
dendê, odeia côres fortes e particularmente o vermelho. A ele pertencem os metais e
substâncias brancas como a prata; no reino vegetal o algodão; no animal o caracol, d'angola,
martim pescador e o preá. Tem ódio do cavalo, pois, por causa deste animal que ficou preso
por sete anos e muito sofreu.
Arquétipo - Oxalufã - Os filhos do Orixá Oxalufã, são pessoas extremamente calmas e dignas de
confiança, geralmente são muito inteligentes e dotados de grande sabedoria,. Possuem
tendência a serem preguiçosos, não gostam muito de trabalho, principalmente quando
envolve esforço físico. Porém buscam lugares onde possam colocar em prática as suas idéias e
projetos, extremamente responsáveis e pacientes. Seus principais defeitos são a teimosia,
preguiça e lentidão.
- Oxaguiã
Filho de Oxalufon, é jovem,guerreiro e não perde uma oportunidade de lutar contra Omolú e
xangô. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com as pedras azuis,
chamadas de seguy, e suas roupas brancas podem,ás vezes, levar uma franja vermelha. Está
ligado ao culto de Yroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e ao culto dos inhames. È pai
de Oxossi Inlé, come com Ogun já, Oxossi Inlé, Ayrá, Exú, Oyá e Onira. Tem fundamento com
Oyá. Vem pelos caminhos de Onira. Tem ligação com Exú. Seus filhos devem evitar brigas,
confusões e mentiras, principalmente não devem enganar a Ogún ou a seus filhos, pois será
castigado sem dó. Não devem comer ovo frito para não esquentar o Orixá, cachaça, sal e
dendê. É um Orixá muito perigoso.
Arquétipo - Oxaguiã - Os filhos do Orixá Oxaguiã, são ativos, alegres, trabalhadores, orgulhosos
e calmos. São incansáveis em seus projetos, também possuem tendência ao estresse por se
darem demais as suas funções. Geralmente são responsáveis, teimosos, individualistas,
dotados de grande força de vontade. Em nenhuma circunstância modificam seus planos, mas
sabem aceitar sem reclamar os resultados amargos decorrentes de sua teimosia.
Ofo Obatalá
Ake-bi-alá
Alabalese
Oluorogbô
Oluwô-igbô
Obanlá
Tradução
Grande Rei.
Oríkì à Osàlà
Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo
kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o
ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo.
Tradução
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno
dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de
manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de
todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado.
Oríkì à Osàlà
Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí
Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu
Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.
Tradução
Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta
do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui,
na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de
Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas
do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na
Terra.
Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo
kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o
ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo.
Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí
Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu
Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.
Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno
dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de
manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de
todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas.
Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado.
Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta
do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui,
na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de
Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas
do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na
Terra.
Orin Oxalá
Èyin rí àwa
ìgbàgbó wa okòn
Kò rú lé, kò rú lé,
Bàbá Ifá
Kò rú lé, kò rú lé,
Bàbá Ifá
Pai Ifá.
Pai Ifá.
Àjàlá mo rí mo rí mo yo
E àgó fi rí mi
Bàbá òkè kí a mò rè
A bo wa Bàbá ó
e tem pilão.
ISURE ÒRÌSÀNLA
OBOMO-BORO-KALE,
AYINMO-NIKIE, ADA-WON-LARO,
ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NLA,
ÒRÌSÀ ALASE,
ATU-WON-JÁ-NIBITI-WON-LARO
JAGUNJAGUN, OFIWA-IJA-WODO,
ABOJU-BONIGBESE-LERU,
ABISOKOTO-GBOSU-MEFA-NILE ALARO,
ARO-GBAJAGBAJA-KO-LONA,
ABUDI OLUKANBE,
ÀSE TI ELEDUNMARE.
ELEDUNMARE ÀSE.
Oxalá eu te saúdo
Oxalá, Oxalá, um rei feroz aos; Òrìsàs, Oxalá que mora com os outros na cidade de Ode Iranje,
O senhor dócil,
Você que arrasta seus inimigos com a corda para dentro do rio,