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Omolokum para Oxum

Você vai precisar de:

 Feijão fradinho
 1 cebola
 Azeite doce (de oliva)*
 8 ovos
 Camarão seco
 1 tigela de louça branca
 1 quartinha de louça branca com asas
 Vinho licoroso doce branco

Preparo:

Cozinhe o feijão fradinho (aprox por 15 min) e reserve.


Cozinhe os 8 ovos e reserve.
Limpe o camarão. (reserve alguns inteiros para enfeitar)
Refogue a cebola (picada) em azeite doce, então acrescente o camarão e refogue até
dourar.
Triture o feijão Fradinho já cozido e junte ao refogado, mexendo até engrossar.
Coloque na tigela de louça, enfeite com os 8 ovos cozidos e regue com azeite.

*obs: Muitas casas preferem usar o azeite de dendê em vez do azeite doce para Oxum
(o azeite doce pode ser usado sem problema algum), ocorre que não é aconselhável usar
dendê para Oxum Aziri, se você não tiver certeza da qualidade da Oxum é melhor usar
o azeite doce mesmo.
Oxum

Quem é Oxum:
Oxum é uma orixá, é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada no
candomblé e também na umbanda, religiões de origem africana.

Oxum é a segunda esposa de Xangô e representa a sabedoria e o poder feminino. Além


disso, é vista como deusa do ouro e do jogo de búzios.

É a deusa do rio Oxum (ou Osun) que fica no continente africano, mais concretamente
no Sudoeste da Nigéria.

O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, com predileção por joias,
perfumes e roupas. A figura de Oxum carrega um espelho na mão. Algumas pessoas
confundem Oxum e Oxumarê, mas segundo a Umbanda e o Candomblé são divindades
distintas.

Oxum representa a deusa da beleza, orixá do amor, da fertilidade e da maternidade,


responsável pela proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas, adorada pelas
mulheres que querem engravidar. Seu elemento é a água, sua cor é o amarelo e seu dia
é o sábado.
Oxum.

Os orixás são ancestrais divinizados pelo candomblé, religião trazida da África para o
Brasil, durante o século XVI, pelo povo iorubá. Entre os vários orixás está Ogum, dono
do ferro e do fogo, defensor da lei e da ordem, abre caminhos e vence as lutas,
protegendo os mais fracos.

Há também Exu, é o senhor do princípio e da transformação, é a figura mais importante


da cultura iorubá, o guardião das aldeias e cidades.

Devido ao racismo religioso, foi associado a Satanás, entidade cristã voltada para a
maldade, que se ocupa de semear a discórdia entre os seres humanos, porém essa
associação não faz sentido, uma vez que nas religiões de matriz africana não existe uma
figura representante do mal.

Já Iansã é uma guerreira, rainha da tempestade, dos ventos e dos raios, e Iemanjá, deusa
dos mares e dos oceanos, muito festejada no Brasil por povos de diversas religiões. É a
padroeira dos pescadores e também a deusa do amor.

No Brasil, cada orixá foi associado a um santo da Igreja Católica, numa prática que
ficou conhecida por sincretismo religioso. Oxum é sincretizada como Nossa Senhora
da Conceição, Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora das Candeias,
dependendo da região do Brasil, e sua data é 8 de dezembro.

História de Oxum
A mitologia africana diz que Oxum é filha de Iemanjá e Orunmilá. É uma orixá muito
bonita, vaidosa e sedutora, foi criada com muito carinho e cuidados por seu pai.

É uma das esposas de Xangô, juntamente com Iasã e Obá. Sendo a divindade que
representa a sabedora, o poder feminino e a fertilidade, Oxum queria conhecer os
segredos do Ifá (oráculo), mas seu pai não permitiu.

Oxum seduziu Exu e conseguiu aprender tais segredos, passando a ser a guardiã do
conhecimento do oráculo. Outra lenda também conta que Oxum acreditava ser injusto
que somente os orixás masculinos discutissem o que seria importante para os seres
humanos.

A orixá então suspendeu a fertilidade em todo o mundo, fazendo que os outros orixás
vissem a sua importância e passagem a chamá-la para as discussões.

Por seus filhos é conhecida como mãe ou mamãe Oxum. É a orixá que sofre junto
daqueles que enfrentam dificuldades e tenta ajudá-los.

Tipos de Oxum
Existem 16 qualidades da orixá Oxum. São elas:

1. Oxum Abalô - é uma versão velha de Oxum, relacionada com Ogun, Oxóssi e Oyá;
2. Oxum Abotô - também é uma versão velha de Oxum;
3. Oxum Ajagura - versão jovem e guerreira de Oxum;
4. Oxum Apara - versão jovem de Oxum que acompanha Ogun;
5. Oxum Iberi - é Oxum jovem, em sua forma mais bonita e vaidosa;
6. Oxum Ijimu - outra qualidade mais velha de Oxum;
7. Oxum Ipetu - é a versão de Oxum ligada a floresta e aos rios;
8. Oxum Iponda - outra Oxum guerreira, relacionada com Ibuálàmò;
9. Oxum Kare - outra versão de Oxum jovem guerreira;
10. Oxum Mouwo - é uma Oxum relacionada com Iemanjá e Olokun;
11. Oxum Oga - versão velha e guerreira de Oxum;
12. Oxum Oke - é uma Oxum jovem guerreira, relacionada com Oxóssi;
13. Oxum Oloko - é a versão de Oxum que mora dos poços de água;
14. Oxum Otin - é a Oxum relacionada com a caça;
15. Oxum Yaala - versão ancestral de Oxum;
16. Yeye Popolokun - é a Oxum dos lagos.
wikipedia.org

Omolocum será um dos


pratos servidos no programa
Culinária Cultural

Programa culinária cultural promove degustação de comida de


orixá
sexta-feira, 22 de junho de 2007, às 15h51

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Em sua 2º edição, o programa Culinária Cultural, do Centro Cultural UFMG, promove


na próxima segunda-feira, 25, degustação de comida de orixá, comida de santo.

Durante o evento, o público terá oportunidade de conhecer os pratos amalá e omolocum,


que homenageiam, respectivamente, os santos xangô e oxum, do candomblé africano.

Os pratos serão preparados por Márcio Sá, praticante da religião residente no Brasil.
Além da degustação, quem for ao Centro Cultural na segunda-feira poderá aprender a
elaborar os pratos servidos.

O Culinária Cultural acontece a partir das 18h30, no pátio do Centro Cultural (Av.
Santos Dumont, 174, Centro). A entrada custa R$5.

Omolocum e amalá
O omolocum é um prato ritual que homenageia o orixá oxum. Os ingredientes incluem
feijão fradinho cozido e refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de
dendê ou azeite doce.

Depois de pronto, o prato é enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos também
inteiros sem casca. Normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, de acordo com a
obrigação do candomblé

Já o amalá é feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de
dendê ou azeite doce. O prato geralmente é oferecido em uma gamela forrada com
massa de acaçá

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