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Feijão fradinho
1 cebola
Azeite doce (de oliva)*
8 ovos
Camarão seco
1 tigela de louça branca
1 quartinha de louça branca com asas
Vinho licoroso doce branco
Preparo:
*obs: Muitas casas preferem usar o azeite de dendê em vez do azeite doce para Oxum
(o azeite doce pode ser usado sem problema algum), ocorre que não é aconselhável usar
dendê para Oxum Aziri, se você não tiver certeza da qualidade da Oxum é melhor usar
o azeite doce mesmo.
Oxum
Quem é Oxum:
Oxum é uma orixá, é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada no
candomblé e também na umbanda, religiões de origem africana.
É a deusa do rio Oxum (ou Osun) que fica no continente africano, mais concretamente
no Sudoeste da Nigéria.
O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, com predileção por joias,
perfumes e roupas. A figura de Oxum carrega um espelho na mão. Algumas pessoas
confundem Oxum e Oxumarê, mas segundo a Umbanda e o Candomblé são divindades
distintas.
Os orixás são ancestrais divinizados pelo candomblé, religião trazida da África para o
Brasil, durante o século XVI, pelo povo iorubá. Entre os vários orixás está Ogum, dono
do ferro e do fogo, defensor da lei e da ordem, abre caminhos e vence as lutas,
protegendo os mais fracos.
Devido ao racismo religioso, foi associado a Satanás, entidade cristã voltada para a
maldade, que se ocupa de semear a discórdia entre os seres humanos, porém essa
associação não faz sentido, uma vez que nas religiões de matriz africana não existe uma
figura representante do mal.
Já Iansã é uma guerreira, rainha da tempestade, dos ventos e dos raios, e Iemanjá, deusa
dos mares e dos oceanos, muito festejada no Brasil por povos de diversas religiões. É a
padroeira dos pescadores e também a deusa do amor.
No Brasil, cada orixá foi associado a um santo da Igreja Católica, numa prática que
ficou conhecida por sincretismo religioso. Oxum é sincretizada como Nossa Senhora
da Conceição, Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora das Candeias,
dependendo da região do Brasil, e sua data é 8 de dezembro.
História de Oxum
A mitologia africana diz que Oxum é filha de Iemanjá e Orunmilá. É uma orixá muito
bonita, vaidosa e sedutora, foi criada com muito carinho e cuidados por seu pai.
É uma das esposas de Xangô, juntamente com Iasã e Obá. Sendo a divindade que
representa a sabedora, o poder feminino e a fertilidade, Oxum queria conhecer os
segredos do Ifá (oráculo), mas seu pai não permitiu.
Oxum seduziu Exu e conseguiu aprender tais segredos, passando a ser a guardiã do
conhecimento do oráculo. Outra lenda também conta que Oxum acreditava ser injusto
que somente os orixás masculinos discutissem o que seria importante para os seres
humanos.
A orixá então suspendeu a fertilidade em todo o mundo, fazendo que os outros orixás
vissem a sua importância e passagem a chamá-la para as discussões.
Por seus filhos é conhecida como mãe ou mamãe Oxum. É a orixá que sofre junto
daqueles que enfrentam dificuldades e tenta ajudá-los.
Tipos de Oxum
Existem 16 qualidades da orixá Oxum. São elas:
1. Oxum Abalô - é uma versão velha de Oxum, relacionada com Ogun, Oxóssi e Oyá;
2. Oxum Abotô - também é uma versão velha de Oxum;
3. Oxum Ajagura - versão jovem e guerreira de Oxum;
4. Oxum Apara - versão jovem de Oxum que acompanha Ogun;
5. Oxum Iberi - é Oxum jovem, em sua forma mais bonita e vaidosa;
6. Oxum Ijimu - outra qualidade mais velha de Oxum;
7. Oxum Ipetu - é a versão de Oxum ligada a floresta e aos rios;
8. Oxum Iponda - outra Oxum guerreira, relacionada com Ibuálàmò;
9. Oxum Kare - outra versão de Oxum jovem guerreira;
10. Oxum Mouwo - é uma Oxum relacionada com Iemanjá e Olokun;
11. Oxum Oga - versão velha e guerreira de Oxum;
12. Oxum Oke - é uma Oxum jovem guerreira, relacionada com Oxóssi;
13. Oxum Oloko - é a versão de Oxum que mora dos poços de água;
14. Oxum Otin - é a Oxum relacionada com a caça;
15. Oxum Yaala - versão ancestral de Oxum;
16. Yeye Popolokun - é a Oxum dos lagos.
wikipedia.org
Os pratos serão preparados por Márcio Sá, praticante da religião residente no Brasil.
Além da degustação, quem for ao Centro Cultural na segunda-feira poderá aprender a
elaborar os pratos servidos.
O Culinária Cultural acontece a partir das 18h30, no pátio do Centro Cultural (Av.
Santos Dumont, 174, Centro). A entrada custa R$5.
Omolocum e amalá
O omolocum é um prato ritual que homenageia o orixá oxum. Os ingredientes incluem
feijão fradinho cozido e refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de
dendê ou azeite doce.
Depois de pronto, o prato é enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos também
inteiros sem casca. Normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, de acordo com a
obrigação do candomblé
Já o amalá é feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de
dendê ou azeite doce. O prato geralmente é oferecido em uma gamela forrada com
massa de acaçá