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OYÁ OLOGÚNERÈ

Antes de começarem a ler, tenham e mente que Ologuneré é uma Oyá diferente das demais, ela é uma Odé e suas ligações com
os Orisas são diferentes da das demais Oyá. Com certeza é uma Oyá "ÚNICA".

Itan de Oyá Ologuneré/Oloküeré:

Se conta que Oduduwá gerou em Yemú 16 Deuses, o principal entre eles é Ogun. A nona criança que Yemú pariu foi chamada de
Oyá. Quando Oyá nasceu trouxe muita alegria para Yemú. os Dundun (Negros) possuiam olhos escuros, mas Oya nasceu
Dundun e com olhos grandes, cor de ambar, e Yemú dizia que o tom de mel em seus olhos era por ter muito mel em seu coração.
Com Ogun ela aprendeu a caçar, e ele fez para ela um Ofá (arco) e uma Idá (espada).
Os Orisas estranhavam que Oyá era uma mulher muito bonita mas se comportava como um homem, sempre nas batalhas e nas
matas, guerreando e caçando e não gostava de cozinhar e costurar tal como faziam as suas irmãs.
Oyá um dia não quis mais viver no palácio de Oduduwá e então foi embora a procura de aventura, e nisso ela conheceu Yewa,
Osayn, Erinle, Oxóssi e muitos caçadores de Ifé e Ketu. Ela então encontra Obaluayê, e com ele forma uma dupla de caçadores
e guerreiros mercenarios,ou seja, eram contratados para guerrear a favor do pagante, e então passam a percorrerem as aldeias da
África antiga, e eram muito temidos os dois.

Porém Ogun inciou uma guerra gigantesca e cruel que ia desde os Reinos Jeje até as montanhas de Ekiti. Oya não podia barrar a
violência de Ogun, ele era seu irmão. Então ela e Obaluayê se poram a curar os feridos, e socorrer os abandonados e afetados
pela guerra. De aldeia em aldeia eles iam acudindo os que haviam sofrido os males da guerra.

Eles atravessaram muitas aldeias, e então na floresta de Ipondá eles acharam um menino brincando sozinho, ele atirava pedras
em uma colmeia. Logo as abelhas africanas foram atacar a criança, mas Obaluayê girou e levantando suas palhas ele afastou e
impediu que as abelhas se aproximassem do pequeno menino.

Oya o pegou no colo, e ao longe ouviu a voz de uma mulher a gritar "Omó Mí! Omó Mí!" (Meu filho! Meu filho!).
Era a Rainha de Ipondá, Osun, que procurava seu filho Ologun.

Oyá foi até ela e entregou o menino, e então disse:


"Iponda, sou filha de Oduduwá rei de Ifé. Não deixe seu filho fugir novamente, a guerra esta cada vez mais violenta e podem
fazer mal a ele."

Osun então deu seu Abebe para Oyá como forma de agradecimento.
Osun respondeu:
"Tu és Oyá a Caçadora não é? Meu ifá sempre me diz que a natureza de filho meu, o fará se afastar de mim, e eu gostaria que o
ensinasse a lutar e se defender. O ayê esta cheio de crueldade e ficarei mais tranquila se meu filho puder se defender por si só.
Faça isso por ele eu lhe peço."

O mel do coração de Oya nao ha deixou negar este pedido. Por muitos anos Obaluayê e Oya viveram em Iponda e ensinaram a
logun a arte da luta. Porém quando Logun estava já adolescente, Oya e Obaluayê forma embora, mas logun foi junto com eles, e
nunca mais saiu de perto de Oyá. Em muitos lugares dizem que logun é mais filho de Oyá do que de Osun.

O nome Ologuneré significa "Guerreira de Eré". Eré foi uma das cidades afetadas pela guerra de Ogun, e que recebeu o auxílio
de Oyá para se reconstruir, e então foi eleita Ayaba Matrona da cidade.

OYÁ OLOGUNERÉ é proveniente da nação Efon. Está Ayabá não pega Juntó, ou é cabeça ou não é nada. Usa cores variadas
como branco, azul, laranja, Verde e rosa e tecidos estampados ou peles de animais.
Não usa vermelho.
Usa Ofá, Idá, Abebe e Erusin e seus metais são dourados.
Ha quem a cultue como Igbalé por ser um orisa da floresta, mas aqui no Brasil foi difundido o seu lado guerreiro e caçador, ela é
parte integrante da casa dos Odé mas ainda assim tão vaidosa quanto Osun. Ama dançar Ijesá. É ligada os ventos.
É uma Ayaba doce, é mas ansiosa e agitada.
YÁ OMINIBÚ

"Iya ominibú odòomi rò Òrișa ó ilé lé"


(Mãe das águas profundas que correm nos rios, Orixá que está sobre a nossa casa)

O nome Ominibú se traduz como "No Fundo das Águas ou Águas profundas", pois ela reside no fundo do rio Osun. Esta é a
Osun criadora de vida, que trás peixes para as águas e fertilidade para as mulheres.

Esta Osun vem pelos Odú Osa e Ose. Ela está sempre ao lado de seu Ibá.

Ela é a líder da sociedade de Iyalodes. Ligada a Yemoja, Sango, Osala, Oyá, Ogun e Osayn.

Osun Ominibú vive no fundo do Rio, nas águas escuras e só sai à noite, ela não se movimenta durante o dia. Seus filhos não
devem ter cães em casa, e ewó deste orixá (kizila). Está Osún só aceita animais brancos em seus rituais e após assentada ela
sempre estará próxima ao seu Igbá.

Itan de Osun Ominibú

Obatalá reuniu todos os "Oborós", as divindades masculinas e com estes deuses ele fez uma sociedade de Orisas.
Osun ficou muito Ofendida e foi até eles e perguntou:
"Eu também sou Orisá, porque me excluem?"

Todos os Oborós riram e disseram:


"Desde quando precisamos de mulheres? Não está a nossa altura."

Osun então entendeu que não precisavam dela, e retirou o seu Asé do mundo. Não havia mais fertilidade, as mulheres não
engravidavam, a água não matava mais a sede e a natureza secou.

Os Oborós foram reclamar a Olodumaré, queriam que ele obrigasse Osun a dar seu Asé novamente, mas Olodumare disse:
"Vocês disseram a Osun que ela não é importante e agora sofrem sem ela. Devem desfazer esse erro."

Todos os homens foram as margens de Rio Osun e levaram oferendas a Ayaba que logo surgiu das águas e perguntou:
"Por que estão chamando meu nome se eu claramente não estou a altura de vocês?"

Osun fez com que os homens implorassem seu retornou, e então ela aceitou voltar, mas com a condição que ela e as Ayabas
também tivessem voz ativa entre os Deuses. E assim foi, a terra voltou a prosperar e Osun foi chamada Iyalodê, a mulher
honrada.

Osun Ominibú é a Osun lider, a grande senhora que quando fala todos se abaixam.

Ore Yeye!!!

YEWÁ ABORTA SEU PRIMEIRO FILHO

Yewa era filha de Obatalá, e gostava de cuidar do Jardim do Palácio. Yewá era uma moça extremamente bela, e ainda era
virgem, e todo povo comentava que ela não tinha interesse em se casar, só queria cuidar de seu pai.

Um dia Sango estava se vangloriando de ter se casado ou tirado a castidade de todas as moças virgens de seu reino e dos reinos
vizinhos, e Esú lhe disse:
"Todas não, a filha de Obatalá ainda é virgem. A princesa Yewa não foi tocada por ninguém."
Sango passou então a espiar Yewa pelos portões do palácio, ele observava Yewa a cuidar do Jardim.
Ele passou a chamar Yewa e conversar com ela, ele pouco a pouco ganhou a confiança dela, ele elogiava as flores que Yewá
cultivava, e fingia querer apenas amizade.

Um dia Obatalá eviajou e Yewa ficou sozinha. Sango pulou os portões do palácio e foi até o quarto de Yewá, onde ela se
entregou e ele, fizeram sexo. Esta foi a ultima vez que Yewa viu Sango.

O tempo passou e a menstruação de Yewa não vinha, e ela descobriu estar grávida. A vergonha e o desespero tomaram conta
dela, como ela teria um filho sem pai? Como as pessoas olhariam para ela agora? Yewa então decidiu abortar a criança. O
resultado do aborto foi um pequeno feto que enterrou no jardim.

Dias depois Obatalá chamou Yewa para conversar, ele perguntou:


"Omobá (princesa), como vai o jardim?"

Ela respondeu:
"Florescendo a cada dia."

Ele então perguntou:


"Por que no canto do jardim ha uma lugar onde a terra está revolvida?

Yewa havia enterrado o feto naquele local. Ela então mentiu:


"Foi necessário remover as plantas velhas para semear novas."

E Obatalá perguntou:
"E tambem foi necessário remover a flor que estava dentro você?"

Yewa começou a chorar e pedir perdão a seu pai, mas Obatalá lhe disse que a "castidade" foi opção dela, ele nunca exigiu isso
de sua filha. Porém ele também disse que Sango havia espalhado aos quatro ventos que Yewá havia implorado para fazer sexo
com ele, e o povo acreditou nisso, e a fama de Yewa era agora de "promíscua".

Yewá sempre foi pura, e não suportou aquilo, as pessoas não tinham mais respeito por ela.

Sem alternativa Yewa Foge, e vai para a floresta. Ela vivia sozinha e amargurada, mas um dia encontrou Oxóssi e ele
compreendeu a dor dela, mas lhe ensinou a seguir em frente. Eles passaram a viver juntos, e até hoje Yewa usa o Ofá que
ganhou dele.

Yewa despreza Sango, jurou jamais por os olhos nele novamente.


É proibido falar de sexo diante de Yewa, ela não gosta de nada que remeta a relação sexual, é seu Ewó (kizila).

(O itan que acabaram de ler se refere a qualidade de Yewa chamada SALAMIN)

A YAWO DE YEWÁ TEM QUE SER VIRGEM?

Não, depende da qualidade a ser iniciada. Pra esclarecer eu coloquei aqui as qualidades de Yewa para vocês entenderem:

*Yewá Gebéuyin: A mais velha, veste vermelho Sangue e dourado. Esta é a Yewá que se transforma na serpente gigante que
dorme no leito do Rio Yewá. NÃO HÁ NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.

*Yewá Salamin: Esta é a Yewá caçadora, usa Ofá e come com Oxóssi e Yemanja, se veste de branco
verde, creme e cores claras. ESTA YEWÁ SÓ SE INICIA EM MULHERES VIRGENS. É a mais popular
das Yewa's.
*Yewá Gyran: Esposa de Obaluayê, essa Yewa usa o Ikó(roupa de palha vermelha semelhante as de omulo) com palhas
vermelhas e sua saia é vermelho carmim, usa lança. NÃO HÁ NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.

*Yewá Fagemy: Essa é a Yewa ligada com Oxumare e seu Arco-íris. Usa Branco, e sua ferramenta é o
globo com ponta de lança chamado Ejô. NÃO HÁ NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.

*Yewá Bomio: a Yewa que se perdeu na floresta e se transformou em Rio, ligada a Osayn, Jagun e Sango. Pode usar todas as
cores referentes as
qualidades de Yewa. NÃO HÁ NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.

*Yewá Awô: Esta Yewá so se veste de Branco, é a esposa de Orunmilá, a sagrada Apetebí. Dizem que ela o salvou da morte.
Conhecendo os segredos do Ifá recebeu o título de Ya awo (mãe do segredo). É da família
FunFun. ESTA YEWÁ SÓ SE INICIA EM MULHERES VIRGENS.

Yewa não é a senhora da Virgindade. Isso é uma questão de sua iniciação, mas apos um ano de iniciado a Yawo pode se
relecionar sexualmente sem problemas. Vale lembrar que Yewa é mãe e foi casada diversas vezes.

Hi Hó!!!

YEYE OKÊ - SENHORA DAS CORUJAS

Esta é uma das mais raras qualidades de Osun, se trata de uma divindade Okiti-Efan ( Okiti-Efan também pronúncia Ekiti-Efon,
e significa "Magníficos montes de Efon, é localizado no estado de Osun na Nígeria.)
Se conta que Oloroke se casou com Yemoja e então nasceu Osun, mas existência terrena de Osun se divide em partes, caminhos,
Quando Osun decidiu ficar na motanha de Olorokê ela foi nomeada Yeye Okê, mãe da montanha.

Yeye Oke é uma Odé, usa Ofá e sua caça é somente notura.

Dizem que foi Oxóssi que a ensinou a caçar, mas isso não é verdade. Quando Yeye Oke conheceu Oxóssi, Karê e Erinle ela ja
era caçadora.

Então quem ensinou Yeye Okê a caçar?


ELA APRENDEU COM AS CORUJAS!

Yeyê Okê é ligada as Iyami Eleyé, as feiticeiras que tem pássaros encantados, e entre esses pássaros estão as misteriosas
ÓWIWI (corujas) que são aves de rapina muito hábeis além de terem muito Asé.
Yeyê Okê se tornou uma caçadora noturna como as corujas e vive rodeada delas e compartilha do mesmo caráter, reservado e
feroz.

Yeye Oké usa Irukê, Abebê e Ofá.


Se veste de branco e tons claros de amarelo e azul seu metal é dourado.
É uma Osun da família Real de Efan e a tem como companheira Osun Karê.

E wo Yeye Okê o...


E wo Yeye Okê o...
Aya Alá Lolá
F'ou Paô
Aya Alá Omo Oké apo
Afofó Lola Opo Nisé
Orí Omo Oke Apo Wo
E wo Yeye Okê o...
E wo Yeye Okê o...
Ewe Salude Opa mi Aló
Salude Opa mi Aló...
Asá welé Yeye okê...
Ewe Salude Opa mi Aló...
Salude Opa mi Aló...
Asá welé Yeye okê...
Yeye ô... Yeye ô...
Yeyê Yeyê Yeyê Okê o...
Orun Alá Omó Ifá
Awa Sire Eku Abó...
Orun Alá Omó Ifá
Awa Sire Eku Abó...
Yeyê Yeyê Yeyê Okê o...
Yeyê Yeyê Yeyê Okê o...
Ipondá

Detendora de muita Honra


Osun rainha da cidade de Ipondá (Nigéria) é conhecida por sua altivez e por sua classe.
Porém não ponse que ela é uma rainha "dondoca", isso não é verdade: IPONDÁ É GUERREIRA!
Ela não é uma guerreira violenta e sim estratégista, se entra na batalha é pra vencer, caso não haja possibilidade de vitória pela
força bruta ela sabe ser política e diplomata, Iponda é a mulher que levanta a voz diante do povo, fala e é sempre notada e
ouvida, a palavra de Iponda tem valor.
Come com todos os Orisas reis, os Oluayê senhores de Terras como Ogun, Sango, Alaketu, Obaluaye, Olufon, Elegibo e todos
os grandes Obás, também come com Erinlé que foi seu primeiro homem.
Filha de Oloroke ela é a Osun que pariu o rei Ologunedé.
Existe uma declarada rivalidade entrega Ipondá e Ayaba Opará, e em umas dessas batalhas Ipondá cegou Opará e por castigo de
Olorum Iponda se tornou a guia, a cuidadora de Opará apos a cegueira.
O assentamento de Ipondá e como uma jóia preciosa de tão belo.
Os filhos de Ipondá são os de queixo elevado, os que passam por qualquer desavença de cabeça erguida, não ha o que os
perturbe, e o que mais prezam é o bom nome a dignidade. Não se vê filho de Iponda passando vergonha ou constrangimento,
eles calculam cada passo para que a coroa não jamais caia de sua cabeça. Comumente são donos de Oyês e de cargos em seus
Ilês.
Um dos motivos do uso do branco nessa oxum e que e Cidade de Yponda ..seria o local que se enterrava os obas os grandes
reis ....entao o branco e para homenagear os reis ...
outro o branco acalma essa oxum ...
Iponda é a mulher dourada!
A língua de Iponda é direta e afiada, ela não volta atrás em sua palavra e o que ela diz se torna lei!
OYÁ GAMBELÊ NÃO PODE COMER ABÓBORA
Esta qualidade de oya se refere a dificuldade em engravidar.

Se conta que Oyá Gambelê não engravidava nunca, por mais que tentasse ela não segurava a criança na barriga por muito
tempo. Ela então foi até a casa de Orunmilá e pediu que jogasse seu oráculo para saber o que ocorria.
O Ifá respondeu:
Havia três coisas que Oya comia com muita frequência, Carne de Arraia, Carne de Carneiro e Abóbora, e nenhum desses três
alimentos fazia bem a ela, principalmente a Abóbora lhe fechava a madre. oya então jurou jamais se aproximar desses tres
alimentos. Apos isso Oya pariu dezoito crianças, entre elas os Ibeji.

Oya mateve sua palavra, nem ela nem os filhos devem comer Abóbora, carneiro e Arraia.
Algo muito comum é que nos Orôs onde se cortam cabritos para outros Orisas as filhas de Oya costumam "virar" de Santo e
Oya se retira do local, e também quando o yawo de Oya esta de Kelê ele não pode ver ou sentir o cheiro de abobora que logo
Oya se faz presente para impedir o filho de consumir seu tabú.
Gambele foi Esposa de Ode, que lhe deu os dezoito filhos. Se veste de rosa, salmão e branco.
Osun Ijimú é a Feiticeira dona da Cabaça!

Ijimú é ligada a Nanã, e por esse fato não se deve iniciar em Homens, pois Nanã estará sempre muito perto de Ijimú.

Se conta que Ijumú é uma "Oso", ou seja: UMA BRUXA!


Todas as Oso tem cabaças miraculosas que ganharam de Orunmilá (inclusive as OsoRongá tambem possuem cabaças).

Ogun e Nanã sempre foram desafetos, e se desprezavam, mas Ogun declarou guerra a aldeia de Nanã.
Nanã nao tinha medo de lutar nem de morrer, mas ela temia por suas crianças, Nanã tinha filhos e netos a sua aldeia era formada
por sua família e ela sabia que se perdesse a guerra Ogun mataria suas crianças ou os venderia como escravos.
Nana se desesperou e então sem ter alternativa ela pediu ajuda a feiticeira Ijimú que morava no fundo do rio Osun.
Osun Ijimú se dispôs a ajudar Nanã a salvar as crianças, ela usou sua cabaça e a fez ficar gigantesca, assim colocou toda a
familia de Nanã ali dentro e então fez a cabaça ficar pequena novamente, e a escondeu no fundo do rio prometendo a Nanã que
se ela perdesse e Guerra Ijimun cuidaria de seus filhos.
Quando Ogun chegou na aldeia de Nanã ele encontrou Nanã sozinha e então eles pelejaram por dias, até que Nanã venceu a
Batalha e expulsou o cruel Ogun Onire de suas terras onde nunca mais pode entrar.
Nanã nunca se esqueceu da grande ajuda de Ijimun e então decidiu lhe dar um presente, Nanã não usa e nem gosta de metal
então fez um Abebe para Ijimum de madeira e em forma de Boneca, lhe deu tambem o direito de se ornar com os Kawuris
(búzios, Nana é a dona dos Búzios) e com palha, e para sempre foram amigas.

Nanã é de poucos amigos mas ela tem muita gratidão a Ijimú e a Asesun que são suas grandes amigas.

Ijimú é a Osun que foi bem recebida na familia da Palha, desde então come com Nanã e todos os seus filhos e amigos, por isso
vemos Iniciadas a Osumare e Osun, Osun e Obaluaie, Yewa e Osun, Osayn e Osun, e muitos outros afetos de Naná que saudam
Ijimú pelo seu bom coração.

Alem de Nanã ela sempre anda com Osun Yaboto e as demais "Oso" e também tem relações com a grande ancestral Ayala.
Por sua ligação com Nanã comumente Ijumú se veste com tecidos estampados em tons de ouro velho e detalhes Roxo/Lilás,
sempre com sua cabaça presa a cintura.

"IJIMÚ É MULHER PODEROSA


QUE TEM A CABAÇA PRODIGIOSA...
IJIMÚ QUE DOBROU REI DE TERRA
E SEUS IRMÃOS...
MULHER DA AGUA QUENTE QUE EM
SUA PERNA ENROLOU A SERPENTE
IJIMÚ QUE SABE BEM O QUE FAZ...
FEITICEIRA IJIMU QUE COMEU O
IPETÉ DA CASA DE IPONDA E FOI RECEBIDA NA CASA OSUN COMO DONA DA CASA...
IJIMU QUE ESCURECE O RIO PARA ESCONDER O SEGREDO E ENCHE OS HOMENS DE MEDO...
ORE YEYE IJIMÚ QUE GANHOU O REINO DE ANANBUKÚ E SUA GRATIDÃO...
IJIMÚ QUE NÃO MORA NAS ARVORES NEM SE ALIMENTA DE ENTRANHAS MAS NÃO PODE NEGAR O SEU
PARENTESCO COM OSHORONGÁ, SAUDEM IJIMÚ POIS É A FEITICEIRA DO FUNDO DO RIO QUE AQUECE A
AGUA QUANDO ESTA FRIO...
MULHER NEGRA COMO O CARVÃO DAS MINAS, OLHOS COMO OS DE RAPINA E CABELOS TRANÇADOS COM
FIOS DOURADOS, É A PRINCESA DA ESCURIDÃO...
LHE ENTREGO O BALAIO DE PALHA QUE AFUNDE NAS ÁGUAS COM TODO O TESOURO QUE POSSO LHE
OFERECER, E ROGO IJIMU QUE NÃO VIRE AS COSTAS PARA MIM...
SENHORA MAJESTOSA QUE TEM AS MÃOS VERMELHAS DE PÓ OSSUN POIS FAZ O FEITIÇO COM TANTA
CONSTÂNCIA QUE NUNCA DESCANSA AS DELICADAS MÃOS...
YEMOJA ADOTA OBALUAIÊ

Iya Sare Loni... Eru Iya, Eru Iya o...

Nanã era esposa de Osala, e apos muito tempo juntos ela engravidou do seu primeiro filho. Quando o Bebê nasceu ela estava
doente, havia chagas em sua pele e isto lhe dava uma aparência horrível. Ela então decidiu que seria melhor não levar a diante
esse Bebê, e o abandonou em uma praia.
Yemoja ao ouvir o choro de uma criança foi até a praia ver quem era, e então ela viu o bebê sendo atacado por caranguejos.
Yemoja pegou o bebê e o adotou, o criou como seu filho. Curou suas chagas e lhe deu parte de seu reino, as perolas são dele que
dela recebeu o título de Jeholú (senhor das perolas).
O menino doente se transformou em um rei, Obaluaie o dono da terra.

Nanã se arrependeu do que fez. Mas Obaluaiê recebeu tanto amor de Yemoja que nao criou mágoas.

Yemoja e a grande mãe.


Ela ama e ama e não pede nada em Troca.

Tudo que Obaluaie é hoje e graças ao amor e cuidado que recebeu, e ele reconhece e ama Yemoja.

Eruya!

OLOGUNEDÉ É O SENHOR DOS PRODÍGIOS

Ayabá Osún criou muitas crianças, mas filhos carnais ela so pariu três. Com Oduduwá ela teve a princesa Olosé, com Orunmilá
ela teve a feiticeira Parôye e com Erinlé ela teve o guerreiro Ologun, que é seu primogênito e herdeiro de toda sua riqueza.

Se conta que Ologun não queria viver a sombra de sua mãe, por isso foi embora da cidade de Ipondá para conquistar, seus
objetivos pessoais, nisto ele conquistou Ijesá e Edé e foi nomeado OLOGUNEDÉ!
Mas após muito tempo no trono Ologun decidiu partir e ir morar na casa de Obatalá como seu aprendiz.
Nesse periodo onde Ologunedé esteve ausente suas cidades foram governadas por Osun, que recebeu o Título de "Osún Ayê
Edé".

Havia um rapaz cego na cidade de Edé que desejava ser um caçador, e por isso todos zombavam dele, dizendo que "se lhe
pedissem um papagaio Branco ele caçaria uma codorna vermelha sem saber a diferença". O rapaz queria muito ser um "Odé" e
no auge de sua tristeza ele pediu ajuda a seus pais para dar uma grande Oferenda a Ologunedé, o rei ausente. O cego era pobre e
não tinha muito dinheiro, mas tinha um Ofá velho que herdou de seu avô. O cego então apanhou o Ofá e um pote com mel e foi
para a floresta sozinho. Ele ali ofereceu a Ologun o bem mais precioso que tinha, o Ofá de madeira. Ele rezava e chorava
pedindo que Ologunedé tirasse a tristesa de seu coração, e então ele sentiu a presença de alguém. Ao levantar sua cabeça ele viu
Ologunedé em suas roupas douradas reluzentes. SIM O CEGO VIU, ENXERGOU, fora um prodígio de Ologunedé o Feiticeiro.
O rapaz não sabia como agradecer, mas Ologun lhe disse:
"Continue a agir como um cego, haverá daqui a dois dias o festival dos caçadores e você deve participar".
Ologun devolveu o Ofá de madeira para o rapaz e novamente desapareceu.

No dia do Festival todos zombavam ao ver o pobre rapaz que acreditavam estar cego com aquele Ofá velho nas mãos. Mas
durante todo o festival eles ficaram pasmos, o tal cego era o mais habil entre todos caçadores e em apenas um dia caçou animais
o suficiente para alimentar a cidade inteira. No momento em que o rapaz foi eleito vencedor do festival lhe perguntaram como
ele havia recuperado a visão, e ele disse:
"MILAGRE DE OLOGUNEDÉ".

O ex cego ficou rico vendendo suas caças para o povo, e quando o Rei retornou ao trono ele o serviu com muita alegria até a o
fim de sua vida. Ase
O culto de Ologunedé é bem difundido na Nigeria em Osogbo, Iwo, Edé, Ijesà e também no Brasil. Na America Central é
cultuado como caminho de Erinle sob o nome de "Larô", ou cultuado como uma qualidade de Osun hermafrodita chamada Omó
Aladê por sua semelhança com a mesma. Esta lenda se refere a Ologunedé Larô que é o mesmo Ologunedé Olokô cultuado no
Brasil.
Para os SulAmericanos ele é um Orisa masculino, Caçador e Guerreiro, mas vaidoso como sua mãe.

Infelizmente so achei este itan nas minhas buscas, somente este.

Títulos de Ologunede no Brasil:


NIBAÍN-OLOKÔ-ALAPANÃ

Logun não possui qualidades, e sim títulos. Mas se


o omo orisa crer que esse título se trata de uma
qualidade, não ha problema se ver dessa forma.
Títulos de Logun:

EDÉ L'OKÔ - leva o nome de seu avô Okô, quando se referimos a esse título significa que Logun está
proximo a Esú.

EDÉ N'IBAIN - Se refere ao ar jovial de Logun, sua leveza, quando se referimos a esse título significa que Logun está proximo
Oya.

EDÉ ALAPANAN - Se refere ao ar Másculo de Logun, sua Força como Caçador e Guerreiro, quando se referimos a esse título
significa que
Logun está proximo Erinlé.

Eruwaô Ologunedé!!!

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