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Iorubá é uma região da África composta por diversos grupos étnicos com
língua e cultura semelhantes. Muitos dos negros trazidos para o Brasil como
escravos eram dessa região.
Existem mais de 400 orixás na mitologia iorubá, mas alguns deles se tornaram
mais famosos no Brasil, como é o caso de Exú, Oxalá, Ogum, Oxóssi, Iemanjá,
Xangô e Iansã.
Olodumaré não aceita oferendas, pois como é o criador de tudo tem poder
sobre tudo e não há nada que ele não possua.
O Candomblé foi a religião que passou a ser praticada por esses povos
escravizados no Brasil, seguindo as tradições e cultos africanos e cultuando os
orixás da mitologia iorubá.
Assim iniciou-se o sincretismo religioso, que vai dar origem a outra religião
de matriz africana: a Umbanda. A Umbanda tem elementos do Candomblé, do
Catolicismo e do Espiritismo e surge no início do século XX.
Quais são os orixás?
Na mitologia iorubá existem centenas de orixás, mas apenas alguns deles são
cultuados pelas religiões Umbanda e Candomblé. Na Umbanda são cultuados
9 orixás, no Candomblé esse número pode chegar até 72. Alguns dos orixás
mais populares no Brasil são:
Exú
Exú é o orixá intermediário e mensageiro, responsável pela comunicação entre
os orixás e os homens. Exú é o guardião dos caminhos, é capaz de derrubar
barreiras. O Exú é, por vezes, interpretado como uma divindade má, mas na
mitologia iorubá não existe a representação do mau. Assim como os outros
orixás e seres humanos, o Exú tem virtudes e defeitos e pode agir para o bem
e para o mau.
Oxalá
Oxalá é uma divindade masculina, ele é o criador de todos os seres e pai de
todos os orixás - com exceção de Logunedé. Ele representa o sol, a criação e a
vida. Segundo a mitologia iorubá, Oxalá tentou criar os seres humanos com
vários materiais, mas só conseguiu quando utilizou o barro.
Ogum
Ogum é o orixá que representa a luta, as conquistas, ele é o deus da guerra e
o arquétipo do guerreiro. Ele é o senhor da guerra e padroeiro de todos os
trabalhadores cujo ofício exige a utilização de ferramentas.
Oxóssi
Oxóssi vive nas florestas e representa a fartura, é protetor dos caçadores e
rege as lavouras, seu símbolo é o arco e flecha. Ele pode imitar o som dos
animais com perfeição, é um caçador valente e generoso.
Oxum
Oxum é uma divindade feminina, ela é dona da água doce, dos rios e das
cachoeiras. Representa a delicadeza, a fecundidade e a maternidade, por isso
é muitas vezes chamada de “mamãe Oxum”.
Oxumaré
Oxumaré é filho de Nanã, é a divindade do movimento, do ciclo vital. Esse orixá
é homem e mulher ao mesmo tempo, ele representa as dualidades, como o dia
e a noite, o bem e o mal.
Xangô
Na mitologia iorubá, xangô é rei, por isso é o orixá que cuida do poder, da
administração e da justiça. Ele age com neutralidade, é reconhecido pelas
sábias decisões e é íntegro.
Iansã
Iansã é uma guerreira poderosa, responsável por levar as almas para o céu. É
a senhora dos ventos, dos trovões, das tempestades e representa as
mudanças rápidas.
Iemanjá
Iemanjá é a mãe de todos os orixás - com exceção de Logunedé -, é a grande
mãe e rege a educação, a família e as uniões. Ela é a rainha dos mares,
protetora dos marinheiros e um dos orixás mais famosos no Brasil.
Nanã
Nanã é uma divindade mulher, que representa a maternidade, a vida e a morte.
Segundo a lenda iorubá, foi Nanã quem sugeriu a Oxalá usar o barro para a
criação dos seres humanos.
Omolú
Omolú é um grande e respeitado feiticeiro, é o senhor da vida e da morte e
deus da medicina. Ele é responsável pela passagem de um plano para o outro,
por guiar os espíritos para uma nova vida - atua em hospitais e cemitérios.
Logunedé
Logunedé é filho de Oxóssi e Oxum e dono de uma beleza ímpar. É um exímio
caçador e pescador e tem expressões masculinas e femininas.