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Maracá
Cachimbo
Terço
Desta forma, para cada terço o fiel católico reza cinquenta Ave-Marias. Estas,
estão dividas em cinco mistérios que são pontuados pela reza de um Pai
Nosso a cada dez Ave-Marias rezadas.
O terço poderá ter o mesmo fundamento das guias de Umbanda. Por isso,
agirá como protetivo mágico do corpo espiritual da pessoa. Também pode ser
visto junto do ponto riscado, onde servirá de portal para entrada de energias
dessa falange e do outro plano.
Quando em mãos ele é usado para benzer o consulente, colocando-o sob sua
cabeça e também servindo de objeto de oração, assim como na prática
católica.
Navalha
Além da clara representação do povo da rua e do malandro. A navalha tem um
fundamento para estar nas mãos de Zé Pelintra, sendo manuseada durante os
trabalhos no terreiro.
Chave
A chave utilizada por Zé Pelintra traz o mesmo fundamento do seu uso com
Exu. Assim como na esquerda, sua função dentro do trabalho é a de abertura
de caminhos.
Baralho
A imagem de Robin Hood das vielas era uma constante quando se falava sobre
a mítica imagem de Seo Zé. Boêmio e dono de uma astúcia inconteste, Zé
Pelintra era um grande jogador de cartas, dados, de toda forma de apostas e
também da vida.
todo o jogo não são as grandes cartas que te fazem vitorioso ou não, mas sim
as estratégias que lhe fizeram – apesar de tudo – se manter duro na queda.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com
as mulheres, as quais tratava como rainhas. Sua vida era à noite. Sua alegria,
as cartas, os dadinhos, a bebida, a farra, as mulheres e porque não, as brigas.
Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos […]. Mas ao
contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio
das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os
verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as
apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas.
Isso bebendo aguardente, cerveja, vermouth, e outros alcoólicos que
aparecessem.
Baianos e Malandros: a sacralização do humano no panteão Umbandista
do século XXI, de Mario Teixeira de Sá Junior
Cruz
Chapéu
Figa
Segundo Pai David esse amuleto representa para Zé a sorte na vida. “Para Zé
Pelintra a sorte é uma aliada do malandro”.
Garrafa
É evocando essa origem que Zé Pelintra também vem aos terreiros sempre
com uma garrafa em mãos.
Livro da imagem de Zé
Mas o que acontece, é que Zé Pelintra não está a disposição da moral social
imposta atualmente. Ele trabalha as suas regras e leis.
Por isso o terno de linho branco, o sapato bicolor, o lenço de seda vermelho e o
poste de luz, evocam o particular de um arquétipo social existente da época. A
malandragem estava em alta e os sambistas compunham letras e mais letras
exaltando o lado boêmio da vida.
Becos, vielas.., a rua. Todos aspectos de onde Zé Pelintra fazia seu lar e para
marcar isso nada mais simbólico do que o formoso poste de bronze antigo.
O poste aceso significa que Zé Pelintra está a noite, andando nas ruas.
Também significa a luz, antigamente os seres mais iluminados, por exemplo,
os anjos,
também tinham uma luz sobre si e era representada com uma auréola.
Podemos dizer que existe uma auréola de Zé, não querendo dizer que ele seja
santo, mas sim que os caminhos dele estão sempre iluminados.
Pai David Dias no estudo Zé Pelintra e os Malandros
Seu Zé Pelintra é o famoso malandro , mas não pense no sentido ruim da palavra. Ele é do
tipo que aproveita a vida, sabe ter jogo de cintura e dificilmente será passado pra trás,
porque tem esperteza de sobra. Por isso muitas pessoas fazem a famosa Ebó para Zé
Pelintra, que é um tipo de oferenda para pedir ajuda a ele. Sua origem tem mais de uma
versão, mas sabe-se que ele cresceu órfão e desde cedo precisou aprender a se virar. Era
males que conhecemos e também dos que nem sabemos que existem. Ele
Num prato de papelão de tamanho médio, coloque arroz com lentilhas e tiras de
cebola frita, três fatias enroladas de presunto defumado e farofa de ovo. Tudo
isso deve ser acompanhado de um copinho pequeno de papelão com um
pouco de cachaça. Coloque isso perto de uma praia: pode ser na areia ou junto
à calçada. Peça ao Seu Zé que corte qualquer obstáculo que esteja impedindo
a sua vitória. Geralmente, em três dias as boas notícias chegam. Atenção: ao
preparar a oferenda, leve a garrafa de aguardente junto com você, encha o
copinho e leve a garrafa de volta para sua casa (para usá-la novamente quando
fizer outro ebó).
Essa reza deve ser feita na hora de dormir, um dia antes de jogar. Anote pela
manhã os primeiros números que aparecerem em sua mente e aposte neles
com fé! “Salve meu camarada, Seu Zé,
“Salve Pai Celestial, criador do Céu e da Terra, salve pai Oxalá, orixá maior,
criador do mundo e dos humanos! Bendito seja o Senhor do Bonfim! Salve Zé
Pelintra, mensageiro da luz, guia e protetor de todos aqueles que, em nome de
Jesus, praticam a caridade; dai-me, Zé Pelintra, o sentimento suave que se
chama misericórdia, assim como os bons conselhos; dai-me a proteção quando
puder; dai-me o apoio, a instrução espiritual de que necessito, para dar aos
meus inimigos o amor e a misericórdia que lhes devemos, por amor de nosso
Senhor Jesus Cristo, para que todos os homens e mulheres sejam felizes na
Terra, e possam viver sem amarguras, sem lágrimas e sem ódio. Tomai-me, Zé
Pelintra, sob a vossa proteção. Desviai de mim os espíritos atrasados e
obsessores enviados pelos nossos inimigos encarnados e desencarnados e
pelo poder das trevas. Iluminai meu espírito, minha alma, minha inteligência e o
meu coração, abrasando-me nas chamas do seu amor por nosso Pai Oxalá.”
Numa segunda-feira, coloque um papel com o nome do inimigo em cima de uma folha de
comigo-ninguém-pode e enrole como um canudo. Depois, amarre uma fita dando sete nós
pedindo ao senhor Ogum e ao senhor Zé Pelintra para esfriar e quebrar a força do inimigo.
Coloque em um pote de maionese vazio e guarde no congelador até que o inimigo
desapareça. Depois é só despachar o “canudo” em água corrente e jogar o pote no lixo.
Lave bem as mãos após o contato com a erva, pois ela é tóxica.
Seu coração está em pedaços porque sua cara metade foi embora?
Primeiramente, respira e não pira. A simpatia do Zé Pilintra para trazer o amor
de volta vai te dar aquela mãozinha.
Tá achando estranho?
Pois saiba que antes de ajudar casais a se reencontrar, ele era um homem de
carne e osso que gostava demais da vida boêmia. A origem dele é incerta e o
sincretismo religioso lhe fez o favor de torná-lo uma entidade presente tanto no
Catimbó quanto na Umbanda.
Pelo Catimbó, Zé Pilintra se chamava José Gomes da Silva. Um homem negro,
alto, forte e com uma presença marcante que andava pelas boêmias ruas do
interior de Pernambuco. Fazia o tipo malandro, mas o malandro bonzinho, que
defendia as cortesãs, amava jogos de dados e defendia os pobres quando
havia uma injustiça.
Aliás, era homem bom de briga, sabia manusear uma peixeira como poucos e
isso lhe conferia mais respeito. Ai de quem se atrevesse a discutir com José
Gomes da Silva!
Pela Umbanda, Zé Pilintra que sabe trazer o amor de volta, se chama José dos
Anjos. Ainda jovem, Zé perdeu a mãe e foi criado na rua, no meio boêmio. Uma
noite dormia aqui e outra lá, sem paradeiro. A única coisa que carregava era a
reputação de bom moço que gostava das diversões da noite.
Considerado um bom amante, protetor e defensor da mulheres, Zé Pilintra era
um rei entre elas e ninguém se atreveria a mexer com qualquer uma delas na
presença dele.
Seja pela umbanda ou pelo catimbó, Zé Pilintra é o advogado dos pobres,
melhor amante das mulheres e um homem elegantemente vestido de branco,
com sapato brilhante, gravata encarnada e chapéu panamá (ou de palha,
dependendo da região). Certamente, a simpatia do Zé Pilintra para trazer o
amor de volta pode ajudar você também.
2 velas brancas;
1 palito de dente ou de churrasco;
barbante ou fita de cetim na cor branca, rosa ou vermelha;1 pires; pedaço de
papel em branco, sem linhas; caneta vermelha, ou lápis de cor vermelho.