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Esú é esfera.
Esú é fogo.
Esú Oduso entregou o segredo para Osun, e a Ayaba aprendeu a abrir os Odus.
Esú ouviu um homem dizer que ele não podia entrar em sua casa, mas uma casa sem Esú pega
fogo.
Se um homem for mesquinho com Esú, Esú será mesquinho com este homem e nenhum Orisa
atenderá essa pessoa.
Esú é que soou o alarido no dia em que os Orisa subiram para o céu.
Laroye Esú!
Oxumarê é um Orixá, equiparado ao Vodun Djeje Dan. Oxumarê é o Orixá que representa a
continuidade e permanência, costuma ser
representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê costuma ser,
erroneamente, tratado como um Orixá andrógino, o que é totalmente errado, pois ele é
totalmente masculino, existe sim uma Orixá equivalente a Oxumarê e que é feminina, trata-se
de Ewá, que é sua fêmea.É representado por uma cobra e por um arco-íris, e podendo ser
considerado sendo esses mesmos dois símbolos. Suas funções não são muito fáceis de definir,
pois são múltiplas. É o senhor do opostos, dos antônimos, do bem e do mal, do dia e da noite,
do positivo e negativo, do macho e fêmea. Oxumarê é o símbolo da continuidade, e é
representado com a serpente que morde a própria calda, formando um circuito fechado, um
círculo. Ou seja, representa o que não tem fim, o que se regenera, o que se transforma. A
troca da pele da cobra é um de seus simbolos permanentes.
Em seu transe, este Orixá é ornado com vários bradjas, que são grandes colares
confeccionados completamente com búzios, o qual se parece com escamas de cobra. Quando
Oxumarê dança faz soar um ruido semelhante ao guizo de uma cascavel, ou ao som que uma
cobra faz ao se mover pelo chão.
Acredita-se que a função de Oxumarê não cabe apenas aos mortais mas aos Deuses também.
Existe um itán que cita Dan sendo responsável pelo fornecimento de água nos espaços
sagrados do Orun, ele recolhe a água na Terra e leva ao céu, depois de purificada, manda
novamente em forma de chuva. Sendo o ato da chuva um fenômeno masculino, logo após vê-
se o arco-íris, seu aspecto feminino. Oxumarê é o movimento circular de rotação da Terra e o
movimento de translação desta ao redor do Sol.
Dangbé - Vodun mais velho que seria o pai de Dan; governa os movimentos dos astros. Menos
agitado que Dan, possui uma grande intuição e pode ser um adivinho esperto.
Becém - dono do terreiro do Bogun, é Vodun veste-se de branco e leva uma espada. Becém é
um nobre e generoso guerreiro, um tipo ambicioso, combativo, menos afetado e menos
superficial que Dan. Aido Wedo, também é um Vodun tido como Oxumarê.
Azaunodor - é um Vodun tido como o príncipe de branco que reside no baobá, relacionado
com os antepassados; come frutas e "leva tudo de dois".
Aspectos Gerais
DIA: Terça-feira
DATA: 24 de Agosto
PEDRA: Zirconita
A saudação de Oxumarê pode ser traduzida como O importante que transporta, pois Arô é
traduzido como pessoa importante, Bó é traduzido como suporta ou leva, Bò é traduzido como
carrego e Yí pode ser traduzido como retorna.
Oriki de Oxumarê
O Se Li Oju Oba Ne
A Pupo Bi Orun
Orin Oxumarê
Òsùmàré
Lé´ lé mo rí ó, ràbàtà
Lé´ lé mo rí
Òsùmàré
Ele está sobre a casa.
Eu vi , ele é imenso.
Eu vi Oxumaré.
Aláàkòró lé èmi ó
Aláàkòró lé ìwo
Aláàkòró lé èmi ó
Aláàkòró lé ìwo
Òsùmàré ó ta kéré
Ta kéré ó ta kéré
Òsùmàré ó ta kéré
Ta kéré ó ta kéré
rapidamente.
Orisa Oyá!
OYÁ HEY!
Que todo povo se abaixe!
Desviem o olhar!
O Rei de Oyó queria cuspir fogo, mas quem teve fogo na boca primeiro foi Oyá!
BAAAAAALÉ! HEEEEEEEY!
Quente! Quente!
Oyá é tão velha quanto os Imolé, e ainda assim age como uma mulher de pouca idade.
O Egun ainda não sabe que morreu, Oyá é tão rápida com a espada que o inimigo cai antes de
se levantar!
Oya dançou nas águas do Rio Niger e tomou posse! O impossível é fácil para Oyá!
Quente! Quente!
Egun! Egun!
HEPA HEY!
Quente! Quente!
Acalmem a Ayaba!
Oya é quem bebe o sangue do animal antes que esfrie e engole a brasa junto com dende
fervendo!
HEEEEEEEEEEEEY!
Hepa Hey Oyá Iya Mesan L'Orun!
Oyá amava Sango, mesmo com a vida conturbada ela o amava, e o amava muito.
Ela se relacionou com muitos homens, mas somente Sango tinha seu amor.
Sango não era o Rei legítimo da cidade de Oyó e quando Ajaká vem para recuperar seu lugar e
destronar Sango, ele se desespera pois sabia que o seu destino seria ser tratado como um
ladrão.
Ela então tenta de todas as formas encontrar a alma de Sango em algum dos Nove Oruns que
ela comandava, mas a alma de um suicida nao tem rumo, ela nao o achou.
Oya havia ganhado um Asé, sua comida Akará (Acarajé), o bolinho de feijão frito em azeite de
dendê que ela abençoava e seus filhos comiam em honra ao ato de oya engolir brasas.
Oya então faz um Akará branco, frito em oleo claro, e junta os bolinhos em um cesto junto
com suas folhas e sobe no topo de um monte.
Olodumare nunca havia um Orisa se humilhar daquele jeito, Oya estava oferecendo todo seu
Ase em troca de estar com Sango por mais um momento.
Oya nao parava de chorar e implorar, seus desespero causou um sentimento de compaixão em
Olodumare.
"Acalme-se Ayaba! Nunca houve um amor como este em todo o Orum e em todo o Ayê! Oya é
bendita por ter tanto amor dentro de si, e Sango será bendito por ter sido agraciado com tanto
amor."
Olodumare trouxe Sango do mundo dos mortos e lhe devolveu a vida e o Ase de Orisa.
Agora Sango ama somente a Oya e ela o ama com todas as suas forças.
Os candomblés que cultuam Oya oferecem e ela uma grande festa no mês de setembro
chamada Akará L'Oya, nesta festividade se louva Oya em todas suas ações, e então umas das
ultimas cantigas relatam a história contada aqui.
Se canta:
TOKAN TOKAN
ELENU Ê
TOKAN TOKAN
Quando uma filha de Oya sofre por amor, Oya a entende e a conforta.
Hepa Hey!
Yewa era filha de Obatalá, e gostava de cuidar do Jardim do Palácio. Yewá era uma moça
extremamente bela, e ainda era virgem, e todo povo comentava que ela não tinha interesse
em se casar, so queria cuidar de seu pai.
Um dia Sango estava se vangloriando de ter se casado ou tirado a castidade de todas as moças
virgens de seu reino e dos reinos vizinhos, e Esú lhe di...sse:
"Todas não, a filha de Obatalá ainda é virgem. A princesa Yewa não foi tocada por ninguém."
Sango passou então a espiar Yewa pelos portões do palácio, ele observava Yewa a cuidar do
Jardim.
Ele passou a chamar Yewa e conversar com ela, ele pouco a pouco ganhou a confiança dela,
ele elogiava as flores que Yewá cultivava, e fingia querer apenas amizade.
Um dia Obatalá e viajou e Yewa ficou sozinha. Sango pulou os portões do palácio e foi até o
quarto de Yewá, onde ela se entregou e ele, fizeram sexo. Esta foi a ultima vez que Yewa viu
Sango.
O tempo passou e a menstruação de Yewa não vinha, e ela descobriu estar grávida. A
vergonha e o desespero tomaram conta dela, como ela teria um filho sem pai? Como as
pessoas olhariam para ela agora? Yewa então decidiu abortar a criança. O resultado do aborto
foi um pequeno feto que enterrou no jardim.
Ela respondeu:
"Por que no canto do jardim ha uma lugar onde a terra está revolvida?
E Obatalá perguntou:
"E tambem foi necessário remover a flor que estava dentro você?"
Yewa começou a chorar e pedir perdão a seu pai, mas Obatalá lhe disse que a "castidade" foi
opção dela, ele nunca exigiu isso de sua filha. Porem ele também disse que Sango havia
espalhado aos quatro ventos que Yewá havia implorado para fazer sexo com ele, e o povo
acreditou nisso, e a fama de Yewa era agora de "promíscua".
Yewá sempre foi pura, e não suportou aquilo, as pessoas nao tinham mais respeito por ela.
Sem alternativa Yewa Foge, e vai para a floresta. Ela vivia sozinha e amargurada, mas um dia
encontrou Oxóssi e ele compreendeu a dor dela, mas lhe ensinou a seguir em frente. Eles
passaram a viver juntos, e até hoje Yewa usa o Ofá que ganhou dele.
É proibido falar de sexo diante de Yewa, ela não gosta de nada que remeta a relação sexual, é
seu Ewó.
Não, depende da qualidade a ser iniciada. Pra esclarecer eu coloquei aqui as qualidades de
Yewa para vocês entenderem:
*Yewá Gebéuyin: A mais velha, veste vermelho Sangue e dourado. Esta é a Yewá que se
transforma na serpente gigante que dorme no leito do Rio Yewá. NÃO HÁ NECESSIDADE DA
YAWO SER VIRGEM.
*Yewá Salamin: Esta é a Yewá caçadora, usa Ofá e come com Oxóssi e Yemanja, se veste de
branco
verde, creme e cores claras. ESTA YEWÁ SÓ SE INICIA EM MULHERES VIRGENS. É a mais
popular
das Yewa's.
*Yewá Gyran: Esposa de Obaluayê, essa Yewa usa o Ikó(roupa de palha vermelha semelhante
as de omulo) com palhas vermelhas e sua saia é vermelho carmim, usa lança. NÃO HÁ
NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.
*Yewá Fagemy: Essa é a Yewa ligada com Oxumare e seu Arco-íris. Usa Branco, e sua
ferramenta é o
globo com ponta de lança chamado Ejô. NÃO HÁ NECESSIDADE DA YAWO SER VIRGEM.
*Yewá Bomio: a Yewa que se perdeu na floresta e se transformou em Rio, ligada a Osayn,
Jagun e Sango. Pode usar todas as cores referentes as
*Yewá Awô: Esta Yewá so se veste de Branco, é a esposa de Orunmilá, a sagrada Apetebí.
Dizem que ela o salvou da morte. Conhecendo os segredos do Ifá recebeu o título de Ya awo
(mãe do segredo). É da família
Yewa não é a senhora da Virgindade. Isso é uma questão de sua iniciação, mas apos um ano de
iniciado a Yawo pode se relecionar sexualmente sem problemas. Vale lembrar que Yewa é mãe
e foi casada diversas vezes.
Hi Hó!!!
"Orisa Já/Ogunjá"
Ogunjá é um dos trigêmeos filhos de Obalufon. É o senhor das espadas, guerreiro nato do
reino de Ifon.
Ogunja é muito confundido com OgunAjaja que é o Ogun que aceita cães em sacrifício e se
veste de verde, mas Ogunja e Ajaja são orisa's distintos.
Epa Imolé!
YEMOJA SE SACRIFÍCA PARA SALVAR OS FILHOS
Olofin estava descontente com os moradores da terra, porque eles se esqueceram dele. ...
Com a seca prolongada os animais morreram, as plantações queimaram e quase não havia
água para beber.
mundo, e eles então se reuniram e decidiram enviar ou Sango ou Yemoja para ver e Olofin ele
pedir o seu perdão.
Yemoja era Orisa, ela tinha água para si, mas abandonou seu conforto para buscar água para
todos.
Quando Yemoja chegou ela estava com tanta sede e fome que ao chegar nos jardins, não pode
resistir mais e
para a sua caminhada matinal e viu de longe que alguém que se atreveu a
Ao se aproximar ele ficou perplexo ao ver a Rainha Yemoja bebendo água suja de uma poça
entre as flores.
Olofin disse para ela se levantar, e então percebeu que o amor de Yemoja era muito grande e
que pelo sacrifício dela os homens estávam perdoados e que ele enviaria a chuva novamente.
O grande sacrifício de Yemoja nao foi despercebido, ela salvou seus filhos e os filhos de todos
os Orisa.
Se conta que havia um dia reservado para se fazer oferendas aos Ancestrais, e que Sango e
seus súditos também reverênciavam os que ja se foram.
No dia da oferenda as Iyami resolveram aprontar com os homens, elas se vestiram com panos
semelhantes aos de Egungun e então aterrorizaram os homens.
Porém Sango Barú não tem medo de Egun, enquanto os homens corriam apavorados ele não
se moveu.
A filha predileta de Sango era a princesa Adubayani. A princesa em suas brincadeiras subiu em
um pé de Obí, e então as Iyami empurram a princesa do topo da árvore. A princesa Adubayani
caiu e com a batida no chão morreu.
Ele então foi até Ifá para descobrir se havia um jeito de ver Adubayani novamente.
Ifá disse que Sango devia agradar Ikú Oniborún, a divindade que guardava a porta do mundo
dos mortos, e que se Ikú Oniborún gostasse dos agrados de Sango ele o deixaria ver
Adubayani.
Assim Sango ofereceu para Iku grandes presentes e ele permitiu a Sango ver a princesa, porem
Sango era muito esperto e estando ali junto a Ikú Oniborún ele aprendeu os segredos dos
Eguns.
Ao voltar para o seu reino Sango Barú instituiu o culto a Egungun e sendo o detentor do
segredos ele se tornou o líder deste culto.
As mulheres foram proibidas de ter participação no culto de Egun pelo fato de as Iyami foram
as causadoras da morte da princesa, a única exceção é Oyá, Orisa Oyá tem muita influência no
culto a Egun.
Kawo Kabiecile!
Na cidade de Ira, morava o rei de Ira, que tinha muitas esposas, porém não tinha amor por
nenhuma delas, as achava burras porém elas eram ótimas tecelãs, e mentiam a economia do
reino.
Então ele chamou seu Conselheiro e pediu que fosse a todas as aldeias atrás da mulher mais
bela e prendada.
O Conselheiro seguiu de aldeia em aldeia atrás da suntuosa esposa que o Rei tanto queria,
após andar muitas léguas, o Conselheiro já com sede, viu de longe uma jovem, carregando na
cabeça uma trouxa, então ele correu em direção a ela e pergunta se ela tem um pouco de água
para lhe dár, e a moça no mesmo momento tira de dentro da trouxa, uma cabaça com um
pouco de água, vendo a atitude doce e gentil, o Conselheiro consegue ver que a moça era
nobre, além de bela, porém só faltava o principal, o fator que a diferenciasse das outras. Ele
decide então conversar com ela, e a leva imediatamente para a cidade de Irá, chegando lá,
todas as canditas mostravam seu dotes ao rei, e quando chegou a vez da moça, ela se
apresenta ao rei:
- Sou aquela que será a rainha de Ira, sou filha do vento e da água.
- Sei que o povo de Irá é famoso por seus tecidos de cores diferentes, porém não conseguem
fazer todas as cores - Diz ela de olhos baixos
- Como ousa dizer isso, não existe no mundo quem consiga reproduzir as cores que existem na
natureza.
- Então mostre!
- A moça tira de sua trouxa o camaleão, e o coloca em cima de sua roupa e o animal então se
torna da mesma cor, e assim em tudo que ele encosta.
O rei fica maravilhado com a inteligência da moça, e a torna a rainha de Ira, sendo chamada a
partir daquele momento de Onira.
E foi assim que ela subiu ao trono se retornando uma das mais notórias rainhas Africanas.
Ominibú
O fundo do rio é gelado, a correnteza passa pelo seu corpo lhe dando paz.
Se conta que Olodumare soou o alarido, os tambores do Orun tocaram e os Orisa foram
obrigados a se retirar do mundo.
Mas Ominibú conseguiu descer mais uma vez e então fez com que os homens aprendessem o
grande ritual.
O corpo de Ominibú não pode mais tocar o Ayê, mas seu Asé contínua no fundo do Rio.
Ore Yeye!
Yemoja Awoyô
Yemoja Awoyo, Oyô, Owô tem um culto forte na Santeria mas no candomblé são poucas casas
que cultuam.
É assentada em Barro (no candomblé a colocam em louça por haver o habito de atribuir louça
a todas Yemoja) e vão itens específicos que diferenciam a Ayaba das demais.
Osumare tem presença constante em suas lendas se dizendo que a coroa que ela usa como
rainha do mar é na verdade o Arco-íris de Osumare.
No Brasil as qualidades de Yemoja usam sempre branco e tons claros de azul e verde, porem
esta Yemoja pode usar tecidos coloridos e estampados, ela é ligada aos corais então aquelas
cores fortes e mistas casam bem com seu Ase, inclusive se fala que ela usava sete finos tecidos
atados a cintura e por isso em cuba dizem que Yemoja Awoyô se veste com sete saias.
Esta Yemoja é velha mas guerreira, ela é rica e cultuada como Orisa de prosperidade.
É altiva, demonstra ser uma real Rainha Áfricana, se apresenta com boa postura.
Por ser agitada algumas de suas cantigas foram adaptadas para o ritmo aluja no candomblé.
Odoya!
O rei de Ifon, chamado Osalufon tinha muitos filhos, entre estes filhos estavam os trigêmeos
Ajá, Ajagunã e Jagun.
Na grande batalha de Osogbo Jagun foi enfeitiçado e quando acordou do encanto ele estava
nas terras de Obaluaye.
Jagun passou a ser o general de Obaluaye, e com ele criou uma forte aliança.
Jagun é um grande guerreiro de Ekiti Efan, mas sempre estará vinculado ao Asé de Oluayê.
Jagun não é qualidade de Omulu, portanto ele não usa Azê. Jagun se veste de Branco pois é da
família real dos Imolés Funfun.
Yemoja Asesun foi a mais bela das passagens de Yemoja sobre a terra.
Yemoja era namoradeira, se engraçava com os pescadores mas eles ao entrar no mar morriam
afogados.
Yemoja vivia com sua mãe Olokun, mas não tinha marido e se sentia só.
O espírito do Rio Erinle era um Orisa, o espírito pescador chamado Inle, Odé da cidade de
Ilobú.
Inle nas águas esbanjava beleza, seus longos braços remavam contra a maré, sua pele negra
brilhava a luz do sol. Yemoja na beira da praia observava o Orisa das águas doces se
aventurando em seu mar.
Yemoja Asesun era negra como uma pérola, suas longas tranças quase tocavam o solo, e o
corpo sinuoso como se ela poderia ter.
Os principes da água!
Porem Yemoja e Inle vieram a se separar. Não queriam mais viver juntos.
Inle levou o menino para o Rio Erinle, a menina ficou no mar com a mãe.
Um dia O menino sentiu falta da irmã e ela tamben sentiu falta dele.
Era um longo caminho entre o rio e o mar, e no meio do caminho eles se encontraram.
Ali ni meio do caminho fundaram sua aldeia, Ilê Karê, a Aldeia dos Filhos de Yemoja e Inle, os
Gêmeos Karê.
O menino cresceu e se tornou um homem foi chamado "O Caçador Odé Karê". A menina se
revelou Avatar de Osun, e foi chamada "Pescadora Osun Karê".
Ogun Méje
Se conta que Ogun conquistou Irê, e que colocou seu filho Ogundaunsí no comando da cidade
e então ele voltou para sua vida de Guerreiro conquistador e desbravador.
Porem ele sempre estava rondando as sete entradas de Ire, protegendo a cidade dos inimigos
e por haver sete entradas em Ire ele recebeu o título de Ogun Meje, que significa "Sete Ogun"
e da referência a Ogun estar simultaneamente nos sete portões de Irê.
Passamos então a cultuar Ogun Meje como guardião dos Ilê Asé, Ogun Meje esta sempre
guardando as portas dos terreiros onde Ogun é cultuado.
Na maioria das tradições, Ogun Meje é cultuado em Assentamentos e não é iniciado em Ori,
não possui Elegun, isso porque se iniciarmos alguem a este Ogun ele perderá sua exclusiva
função que é guardar o terreiro.
Existe muitas maneiras de cultuar Ogun Meje, e vou citar aqui um assentamento básico desse
Orisa:
Dentro de um alguidar ou uma panela de barro se coloca um ferro de Ogun chamado que
popularmente é chamado de Arabesco, que consiste em um grande Ofá apontando para cima
e na base do Ofá são presos ferramentas usadas em agricultura e tambem laminas e
espadas.dentro da penela estara a base que sustenta esse arabesco, e envolta dessa base de
coloca um imã, uma pedra de minério bruto, muitos búzios abertos e fechados, pimenta da
costa, waji, ossun, efun, sete moedas de ferro ou aço, sete esferas de metal, chaves, azeite de
dendê, ferramentas como facões, foices e lanças, favas de Ogun e as sete folhas de Ogun (ewe:
Iji opé, Ida orisá, Atoribé, Okiká. Ojusaju, Peregun, Ewurô). Após assentamento montado e os
sacrifícios feitos sobre ele, se envolve o assentamento em Mariwo e então se deve posicionar
este Assentamento próximo a porta principal do Terreiro.
Ha outras maneiras de assentar esse Orisa, algumas casas o colocam sobre um pilão ou
quartilhão, outras utilizam argila e fixam esse assentamento direto no solo, e também
acrescentam ferro de linha de trem, correntes e chifres de animais e muitas outras coisas pois
cada casa aprendeu de uma maneira.Este é Ogun Meje, e ele estará sempre ao lado de Esu.
Ogun Ye!
Se conta que Oxóssi era um dos melhores caçadores e sua flechas nunca falhavam.
No entanto houve um tempo em que não conseguia alcançar suas presas porque a floresta
densa o impedia.
Neste tempo Oxóssi era inimigo de Ogun filho de Oduduwa porque Esú tinha semeado a
discórdia entre eles, porém Ogún estava passando por um problema semelhante.
Apesar De ninguém pode fazer trilhas na mata mais rápido do que ele, ele nunca conseguia
matar os animais, os bichos lhe escapavam na mata densa, e por isso ele também foi ver
Orunmilá e foi instruído a fazer ebo.
Foi assim que ambos os rivais foram
Oxóssi e Ogun escolheram o mesmo lugar para fazer as oferendas e logo começaram a discutir.
Eles tiveram uma discussão forte, mas Oxóssi pediu desculpas e sentou-se para falar e contar
seus problemas. Enquanto falava, ha distância passou um cervo. Rápido como um relâmpago,
Oxóssi sentou-se e atirou uma flecha que atravéssou o pescoço matando o animal que caiu na
mata.
"Você vê?" suspirou Ochosi, "eu matei mas não posso alcançar".
Então Ogún tomou o facão e rapidamente abriu uma Trilha até o cervo. Muito satisfeito,
pegou o animal e dividiu com Oxóssi.
A partir desse tempo Ogun e Oxóssi concordaram que um era necessário para o outro e então
eles fizeram
de ferros.
Asé
Se conta que Obatalá tevê muitas filhas, entre elas haviam duas que se destacavam mais, uma
era Obá Nani, e a outra era Yewá.
Yewa e Oba nunca haviam se visto, pois quando Yewá nasceu, Oba ja era uma mulher madura
e havia ido viver sua vida no mundo.
Yewá havia prometido a Obatala que nunca se casaria, que seria eternamente virgem para
cuidar de seu pai. Obatalá então era muito orgulhoso em dizer ser pai da princesa virgem, a
Ayaba pura.
Baromú tentou ajudar mas Yewa sentia que era uma vergonha para seu pai. E então ela deu
seu filho para Baromú, que por sua vez entregou para Yemoja que prometeu criar a criança.
Yewa se sentia como se seu coraçao estivesse frio como as águas de seu rio. Yewa foi embora
da casa de Obatala, ela foi para Ileiku, o cemitério.
Oba era a defensora das mulheres, sempre pregando que a mulher não deve se submeter a
vontades do marido, mas ela mesma se mutilou para agradar Sango. Mas Sango não havia
pedido isto, foi a perversidade de Osun que a enganou e a induziu a um erro que a fez perder a
sua dignidade e o seu orgulho.
Oba Nani se sentia como se seu coraçao estivesse frio como as águas de seu rio. Oba foi
embora da casa de Sango, ela foi para Ileiku, o cemitério.
O cemitério tinha algo muito desejado por Obá e Yewa, o cemitério tinha Paz.
Quando Obá chegou ao cemitério ela encontrou sua irma Yewa, e as duas compartilharam de
suas tristezas.
Yewa e Oba são o que se chama de "Okanani", que significa "um só coração", elas são irmãs,
amigas e aliadas.
Mafaferefun!
Ogun era muito amigo de Sango, que tambem era familiar de Oduduwa.
Ogun e Sango era como Irmãos, companheiros que festejavam sempre que se encontravam.
Ogun um dia convidou Sango para sua casa, e lá ele lhe apresentou sua bela esposa Oyá.
Sango ja tinha se casado com duas rainhas, e essas duas rainhas eram ex mulheres de Ogun,
mas Ogun não tinha levado isso como afronta, ele não havia percebido que Sango invejava
tudo que era seu. Nessa época Sango ainda não era rei, mas Ogun ja era rei, senhor de muitas
cidades.
Na casa de Ogun, Sango foi bem recebido. Porem quando Ogun se ausentava Sango se
insinuava para Oya, tentava seduzir a rainha de Ogun.
Sango era jovem e belo, enquanto Ogun era maduro e sem jovialidade.
Sango propôs a Oya fugir com ele, e ela ja farta do caráter truculento de Ogun, aceitou ir com
Sango.
Quando Ogun chegou a sua casa foi informado pelas suas outras esposas que Oya havia fugido
com Sango.
Ogun se enfureceu.
Ogun recebeu Sango como se fosse um de seus filhos, Sango comeu em sua mesa, dormiu em
sua casa, fingiu-se de seu amigo e depois o apunhalou pelas costas.
Ogun tambem sofria por ter perdido Oyá, a mulher que mais amou.
Ogun então foi atrás de Sango, ele desejava matar Sango e reaver Oyá.
Quando os dois Orisa se encontraram eles lutaram, guerrearam com toda sua força. Sango
usava seu Ose e lançava as pedras de raio em Ogun, enquanto ogun vibrava suas duas espadas
no ar arrancando faíscas tamanha era a força de seus golpes.
Lutaram por horas, por dias, por muito tempo, ate que desfaleceram de cansaço. Ogun e
Sango eram equivalentes em sua força, não haveria vencedor ali, eles então abaixaram suas
armas e coube a Oya decidir com quem iria ficar.
Oya escolheu Sango, e até os dias de hoje ela esta com ele.
Porem Ogun jamais deixou de amar Oyá, e quando Sango se tornou rei, de vez em quando
Ogun passava por Oyó com a esperança de ver Oya mesmo que de relance pelas janelas do
palácio.
Oya conquistou o amor de dois guerreiros, mas ela so pode entregar o coração a um.
Mesmo Ogun e Sango vivendo em contenda, eles sempre estão próximos, são famíliares,
ambos são descendentes de Oduduwa o Ooní de Ile Ifé e por isso seus caminhos sempre se
cruzam.
Ogun Ye!
Kabiecile!
Orunmilá então trabalhou arduamente para mudar os habitos do povo, Orunmila conseguiu
corrigir metade do problema.
Orunmilá ao abrir os seus búzios viu que Olodumare desejava que ele fosses embora daquela
aldeias pois havia outra tribo que precisava dele com urgência.
Orunmila então reuniu o povo daquela terra e avisou que estava partindo mas que logo
chegaria um homem mandado por Olodumare para finalizar a tarefa.
Assim que Orunmilá partiu, chegou naquele povoado, um homem de aparência enferma e com
algumas feridas em seu corpo, pedindo hospitalidade. Mas ao invés de dar a hospitalidade,
decidiram colocá-lo para fora do povoado, pensando que aquele homem trairia alguma
enfermidade contagiosa e poderia contagiar todos os habitantes.
Quando Orunmilá voltou ele perguntou sobre o homem que Olodumare enviou para ajudar a
aldeia.
Os moradores responderam que ali só haviachegado um homem com aspecto muito pobre e
enfermo e
do povoado era Orisá Obaluaye e era o único que os poderia proteger contra as
enfermidades."
Então Orunmilá lhes mandou fazer sacrifícios com alguns ingredientes determinados por ele e
que realizassem uma grande festa e que depois tudo terminado, Obaluaye voltaria.
Eles realizaram tudo que Orunmilá ordenoue assim Obaluaye mas agora como um homem
belo e forte, e com ele voltou também toda a prosperidade e a riqueza a essa terra, e as
enfermidades se acabaram e todos voltaram a ser felizes.
Obaluaye quando jovem sofreu com muitas doenças, mas ao se tornar Orisa ele se
transformou em um homem forte, um guerreiro indomável.
OBALUAYÊ AFOMAN
AWA KA AS KO L'OMO
AFOMAN TI BÍ KAN
tradução:
Ele é sim senhor das Doenças e Pestilencias, porem ele nao é deformado nem possui aparência
desagradável, na verdade é um homem altivo, forte e belo.
É habitual ver Afoman com as palhas avermelhadas, a cor Vermelha é um símbolo dos
feiticeiros.
Afoman veste amarelo e vermelho, algumas casas o vestem de preto, porem pela tradição
brasileira muitos Ilê Ase nao vestem Orisa com tecidos pretos, e o substituem pelo amarelo
estampado.
Este Orisa carrega duas bolsas de couro de onde tira as doenças que castigam o seus inimigos,
também usa o Sasara e a sua Lança.
Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com Ogun de quem é
companheiro e Osayn.
Atoto!
Esta lenda é de Opara Hubjebé, sendo que Opará Akurálonà não vivenciou essa história.
(Senhora da espada é Opará, Senhora da espada é Iponda, todos falam, todos falam que
Senhora da espada é Opará. Doce mãe das águas de Iponda, a doce mãe é Iponda)
Opará Hubjebé era uma guerreira que servia a Osun da cidade de Ipondá.
Porem um Dia Erinle Ibualama se enamorou de Osun, e dela teve um filho. Osun amava Erinle
Ibualama e tinha muitos ciúmes dele.
Mas Opara tambem se apaixonou por Erinle Ibualama, vendo que ele era um homem muito
belo.
Osun soube do sentimento de Opara para com o seu amado e se enfureceu. Cheia de ciúmes
ela armou uma vingança contra Opara.
Osun era Olopondá, a Rainha de Iponda e por isso era reverenciada por onde passava.
Ela ordenou que trouxessem Opará Hubjebé para ve-la dizendo estar com saudades.
Quando Opará entrou na casa de Osun ela se aproximou da rainha e se ajoelhou como de
costume para saudar a realeza. Nesse momento Osun Iponda Pegou arpão e com os ganchos
de fisga ela arrancou os olhos de Opará. Opará Hubjebé então se tornou cega.
Oyá foi em defesa de Opará, lançou raios em Osun que mesmo se esquivando teve os pés
queimados pelo calor dos raios de Oyá. Mas Osun é esperta, quando Oya lhe lançou o último
raio ela levantou seu espelho e refletiu o clarão nos olhos de Oya que ficou
momentaneamente sem visão e Osun pode fugir.
Mesmo tendo se livrado de Opara, Iponda não ficou com Erinle Ibualama, ele preferiu voltar
para o floresta a viver como rei. Iponda então se casou com Sango.
Toda vez que Iponda e Opara se encontram elas guerreiam! Grandes inimigas são essas
Ayaba's!
(Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.)
( Com sua sineta ela fura o ventre mentiroso, Doce mãe é Iponda!)
Ore Yeye!!!
LOGUN EDÉ GANHA OS PEIXES DE YEMOJA
Osun criava seu filho Ologun na parte raza do rio. Ologun dizia a sua mãe que não havia o que
temer, ja que ele respirava em baixo d'água e jamais se afogaria. Mas Osun não temia que
logun se afogasse, ela temia que algum desafeto seu ferisse o menino.
Um dia Osun se pôs a polir seu Adê de ouro, ela sempre o polia pessoalmente, por isso era
chamada de Osun Aladê, Senhora da Coroa, e não percebeu que Logun havia entrado na parte
funda do Rio. Logun nadou até o fim da corrente, e quando chegou na parte em que o rio
desagua no mar ele começou a se afogar. Logun respirava como um peixe, mas a água da
Pororoca estava sob o dominio de Obá, a inimiga de Oshun, que reconhecendo o menino
atentou mata-lo. A água pesava e pressionava o corpo de Logun com a força de uma Sucuri. O
menino arfava e chorava vendo que ia morrer.
Do outro lado, Yemoja Asesun estava na praia contando as penas de sua pata Branca, e ouviu o
choro de Ologun. Yemoja cortou as águas e quebrou o feitiço de Obá, pegou Ologun e o levou
para o Fundo do mar em segurança.
Yemoja amou logun, e deu a ele o poder sobre os peixes e lhe deu tambem o seus preciosos
cavalos marinhos.
Ologun é seletivo, come com quatro Orisa apenas, ele vem com Esú, Obatalá, Yemoja e Oya.
Nanã Insulê
Insulê ou Inselé se traduz como "que trabalha em casa", e é um caminho da Ayaba Naná que
se revela diferente das demais qualidades, pois Insule é pacífica e não guerreira ou feiticeira
como geralmente se vê Nana, esta Ayaba é uma mãe de família. Insulê é Orisa da terra, ligada
ao Barro e as águas doces.
Seu Ewó é o mar e tudo que vem dele, Insulê não se alimenta de peixes de água salgada e
frutos do mar.
Se conta que Orisa Nlá e Nanã eram muito íntimos e ela desejava se casar com ele. Orisa Nla
gostava muito de ir a praia, e um dia ele avistou uma negra muito bela se banhando no mar.
Era Yemoja, a Rainha do Oceano. Orisa Nla de imediato se apaixonou por Yemoja e se
esqueceu de Nanã.
Nanã então ficou preocupada pois Orisa Nla havia desaparecido, não o via em lugar algum. Ela
decidiu procurar na praia, pois sabia que ele amava observar o mar.
Mas ao chegar a praia ela viu Orisa Nla nos braços de Yemoja e se entristeceu muito.
Yemoja Alertou Orisa Nla sobre a presença de Nanã e ele foi explicar para a Ayaba que não
podia se casar com ela pois amava Yemoja.
Nanã ficou desolada, e então passou a viver só, ela pensava somente em trabalhar para não
pensar em Orisa Nla.
Orisa Nla se casou com Yemoja mas não foi feliz. Yemoja era agitada e vivia insatisfeita e a se
queixar de tudo e Orisa Nla passou a sentir saudades da calma de Nanã e resolveu se separar
de Yemoja e voltar a viver com a boa Nanã Insule, que o tratava com paciência e Amor, e assim
lhe deu muitos filhos e alegrias.
Obiwa Nana!
OLOSÁ
O nome Olosa vem de "O-ni-Osa" que significa "A que tem a Lagoa". É uma Ayaba muito rara
que se veste de tons de amarelo. Atualmente é muito difícil se encontrar Yawo's de Olosá.
Olosa é a deusa das Lagoas e Lagos, é a principal companheira de Olokun, o Orisa do mar.
Olosa é uma mulher muito bela de cabelos compridos e sempre bem vestida e bem ornada.
Ela é familiar de Olokun, Olonã, Osun e Yemoja, e também se relaciona com Esu, Ogun e
Osayn.
Olosa fornece peixes a seus devotos, e existem vários templos dedicados a ela ao longo das
margens das lagoas na Nigeria onde se fazem oferendas de aves, ovelhas e muitos animais que
agradam a Ayaba.
Em seu culto são sagrados os crocodilos, eles são chamados de mensageiros de Olosa, e por
isso são preservados pois limpam as lagoas e protegem os tesouros de Olosa.
Olonã teve quatro filhas e Olosá cinco, formando então as nove princesas de filhas de Olokun.
Olosá era quem cozinhava para o marido, mas Olokun com o passar dos anos se cansou de
Olosá sempre cozinhar constantemente os mesmos pratos, pois Olokun gosta de iguarias.
Todos os dias Olosa servia a Olokun carne de porco selvagem, e ele não gostava dessa carne.
Esu e Ogun souberam da insatisfação de Olokun e foram ver se podiam tirar vantagem da
situação. Ao chegar a casa de Olokun eles se apresentaram como mensageiros de Orisa Nla e
por isso foram bem recebidos. Quando entraram na casa de Olokun o viram furioso
reclamando da comida, e com suas emoções abaladas, o mar também se abalava, haviam
redemoinhos e tempestades, ondas gigantes e destruição nas praias.
Esu e Ogun ao observar aquilo ficaram muito preocupados e foram para a casa de Orunmilá
para saber como apaziguar Olokun.
Orunmilá lhes recomendou encontrar um animal mais apetitoso que o porco e então oferecer
uma comida saborosa a Olokun e ele teria paz. Ogun e Esu encontraram belas aves, um pato e
um ganso, e então cozinharam essas aves com muito capricho, acrescentando ervas raras.finos
temperos e legumes que ganharam de Orisa Oko.
Assim que a comida estava pronta eles levaram para a casa de Olokun, e ele se sentiu muito
feliz saboreando a carne bem temperada das aves e bom sabor dos legumes.
Olokun disse a Esu e Ogun que aquelas aves eram a carne mais saborosa que ele ja havia
comido e pediu que eles dissessem que aves eram aquelas, mas Esu e Ogun responderam que
isso era segredo e não podiam revelar mas que fariam novamente as aves para Olokun comer.
Esu e Ogun voltaram felizes para casa pois haviam apaziguado Olokun. Eles então foram
procurar patos e gansos para dar a Olokun novamente, mas então Olosa os seguiu e descobriu
que aves era aquelas e levou as aves vivas para Olokun saber quais eram. Olokun então viu o
ganso e o pato, e ao pegar o ganso em suas mãos para examina-lo Olokun achou a ave muito
feia, e quando ele tocou no ganso o animal se assustou e deu um
Olokun abominou aqueles animais e acusou Olosa de mentir por inveja, ele não acreditava que
aquela animais feios era as aves que Ogun e Esu cozinharam para ele. Olokun acusou Olosa de
ser invejosa pois era incapaz de cozinhar boas coisas e so sabia fazer aquela grotesca carne de
porco assada, e então Olokun se separou de Olosa. Olosa saiu do mar e foi viver nas lagoas.
Quando Esu e Ogun levaram a comida para Olokun ele questionou se aquela carne era de
patos e gansos. Esu e Ogun confirmaram que sim, e Olokun ficou muito aborrecido por ter
desmanchado o casamento com Olosa ja que ela não havia mentido.
Olosa se negou a voltar para Olokun, mas prometeu que em suas lagoas ela criaria patos e
gansos para saciar a fome de seu ex marido.
Então Olokun muito triste em perder Olosa fez com que Osupá, a lua, subisse e descesse as
marés conforme sua posiçao no céu, isso seria uma homenagem para Olosa, a lua muda de
forma e as marés se movem em demonstração de amor e remorso de Olokun para Olosa.
Nas tribos de Egbado na Nigéria, quando a lua está cheia os cultuadores de Olosa e Olokun
pintam as pedras com cores e símbolos desses Orisa. E quando um eclipse lunar ocorre, o
assentamento de Olokun é levado para a praia, onde se da a ele o porco selvagem que Olosa
lhe servia, e Olokun come o porco em nome da saudade que tem dos dias que foi casado com
Olosa.
Mas em outras regiões ela é cultuada como irmã de Olokun, ou mesmo como filha. O que
importa é que Olosá e Olokun se amam.
Omi o!
Ipondá
A grande Ayaba
Iponda é a mulher que amou Erinlé, e dele teve o filho que veio a ser Rei de Edé. Ela mesma é
conhecida também como Osun Ayê Edé por ter hábitado na cidade de seu filho.
Iponda que se casou com Ogun e com Sango, e tambem foi de Elejigbo.
Iponda arrancou os olhos de Opará e ela não poderá mais se levantar contra a Rainha.
Os portais da cidade de Iponda estão protegidos, Esu Orô e Esu Odara guardam a Ayaba dia e
noite.
Iponda que corta o ar com sua espada, ela não tem medo da guerra, os filhos de Obalufon Nao
poderam com ela.
Feiticeira que escondeu suas cabaças de Ossun e Índigo no fundo do rio, e as águas se
turvaram.
Oya é a inimiga, que na batalha queimou os pés da rainha, mas foi desnorteada com o brilho
do abebe espelhado.
Ela não precisa procurar o Babalawô, ela abre os dezesseis Odús em suas próprias mãos e
neles sabe de todas as coisas.
Guerreira dourada que se veste de muitas cores, ela esperou os inimigos no caminho das
águas e eles nao passaram com medo da lâmina de cobre dourado.
Negra ornada com tantas jóias que Warí lhe deu. Ao caminhar se houve o tilintar do metal de
tantas joias que carrega.
Oduduwa viu a face da guerreira, Obatala a teve em sua casa e Yemowo lhe dedicou gratidão.
Yemoja a conhece como sua parente e com ela se senta nas fontes de água.
Não ha mulher como esta, pequena como uma donzela mas em força é gigante!
Osun havia deixado Ologun para poder se casar com Sango, e muito tempo se passou.
Um dia Ologun saiu para caçar e quando estava no topo de uma cachoeira, olhou para baixo e
viu uma linda Ayaba sentada nas pedras, tomando banho e se penteando. Ele ficou fascinado
pela beleza desta mulher, desceu e ficou olhando-a escondido. Esta Ayaba era que Osun com
seu abebe espelhado viu que havia um homem a observando. Osun virou o abebe para em
direção a Logun e Neste momento ele foi enfeitiçado caindo nas águas em forma de cavalo
marinho.
Oyá quando soube, correu atrás de Osun e disse a ela que aquele homem que ela havia
encantado era seu filho Ologunedé , que um dia ela havia abandonado. Osun ficou surpresa
pois se lembrava de Ologun como uma criança e nao como o homem belo que ele havia se
tornado. Ela desfez o seu feitiço e então nunca mais se separou de Ologunedé.
"Timá lëhin yèyé rë, okanñoso gudugu Oda dohùn, ajongolo ökurin A ti bitibi ilebë, Ödara dëyin
oju, ökunrin sëmbëluju Ñakota a bi ará fini."
(Apoiado as costas de sua mãe, ele é solitário e muito belo, belo até na voz, homem esbelto,
ele usa roupas finas, Ele é belo até os olhos, homem muito belo, orgulhoso que tem o corpo
muito belo.)
Asé
Osun tinha três filhos, princesas Iya Olosé, Iya Paroye e Odé Ologunedé
Ologun era um caçador solitário e infeliz, mas orgulhoso. Era um caçador pretensioso e
ganancioso, e muitos os bajulavam pela sua formosura. Ologun sabia caçar e sabia guerrear,
ma nao sabia fazer feitiços.
Um dia Obatala conheceu Ologun e o levou para viver em sua casa sob sua proteção. Deu a ele
companhia, sabedoria e compreensão.
mais... E roubou alguns segredos de Obatala. Segredos que Obatala deixara à mostra
confiando na honestidade de Ologunedé.
O caçador guardou seu furto num embornal a tiracolo, seu adô. Deu
as costas a Obatalá e fugiu. Não tardou para Obatala dar-se conta da traição do caçador que
levara seus segredos.
cabia oferecer e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Ologunedé usasse um dos
seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio:
"Ase de Obatalá"
Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar. Obatala imaginou o
caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta.
O caçador era presumido e ganancioso, acostumado a angariar bajulação. Obatalá determinou
que Ologun fosse dividido em dois, metade do ano passaria com seu pai e habitaria a floresta
vivendo de caça, e na outra metade do ano viveria no rio, comendo peixe com sua mãe, ele
Nao seria uma uma coisa so, seria meio terra e meio água.
Eruawô
"Orisakire/Babá Ikire"
Ikire é o nome de uma cidade na Nigeria dentro do Estado de Osun onde se cultua o Orisa
Funfun de Ikire.
Epa Imolé!
Yeye Oke
A Mãe da Montanha
Yeye Oke é a mulher que tem uma das cabaças que Orunmilá deu para as Iyami.
Yeye Oke é a mulher que não tem inimigos, os que se levatam contra ela rapidamente deixam
esse mundo.
Yeye Oke não se deita no chão, como um pássaro ela se empoleira nos galhos da Araticuna, da
Gameleira e da Copaiba.
Yeye Oke não empunha o Ofa sem necessidade, mas quando o faz não erra o alvo.
Ore yeye!
Sango foi aquele que não nasceu para ser rei, e então mudou o próprio destino.
Sango que é irmão de Dadá e de Eweka, tio de Aganju, Sobrinho de Asabó, filho de Torosi e
neto de Elempé.
Sango que nasceu de Oramnian quando seu irmão ja o ocupava o lugar de Omo Alade.
A culpa não foi de Sango, foi Ayra que o traiu! Foi culpa de Ayra!
Sango que ao ver Dadá retornar para o palácio foge e decide encerrar sua passagem na terra.
Todo o povo ouviu Oya gritar: Oba Ko So! O Rei não morreu!
Sango que nasceu em Obará e por Orunmila foi Eleito "Obará sobre a terra".
Kabiecile Sango!
Kabiecile Oba!
Ipeja
Ipeja é uma província do Estado de Ogun na Nigéria onde existe o culto desse Imolé, Orisa
Ipeja.
Ipeja significa "o que é pescador" e faz referência a este Orisa ser mantenedor dos Peixes, pois
é Ipeja que trás os cardumes para os pescadores da aldeia. Comumente chamamos Ipeja de
Baba Epê.
Epa Imolé!
Yemoja
Yemoja que teve a má sorte de seu primeiro filho ser seu inimigo.
Yemoja que usou um Ofá para defender sua casa dos homens malvados.
Yemoja que criou duzentos filhos, mas apenas quatro possuem seu sangue.
Yemoja que come a carne da pata bem temperada e divide seu alimento com prazer.
Yemoja que fala por Ori e Ori acata duas decisões com fidelidade.
Um homem enfrentou Yemoja com uma espada mas Yemoja o desarmou e o puniu
severamente.
A familia das Ajé não atentou contra Yemoja pois sabiam que ela é a favorita de Olorum.
Yemoja que tem o cabelo mais longo que o rabo do cavalo selvagem.
Yemoja que se aborreceu com a soberba de Sango e o aterrorizou com seus feitiços.
Yemoja é digna.
Yemoja que ata a criança recém nascida em suas costas e vai para o rio.
Yemoja é Orisa.
Antes de começarem a ler tenham em mente que IBEJI NÃO É ERÊ, vejam ibeji somente como
ORISA.
É muito difícil se relatar a raiz do culto de Ibeji exatamente porque o culto é espalhado em
regiões diversas e por isso tomou varios sentidos.
Não se sabe. Em uma versão se diz que são filhos de Oya e Odé criados por Osun, mas em
outra versão se diz que são filhos de Sango e Osun criados por Oya. Outra versão falam que
são Abikus que vieram a terra e acabam por serem adotados por Yemoja. Ou seja, cada raiz
apresenta seu mito, mas o que importa é que os Ibeji são independentes.
Na maioria das tradições não se inicia Ibeji, mas ha sim nações que cultuam como Olori e
raspam Yawos a Ibeji e eles recebem em seus Ori os Orisa Gemeos Tayó (Tayewo) e Kayandê
(Kehindê).
Há muito a se falar sobre Ibeji, mas eu aqui vou relatar a maneira como eu cultuo esses Orisa,
porem de forma alguma inválidem outras culturas, pois o culto de Ibeji abre margem para
muitas versões.
Era uma vez um fazendeiro que vivia caçando macacos, pois os macacos eram uma praga para
o fazendeiro, devorando toda a sua lavoura.
O fazendeiro e seus filhos vigiavam a plantação e mesmo com uso de lanças, pedras e flechas
não continham o ataque dos macacos. O fazendeiro perseguia os macacos por toda parte, mas
eles continuavam sua investida às safras. Eles criaram mil artimanhas para enganar o
fazendeiro. Nessa disputa, muitos macacos foram mortos, os sobreviventes persistiam.
Uma das esposas do fazendeiro ficou grávida. Um Babalawo então veio para avisar, ele disse
que aquela matança de macacos era perigosa, pois os macacos Kolobo eram sábios e tinham
poderes. Disse que a esposa do fazendeiro gerariam uma criança ÀBÍKÚ, aquela que nasce
para morrer cedo.
Assim, logo depois do nascimento a criança morreria e isso tornaria a acontecer de novo, num
nascer para morrer sem fim, atormentando o fazendeiro até o último de seus dias.
O fazendeiro ouviu, mas não se convenceu e continuou vigiando seus campos e caçando
macacos na mata. Os macacos decidiram mandar dois ÀBÍKÚS para o fazendeiro.
Mas os Ibejis não permaneceram muito tempo vivos, logo voltando para junto dos que ainda
não nasceram, pois eles eram ÀBÍKÚ.
Sua esposa deu à luz outros Ibejis e eles não morreram. Mas o fazendeiro não tinha certeza
ainda se as coisas tinham mudado mesmo e então voltou ao Babalawo, que jogou os búzios e
disse que dessa vez as crianças não morreriam e tornariam a nascer como ocorreria antes.
Disse ainda que os Ibejis não são pessoas normais. Eles têm grandes poderes para gratificar e
punir os humanos. Que recebessem tudo o que pedissem para que seus familiares tivessem
vida boa. Quando o fazendeiro voltou para casa contou para sua esposa tudo o que tinha
aprendido. E assim aconteceu e a família do fazendeiro prosperou.
Na aldeia tudo transcorria normalmente, todos faziam seu trabalho, as lavouras davam seus
bons frutos, os animais procriavam, crianças nasciam fortes e saudáveis. Mas um dia a Morte
resolveu concentrar ali sua colheita. Aí tudo começou a dar errado. As lavouras ficaram
inférteis, as fontes e correntes de água secaram, o gado e tudo o que era bicho de criação
definharam. Já não havia o que comer e beber. No desespero da difícil sobrevivência, as
pessoas se agrediam umas às outras, ninguém se entendia, tudo virava uma guerra. As pessoas
começaram a morrer aos montes.
Instalada ali no povoado estava Iku, a Morte, que vivia rondando todos, especialmente as
pessoas fracas, velhas e doentes. A Morte tirava a vida delas. Na aldeia morria-se de todas as
causas possíveis: de doença, de velhice, e até mesmo ao nascer. Morria-se afogado,
envenenado, enfeitiçado. Morria-se por causa de acidentes, maus- tratos e violência. Morria-
se de fome, principalmente de fome. Mas também de tristeza, de saudade até de amor. A
Morte estava fazendo o seu grande banquete. Todas as famílias choravam seus mortos.
O rei mandou muitos emissários falarem com Iku, mas a ela sempre respondia que não fazia
acordos e que não tinha piedade. Se alguém fosse forte o suficiente para enfrentá-la, que
tentasse, mas seu fim seria ainda muito mais sofrido e penoso. Ela mandou dizer ao rei, por
fim:"Darei uma chance à esta aldeia, basta que uma pessoa me obrigue a fazer o que não
quero. Se alguém aqui me fizer agir contra a minha vontade, eu irei embora, mas só vou dar
essa oportunidade a uma única pessoa. Não vou dar nem a duas, nem a três.”
Mas quem se atreveria a enfrentar Iku? Foi então que os Ibeji filhos do fazendeiro resolveram
enfrentar a Morte.
Os gêmeos pegaram o tambor mágico, que tocavam como ninguém, e saíram à procura da
Morte. Não foi difícil achá-la numa estrada próxima, por onde ela perambulava em busca de
mais vítimas. Os meninos se esconderam numa moita e esperaram que ela se aproximasse.
Não tardou e a Morte foi chegando. Os irmãos tremeram da cabeça aos pés. Ainda escondidos
na moita, só de olhar para ela sentiram como os pêlos dos seus braços se arrepiavam. Mas
podia-se dizer que a Morte estava feliz e contente. Ela estava até cantando! Pudera, tendo
ceifado tantas vida e tendo tantas outras para extinguir.
Nesse momento, numa curva do caminho, enquanto um dos gêmeos ficava escondido, o outro
saltou do mato para a estrada, a poucos passos da Morte. Saltou com o seu tambor mágico,
que tocava sem cessar, com muito ritmo. Tocava com toda a sua arte, todo o seu vigor. Tocava
com determinação e alegria. Tocava bem como nunca tinha tocado antes. A Morte se
encantou com o ritmo do menino. Com seu passo trôpego, ensaiou um dança sem graça. E lá
foi ela, alegre como ninguém, dançando atrás do menino e de seu tambor. Ia o menino
tocador e atrás ia a Morte. Passou-se uma hora, passou-se outra e mais outra. O menino não
fazia nenhuma pausa e a Morte começou a se cansar. O sol já ia alto, os dois seguiam pela
estrada afora, e o tambor sem parar.
A Morte implorava que o menino parasse de Tocar mas ele não parava.
Tayewo e Kehinde eram gêmeos idênticos. Ninguém sabia diferenciar um do outro, muito
menos a Morte, que sempre foi cega.
Pois bem, ibeji que a Morte via tocando na estrada sem parar não era sempre o mesmo
menino. Uma hora tocava Tayewo enquanto Kehinde seguia por dentro do mato. Outra hora,
quando Tayewo estava cansado, Kehinde, aproveitando um curva da estrada, substituía o
irmão no tambor. Os gêmeos se revezavam e a música não parava nunca, não parava nem por
um minuto sequer e a magia do tambor obrigava a Morte a dançar, e não podia parar, nem
descansar, nem um minutinho só. E o tambor sem cessar. A Morte pedia para descansar, mas
o menino não parava. E assim foi, por dias e dias, o tambor tocava sem parar, uma hora
Tayewo, outra hora Kehinde.
Por fim, não aguentando mais, e Morte disse que se parasse o tambor ela faria tudo que o
menino pedisse.
O menino virou-se para trás e disse: “Pois então vá embora e deixe a minha aldeia em paz!"
A Morte aceitou.
O menino parou de tocar e a Morte se lamentou, virou-se e foi embora. Foi para longe do
povoado, mas foi se lastimado pela derrota.
Tocando e dançando, os gêmeos voltaram para a aldeia para dar a boa notícia. Foram
recebidos de braços abertos. Todos queriam abraçá-los e beijá-los muito gratos.
Os Ibeji foram os únicos a vencer a morte e por isso são os mais poderosos entre os Orisa.
Existem muitas maneiras de assentar Ibeji, pode ser em gamela, em barro, em louça, mas
sempre se usam as favas e folhas de todos os Orisa e duas imagens de madeira simbolizando
Orisa Ibeji Tayewo Kehindê.
Salve Ibeji!
Ibeji Eró!!!
Se conta que quando Ogun Alabede desceu para o Aye, com ele veio sua esposa Ayála também
chamada de Yânla.
Ayala vem diretamente da família das Iyami, e também é envolvida no culto de Egun.
Porem o lado mais forte em seu culto é o sua posição como Orisa Funfun, ela é relacionada
com Obatalá, Oduduwá, Ogun e Oloroke, e por essa sua profunda ligação a Orisa Oloroke ela
foi dada como ancestral da Ayaba Osun, chamada até de avó pelo fato de Oloroke ser o pai da
Ayaba Osun.
Ayala é a guardiã do pó Efun, e ela é a senhora das lágrimas, ela se manifesta através de
lagrimas de tristesa ou alegria, a água que verte dos olhos pertence a ela. Ela tambem se utiliza
do Ase das penas Ekodide, símbolo de força.
Ayala existiu muito antes do nascimento de Osun, mas quando Osun surge como Ayabas das
águas doces ela se une a Ayala e passam a formar o culto feminino Gelede.
Então Ayala não pode ser iniciada em homens ja pelo fato de sua ligação com Iyami e com o
culto de ancestrais femininos Geledé. Osun Ijimú e Osun Aboto tambem são parte desse culto
e não podem ser iniciadas em homens.
Infelizmente no candomblé algumas casas não compreendem que "culto feminino" não
envolve pessoas do sexo masculino e então raspam essas tres Ayabas em Ori de homem e fica
por isso mesmo, é como se diz "cada um mexe com sua panela".
Ayala é uma feiticeira muito poderosa e merece ser respeitada como a Ayaba que é.
Ha muito mais a se falar a respeito dessa Ayaba porem o culto dela é envolto em segredos tal
como o culto de Iyami.
Ore Yeye!
ONISEWE
O Caçador de Borboletas
Onisewe é muito Confundido com Ode Igbo e com Ibualama, mas nenhum destes dois Orisa
tem relações com Onisewe.
Onisewe é o senhor das ervas pois foi aprendiz de Osayn, o nome do Orisa ja diz, ONISEWE
significa o senhor das folhas.
A confusão que se dá e porque Ode Igbo foi o Ode enfeitiçado por Osayn, enquanto Osayn era
apenas professor e Amigo de Ode Onisewe.
Outra confusão é sobre Onira, ja que ela é senhora das borboletas, mas Onisewe não faz
referência a Onira e sim a Ayaba Oyá (sabemos que Onira nao é Oyá e sim uma Ayaba de culto
individual) e Onira não é citada neste culto. No caso Onisewe caça borboletas gigantes, mas
estas borboletas não são de Oyá e sim dele mesmo.
Outra curiosidade é que esse Ode é ligado aos pássaros, tanto que sobre seu assentamento se
coloca uma casinha de João de Barro.
A ligação de Onisewe com Oyá é muito profunda, se sabe que eram intimamente ligados e que
ela lhe ensinou muitos de seus feitiços e ele lhe passou toda a cultura dos Odes.
Onisewe se veste de rosa, azul e vermelho que são as cores das borboletas que ele tanto
preza.
Mas pelo fato de usar cores alegres os adeptos de culto a Orisa pensam que se trata de um
Orisa calmo e festivo mas é um equívoco, Onisewe é reservado e não gosta de festas ou
situações agitadas, não gosta de ser tratado com intimidade, é bruto e severo.
Em sua vestimenta podem ir chifres e peles de animais, nos ombros vão os laços
representando as borboletas, na mão o Iruxin de Oyá e seu Ofá de madeira ou de cobre e seu
Irukere fica preso em sua roupa. Usa também um saco ou bolsa com suas folhas e uma lança
de madeira.
Seu assentamento geralmente é em uma panela de barro que é colocada dentro de um tacho
de cobre símbolizando a grande presença de Oya no culto desse Orisa.
Olojá
Como todas as divindades, Oloja tem varias histórias, alguns itans para explicar quem ela é.
Se conta que Oloja veio do Orun com Oduduwá e então ao cair no mar ela acaba por se
envolver com Babá Olokun e engravidar e parir Ayrá.
Outra versão é que Oloja seria filha de Olokun Seniade e irma de Ajê.
Se conta que Oloja teria muito apego a Ayra, e que o Asere (Xere) de Ayra ela carregaria, e
então de diz que ela é a única Ayaba que pode girar o Xere e invocar os Orixás de guerra.
Oloja pode ser assentada sim, mas geralmente é cultuada no assentamento de Ayrá.
No Brasil os Orixás de culto duplo (Tanto Nagô quanto Jeje) foram agrupados juntos e
chamados "orixás da palha", e então as pessoas passaram a crer que Osumare é filho de Naná,
e isso eliminou a presença de Oloja do culto de seu filho Osumare. Vale lembrar que toda essa
família da palha é uma mistura de tradições, mas que é possível cultuar os Orixás em sua
individualidade sem esses agrupamentos.
Oloja é uma Ayaba muito importante, é Funfun e muito velha, deve ser lembrada e cultuada
Sango declarava guerra a torto e a direita, não havia paz nos arredores de Oyó, e por isso
nenhum dos reinos vizinhos tinha simpatia por Sango.
Durante um longo período não houve chuvas em Oyó, e o calor das terras africanas fez as
águas do reino secarem.
Sango então ordenou a seu general Ayrá que fosse em todos os reinos pedir ajuda, pedir que
enviassem água ao povo de Oyó.
Ayra então foi de reino em reino reportando o pedido de Sango, e absolutamente todos os
Reis negaram ajuda. Ayra não teve como argumentar, ja que ele mesmo havia atacado esses
reinos por ordem de Sango.
A mãe de Sango era Iya Masemale, que era das terras Tapá, e nesse período a sua irmã veio
visita-la, era a princesa Asabó.
Quando Ayra retorna com más notícias, o reino se desespera.
Asabó então toma as dores de seu sobrinho, ela empunha o Ose (machado) de Sango e vai até
os reinos que Ayra havia visitado, e então convence um a um dos Reis a ajudar Oyó, pois era
uma mulher muito firme em suas palavras.
Quando ela retorna, vem vitóriosa trazendo Água para todo o povo.
Asabó então é chamada de "O lado feminino de Sango", pois muitos a confundiam com o
próprio Sango quando a viam vestida de vermelho e com o Ose nas mãos, ainda mais quando
falava em seu tom de voz forte e severo.
Asabó era envolta no culto das mães ancestrais, e com o segredo das Iyami Osorongá ela
confere a Ayra o poder de fazer chover. Desde então Ayra passa a traser a chuva para Oyó,
acabando definitivamente com a seca.
Foi Asabó que trouxe água para Sango, e por isso os iniciados a Sango tomam banhos no
recolhimento em honra a ela, a princesa Iya Asabo tia de Sango.
Asabo é um exemplo da força da mulher, ela sabia a responsabilidade de ser uma princesa
Africana.
Sango faz questão absoluta de ter com ele todas essas mulheres, por isso quando se assenta
Sango tambem se assenta asabo, ela representa as mulheres guerreiras de Oyó.
Kabiecile!
ODÉ ÍGBO
ESTE ORIXÁ FOI MISTURADO AOS CULTOS DE OXÓSSI E DE ERINLÉ, MAS ELE NÃO É NENHUM
DOS DOIS. IGBO NÃO É IBUALAMA.
Ayabá Ogunté vivia na terra Sutiro Inlé casada com Ogun Alabedé e com ele teve três filhos:
ESÚ, AKOKÓ e IGBO.
Ogunté ao ver o mal comportamento de seus filhos, pôs Esu de castigo atrás da porta e seguiu
vivendo com Akokó e Igbo.
Então Esu começou a fazer a vida ficar impossível para Ogunté e para
seus filhos e por isso ela decidiu ir ver o Babalawo daquela terra. Este lhe fez uma consulta
com IFÁ e lhe disse que tinha um filho caçador e se ele fosse caçar na mata naquela lua nova e
não fizesse Ebó, Osayn o encontraria e o juraria em seu segredo e não o deixaria voltar para
casa.
Ogunté voltou para sua casa assustada e disse a Igbo que IFÁ dizia que ele não poderia ir caçar
por esses dias. Igbo não obedeceu e
Quando adentraram na mata e viram uma grande árvore Iroko, combinaram de estipular que
ali seria um ponto de referência de encontro e cada qual ia caçar em seu lugar e voltariam ao
ponto de referência.
Quando Osayn o viu disse: Venha comigo aonde está o meu segredo, e lhe darei três APARÓ
(codornas).
Osayn levou Igbo diante a seu segredo e preparou o necessário para enfeitiça-lo, buscou os
Ewés (ervas)
apropriados e Igbo começou a dormir.
Durante o tempo em que durou a caça, não se sabia onde Igbo estava
e com o feitiço Igbo se tornou Orisá e nunca mais soube o que se passava
Quando a caça terminou, todos os caçadores se reuniram aos pés de IROKO e ao ver que Igbo
não vinha, o chamaram com batendo um par de chifres, mas foi em vão, porque ele não veio.
começaram a cantar:
E cantando eles regressaram à terra de Sutiro-inlé, onde vivia a família de Igbo, mas em sua
casa ele também não estava.
Então Ogun foi procurar seu filho na mata e o encontrou na companhia de Osayn. Ogun não
conseguiu separar Igbo de Osayn.
Odé Igbo nunca mais voltou, para sempre está sob a proteção de Osayn.
Asé
Aganjú Solá era um homem muito famoso, nasceu dentro de uma fogueira de tão feiticeiro
que era, e se gabava por ser belo e forte, era um gigante muito respeitado.
Certa vez Aganjú precisou cruzar o Rio Osun, e ele se pôs a entrar no rio sem pedir permissão a
dona daquela água.
Osun, dona do Rio, golpeou com força seus tornozelos e o fez rolar entre os cascalhos do leito.
Por algum tempo o Orisha andou pensativo até que uma manhã não
pode mais se conter de tanto ressentimento, arrancou uma árvore pela raiz, era uma árvore
imensa, e entao Aganjú correu impetuoso até o Rio Osun.
A Ayabá foi surpreendida em seu repouso ao ver aquele homem gigantesco com aquela árvore
colossal e se assustou tanto que o deixou cruzar a água.
A guerra entre os dois teve fim e então os guerreiros se uniram e a partir deste dia são
inseparáveis.
Ajagurá nao usa Coroa, ela usa um Elmo, tras o Osê de Aganjú e a Espada dourada que ganhou
de Ogun.
Ore Yeye!
Kabiecile!
OSUN AJAGURÁ
A Guerreira Esposa de Aganjú
Ajagurá significa AJAGUN WURA, que vem a ser em português "Guerreira Dourada" e faz
menção ao presente que ganhou de Ogun, uma espada dourada.
Ajagurá nasce nos Odú's Ose e Obará. Ela não usa Adê e tem rejeição por Coroa e Filá. Usa um
Elmo de guerra como o Akorô . Seu culto se dá em em rios e lagos de água escura.
Se conta que Opará e a esposa guerreira de Ogun e Ajagurá e a esposa guerreira de Aganjú,
sendo filha de Yemoja e Orunmila.
E ciumenta e por isso tem inimizade com Oyá que é esposa de Sango.
Ela come com Aganjú, Ayrá, Sango, Osayn, Yemoja, Opará, Ogun e Esú.
Se veste de Salmão, Vermelho, Azul marinho e branco, e seus metais são dourados.
Dança Ijexá como todas as Osun, mas também dança Adahun, Alujá e os ritmos quentes dos
guerreiros.
Em uma gamela redonda se coloca uma sopeira de louça dourada ou avermelhada e dentro de
sopeira vão um Osê (machado duplo) de cobre vermelho, uma espada dourada, 5 Idés
dourados e 5 de cobre vermelho, um Abebe dourado, um Otá, Moedas douradas, Favas de
Osun, Pó Osun, Wají, folhas de Osun e Folhas de Sango. Na gamela se costuma rodear a
sopeira com quiabos crus inteiros. A lista do Assentamento muda de acordo com o que a
Ayabá solicitar através do Meridilogun.
OBÁ NANÍ
A AYABA DA VALENTIA
Obá Nani é o Orisá do rio Obá que corre em Taküa sua terra natal, mas seu culto é espalhado
sobre as terras de Oyó e Tapá.
"O queixo de Oba Nani é sempre alto, ela é a rainha de muitas terras e detentora de muita
honra."
Filha de Obatalá e Yemowo, Obá era a maior guerreira de sua terra natal, isso chamou a
atenção de Ogun que a escolhe como sua primeira esposa. Após muito tempo de vida
conjunta, Oba se cansa do caráter truculento de Ogun e se separa.
Nisso Oba conhece Odé e com ele firma uma relação de amizade e confiança, sendo aceita
como uma Ayaba Odé, uma divindade feminina da caça.
O que ocorre é que Obá se casou com Sango quando ele ainda era jovem, porem Oba ja era
uma mulher madura. Sango foge de Obá e desaparece, ela passa a procurar Sango por toda a
África.
Quando ela encontra Sango ela se surpriende ao ve-lo casado com outra mulher, a Ayaba
Osun.
Ifá confirma a todos que Obá é a primeira e Oficial esposa de Sango e com isso Osun passa a
ser a segunda Esposa e não a primeira como esperava.
Obá no período que Sango foi rei era a mulher reverenciada como Obini (Espoda Oficial).
Sango tambem se casa com uma terceira esposa, Oyá das terras de Irá.
Oyá e Oba eram velhas conhecidas e com a convivência se tornam "Omoregun" (melhores
amigas, irmãs de coração).
Oba então se desentende com Osun e com um golpe extremamente perverso Osun engana
Oba a ela se auto mutila perdendo as Orelhas.
Oba então se retira do reino onde vai para Ilê Ikú (cemitério) e se isola. Neste perido Obá
conhece Yewá que também morava em Ilê Ikú.
Oba decide desistir de viver no Ayê e volta para o Orun onde está até os dias de hoje.
Osun é quem cuida de Obá, ela deve reparar seu erro sendo a protetora de Obá, por
determinação de Olodumare assim a justiça esta feita.
Oba teve uma filha guerreira chamada Opará, tambem cultuada no rio Obá.
Existem muitos caminhos de Obá, mas aqui citarei uma assentamento base, cujo a qualidade
da Ayaba mudará apenas alguns detalhes. Obá é uma Ayaba que preza a boa relação, o
companheirismo e a amizade, exatamente por isso que seu assentamento leva referências das
pessoas que foram importantes em sua vida.
Sobre uma gamela redonda se coloca uma sopeira de louça ou barro pintado, a sopeira deve
ser pintada com cores fortes, desenhos de flores ou animais e se rodeia a sopeira com cinco
pratos de barro. Dentro da sopeira se coloca uma pequena bigorna em reverência a Ogun, um
Ofá em reverência a Odé, um casco de caracol africano em reverência a Orisá Nla, Idés de
cobre em reverência a Oyá um machado duplo em reverência a Sango, uma espada e um
escudo dm.reverência a seu gosto pela batalha. A gamela é untada com mel e na sopeira se
coloca Waji/Índigo em reverência a Osun. Se coloca também o Otá, búzios abertos, uma
punhado de terra de floresta, pó Ossun, favas dos Orixás que a acompanham, ataré, moedas
de cobre, Obí e Orobô, folhas dos Orixás que a acompanham e flores para enfeitar.
A qualidade que a Yawo for iniciada poderá talvez acrescentara itens, e a propria Ayaba pode
modificar o assentamento falando através dos búzios.
As cores de suas roupas são cor de Rosa, Amarelo, lilás, Dourado, Vermelho, Vinho, Coral e
laranja. Seus metais são cobre alaranjado.
Okê, Yemoja, Obatalá e Yemowo, Osalá, Ochósi, Inle, Osayn, Osun, Sango, Oyá, Dadá, Yewá,
Esu e Ogun.
Ayaba Obá tem preferência por ser iniciada em mulheres, mas ha casos onde a Ayaba escolheu
Orí's masculinos sem problema.
Os que tem Oba como Orisa tendem a serem voluntáriosos e não gostam de serem
contrariados. São risonhos e dificilmente se apaixonam, mas quando se apaixonam vivem
sentimentos avassaladores. São trabalhadores e muito amigos, tomam as dores dos outros e
defendem os que amam. Gostam de vida alegre, e rejeitam solidão.
Há muito mais a se falar sobre a Ayaba, é um Orisa de culto amplo, cheia de detalhes e gostos.
Asé
Osagyan
Orisa Ogyan nasceu sem cabeça, era como um louco sobre a terra.
Ikú foi que lhe deu uma cabeça negra feita de maus pensamentos.
Ogun foi que lhe deu uma cabeça branca modelada em massa de inhame Pilado.
Ogyan é um guerreiro.
Quem desafiará?
Ogyan é áspero como um malê.
No Brasil o Orisá Ajaguná foi sincretizado como "Qualidade" de Osagyan, mas na verdade eles
são parentes e não o mesmo ser. Osogyan é o Rei Elegibô e Ajagunã é um dos Trigêmeos de
Osalufon.
Diz a história que na repartição que o Deus supremo Olófin fez na Terra, quando distribuiu os
cargos entre seus filhos, para Ajaguná foi dito ser o Olorogun, ocriador de problemas. Onde ele
chegava, governava com armas e assim o fez em uma grande parte da África. Era de espirito
revolucionário e guerreava com todos os seus vizinhos. Um dia Olófin o chamou e lhe
perguntou por que motivo governava dessa forma tão truculenta.
"Você Babá, sempre está sentido e o sangue não corre em suas veias."
A Olófin sempre chegavam as queixas das confusões e pleitos de Ajaguná e que este sempre
Ajaguná disse:
"Mas ainda terei que guerrear, pois sou guerreiro e chefe dos guerreiros."
Então se foi a uma tribo vizinha e os incitou a dominar a tribo onde ele estava vivendo, dizendo
que eles eram bobos. Regressou a tribo e lhes disse que vinha a invadi-los e que tinham que
combater os invasores, porque só havia uma alternativa: Ser vencedor ou vencido.
E assim seguiu sem deixar ninguém em paz, incitando a guerra por onde queira, metendo
discórdia entre as pessoas pacíficas, até que por fim ardeu a guerra, a qual se estendeu pelo
mundo inteiro. Os povos, ao saberem das circunstâncias evidentes de que era Ajaguná o
provocador, o incitador das guerras, voltaram onde Olófin estava a fim de se queixar
novamente. Olófin chamou Ajaguná e lhe disse:
"Por favor Filho meu, quero a PAZ! Eu sou a paz, Eu sou Alamorere a Bandeira Branca!"
"Babá, se não há discórdia, não há progresso, com a discórdia o mundo avança, fazendo que o
que tem dois, queira ter quatro e fazendo que triunfe sempre o mais capacitado."
Olófin respondeu:
"Se é assim, o mundo durará até o dia em que lhe deem as costas e tu te tombes a descansar."
Ajaguná é o Olorogun, o Senhor das Guerras, e sempre esta com seu Ofá nas mãos pronto para
a batalha!
Sábio é Osayn.
Os homens fizeram mal juízo de Osayn e Igbo, eles se amam muito mas isso não significa que
deitem juntos na mesma esteira.
Osayn foi ofendido pelos humanos, eles disseram que Osayn era amante de Odé Igbo.
Iroko! Iroko!
Sango tentou roubar Osayn, mas o feiticeiro recuperou o que era seu.
Todo o lugar que os humanos estão há Concreto e plástico, isso é veneno para Osayn.
As folhas funcionam.
Ase
OTÍN WAWÁ!
Otín! Otín!
Orisa que não permite que se matem coelhos e lebres em sua casa.
As mulheres da aldeia cheias de ciúme humilharam Otín para que ela fosse embora.
Em Igbajo Otín conheceu um Odé que era como seu paí e seus irmãos.
O amor de Otín é o caçador que matou o passaro Oruro nas terras de Ifé.
Odé é teu pai, Odé são teus irmãos e Odé é teu marido.
Mulher que com uma faca afiada molda a madeira e faz novas flechas para o marido caçar.
Com ânimo faz um ponta de pedra para a lança do pai e trança seu chicote de couro.
Aganá Otín.
Na casa de seu pai é chamada pelo seu nome mais popular: OTÍN WAWÁ!
Tímida Otín...
Orisa Olori, Otín se manifesta em seus iniciados sempre que cantam e rezam para ela ou para
os Odés.
Otin é quem come a carne do javalí usa o Couro, e os ossos e assim não desperdiça nada. A
carne da leitoa agrada muito Otín.
Otín e mulher muito tímida, mas todo o povo de Efon grita quando a vê passar.
Efon Ijimú é como o povo nomeou a Ayaba antes que ela dissesse seu próprio nome.
No pilão a Ayaba bateu flores e fez perfumes. Efon Ijimú foi a primeira mulher a ser
perfumada.
No pilão a Ayaba bateu óleos e pó vermelho e azul. Efon Ijimú foi a primeira a pintar o rosto.
Efon Ijimú que faz waji e pó osun a partir das árvores da floresta.
As mulheres gravidas bebem água do rio e rezam a Efon Ijimú para um bom parto.
Ore Yeye!
Osumarê que possui uma espada de bronze que ganhou de Olorum e ao apontar a espada para
o céu surge o Arco-íris.
Obá Sango tentou capturar Osumarê, mas não pode prender a serpente.
Osumare Irunmole.
Osumarê que dança com graciosidade como uma cobra que rasteja na areia.
Aganju Sola
Aganju é um Orisa da família de Sango, filho de Dadá Ajaká, foi Aganju que herdou o trono da
cidade de Oyó.
Se conta que Dadá amava muito Aganju, que o mimava muito e por isso Aganju era muito
vaidoso.
Quando Aganju era um bebê, Dadá o por um momento se distraiu e Aganju desapareceu.
Quando Dadá o achou ele estava dentro da fornalha da cozinha brincando com as brasas.
Naquele momento o Rei Dadá soube que seu filho era um Orisa.
Kabiecile!
Obaluayê Orisa da Terra
Obaluayê que desposou Yewá das terras de Egba e ela lhe deu muitos herdeiros.
Obaluayê que dança na casa de Sango e com ele come comidas quentes.
Obaluayê que era como um leproso mas Olodumare lhe deu Ase para se curar.
Obaluayê é Orisa.
Atoto Obaluayê!
O Obalesun de Obatala Holytemple (Templo Sagrado de Ile Ifé) é o sucessor de Obatala, nosso
primeiro grande chefe e fundador da religião de Orisa, religião esta que deu origem a muitos
cultos e entre eles o Candomblé do Brasil.
terra. Quando Obatala despertou do seu sono, deu à luz uma criança e o nomeou pelo nome
Obalesun que significa literalmente "o Rei pode dormir".
O atual Obalesun é o Oba Isoro Dada, o Agbaye Obalesun e o Looja Idita Olorisa em Ile Ife.
Seu pai Dada era ligado ao nosso templo e sua mãe chamava Osunfunke e era da família Idio
Oduduwa de Ile Ife.
As religiões de Orisa são como uma grande árvore que quem muitos galhos, ou seja, muitas
versões de culto a Orisa. Porém antes de saudar os galhos devemos saudar a raiz.Obalesun é
sagrado em Ile Ife mas é sagrado para nós também pois
OSOGBO (Oshobô) é a cidade onde esta o mais famoso templo de Osun na Nigéria.
Ajíbógun era o filho de Owá, o Rei de Ijexá. Ele decidiu deixar Ijexa e ir para outro lugar já que
não estava satisfeito com seu pai.
Depois de muito apelo para que Ajíbógun não deixasse a cidade ele recusou decididamente ao
apelo de seu pai.
Ele deixou a cidade com Ọláròóyè, Tìméhìn, Ògìdán, Talo e Sègi lợla. Seu primeiro
assentamento foi chamado de Òpólé, onde permaneceram por algum tempo, antes da morte
de Ajíbógun. A morte de Ajíbógun e a escassez de água em Ìpólé
os fizeram deixar o local. Quando eles estavam se preparando para deixar o local, o Owá
mandou uma mensagem para que voltassem para Ijexá, porém, eles recusaram. Tìméhìn e
Ògìdán que eram caçadores tiveram que assumir a liderança em sua jornada na floresta em
busca de água. Quando estavam à procura, eles encontraram um grande rio.
Eles decidiram cortar uma árvore para marcar o local e facilitar a identificação do mesmo, para
quando eles trouxessem as pessoas de Òpólé. Quando a árvore caiu na água, eles ouviram
uma voz misteriosa que dizia:
Gbogbo ìkòkò aró mi ni ẹ ti fó tán – Vocês quebraram todos os meus potes de índigo!
Quando estavam em disparada, eles foram chamados de volta pela mesma voz.
A voz revelou ser Osún. Ela disse-lhes para se afastaram um pouco para terminar sua tarefa.
Ela disse que eles deveriam estar adorando a ela anualmente. Este é o festival anual de Osun
na cidade que foi batizada por ela mesma: Osó igbó, Osogbo, os Feiticeiros da Floresta.
Agbe ló l'aró
Àlùkò ló l'osùn
Òsun lékèé o dá mi o.
Tradução:
Na década de 70 a artista austríaca Susanne Wenger restaurou e reconstruiu grande parte das
areas sagradas do templo milenar de Osun, isso ajudou muito a popularização e a valorização
do culto a Osun.
A Festival de Osun Osogbo ocorre a mais de 600 anos (ha quem diga qué muito mais antigo)
mas com a situação política da Nigéria e com o a rejeição da Culto a Orisá pelos africanos que
seguem o islamismo e o cristianismo o templo de Osun e o festival de Osogbo estão
ameaçados.
O Oyin (Mel de Abelhas) e o Oyin-Tabí-Ireké (Mel feito de Açúcar de Cana) pertencem a Ayaba
Osun.
Olodumare visitou Yemoja Asaba, e ela o saudou com uma grande festa, porem Ogun Rei de
Ire (Onire) se recusou a comparecer. Os sacrifícios a Olodumare eram encargo de Ogun e
Yemoja havia feito os Sacrifícios sem convocar ou comunicar a ele.
No momento em que Yemoja estava desgostosa com a desfeita de Ogun, a filha que ela teve
com o Orisa Oke veio acalma-la, era a feiticeira Osun.
Os Orisas entreolharam-se incapaz de acreditar no que ouviam, a Ayabá Osun iria entrar na
floresta para forçar Ogun a vir a presença
de Yemoja Asagbá?
Todos duvidavam dela, não acreditavam que Osun pudesse vencer a petulância de Onirê.
Osun levava uma talha cheia de Oyin (mel) em suas mãos. Osun encontrou Ogun dormindo
dentro do tronco oco de uma grande árvore, ela sabia que era ele por causa do cheiro de Oti
(cachaça) vindo de dentro do tronco.
passou-nos lábios de Ogun o enfeitiçando para mudar a sua personalidade e o tornar mais
doce
Foi assim que Osun foi capaz de convencer Ogun para segui-la de volta para o reino, onde os
outros pensavam que Osun falharia, mas para o choque de todos Osun entrou no salão de
mãos dadas com Ogun, e eles dançaram diante de Yemoja para honra-la.
Os Orisas indagaram a Osun como pudera dobrar o temperamento de Ogun por meio
gentilezas e ela lhes respondia que "A Água sempre acha uma passagem, nada a segura ou é
mais forte que ela".
Ayaba Osun trouxe grande felicidade para todos os Orisas e a festa começou.
Ore Yeyê!
AYRA INTILÉ
Ayra é um Orisa da familia do Raio, e por isso se veste de muitas cores, em principal o
Vermelho e Azul, mas também verde, salmão, marrom e amarelo.
Aqui vou contar como Ayrá Intilé ganhou o direito de se vestir de Branco, leiam:
...
Sango havia subido ao trono e como um presente de felicitações ele ganhou um cavalo branco
como uma nuvem das terras de Ifon, presente do Oba Funfun Osalufon.
Sango ficou muito honrado com um presente de Osalufon e o convidou para visitar a grande
cidade de Oyó.
Porem Osalufon era de hábitos simples, ele costumava andar sem corte ou séquito, mesmo
sendo um Rei ele andava como um camponês pois não gostava de frivolidades.
Quando Osalufon chegou aos arredores de Oyó ele viu o cavalo que havia dado para Sango
fora dos portões do palácio e o tomou pelas rédeas. Nesse momento os guardas do rei viram
Osalufon com o cavalo e o acusaram de roubo.
Sem sequer receber um julgamento, ele foi jogado nas masmorras e por la padeceu como um
criminoso por longos sete anos.
Osalufon nao era apenas um Rei, ele era um Orisa e o seu sofrimento se refletiu sobre Oyó,
houve um tempo de seca e má sorte sobre a cidade.
Sango foi visitar Orunmilá para saber o motivo da má sorte, e descobriu que o infortúnio era
causado por uma injustiça, um homem encarcerado sem motivo.
Sango mandou libertar o preso e traze-lo a sua presença, e então descobriu que se tratava de
Osalufon.
Por mais que Sango se desculpasse, Osala estava coberto de chagas e de sujeira, ele nao estava
aberto a conceder perdão.
Ayra, o braço direito dos Alafin se dispôs a levar Olufon em suas costas até a terra de Osagyan.
Quando eles chegam na casa de Elegibô, Ayrá ganhou a eterna gratidão de Osalufon e Ogyan
por ter carregado Osala nas costas pelo longo do trajeto.
Ayra ganhou o direto de comer com os Orisa Funfun e quando entrou na casa de Osala ele foi
chamado "AYRÁ INTILÉ" que significa "Ayrá esta dentro da casa", e ganhou a chave da casa de
Osala e traje real dos Funfun: Roupas de Tecido branco.
Ayrá Intilé agora se veste de Branco e é parte da família de Osala e Ogyan que nunca se
esquecem da boa vontade de Ayrá.
AYRÁ IGBONÃ
IGBONÃ É um título de Airá que significa "febre", faz referência a esse Orisá ser ligado ao
Fogo.
Se conta que Ayra Igbonã servia Ilê Oyó, era o protetor dos Alafin.
Sango então em um golpe de Estado destrona Dadá e o exila nas terras de Igboho.
O controle de Oyó pertencia a quem possuía a coroa da cidade, e então Sango pede a Oyá que
esconda a coroa de Oyó no mundo dos Egun.
Ayrá tinha ciência que Sango nao era o Rei, era um usurpador, e por isso manteve sua lealdade
a Dadá.
adentre o Mundo dos Egun e resgate a Coroa de que Sango havia roubado.
que o orienta a encontrar um Èdún Ará (Pedra de Raio) e leva-la sob a sua lingua, e sobre uma
folha chamada Ewè Inòn acomodar uma panela de Fogo também conhecida como Ajèrè Inòn,
onde deveria conter a palha do ikín embebida de epó pupá e lascas de Mogno Africano
também
embebidos do mesmo azeite de dendê, no momento em que adentrasse o Reino dos Mortos
Ayrá deveria sacar do seus bolsos o
àsé chamado "Agùnsó" que são pequenas bolas de fogo que nada mais eram do que a planta
Luffa acutangula (similar a esponja vegetal) embebidas de epò pupá (Azeite de Dendê) neste
processo Ayrá as engolia, o que lhe facultava o poder de visão e o fez enxergar e encontrar a
coroa de Oyó, o Adè Baiyaní !
Na festividade "Fogueira de Ayrá" ele então coloca o Ade Baiyaní em seu ori e leva até Dadá
Ajáká, entregando-o ele põe na cabeça e não suporta tamanho peso, que sub entendemos
seria o peso da responsabilidade simbolicamente falando, e de pronto devolve a Ayrá Igbònà,
que imediatamente coloca em seu Ori de volta, passando a partir daquele momento ser
aclamado Rei de Kòsò pelos súditos de Dadá
Ayra Igbonã também é conhecido por provocar incêndios nas matas fechadas, todo fogo sem
causa revela a presença deste Orisa.
Este Ayra se veste de múltiplas cores (o unico Ayra branco é Intile pois os demais usam cores),
usa a machado de uma so lâmina, o Sere e principalmente o Ajere de Fogo!
Olofin estava descontente com os moradores da terra, porque eles se esqueceram dele.
Com a seca prolongada os animais morreram, as plantações queimaram e quase não havia
água para beber.
mundo, e eles então se reuniram e decidiram enviar ou Sango ou Yemoja para ver e Olofin ele
pedir o seu perdão.
Yemoja era Orisa, ela tinha água para si, mas abandonou seu conforto para buscar água para
todos.
Ela passou caminho estreito e arduo e teve de caminhar muitos dias pela montanha sem
comer ou beber nada.
Quando Yemoja chegou ela estava com tanta sede e fome que ao chegar nos jardins, não pode
resistir mais e
para a sua caminhada matinal e viu de longe que alguém que se atreveu a
Ao se aproximar ele ficou perplexo ao ver a Rainha Yemoja bebendo água suja de uma poça
entre as flores.
Olofin disse para ela se levantar, e então percebeu que o amor de Yemoja era muito grande e
que pelo sacrifício dela os homens estávam perdoados e que ele enviaria a chuva novamente.
O grande sacrifício de Yemoja nao foi despercebido, ela salvou seus filhos e os filhos de todos
os Orisa.
Odoya!
"Babá Akafojiyan"
Akafojiyan é o Orisa do Bambuzal Branco, irmão de Danko do Bambuzal amarelo. Foi um dos
Imolé's que desceu do Orun no topo de Okê.
Epa Imolé!
Muito perto dali Korikoto com seus cabelos compridos movidos pela brisa, contemplava a cena
das crianças, que não se davam conta da
aproximação deles a um lugar onde havia o encontro de dois rios poderosos, onde as águas
desapareceriam na água, com a rapidez de um raio. KORIKOTO se lançou nas águas várias
vezes
até que tivesse salvado a cada uma delas. O alvoroço das crianças e suas mães foi imenso, mas
Korikoto estava esgotada com o esforço
para salvá-los. Sem oferecer resistência, seu corpo foi absorvido pelas águas e seu espírito se
As águas caiam como uma chuva iluminada pela luz do sol com várias cores. Ao cair sobre o
rosto
brincar, as mulheres cantar e os homens trabalhar com muito mais vigor e sentimento.
Desde aquele dia Olodumare deu a Ayaba Korikoto a função de proteger as crianças desde o
início da formação, da entrada e manifestação de vida e suavigilância depois de criados. A esta
Orisa corresponde controlar os nascimentos no mundo. É Ela que distribui as almas que vão
nascer. Controla a maternidade.
Estimula ou detém a fertilidade de acordo com as necessidades do mundo.
Korikoto visita os seres humanos todos os dias, porque é ela é o orvalho da manhã.
Korikoto fala pelo Merindilogun de Yemoja. Seus colares se confeccionam com nozes de
palma, Obi e Kolá e miçangas cor lilás. Seus atributos são um Otá,
uma clava de ferro com sete pontas e um chifre de touro, além de uma mão de caracóis
(búzios).
Um Rei possuía um papagaio branco, era o seu orgulho ter uma ave tão bela.
Esú visitou o rei e o aconselhou a fazer um ebo com um Pilão e um prato de inhame e colocar o
Papagaio sempre sobre o pilão, pois isso traria boa sorte.
O Rei tinha muitos desafetos, pessoas invejosas. Estes inimigos colocaram Afosé (pó vermelho)
no interior do pilão para sujar o pássaro e destruir a sorte do Rei.
Quando o papagaio se sentou no pilão as penas de sua cauda ficaram vermelhas. O Papagaio
ficou muito triste pois nao era mais plenamente branco.
O Rei então disse o papagaio que ele era mais bonito agora, e que não devia se sentir mal.
"Obá (rei) Venda as penas vermelhas do papagaio Odidé e você será muito rico."
Por isso dizemos que existem caluniadores mas tambem existem beneficiários em todo o
mundo.
O Papagaio Odidé é presente nos cultos de diversos Orisa, sendo então sagrado para os
Candomblés Nagô.
Osayn e Yemoja eram Amigos e um dia ela quis percorrer o campo com ele.
Portanto ela estava distraída pela vegetação, ela não percebeu que alguém estava olhando
para ela através dos arbustos. Os olhos espiões pertenciam a Orisa Oko, que era o Orisa das
colheitas fartas na terra.
trás dela, e ele viu nela toda a beleza que estava na terra, ela era maravilhosa!
Yemoja tinha sido distraída pelo cenário que Osayn lhe apresentara na cidade de Yraô. Ela não
tinha notado a presença ficando mais perto dela. Quando ela finalmente sentiu
a presença de alguém ao lado e sentiu alguém a olhando ela se surpreendeu, mas ao invés de
rejeitar o estranho ela abriu um sorriso de uma maneira amorosa.
Ele olhou para ela e sentiu um grande amor pela Rainha dos Orisa e um grande paixão ao vê-la
sorrir.
A partir desse momento, as palavras não eram necessárias entre estes dois Orisa. Eles
entenderam que foram feitos um para o outro.
Se casaram então.
encontrado a sua paz nas montanhas de Efon. Sim, a paz tinha vindo a para todos os reinos,
até Ilê Ife estava em paz.
Olodumare havia anunciado a Orisa Oko e a Yemoja que o tempo dos Orisa no Aye ja havia
chegado ao fim, que era tempo de retornar ao Orum.
Yemoja e Orisa Oko visitaram a cada Orisa, os avisando que ja era hora de se preparar para
deixar a terra.
O espírito dos Orisas vieram de Olodumare e era natural que voltassem para o entorno dele,
porem os Orisa nasceram em corpo humano na terra e tinham filhos e filhas humanos, e
tambem cônjuges e amigos humanos, a despedida seria muito dolorosa.
Os Orisa tinham que abandonar o seus reinos, também deviam abandonar a carne do seus
corpos para que seu espírito voltasse para o Céu.
Yemoja e Orisa Oko finalmente voltaram para suas casas para se preparar para os últimos dias.
O tempo de guerra acabou e os Orisa dedicaram o resto de suas vidas terrenas para amar uns
aos outros e para se prepararem para sua longa viagem de volta para o céu.
Ele começou a falar ... "Mesmo depois de deixarem este mundo, todos ainda serão Reis e
Rainhas."
Quando os Orisa ouviram estas palavras sentiram uma grande emoção, e pela última vez eles
derramaram lágrimas dos olhos.
Eram lágrimas de felicidade, porque Olodumare disse palavras que tinham trazido de volta a
memória tudo o que eles tinham sido no Ayê.
Olodumare continuou dizendo... "Quando sua carne morrer, a partir de vocês nascerão seres
humanos que hão de povoar a terra. Contudo todos os Orisa estarão com eles e dentro deles,
e através deles viverão e retornarão para seus descendentes."
E assim os Orisa partiram para o Céu, mas sempre voltam a nós através de seus descendentes.
e humilde.
Ela pediu ao seu humilde servo que dissesse o que queria, e ele disse que queria ser feliz e que
queria servir a Rainha Olokun.
Olokun então perguntou a o seu servo arrogante que ele queria, e ele disse a Olokun que
odiava olhar para o mundo e que desejava perder a visão de tanto desprezo que tinha pelos
humanos.
Olokun aceitou o pedido de ambos, porem ela ordenou que o seu servo arrogante passasse um
dia na terra para ver a miséria, a fome e ouvir os
O servo arrogante ainda assim não se compadeceu da miséria humana e ainda assim desejou
perder a visão.
Porem este servo agora cego não poderia voltar para as profundezas do Oceano, uma vez que
não tem olhos para ver o fundo do mar.
Então o outro servo e disse que seria melhor que o cego permanecesse na terra pois ele
mesmo sem enxergar podia servir a Olokun na superfície mas nao no mar.
Olokun então incumbiu o servo arrogante na função assegurar que as Oferendas e Obrigações
dos humanos cheguem até ela.
Agora Olokun e Yemonja recebem não so as Oferendas lançadas ao mar, eles tambem aceitam
as Oferendas feitas dentro das casas e nas matas, pois o servo cego de Olokun leva a Oferenda
a Praia, e ali o Servo humilde leva para o fundo do mar, fazendo assim uma ponte que faz a
ligação com as Deusas da Água.
Olokun e Yemoja recebem todas as Ofertas humanas independente do local no qual são
entregues graças aos seus dois fiéis servos.
APAOKÁ
A FEITICEIRA
Existem muitas mulheres ancestrais, entre elas haviam três irmãs, três Iya Mi. Eram elas
Mepere, Bokolo e Bambá.
Estas tres Iya Mi fizeram um pacto, elas juraram jamais engravidar, nunca iriam gerar vidas.
Porem, Bambá conheceu Orisa Okô o Senhor da agricultura, se apaixonou por e com ele teve
um filho.
Bambá apos quebrar o pacto com suas irmãs vai morar em uma árvore chamada mogno-da-
guiné, e então a Iya Mi recebe o nome de Apaoká.
Apaoka no Brasil é cultuada na Jaqueira, a qual nomeamos de Apaoka por razão dela ser
habitada pela Iya Mi, mas o nome em Yoruba da Jaqueira é Tapónurin.
O nome Opaoka significa "em cada pé" ou seja, em cada árvore, sendo que significaria que
esta Iya Mi seria a de grande culto, a propria Osorongá, senhora das árvores sagradas.
Se conta que Erinle (Ode Inle) tem profunda ligações com Oxóssi. Iya Bambá é considerada
mãe de ambos e é cultuada tanto em Ketu quanto em Efon.
OLOROKE
O REI DE EFON
Maria Violão (Iya Adebolú) e Tio Firmo (Baba Irufá) nos deixaram uma boa herança...
No ano de 1856 era fundada a nação Efon no Brasil pelo casal de africanos citados acima, e o
"Asé Yangba Oloroke ti Efon" foi o berço da nação, cujo o patrono e OLOROKE, o Orisa de Mãe
Maria Violão, o senhor das montanhas.
Oloroke é representando pelo leão da montanha (Ekun Oke), pela árvore Baobá (Iggi Ose), pela
lava e obviamente pelas montanhas.
Se conta que os Deuses desceram a primeira vez sobre a terra graças a Oloroke que fez a terra
se elevar acima das águas de Yeye Olokun formando um grande monte/vulcão por onde os
deuses passaram.
Oloroke é sim o Rei de Efon e sua filha é a Rainha Osun, Deusa das águas doces .
O rosto de Oloroke esta sempre coberto, ele é um justiceiro e por isso evita ver as pessoas ja
que se ve-las ele ira castiga-las por seus pecados.
Uma Lenda:
No princípio Olokun reinava só no mundo. Mas Olofin estava triste aborrecido com isso,
faltava-lhe algo.
Foi então que Oroiná com a força que lhe deu Olodumaré, fez surgir a primeira colina do fundo
do mar.
Olodumare reuniu os demais Orisa em Oloroke e mostrou a cada um o seu domínio. Sem Oke
ninguém poderia ter feito nada e por isso sempre há que se lembrar dele e fazer-lhe sacrifícios.
A yi(a)ra oke
Oloroke Oloroke
Epi Imole!
Da casa de Oloroke saíram grandes nomes tais como:
Mãe Milu
Paulo de Sango
Celina de Iemonjá
Crispina de Ogun
Noélia de Osun
Ya Ada de Omolu (Sacerdotisa da nação no estado de São Paulo no Ile Oluaye Omode Okorin
Efan)
Paulo do Efon ( Asé Oloroke Oba Orun Olosunta, Bauru - São Paulo)
Obviamente houveram muitos iniciados na casa de Oloroke, e deste Ase nasceram muitos
outros.
OLOROKE É IMENSO
AWURE!
ESÙ
Olodumare criou o espírito de Esu de uma bolha de ar, Esú e a esfera da vida.
Orunmila queria muito ter um filho, e sabendo que Olodumare e Obatala ja haviam criado um
espírito ele foi casa dos Funfun e pediu para que lhe dessem aquele espírito para ser seu filho.
Como Obatalá nao sabia o caráter de Esú, ele pediu que Orunmilá voltasse em um mês, pois
tudo ali estava ainda em fase experimental.
Inconformado, Orunmilá insistiu tanto que Obatalá resolveu atender à sua vontade,
orientando-o para que pusesse as mãos sobre a cabeça de Esu e que, voltando para casa,
fizesse sexo com sua mulher. Tudo foi feito de acordo com a orientação de Obatalá e, doze
meses depois, Yebìirú, mulher de Orunmilá, deu
à luz um filho do sexo masculino e porque Obatalá dissera que a criança seria Elegbára (Senhor
do Poder), Orunmilá resolveu chamá-lo de Elégbára. Logo que seu pai pronunciou seu nome, a
criança começou a chorar e a dizer:
(Filho, come, come! Um filho é como contas de coral vermelho! Um filho é como cobre! Um
filho é como uma alegria inextinguível! Uma honra apresentável, que nos nos representará
depois da morte!
Porem o preá nao foi o suficiente, Esu comeu tudo, devorou todos os quadrúpedes, aves e
peixes e, não tendo mais nenhum animal sobre
e de gritar:
Orunmilá, então, cantou a canção da mãe de Esu e quando este se aproximou para devorá-lo,
atacou-o com a espada do ebó e Esu vomitou Yebìirú, e nisso ele foi então cortado em
duzentos pedaços e cada pedaço transformava-se num novo yanguí, num novo Esu. A
perseguição se estendeu pelos nove oruns e, em cada um deles, Exu era seccionado
em duzentas partes e cada uma delas se transformava num novo Esu. No último orun, depois
de ser novamente retalhado, Esu propôs um pacto a Orunmilá: Cada Yanguí
seria uma representação sua e Orunmilá poderia consultá-los e mandá-los executar trabalhos
sempre que fosse necessário.
Orunmilá, então, perguntou-lhe por tudo o que havia devorado, inclusive sua mãe, e Esu
respondeu:
"Òrúnmìlá kí o maa kési oun bí ó bá féé gba gbogbo àwon nkan bi eran ati eye tí òun ó máà ràn
án lówó láti gbà padà fún láti owo àwon Omo aràyé”.
queria recuperar a todos e cada um dos animais e das aves que ele tinha comido sobre a terra;
Esu os assistiria para reavê-los nas mãos dos seres humanos).
E então tudo que Esu comeu foi reavido. Mas Esú ainda tem fome, por isso ele come de tudo.
Orisa Esu é subdividido em incontáveis partes, caminhos. Todos os seres humanos, animais e
vegetais, assim como os próprios Orisa possuem os Esu individuais que os acompanham.
Sobre a imagem: Muitos Deuses Africanos tem Chifres em suas indumentárias. A pessoa que
vê chifres como algo diabólico, é uma pessoa equivocada.
Laroye!!!
Eram muitas jóias, enfeites, perfumes e ervas raras. Todos então depositaram estes presentes
dentro de uma Ibá (bacia/cesto).
Levaram então esse cesto até as margens do rio Osun e clamaram que a Ayaba viesse até eles
buscar o presente.
Porém Osun não apareceu, ela é" Iya Ominibi" (mãe do fundo das águas) e não subia a
superfície de maneira alguma.
Osun havia invocado seu filho Odé que surgiu da mata em sua veste dourada, apanhou o
presente e mergulhou nas águas do rio para entregar a sua mãe.
Seu assentamento fica fora do quarto de Santo, ele traz fartura e por isso é colocado na
cozinha ou na plantação do Ilê Asé.
O CASAMENTO DE YEMOJA E ODE INLE (ERINLÉ)
Yemonja havia se separado de Orisa Oke, e por isso voltara ao Oceano onde vivia sua mãe
Olokun.
Desde a separação ela havia perdido a paz, as marés eram imprevisiveis, as ondas começaram
a engolir a
mares e finalmente tinha tempo para fazer o que quisesse, ela agora vivia em paz, algo que há
muito tempo não vivia, pois na terra ela tinha crianças correndo pelo reino e seus deveres de
Rainha e exigências do marido.
Yemaya tinha amadurecido mas ela ainda era bonita e sensual, apesar dos anos que se
passaram ninguém poderia competir com a beleza dela, nem mesmo Osun. Certa manhã
enquanto nadava no mar, ela teve um vislumbre de movimento que chamou sua atenção.
Ele era um homem bonito, e não era outro senão Erinlé da cidade de Ilobú, tambem chamado
de Odé Inle.
Inle estava fazendo sua pesca normal. Inle tinha toda a sua atenção de sua pesca quando de
repente, ele foi surpreendido por uma bela mulher, e foi amor a primeira vista.
Ele não conseguia explicar, e pensou até estar sonhando até que a voz da linda sereia falou
com ele dizendo:
"Eu sou Yemoja, dona deste reino no qual você é pesca. Eu é que forneço os peixes que vem
para o seu gancho. Todo esse reino de água que você pode ver é imensamente grande e é
meu."
Yemoja confessou a Inle que, embora ela comandasse o vasto reino dos mares, ela se sentia
solitária.
Sem hesitar Inle ofereceu para lhe fazer companhia em seus tempos de solidão.
Yemoja podia ver que Inle estava apaixonado por ela, e então explicou que estava à procura de
um marido e Inle aceitou imediatamente ser o par de Yemoja.
Ele não se importava com dinheiro ou riquezas, ele havia sido encantado pela beleza dela a
partir do momento que ele a viu.
Yemoja o levou para o fundo do mar.
Esta foi a primeira vez Yemoja permitiu alguém saber seus segredos escondidos nas águas.
Eles chegaram a uma grande caverna onde muitas espécies da vida marinha guardavam a
porta como guardas de um palácio, e esta caverna foi o "Ilê" de Yemoja e Inle.
Inle ficou maravilhado ao ver que quando os peixes notavam a presença da Rainha eles se
movimentavam como se estivessem em "Moforibale" (batendo cabeça) para grande Yemoja
que era a sua mãe e criadora.
em toda parte.
Eles se amaram, mas não por muito tempo. Um caso de amor tórrido tende a se desgastar
rápido.
Os tempo passou e as coisas mudaram. Yemoja começou a ignorar Inle e avitar sua presença.
Inle. Ele só queria atenção de Yemoja. mas ela não quis ouvir suas queixas e não se importou
com o coração dele.
Ela não sabia o que fazer. Ela tinha medo que ele contasse seus segredos e mistérios para os
outros Orisá.
Desta forma, ele continuaria vivo e nao seria capaz de dizer a seus
Até hoje Inle não fala, e é Yemoja que fala por ele.
ERUYA YEMOJA!
Sango foi o primeiro discípulo de Orunmilá. Foi ele o primeiro a saber adivinhar Ifá.
Em Iraó também havia um homem poderoso que não rendia homenagens a Orunmilá e seus
discípulos, seu nome era Osayn.
Osayn era mais sábio e mais poderoso de Orunmilá, ele era chamado "Oní Isegùn" o grande
médico, sabia de todo o poder da floresta e sabia ler as estrelas e as nuvens, era um grande
feiticeiro que era reverenciado por reis e rainhas.
Orunmilá não aceitava isso, que Osayn fosse mais sábio que ele, e então pediu a Sango que
destruísse Osayn.
Osayn sentiu que estava em perigo, mas saber quem o ameaçava ele estava indefeso.
Um dia Osayn subiu a montanha de Iraó para colher ervas e então Sango atirou raios nesta
direção.
Ao olhar para o céu ele viu Sango, e então descobriu em fim quem são seus inimigos.
Osayn se recuperou, hoje é perfeito, tem todos os membros, mas dança pulando em um pé so
para lembrar a covardia que fizeram com ele.
Ewe!
Também vamos deixar claro que o Orisa Osumaré não possui ligação com os Voduns Dan,
Bessem, Azanador e Frekwen, pois o Culto de Osumare é Yoruba, ele é Orisa e não é Vodun e
nenhum de seus caminhos tem ligação com voduns.
Osumare é muito velho mas tinha a aparecia jovem, se vestia de muitas cores.
Uma dia Olokun cometeu um crime contra a humanidade, ela fez um grande dilúvio e com isso
matou muitos homens. Os poucos que sobreviveram forma salvos por Orisa Okê, o Deus das
montanhas que protegeu os humanos em seu cume.
Yemoja que era Senhora de grandes Rios teve de voltar para o mar e governar no lugar de sua
mãe.
Mas toda Rainha precisa de uma Coroa, e Yemoja não tinha coroa alguma. Osumare desceu
para o fundo do mar e com estrelas marinhas ele fez uma bela coroa.
Osumare então colocou na coroa um pedaço de seu Arco-íris, e a Coroa brilhou como a Lua.
Desde então na cabeça de Yemoja esta a coroa que ela ganhou de Osumare, ou como dizem os
Lukumi: "Ochumare es la corona de Yemayá".
AHOBOBOY!!!
IROKO SOBREVIVE A GUERRA ENTRE ORUN E AYÊ ONILÉ
No início dos tempos, o Orun (céu) e o Aye (terra) tiveram uma discussão. Ayê argumentou
que ela era mais
"Eu sou a base de tudo. Sem mim, o céu de Orun seria esmagado porque não teria apoio. Eu
construí todos os seres vivos. Eu sou a mãe que os alimenta e sustenta. Eu sou a dona de tudo.
Tudo o que tem vida vem de mim e volta para mim. Meu poder não tem limites. "
Olodumaré, o grande Deus ouviu aquelas palavras mas não respondeu. Fez então um sinal
para o Orun o liberando para demonstrar um sinal grave de sua força.
"Ayê Onilé Aprenderá uma lição, seu castigo será tão forte quanto sua arrogancia e seu
orgulho.
A arvore Iroko estava preocupado com as consequências daquela batalha e começou a meditar
no profundo silêncio que se seguiu após o céu se calar.
Iroko tinha suas raízes profundamente enterradas em Aye Onilé, mas seus longos galhos se
estendiam para abraçar o céu. Iroko havia entendido que a harmonia tinha desaparecido, e
mundo sofreria as dores do desaparecimento da paz.
Orun sempre protegeu Ayê, ele moderava o calor dividindo o tempo em dia e noite, ele secava
a terra com o sol, depois a molhava como a chuva e a repousava com a lua, sempre dosando o
frio e o calor, o vento e a brisa. Tudo que Orun fazia trazia benefícios para Ayê Onilé.
Antes dessa guerra a vida era feliz e a morte vinha sem dor. Tudo pertencia a todos e ninguém
queria governar ou dividir, conquistar ou reivindicar quaisquer posições.
Não choveu e o sol sem piedade queimou tudo e a lua não mais trouxe mais luz para a noite.
Isso começou o tempo de sofrimento e feiúra sobre o terra.
dado graças ao céu. Iroko deu instruções para aqueles que querem descobrir os segredos e os
Arayê (humanos) se reuniram em suas raízes, em seguida, eles reconheceram a magnitude das
suas ofensas e se sentiram humilhados, e se purificaram no pé da árvore Sagrada.
Muitos mensageiros foram enviados para o céu, mas ninguém jamais poderia alcançá-lo,
apenas os galhos de Iroko tocavam Orun e ele então poderia transmitir as orações das pessoas
para o céu.
Vendo a contrição dos homens e mulheres em reconhecer o seu valor, Orun estava
emocionado e agradeçido e então chuva voltou a cair sobre a terra.
O que quer que permaneceu vivo sobre a terra foi salvo graças ao abrigo oferecido por Iroko. E
então tudo ficou verde novamente.
No entanto, não havia mais paz e felicidade plena como no início do mundo.
Iroko salvou a terra, mas a vida não é mais plenamente feliz por causa da culpa de orgulho de
Ayê Onilé.
Eró Iroko!
Toda a memória e sabedoria do mundo esta em Iroko, ele tudo viu, ele tudo ouviu e de tudo
ele é testemunha.
Orúla (Ifá) se casou com muitas das filhas de Iya Olokun, foi marido de Iyá Torô, Anabí e
Yemoja.
Yemoja sempre foi muito voluntariosa, uma mulher de génio forte, e ela desejava saber jogar
búzios tal como Orula.
Porém a arte da previsão sob oráculo era de uso exclusivo masculino e isso excluia Yemoja.
Ainda assim, toda vez que Orula consultava o Meridilogun ela ficava atenta as rezas, as caidas
dos búzios, a cada palavra dita e cada resultado confirmado.
Com o passar dos anos ela ja sabiá todas as regras dos dezesseis Odus principais e sabia ler os
dezesseis búzios e Osetura.
Quando Orúla retornou ele viu um multidão em sua casa e pensou que aguardavam a sua
volta, mas se surpreendeu ao entrar na casa e ver Yemoja com os búzios nas mãos atendendo
ao povo.
Orula fica irado, expulsa os clientes de Yemoja da casa, a estapeia e a leva diante de
Olodumaré para que fosse julgada como alguém que quebrou as leis de Ifá.
Olodumare então toma ciência que todas as previsões de Yemoja haviam se cumprido e pede
que Yemoja abra os Odus em sua presença,
Yemoja então joga os búzios dezesseis vezes e todas as vezes os odus corretos se abrem, foi
Aláfia.
Orúla ficou sem palavras, pois acusava Yemoja de ofender os Odus, mas os próprios Odus se
abriram para ela.
Olodumare entrega para Yemoja então os dezesseis Odus principais, o Meridilogun agora
também se abre para ela, e por isso ela é aclamada Iyanifá, mulher de Ifá e graças a ela as
mulheres conquistaram o direito de abrir os Odus através do Meridilogun.
Apesar de Yemoja ser consagrada nos Odús Osá Mejí e Irosún Mejí, ela fala através de
qualquer um dos dezesseis, eles lhe pertencem tanto quanto a Orunmilá.
Alafia!
Funan é uma das 9 divindades Feiticeiras Igbalé que provém de Oyá pelo Odú Òsá Méjì.
1) OYA EGUNITÁ
2) OYA FUNAN
3) OYA FURÉ
4) OYA PADÁ
5) OYA GERE
6) OYA FAKAREBÓ
7) OYA ADAGAMBÁRA
8) OYA LEYÉ
9) OYÁ TONIMBÉ
IBÁ FUNAN: Seu assentamento é feito com um tacho de cobre forrado com folha de akokô,
nove pratos de barro, uma panela de barro, nove hastes de Bambu amarelo, um Ota, Nove
búzios abertos e nove fechados, nove moedas de prata, dezoito idés de cobre, favas e folhas
de Oyá, pó Ossum, nove leques de palha, nove colheres de pau e efun (o zelador pode optar
por acrescentar mais intens caso a Yawo necessite).
O osé deste ibá so pode ser feito com água de chuva, visto que Funan é Orisa das
tempestades.
O ibá de Oyá Funan permanece nove ou dezoito dias no quarto consagrado a EGUN, após esse
resguardo se leva o assentamento para o Bambuzal amarelo, onde se é feita uma grande
oferenda para Oya Funan e todas as Igbalé, e so assim ela poderá voltar para o ilê sendo
deixada agora no quarto das Ayabas.
Funan se veste de branco e usa palha e cabaças em sua roupa assim como tambem sua boneca
Abayomí.
poderer de cura, Rainha e espírito guardião. És o espírito do vento, mãe dos nove Ancestrais.)
A maioria dos caminhos de Oya nasceu de Orisa Dankó, Odulecê, Nanã ou Obatalá, porem
IGBALÉ FUNAN é filha de BAROMÚ e BORÓSIA, que são deidades das correntes de ar da terra e
das correntes de ar que vem do mar. O encontro dessas correntes faria a tempestade FUNAN.
Mesmo sendo uma OYÁ, FUNAN não é chegada a Dendê. Seu Akarajé deve ser frito em Ori ou
Óleo de coco.
HEPA HEY!
AYABÁ OPARÁ
No Brasil ela é dada como qualidade de Osun, mas ela é uma Ayaba a parte. O texto que irão
ler trata Opará como Orisa independente.
OPARÁ!
Deusa da Guerra e das quedas d'água, Opará usa um Elmo de guerra ou um Torso, ela não usa
Ade Filá (Coroa com franjas que cobrem o rosto) pois tem a mesma rejeição a ornamentação
que Ogun.
Opará gosta de comer patas com Yemoja, pois é nascida no Odú Ogundá Meji (3-3), ela tem
paixão por comer galinhas vermelhas.
Seu Ibá pode ser de Barro ou em Cabaça, nele se põe uma corrente dourada, dezesseis
Ekodide's, duas lanças, uma abebe (Leque) com espelho, duas esferas de Vidro, três espadas,
duas colheres de pau, búzios, seis pratos de barro invernizado, 6 moedas correntes, 6 moedas
antigas, uma agulha, pó de Ossum, um machado duplo, dez Idés (pulseiras), dez flechas
douradas. O principal é que em seu Ibá vão dois Otás. Dependendo da qualidade da Opara se
poe determinadas folhas, sementes e ervas.
Leiam:
*ITAN:
Opará era a esposa de Ogun e morria de ciúmes do Marido pois sabia que ele tinha
sentimentos por Oyá.
Opara então um dia convidou Oyá para entrar em seu quarto, e Oya ingênua entrou. Opara
possuía um espelho enfeitiçado, ela então trancou Oya no quarto junto ao espelho, e Oya ao
encarar o espelho macabro viu coisas tão terríveis e malignas que seu coração parou de bater.
Opara matou Oyá.
*ITAN:
Opará era a mais bela filha de Obá e vivia sempre batalhando, era um exímia amazona. Um dia
Opará conheceu Ogun e por ele se apaixonou. Ogun se casou com ela e eles juntos são
invencíveis. Se conta que Ogun manda Opará na frente, e ela retorna sempre com um bom
resultado.
*ITAN:
Ypondá e Opará sempre foram desafetas, Opara era da família de Obá e Yponda odiava todos
que eram Relacionados a ela.
Um dia Opará e Ypondá se apaixonaram pelo mesmo homem, o Odé Erinlé, caçador de
Elefantes da aldeia de Ilobú.
Ypondá muito feiticeira e perigosa, andava sempre armada com seu par de fisgas (espécie de
arpão), chamou Opará até próximo a ela e pediu que se ajoelhasse Opará sem entender
cumpriu o que a mais velha solicitou. Opará muito jovem e bela sempre ao abaixar-se Ypondá
fisgou-lhe as
duas vistas e arrancou fora seus olhos tornando-se então Opará uma mulher cega, por isso
dentro de seu Igbá
põe-se um par de olhos de vidro ou cerâmica. Onira revoltada com tal situação tenta comprar
a briga de Opará e na batalha ela quiema os pés de Ypondá, que por sua vez muitíssimo
inteligente mira o abebé
dela contra os raios de Onira e a cega também desde então Opará e Onira guiam-se uma a
outra, fazem companhia, sao inseparáveis.
É errado cultuar esta Deusa como caminho de Osun porque elas tem asé diferente, são
mulheres diferentes.
Ore Yeye!!
BABA EPÊ
Dizemos que Epeja é o "Logunedé" entre os Funfun por ser o Imole da família branca que mais
ostenta beleza e vaidade, ele é um homem esteticamente perfeito.
Ligado a Yemoja, é o Orisa que trás a vida as águas, é idolatrado por pescadores pelo fato de
trazer peixes e animais aquáticos para todos os rios que é consagrado e com isso garantir o
sustento de todos os que vivem de pesca.
Epeja come com Erinlé, Osun, Ologunedé, Yemoja e Ogun e obviamente toda a familia Funfun.
É o Orisa sem negatividade, tudo faz crescer e procriar. Dizem que se casou com Asesun e que
divide com Osun o dom da prosperidade.
Sendo um Orisa Efon ele dança Ijesá e Batá, usa Abebê, Idá, mão de pilão e Atorí. Por não ser
rei ele não usa filá.
Esse é um Ogun que causa muita polêmica, pois é confundido com Onire e Alagbedé que são
caminhos de Ogun agitados, brutos e violêntos, mas Warí é o oposto.
Muita gente acha que qualidade de orisa não significa muito, que no fim é tudo a mesma coisa.
Mas não é não, cada um é cada um e qual é cada qual, de tanto misturar o culto a Warí esta
totalmente descaracterizado.
Ogun Wari nasce pelos caminhos dos Odu's Ose e Irosun e come com Esú, Yemoja e Osun.
Ogun era filho de Yemoja e Obatalá. Com sua mãe aprendeu os segredos das Agbá e com seu
pai os segredo do Orun. Ele se tornou um poderoso feiticeiro. Por ter sido criado no palácio de
Olofin ele adquiriu nobreza, bons modos e disciplina. Warí era um homem belo e bem
conservado, e mesmo sendo da realeza ele tinha sede de aventura, de emoção, por isso um dia
ele abandona o palácio e vai viver como um simples caçador nas matas.
No tempo em que wari morava no palácio, ele com suas bruxarias matava a todos que se
opunham a ele e a sua família, e isso lhe o none de "Ologun" (senhor da guerra) pois ele vencia
a todos com sua magia negra, mais isso também lhe deu muitos desafetos que tinham rancor
dele e desejavam vingança e ao saber que Wari agora estava sozinho nas matas os inimigos se
uniram para ataca-lo.
Wari então se viu sozinho na floresta cercado de inimigos sedentos de seu sangue, e ele tentou
enfrentar o bando mas eram homens demais, era impossível um único homem derrotar
tantos, e com essa desvantagem ele foi ferido e teve de fugir.
Na floresta ele então ele encontra Osun, que o vê sangrando e percebe que ele esta sendo
seguido, o leva para sua casa e cura as seus ferimentos.
Osun se encantou com a beleza dele e ele ficou fascinado por ela, decidiram se casar.
Warí sabia forjar metais, e então fez as ferramentas de Osun e cobre dourado e ouro e as sua
mãe Yemoja em prata e aço. Os preciosos Idés de Osun foi quem fez e ela ostenta até hoje
essas jóias que fazem parte de seu fundamento.
Warí foi o ultimo marido de Osun, deste ela não se separou, graças a paciência de Ologun Warí
eles estão juntos até hoje.
Asé
Warí se veste de verde claro, azul claro e vermelho, todos seus metais são dourados. Usa
Abebê, Espada e escudo. Nunca se vestiu de Mariwo, ele sempre usou as roupas finas da
realeza. Dança Batá, Adabi e Ijesá, come os mesmos pratos que Osun, mas também os
tradicionais de Ogun.
Ogun ye!
OGUN É CHAMADO ONIRÊ
Haviam sete ricas aldeias todas próximas umas das outras, Ogun as conquistou e as
transformou em uma única cidade, ai nasce o Ilê Irê, o reino de Ogun.
Ogun era Rei, e por protocolo ele tinha que usar a Adê, a coroa com filá de franjas para cobrir
seu rosto, e alem disso havia diplomacia com os demais reinos e muitos protocolos a seguir, e
Ogun não gostava de Nada disso e principalmente ele se recusava em usar a coroa.
Enjoado de tantas regras e "frescuras" que sobrecarregavam os reis, Ogun vai embora, ele
volta a usar seu Akorô, o elmo de guerra e deixa o reino nas mãos de Ogundaunsí que era seu
filho primogênito.
"OGUN NÃO TOLERA IMPOSIÇÃO DE REGRAS, ELE PREFERE SEGUIR UM COMINHO ONDE HAJA
LIBERDADE."
Mesmo longe do Reino Ogun era chamado de Onire. Por anos e anos ele ficou longe do reino,
se ocupava nas batalhas onde levantava os estandartes de seu pai e de o de seus filhos.
Um dia Ogun resolveu voltar para Irê, porem ele não se lembrava que havia um dia de silencio
em honra aos ancestrais e escolheu justo esse dia para chegar a cidade.
Ogun se sentiu muito ofendido, ele não foi comprimentado e não festejaram sua chegada.
Ogun se enfureceu, ele pensava que o povo havia se esquecido dele, e então tomou sua
espada nas mãos e foi matando a todos que encontrava, decepava as suas cabeças espalhando
cadáveres por todos os lados, até que as sacerdotisas gritaram avisando a Ogun que era o dia
do silêncio em honra aos ancestrais.
Ogun então percebeu o que havia feito e se arrependeu, Ogun se enojou de sua própria
violência.
Ele então pediu que seus filhos continuassem a prosperar e conquistar, e no centro da cidade
ele bateu sua espada no chão e abriu um grande buraco onde Ogun entrou e sumiu, e logo em
seguida a terra se fechou e nunca mais se abriu.
OGUN ABANDONOU O AYÊ E SE TORNOU ORISÁ.
OGUN YÊ!
OYA BAGAN
OYA DO RIO
OYA DA LAMA
Bagan teria sido o ultimo avatar (corpo reencarnado) de Oya, por isso leva em si tudo o que
Oya adquiriu em suas vidas, sendo uma Ayaba de culto complexo e poucos zeladores sabem
iniciar essa mulher.
Bagan usa pinturas feitas com lama e Osun, nasceu da lama do rio Oya, o Rio niger, e seu culto
se da neste rio.
* OYA SEM CABEÇA:
Corre um falso itan de que Oya Bagan não tem Orí, pois foi decapitada. Como alguém sem Ori
pode ser plantada em Ori se no culto a Orisa so de da o que se tem?
Bagan na verdade arrancava a cabeça dos inimigos, por o nome de "OYA SEM CABEÇA". Por
fundamento da Ayaba se moquia (queima) a cabeça dos bichos de quartro patas que são
oferecidos a ela, e então se poe esses cranios em seu igbá junto a um par de chifres de búfalo.
O dundun a soro
Balè hey"
Tradução:
Orula disse que ele devia mandar sua filha levar um pano preto até a fronteira da aldeia e
rasgar o
pano. O pano preto simboliza as coisas más, e deveriam "rasgar" o mal. "Oyá" Significado
rasgar, dividir, rachar. Então a filha do rei foi até a fronteira e ragou um pano preto, rasgava e
gritava: OYA! OYA! OYA! (Dividindo! Dividindo! Dividindo!)
Os retalhos de tecido formaram uma lama negra, que formou agua negra. A poça de água
estourou e formou um grande rio negro! Do ronco do rio se escutou o grito alto
"OOOOOOYÁ!!!". Do leito do rio
saiu uma mulher negra, linda, empunhando armas de guerra. Ela foi chamada Oya, e o rio Odô
Oya. Oya Bá Àgan é a oya que trás a força, o poder do grande Odô Oya! Se diz "Odô Oya Bá
Agan" (o rio
oya trouxe força) que defendeu os Tapás do perigo, Grande formou uma linha separando o
reino dos
inimigos, e eles tinham medo de tocar na água, o rio é o Berço de OYA, cujo as aguas são
negras de tantos eguns que carrega!!! A Ya agbá Oya um dia saiu voando no ar e fez um
tufão de vento! A partir dai os tornados também foram batizados de OYA. Quando Ya Agbá
Oya Bá Agan estava nervosa ela Corria pra floresta e se transformava em Búfalo!
ESÚ: Bagan guerreou contra Esu, ao ganhar a batalha ele jura lealdade a ela e decide
acompanha-la.
OXÓSSI: O sexto filho de Bagan se chama OGYOGAN, ele se veste com a pele do búfalo e
auxílio Ode na caçada do passaro Orúro, ao ver que Ode respeitava Ogyogan, Bagan da para
Odé o seu pó "Arole" para afastar os Eguns, e Ode em agradecimento faz o Erusin de Oya, e
então se tornam aliados.
NANÃ: Bagan nasceu da lama, seu fundamento é a lama preta e isso se se fortalece na
presença de Nanã.
OBALUAYÊ: Bagan o encontra no cemitério junto a Esu, e ao derrota-lo ele também jura
leadade a ela e a acompanha.
*CORES DE BAGAN:
Ela usa branco, porem no ato do "Agere" ela se veste de Vermelho ou Marrom.
Bagan não é de culto igbalé, ela é cultuada no Rio Niger, mas tem seu ase voltado aos Eguns.
Hepa hey!
A filha de Obatalá, Y'Obba Ananní era conhecida tambem como Obá a esposa de Ogun, o
Bárbaro. Obá era casada com Ogun desde que ele a venceu em batalha e praticamente a
obrigou a ser dele.
Mas Oba não gostava de Ogun, e essa falta de amor a fez ir embora, ela fugiu para Ifé.
Um dia Obá conheceu Odé, ele que seria um dia o grande Oxóssi Rei de Ifé, nessa época ainda
era um po...bre caçador.
Ode estava parado descansando sob a sombra da copa de uma árvore, e então ouviu um
barulho, um tropelo! Ele se levantou para ver que estardalhaço era aquele e viu uma mulher
correndo atrás de um cervo. Ele sorriu ao ver aquela cena, como uma mulher poderia correr
atrás de um cervo e acreditar que poderia alcança-lo? Mas Oba corria o maximo que podia, e
Ode então resolveu ajudar, ja que Obá caçava com muita dificuldade o seu sustento, pois não
possuia boa técnica de caça. Ode a ensinou a caçar com lança e Ofá, e Obá ensinou Odé a arte
de lutar a curta distância a Ode, o ensinando a habilidade da espada e do escudo.
Odé e Obá não tinham desejos carnais um pelo outro, mas entre eles aconteceu um dos mais
belos sentimentos, a verdadeira amizade.
Porem por onde Obá passava o povo dizia: Lá vai a esposa do caçador!
Mas Oba não se importava com o falatório do aldeões, e Odé menos ainda, eles gostavam de
viver juntos.
Por muito tempo eles foram uma dupla, mas um dia Obá conheceu Sango, e então ela sentiu
que seu coração havia escolhido aquele homem para amar, e ela teve de deixar Odé e ir atrás
de seu amor.
Sempre que Odé e Obá se reencontram eles se abraçam e festejam as boas lembranças que
guardam um do outro, uma agrande Amizade sobrevive até aos milênios.
Asé
Na maioria das lendas Obá e vista como uma mulher amargurada, possessiva e mesquinha,
mas ela não é assim. A questão foi que o casamento com Sango fez muito mal a ela, e por viver
situações tensas demais ela se fechou. Mas antes disso ela sempre foi muito alegre, rodeada
de amigos, era uma mulher festeira que gostava de se divertir.
Oke Odé!
Obá Sire!
NASCE ODÉ DANA DANA
Na África a semana possuía apenas quatro dias, o último dia era o "Ojo-Obatala" dia de
Obatalá e por isso era dia de render graças ao grande Funfun, dedicavam o dia a ele.
Ode era marido da Ayaba Osun, e ela temerosa por Ode ignorar as tradições dos Orisa foi
embora com medo que algum castigo também caísse sobre ela....
Ode foi para a mata de Ifé caçar, e então quando estava se aprofundando na floresta ele ouviu
uma voz suave cantarolar:
Ode foi atrás do som da cantoria e logo avistou a serpente Furta-Cor chamada Osumare. Ode
fincou a lança na cabeça de serpente e a levou para casa, ela seria seu jantar.
Ode exclamou:
Ode ignorou os sinais e foi para casa, la ele despedaçou, cozinhou e comeu a cobra.
Durante a madrugada Ode sentiu dores na barriga, a serpente reviveu, se regenerou dentro de
Odé, e então a ela rasga as entranhas de Ode e o ultimo som que o caçador ouve antes de
morrer é a voz da Serpente Osumare dizer:
Ode morreu.
No dia seguinte Osun foi a casa de Odé ver como ele estava, e então se depara com o cadáver
jogado sobre a esteira com um buraco no abdômen.
Orunmilá diz:
"Ode pagou o preço por ignorar as tradições, mas ha um jeito de recuperar a sua vida."
Ifá orientou Osun a fazer Ebós para pedir o perdão de Olorum e então Ode reviveu, mas como
castigo ele deve zelar pela paz na floresta, pelo bem dos caçadores, pelo respeito as tradições
e para sempre sera próximo a Serpente Osumare e a protegerá de que façam mal a ela como
ele um dia fez.
Oke!
Pelo fato de ja ter visto a morte, ele recebeu de oya o Arole, Pó vermelho com o qual se
protege do Eguns e com isso tem a permissão de entrar na floresta das Igbalé.
Dizem que foi Dadá Ajaká que criou Sango. Dadá era o primogênito, o herdeiro de Oyó e
amava muito o pequeno Sango, mandou buscar ele no reino de Tapá e o criou como seu filho.
...
Um dia Dadá se distraiu e Sango acabou por cair dentro das brasas do fogão de lenha. Dadá se
desesperou, mas quando ele parou para observar, Sango não se queimou, ele brincava com as
brasas.
Dada deu todo seu carinho a Sango, mas quando Dada herdou o trono Sango traiu ele, o baniu
do reino e usurpou o título de Rei.
Mas Dadá perdoou Sango e por isso Sango pede que sempre que louvarem ele, louvem
tambem a Dadá.
O GBE L'ORUN
caminhos.)
Kabiesi!
OYÁ GERÈ
Oyá Gere (se pronuncia Guerê) é uma Oyá muito rara e mistériosa.
Se conta que Oyá lançava raios pela boca, e ao lançar o raio acoava um estrondo gigantesco,
um trovão. Porem Oya de tanto lançar raios pela boca perdeu a sua voz humana e dai por
diante tudo o que falava ecoava alto e forte como um trovão, por isso é hábito quando se ouve
um som de trovão se dizer "HEPA... HEY IANSÃ".
Oyá Gere é aquela Oyá que quando da seu ilá da um grito tão alto que o som de sua voz
ultrapassa o atabaque. O símbolo desta Oyá são as nuvens escuras de Tempestade.
"Koro koro koro, Oyá Koro Ilê, Oya Biyi Orô, Oya Oyá Koro Ilê"
(Estrondo, Estrondo, Estrondo, Oyá fez um Estrondo dentro da casa, Oya nasceu com um
Segredo, Oyá fez um Estrondo dentro da casa.)
Se veste de Branco e Rosa Claro, suas ferramentas são Mariwo, Abayomi, Erusin, Idá, Afefé e
Iwo.
HEPA HEY!!!
IYÁ OMINIBÚ
(Mãe das águas profundas que correm nos rios, Orixá que está sobre a nossa casa)
...
O nome Ominibú se traduz como "No Fundo das Águas ou Águas profundas", pois ela reside no
fundo do rio Osun. Esta é a Osun criadora de vida, que trás peixes para as águas e fertilidade
para as mulheres.
Esta Osun vem pelos Odú Osa e Ose.Ela está sempre ao lado de seu Ibá.
Ela é a líder da sociedade de Iyalodes. Ligada a Yemoja, Sango, Osala, Oyá, Ogun e Osayn.
Osun Ominibú vive no fundo do Rio, nas águas escuras e só sai à noite, ela não se movimenta
durante o dia. Seus filhos não devem ter cães em casa, e ewó (kizila). Está Osún so aceita
animais brancos em seus rituais e após assentada ela sempre estará próxima ao seu Igbá.
Obatalá reuniu todos os "Oborós", as divindades masculinas e com estes deuses ele fez uma
sociedade de Orisas.
Osun então entendeu que não precisavam dela, e retirou o seu Asé do mundo. Não havia mais
fertilidade, as mulheres não engravidavam, a água nao matava mais a sede e a natureza secou.
Os Oborós foram reclamar a Olodumaré, queriam que ele obrigasse Osun a dar seu Asé
novamente, mas Olodumare disse:
"Vocês disseram a Osun que ela não é importante e agora sofrem sem ela. Devem desfazer
esse erro."
Todos os homens foram as margens de Rio Osun e levaram oferendas a Ayaba que logo surgiu
das aguas e perguntou:
"Por que estão chamando meu nome se eu claramente não estou a altura de vocês?"
Osun fez com que os homens implorassem seu retornou, e então ela aceitou voltar, mas com a
condição que ela e as Ayabas também tivessem voz ativa entre os Deuses. E assim foi, a terra
voltou a prosperar e Osun foi chamada Iyalodê, a mulher honrada.
Osun Ominibú é a Osun lider, a grande senhora que quando fala todos se abaixam.
Ore Yeye!!!
OYÁ OLOGÚNERÈ
Antes de começarem a ler, tenham e mente que Ologuneré é uma Oyá diferente das demais,
ela é uma Odé e suas ligações com os Orisas são diferentes da das demais Oyá. Com certeza é
uma Oyá "ÚNICA".
Se conta que Oduduwá gerou em Yemú 16 Deuses, o principal entre eles é Ogun. A nona
criança que Yemú pariu foi chamada de Oyá. Quando Oyá nasceu trouxe muita alegria para
Yemú. os Dundun (Negros) possuiam olhos escuros, mas Oya nasceu Dundun e com olhos
grandes, cor de ambar, e Yemú dizia que o tom de mel em seus olhos era por ter muito mel em
seu coração.
Com Ogun ela aprendeu a caçar, e ele fez para ela um Ofá e uma Idá.
Os Orisas estranhavam que Oyá era uma mulher muito bonita mas se comportava como um
homem, sempre nas batalhas e nas matas, guerreando e caçando e não gostava de cozinhar e
costurar tal como faziam as suas irmãs.
Oyá um dia não quis mais viver no palácio de Oduduwá e então foi embora a procura de
aventura, e nisso ela conheceu Yewa, Osayn, Erinle, Oxóssi e muitos caçadores de Ifé e Ketu.
Ela então encontra Obaluayê, e com ele forma uma dupla de caçadores e guerreiros
mercenarios,ou seja, eram contratados para guerrear a favor do pagante, e então passam a
percorrerem as aldeias da África antiga, e eram muito temidos os dois.
Porem Ogun inciou uma guerra gigantesca e cruel que ia desde os Reinos Jeje até as
montanhas de Ekiti. Oya não podia barrar a violência de Ogun, ele era seu irmão. Então ela e
Obaluayê se poram a curar os feridos, e socorrer os abandonados e afetados pela guerra. De
aldeia em aldeia eles iam acudindo os que haviam sofrido os males da guerra.
Eles atravessaram muitas aldeias, e então na floresta de Ipondá eles acharam um menino
brincando sozinho, ele atirava pedras em uma colmeia. Logo as abelhas africanas foram atacar
a criança, mas Obaluayê girou e levantando suas palhas ele afastou e impediu que as abelhas
se aproximassem do pequeno menino.
Oya o pegou no colo, e ao longe ouviu a voz de uma mulher a gritar "Omó Mí! Omó Mí!" (Meu
filho! Meu filho!).
"Iponda, sou filha de Oduduwá rei de Ifé. Não deixe seu filho fugir novamente, a guerra esta
cada vez mais violenta e podem fazer mal a ele."
Osun então deu seu Abebe para Oyá como forma de agradecimento.
Osun respondeu:
"Tu és Oyá a Caçadora não é? Meu ifá sempre me diz que a natureza de filho meu o fará se
afastar de mim, e eu gostaria que o ensinasse a lutar e se defender. O ayê esta cheio de
crueldade e ficarei mais tranquila se meu filho puder se defender por si só. Faça isso por ele eu
lhe peço."
O mel do coração de Oya nao ha deixou negar este pedido. Por muitos anos Obaluayê e Oya
viveram em Iponda e ensinaram a logun a arte da luta. Porem quando Logun estava ja
adolescente, Oya e Obaluayê forma embora, mas logun foi junto com eles, e nunca mais saiu
de perto de Oyá. Em muitos lugares dizem que logun é mais filho de Oyá do que de Osun.
O nome Ologuneré significa "Guerreira de Eré". Eré foi uma das cidades afetadas pela guerra
de Ogun que recebeu o auxílio de Oyá para se reconstruir, e então foi eleita Ayaba Matrona da
cidade.
OYÁ OLOGUNERÉ é proveniente da nação Efon. Está Ayabá não pega Juntó, ou é cabeça ou
não é nada. Usa cores variadas como branco, azul, laranja, Verde e rosa e tecidos estampados
ou peles de animais. Não usa vermelho.
Ha quem a cultue como Igbalé por ser um orisa da floresta, mas aqui no Brasil foi difundido o
seu lado guerreiro e caçador, ela é parte integrante da casa dos Odé mas ainda assim tão
vaidosa quanto Osun. Ama dançar Ijesá. É ligada os ventos.
Hepa hey!
Orisá Olufon.
Orisa calmo.
Orisa que ao tocar a palma da mão no rosto de alguém retira todo espírito de agitação.
Olufun é paz.
Orisa branco.
Não se mistura com o que é impuro e ainda assim não recrimina ou discrimina.
Olufon é ordeiro.
A porta do céu está sempre aberta para os que vivem para o Orisa de Ifon.