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BÍBLICA DO CULTO
CRISTÃO
Prof. Raul Blum
Atualizado por Clóvis Jair Prunzel
Introdução
Neste tema, você irá perceber a definição de culto como fenômeno
religioso presente na igreja cristã.
Em segundo lugar, depois de visto o que se quer dizer com “culto”, como se
determina o que o torna “cristão”? O que distingue um culto “cristão” de
outros cultos? Saber o que distingue o culto cristão de outros cultos é uma
“ferramenta prática vital” para toda pessoa que tenha que lidar com o culto
cristão. Especialmente, quando se é confrontado com muitas formas
diferentes de culto, é preciso saber distinguir com clareza o que torna um
culto “cristão”.
O termo inglês worship também tem raízes seculares. Vem do inglês antigo
weorthscipe. Weorth = worthy (digno) e -scipe = ship (-dade), significando a
atribuição de valor ou respeito a alguém. O inglês também usa o termo
service, que significa “serviço”. Deus nos serve no culto com sua palavra e
os sacramentos do Batismo e da Santa Ceia, concedendo-nos perdão dos
pecados e salvação. Por outro lado, somos conduzidos por Deus a servir a
ele com nosso louvor e agradecimento e em amor ao nosso próximo.
Fonte: Pixabay:
Os anjos são enviados para ministrar aos que são salvos por Cristo. Por isso
também são “litúrgicos” ou “ministradores” (leitourgiká – Hb 1.14). Também
pessoas que exercem poderes governamentais e que fazem valer seus
direitos para louvor do bem e castigo do mal, em virtude de sua atividade
são chamadas “ministros de Deus”, ou seja, “liturgistas” (leitourgoì) de Deus
(Rm 13.6). Até o serviço da assistência aos necessitados de Jerusalém que
as congregações da Macedônia e Grécia prestaram é chamado de
leitourgías, e Epafrodito foi chamado por Paulo de auxiliar (leitourgóv –
“liturgista”) de suas necessidades (Fp 2.25).
É interessante notar que na Septuaginta o substantivo leitourgía e o verbo
leitourgéo nunca se referem a um serviço às pessoas, mas é usado
somente para funções de culto. E quando o Novo Testamento cita o Antigo
Testamento é constante o uso linguístico da Septuaginta. Leitourgía é o
serviço sagrado que era realizado no tabernáculo (Hb 9.21) ou o serviço
sacerdotal regular como o realizado por Zacarias no templo (Lc 1.23). Mas a
perfeita leitourgía tem lugar no céu. Aí é o “ministro do santuário e
verdadeiro tabernáculo” e “o ministério mais excelente” realizado pelo
Crucificado, exaltado à direita de Deus como o Liturgista do verdadeiro
santuário celeste (Hb 8.2,6).
Reflita
Portanto, “reunir-se” está implícito no sentido de nossa palavra “culto”. Em
todos os eventos, “culto” é o evento essencial nas reuniões dos cristãos. Por
isso, o culto é ekklesía, assembleia, reunião. Portanto, culto no sentido de
assembleia da congregação cristã em nome de Jesus é a manifestação da
igreja na terra. Em tal assembleia acontece a epifania da igreja e tal
assembleia em nome de Jesus é igreja. A expressão “hoje tem igreja” (em
alemão es ist kirche heute), e não “hoje tem culto” (em alemão es ist
Gottesdienst heute) está perfeitamente correta.
É preciso também mencionar que “o partir do pão” mencionado no Novo
Testamento é designação do que entendemos por culto público. É um
termo palestino que originalmente não está relacionado ao culto
propriamente. Refere-se ao partir do pão costumeiro pelos pais de famílias
judaicas no início de cada refeição. A antiga congregação palestina valeu-se
desse termo para designar suas refeições de amizade (At 2.42,46), quando
também a ceia era celebrada. Dentro dos limites das missões paulinas,
“partir do pão” é o termo para a eucaristia. Isso é evidente nas
comparações entre At 20.7 e 1Co 10.16. As assembleias cristãs para o culto
(com exceção dos encontros nos quais o Sacramento de Iniciação era
administrado) eram, desde seu início, assembleias de Santa Comunhão que
incluíam proclamação e instrução. O termo “partir o pão” usado em At 20.7
tornou-se a designação mais antiga para o ofício cristão. Mas esse termo
também é emprestado da área cotidiana, no entanto, expressa a “novidade”
do culto cristão em relação ao culto judaico.
Referências
BRUNNER, Peter. Worship in the Name of Jesus. Tradução do alemão para
o inglês por M. H. Bertram. Saint Louis/Londres: Concordia Publishing
House, 1968.
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