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Culto antropocêntrico ou Cristocêntrico?

Quando falamos de antropocentrismo falamos que o "homem é o centro" (do grego:


anthropos, "humano"; e, kentron, "centro"). O antropocentrismo ele tem impactado
as igrejas em toda parte do mundo. Já não se ver Cristo sendo o foco e único objetivo
de adoração.
O culto antropocêntrico enfatiza a importância da humanidade no culto religioso,
colocando os seres humanos no centro da adoração e da devoção. Nessa perspectiva,
a religião é vista como uma forma de atender às necessidades e desejos humanos.
Por outro lado, o culto cristocêntrico enfatiza a importância de Cristo no culto
religioso, colocando-o no centro da adoração e da devoção. Nessa perspectiva, a
religião é vista como uma forma de seguir a vida e os ensinamentos de Cristo,
buscando a santificação e a salvação.
No cristianismo, a questão de qual perspectiva é mais importante pode ser vista como
um falso dilema, já que a fé cristã enfatiza tanto a importância da humanidade quanto
a importância de Cristo. A Bíblia ensina que os seres humanos são criados à imagem e
semelhança de Deus e têm um papel especial na obra da criação, mas também ensina
que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, e que ele é a fonte da salvação e da
redenção.
Porém, é importante ressaltar que o culto cristão deve ser centrado em Cristo e na sua
obra redentora, e não apenas em atender às necessidades e desejos humanos. A
adoração e a devoção devem ser direcionadas a Deus por meio de Cristo, e não a um
culto antropocêntrico que coloca as necessidades humanas acima da vontade e do
propósito de Deus.
Em suma, embora haja uma ênfase na importância dos seres humanos como criaturas
criadas à imagem de Deus, o culto cristão deve ser centrado em Cristo e na sua obra
redentora, buscando a santificação e a salvação através dele. O culto antropocêntrico
pode levar a uma visão instrumental do mundo natural e das outras criaturas, em que
elas são vistas apenas como recursos a serem utilizados para atender às necessidades
humanas, em vez de serem valorizadas em si mesmas.
O foco de cada culto ao Senhor deve ser a pessoa de Jesus Cristo, tudo é dEle, por Ele e
para Ele (Rm 11.36), devemos adorá-lo e engrandecê-lo, não por aquilo que Ele pode
nos dar, mas por aquilo que Ele é, grandes foram os feitos de Cristo em prol da
humanidade e devemos gratidão pela obra redentora que Deus fez por meio de Seu
Filho.
Tudo que fazemos no culto deve ser voltado a Cristo, Ele é o ÚNICO mediador entre
Deus e homens, aquele que teve Seu nome elevado acima de todo nome, no céu, na
terra e debaixo da terra (Fp 2.9; 1 Tm 2.5). Tudo o que pedimos deve ser dirigido a Ele
e toda a glória deve ser a Ele também, o culto não deve exaltar os feitos humanos,
nem a capacidade do crente e muito menos as qualidades da igreja, o culto deve
exaltar as obras de Cristo (Jo 14.13, 14; 2 Co 4.7).
Nesses últimos dias, em que muitos cultos se transformaram em reuniões para
agradar, elogiar e “abençoar” o ser humano, além de melhorar a sua autoestima, as
mensagens cristocêntricas tendem a perder o sentido. Tornam-se cada vez mais raros
os mensageiros da cruz de Cristo.
Para muitos crentes, como já vimos em outras postagens, Deus é uma espécie de
“Papai Noel”, que entra nos templos com um grande saco de presentes nas costas e
começa a distribuí-los aos que têm fé. Os anjos podem ser comparados aos elfos —
pequenos auxiliares do “bom velhinho”, que o ajudam a distribuir “brinquedos” para
os “meninos”.
Esse evangelho antropocêntrico que vem sendo propagado por algumas igrejas e
pregadores que se distanciam a cada dia das Escrituras tem a sua origem no
antropocentrismo, doutrina filosófica, pela qual se afirma que o ser humano é o centro
do Universo, a referência máxima e absoluta de valores, o protagonista, o centro das
atenções. No meio evangélico, tal filosofia tem sido adaptada e respaldada por
passagens bíblicas isoladas.
Segundo esse evangelho triunfalista, Jesus teria sido apenas um grande homem que
venceu pela fé, e não o verdadeiro Deus encarnado (cf. Jo 1.14). Os propagadores
desse “outro evangelho” defendem uma deificação do homem, ensinamento que
enfatiza — ainda que de modo tácito — o rebaixamento de Deus e a desvalorização da
obra expiatória de Cristo.
Desde o louvor até a pregação tudo deve ter como centro o Cordeiro e Suas obras, os
apóstolos pregavam a Cristo e a Sua obra realizada no Calvário, não andavam
pregando um pensamento particular deles, nem pregando o que os homens queriam
ouvir, eles estavam centrados na pessoa do Nazareno desde o primeiro sermão
registrado na Bíblia (At 2.22; 1 Co 1.23, 2.1-14; 2 Co 2.17, 4.5; Gl 1.10). Do mesmo
modo o louvor deve ser cristocêntrico, espiritual e voltado somente a Jesus Cristo, não
deve haver mensagens triunfalistas, que exaltam o homem, mas sim mensagens que
louvam ao Senhor em Cristo, pois em tudo devemos agradecer e glorificar ao Pai (Cl
3.16; Ef 5.19, 20).
Devemos rejeitar estas práticas mundanas antropocêntricas dentro da Igreja e lutar
por um retorno à verdade para a glória de Deus. Eu desejo este arrependimento na
nossa Igreja no Brasil; desejo que nela haja choro, lamento e arrependimento genuínos
no poder do Espírito Santo atingindo os corações pela pregação fiel da Palavra de
Deus.

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