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ESPÍRITO SANTO

MÓDULO 08-A

SUMÁRIO

Introdução.................................................................
02

Capítulo I – O Espírito Santo.................................................................

03

Capítulo II – Os Dons do Espírito Santo.................................................

08

Capítulo III – Os Símbolos e os Frutos do Espírito


Santo.........................

13

Capítulo IV – O Batismo com o Espírito


Santo.........................................

15

Capítulo V – A Morada do Espírito Santo................................................

19

Capítulo VI – O Espírito Santo e o Fim do


Mundo....................................

24

Conclusão............................................................................................
27

Bibliografia...........................................................................................

28

INTRODUÇÃO

Ao se estudar sobre o Espírito Santo se descobrem dois extremos: de


um lado os que falam pouco do assunto, do outro os que falam muito,
divulgam e até mesmo trazem sobre o Espírito, ensinos que não são
da Bíblia. Para alguns O Espírito Santo é meramente uma energia
ativa ou uma influencia divina. Negando assim a personalidade do
Espírito Santo.

A verdade é que o Espírito Santo é uma das três pessoas da


Santíssima Trindade, um com o Pai e o Filho em essência e objetivo,
mas diferente nas funções.

Ele procede do Pai e do Filho, Gal. 4.6, I Pd f. 1.11. É de Deus e de


Cristo, Rm. 8.9, e é igualado com essas duas pessoas da Trindade. I
Cor. 12.4-6; Ef. 4.4-6.

O termo Trindade não é encontrado na Bíblia. Mas pode-se perceber


os três como pessoas distintas, por exemplo: no batismo de Cristo, Mt.
3. Jesus sendo batizado, o Espírito Santo descendo em forma de
pomba, um dos seus símbolos, e o Deus Pai falando do céu. Pelo que
se sabe este termo foi mencionado pela primeira vez por Tertuliano no
ano 200 d.C. e a primeira vez que apareceu num Credo, foi no de
Santo Atanásio, no século V. “Um formulário de desconhecida autoria,
grandemente influenciado pela teologia de Santo Agostinho.”

Espera-se neste módulo de estudo compreender melhor além dos


símbolos, dons e frutos, o papel do Espírito Santo na experiência
humana, no passado no presente e no futuro, bem como a
transformação que ocorre numa vida portadora de um coração
penitente, que busca, compreende e permite que o Espírito a guie.

Se por um lado existem os excessos e fanatismos os que estão


tentando andar na frente do Espírito Santo, por outro existe o grupo da
indiferença e ainda há um terceiro grupo, que são os que combatem a
idéia, e/ou o poder desta Santa pessoa da Trindade.
CAPÍTULO I

O ESPÍRITO SANTO

Deus é o Criador, o Mantenedor, o Sustentador; Jesus é o Intercessor,


o Mediador; o Espírito Santo é o Consolador, o Ajudador. É o
Paracleto, isto é, advogado, auxiliador, defensor, protetor.

Cristo profetizou a respeito do Espírito Santo. Ele desceria na igreja


para que ela cumprisse a sua missão. São João 14.16. Ao referir-se
ao Espírito Santo, Jesus O chamou de “Consolador”. Explicou que o
Consolador estaria com os discípulos após sua ascensão, para
lembrá-los de seus ensinamentos, consolá-los, pois estariam correndo
o risco de caírem em desânimo, pois as perseguições seriam
iminentes.

Quando Jesus instruía os discípulos, Ele prometia: “Mas, o


Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho
dito.” (João 14.26). Assim o Espírito é um companheiro celestial que
ensina e que faz lembrar.

Desta forma “O Espírito é dado como agente de regeneração, para


tornar eficaz a salvação operada pela morte do Redentor. O Espírito
está constantemente buscando atrair a atenção dos homens para a
grande oferta feita na cruz do Calvário, a fim de desvendar ao mundo
o amor de Deus, e abrir às almas convictas as preciosidades das
Escrituras.”
O mundo porém não iria recebê-lo, pois não O vê, nem O conhece.
João 14.17.

A Bíblia o apresenta como uma pessoa distinta do Pai e do Filho.

A MISSÃO

Ser o representante de Cristo convencendo “...o mundo do pecado da


justiça e do juízo.” (João 16.8). Esta é a sua missão. “Mas eu vos digo
a verdade: Convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador
não virá para vós outros; se porém, eu for, eu vo-lo enviarei.” João
16.7.

Por vezes é triste ver religiosos tentando convencer os outros, até de


forma arrogante, dos seus conceitos, dogmas e doutrinas. O cristão
como mensageiro, atalaia de Deus deve expor as boas novas que
Jesus orientou que fossem apresentadas ao mundo, mas convencer
ou tentar impor a aceitação de pontos de vista, não. É papel do
Espírito Santo convencer. Tem gente tentando andar na frente do
Espírito Santo.

O Espírito convence:

1) Do pecado, que é não crê em Jesus Cristo. Este é o maior pecado


do ser humano impenitente. (Mt. 16.9).

2) Da justiça, porque Cristo, a única forma de livrar o homem de seus


pecados, foi recebido no céu, até ser visto em glória por ocasião de
seu segundo advento. (Mt. 16.10).

3) Do juízo, porque o Demônio já está julgado e Deus há de trazer a


julgamento todos os homens e mulheres do mundo. (Mt. 16.11).

O Consolador é chamado de “o Espírito da verdade”. Sua obra é


definir e manter a verdade. Ele primeiro habita no coração como o
Espírito da verdade, tornando-se assim, o Consolador. Há conforto e
paz da verdade, mas nenhuma paz e conforto real se achar na
falsidade.

É por meio de falsas teorias e tradições que Satanás adquire seu


domínio sobre a mente. Ele deforma o caráter dirigindo os homens a
falsos padrões. O Espírito Santo fala à mente por meio das Escrituras
e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da
alma.

É pelo Espírito da verdade, atuando pela Palavra de Deus, que Cristo


submete a si seu povo escolhido.

Descrevendo para seus discípulos a obra oficial do Espirito Santo,


Jesus procurou inspirá-los com a alegria e esperança que lhe animava
o próprio coração. Regozijava-se pelas abundantes medidas que
providenciara para o auxílio de sua igreja. O Espírito Santo era o mais
elevado dos dons que Ele podia solicitar do Pai para exaltação de seu
povo.

O Espírito ia ser dado como a gente da regeneração, sem o qual o


sacrifício de Cristo de nenhum proveito teria sido. O poder do mal se
estivera fortalecendo por séculos, e espantosa era a submissão dos
homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e
vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da
divindade, a qual não viria com energia modificada, mas na plenitude
do divino poder. É o Espirito que torna eficaz o que foi realizado pelo
Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é
purificado. Por ele, o crente torna-se participante da natureza divina.

Cristo deu seu Espírito como um poder divino para vencer todas as
tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para gravar seu
próprio caráter em sua igreja.

PROMESSAS

1. “E eu rogarei ao pai e ele vos dará outro Consolador, a fim de que


esteja para sempre convosco.” (João 14.16).

Quando Cristo fez a seus discípulos a promessa do Espírito Santo,


estava Ele se aproximando do fim de seu ministério terrestre. Estava à
sombra da cruz, com plena consciência do peso da culpa que havia de
repousar sobre Ele como o portador do pecado de todos os seres
humanos. Antes de se oferecer como a vítima sacrififcal, instruiu seus
discípulos com respeito a um muito essencial e completo dom que ia
conceder a seus seguidores – o dom que haveria de pôr-lhes ao
alcance os ilimitados recursos de sua graça.
“Eu rogarei ao Pai”, disse, “e Ele vos dará outro consolador, para que
fique convosco para sempre; o Espírito da verdade que o mundo não
pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o
conhecereis, porque habita convosco e estará em vós.” (João
14.16,17). O Salvador estava apontando para o futuro, ao tempo em
que o Espírito Santo deveria vir para fazer uma poderosa obra como
seu representante. O mal que vinha se acumulando por séculos, devia
ser resistido pelo divino poder do Espírito Santo.

A promessa do Espirito Santo não é limitada a algum século ou raça.


Cristo declarou que a divina influência de seu Espírito estaria com
seus seguidores até o fim. Desde o dia de Pentecostes até o presente,
o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem
inteiramente ao Senhor e ao seu serviço. A todos os que aceitam a
Cristo como Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador,
santificador, guia e testemunha.

Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais


clara e poderosamente testificam do amor do Redentor e da sua graça
salvadora. Os homens e mulheres que através dos longos séculos de
perseguição e provas desfrutam, em larga escala, a presença do
Espírito em sua vida. Permaneceram como sinais e maravilhas do
mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador
poder do amor que redime.

2. “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda


verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver
ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. (João 16.13).

Como o cristão pode subsistir no dia da prova se não compreender as


palavras de Cristo? Ele disse: “Isto vos tenho dito, estando ainda
convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar
de tudo o que vos tenho dito.” (João 14.25,26). É o Espírito Santo que
faz os cristãos lembrarem das palavras de Cristo. O assunto sobre o
qual Cristo resolveu demorar-se na sua última palestra a seus
discípulos, foi a função do Espírito Santo. Ele desvendou-lhes uma
vasta porção da verdade. Deviam receber suas palavras pela fé, e o
Consolador, o Espírito Santo, faria com que se lembrassem de tudo.

A consolação que Cristo deu nessa promessa consistia no fato de que


a influência divina estaria com seus seguidores até o fim. Mas essa
promessa não é aceita e acatada pelas pessoas hoje em dia, não
sendo, portanto, acalentada por elas, e o seu cumprimento não é visto
na experiência da igreja. A promessa do dom do Espírito de Deus é
deixada de lado, como uma questão pouco considerada. Ela não é
inculcada na mente das pessoas, e o resultado, é o que é de esperar
– aridez, trevas, decadência e morte espirituais.

Assuntos de menor importância ocupam a atenção, e o poder divino


que é necessário ao desenvolvimento e prosperidade dos cristãos
como igreja, e que, se fosse possuído, traria após si todas as outras
bênçãos, essa falta, embora seja oferecido em infinita plenitude.
Enquanto os cristãos se contentarem com pequenas coisas, estarão
inaptos a receber as grandes coisas de Deus. Mas, porque não há
fome e sede do Dom do Espírito Santo. Já que é o meio pelo qual o
coração poderá manter-se puro? O desígnio do Senhor é que o poder
divino coopere com o esforço humano.

É essencial que o cristão compreenda o significado da promessa do


Espírito Santo antes da Segunda vinda do Senhor Jesus. Deve-se
falar sobre ela, orar por ela, pregar a seu respeito; pois o Senhor está
mais disposto a conceder o Espírito Santo do que os pais a dar boas
coisas aos filhos. Através dEle o cristão tem acesso ao Pai e não é
considerado mais estrangeiro, peregrino e desconhecido, mas cidadão
dos santos, membro da família de Deus. (Ef. 2.18,19).

A IGUALDADE COM O PAI

Quão íntima é a sua relação com os sinceros, pois vivem com Ele, que
habita com eles. Jesus dizia: “Não vos deixarei órfãos...”, significando
que os discípulos não ficariam sem pai, e o Salvador falando do
Espírito Santo completava: “...voltarei para vós.” (João 14.180. Na
verdade é o Espírito quem iria chegar, em pé de igualdade e
autoridade com o próprio Cristo.

A igreja ficaria órfã, se não houvesse Deus deixado o Consolador nos


corações dos seus filhos após a partida de Jesus para os céus. O
Espírito Santo ficou cuidando do homem enquanto Jesus, o Rei dos
reis volta, ficando o Deus Espírito Santo como pai da igreja. Somente
a Deus é atribuído esse papel de pai dos que crêem. (Mt. 23.9).

A presença do Espírito Santo neste mundo tem-se notado por toda


essa vasta história de pecado, e em toda intervenção de Deus para
salvar o homem, no entanto sua total influência foi sentida na igreja
apostólica na ocasião do Pentecostes e hoje está atuando entre os
que ouvem a voz de Deus e a seguem. A presença e o poder do
Espírito são sentidos em todas as nações, em todos os povos com a
intenção de ensinar sobre o perdão e o céu em todas as línguas,
preparando os seus filhos para que um dia possam desfrutar da
companhia literal e eterna com seu Pai.

Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (João 14:6)


Jesus é Deus e é a verdade. São João escreveu: “E o espírito é o que
dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.” (I João 5.6). O Espírito
Santo é a verdade, pois é igual a Jesus Cristo.

A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO

Não é essencial que sejamos capazes de definir exatamente o que


seja o “Espírito de verdade, que procede do Pai.” Declara-se
positivamente a respeito do Espírito Santo, que, em sua obra de guiar
os homens e toda a verdade, “não falará de si mesmo.” (João 16:13).

A natureza do Espírito é um mistério. Os homens não a podem


explicar, porque o Senhor não lhos revelou. Com fantasiosos pontos
de vista, pode-se reunir pontos da Escritura e dar-lhe um significado
humano; mas a aceitação destes pontos de vista não fortalecerá os
que reúnem como o corpo de Cristo (igreja).

Com relação a tais mistérios – demasiados profundos para o


entendimento humano – o silêncio é ouro.

ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO

Da Trindade a Pessoa que mais participa da experiência humana, é o


Espírito Santo. Sua ocupação incessante, o identifica como sendo um
ser, uma pessoa com vontade, poder de decisão, lembrança,
sensibilidade que e inclusive pode ser magoado, entristecido e
repelido, até.
Abaixo tem-se algumas atividades dEle na vida humana:

Fala – I Tim. 4.1

Ensina – I Cor. 2.13; Lc. 12.12

Testifica – Rm 8.16; João 15.26 – “O próprio Espírito testifica com o


nosso espírito que somos filhos de Deus.”

Qual é o resultado dessa atividade divina? A alma que crê vem a estar
em perfeita submissão à vontade de Deus. A majestade do céu digna-
se a manter um santo e familiar relacionamento com quem busca a
Deus de todo o coração, e o filho de Deus, mediante a abundante
manifestação de sua graça, é eternecido e levado a Ter uma
dependência como a de uma criança. Desamparados e indignos como
é o homem, deve entregar-se a Deus de corpo e alma, com perfeita
confiança em seu poder e boa vontade para que seja abençoado. “A
todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.”

(João 1.12).

Diante dessa realidade, o coração deve ser persuadido a derreter-se


de ternura. Não é o sermão lógico para convencer o intelecto que
realizará esta obra. A vontade deve submeter-se à vontade de Deus, e
todas as aspirações devem ser voltadas para o céu. O homem precisa
alimentar-se com Palavra do Deus vivo. Ela deve ser introduzida na
vida prática. Ela deve apossar-se da pessoa e dirigi-la.

Intercede – Rm. 8.26

Reparte os dons – I Cor. 12.11

Convida o pecador – Ap. 22.17

Santifica – I Pd. 1.2

Permanece – João 14.16

Lembra – João 14.26

Convence – João 16.7,8

Guia – João 16.3


Acompanha – João 14.18

CAPÍTULO II

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

O Dicionário Aurélio Eletrônico define dom como sendo donativo,


dádiva, presente, poder, virtude, privilégio. O que seria talento e qual a
diferença de um para o outro? O Aurélio afirma que talento é uma
aptidão natural, o indivíduo já nasce com ele.

A Bíblia diz que os dons são distribuídos de acordo com a vontade do


Espírito, (I Cor. 12.11), e que é útil para funcionamento do corpo de
Cristo, que é a igreja, (Ef. 4.12). Desse forma pode-se dizer que os
dons são habilidades utilizadas para o funcionamento da igreja. Um
talento transforma-se num dom à medida em que passa a ser utilizado
no funcionamento da igreja. De acordo com S. Paulo, cada dom, não
somente é útil, mas necessário para continuidade e expansão do
cristianismo.

Na Bíblia há listas de dons em Rom. 12, I Cor. 12, 13, Ef. 4., etc.,
como lê-se em I Cor. 12.8-10: “A um pelo Espírito é dada a palavra da
sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro,
pelo mesmo Espírito, fé; a outros pelo mesmo Espírito, dons de curar;
a outro, a operação de milagres; e a outro, profecia; a outro,
discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas, e a outro,
interpretação de línguas.”

A lista de dons obviamente é infinita e toda habilidade exercida na


casa de Deus é útil por mais simples que seja.

Haveria um dom de maior destaque entre os outros? Um dom mais


importante? A Bíblia explica que sim. Há um dom maior do que os
outros! São Paulo depois de terminar a relação de dons do capítulo
12, do qual foi feita uma citação acima, ele dá uma sugestão:
“...procurai com zelo os melhores dons.” (I Cor. 12.31). Aí ele faz uma
proposta: “...eu vos mostrarei o caminho mais excelente.” Quer, dizer:
“...eu vos mostrarei o dom mais excelente.” É nesse ponto que o
apostolo começa o capítulo 13 dissertando sobre o amor. Assim o
amor é o dom mais importante. Aliás, os outros dons são derivados do
amor.

Paulo ao explicar o assunto aos coríntios, diz: “Agora permanecem


estes três: a fé, a esperança e o amor, mas o maior destes é o amor.”
(I Cor. 13.13).

O amor é a lei do céu; a senha do reino de Deus. Religião sem amor é


como um caixão funerário, enfeitado e bonito por fora, mas, dentro
conduz um defunto em decomposição para o cemitério.

O DOM DE LÍNGUAS

O assunto do dom de línguas tem dado muito pano para mangas.


Alguns cristãos sinceros crêem que o dom de línguas é falar uma
língua “estranha”, não conhecida por seres humanos. Alguns chegam
a dizer que o dom de língua é falar a língua dos anjos e que só Deus
há entende. Se fosse assim, então a afirmativa que “só Deus entende”
estaria incorreta, já que os anjos entenderiam também. A Bíblia não
ensina que os discípulos falariam línguas estranhas. Mas sim “novas
línguas”, ou seja novos idiomas, viabilizando a pregação do evangelho
por todo mundo. Este termo língua estranha não aparece no original.

Muitos acham que é o dom mais importante. Existem ainda os que


acreditam que o dom de línguas é o sinal do batismo com o Espírito
Santo. Mas, como a Bíblia focaliza o falar línguas?

Embora que não seja demorado, será abordado os cinco textos do


Novo Testamento que tratam sobre as línguas, sem contar, lógico, as
menções nas listas de dons.

1º - São Marcos 16:17 “Estes sinais hão de seguir os que crerem: Em


meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas;” Desde do
verso 15 até o 18, fica claro que o contexto é a pregação do
evangelho do Filho de Deus. O dom de línguas seria para ensinar
sobre o Cristo vivo, morto, ressuscitado e vindo em glória.
2º - O segundo texto refere-se ao episódio por ocasião do Pentecostes
(festa judaica no 50º dia após a páscoa), quando os discípulos
receberam o Espírito em forma de chamas de fogo (Atos 2.3). Pedro
desconhecia outros idiomas além do grego, que era a língua falada na
rua, além do hebraico que era a língua do templo e além do aramaico
que era língua falada entre a família. No entanto com o poder
sobrenatural do Espírito Santo, o apóstolo pescador falou em outros
idiomas, uma língua que o povo entendeu ([At. 2.8]). Na ocasião havia
pessoas de várias nações que entenderam o evangelho no seu
idioma. (At. 2.7,8). O resultado foi quase três mil conversos para o
cristianismo. (At. 2.41). E os apóstolos dali em diante, continuaram
falando os idiomas aprendidos, tanto que cumprindo a ordem de
Jesus, ensinaram em Jerusalém, em toda a Judéia, em Samaria e até
os confins da terra. (Atos 1.8).

3º - A terceira menção sobre o assunto está em Atos 10, quando São


Pedro ensinava na casa de Cornélio, na cidade de Cesaréia ( cidade
sede da residência oficial dos reis herodianos, metrópole romana da
judéia. Cornélio era oficial do exercito de Roma, e pela primeira vez
um apóstolo de Cristo levava o evangelho a um gentio, convinha que o
próprio apóstolo, após ser convencido por um anjo que deveria ir a
Cesaréia, tivesse um sinal de que seu trabalho e aquelas pessoas
tinham sido aceitas por Deus. São Lucas menciona que aquelas
pessoas falaram línguas, (Atos . 10:46 ), esta foi uma evidencia que
Deus aceitara aqueles gentios. E que o evangelho é para todos,
judeus e gentios.

No Concilio de Jerusalém São Pedro teve de justificar o fato de ter


pregado e autorizado o batismo de gentios. Enquanto fazia isso usou
o seguinte argumento : “Quando comecei a falar, caiu sobre eles o
Espírito Santo, como também sobre nós no início.” (Atos 11.15). O
apóstolo explicava que o fato deles terem falado línguas era um sinal
de Deus de que o trabalho tinha sido aprovado e acrescentava: “Não
foi diferente de nós no dia de Pentecostes, foi da mesma forma.”

4º - Quando Paulo chegou a Éfeso, cidade da Ásia Menor, às margens


do rio Caísto, a dez quilômetros da foz. Era um centro romano de
administração, ali moravam muitos judeus. Em Éfeso estava o templo
de Ártemis (Diana), uma das sete maravilhas do mundo antigo,
incendiado no natal (natal) de Alexandre, “O Grande”. Éfeso era cheia
de exorcistas, vendedores ambulantes e feiticeiros.

Quando ali chegou, encontrou alguns discípulos, quando o apóstolo


impôs-lhe as mãos, doze deles falaram línguas, como reza o texto:
“Impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e
falavam em línguas, e profetizavam”(Atos 19.6).

As línguas faladas pelos apóstolos no Pentecostes, nunca mais foram


esquecidas por eles. Não foi uma tradução livre que o Espírito Santo
fez na hora, mais o Consolador fez com que aprendessem de forma
sobrenatural aqueles idiomas e nunca mais esqueceram, continuaram
falando o resto de suas vidas.

5º - O quinto texto, I Coríntios 14, refere-se a Paulo tentando corrigir


um falso dom de línguas que havia na igreja de Corinto ainda no seu
tempo. Corinto, famosa cidade grega, gozando do benefício de dois
portos o de Cencréia e o de Léquio. Recebe ricas mercadorias da
Ásia, da Itália e de outros países ocidentais. “Foi, em tempos muito
antigos, um grande empório comercial, bem como terra de grande luxo
e licenciosidade, sendo ali o culto prestado à deusa Vênus
acompanhado de ritos vergonhosos.”

Em realidade a 1ª carta de Paulo aos Coríntios tinha o objetivo


primário de corrigir vários erros e deficiências que a igreja tinha. Um
deles: Uma falsa compreensão do dom de línguas. O apóstolo usou o
capítulo 12 e o 14 para tentar esclarecer o assunto. E usou o capítulo
13 para definir que o mais importante é o amor.

Abaixo alguns textos selecionados, todos de 1º Coríntios, da


explicação do apóstolo:

- Cap. 12.11 – Quem distribui é o Espírito Santo e é ele quem decide


quem vai receber, e que dom.

- Cap. 14.5 – Profetizar (pregar), é melhor do que falar línguas.

- Cap. 14.9 – Falar palavras que ninguém entende, não tem utilidade.

- Cap. 14.12 – Quando um dom for utilizado, que seja útil para o
funcionamento da igreja.

- Cap. 14.18,19 – São Paulo falava várias línguas, mas, preferia falar
cinco palavras que o povo entendesse do que 10 mil que ninguém
entendesse.

- Cap. 14.20 - Dentro do contexto o sábio apóstolo chama de meninos


quem fica buscando falar línguas como esse dom fosse mais
importante do que os outros.
7 - Cap. 14.22 – O dom de línguas não é um sinal para os crentes de
que estão num estágio superior de espiritualidade, são um sinal (uma
pregação) para os não cristãos.

8 – Cap. 14.23 – Quem entra numa igreja e vê muitas pessoas falando


ao mesmo tempo, vai achar que aqueles cristãos são loucos.

- Cap. 14.27,28 – A verdadeira manifestação do dom seja por dois ou


três, e mesmo sendo por poucos, se for algo que ninguém consiga
interpretar é mais coerente ficar calado.

- Cap. 12.7 – A manifestação do Espírito deve ter utilidade.

- Cap. 14.33 – Deus não é de confusão.

Portanto o falar línguas existe e é um dom do Espírito Santo, que o


cristão pode receber ainda nos tempos modernos.

Porém, uma das incongruências que pode-se cometer com a Bíblia, é


achar que o falar línguas, é o batismo com o Espírito Santo. Alguns
até ficam almejando esse dia como se o falar línguas fosse uma
evidência de que o cristão alcançou um certo nível de espiritualidade
bem maior que e os outros. Nesse sentido teríamos cristãos
superiores e cristãos inferiores.

A Bíblia nunca disse que o falar línguas é o batismo com o Espírito


Santo ou que todo o cristão deve falar línguas.

O que é então, o batismo com o Espírito Santo? Ver-se-á no capítulo


IV.

O MAIOR DOS DONS

O amor é o maior dos dons. São Paulo usou o capítulo inteiro de I


Coríntios para descrever este importante dom, tornando-se assim, um
dos grandes capítulos da Bíblia.

“Deus é amor.” (I João 4.8).

“...Nosso Pai celeste é a fonte de vida, sabedoria e felicidade.


Contemple as belas e maravilhosas obras da natureza. Observe o
modo admirável com que ela se adapta às necessidades do ser
humano e de todos os demais seres viventes. O Sol e a chuva, que
alegram e refrigeram a terra; as colinas, os mares, as planícies, tudo
nos fala do amor dAquele que tudo criou. É Deus quem atende às
necessidades diárias de todas as Suas criaturas..”

“Deus é amor‟ está escrito em cada botão que desabrocha, sobre


cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, com seus
alegres cantos, enchem o ar de música; as flores, perfeitas com seus
delicados matizes, perfumam a natureza; as enormes árvores da
floresta, com sua exuberante ramagem de um verde muito vivo – tudo
fala do cuidado paternal de nosso Deus e o Seu desejo de tornar
felizes os seus filhos.

“A Palavra de Deus revela o seu caráter. Ele mesmo proclamou o Seu


amor infinito e Sua misericórdia. Quando Moisés orou: “Rogo-te que
me mostres a tua glória”, o Senhor respondeu: “Eu farei passar toda a
minha bondade por diante de ti.” Essa é a Sua glória. Ele passou
diante de Moisés e proclamou: “Eu sou o Eterno, o Deus eterno! Eu
tenho compaixão e misericórdia, não fico irado com facilidade e minha
fidelidade e o meu amor são tão grandes que não podem ser medidos.
Cumpro minha promessa a milhares de gerações e perdôo o mal e o
pecado.” Ele é “Deus que tem compaixão e misericórdia”, “porque tem
prazer em nos mostrar para sempre o seu amor.”

O amor é o caminho mais excelente. (I Cor. 12.31). Quem ama


cumpre a lei do céu. Deus amou, e quando deu seu filho para morrer,
abriu as janelas do céu e derramou este céu sobre os homens. Foi, e
é um amor incompreensível de um Deus que não reclamou, só morreu
para remir a culpa de sua criatura. Que outro Deus faria isso?

O ser humano foi feito a imagem e semelhança de Deus. Por isso tem
uma capacidade ilimitada de amar. Na escala zoológica é o único
animal que é capaz de enriquecer o seu amor. Como o amor pode ser
desenvolvido e aumentado na vida do ser humano, acaba sendo fruto,
além de dom.

O amor é a cédula de identidade do cristão. (João 13.35).

Sobre este fenômeno o apóstolo do amor escreve: “Vede que grande


amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de
Deus...” (I João 3.1).

Jesus suportou a humilhação, a ignominia e o vitupério que de justiça


pertenciam ao pecador. Ele era a Majestade do céu, Ele era o Rei da
gloria, Ele era igual ao Pai; e, no entanto revestiu Sua divindade da
humanidade para que a humanidade, pudesse por-se em contato com
a humanidade, e a divindade apoderar-se da divindade. Se tivesse
vindo como um anjo, Ele não poderia ter sido co-participante de
nossos sofrimentos; não poderia ter sido tentado em todas as coisas
como nós o somos; nem poderia compadecer-se de nossas fraquezas;
mas, veio na roupagem de nossa humanidade para que como nosso
substituto e fiador pudesse vencer o príncipe das trevas em nosso
favor e tornar-nos vitoriosos por seus méritos.

“Quando estamos a sombra da cruz do calvário a inspiração de seu


amor inunda-nos o coração. Quando contemplo aquele a quem meus
pecados traspassaram a inspiração do alto vem sobre mim; e, por
meio do Espírito Santo, esta inspiração poderá vir sobre cada um de
vós. A menos que recebais o Espírito Santo, não podereis ter o amor
de Deus na alma; mas por meio de viva ligação com Cristo, somos
inspirados com amor, zelo e fervor. Não somos como um bloco de
mármore que pode refletir a luz do Sol, mas não pode ser imbuído de
vida. Somos aptos a corresponder aos brilhantes raios do Sol da
justiça; pois a iluminar-nos a alma, Cristo nos dá luz e vida.
Observemos o amor de Cristo como o ramo extrai alimento da videira.
Se somos enxertados em Cristo, se fibra por fibra somos unidos a
Videira viva, evidenciaremos esse fato produzindo ricos cachos de
fruto vivo.” -

O DOM DE PROFECIAS

No livro “Os Falsos Profetas”, R. R. Soares afirma que o último profeta


foi João Batista e completa: “Vindo Jesus Cristo ao mundo cessa
necessidade de profetas.” Mas isso não é verdade. A Bíblia mostra
que na organização da igreja cristã ainda não tinham se acabado os
profetas, (At. 2.14-17). O próprio apóstolo Pedro explica que ali estava
se cumprindo o que havia sido profetizado pelo profeta Joel, (Joel 2.
28,29).

São Paulo ensina que haveria necessidade de profetas para o


funcionamento da igreja, da mesma forma que um órgão é importante
para um corpo humano vivo. (Ef. 4.11,12).

Ao se navegar pelo Novo Testamento encontra-se vários profetas e


profetisas depois de Cristo e depois de João Batista. O próprio João,
irmão de Tiago, que escreveu o Apocalipse, perto do ano 100 d.C.,
não há dúvidas de que foi profeta. Mais profetas do Novo Testamento:

1 – Ágabo – At. 21.10; 11.27,28.

2 – Ana – Lc. 2.36.

3 – Filhas de Felipe – At. 21.8,9; 6.5; 8.26.

Não é o profeta que escolhe a sua função, é o Espírito Santo. Para


que serve, então, as profecias e os profetas? A Bíblia responde: “Não
havendo profecia o povo se corrompe.” (Pv. 29.18).

Ainda será abordado o tema dos profetas modernos no último capítulo


deste módulo.

Como saber se o profeta é de Deus ou, não? Como distinguir a


profecia falsa da verdadeira? Que prova pode-se se aplicar para
identificar o profeta e a profecia verdadeira?

A prova é a Bíblia Sagrada. Abaixo vê-se alguns requisitos bíblicos


nos quais devem ser enquadrados os profetas. É um teste. Se o
pretenso profeta for aprovado em todas as questões, sua mensagem é
diga de crédito.

1 - I João 4.2 – Deve acreditar e confessar que Jesus encarnou, é


Salvador e Deus.

2 - Is. 8.20 – O profeta deve falar segundo a Lei de Deus. Não


somente a descrita em Êxodo 20, mas em todos os testemunhos,
todos os ensinamentos da Bíblia, Uma vez que as palavra lei em
Isaías 8.20, pode ser aplicada para toda Palavra de Deus. O profeta
que proceder assim, sua palavra é digna de crédito.

3 - Mat. 7. 15, 18, 20. – A produção de frutos da vida e da profecia


devem evidenciar que ele é um galho ligado a videira: Jesus Cristo.

5 – Dt. 18. 18-20 - Cumprimento profecia. – Há entidades que fazem


profecias que se cumprem parcialmente. Jorge Vandeman afirma: “Só
Deus conhece o futuro e, quando Ele revela através de seus profetas,
eles sempre estão certos, não apenas algumas vezes.”

6 - Fenômenos físicos:

a ) Inconsciência- Dn. 10.9 II Cr. 12. 1-2


b ) Sem respiração- Dn. 10.17

c ) Sem força- D . 10.8-17

d ) Ganha força sobrenatural- D. 10.18-19

e ) Vê e ouve – Ex. 8. 1-2

f ) Olhos abertos- Nm. 24. 3-4.15-16

O dom não santifica o cristão. O fruto, sim. O cristão pode Ter várias
habilidades e com elas fazer funcionar a igreja, salvando outros e ele
mesmo se perder. Não é o fato de falar línguas ou profetizar que dá o
direito de salvação. O primeiro rei de Israel, foi escolhido por Deus, a
Bíblia mesmo diz que o Espírito do Senhor se apoderou dele, (I Sam.
11.6). Esse monarca chegou a profetizar também, depois o próprio
Deus diz: “Arrependo-me de haver posto a Saul como rei, porque
deixou de me seguir, e não executou as minhas palavras.” (I Sam.
15.11).

Saul ainda cometeu pecado envolvendo-se com feitiçaria, terminou


sendo rejeitado por Deus. I Sam. 15.23. O fim de Saul foi lançar-se
sobre a própria espada, no monte Gilboa numa batalha contra os
filisteus. ( I Sam 31).
CAPÍTULO - III

OS SÍMBOLOS E OS FRUTOS DO ESPIRITO SANTO

SÍMBOLOS

A Bíblia utiliza alguns símbolos para o Espírito Santo:

1 – Fogo – Mateus 3.11; Atos 2.3. Converte e purifica as almas,


informando-as do amor de Deus e do zelo pela sua glória.

2 – Água – O Espírito como a água, limpa, lava e sacia a sede. – João


7.38,39.

3 – Ar – Oxigênio, respiração. O Espírito como ar é símbolo da vida.

4 – Pomba – “... Símbolo de simplicidade, inocência, gentileza, afeição


e fidelidade (Os. 7.11; Mat. 10.16)”. João 1.32.

5 – Óleo – Na cultura hebréia e egípcia antiga o azeite, ou óleo


indicava alegria, a ausência dele denunciava tristeza ou humilhação
(Is. 61.3; Joel .2.19; Ap. 6.6). Os reis eram ungidos com óleo, os
doentes também. Cristo, por ocasião do seu nascimento, recebeu dos
magos, presentes e, entre eles havia óleo de mirra (Mat. 2.11), esse
óleo é símbolo do Espírito Santo, como um alívio para as dores de sua
crucifixão. O Azeite aplicado pelo Bom Samaritano da parábola,
também, é símbolo do Espírito. O óleo, enfim, é símbolo de
renovação, restauração, cura, cicatrização, com o é, o Espírito Santo.

FRUTOS
Enquanto que os dons são qualificações dos cristãos para
funcionamento da igreja, os frutos são o resultado de uma vida
próxima de Deus. São o produto de um cristão que vive influenciado
pelo Espírito Santo de Deus. Essas atitudes e comportamentos são
chamados de frutos do Espírito.

Os frutos da vida de um cristão demonstram se ele está ligado ao


Espirito ou não. Se é batizado com o Espírito Santo ou não. Os dons
não garantem a salvação de ninguém. E os frutos são uma evidencia
da presença do Espírito Santo na vida do cristão. Sobre o assunto São
João escreveu as palavra do próprio Jesus: “Não fostes vós que Me
escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vos outros
designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça; a fim
de que tudo quanto pedirdes ao pai em Meu nome , Ele vo-lo
conceda.” João 15:16.

A fim de produzir muito fruto, o crente deve aproveitar ao máximo os


privilégios e oportunidades, tornando-se cada vez mais inclinado para
as coisas espirituais. Deve deixar de lado toda vulgaridade, todo
orgulho, toda mundanidade, e receber diariamente auxílio divino. Para
crescer espiritualmente, deve empregar todos os meios providos pelo
evangelho e estar preparado para avançar em piedade pela influência
do Espirito Santo; pois a semente se desenvolve da terra para o chão,
por meios invisíveis e sobrenaturais.

A promessa com que Jesus consolou Seus discípulos pouco antes de


sua traição e crucifixão foi a do Espirito Santo; e na doutrina da
influência e atuação divina, que preciosidades lhes foram reveladas!
Pois esta benção traria em sua esteira todas as outras bênçãos. O
espirito Santo inspira a alma que humildemente se apoia em Cristo
como o Autor e Consumador de sua fé; Esse crente produzirá fruto
para a vida eterna. Sua influência será benéfica, e o nome de Jesus
lhe será música nos ouvidos e música no coração .

O cristão será um cheiro de vida para dar vida a outros, embora não
seja capaz de explicar os mistérios de sua experiência. Mas sabe que
quando foi circundado de nuvens e trevas, e clamou ao Senhor, a sua
escuridão se dispersou, e houve paz e alegria no templo da alma.
Sabe o que é ter o amor perdoador de Deus, revelado ao coração
experimentando a paz que excede todo o entendimento. Tem louvor,
ações de graça e adoração borbulhando na alma para Aquele que lhe
amou, e em Seu sangue lhe lavou os pecados. Ele tem paz por Jesus
Cristo e alegria no Espirito Santo. Unida a Cristo, sua alma está
repleta de submissão á Sua vontade, o céu é abrigado no seu coração
enquanto ele é envolvido no seio do Infinito Amor. Os cristãos desse
tipo darão muito fruto para a gloria de Deus. Interpretarão
corretamente o caráter de Deus e manifestarão seus atributos para o
mundo.

Qual é o principal fruto? Por incrível que pareça, o principal fruto é,


também, o principal dom. São Paulo escreveu: “Mas o fruto do Espírito
é: amor...” (Gl. 5.22, a), os outros frutos são derivados do amor. Amor
para com Deus, com o próximo e para consigo mesmo. Daí em diante
o apóstolo faz uma relação de frutos: “...gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” E
completa: “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. (Gl.
5.22,23,25). É lógico que os frutos, não são só os dessa lista. Eles
vem de Deus, por isso são infinitos.

Arrependimento

“Compadece-te de mim , ó Deus, segundo a tua benignidade; e,


segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas
transgressões. Lava-me complemente da minha iniquidade e purifica-
me do meu pecado.” Sal. 51:1 e 2

O arrependimento é um dos primeiros frutos da graça salvadora.


Nosso grande Mestre, em Suas lições ao homem caído, extraviado,
apresenta o poder vivificador de sua graça, declarando que por meio
dessa graça homens e mulheres podem viver uma nova vida de
santidade e pureza. Aquele que vive essa vida põe em prática os
princípios do reino do céu. Ensinado por Deus, ele conduz outros aos
caminhos retos. Não conduzirá o que manqueja a caminhos de
incerteza. A operação do Espirito Santo na sua vida mostra que ele é
um participante da natureza divina. Toda alma assim trabalhada pelo
Espirito de Cristo recebe tão abundante suprimento da poderosa graça
que, ao contemplar a suas boas obras, o mundo incrédulo reconhece
que ele é controlado e sustentado pelo poder divino, sendo levado a
glorificar a Deus..

Pessoas há que, não obstante todos o afáveis convites do Senhor


continuam a revelar incredulidade em sua vida. Deus diz a tais
pessoas: ” Até quando, ó néscios, a necessidade?.... Atentai para a
Minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o
meu espirito e vos farei saber as Minhas palavras.” Prov. 1:22 e 23.

O arrependimento do pecado é o primeiro efeito da atuação do


Espirito Santo na vida. E o único processo pela qual a infinita pureza
reflete a imagem de Cristo em seus súditos redimidos. Em Cristo
habita toda a plenitude. A ciência que não está em harmonia com Ele
não tem valor. Ele nos ensina a considerar todas as coisas como
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus
nosso Senhor. Este conhecimento é a ciência mais elevada que
qualquer homem pode obter.

CAPÍTULO IV

O BATISMO COM ESPÍRITO SANTO

Billy Graham, pregador americano, quando ainda jovem, um pregador


lhe pergunta: “Jovem, já é batizado com Espírito Santo?” - “Sim.”
Respondeu o entrevistado. – “Quando?” – Pergunta o pregador. “No
dia do meu batismo nas águas.” – Foi a resposta. “Impossível!” -
Retruca o pregador. Aquele pregador esqueceu que Jesus, também,
recebeu, ou, foi batizado com o Espírito Santo, no dia do seu batismo
nas águas. (Mat. 3.16,17).

Não se pode esquecer, também, que houve além de Jesus Cristo,


outras personalidades cheias do Espírito Santo como João Batista,
Estevão e outros, mas que não falaram línguas estranhas.

O que é, então o batismo com o Espírito Santo? O quarto evangelista


relatou as palavras de Cristo, quando dava as últimas instruções aos
discípulos antes de sua morte:: “Quando ele vier convencerá o mundo
do pecado, da justiça e do juízo.” (João 16.8). São Paulo afirma:
“...ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo.”
(I Cor. 12.3 b).
Assim é o Espírito Santo que convence o mundo (o ser humano) que é
pecador e precisa do perdão de Deus. E ninguém confessa que Jesus
é o Salvador se não for levado a isso pela terceira pessoa da
Trindade.

O Dicionário Aurélio Eletrônico diz que batismo é por nome, alcunha


ou epíteto. Portanto quando o Espírito batiza põe nome ou alcunha:
cristão. Dá um cognome pelo qual a pessoa passa a ser conhecido
devido suas particularidades semelhantes às do Espírito Santo.
Quando alguém é convencido do pecado e muda de vida está
batizado com o Espírito Santo.

Quem batiza com o Espírito Santo? O pregador? O próprio Espírito?


Não. É de João Batista as palavras: “Eu vos batizo com água, para
arrependimento. Mas após mim vem aquele que é mais poderoso do
que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com
o Espírito Santo e com fogo.” (Mt. 3.11). Portanto aos cristãos é Jesus
quem batiza e a Jesus, foi o próprio Deus Pai quem batizou. É lógico
que Jesus não precisava nem do batismo nas águas, mas em tudo Ele
serviu de exemplo. De Deus recebeu o poder do Espírito Santo, para
como homem realizar a obra a Ele confiada.

Como saber se o cristão tem o Espírito Santo? Não é difícil! Como se


sabe se a árvore é mangueira, abacateiro o ou jaqueira? É pelos
frutos, além da aparência, lógico. Para se saber se o fulano ou sicrano
tem o Espírito Santo, é só verificar se tem os frutos do Espírito Santo.
Quais? “Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio.” (Gl. 5.22,23), etc.

TRANSFORMADOS PELO ESPÍRITO SANTO

E vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do


novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes
da verdade. (Ef. 4.23e24)

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela


renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm. 12.2).
No plano de restaurar nos homens a imagem divina, foi estipulado que
o Espírito Santo atuasse na mente humana e fosse, como a presença
de Cristo, uma influência modeladora no caráter humano. Aceitando a
verdade, os homens se tornam recipientes da graça de Cristo e
dedicam sua santificada capacidade humana à obra em que Cristo se
empenhou – os homens tornam-se cooperadores de Deus. É com a
finalidade de tornar os homens instrumentos para Deus que a verdade
divina é inculcada no seu entendimento. Pergunta-se, porém, o cristão
tem correspondido a esse propósito? Tem cumprido o desígnio de
Deus difundindo a luz da verdade divina, espalhando por toda a parte
as preciosas gemas da verdade?

Quais não devem ser os pensamentos dos anjos de Deus a


contemplarem os seguidores de Cristo e verem quão vagarosa é a
ação dos que se dizem cristãos para transmitir a luz da verdade a um
mundo que jais em trevas morais. Os seres celestiais sabem que a
cruz é o grande centro da atração. Sabem que é por meio da cruz que
o homem decaído deve receber a expiação e ser colocado em
harmonia com Deus.

Os concílios do céu estão olhando para quem pretende ter aceitado


Cristo como Salvador pessoal, a fim de ver se tornam conhecida a
salvação de Deus aos que jazem nas trevas. Estão olhando para ver
se estão tornando conhecido, o significado da atuação do agente
divino, nas mentes dos homens corrompidas pelo pecado para
perderem o encanto pelas mentiras e apresentações de Satanás, para
que se volvam para Cristo sua única esperança e Salvador pessoal.

São Paulo adverte; “Se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos
corações.” (Hb. 4.7). O homem tem de perguntar imediatamente:
“Quem sou para Cristo? Quem é Cristo para mim? Qual é meu
trabalho? Qual a natureza do fruto que estou produzindo?”

Portanto para o cristão produzir frutos é necessário que seja


transformado pelo Espírito Santo. Uma vez transformado, deve
permanecer no mesmo Espírito.

PERMANECENDO NELE
Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o
ramo produzir fruto de si mesmo se não permanecer na videira, assim,
nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. (João 15.4).

O mundo precisa orar pela concessão do Espírito Divino como o


remédio para as almas enfermas do pecado. As verdades superficiais
da Revelação, que se tornam claras e fáceis de compreender, são
aceitas por muitos como se suprissem tudo que é essencial; mas o
Espírito Santo, atuando na mente, desperta intenso desejo pela
verdade não corrompida pelo erro. Aquele que realmente está
desejoso de conhecer o que é verdade não pode permanecer na
ignorância; pois a verdade preciosa galardoa o pesquisador diligente.
Precisa-se sentir o poder convertedor da graça de Deus, e todos os
que tem fechado o coração ao Espírito de Deus devem abrir a porta e
suplicar fervorosamente: “Permanece comigo”.

Sua presença abranda o coração insensível e enche de alegria e


regozijo transformando o coração do homem em condutos de
bênçãos.

“O Senhor quer que cada um de seus filhos seja rico na fé, e essa fé é
o fruto da atuação do Espírito Santo na mente. Ele habita com toda
pessoa que o recebe, falando palavras de advertência aos
impenitentes e chamando-lhes a atenção para Jesus, o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo. Ele faz brilhar a luz na mente dos
que procuram cooperar com Deus, dando-lhes eficiência e sabedoria
para realizar sua obra.

“O Espírito Santo nunca desampara uma alma (pessoa) que está


olhando para Jesus. Ele toma do que é de Cristo e mostra àquele que
procura. E se o olhar se mantiver fixo em Jesus, a obra do Espírito
não cessará até que a alma seja moldada à Sua imagem. Pela
graciosa influência do Espírito, o pecador é transformado no espírito e
no propósito, até tornar-se um com Cristo. Sua afeição a Deus
aumenta; ele tem fome e sede de justiça e, contemplando a Cristo, é
transformado de glória em glória, de caráter em caráter, e torna-se
mais e mais semelhante a seu mestre.”

ILUMINADOS PELO ESPÍRITO SANTO


Alguns teólogos de formação existencialista, entendem que a fé um
salto no escuro. Não é verdade. O caminhar da fé é feito sob os
poderosos raios do da luz do Espírito Santo de Deus.

“A vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e


mais até se tornar dia perfeito.” (Pv. 4.18).

“Iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a glória


de sua herança nos santos.” (Ef. 1.18).

O apóstolo Paulo suplicou: “Para que o Deus de nosso Senhor \Jesus


Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de
sabedoria e de revelação. Oro também para que sejam iluminados os
olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança
da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos
santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para conosco, os
que cremos, segundo a operação da força do seu poder.” (Ef. 1.17-
19).

A mente, porém, primeiro tem de tornar-se adaptável à natureza da


verdade a ser investigada. Os olhos do entendimento precisam ser
iluminados, e o coração e a mente postos em harmonia com Deus,
que é a verdade.

“Aquele que contempla a Jesus com o olhar da fé não vê nenhuma


glória em si mesmo; pois a glória do Redentor é refletida na mente e
no coração. É compreendida a expiação pelo Seu sangue, e a
remoção do pecado enche-lhe o coração de gratidão. Sendo
justificado por Cristo, o recebedor da verdade é impelido a fazer uma
entrega completa a Deus, e é admitido na escola de Cristo, para que
possa aprender dAquele que é o manso e humilde de coração. O
conhecimento do amor de Deus é derramado em seu coração. Ele
exclama: „Oh! Que amor! Que condescendência!‟ Apegando-se às
ricas promessas da fé, ele torna-se participante da natureza divina.
Sendo o seu coração esvaziado do próprio eu, as águas da vida fluem
para dentro dele, e a glória do Senhor resplandece. Olhando
constantemente para Jesus, o humano é assimilado pelo divino. O
crente é transformado à Sua semelhança.
“O caráter humano é mudado para o que é divino. É o olhar celestial
que discerne esta glória. Ela é verdade, envolta em mistério, até que o
Espírito Santo comunica este discernimento à alma.”

GUIADOS PELO ESPÍRITO SANTO

As Minhas ovelhas ouvem a minha voz; Eu as conheço, e elas Me


seguem. João 10:27

As ovelhas de Cristo não têm dificuldades para segui-lo. Elas são


guiadas pelo Espírito Santo.

Jesus espera que todos os que afirmam ser Seus soldados prestem
serviço a Ele. Espera que reconheçam o inimigo e resistam a ele, não
o convidando a gozar de sua confiança traindo assim o depósito
sagrado. O Senhor colocou os fiéis numa posição em que podem ser
elevados e enobrecidos, e estarem constantemente obtendo aptidão
para o Seu trabalho.

Há três maneiras pelas quais o Senhor revela a sua vontade, para


guiar e para habilitar os cristãos a guiarem a outros. Como pode-se
distinguir Sua voz da de um estranho? Como distingui-la da voz de um
falso Cristo? Deus manifesta Sua vontade na Sua palavra, as
Escrituras Sagradas. Sua voz revela-se também em Suas atuações
providenciais; a voz dele é reconhecida se a alma não estiver
separada dele, andando em caminhos que não são segundo a sua
vontade. Quando o homem age segundo a sua própria vontade,
seguindo os impulsos de um coração não santificado, até que o senso
se torna tão confuso que as coisas externas deixam de ser
discernidas, e a voz de Satanás é tão disfarçada que se aceita como a
voz de Deus.

Outro modo pelo qual se ouve a voz do Senhor, é mediante os apelos


de Seu santo Espírito, produzindo no coração impressões que se
desenvolverão no caráter. Quem tem dúvida qualquer ponto, deve
consultar primeiro as Escrituras. Quem começa a vida na fé deve-se
entregar ao Senhor, para ser inteiramente Seu, e ele aceita para
moldar e afeiçoar segundo o Seu desígnio, para que a pessoa seja um
vaso para honra. Deve sentir sincero desejo de ser maleável em Suas
mãos, seguindo a onde quer que Ele lhe dirija. “Estais então confiando
nEle para que realize Seus desígnios, ao mesmo tempo que com Ele
cooperais, desenvolvendo a vossa salvação com temor e tremor.
Você, meu amigo, encontrará dificuldade aqui, porque ainda não
aprendeu, por experiência pessoal, a reconhecer a voz do Bom
Pastor, e isso o deixa em dúvida e perigo. Precisa ser capaz de
distinguir-lhe a voz”.

CONFIANDO EM SUA ILUMINAÇÃO

“Dá-me entendimento, e guardarei a Tua lei; de todo o coração a


cumprirei.” Sal. 119:34.

Por toda parte do campo da revelação acham-se espalhadas


agradáveis fontes de verdade, paz e alegria celestiais. Este
mananciais de alegria estão ao alcance de todo pesquisador. As
palavras da inspiração, ponderadas no coração, serão como correntes
vivas que fluem do rio da água da vida. O Salvador orou para que a
mente de Seus seguidores fosse aberta para compreenderem as
Escrituras. Sempre que se estuda a Bíblia com coração devoto, o
Espírito Santo está perto para revelar o significado da Palavra de
Deus. O entendimento não somente sentirá que tem de procurar
compreender essa Palavra com mais diligência, mas também que
precisa ter melhor compreensão das ciências. Sentirá que é chamado
para uma alta vocação em Cristo Jesus.

Quando mais intimamente a pessoa estiver ligada com a Fonte de


todo conhecimento e sabedoria, tanto mais ela sentirá que precisa
avançar nas consecuções intelectuais e espirituais. A revelação da
palavra de Deus é sempre acompanhada de notável abertura e
fortalecimento das faculdades humanas; pois a revelação das suas
palavras esclarece. Pela consideração de grandes verdades, a mente
é elevada e as afeições são purificadas e aprimoradas; pois o Espírito
de Deus, mediante a verdade de Deus, vivifica as faculdades
espirituais sem vida e atrai a alma para o Céu.

O estudante deve, tomar portanto a sua Bíblia e apresentar-se perante


o seu Pai celestial, dizendo: “Esclarece-me; ensina-me o que é
verdade.” O Senhor atenderá sua oração e o Espírito Santo gravará a
verdade em seu coração. Examinando as Escrituras por si mesmo,
cada estudante é fortalecido na fé. É da maior importância que
examine constantemente as Escrituras, abastecendo a mente com as
verdades de Deus. Precisa-se guardar os tesouros da palavra de
Deus no coração, para que, ao sobreviver a oposição, possa submeter
tudo à prova das Escrituras.

CAPÍTULO V

A MORADA DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo como pessoa e personalidade espiritual tem também


a morada onde habita. É sabido que foi a vontade do Deus Criador,
habitar com suas criaturas. No Gênesis Deus passeia pelo jardim do
Éden, nos evangelhos ele se muda temporariamente para a terra,
nascendo da Bendita virgem Maria, no apocalipse, último livro da
Bíblia, o escritor bíblico, mostra que após o juízo final o Onipotente vai
armar de uma vez por todas, a sua tenda (tabernáculo), entre os seres
humanos, nessa ocasião santificados. (Ap. 21.3).

Qual é a morada do Espírito Santo? Existe alguma forma de preparar


e manter limpa e bem zelada esta morada?

Na Bíblia lê-se: “Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o
Espírito de Deus habita em vós?” Que privilégio para o cristão! Servir
de morada para Deus. Pois o Espírito é Deus.

Fica óbvio, que diante de Deus cada cristão é responsável pelo


cuidado com o seu próprio corpo como lugar de habitação do Espírito
Santo. São Paulo completa: “Se alguém destruir o santuário de Deus,
Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. (I
Cor. 3.17).

A palavra sagrado, quer dizer santo, ou seja separado para uso


espiritual. O corpo do cristão é sagrado, profundamente respeitável,
deve ser inviolável. Cada administrador de Deus, do próprio corpo,
lógico, deve racionalmente prezar pela própria saúde, como
patrimônio do céu.

Para os hebreus a saúde não era desvinculada da religião. As duas


formavam uma unidade. Assim quando Israel nascia como nação ao
pé do Monte Sinai, Deus deu leis de saúde. Explicando o que comer e
o que não comer. E Deus taxou os animais em dois grupos: Limpos e
imundos. (Lev. 11). Permitindo assim, o homem se alimentar de
animais limpos. É lógico que o animal que fazia mal à saúde ao ser
ingerido naquele tempo, continua fazendo mal. Pois os animais são os
mesmos e o organismo humano é o mesmo, sensível a alimentos
prejudiciais.

Num dos muros internos do 24º Batalhão de Caçadores, quartel do


Exército brasileiro como una motivação ao exercício havia um
pensamento que dizia: “Um belo corpo, desperta e forma uma bela
alma.” Com toda a certeza que o pensamento são e equilibrado
depende de um corpo sadio e bem alimentado.

A Bíblia apresenta três tipos de regime ao ser humano:

1 – O ideal: vegetal – Gên. 1.29.

2 – O permitido: animais limpos – Gên. 7.2; Lev. 11.

3 – O proibido: animais imundos – Gên. 7.2; Lev. 11; Atos 10:14.

A própria Bíblia orienta, dando o princípio que deve guiar o cristão em


todas as suas ações: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais
outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (I Cor. 10.31).

A saúde é o resultado do funcionamento normal de todas faculdades


do ser humano: espirituais, mentais e físicas. Isso não é um estado
negativo que se traduziria pela ausência de perturbações físicas ou
mentais; é antes um estado positivo caracterizado por um equilíbrio,
por uma harmonia das funções, por uma capacidade de reação, de
adaptação, de resistência e de compensação.

O ser humano não precisa tomar remédios para ser sadio. Há na


natureza uma fantástica medicina preventiva, simples e praticamente
sem custo. O único álcool que o ser humano deveria ingerir era das
frutas.

Abaixo alguns remédios naturais:


1 – Ar puro

2 – Luz solar – Efeitos sobre o organismo humano:

a) Produz vitamina D que ajuda na formação de ossos sadios e fortes.

b) Diminui o colesterol.

c) Aumenta a eficiência cardíaca.

d) Normaliza a pressão sangüínea.

e) Aumenta a eficiência do sistema imunológico.

f) Na medida certa, promove: pele mais saudável, mais macia e com


maior elasticidade, coloração saudável e pele mais resistente às
infecções.

g) Relaxa os nervos.

h) Dá tonicidade aos músculos.

i) Ativa os sistema endócrino.

j) Combate a depressão.

k) Melhora a icterícia do recém-nascido.

l) Melhora o quadro da diabetes.

m) Através da fotossíntese:

promove o desenvolvimento das plantas

controla a qualidade do ar

n) É bactericida e mata os germes.

O melhor horário para tomar sol é no início da manhã e no final da


tarde. Sol em excesso pode provocar câncer de pele principalmente
na hora mais quente do dia.
3 – Exercício – Benefícios:

a) Aumenta a eficiência do coração.

b) Normaliza a pressão sangüínea.

c) Melhora a circulação e a oxigenação dos tecidos.

d) Diminui a frequência cardíaca quando em repouso.

e) Estimula a respiração profunda, abdominal.

f) Relaxa os músculos e acalma os nervos.

g) Carrega as células nervosas com energia elétrica.

h) Melhora a digestão e o funcionamento dos intestinos.

i) Fortalece os músculos, ossos e ligamentos.

j) Regulariza o sistema endócrino.

k) Aguça a capacidade mental.

l) Dá elegância a forma física.

m) Elimina o excesso de gordura.

n) Produz energia.

o) Retarda o envelhecimento.

p) Aumenta a resistência e evita a fadiga.

q) Estimula a produção de endorfina.

4 – Descanso.

Durante as fases mais profundas do sono, o sistema endócrino tem


picos de liberação de hormônios.
PRÉ-MEIA-NOITE

Hormônios do Crescimento: - Transporta aminoácidos do sangue

para o cérebro.

............................................. - Aumenta o tamanho e eficiência do

cérebro.

............................................. - Torna o aprendizado permanente e útil.

Hormônios Melatonina: - Tranqüilizante natural

PÓS-MEIA-NOITE

Hormônio Cortizano: - Reduz a fadiga e processo inflamatório

Efeito da Perda de Sono

Limita a capacidade do corpo de desgaste do dia anterior, reduzindo a


vitalidade para o dia seguinte; aumenta a irritabilidade, depressão,
angústia, desorientação, desvios sexuais e sensibilidade à dor; reduz
a percepção, capacidade psicomotora, tono muscular, força,
concentração, espontaneidade e sociabilidade.

Higiene do Sono

Ambiente silencioso, escuro, arejado e confortável, sem irradiações


eletromagnéticas (tirar os aparelhos da tomada).

Dormir no mínimo 2 horas antes da meia noite; 3ª. refeição bem leve;
evitar tomar estimulantes como café, álcool, mate, drogas, etc; não
assistir filmes agressivos e evitar discussões.
Para insônia, programas de exercícios, banho morno de imersão, chás
de erva cidreira, melissa, alface, valeriana e outros.

Leitura e oração que aumentam a confiança em Deus.

5 – Temperança.

6 - Abstinência.

7– Água pura por dentro e por fora.

50-65% do peso corporal é água.

Músculos 75%

Cérebro 70-85%

Ossos 50%

Sangue 93%

A perda de água no organismo pode causar:

a) Odor desagradável no corpo

b) Mau hálito

c) Urina concentrada com cheiro forte

d) Pele seca

e) Constipação intestinal

f) Nervosismo
8 – Alimentos mais integrais e vegetais na medida do possível.

9 – Confiança em Deus. Deus nos fez uma harpa de mil cordas.

Devemos tocar esta harpa com inteligência, respeito próprio e muito


amor. Os sons produzidos serão tão harmoniosos e atraentes que
estaremos sempre envolvidos, por um perfume com fragrância
especial e única. Nossos olhos, ouvidos, olfato, paladar e tato, terão
então, delicadeza e suavidade celestial.

No texto, já mencionado de I Cor. 3.17, a Escritura faz uma


advertência fortíssima: Quem não evitar que o seu próprio corpo morra
prematuramente, terá contas a acertar com Deus.

Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que


habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes comprados por um bom preço; glorificai, pois, a Deus
no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (I
Cor. 6:19 e 20).

Um poder acima e de fora do homem deve atuar nele, para que


sólidas vigas sejam introduzidas no edifício de seu caráter. A presença
de Deus deve permanecer no santuário interior da alma. “Que ligação
há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos
santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei
entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo.” II Cor. 6:16.

“Porque, por Ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim


já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e
sois da família de Deus, edificados sobre fundamento dos apóstolos e
profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual
todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao
Senhor, no qual também vós justamente estais sendo edificados para
a habitação de Deus no Espírito.” Efésios 2:18-22.

“O homem não edifica a si mesmo numa habitação para o Espírito; a


não ser que haja, porém, cooperação da vontade humana com a
vontade de Deus, o Senhor nada poderá fazer por ele. O Senhor é o
grande Obreiro-Mestre, e no entanto, o instrumento humano precisa
cooperar com o Obreiro Divino, senão o edifício celestial não poderá
ser completado. Todo o poder é Deus, e toda a glória deve reverter
para Deus; no entanto, toda a responsabilidade recai sobre o
instrumento humano; pois Deus nada pode fazer (para a
transformação do homem) sem a cooperação do homem.”

O PRÉ-REQUISITO

No Pentecostes São Pedro orienta a multidão atônita com o fantástico


poder do Espírito Santo: “Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos
pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo.” Assim sendo o
primeiro requisito para se receber o Santo Espírito, é o
arrependimento. Esse é o pré-requisito da parte do homem.

O pré-requisito da parte de Deus era a glorificação de Jesus Cristo,


após sua ressurreição.

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Como uma pessoa, que é, com personalidade, desejos e decisões, o


Espírito Santo, chama o ser humano através da consciência, do ouvir
a Palavra de Deus, do ler a mesma Palavra, da natureza, de sonhos e
de outros meios, e quando recebe sempre respostas negativas pode
ser entristecido a completamente apagado. O ser humano que apaga
o Espírito de sua vida, acaba entregue aos seus próprios desígnios
maus.

O que é o pecado contra o Espírito Santo e o que fazer para se evitar


este grande mal? Jesus Cristo condenando a resistência dos fariseus
ao poder e ao chamado de Deus, ensinou: “Portanto eu vos digo:
Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia
contra o Espírito não será perdoada.” (Mt. 12.31). Eis aí o pecado
imperdoável,
Por que será que Deus não perdoa o pecado imperdoável? Estará o
Onipotente muito ocupado ou de má vontade com o pecador que
tenta, tenta e não consegue ser bom? Será que Deus zanga-se e por
isso o deixa à mercê dos demônios? Terá Deus prazer na perdição de
alguém? Se alguma destas perguntas tivesse resposta positiva, tal
resposta não combinaria com o amor que é a essência do caráter de
Deus. São João define esse caráter assim: “Aquele que não ama não
conhece a Deus, pois Deus é amor.” (I João 4.8).

Através do profeta Zacarias, Deus pergunta: “Tenho eu algum prazer


na morte do ímpio? Diz o Senhor Deus. Não, desejo antes que se
converta dos seus caminhos e viva.” (Ez. 18.23). Se Deus não tem
prazer na morte de ninguém, na perdição de ninguém, é óbvio que o
fato dEle não perdoar o pecado contra o Espírito, não é ressentimento
ou má vontade.

O Espírito Santo como representante de Cristo, o Cordeiro de Deus,


todos os dias chama, bate na porta do coração do ser humano. O
Apocalipse registra esse episódio com as seguintes palavras: “Eis que
estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap. 3.20).

O Espírito Santo vai chamando a vida inteira. No inicio dos chamados


o ser humano se sensibiliza, sente até remorsos. Mas, com o passar
do tempo fica encaliçado. O Espírito chama ele vai ouvindo a voz
sagrada cada vez mais distante, até não ouvir mais. Nesse estágio o
homem não se sente mais em pecado. Não aceita mais o perdão. Não
porque Deus não queira conceder o perdão, mas por que a pessoa
não se sente mais pecadora. Por isso é impossível ser perdoada. Não
é que o Espírito não chama mais, é que o pecador foi tão distante que
não consegue mais ouvir.

Uma pessoa sente muita vergonha e tristeza, ao cometer um pecado


grosseiro como matar, roubar, ou adulterar. Na reincidência deste
pecado, o homem sente menos, mais ainda sabe que cometeu um
delito e precisa de perdão. Ao acostumar-se no pecado, passa a usar
o ataque aos outros como desculpa pois já ama o pecado, e quem não
concorda com ele é que está errado. É uma forma de tentar tapar a
consciência para não sofrer o problema da culpa. É mais fácil culpar a
Deus, os pais, os amigos, os líderes religiosos, que assumir a culpa.
Na resistência contínua contra a voz do Espírito Santo, o homem
afasta-se de Deus ao ponto de não querer mais perdão, porque nada
está fazendo de mal. Tanta gente vai morrer também, não é só eu…!
A alma vivente que está perdida, não sente mais vontade de mudar.
Deus está de contínuo esperando que ele volte, mas ele não precisa
mais de Deus. Acha-se totalmente entregue à vontade de Satanás. A
contínua resistência ao Espírito Santo é a blasfêmia, o pecado contra
o Espírito Santo, do qual Jesus falou: “Todo pecado será perdoado,
mas não será perdoado o pecado contra o Espírito Santo.” Davi, ao
sentir que poderia cair neste pecado como fez o rei Saul, rogou a
Deus nestas palavras: “Não me lances fora de diante da tua face; e
não tires de mim o Teu Espírito Santo.”

Todo o ser humano corre este risco, se resistir à verdade. Porém


enquanto for vivo pode retroceder em seu descaminho, olhar a cruz e
ser aceito por aquEle que ali morreu, para salvar o arrependido.

O que fazer para se evitar esse mal horrível? O conselho Bíblico é: “E


não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selado para
o dia da redenção. (Ef. 4.30). O Espírito se entristece como? Quando
a Bíblia diz que não é para se fazer algo, e o homem continua
insistindo. “Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o
seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não
pequeis: Não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não deis lugar ao
diabo. Aquele que furtava, não furte mais, antes trabalhe, fazendo com
as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o
necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só
a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade,
para que beneficie aos que a ouvem.” (Ef. 4.25-29).

O conselho bíblico continua e é enfático: “Não extingais o Espírito; não


desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o que bom.
Abstende-vos de toda espécie de mal.” (I Tess. 5.19-22).

CAPÍTULO VI

O ESPÍRITO SANTO E O FIM DO MUNDO

Pode-se chamar de espírito de profecia, o produto que o Espírito


Santo deu aos profetas que escreveram a Bíblia e todo conteúdo de
escrita, mesmo extra bíblica, que foi produzida pelo poder do Espírito
Santo, para o crescimento espiritual do ser humano ao longo dos
milênios.

Hoje o mundo vive uma época de grandes acontecimentos no mundo


social, político, econômico e religioso. É um mundo que requer mais
do nunca a presença gloriosa e modificadora do Espírito de Deus,
influenciando os homens para o caminho da vida. É tempo do Espírito
Santo batizar mais do que nunca, para que mais e mais pessoas
possam viver guiados, iluminados por esse dom divinal.

Nessa hora solene de Grandes modificações no mundo, a Bíblia fala


alguma coisa sobre a ação do Espírito Santo no fim do mundo? Por
certo que sim.

MANIFESTAÇÕES GERAIS

O mundo moderno é místico e carismático com supostas


manifestações do Espírito Santo por toda parte. É importante que o
filho de Deus, pesquisador diligente, não afaste a hipótese dos dons
bíblicos concedidos aos homens, mas é prudente que tudo seja
esclarecido à luz das Sagradas Escrituras.

É comum hoje a exorção, a cura, o dom de línguas, as profecias. Hoje


desenvolveu-se até comércio dos benefícios dos dons sagrados.
Quase todos os dons se encontram em abundância, menos um. O
dom do amor. O maior dos dons. Dele depende a salvação dos
homens, a relação dos homens com Deus e a relação dos homens
uns com os outros. A Bíblia, no primeiro século da era cristã, já
alertava seus seguidores chamando-os de filhos da luz e não das
“trevas”, filhos do “dia e não da noite.” (I Tess. 5.5). “Não durmamos,
pois,” aconselha o apóstolo: “mas, vigiemos e sejamos sóbrios. Pois
os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam,
embriagam-se de noite. Nós, porém, que somos do dia, sejamos
sóbrios, revestindo-nos, da couraça da fé e do amor, e tendo por
capacete a esperança da salvação.” (I Tess. 5.6-8).

O texto sagrado confirma: “Sabe, porém, isto: Nos últimos dias


sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si
mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural,
irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor
para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos
prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas
negando-lhe o poder. Afasta-te também destes. Porque deste número
são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas as mulheres
néscias carregadas de pecado, levadas de várias concupiscências;
que aprendem sempre, mas nunca podem chegar ao conhecimento da
verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim
também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de
entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque
a todos será manifestada a sua insensatez, como também aconteceu
com a daqueles.” (II Tim. 3.1-9).

Por certo que deve ter sido idéia do demônio, inculcar na mente
humana que tudo de exótico, fantástico, sobrenatural e místico, com
cara de bom é do Espírito Santo.

Companhia Paterna em Todos os Tempos

Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. João 14:18.

Cristo queria que Seus discípulos compreendessem que não os


deixaria órfãos, sem pai, “Não vos deixarei órfãos”, declarou Ele.
“Voltarei para vós outros. Ainda por um pouco, e o mundo não Me
verá mais; vós, porém, Me vereis; porque Eu vivo, vós também
vivereis.” João 14:18 e 19. Gloriosa, magnífica promessa de vida
eterna! Embora devesse Ele ausentar-se, a relação dos discípulos
para com Ele deve ser a de filhos para com seus pais, essa relação
com os discípulos é extensiva a todos os seres humanos que com
sinceridade de coração se achegam a Deus.

“Naquele dia, vos conhecereis que Eu estou em Meu Pai, e vós, em


Mim, e Eu, em vós.” João 14:20. Ele procurou impressionar a mente
dos discípulos com a distinção entre os que são do mundo e os que
são de Cristo. Está prestes a morrer, mas desejava que eles
compreendessem que tornaria a viver. E conquanto, após a Sua
ascensão, estivesse ausente deles, poderiam vê-Lo e conhecê-Lo
pela fé, e teria por eles o mesmo amoroso interesse que tivera
enquanto esteve com eles.

As palavras dirigidas aos discípulos vêm até o tempo atual, por meio
de Suas palavras. O Consolador é dos cristãos hoje, tanto quanto
deles, naquele tempo e em todos os tempos e todos os lugares, em
todas as tristezas e nas aflições todas, quando as perspectivas se
apresentam escuras e desconcertante o futuro, e o homem sente-se
desajudado e só. Essas são ocasiões em que o Consolador será
enviado, em atendimento à oração da fé.

“Não existe consolador como Cristo, tão terno e tão verdadeiro. Ele Se
compadece de nossas fraquezas. Seu Espírito fala ao coração.
Podem as circunstâncias separar-nos de nossos amigos; o vasto e
turbulento oceano pode rolar entre nós e eles. Embora prevaleça
ainda sua sincera amizade, talvez sejam incapazes de demonstrá-la
fazendo por nós aquilo que haveríamos de receber com gratidão. Mas
circunstância alguma, nenhuma distância pode separar-nos do
Consolador celestial. Onde quer que estejamos, aonde quer que
vamos, Ele sempre ali está, concedido em lugar de Cristo, para agir
por Ele. Está sempre a nossa mão direita, para nos falar palavras
amáveis e calmantes; para apoiar, suster, erguer e animar.

“A influência do Espírito Santo é a vida de Cristo na alma. Esse


Espírito opera em todo aquele que recebe a Cristo, e por meio dEle.
Os que experimentam em si essa habitação do Espírito revelam seus
frutos: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé.

Em Ocasiões de Provação

Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-Se


das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à
nossa semelhança, mas sem pecado. Heb. 4:1 e 5.

Cristo habita em quem O recebe pela fé. Embora sobrevenham


provações à alma, a presença do Senhor estará com seus filhos. A
sarça ardente na qual estava a presença do Senhor não se consumia.
O fogo não destruiu uma só fibra dos ramos. Assim será com o fraco
instrumento humano que põe sua confiança em Cristo. O fogo da
fornalha da tentação poderá arder, talvez venham perseguições e
provas, mas só a escória será consumida. O brilho do ouro será mais
forte devido ao processo de purificação.

“Aquele que está no coração dos fiéis é maior do que aquele que
controla o coração dos incrédulos. Não vos queixeis amargamente da
provação que vos sobrevem, mas dirigi os olhos a Cristo o qual
revestiu Sua divindade com a humanidade, para que pudéssemos
compreender quão grande é o Seu interesse em nós por ter-Se
identificado com a humanidade sofredora. Ele provou o cálice da
angústia humana, foi afligido em todas as nossas aflições,
aperfeiçoado pelo sofrimento, tentado em todas as coisas assim como
os seres humanos, para que pudesse socorrer os que são tentados.

“Ele diz: „Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro,
e mais raro do que o ouro de Ofir.‟ Isa. 13:12. Tornará um homem
precioso por habitar com ele, por conceder-lhe o Espírito Santo. Ele
declara: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo
àqueles que Lhe pedirem?” Lucas 11:13.

“O Senhor recomendou que chamássemos a Deus de nosso Pai, que


O considerássemos como a fonte de afeição paternal, como a fonte do
amor que tem fluído de século a século pelo conduto do coração
humano. Toda piedade, compaixão e amor que têm sido manifestado
na Terra têm emanado do trono de Deus, e, em comparação com o
amor que habita em Seu coração, são como uma nascente para um
oceano. Seu amor está fluindo constantemente para fazer com que os
fracos sejam fortes, os covardes, firmes, e para dar coragem moral
aos hesitantes. Deus opera por meio de Cristo e o homem pode ir ter
com o Pai em nome do Filho. Nossa ciência e nosso cântico é: “Ouvi o
que o Senhor tem feito por minha alma.”

O NOVO PENTECOSTES

A profecia é Bíblica e antiga. Porém a profecia do verdadeiro profeta a


se cumprir, nunca caduca. É 100% de possibilidade de cumprimento.

“E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos


filhos e as vossas filhas profetizarão, e os vossos velhos terão sonhos,
e os vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e sobre as
servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. Mostrarei maravilhas
no céu e na terra, sangue fogo e colunas de fumaça. O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo; porque no monte de Sião e em Jerusalém haverá
livramento, assim como o Senhor disse entre os restantes que o
Senhor chamar.” (Joel 2.28-32).
Essa é uma profecia clássica e apocalíptica ao mesmo tempo. Como
profecia clássica cumpriu-se nos dias dos apóstolos, como
apocalíptica se cumprirá no fim do mundo.

No Pentecostes São Pedro explica: “Mas isto é o que foi dito pelo
profeta Joel: Nos últimos dias, diz Deus, do meu Espírito derramarei
sobre toda a carne...” (Atos 2.16-21), e cita toda a profecia. O
resultado do poder pentecostal naquela ocasião foram quase três mil
almas (pessoas), para o cristianismo (At. 2.41).

Como a principal missão do Espírito Santo é “convencer do pecado”


(João 16.8) e colher os arrependidos para o reino do céu, e como a
profecia de Joel é, também, apocalíptica, o que se espera é uma
manifestação do Espírito Santo, sobrenatural, milagrosa e fantástica,
agora no fim dos tempos, para colher os filhos de Deus. Esse é o novo
“Pentecostes”. Um movimento envolvendo todas as massas e
camadas da sociedade, um reavivamento, uma divulgação do
evangelho de tal forma, que todos se posicionarão ou contra, ou a
favor.

Mas como se sabe que essa profecia alcança os nossos dias? Ao lê-
se o texto bíblico vê-se que não é tão difícil. A primeira parte da
profecia diz que o Espírito seria derramado. A Segunda parte diz:
“Mostrarei maravilhas no céu e na terra, sangue fogo e colunas de
fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que
venha o grande e terrível dia do Senhor.” (Joel 28.30,31).

Esses sinais (fenômenos) no mundo dos astros visível da Terra, são


interpretados como sendo o escurecimento do sol em 19 de maio de
1780 e a ausência da claridade da lua no mesmo dia. No sermão
sobre o fim do mundo Cristo também, abordou o assunto como segue:
“Logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não
dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os corpos celestes
serão abalados.” (Mt. 24.29). Esses acontecimentos seriam certos,
sérios e marcantes; tanto que foram registrados na Bíblia por diversos
escritores.

Entre esses episódios fantásticos e assustadores que a história


registra, está a queda das estrelas no dia 13 de novembro de 1833,
assistida da Europa e parte da América do Norte. No evento as
estrelas caíam em milhares como os fogos de artifícios do reveillon do
Rio de Janeiro.
Cristo mencionou o próximo acontecimento logo depois desses sinais
cósmicos: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e
todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem,
vindo sobre as núvens do céu, com poder e grande glória.” (Mat.
24.30).

De acordo com o estudo bíblico, a ordem dos acontecimentos é:

1º - Escurecimento do sol da lua e queda das estrelas.

2º - O novo Pentecostes.

3º - A volta de Jesus Cristo à Terra.

CONCLUSÃO

Por fim pode-se dizer que o espírito Santo, a terceira pessoa da


Santíssima Trindade, é Deus, tem vontade, decisão, símbolo e missão
e pode ser magoado. Como Deus é Altíssimo, Todo-Poderoso, eterno
e ilimitado na forma, no espaço e no tempo. O Espírito não se limita a
uma denominação, é transcendente, está acima de tudo e de todos.
Apesar de ser tão grandioso em essência e objetivo, participa da
experiência diária do ser humano temente a Deus.

O Espírito dá dons aos seres humanos, dons que são úteis para a
divulgação do evangelho. Ficou explicito que produzir frutos é a coisa
mais importante na vida do cristão que recebeu a manifestação do
Santo Espírito em sua existência.

A principal missão do Espírito é representar a Cristo e convencer o


homem do pecado, da justiça de Cristo e de que há um grande
tribunal branco, onde o homem ajustará contas com Deus. Quanto o
ser humano é batizado com espírito tem a vida transformada. É
importante ao cristão manter limpa a casa (corpo) do Espírito Santo e
abrir sempre a porta do coração à influência do céu, se sensibilizando
com os ensinos da Palavra de Deus, para não cometer o pecado
imperdoável.

Ficou entendido que houve profetas no passado, que pode haver no


presente e no futuro, mas o cristão tem de avaliar à luz da Bíblia.

Por fim o Santíssimo Espírito Santo, permanece, consola e


acompanha o estudante. É como o vento, não pode ser visto, mas seu
efeito pode ser sentido e visto a fluir do coração e da vida de quem
jorra como água para a vida eterna.

BIBLIOGRAFIA

BUCKLAND, A.R. Dicionário Bíblico Universal. Décima Segunda


edição, Editora Vida, São Paulo- SP, 1997

BULLÓN, Alejandro. Conhecer Jesus é Tudo. Décima edição, Casa


Publicadora Brasileira, Tatuí, São Paulo, 1991.

SOARES, R.R. Os Falsos Profetas. Rio de Janeiro- RJ, Graça


Editorial, 1985.
THOMPSON, Frank Charles. Bíblia de Referência Thompson Sexta
edição, Editora Vida, São Paulo- SP,1996.

VANDEMAN, George C. Ligações Misteriosas. Primeira


edição,Londrina,1993.

WHITE, Ellen G. Caminho a Cristo. Primeira edição, Casa Publicadora


Brasileira, São Paulo-SP, 1996

WHITE,Ellen G. Atos dos Apóstolos. Sétima edição, Casa Publicadora


Brasileira, São Paulo-SP, 1994.
T. D. de Doutrina V – Espírito Santo - Módulo 08-A

PREZADO ALUNO:

Faça uma pesquisa sobre a personalidade do Espírito Santo (25% da


nota)

Questionário (25% da nota final).

Avaliação de classe (50%).

1. Cristo profetizou sobre a vinda do Espírito Santo. (Assinale com X a


alternativa correta).

O mundo receberia o Espírito Santo porque o vê e o conhece.

O Espírito Santo desceria sobre a igreja para que ela falasse línguas
estranhas.

O Espírito Santo desceria para que a igreja cumprisse a sua missão,


evangelizar as nações.

O Espírito desceria para que a igreja não ficasse órfã.

O Espírito desceria para convencer o homem do pecado da justiça e


do juízo.

a, b, falsas; c, d, e, verdadeiras.
2. Marque a alternativa que corresponde aos símbolos do Espírito
Santo.

Haveria sinais no sol, na lua e nas estrelas.

Terra, fogo, água e ar.

Os símbolos são o sinal do Filho do Homem.

Água, ar, fogo, pomba e óleo.

Nenhuma das alternativas acima.

3. Relacione dez atividades do Espírito santo na vida do ser humano.


Não precisa explicar, mas precisa numerar.

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_______

4. Quando o Espírito Santo batizou a primeira família gentílica, um


apóstolo teve que se explicar diante dos outros num Concílio em
Jerusalém. Quem foi?

São Pedro
São Paulo

São João

São Tiago

Barnabé

5. O cumprimento, histórico e clássico da profecia do profeta Joel,


ocorreu nos dias dos apóstolos, na festa de Pentecostes. Porque;

Deus queria que os povos ali presentes conhecessem a verdade do


evangelho.

Os discípulos de Jesus falavam em seu próprio idioma, por isso os


estrangeiros não entendiam nada.

O Espírito Santo naquele dia, dotou os discípulos do dom de línguas,


só para desfazer a confusão de línguas da torre de Babel.

Todas as respostas acima estão erradas.

Todas as respostas acima estão certas exceto a “d”.

6. Descreva a missão do Espírito Santo à luz de São João 16.8 a 11.


É indispensável examinar a Bíblia nesta questão.

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7.– Como é possível reconhecer se um profeta é verdadeiro ou falso?
Cite pelo menos cinco fatores de reconhecimento. Numere-os.

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8. O Consolador estaria com os filhos de Deus, presenteando-os com


os seus dons:

Só na igreja apostólica. (Período dos apóstolos)

Até a igreja patrística. (A igreja do período pós morte dos apóstolos).

Estaria com a igreja até o fim do mundo.

Estaria também com qualquer pessoa independente de qualquer pré-


requisito.

Apenas as questões a, b, d, são verdadeiras.

9. Sobre o maior dos dons, complete a frase:

„“Deus é amor‟ está escrito sobre _______________ que desabrocha,


sobre cada haste de _______ que brota. Os amáveis ____________
com seus alegres _________, enchem o ar de _________; as
_________, perfeitas, com seus delicados matizes, perfumam a
natureza; ...tudo fala do cuidado ___________ de nosso _________ e
o Seu desejo de tornar _________ os Seus filhos.”

10. Após a ressurreição de Cristo, e sua glorificação diante de Deus


pai, quem veio para ser seu representante?
11. Sendo o homem transformado pelo Espírito Santo, assinale a
alternativa falsa:

Não precisa permanecer em Cristo, basta ler a Bíblia e pensar nEle de


vez em quando.

O corpo do homem é de Deus que o criou e o remiu, deve o homem


Ter o corpo limpo de impurezas.(Vícios, imoralidade, alimentos
prejudiciais á saúde, etc.)

O homem precisa cooperar com Deus para ser limpo, pois é o templo
do Espírito Santo.

Deus deu livre arbítrio ao homem, não o obrigando a nada, deixando-o


com autonomia e individualidade para decidir por sua própria vida.

12. Cite pelo menos sete frutos do Espírito Santo, numerando-os.

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13. Qual foi o último profeta?

São João Batista.

São João evangelista.

Saul.

Jesus Cristo.
Ágabo.

Nenhuma das questões acima.

14. Três magos do Oriente visitaram o Menino Jesus em Belém por


ocasião do seu nascimento. Por que entre os presentes deram-lhe
óleo de Mirra?

Para curar o Bom Samaritano.

Para a virgem Maria não esquecer os visitantes tão importantes.

Para ser usado nas culturas hebraica e egípcia antigas.

Era um símbolo do Espírito Santo, como alívio para as dores da


crucifixão de Jesus.

15. De acordo com fim do tópico o Novo Pentecostes, qual é a ordem


dos últimos acontecimentos?

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16. Quais as palavras do rei Davi rogando a permanência do Espírito


Santo?

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17. Descreva em pelo menos quatro linhas o pecado contra o Espírito
Santo.

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18. Deus deixa o homem à deriva após cometer o pecado contra o


Espírito Santo, porque tem gosto na destruição dos ímpios? Explique.

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19. O que pode fazer com que o ser humano se afaste totalmente de
Deus, cometendo o pecado imperdoável?

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20. O que precisa o homem fazer para pecar contra o Espírito Santo?

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