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19-22
Introdução
→ Já observaram o comportamento de uma criança?
Quando os seus pais estão perto elas se enchem de coragem
E o mundo não é mais tão assustador
Primeiro Ponto: Como cidadãos de Seu Reino e membros da Família [v. 19]
→ Paulo está falando a uma igreja predominantemente gentílica
– Os povos gentios não faziam parte do povo antes eleito por Deus
– Não tinham acesso a todas as bênçãos que Deus concedeu a Israel
Paulo lhes lembra isso no v. 12
→ Essas mesmas pessoas foram alcançadas pela graça
– É no v. 13 que Paulo diz que Deus os quer aproximar
– Como Deus fez isso?
Aboliu a lei dos mandamentos [ordenanças de pureza ritual]
Criou uma nova humanidade [nem judeu nem gentio]
Reconciliou a humanidade com Deus
Pregou a paz [evangelizou]
– Agora, eles estão próximos a Deus [“Assim já”]
– Aqui ele desenvolve o tema das bênçãos
“riqueza da glória da sua herança nos santos” [1.18] e da “suprema grandeza do
seu poder para os que cremos” [1.19]
→ Para que entendam os termos dessa proximidade, duas imagens iniciais
(1) Os crentes de Éfeso são concidadãos do Reino!
– No v. 13, os gentios estavam separados da “politeias”
– Trata-se de uma instituição política, e tem mesmo que ver com
poder
– Entendamos isso com a história de Paulo em Atos 22.25-29
“Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente:
Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?
Ouvindo isto, o centurião procurou o comandante e lhe disse: Que estás para
fazer? Porque este homem é cidadão romano. Vindo o comandante, perguntou a
Paulo: Dize-me: és tu romano? Ele disse: Sou. Respondeu-lhe o comandante: A
mim me custou grande soma de dinheiro este título de cidadão [politeian]. Disse
Paulo: Pois eu o tenho por direito de nascimento. Imediatamente, se afastaram os
que estavam para o inquirir com açoites. O próprio comandante sentiu-se receoso
quando soube que Paulo era romano, porque o mandara amarrar.” [1.19]
– O que os efésios se tornaram? [sympolitai] concidadãos
Antes, “sem Deus no mundo” [v. 12].
Agora, debaixo da proteção da Aliança, de Deus
Sob a guarnição de Deus que dispensa seu poder sobre a igreja
– Paulo não menciona aqui o Reino de Deus, mas é disso que se trata
Junto com os judeus, e sem distinção [nem judeu nem grego]
Sob a mesma autoridade, com os mesmos privilégios
No gozo da plena identidade com o povo de Deus
– Não por natureza, mas pela conquista de Cristo Jesus
– O primeiro efeito da proximidade de Deus: vislumbre do seu poder
(2) Os crentes de Éfeso são Família de Deus!
– É preciso notar que esta nova imagem não está ao lado da anterior
O raciocínio de Paulo avança no mesmo tema
Os efésios são trazidos ainda mais para perto
Pois o espaço da cidade se torna o da casa [oikeioi]
– Uma tradução que eu preferiria seria “lar”
A palavra usada se refere a casa
Mas não no sentido de prédio
E sim no sentido de sua dinâmica, de sua função, de quem abriga
“house is made of stone, home is made of love”
– Os privilégios do lar são mais amplos e ricos que os da cidade
A proximidade se torna intimidade
Se conhecer a Deus como quem mora com você
As relações rei-súdito se tornam relações pai-filho
Quem é o pai cujo filho pede pão e ele lhe dá pedra?
A proteção se torna aconchego
O pardal encontrou casa e a andorinha, ninho para si...
Aplicações:
(1) Devemos esperar, enxergar e recorrer a proteção do Rei
– Em nossas expectativas, ponderamos nossa cidadania celestial?
– Em momentos de angústia, ela nos conforta?
– Quando abençoados, nos menores detalhes, contemplamos seu
poder?
– Enquanto oramos, estamos plenamente cientes dela?
(2) Nesse Reino, não há classes ou categorias de pessoas
– Não podemos nos sentir maiores ou menores que ninguém
Os judeus se achavam porque conheciam mais, oravam mais etc.
(3) A igreja é despenseira, no mundo, dessa graça de Deus
– Precisamos ser cidade, abrigo e casa uns para os outros
– Às vezes, parece que andamos dispersos demais para sermos família