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2 Crônicas 7.

12-16
Introdução
→ Numa séria de tv, recentemente assisti a seguinte história
Um rapaz acolheu pessoas estranhas em sua casa
Foi por elas ofendido em sua casa, mas as perdoou

Leitura – 2 Crônicas 7.12-16


Elucidação
→ O livro de Crônicas
a. Não se sabe ao certo quem escreveu o livro
b. Época do livro
i. Foi escrito entre 515 e 40 a.C.
ii. Durante o período pós-exílio
1. Dificuldades financeiras
2. Oposição estrangeira
3. Desavenças internas
c. Propósito do livro
i. O cronista desejava
1. Orientar o povo durante a restauração
2. Corrigir sua descrença e falta de esperança
3. Consolar quanto à providência
4. Encorajar à perseverança
ii. Uma das ênfases é sobre a importância do templo
1. Desde a escolha do lugar [Davi]
2. Preparação para a construção [Davi e Salomão]
3. Entrega das instruções [Davi a Salomão]
4. Edificação do templo [Salomão]
5. Sua dedicação [Salomão]
d. Nessa porção do livro, o cronista trata
i. Do reinado de Salomão [1-9]
1. Salomão edificou o templo [5.1]
2. Realizou assembleia para sua consagração [5.2-7.10]
3. Orou ao Senhor pedindo seu favor [6.12-42]
4. Concluída a dedicação e despedida a congregação [7.1-10]
ii. Salomão recebeu do Senhor a resposta à oração [7.11-22]
Proposição
A presença do Senhor entre nós (AT) nos revela três (ST) de Seus atributos (PC):
(1) A Sua santidade entre nós
(2) A Sua graça entre nós
(2) O Seu amor entre nós

Primeiro Ponto: O Senhor habita entre nós em santidade [v. 12]


→ Um dos aspectos da santidade de Deus: Ele é grande e exaltado
– Nos acostumamos à ideia de estarmos próximos ao Senhor
– Mas isso deveria ser espantoso para nós
Os judeus da época de Jesus não entendiam isso
Estêvão: “não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas” [At 7.48]
Salomão: “habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu
dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei” [2Cr
6.18]
→ Outro aspecto da santidade de Deus: fogo consumidor
– O Senhor não tolera a companhia dos homens por causa do pecado
Nós sabemos disso e sentimos vergonha
Porque conhecemos nosso pecado, fugimos de Deus
Evitamos Sua presença e companhia
Como fizeram Adão e Eva, depois de pecarem [Gn 3.8]
– Por isso Deus expulsou Adão e Eva do jardim-templo

“E, expulsou o homem, colocou querubins ao oriente do jardim


do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o
caminho da árvore da vida” [Gênesis 3.24]

Esses querubins que lembram a história da expulsão


Estão gravados na Arca da Aliança, do Testemunho
Estão no propiciatório, nas cortinas do templo, nas paredes,
São estátuas no Santo dos Santos etc.
– Os encontros entre Deus e o Seu povo não são tranquilos [Ex 19]
Trovões, relâmpagos, nuvens espessas, forte clangor de trombeta
Fogo que descia do céu, monte fumegando e tremendo
De outro lado, o povo, purificado, consagrado, mas estremecido
O povo estava com medo de morrer!
– Assim adverte aos Hebreus [12.29]: nosso Deus é fogo consumidor!
→ Mas Deus tem arranjado modos de voltar a estar em meio ao Seu povo
Ele prometeu vir ao Seu povo e o santificar [Ex 29.43]
O povo é santificado pelos sacrifícios
Salomão concluiu que essa era a serventia da Casa edificada
Salomão: “E quem sou eu para lhe edificar a casa, senão para queimar incenso
perante ele?” [2Cr 2.6]
→ Vemos nesse primeiro ponto da resposta à oração de Salomão
– Deus reafirma a Sua santidade!
Aplicações
→ Dada a santidade de Deus e Sua presença entre nós
(1) Não deveríamos demonstrar mais deslumbramento e espanto?
Sua presença nos parece banal? Sequer notamos Sua presença?
Para produzirmos sentimento adequado, ponderemos a santidade
Icabot: foi-se a glória de Deus [Eli caiu para trás, sua nora grávida...
(2) Não deveríamos demonstrar mais reverência e temor?
A presença do Senhor exige toda a nossa atenção
Ela é digna de todo o cuidado que possamos dispensar a Ela
(3) Não deveríamos nos preparar melhor para Sua gloriosa presença?
Certamente nos vestimos bem para nossos irmãos nos vejam
Mas a presença do Senhor desvela e desnuda nossas almas
Vista-se com a melhor atitude, a melhor disposição mental
(4) Não deveríamos aproveitar melhor Sua presença santificadora?
Quando entregarmos mente e coração o Senhor nos santificará

Segundo Ponto: O Senhor habita entre nós com graça [v. 13-14]
→ A simples presença do Senhor é graciosa
O Senhor havia prometido habitar com o Seu povo: “habitarei no
meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus” [Êxodo 29.45]
– De fato, encheu o templo com sua poderosa presença [2Cr 7.1]
– Todos viram nisso a bondade e misericórdia do Senhor [2Cr 7.3]
A Sua presença consumiu o sacrifício
Isso ocorreu segundo a primeira percepção de Salomão
Para quem uma função do templo eram os sacrifícios
→ A graça na atenção às súplicas
– A segunda percepção de Salomão foi esta
O Templo do Senhor seria lugar de oração [2Cr 6.19-21]
– Assim, em oração, pediu que o Senhor ouvisse o Seu povo
Depois de 13 anos, a resposta [7.11 cf. 1Rs 6.38, 7.1 e 9.10]
– Notemos a graça dispensada como Santa Atenção
Salomão sabe que o povo pecará contra o Senhor
Ele sabe que isso provocará a ira justa e santa do Senhor
Sabe que essa ira visitará o povo de muitas maneiras
Estiagem [6.26], gafanhotos e peste [6.28]
Sabe que só então o povo cairá em si e se arrependerá
Tanto sabe que o templo servirá para isto: súplica
O Senhor também o sabe
do pecado, do arrependimento e da súplica
E antecipadamente promete sua Santa Atenção
→ Condições pelas quais a graça de torne em favor
– A invocação do Seu Santo Nome [“que se chama pelo meu nome”]
É necessário conhecer o Senhor [pelo seu nome]
É necessário confiar neste Nome
Estas são prerrogativas do povo do pacto
– O quebrantamento [“se humilhar”]
É necessário reconhecer o próprio pecado e transgressão
Reconhecer a justiça na correção do Senhor
Reconhecer a dependência de Seu perdão
– A devoção [“orar e me buscar”]
Apresentar genuíno interesse e desejo pelo Senhor
Dispor o coração em genuíno compromisso
Abandonar os ídolos do coração, e oferecer-se exclusivamente
– Mudança [“se converter dos seus caminhos maus”]
Identificar os pecados e as práticas iníquas
Abandonar esses pecados e essas práticas iníquas
Observar tudo o que o Senhor ordena, e com alegria
– O favor do Senhor é inequívoco
Compaixão [ouvirei dos céus]
Clemência [perdoarei os Seus pecados]
Restauração [sararei a sua terra]
Aplicações
→ A Casa do Senhor é casa de oração
(1) Na casa do Senhor se exercita a devoção
É lugar para demonstrarmos nosso desejo e interesse pelo
Senhor
É lugar para praticarmos nosso compromisso exclusivo
(2) Na casa do Senhor se exercita a contrição
É lugar para meditarmos em nosso procedimento
É lugar para nos arrependermos de nossos pecados
(3) Na casa do Senhor se exercita o quebrantamento
É lugar para meditarmos em nossa pequenez e dependência
É lugar para subjugarmos o nosso próprio eu
(4) Na casa do Senhor se exercita a fé
É neste lugar que podemos esperar a restauração do Senhor
É neste lugar que o Senhor opera a nossa santificação
É aqui que o Senhor nos corrige, ampara, protege e abençoa
(5) Precisamos usar este lugar como lugar de oração!

Terceiro Ponto: O Senhor habita entre nós em amor [v. 15-16]


→ O Senhor promete o Seu nome
– O nome do Senhor envolve três significados em Crônicas
Uma marca de Sua possessão [6.33b]
Um objeto adequado de adoração [2.4]
E um meio de acesso ao Seu poder [6.20]
– Que o Seu Nome santifique o templo significa
Que lá o Seu Nome é conhecido e louvado
Que o lugar Lhe pertence
Que pelo Seu Nome, o povo obterá o seu favor
→ Por amor ao Seu Nome, o Senhor promete atenção e preocupação
– O Senhor vê e ouve o seu povo, oferece amparo e proteção
Como o vigia de Israel
Como o guarda de Sião
Como seu escudo, rocha etc.
– A linguagem da atenção do Senhor se torna mais íntima
Salomão suplicou os olhos e ouvidos do Senhor
O Senhor concedeu ao povo o Seu próprio coração
Seus olhos não apenas estarão sobre o povo, mas estarão “fixos”
Seu coração, “todos os dias”
→ Quanto ao povo que retornou do exílio babilônico
– Esta palavra era a garantia do amor perpétuo do Senhor
Eles são estimulados a restaurar o templo
Estimulados a buscar a restauração de sua relação com o Senhor
Estimulados a confiarem na graça e amor perpétuos
→ Essas promessas também nos alcançam de modo ainda mais completo
– O Senhor veio ao nosso encontro em Jesus Cristo
Levítico: “Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos
aborrecerá. Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo”
[Levítico 26.11-12]
João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus... E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” [João 1.1,14]
Em Cristo, Deus erigiu seu santuário definitivo
Lá nos encontramos com Deus
Em Cristo, Deus cumpre a promessa de nos receber e amar
Apocalipse: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo
de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e
Deus mesmo estará com eles... Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o
Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” [Apocalipse 21.3,22]
– É em Jesus Cristo que o Nome de Deus está perpetuamente posto
Pregamos em seu nome [Lc 24.47]
Batizamos em seu nome [Mt 28.19]
Certamente, oramos em seu nome [Jo 14.13]
Temos comunhão uns com os outros e com Deus [Mt18.20]
Cantamos louvores em seu nome [Rm 15.9]
Somos salvos em seu nome [1Co 6.11]

Discriminação:
Ao crente,
Assim como Salomão, Cristo veio edificar templo ao Senhor
Este templo é a igreja [Mt 16.18]
Sigamos o seu exemplo e busquemos edificar nossa igreja
Preparemos lugar ao Senhor, em nosso templo
Em nossas casas, e em nosso coração
Ao descrente,
É preciso confessar o nome do Senhor para obter seu favor
É preciso arrepender-se, humilhar-se, buscar ao Senhor
É preciso se converter
E este é o convite desta noite!

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