Você está na página 1de 8

1º Trim.

de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao


quebrantamento e ao poder de Deus

PORTAL ESCOLA DOMINICAL


1º Trimestre de 2023 - CPAD
AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de
Deus
Comentários da revista da CPAD: Elinaldo Renovato de Lima
Comentário: Pr. Caramuru Afonso Francisco

APÊNDICE Nº 2 - AVIVAMENTOS ESPIRITUAIS NA VIDA DOS PATRIARCAS

TEXTO ÁUREO
“E Eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso; mas pelo Meu nome, o Senhor,
não lhes fui perfeitamente conhecido” (Ex.6:3)

INTRODUÇÃO

- O avivamento espiritual é um fenômeno pelo qual há uma “retomada de vida”, uma “intensificação
de vida”, ou seja, uma circunstância em que há uma ação do Espírito Santo para que o ser humano se aproxime
de Deus, retome o caminho querido por Deus na sua peregrinação terrena, abandone aquilo que tem
desagradado ao Senhor em sua maneira de viver a fim de que possa melhor servir ao Senhor.

- Trata-se de um fenômeno que ocorre no meio do povo de Deus, iniciativas tomadas pelo Espírito Santo,
em Seu papel de guia (Jo.16:13), memória (Jo.14:26) e mestre (Jo.14:26), para que o povo do Senhor, por Ele
escolhido, cumpra o papel determinado a ele.

- Assim, temos avivamentos espirituais na história de Israel, o povo formado por Deus para ser a Sua
propriedade peculiar dentre os povos (Ex.19:5,6), depois da rebelião do episódio da torre de Babel, como
também na Igreja, o povo edificado pelo Senhor Jesus, formado por gentios e judeus que creem n’Ele como
único Senhor e Salvador (Mt.16:18; Ef.2:1-3:1-8).

- Entretanto, tanto Israel quanto a Igreja são formados por seres humanos e, portanto, o avivamento tem
início nas pessoas, não é algo etéreo que dispense a ação em cada homem interior, pois, em Israel, o Senhor
falava por meio dos profetas (Hb.1:1) e, na Igreja, o Espírito Santo está em cada membro em particular
(Jo.14:16,17).

- Esta realidade é bem observada quando analisamos as vidas dos patriarcas, ou seja, dos “pais” do povo
de Israel, os homens que foram escolhidos por Deus para dar início a esta grande nação de onde veio o Salvador
do mundo (Jo.4:22).

II- AVIVAMENTOS ESPIRITUAIS NA VIDA DE ABRAÃO

- O primeiro deles é Abrão, que Deus chamou em Ur dos caldeus para ser o pai dos israelitas
(Gn.11:27,28,31; At.7:2-4), para ser o pai da grande nação na qual se fariam benditas todas as famílias da terra
(Gn.12:1-3), que é chamado de “o primeiro judeu”, “o primeiro dos convertidos”.1

1
“…“Filha do príncipe”: refere-se à filha de nosso pai Abraão , que é chamada de príncipe, como se diz: “Os príncipes dos povos
estão reunidos, o povo do Deus de Abraão ” ( Salmos 47: 10). A Gemara pergunta: Deus é apenas “o Deus de Abraão ” e não o
Deus de Isaque e Jacó ? Em vez disso, o versículo menciona “o Deus de Abraão ”, pois ele foi o primeiro dos convertidos. Abraão
foi o primeiro príncipe, pois todos os convertidos que seguem seu caminho são chamados de “príncipes dos povos”...” (TALMUDE

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus

- Atendendo ao chamado divino e deixando Harã para ir até a terra que lhe seria mostrada (Hb.11:8),
ao chegar a Canaã, o Senhor aparece a Abrão, dizendo ser aquela a terra que lhe era prometida e Abrão,
então, edifica um altar ao Senhor e invoca o nome do Senhor (Gn.12:7,8).

- Aliás, o altar é um elemento que indica o nível de espiritualidade não só de Abrão, mas também dos
outros dois patriarcas, Isaque e Jacó.

- Notemos que o altar serve para invocação do nome do Senhor e, ao fazê-lo, Abraão retoma a sequência dos
servos de Deus, iniciada com Abel (Gn.4:4), depois com Sete (Gn.4:26), Enoque (Gn.5:22-24) e Noé
(Gn.8:20-22) e que, lamentavelmente, havia se interrompido com a rebelião na comunidade única pós-
diluviana (Gn.11:6).

- A invocação do nome do Senhor é um indício de salvação (Jl.2:32; At.2:21; Rm.10:13).

- Quando vemos os patriarcas edificando altares ao Senhor e invocando o Seu nome, tenhamos a certeza
de que estão no centro da vontade de Deus, estão a cumprir fielmente o seu papel.

- Quando, entretanto, há a ausência deste elemento na vida do patriarca, saibamos que ele está em crise
espiritual, que é necessária uma retomada de rumo em sua peregrinação terrena, o que se faz, via de regra,
por uma aparição específica do Senhor a ele, num verdadeiro avivamento espiritual.

- Na vida de Abrão, a primeira necessidade de avivamento se deu quando o patriarca retorna do Egito.
Para lá havia ido por causa da fome na terra de Canaã (Gn.12:10), numa atitude unilateral, sem que tivesse
sido orientado a Deus neste sentido.

- No Egito, Abrão mente, dizendo que sua mulher Sarai era tão somente sua irmã (uma meia-verdade que, por
isso mesmo, é uma mentira inteira) e, com esta mentira, permite que Sarai seja levada para o harém de Faraó,
pondo em risco o seu casamento e a própria promessa divina (Gn.13:11-20).

- O Senhor, porém, intervém, impedindo que se profanasse a união conjugal do patriarca, mas ele é expulso
do Egito por causa disto.

- Retornando a Canaã, Abrão percebe o erro cometido e vai até o local onde havia erguido o altar em
que invocara o nome do Senhor e faz nova invocação (Gn.13:4).

- Vemos, aqui, que o avivamento espiritual exige, antes de mais nada, a confissão e arrependimento de
pecados. Deus está sempre pronto a perdoar, mas, para tanto, faz-se mister que o ímpio deixe o seu caminho
e o maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor (Is.55:6,7).

- Encontramos aqui o avivamento espiritual como renovação espiritual, retomada da obediência ao


Senhor.

- Na sequência deste ato de contrição, o patriarca entra em uma dificuldade, precisamente para estar no centro
da vontade de Deus, porque, quando deixara Harã, não cumprira pontualmente a ordem divina, pois levara
com ele seu sobrinho Ló, quando a ordem era para deixar a sua parentela (Gn.12:1,4).

- Quando finalmente Ló se separou de Abrão (Gn.13:7-14), o Senhor apareceu ao patriarca, renovando-


lhe as promessas, tendo, então, Abrão ido morar nos carvalhais de Manre e ali edificado um altar ao
Senhor (Gn.13:14-17).

DA BABILÔNIA. Chagiga 3ª. Disponível em: https://www.sefaria.org/Chagigah.3a.13?lang=bi&with=all&lang2=en Acesso em 22


dez. 2022) (tradução do inglês ao português pelo tradutor Google)

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus

- Temos de sempre estar no centro da vontade de Deus para que tenhamos a Sua presença em nossas vidas,
para que tenhamos comunhão com Ele. Tanto os pecados quanto os embaraços atrapalham a intensidade de
nossa vida espiritual, impedem que tenhamos uma vida espiritual abundante.

- Esta aparição do Senhor a Abrão mostra-nos o avivamento espiritual como um fortalecimento, um


revigoramento, um crescimento espiritual.

- Numa clara demonstração de que, mesmo retomada a intensidade da vida espiritual, nossos erros cometidos
deixam consequências, por causa, inclusive, da lei da ceifa (Os.8:7; Gl.6:7), Abrão, por causa de ter trazido
Ló para Canaã, viu-se envolvido em uma guerra alheia, na qual saiu vitorioso.

- Após esta vitória, Abrão é abençoado por Melquisedeque, rei de Salém, ocasião em que Abrão rejeita
qualquer acordo com Bera, rei de Sodoma, demonstrando, assim, que quem tem intensidade de vida
estabelece uma comunhão íntima com Deus e não se deixa enganar pelas tentações e seduções do mundo
(Gn.14:18-24).

- Temos aqui o avivamento como nitidez espiritual, porque Abrão é destacado como servo do Deus
Altíssimo e tem um aumento da sua intimidade com Deus, seja por intermédio de Melquisedeque, seja pelo
discernimento em relação ao rei de Sodoma.

- O Senhor, então, aparece a Abrão numa visão para aumentar ainda mais a sua fé, porquanto o
patriarca, intimamente, achava estar demorando o cumprimento da promessa. O Senhor apresenta-Se
como o escudo do patriarca, o seu grandíssimo galardão (Gn.15:1).

- Quanto estamos num ambiente de intensidade de vida espiritual, o Senhor vai conformando nosso
interior, promovendo nosso fortalecimento, tanto que providenciou ao patriarca, naquela
oportunidade, a sua justificação (Gn.15:6; Rm.4:3), mostrando-lhe como se daria a conquista de Canaã por
sua descendência e reafirmando Seu compromisso por meio de um sacrifício.

- No entanto, depois deste momento de aprofundamento espiritual, o patriarca deixa-se influenciar por
sua mulher e acaba gerando um filho por intermédio de sua serva egípcia Agar, em nítida demonstração
de incredulidade e de desobediência, o que lhe custou treze anos de ausência de Deus de sua vida.

- Não podemos nos descuidar na vida espiritual, porque podemos, de uma hora para outra, sair de um nível
alto de espiritualidade, como estava Abrão, para um período de distanciamento de Deus.

- Durante treze anos, Abrão não teve a presença de Deus em sua vida, até que, quando completou noventa e
nove anos, o Senhor lhe aparece dizendo ser o Deus Todo-Poderoso e mandando que o patriarca andasse
na Sua presença e fosse perfeito (Gn.17:1).

- No chamado divino, temos aqui mais aspectos do avivamento espiritual. Por primeiro, é preciso que haja
a confissão e o arrependimento dos pecados. Abrão deveria reconhecer que Deus é Todo-Poderoso e,
portanto, não precisava de “ajuda” do patriarca para que este visse cumprida a promessa de que Deus lhe faria
uma grande nação.

- Não há como termos uma vida espiritual se não nos anularmos totalmente, se não nos negarmos a nós mesmos
(Cf. Mt.16:24; Mc.8:34; Lc.9:23). Não há vida espiritual naquele que não reconheça que Deus é Todo-
Poderoso, que todo o poder está em Jesus (Mt.28:18).

- Aliás, foi com esta identidade, Todo-Poderoso, que Deus sempre Se fez conhecer aos patriarcas (Ex.6:3).

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus
- Por segundo, impõe-se que andemos na presença do Senhor. Temos de manter uma vida de santidade e
de pureza, pois é o pecado que nos separa de Deus (Is.59:2). O patriarca havia pecado ao aceitar ter um filho
de sua serva, descrendo no Senhor, e, por isso, durante treze anos o Senhor não lhe falara.

- Por terceiro, o patriarca deveria, dali para a frente, buscar a perfeição, caminhar sempre no sentido do
contínuo aperfeiçoamento espiritual, o que também se exige hoje de todo cristão (Cf. Mt.5:48).

- Neste novo avivamento, Abrão tem seu nome mudado para Abraão, que significa “pai de multidões”,
para que, a partir de então, quando se identificasse, sempre revelasse sua crença naquilo que não se via, mas
que se cumpriria, ou seja, de que sua semente seria como as estrelas do céu (Cf. Gn.15:5), como também foi
determinado que passasse a observar a circuncisão, um sinal de comprometimento exterior e visível com Deus.

- Abraão cumpre a ordem divina, circuncida-se e a todos os de sua casa e, pouco depois, passa a desfrutar de
novo momento de intimidade com o Senhor que, não só o visita em sua tenda, anunciando o nascimento de
Isaque, como lhe confidencia a destruição das cidades da planície (Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim),
dando-lhe, inclusive, a oportunidade de interceder por elas.

- Certo é que Abraão volta a fraquejar em Gerar, repetindo a mentira de que Sara (que tivera seu nome mudado
juntamente com o de seu marido) era apenas sua irmã e não sua mulher, mas, de igual forma, o Senhor impede
que o casamento de ambos fosse profanado, mas faz com que o próprio Abraão seja o portador da oração que
retira a maldição sobre os geraritas por causa da tomada de Sara pelo rei de Gerar, Abimeleque.

- Cumpre-se a promessa e Isaque nasce como filho de Abraão e Sara, sendo que, quando do desmame
dele, necessariamente Agar e seu filho Ismael têm de ser lançados fora da casa de Abraão.

- Abraão é levado a jurar que não mais mentiria para Abimeleque, outra consequência de um erro seu
cometido e alcança, por fim, o ápice de sua vida espiritual, quando oferece Isaque em sacrifício, ocasião
em que tem a oportunidade de ver o cumprimento da promessa da bênção que sua posteridade, Cristo, daria a
todas as famílias da terra (Cf. Jo.8:58 e Gl.3:16).

- Após a morte de Sara e o casamento de Isaque, Abraão tudo entrega a Isaque e se casa com Quetura,
esperando tão somente a pátria celestial, que tinha passado a buscar, pois uma vida espiritual avivada leva-
nos ao completo desapego das coisas desta vida e à busca das coisas que são de cima (Cf. Hb.11:9,13-16;
Cl.3:1-3).

III – AVIVAMENTOS ESPIRITUAIS NA VIDA DE ISAQUE

- Na vida do patriarca Isaque, não agiu o Senhor de forma diferente.

- Na experiência do monte Moriá, em que foi oferecido como sacrifício, Isaque já demonstrou sua
espiritualidade, não resistindo ao gesto de seu pai, aceitando ser oferecido como vítima.

- Logo depois, quando Abraão manda seu servo Eliezer buscar uma esposa para seu filho, quando este chega
com Rebeca, vemos que Isaque estava no campo orando (Gn.24:63), a mostrar que tinha uma vida
espiritual intensa.

- Esta vida de oração perdurou, como vemos durante os vinte anos em que orou para que Rebeca, sua
mulher, pudesse gerar filhos (Gn.25:21).

- Mas, com o nascimento dos dois filhos gêmeos, Isaque, que tinha preferência por Esaú, o primogênito,
embora, antes mesmo do nascimento, já se mostrara que seria o caçula a herdar a promessa de Abraão
(Gn.25:23), começa a se distanciar do centro da vontade divina.

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus

- Deste modo, além de demonstrar predileção por Esaú, vai para Gerar por causa da fome na terra, sem
que tivesse orado ao Senhor quanto a isto (Gn.26:1).

- Ali, então, o Senhor lhe aparece, para que ele não cometesse o erro de ir ao Egito, mandando que ficasse
em Gerar (Gn.26:2-6).

- Temos aqui um avivamento espiritual na vida de Isaque. O patriarca ouve a voz do Senhor e habita em
Gerar. Deus impede que Isaque vá ao Egito, temos aqui uma preservação espiritual na vida do patriarca.

- Verdade é que, apesar da prosperidade material obtida, e em razão em grande parte dela, começa a sofrer
dificuldades com os filisteus, o que lhe causou muitos transtornos, na disputa por poços de água.

- Isaque mostra-nos que o fato de termos uma vida espiritual intensa, de atendermos à voz do Senhor
não nos isenta de problemas e dificuldades neste mundo.

- No entanto, perseverando, Isaque acabou por encontrar um poço que não foi objeto mais de contenda com
os filisteus e, pouco depois, já em Berseba, o Senhor aparece a Isaque, renovando-lhe as promessas dadas a
Abraão, ocasião em que o patriarca edificou ali um altar (Gn.26:25).

- Quando perseveramos em seguir a direção divina, em ouvir-lhe a voz, em confiar nele, mesmo diante
das dificuldades e problemas, o Senhor sempre estará conosco e teremos sempre a Sua presença.

- O resultado disto é que os filisteus acabam por renovar o pacto que haviam firmado com Abraão e, deste
modo, Isaque pôde ter sossego com aqueles moradores de Canaã.

- Os dois filhos de Isaque têm comportamentos diametralmente opostos.

- Jacó ansiava por ter as promessas de Abraão que, a princípio, pertenciam a seu irmão Esaú, que era
o primogênito, mas este não dava valor algum a tais bênçãos, tanto que a vende por um prato de
lentilhas (Gn.25:30-34), e, posteriormente, casa-se com duas mulheres heteias (Gn.26:34), revelando, assim,
não ter o mínimo cuidado em preservar a linhagem santa. Como diz as Escrituras, foi profano e fornicário
(Hb.12:16,17).

- Este desprezo pelas bênçãos espirituais foi decisivo para que Esaú as perdesse de forma irreversível.

- Não há chance de avivamento espiritual quando se tem o chamado “pecado voluntário”, quando há o
deliberado desprezo pelas coisas de Deus, quando há a recusa da oferta salvadora do Senhor. Lembremos
disso!

- Apesar de tudo isto, Isaque tentou “adiantar-se” à determinação divina e quis abençoar seu filho
predileto em vez daquele que havia sido escolhido por Deus, mesmo diante das atitudes profanas e
fornicárias de Esaú.

- Ao tentar fazê-lo, Isaque acaba por destruir o seu próprio lar, gerando uma inimizade entre os seus dois
filhos, pois as circunstâncias acabaram por obrigar a separação de Jacó da convivência com os pais, sendo que
Esaú os acabou deixando também.

- De qualquer modo, quando Isaque viu que sua insistência tinha sido em vão e que acabara abençoando
Jacó em vez de Esaú, notamos que ele se conformou à vontade de Deus, chamando Jacó e o abençoando
novamente (Gn.28:1-4), ocasião em que chamou ao Senhor de “Deus Todo-Poderoso” (Gn.28:3), a mostrar
que voltara a ter comunhão com Deus, que se conformara à Sua vontade.

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus
- Isaque, então, “passa o bastão” para Jacó, mandando-o para Padã-Arã, a fim de que não misturasse a
linhagem com os moradores de Canaã.

- A partir de então, Isaque começa a buscar a pátria celestial e à busca das coisas que são de cima (Cf.
Hb.11:9,13-16; Cl.3:1-3).

IV – AVIVAMENTOS ESPIRITUAIS NA VIDA DE JACÓ

- Na ida para Padã-Arã, Deus Se revela a Jacó em Betel, confirmando-lhe a bênção.

- Jacó fica impressionado com o sonho, faz um voto ao Senhor, mas tudo não passou do “impacto”.
Vamos ver que, durante vinte anos, Jacó, em Padã-Arã, permanece completamente alienado de Deus.

- Avivamento não é somente “impacto”, “emoção”, “frenesi”, não confundamos as coisas.

- Só vinte anos depois, quando Jacó já tinha doze filhos (onze homens e uma mulher), o Senhor vai
aparecer a Jacó, mandando que ele retornasse a Canaã (Gn.31:3), identificando-se como o Deus de
Betel.

- Temos aqui um chamado divino ao arrependimento, à conversão do patriarca, que passara o tempo todo
completamente alheio à promessa que tanto perseguira quando ainda na casa de seu pai.

- Vemos, então, como o cuidado com as coisas desta vida faz-nos sufocar completamente os propósitos
divinos em nossa vida, ainda que Deus estivesse, apesar da alienação do patriarca, executando o Seu plano.

- No entanto, no momento oportuno, o Senhor retira estes “espinhais” da vida espiritual de Jacó (Cf. Mt.13:22)
e entra com um avivamento espiritual, com uma renovação espiritual ao patriarca.

- Diante deste chamado, Jacó convocou suas duas mulheres, relatou o sonho que tivera e, então, resolveu
retornar a Canaã.

- Este retorno a Canaã, entretanto, não se fazia conforme a vontade divina.

- Não havia ainda um quebrantamento, o necessário arrependimento dos pecados cometidos.

- Se Jacó vê os anjos de Deus no seu retorno (Gn.32:1,2), a mostrar que estava a fazer o que Deus queria dele,
não é menos verdadeiro que deveria haver a necessária conversão.

- E isto começa a acontecer no vau de Jaboque, quando Jacó, tendo sabido que seu irmão Esaú lhe vinha ao
encontro, passou toda a noite lutando com um anjo que lhe aparece, onde, então, confessou que era “Jacó”, ou
seja, o “suplantador”, aquele que havia, mediante enganos, vivido durante todos aqueles vinte anos (Gn.32:22-
32).

- Tem, então, seu nome mudado para “Israel” (Gn.32:28), passando, então, a manquejar da sua coxa, como
marca desta sua conversão. A propósito, salientemos que os patriarcas todos terão os nomes dados por Deus.
Abrão teve seu nome mudado para Abraão (Gn.17:5); Isaque teve seu nome dado por Deus antes mesmo de
sua concepção (Gn.17:19) e Jacó teve seu nome mudado para Israel (Gn.32:28). Os patriarcas eram
“propriedade de Deus”.

- Israel, então, reconcilia-se com seu irmão Esaú, parte para Sucote e, depois, levanta um altar em Siquém
(Gn.33:17,18).

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus
- Se a edificação de um altar mostra a sua nova espiritualidade, o fato é que Deus lhe havia mandado edificar
um altar em Betel.

- Estava, assim, fora do lugar pretendido por Deus e o resultado disto não poderia ser outro senão o
surgimento de problemas. Ali, Diná, sua única filha, peca com Siquém, filho de Hamor e o resultado disto é a
matança promovida pelos filhos de Israel, Levi e Simeão, que exterminaram os siquemitas, obrigando Jacó a
sair dali e partir para Betel (Gn.34).

- Em Betel, depois de remover todos os ídolos de sua casa (Gn.35:2-7), Jacó edifica um altar ao Senhor
e aí, sim, temos um verdadeiro avivamento espiritual, pois o patriarca não só remove a idolatria de sua
família, como obedece ao Senhor.

- Temos aqui o arrependimento absolutamente necessário para que se tenha uma vida espiritual abundante.

- Veja que, ao ter edificado altar em Betel, é dito que o Senhor apareceu outra vez a Jacó e o abençoou
(Gn.35:9).

- E, nesta bênção, o Senhor Se identifica como “o Deus Todo-Poderoso” (Gn.35:9), a forma como Se
identificava com os patriarcas, denotando o atingimento da plena comunhão entre Ele e o pai da nação israelita.

- Israel passou, então, a desfrutar de uma íntima comunhão com o Senhor, ainda que tenha sofrido com
a suposta perda de seu filho predileto José, que, durante anos, achou tivesse morrido.

- No entanto, quando fica a saber de que José era governador do Egito, não se atreveu ir para lá antes que o
próprio Deus o determinasse (Gn.46:1-3).

- Mesmo tendo revivido seu espírito ao saber que seu filho José estava vivo (Gn.45:27), o patriarca mostrou
bem sua condição espiritual, aguardando a orientação divina, pois seu propósito na terra era o de formar a
grande nação como o Senhor dissera a Abraão.

- Jacó vai para o Egito, mas estava a buscar, também, a pátria celestial (Cf. Hb.11:9,13-16; Cl.3:1-3).

- Era este também o propósito de José que, mesmo sendo governador do Egito, fez seus irmãos jurarem que
levariam seus ossos para Canaã, porque tinha bem compreendido que fora instrumento de Deus para a
formação da grande nação prometida a Abraão (Gn.50:19,20,24,25).

- Este mesmo sentimento, certamente, passou a ser compartilhado pelos demais filhos de Israel, mas,
com o tempo, foi arrefecendo entre os israelitas que, muito bem instalados na terra de Gósen, no Egito
(Gn.47:6,11), passaram a não mais desejar retornar a Canaã, inclusive perigosamente se envolvendo com a
cultura egípcia, então a mais avançada do mundo (Ez.20:6-8).

- Por isso, necessário foi que o povo passasse a sofrer opressão no Egito para desejar sair de lá, o que os
obrigaria a um novo avivamento espiritual que, ainda que se desse ainda na dispensação patriarcal, não será
objeto aqui deste artigo, que se prendeu tão somente à vida dos patriarcas.

- De qualquer forma, como o Senhor já dissera a Abrão, o arrefecimento espiritual começou com uma
ida ao Egito e terminaria com o desejo de permanência ali, num período de quatrocentos anos
(Gn.15:13), para que, enfim, os filhos de Israel soubessem que há um único e verdadeiro Deus e que os deuses
egípcios nada mais eram que fruto da imaginação humana (Ex.12:12; Nm.33:3,4).

- Os avivamentos espirituais da dispensação patriarcal tiveram, por objetivo, tirarem o “Egito” dos
filhos de Israel e não é por outro motivo que é assim que Deus Se apresenta no monte Sinai quando vai selar
com eles o pacto da lei, como o Deus que os havia tirado da terra do Egito, da casa da servidão (Ex.20:2).

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)
1º Trim. de 2023: AVIVA A TUA OBRA - O chamado das Escrituras ao
quebrantamento e ao poder de Deus

- Até hoje, os avivamentos espirituais têm o condão de nos fazer “povo santo”, de nos tirar do mundo, que
está no maligno, de que o Egito é a figura mais emblemática.

- Temos correspondido, como os patriarcas, a este chamado divino? Temos não só nos desvencilhado do Egito
e passarmos a ter como alvo a pátria celestial? Pensemos nisto!

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Pr. Caramuru Afonso Francisco

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br


Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do Ensino Bíblico – Banco
do Brasil Ag. 1815-5 c/c 135720-4 – CNPJ 05.693.826-0001-05 (PIX)

Você também pode gostar