Você está na página 1de 13

apostila

do aluno

BIBLICO
Caro Aluno(a),

AS
ND
VI
AS
BO
DE
TO
EX
T
SUMÁRIO

R
IA
AL
AV
en passant,
A Bíblia cristã é realmente um livro muito conhecido. Na antiguidade, há mais
de dois mil anos, ela era quase que ‘’esculpida’’ e tinha seu texto registrado
em tábuas de argilas, madeiras e até em pedra. Depois, com a evolução das
técnicas da escrita, passou a ser copiada a mão em papiros, pergaminhos (os
famosos rolos de peles de animais), até que em meados do século XV, com o
advento da imprensa, ela passou a ser prensada e distribuídas às dezenas,
centenas, milhares e, hoje em dia, aos milhões de cópias.

Se por devoção ou curiosidade, a Bíblia é uma compilação de textos de vários


autores diferentes que viveram nas mais diversas épocas históricas e tinham
as mais variadas posições sociais, econômicas e culturais, tornou-se, ao
longo dos anos, um livro imbatível em números de vendas. No fim dos anos 90
fizeram uma estatística com a quantidade de Bíblias existentes no mundo. E o
que descobriram? Se todas as Bíblias impressas até hoje fossem colocadas
lado a lado daria para fazer uma estrada cujo comprimento chegaria a três
vezes de distância da Terra à Lua (384.400 km).

A Bíblia, além de ser o livro mais lido do mundo, é também o que conta com o
maior número de traduções. Atualmente, existem 6.528 línguas no mundo, e a
Bíblia completa já foi traduzida para 4% dessas línguas. Ou seja, para 260
línguas. É claro que ainda faltam muitas línguas para receber a Bíblia
integralmente, mas o que se tem hoje é algo de se impressionar
A Bíblia é um mundo maravilhoso, cheio de histórias, poemas, profecias,
promessas, bênçãos, palavras inspiradoras e alertas. Muitos alertas. Na Bíblia
temos a oportunidade de ler os erros e os acertos de vários homens e
mulheres de Deus e aprender com eles.
UMA APRESENTAÇÃO SOBRE A
HISTÓRIA DA BÍBLIA

Uma composição de livros que reúne os mais variados estilos literários, como
a poesia, a profecia, a história e a literatura da sabedoria, a Bíblia é um livro
especial, pois é a palavra de Deus (Salmo 119.89/ 2Pedro 1.21). Ou seja, é o
registro da revelação de Deus ao ser humano de todas as épocas (Mateus
24.35/ 1Pedro 1.25).

Autoridade suprema em matéria de religião, a Bíblia é utilizada por vários


grupos religiosos como protestantes, católicos e judeus. A palavra Bíblia
chegou até nós por meio da palavra grega ‘’biblion’’, que quer dizer ‘’livros’’;
depois passou pelo latim e finalmente entrou para as línguas modernas por
intermédio do francês.

A palavra ‘’biblos’’ serviu inclusive para batizar uma cidade, que fica às
margens do mar Mediterrâneo. Nessa cidade havia um porto sírio de onde os
papiros eram embarcados para todo o Mundo Antigo que os usava.
Além disso, ‘’biblos’’ era o nome de entrecasca do papiro, planta usada para a
escrita. Vale lembrar que essa palavra aparece em Marcos 12.26 e é traduzida
como ‘’livros’’. Desde o século II a.C. as Escrituras já eram conhecidas como
‘’Bíblia’’.

O Papiro Bodmer XIV-XV, o texto mais antigo do Novo Testamento.


Atualmente, a Bíblia é uma reunião ou compilação de livros que foram
escritos por mais de 40 autores diferentes, que pertenciam às mais diversas
classes sociais e culturais. Alguns deles foram reis, outros sacerdotes,
profetas e até mesmo simples pescadores. Esses homes e mulheres, através
dos mais diversos gêneros literários, como histórias, biografias, leis, hinos,
canções, provérbios, cartas, sermões, profecias e visões, mostram como Deus
desejava se relacionar com as pessoas, contando, a partir da sua maneira de
olhar o mundo e entender a manifestação de Deus na história individual e
nacional, a saga do seu povo desde o tempo mais antigo.

curiosidade
OS LIVROS MAIS VENDIDOS DOS ÚLTIMOS 50 ANOS:

1 - A BÍBLIA SAGRADA: 3.9 BILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS


2 - O LIVRO VERMELHO - MAO TSÉ TUNG: 820 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
3 - HARRY POTTER - J. K ROWLING: 400 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
4 - O SENHOR DOS ANÉIS - J. R. R. TOLKIEN: 103 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
5 - O ALQUIMISTA - PAULO COELHO: 65 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
6 - O CÓDIGO DA VINCI - DAN BROWN: 57 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
7 - SAGA CREPÚSCULO - STEPHANIE MEYER: 43 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
8 - E O VENTO LEVOU... - MARGARETT MITCHELL: 33 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
9 - THINK AND GROW RICH - NAPOLEON HILL: 30 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
10 - O DIÁRIO DE ANNE FRANK - ANNE FRANK: 27 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS
UM LIVRO DE MUITOS NOMES

Com o passar do tempo e da história, a Bíblia ganhou vários sinônimos. Ela já


foi conhecida como Lei. É assim que o Antigo Testamento se refere a ele
mesmo. Em hebraico, a palavra ‘’lei’’ é ‘’torah’’. Os cincos primeiros livros da
Bíblia repetidas vezes utilizaram-se dessas palavras para se referir ao
conjunto de leis divinas (Êxodo 20/ Deuteronômio 28 e 29).

Seu outro nome é Escritura, nome pelo qual o Novo Testamento faz referência
ao Antigo Testamento (Mateus 21.42; 22.29/ Lucas 4.21/ Romanos 1.2).

A Bíblia também é conhecida como Lei e Profetas, nome pelo qual Jesus
chamou o antigo Testamento, a Bíblia da sua época (Mateus 22.40; 26.56/
Lucas 16.16/ João 1.45).

Finalmente, a Bíblia também é conhecida como Testamento, que vem da


palavra latina ‘’testamentum’’, um correspondente do grego ‘’diateke’’, que
significa ‘’aliança ou pacto’’ (Lucas 22.20/2Coríntios 3.6-14/ Hebreus 7.22).
Aqui vale uma observação: foi só a partir do século III d.C. que a palavra Bíblia
passou a se referir tanto ao Antigo quanto ao Novo Testamento.

Hoje em dia ouve-se também chamar a Bíblia de Cânon, uma palavra grega que
significa ‘’régua, vara de medir’’. Dessa forma, quando chamamos nossa Bíblia
de Cânon, dizemos que ela é a régua para medir nosso crescimento espiritual
e a vara que mede, conduze dirige nossos padrões de conduta e fé.
QUEM ESCREVEU A BÍBLIA

A Bíblia foi escrita por tipos distintos de pessoas, culturas, modo de viver e
personalidades sem que essas características fossem desprezadas. Porém
todos sendo direcionados que escrevessem o que Deus queria transmitir ao
mundo. (Êxodo 17.14; 24.4/Isaias 30.8/Jeremias30.2; 36.1-2/Apocalipse 1.9-11).

A autoria da Bíblia já deu muita discussão entre os especialistas. Até a Idade


Média, o consenso geral era de que Moisés havia escrito, por exemplo o
Pentateuco. Mas um judeu de nome Spinoza, junto com outros críticos judeus,
começou a analisar o texto bíblico do Antigo Testamento no original, em
língua hebraica, e constataram a autoria mosaica. No meio de todo esse
reboliço, surge o livro ‘’As Memórias das quais Moisés se serviu para escrever
o Pentateuco’’, no qual o autor assume a posição de que Moisés usou várias
fontes para escrever o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia.

Segundo esse livro, em todo o Pentateuco, o nome de Deus aparece escrito de


formas diferentes, ora aparece com ‘’Elohim’’ e ora com ‘’Javé’’. Se você tem
uma Bíblia perto de você, perceba, por exemplo, que em Gênesis 1, toda vez
que o texto se refere a Deus ele usa a palavra ‘’Deus’’ (hebraico: Elohim). Isso
não acontece no capítulo 2 de Gênesis, quando Deus é chamado de ‘’Senhor’’
(hebraico: Javé). Outra coisa observada por esse estudioso foi a questão
literária e redacional desse conjunto de livros. De todas essas observações
surgiu a segunda teoria de autoria do Pentateuco, a ‘’Teoria das Fontes’’.

Permanecendo em vigor por 100 anos, a ‘’Teoria das Fontes’’ defendia que o
Pentateuco teria sido escrito por quatro escritores diferentes que viveram em
épocas diferentes. Como ninguém sabe quais foram os nomes exatos desses
quatro autores, convencionou-se chamá-los de ‘’Javistas’’ (porque escreveram
textos onde o nome de Deus aparece como Javé).
‘’Eloístas’’ (porque escreveram textos onde o nome de Deus aparece como
Elohim), ‘’Sacerdotais’’ (que foram textos escritos por sacerdotes) e
‘’Deuteronomistas’’ (autores do livro de Deuteronômio).

Diante dessa teoria, muitos estudos foram feitos. Mas, em 1977, os


estudiosos, já exaustos de tanta discussão e não-concordância provocadas
pela falta de consenso sobre a datação das fontes do Pentateuco, dos seus
autores e dos seus contextos vitais, elaboram a ‘’Teoria Histórico-Social’’, que
passou a dar ênfase à reconstrução da sociedade. Ou seja, ao invés de apenas
querer data o texto pelos indicativos textuais- como o nome de Deus- ela
passa a dar maiores ênfase ao lado histórico (cenário, cultura).

Hoje, no século XXI, começa-se a pensar um pouco mais diferente. Pensa-se,


por exemplo, que o Pentateuco é um livro religioso que utiliza vários gêneros
literários (obras histórica, teológicas e jurídicas de Israel) para contar sua
história.

Apesar de todos esses estudos e discussões, a autoria Mosaica não foi


abandonada totalmente. Ela não foi descartada de todo. Frederic Clarke
Putnam, professor de Antigo Testamento do Seminário Bíblico Teológico
Hatfield, na Pensilvânia, num artigo publicado em uma das mais importantes
revistas de Arqueologia Bíblica da atualidade, disse que Moisés possivelmente
escreveu partes do Pentateuco e o Salmo 90. Uma das partes do Pentateuco
apontada como Mosaica é Deuteronômio 31.9, que diz: ‘’Moisés escreveu esta
lei, e a entregou aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca do pacto
do Senhor, e a todos os anciãos de Israel.
OS MATERIAS USADOS PARA A
ESCRITA DA BÍBLIA
Na época antiga, quando a Bíblia estava sendo escrita, ainda não havia o
papel que hoje conhecemos. Então para escrever os manuscritos originais-
também chamados de ‘’autógrafos’’ – que compõem a Bíblia, os autores –
também chamados de hagiógrafos – utilizaram os materiais disponíveis da
época.

O primeiro material utilizado foi a pedra. Aliás, muitas inscrições famosas


encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Você deve
conhecer ou até mesmo já deve ter visto uma foto das pirâmides egípcias
onde foram gravados vários sinais (os famosos hieróglifos), que funcionavam
como letras. Na Bíblia está registrado que Deus deu a Moisés os Dez
Mandamentos escritos em tábuas de pedra (Êxodo 31.18/34.1;28). Dois outros
exemplos famosos de inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias,
junto ao tanque de Siloé (700 a.C).

Pedra do túnel de Ezequias com escrito em hebraico antigo


Outro material muito usado foi a argila. Ela era o material de escrita mais
comum na Assíria e Babilônia.

Para escrever sobre a argila, os escritores preparavam pequenos tabletes e


imprensavam nele símbolos em forma de cunha (escrita cuneiforme). Depois,
os tabletes de argila eram assados em um forno ou secos ao sol. No século
XIX, milhares desses tabletes foram encontrados pelos arqueólogos e
revelaram um mundo fascinante, que inclusive nos ajuda a compreender
muito a cultura e religião dos povos que viviam próximos a Israel.

Escritura Cuneiroforme Gilgamesh – placa da argila da grande inundação


de épico. Século 7 a.C
A tábua de madeira foi outro material bastante usado pelos escribas. Durante
muitos séculos a medira foi a superfície comum para escrever entre os
gregos. Alguns acreditam que esse tipo de material é mencionado em Isaías
30.8, Habacuque 2.2 e Lucas 1.63.

O couro foi outro material utilizado para escrever a Bíblia. O Talmude judeu,
por exemplo, exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre
a peles de animais, ou seja, sobre o couro. Para escrever sobre o couro, os
escritores faziam rolos, costurando juntas as peles, de até 30 metros. Nos
rolos, que podiam ter entre 26 e 70 cm de altura, o couro era enrolado em um
ou dois pedaços de pau.

O papiro também foi usado para a escrita da Bíblia. O Novo Testamento, por
exemplo, teve muitos livros escritos sobre o papiro, o material de escrita
mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras pedaços
delgados de cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e
depois sobrepondo-as umas às outras para formar folhas. Uma camada de
tiras era colocada por sobre a primeira, e depois as punham numa prensa a
fim de aderirem umas às outras. As folhas tinham de 15 a 38 cm de altura e de
8 a 23 cm de largura.

Por último, utilizou-se o pergaminho, que começou a predominar mediante os


esforços do rei Eumenes II, de Pérgamo (197-158 a.C.). Este rei queria formar
uma biblioteca, e como o rei do Egito cortou o seu suprimento de papiro, ele
foi obrigado a desenvolver um novo material para a escrita. E assim surgiu o
velino ou pergaminho. Na realidade, o velino era preparado com a pele de
bezerros e antílopes; e o pergaminho, com pele de ovelhas e cabras.

Esses materiais fizeram realmente uma revolução na escrita, pois passou-se a


escrever de ambos os lados, como fazemos hoje com o nosso papel. O
pergaminho foi utilizado centenas de anos ante de Cristo e por volta do século
IV depois de Cristo suplantou o papiro.
O POR QUE FOI IMPORTANTE
ESCREVER A BÍBLIA
Por ser um livro único e múltiplo ao mesmo tempo, várias razões podem ser
apontadas para a escrita da Bíblia. Como a teologia parte dos testemunhos
dos autores bíblicos sobre suas experiências com Deus, nossa resposta a essa
pergunta precisa iniciar com a visão desses mesmos autores sobre o assunto.

Para eles, entre muitas razões para se produzir a Bíblia, ala foi escrita tanto
para mostrar ao homem quem Deus é como para revelar qual a sua vontade.
Ou seja, ao registrar a sua Palavra num livro, Deus queria preserva para todos
os tempos sua vontade e seu desejo para todos os homens. Queria que todos
soubessem quem Ele realmente era, o quanto Ele queria levar os pecadores ao
arrependimento e à salvação.

Outro motivo para a escrita da Bíblia seria o desejo de ser ter um instrumento
que pudesse facilitar a união entre o homem e Deus. Assim, a Bíblia, como
Palavra de Deus, é mais uma maneira encontrada pelo Criador para que os
homens pudessem ser impactados com testemunhos do que Deus foi, é e será
capaz de fazer pelo homem.

Um terceiro motivo é contar a história da redenção humana através de Cristo.


Sem sombra de dúvidas, Jesus Cristo é o mais importante personagem citado
na Bíblia. Afinal, é por Ele que os homens chagam à redenção e a uma reunião
com o Criador (João 14:6/ Mateus 11:25/ Atos 4:11-12). É por isso que, para os
cristãos, a Bíblia deve ser interpretada à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus
Cristo (João 5:39-40).

Você também pode gostar