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Permanecendo em vigor por 100 anos, a “Teoria das Fontes’’ defendia que o
Pentateuco teria sido escrito por quatro escritores diferentes que viveram em
épocas diferentes. Como ninguém sabe quais foram os nomes exatos desses
quatro autores, convencionou-se chamá-los de “Javistas’’ (porque escreveram
textos onde o nome de Deus aparece como Javé). “Eloístas’’ (porque
escreveram textos onde o nome de Deus aparece como Elohim), “Sacerdotais’’
(que foram textos escritos por sacerdotes) e “Deuteronomistas’’ (autores do livro
de Deuteronômio).
Diante dessa teoria, muitos estudos foram feitos. Mas, em 1977, os estudiosos,
já exaustos de tanta discussão e não-concordância provocadas pela falta de
consenso sobre a datação das fontes do Pentateuco, dos seus autores e dos
seus contextos vitais, elaboram a “Teoria Histórico-Social’’, que passou a dar
ênfase à reconstrução da sociedade. Ou seja, ao invés de apenas querer data o
texto pelos indicativos textuais - como o nome de Deus - ela passa a dar maiores
ênfase ao lado histórico (cenário, cultura).
INSPIRAÇÃO
A revelação de Deus foi captada nos textos das Escrituras por meio da
“inspiração”. “Toda a Escritura é inspirada por Deus [...]” (2Tm 3:16) faz a
afirmação. Pedro explica o processo: “[...] saibam que nenhuma profecia da
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Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na
vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, conduzidos pelo
Espírito Santo” (2Pe 1:20-21). Assim, a Palavra de Deus foi protegida do erro
humano em seu registro original pela ação do Espírito Santo (cf. Dt 18:18; Mt
1:22). Um trecho de Zacarias 7:12 descreve isso com mais clareza: “[...] a Lei e
as palavras que o SENHOR dos Exércitos tinha falado, pelo seu Espírito, por
meio dos antigos profetas”. Essa ação do Espírito Santo se estendeu tanto às
palavras como ao todo nos escritos originais
Teoria dinâmica. Esse ponto de vista afirma que Deus deu impressões ou
conceitos definidos e específicos aos autores bíblicos, mas permitiu que os
autores comunicassem esses conceitos em suas próprias palavras. Ou seja, a
fraseologia exata da Escritura se deve à escolha humana, enquanto o principal
sentido do conteúdo é determinado por Deus.
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Teoria de ditado. Esse ponto de vista afirma que Deus ditou as palavras exatas
aos autores humanos. Os autores da Escritura não exerceram nenhuma vontade
humana na composição de seus escritos.
Moisés: foi o autor dos cinco primeiros livros da bíblia. São eles: Gênesis,
Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio. Também inclui o Salmo 90 como
autoria de Moisés.
Davi: homem segundo o coração de Deus. Davi escreveu a maioria dos livros
de Salmos.
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Neemias: Escreveu o livro que leva seu nome, Neemias*.
Filhos de Corá, Etã, Asafe e seus descendentes foram autores de vários livros
de Salmos.
Mateus: foi confirmado que o apostolo Mateus foi o autor do primeiro evangélico
do novo testamento.
João Marcos: foi o autor do segundo evangelho que leva o respectivo nome.
Lucas: O médico amado, assim chamado pelo apóstolo Paulo. Lucas escreveu
o terceiro evangelho que leva seu respectivo nome. E também escreveu o livro
de Atos dos apóstolos que é uma sequência natural do evangelho de Lucas.
João: Escreveu o quarto evangelho que leva seu respectivo nome. Além desse,
também escreveu as três epístolas de 1 João, 2 João, 3 João e o último livro da
bíblia chamado de Apocalipse**.
Paulo: Chamado de Saulo de Tarso. Ele escreveu a maioria dos livros do novo
testamento, sendo ao todo 13 epístolas. São eles: Romanos, 1 e 2 Coríntios,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo,
Tito, Filemom.
Pedro: O apóstolo Pedro escreveu duas epístolas que levam seu nome, 1 e 2
Pedro.
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Tiago: Também chamado de irmão de Jesus Cristo. É atribuída a autoria de
Tiago o livro que leva seu respectivo nome.
Autor desconhecido: O livro de Hebreus não se sabe ao certo que foi o seu
verdadeiro autor.
NOTA
* De fato, desde muito cedo os livros de Esdras e Neemias têm sido considerados como sendo
um único livro. Dessa forma, parte da tradição judaico-cristã acredita que quem escreveu o livro
de Neemias — ou parte dele — realmente foi o mesmo autor do livro de Esdras. É dessa forma,
por exemplo, que o Talmude atribui a Esdras a autoria principal do livro de Neemias; tendo
também o próprio Neemias como alguém que completou os registros.
** O debate sobre a autoria do livro do livro do Apocalipse vem desde muito cedo. Já no século
3 d.C., por exemplo, Dionísio de Alexandria defendeu que o escritor do Apocalipse é outro João
e não o discípulo de Jesus. O importante historiador Eusébio também adotou a mesma
interpretação. Por outro lado, quem defende que o autor do livro do Apocalipse realmente foi
João, o apóstolo de Jesus.
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a época antiga, quando a Bíblia estava sendo escrita, ainda não havia
o papel que hoje conhecemos. Então para escrever os manuscritos
originais - também chamados de “autógrafos’’ – que compõem a Bíblia,
os autores – também chamados de hagiógrafos – utilizaram os materiais
disponíveis da época.
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Outro material muito usado foi a
argila. Ela era o material de
escrita mais comum na Assíria e
Babilônia.
A tábua de madeira foi outro material bastante usado pelos escribas. Durante
muitos séculos a medira foi a superfície comum para escrever entre os gregos.
Alguns acreditam que esse tipo de material é mencionado em Isaías 30.8 e
Habacuque 2.2.
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processos judiciais, e entre os gregos, como “cédula” de votação para cargos
públicos e outras decisões.
O papiro também foi usado para a escrita da Bíblia. O Novo Testamento, por
exemplo, teve muitos livros escritos sobre o papiro, o material de escrita mais
importante na época.
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