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1
Em hebraico, ( יהדות משיחייתyahadut meshichiit);
A Comunidade Judaica nos Tempos da Brit
Chadashah
2
REICKE, Bo. História do tempo novo testamento. São Paulo: Paulus, 1996.
3
Arquelau é deposto por Augusto no ano 6 a.C.A Judéia, Samaria e Iduméia passam a ser governadas
diretamente por procuradores romanos. A capital da província passa a ser Cezaréa. REICKE, Bo.
História do tempo do novo testamento. São Paulo: Paulus, 1996.
4
Etnarca significa aquele que governa uma etnia, exerce funções administrativas e judiciárias.
5
Construiu no ano 17 a.C. a capital de sua tetrarquia às margens do lago Genezaré e chama-o de
Tiberíades em homenagem ao imperador Tibério.
6
Encyclopaedia Judaica Jerusalem, Vol. 8 pp. 635-638
O poder efetivo estava nas mãos dos romanos, mas em geral estes
respeitavam a autonomia interna das suas colônias. O sumo-
sacerdote tinha o poder de gerir questões internas, através da Lei
Judaica; este, porém, era nomeado e destituído pelo imperador
romano. O centro do poder dessa região era a cidade de Jerusalém,
local em que ficava o Templo, de onde governava o sumo-sacerdote
assessorado por um Sinédrio de 71 membros, composto de
sacerdotes, anciãos e escribas.
7
REICKE, Bo. História do tempo do novo testamento. São Paulo: Paulus, 1996.
Comunidade Judaica Crente em Yeshua
8
Atos 15:21
Nomeações Dadas aos Crentes em Yeshua
9
Atos 24:5
10
Atos 24:14
Antes de Shaul (Paulo) reconhecer que Yeshua é o Mashiach,
perseguia os discípulos do Salvador, conhecidos também como
membros “do Caminho”:
11
Atos 9:2
12
Vide At 9:2, 24:5,14 e 19:9,23;
Da mesma maneira, a expressão “os do Caminho” é uma referência
direta ao dito de Yeshua, “Eu sou o Caminho, a Verdade e a
Vida”13. Demonstrando que os discípulos seguiam os ditames da
vida que Yeshua viveu, exatamente conforme os padrões
estabelecidos por D’us na Sua Torah.
13
João 14:6
14
Em grego, χριστιανους (cristianos);
15
Atos 11:26
16
Nazarene Jewish Christianity, The Magnes Press, The Hebrew University, 1992, páginas 15 a 17
“O sucessor na direção da Kehilah [Congregação] é, junto com os
apóstolos, Tiago, o irmão do Senhor. Todos dão-lhe o sobrenome
de ‘Justo’, desde os tempos do Senhor até os nossos, pois eram
muitos os que se chamavam Tiago. Mas somente este foi santo
desde o ventre de sua mãe. Não bebeu vinho nem bebida
fermentada, não comeu carne; sobre sua cabeça não passou
tesoura nem navalha.”17
18
Atos 21:20
19
Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica, Livro II, 23:12-18
Após a morte de Yaakov, irmão do Salvador, os Apóstolos se
reuniram com o objetivo de escolher o novo líder, sendo eleito
Shimon (Simeão), primo de Yeshua HaMashiach.
20
História Eclesiástica, Livro III, 32:2
o primeiro. O primeiro, pois, foi Yaakov [Tiago], o chamado
irmão do Senhor; depois dele o segundo foi Shimon [Simeão]; o
terceiro, Tsadik [Justo]; o quarto, Zakai [Zaqueu]; o quinto,
Tobit [Tobias]; o sexto, Biniamim [Benjamim]; o sétimo,
Yochanan [João]; o oitavo, Matiá [Matias]; o nono, Felipe; o
décimo, Sêneca; o décimo primeiro, Tsadik [Justo]; o décimo
segundo, Levi; o décimo terceiro, Efrayim [Efraim]; Yossef
[José] o décimo quarto e, depois de todos, o décimo quinto,
Yehudá [Judá]. Estes foram os anciãos [bispos] da cidade de
Jerusalém, desde os apóstolos até o tempo de que estamos falando,
e todos oriundos da circuncisão.”21
21
História Eclesiástica, Livro VI, 5:3
22
Nesta obra, o termo “igreja” é utilizado para o sistema religioso propagador das doutrinas clássicas
cristãs;
REALIDADE FALÁCIA
23
Carta da comunidade romana à comunidade de Corinto, onde um “golpe” liderado pela liderança
mais jovem expulsou os mais velhos. A comunidade de Roma protesta contra o acontecido. Tema
principal: fim das disputas, restauração da harmonia.
24
1Clemente 59:3-61:3
25
Isto é, um documento que professa Yeshua (Yeshua) como Messias;
estrutura principal em nada seria afetada. Teríamos então um
texto bastante característico do judaísmo da Diáspora, tanto no
estilo quanto no conteúdo. 1Clemente é um documento com indícios
muito fortes da positividade quanto à identidade judaica.
Mártires de Lyon
“(...) suspensa por uma estaca, ali jazia como alimento para as
feras soltas em sua direção. Só de vê-la pendurada de través em
fervente oração enchiam-se de entusiasmo aqueles [outros
mártires] que contendiam. Pois em seu conflito contemplavam
com os olhos externos, sob a forma de sua irmã, àquele que fora
crucificado por eles (...) E como nenhuma das bestas a tocavam,
tiraram-na da estaca e a lançaram novamente na prisão (...)
para que assim fosse capaz de suportar outras disputas, e assim
tornar irrevogável a sentença proferida contra a serpente iníqua,
e encorajar os irmãos – ela, a pequenina, a frágil, a desprezada,
que fizera do Messias um campeão altivo e invencível e que, em
várias oportunidades, subjugou o adversário e, em meio ao
conflito, foi coroada com a coroa da incorruptibilidade.”27
Desse modo, Blandina teve de ser levada pela segunda vez à arena:
28
História Eclesiástica 5.1.53-56
29
À Sombra do Templo, p. 243;
30
Nessa análise, veja de perto a Frend, Martyrdim and persecution;
rompante de indignação diz: “Como podem eles devorar crianças
se estão proibidos de tomar o sangue até mesmo das feras mais
selvagens?”. Isso indica claramente que a comunidade de Lyon
observava os decretos no tocante à carne preparada da forma
kasheRabi Como Frend muito bem observa, “surge então a
pergunta: onde é que os crentes conseguiam carne? A única
resposta possível é que eles a obtinham de um mercado kasher
estabelecido pelos judeus, o que, por sua vez, revela a existência de
um contato pessoal muito próximo entre judeus e crentes na
cidade. Em Lyon (...) os judeus não são citados como inimigos da
comunidade.”31
Testemunho de Epifânio
31
Frend, Martyrdim and persecution, p. 18;
[referindo-se à Lei de Moisés] ... Eles são diferentes dos judeus e
diferentes dos cristãos, apenas no seguinte: eles discordam dos
judeus porque chegaram à fé no Messias; mas são distintos dos
verdadeiros cristãos porque praticam os ritos judaicos da
circuncisão, a guarda do sábado, e outros.”32
32
En Contra de las Herejías, Panarion 29, 7
33
João 3:1-2
Este mesmo Nakdimon é identificado com o Nakdimon Ben Gurion
mencionado nas referências Guitin 56a, Avodah Zarah 25a,
Taanit 19b-20a, Ketubot 66b, Avot D’Rabi Natan 6:3, Bereshit
Rabah 42:1, Pirke D’Rabi Eliezer 2:1-2, Eichah Rabah 1:31,
Kohelet Rabah 7.11.1, Yalkut Shimoni 809:3, Pessikta Rabati
29:1.
34
Taanit 20a
35
Ketubot 66b
2. Yaakov Ish K’far Sechanya
Em outra ocasião, Yaacov foi curar Rabi Eleazar ben Dama de uma
picada mortífera de uma serpente em nome de Yeshua, mas seu tio,
Rabi Ishmael, não quis permitir. Yaacov disse-lhe: Rabi Ishmael,
meu irmão, deixe-me curá-lo e Eu vou provar para você a partir da
Torá, que é permitido. Mas Rabi Ishmael e Rabi Eleazar estava
decididos. Enquanto isso, o paciente morreu e seu tio lamuriou o
cadáver com estas palavras: "Feliz és tu Ben Dama que teu corpo
é puro e tua alma partiu em pureza, como tu não transgrediu as
palavras de seus colegas"39.
36
“Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do Eterno teu D’us por
qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao Eterno teu D’us.”
37
“porque pela paga de prostituta os ajuntou, e para a paga de prostituta voltarão.”
38
Avodah Zarah 17a
39
Avodah Zarah 27b
uma certa “seita”. Esses cristãos-judeus40, originalmente o grupo
central da Primeira Comunidade41, foram inicialmente declarados
ortodoxos, mas depois foram excluídos e denunciados. Alguns
subgrupos cristãos-judeus, como os ebionitas42, foram
considerados como tendo crenças não-ortodoxas, particularmente
em relação às suas opiniões sobre a divindade do Messias e os
convertidos gentios. Os “nazarenos”, mantendo a ortodoxia, exceto
em sua adesão à lei judaica, não eram considerados heréticos até o
domínio da ortodoxia no século IV. Os ebionitas eram um grupo
dissidente dos “nazarenos”, com divergências sobre cristologia e
cânon. Após a condenação dos “nazarenos” e dos ebionitas, o
termo “ebionita” foi frequentemente usado como pejorativo geral
para todas as “heresias” relacionadas.
40
Sabe-se que conceitualmente, hoje, esse termo constitui-se impreciso. Porém, é utilizado nessa obra
por manutenção da forma como os judeus crentes em Yeshua eram chamados nesta época;
41
Crentes em Yeshua cuja organização e atividade está registrada no Livro do Atos Apostólicos;
42
Em hebraico, ( אביוניםevionim – “pobres”), é um termo patrístico que se refere a um movimento
“cristão-judaico” que existia durante os primeiros séculos da era comum. É mister ressaltar que estes
não eram os verdadeiros herdeiros da fé e vivência judaica que a Primeira Comunidade possuía. Era
um grupo que consideravam Yeshua de Nazaré como o Messias, enquanto rejeitavam sua divindade
e seu nascimento virginal e insistiam na necessidade de seguir a lei e os ritos judaicos. Eles usavam
apenas um dos evangelhos judaico-cristãos, o Livro Hebraico de Mateus, começando no capítulo três;
reverenciado Tiago, o irmão de Yeshua (Tiago, o Justo); e rejeitando Paulo, o apóstolo, como apóstata
da Torah. Seu nome sugere que eles atribuíram um valor especial à pobreza voluntária.
43
Na messianidade de Yeshua;
44
Termo também utilizado nos meios acadêmicos;
gentílico permaneceu o único fio da ortodoxia e se impôs aos
santuários cristãos anteriormente judaicos, assumindo o controle
total dessas casas de culto até o final do século V.
Período Pós-Talmúdico45
45
Ou, na história secular, refere-se ao período de ascensão do Islamismo;
46
Período rabínico que consiste desde a conquista árabe de Israel em 637 d.e.c, até a morte de Rav
Hai Gaon e a decadência das Yeshivot (Escolas Rabínicas) da Babilônia em 1038 d.e.c..
47
Em port., “Fé dos Antepassados”;
48
Ou como era conhecido, Abbas Samuel Abbu Nasr Ibn;
“O Profeta Amós menciona um quarto crime (2:649) sobre a
venda do Único Justo por moedas de prata, pelo qual estamos em
nosso cativeiro. Parece-me de maneira manifesta que, por vender
o Único Justo, somos justamente punidos. Agora são 1000 anos
ou mais, e em tudo isso não fizemos uma boa mão diante os
gentios, e não há mais probabilidade de nos voltarmos para o
bem. Oh, meu D’us! Receio que o Jesus, a quem os cristãos
adoram, seja o Justo que vendemos por moedas de prata”.50, 51
Medievo Judaico-Cristão52
49
“Assim diz o Eterno: Por três transgressões de Israel, e por quatro, não retirarei o castigo, porque
vendem o justo por dinheiro, e o necessitado por um par de sapatos”
50
Vide "Lectures on the Jews", Glasgow, 1839.
51
Vide “Some Jewish Witnesses for Christ”, p. 13, Bernstein, 1909.
52
Ou hebreu-cristão (termo comumente usado na academia);
53
Foi o evento que causou a ruptura da igreja, separando-a em duas: igreja católica apostólica romana
e igreja católica apostólica ortodoxa, a partir do ano 1054, quando os líderes da igreja de
Constantinopla e da igreja de Roma se excomungaram mutuamente;
qualificavam para continuar debates com os judeus. Por isso,
lemos sobre frequentes disputas realizadas pelos missionários
judeus e gentios com os rabinos mais instruídos, frequentemente
na presença de bispos, nobres e príncipes. Mas, infelizmente os
métodos empregados também eram frequentemente os de força e
intriga e, consequentemente, não-cristãos ao extremo54, e os
convertidos assim obtidos eram apenas aparentes, e isso levou,
como sabemos, à terrível Inquisição e à expulsão final dos judeus.
da Espanha.
Exame da História
63
Londres,S.P.C.K., 1962;
64
Alguns crentes judeus se tornaram chefes de estado. Durante o reinado da rainha Vitória, no final
do século XIX, o cristão hebreu Benjamin Disraeli foi eleito primeiro-ministro do Império Britânico.
Muitos cidadãos britânicos suspeitavam de um judeu como chefe de estado. Eles acusaram Disraeli
de ser um cripto-judeu, um convertido ao cristianismo que secretamente praticava o judaísmo. Suas
crenças cristãs eram frequentemente questionadas. Disraeli negou veementemente essas acusações.
Ele declarou que era totalmente judeu e totalmente cristão. Quando a rainha perguntou se ele era judeu
ou cristão, ele respondeu: “Senhora, eu sou a página que falta entre o Antigo e o Novo
Testamento”.
Inglaterra; menos conhecido é o fato de que ele foi também o
primeiro Primeiro Ministro judeu-messiânico.
Análise Terminológica
1. Crente Judeu: “Vago, uma vez que não está claro o que ou em
quem ele acredita (...) Mas se estiver claro o contexto, o termo
empresta variedade, e eu utilizo no decorrer do livro”;
65
David Rausch, Messianic Judaism: Its History, Theology and Polity, p. 55ff;
indicar os judeus que acreditam que o Messias, Yeshua, já
veio.”66
66
Jewish Roots, 1986, p. VIII;
67
Chamado Anti-Messias, vide João 5:42;
68
A Suprema Corte de Israel, em 1978, decidiu que Eileen (Esther) Dorflinger, crente em Yeshua,
nascida de pais judeus e batizada numa igreja por um clérigo cristão ordenado, embora mantivesse a
cultura judaica, não pode ir para Israel como uma judia sob a Lei do Retorno (Vide Corte Suprema de
Justiça de Israel, caso n° 563/77);
primeiro século da Era Cristã, como se desde então nada
houvesse acontecido com relação à cristalização das estruturas
religiosas e à separação do judaísmo de todos aqueles que
escolheram outro caminho.”68
Relações Judaico-Cristãs70
69
Tema aprofundado no próximo tópico;
70
Da ampla literatura referente às relações judaico-cristãs, os três itens seguintes podem ser de
especial interesse para muito leitores: Maré H. Tanenbaum, Marvin R. Wilson e A. James Rudin, e nas
obras: Evangelicals and Jews in Conversation on Scripture, Theology and History. Mesmos editores,
Evangelicals and Jews in na Age of Pluralism e Jerry Falwell and the Jews;
Os judeus têm sido fortemente afetados pela teologia da
substituição, ao qual a maioria dos cristãos adere. Além disso, os
judeus muitas vezes sentem que os cristãos os veem principalmente
como alvos de uma ‘conversão’, e que precisam deixar de ser
judeus e abraçar o cristianismo.
No entanto, por mais difícil que possa ser para alguns judeus
aceitarem, há cristãos que expressam o amor sincero por Israel
reconhecendo-o como “tesouro único” de D’us. Acredito que os
judeus deveriam empenhar-se ativamente em abraçar esses
cristãos. Eles professaram sua determinação de ficar com Israel e
o povo judeu. Isto é especialmente importante durante estes
tempos turbulentos, quando o Egito e outros países árabes
tornaram-se cada vez mais hostis para com Israel e o Ocidente,
seguindo a “primavera árabe”.
1. Oposição
A igreja coagiu, o povo judaico resistiu. Nem é preciso dizer que
este tem sido o paradigma há séculos.
2. Separatismo
Noutras palavras, viva e deixe viver. Esta será talvez a primeira
escolha de muitos judeus e de não poucos cristãos; contudo é
isolacionista, ignorando o fluxo da história, que reúne cada vez
mais as pessoas na aldeia global.
3. Tolerância
Ser contra a tolerância é o mesmo que ser contra a maternidade, e
não há como ser contra ela. Mas a tolerância é como um
separatismo escondido sob o verniz da cortesia. É melhor do que o
separatismo descortês e melhor do que a intolerância e o fanatismo,
mas não é o objetivo final. Para que a tolerância funcione, os
participantes concordam implicitamente em evitar elementos
inflexíveis nos seus respectivos pontos de vista. Contudo, pode ser
um útil primeiro passo no sentido da melhoria de relações.
4. Sincretismo
O sincretismo é a união de duas crenças religiosas, sem que se
integrem plenamente uma com a outra e muitas vezes acarretando
transigência, ecletismo ilógico, aceitação sem crítica de princípios
mutuamente inconsistentes, ou incorporação de aglomerados
indigestos de doutrina ou prática. A chamada tradição judaico-
cristã possui elementos de sincretismo, assim como a "religião
civil" americana.
5. Assimilação
Hoje, assimilação significa judeus tornando-se menos judeus e
mais semelhantes à chamada "cultura cristã" que os rodeia. Do
ponto de vista comunal judaico, assimilação é inimigo mais temido
que a morte, pois à medida que os judeus abandonam o judaísmo e
a comunidade judaica, a comunidade se reduz; e se a assimilação
fosse total, a comunidade judaica deixaria de existir, de modo que,
conforme diriam os autores judeus da era pós-segunda guerra
mundial – “Hitler conheceria uma vitória póstuma”71.
É preciso observar que a cultura que nos rodeia não é de modo
algum cristã no sentido cristão; e “ser batizado” já não é o cartão
de ingresso para a civilização ocidental. A assimilação se dá com
maior frequência para a cultura gentia, com seus inúmeros
elementos pagãos e não-cristãos.
6. Concessões
Fazer concessões difere de assimilar, uma vez que envolve ambos
os lados e é voluntário. Mas baseia-se na ideia de renunciar a algo
71
Ler Emil Frackenheim, “Jewish Faith and the Holocaust”, Commentary 1967, em God’s Presence in
History (Nova Iorque, Harper & Row, 1970), p.84. Mas comparar com esta observação de Vera
Schlamm, judia que sobreviveu aos campos de concentração, no seu testemunho sobre como passou
a crer em Yeshua: “e permitirmos que a lembrança dos nazistas nos afastem do Messias
concederemos a Hitler o poder de agir além do túmulo, destruindo-nos de modo horrível, como nem
sequer sua mente maligna seria capaz de imaginar”. Ruth Rosen, ed. Jews for Jesus (San Francisco,
A Messianic Jewish Perspective, 1987);
de bom para obter algo de bom. Com diferenças denominacionais e
ecumenismo, a mútua concessão apresenta uma história em parte
auspiciosa. Mas, entre judaísmo e cristianismo, a abordagem não é
de mútua concessão, uma vez que cada qual considera certas
questões infensas a qualquer transigência. A reconciliação, por
outro lado, conforme veremos, baseia-se na ideia de conformidade
com a vontade de D’us, o que só pode ser bom. Noutras palavras,
transigir é um "jogo de soma zero", no qual aquilo que um lado
ganha o outro perde; enquanto que a reconciliação, como a
produção econômica, é um "jogo de soma positiva", no qual ambos
os lados ganham.
72
Vide Figura 1;
Chadashah voltam-se para os que não creem, apresentando essa
verdade. Houve tempo em que o judaísmo era uma religião
missionária já não o é em grande parte - embora o judaísmo
reformista tenha proposto a missão entre os gentios "que não são
1. Perfil Anti-judaico:
73
Em port., “Uma Investigação dos Princípios Fundamentais do Moderno Judaísmo”;
74
Conforme o comentário do rabino Jarchi em Deut. 17,2;
75
Moses Margoliouth, The Fundamental Principles of Modern Judaism Investigated, Londres, B.
Wertheim, 1843, p. 28.
76
Ibid., p. 192;
efetivamente a "estima, respeito e amor" que afirmou ter pelos
judeus seus companheiros.
Concluindo, parece que ele se sentia em paz com a igreja, mas não
com o seu judaísmo. Certos judeus que aceitaram o Messias
durante a Idade Média tomaram-se instrumentos da igreja
institucionalizada contra seus companheiros judeus. Neles se
incluem Pablo Christiani (d. 1274), cujo debate com a rabino
Moshe ben Nachman (Nachmanides) está registrado; Avner de
Burgos (Paulus de Santa Maria, 1351-1435), Nicholas Donin
(século XIII) e Johann Josef Pfefferkom (1469-1522) encontram-
se também entre os vilões - incentivaram pogroms, queimaram
livros do Talmud e fizeram falsas acusações de várias espécies
contra os judeus. Os judeus têm antenas sensíveis com relação ao
antissemitismo. Os judeus messiânicos não deveriam permitir que
suas antenas se tornassem obtusas, especialmente com respeito às
suas próprias ações.
2. Perfil Anti-Cristão: