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Guia para

Teshuva com
Mashiach

Kehilat Tsur Yisrael, Cabo Frio, RJ, Brasil


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Sucot

A festa de Sucot, chamada pela Torá de “época de nossa alegria”, celebra os


milagres que o Eterno realizou em prol dos filhos de Israel durante os 40 anos em
que vagaram pelo deserto do Sinai. Sucot tem início cinco dias após Yom Kippur,
após o pôr-do-sol, e dura sete dias. O sétimo dia de Sucot é chamado Hoshaná
Rabá (a Grande Súplica).
Em Sucot o Eterno ordena a seu povo habitar durante sete dias em uma cabana,
uma moradia temporária e frágil, cujo teto deixe entrever as estrelas. A cabana
(sucá) deve ser erguida a céu aberto, ter no mínimo três paredes, e o teto, chamado
de schach, precisa ser feito de materiais que cresçam na terra, folhas ou galhos de
plantas já cortadas.
Durante a festa, nós comemos, bebemos, estudamos e nos alegramos na sucá,
sendo que muitos chegam a dormir em seu interior.
Outro mandamento da festa é o referente às Arbaat ha-Minim, as Quatro Espécies -
o etrog (fruta cítrica), o lulav (palmas de tamareira), hadassim (ramos de mirta) e
aravot (ramos de salgueiro). Durante toda a festa de Sucot, com exceção do Shabat,
até e inclusive em Hoshaná
Rabá, diariamente devemos cumprir, durante o dia, a mitzvá das Quatro Espécies:
Segurando os ramos na mão direita e o etrog na mão esquerda, recitamos a bênção
das Quatro Espécies e estas são, então, agitadas para as quatro direções do
quadrante, para cima e para baixo. Com isto estamos reconhecendo que D'us se
encontra em toda parte e que Seu reinado é eterno. A bênção das quatro espécies
se encontra no sidur, na parte referente à festa de sucot.
O sétimo e último dia de Sucot, Hoshaná Rabá, é considerado o último dia do
Julgamento Divino, quando o que foi decretado em Yom Kipur é selado e o destino
do novo ano determinado. A cada dia, uma oração de Hoshaná (pedido de
salvação) é feita e os presentes na sinagoga dão uma volta, circundando a Bimá,
mesa onde é lida a Torá, tendo nas mãos as Quatro Espécies.
Quatro Espécies

Em Hoshaná Rabá, ou seja, no sétimo dia, além das Quatro Espécies usadas durante os
dias de Sucot, juntam-se cinco ramos adicionais de salgueiro, as aravot ou Hoshanot.
Neste dia, tendo nas mãos as Quatro Espécies, recitam-se as sete Hoshanot, dando sete
voltas ao redor da Bimá. As hoshanot se encontram nos sidurim ou livros de oração. Se
for shabat, isso não é realizado, bem como a benção das espécies, pois é considerado
trabalho.

Em várias comunidades esse dia é considerado uma espécie de Yom Kipur. Costuma-se
permanecer acordado durante toda a noite, estudando a Torá e lendo os Salmos,
Tehilim.
A refeição de sucot deve conter muitas frutas, pois sucot também celebra a colheita em
Israel. Você pode encontrar alguns cardápios com receitas aqui:
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/660043/jewish/Culinria.htm
Shemini atzeret e Simchat Torá

Shemini Atzeret significa “reunião solene no oitavo dia” (Números: 29-35) e é um feriado de origem bíblica que
antecede Simchat Torá e é comemorado após o último dia de Sucot. Na diáspora, é comum se referir ao primeiro
dia do feriado mo Shemini Atzeret e ao segundo, como Simchat Torá.
A comemoração da festa de Simchat Torá (Júbilo da Torá) teve início durante o exílio dos judeus na Babilônia (587-
539 A.E.C.), após a destruição do Primeiro Templo, em Jerusalém. Antes do exílio, a leitura da Torá era feita em
períodos de três anos; na Babilônia, passou a ser lida em um ano. A festa não foi celebrada na Terra de Israel até o
final do primeiro milênio.
Assim, é uma comemoração originada na diáspora (fora de Israel).
A tradição de comemorar com alegria o término da leitura da Torá começou durante o nono e décimo séculos da
era comum, no tempo dos Geonim [presidentes de duas academias talmúdicas na Babilônia], e o nome original da
celebração não era “Simchat Torá”, mas sim “Iom Habrachá” (O Dia da Bênção), em homenagem a “Vezot
Habrachá”, o último capítulo
de Devarim (Deuteronômio).
O nome Simchat Torá teve origem na Espanha, depois do primeiro milênio. Simchat Torá é marcada por muita
alegria e dança com os rolos de Torá, ao redor da bimá (púlpito usado para a leitura). Há também uma leitura
especial feita pelas crianças.
A leitura regular é feita semanalmente, em trechos chamados de parashiot ou, no singular, parashá (porção),
concluindo-se em um ano, justamente em Simchat Torá. Nas sinagogas, a Torá é lida às segundas e quintas-feiras e
aos sábados, além das datas festivas e no início decada mês do calendário judaico.
Em Simchat Torá, lê-se a última porção da Torá – Vezot Habrachá – juntamente com primeira porção de Bereshit
[Gênesis]. A leitura da Torá prossegue em ciclos que nunca se encerram e mostram que não há fim no Livro
sagrado, que deve ser lido e estudado constantemente.

Torá ou tradição? Torá


Onde na Torá? Deuteronômio 16:13:
Yom Teruá

Também conhecida como Rosh HaShaná


No Judaísmo tradicional, a festa de Yom Teruá coincide com a de Rosh Hashaná, considerado
o “Ano Novo” judaico. Isto se dá pelo de fato de muitos judeus crerem que no primeiro dia
do sétimo mês houve a criação do mundo pelo Eterno. Não obstante, essa informação acerca
da data da criação não consta nas Escrituras, levando outros a não reconhecerem este dia
como sendo o “Ano Novo”.
E uma festa de louvor ao Eterno e agradecimento, recordando os inúmeros livramentos
concedidos por Ele; por isso o som emitido pelo shofar representa tanto a invocação dos
exércitos do Eterno, um chamado ao posicionamento e ao preparo dos homens para as
batalhas, e o júbilo e regozijo pela vitória do povo de Israel.
Essa vitória relaciona-se ainda com o Dia de YHWH, ou seja, o Dia do Julgamento, ocasião em
que soará o som do shofar:
“O grande dia de YHWH está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do
dia de YHWH; clamará ali o poderoso.
Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de
assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
Dia do toque do shofar [‘Dia de trombeta’] e de alarido contra as cidades fortificadas e contra
as torres altas.” (Tsefaniyah/Sofonias 1:14-16).
Yom Teruá e o messias

Ora, se o toque do shofar anuncia o dia da vinda do Eterno, para os judeus que acreditam
que Yeshua é o messias tal festa é de extrema importância, pois Yeshua voltará ao som do
shofar, isto é, o dia do Senhor é o dia do retorno de Yeshua:
“Porque, se cremos que Yeshua morreu e ressuscitou, assim também aos que dormem em
Yeshua, Elohim os tornará a trazer com ele.
Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda
do Senhor, não precederemos os que dormem.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com o shofar
[‘a trombeta’] de Elohim; e os que morreram no Mashiach [Messias] ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a
encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (Tessalonissayah Álef/1a
Tessalonicenses 4:14-18).
Logo, os judeus crentes em Yeshua sempre celebraram a festa de Yom Teruá em razão de
esta ser determinada pelo Eterno, bem como pelo fato de ressaltar do Dia de YHWH que se
consumará com o retorno do Mashiach. (Citado de Tsadok ben Derech)

Como celebrar Yom Teruá?


Vimos que a festa ordenada pelo Eterno em Yom Teruá é principalmente descansar (a festa
é um shabat) e tocar a trombeta, clamando pela vitória do Eterno em nossas vidas e
agradecendo pelas vitórias alcançadas. Ao mesmo tempo, em nossa caminhada para o Yom
Kippur, clamamos ao Eterno para que nosso nome continue escrito no Livro da Vida. 1.
Serviços na sinagoga à noite, seguido de festa, e durante o dia são comuns.
2. Clamor – O toque do Shofar, que é tradicional e ordenado pelo Eterno é feito no final do
serviço - é hora de elevar a voz ao Eterno, clamar com força e alta voz, agradecendo e
pedindosua vitória na sua vida!
3. Refeição festiva – É costume fazer uma refeição festiva no dia de Yom Teruá, celebrando e
agradecendo a vitória do Eterno em nossas vidas. Antes de tudo, faz-se um kidush como no
shabat, abençoando a chalá e o suco ou vinho, imergindo a maçã no mel, comendo-os, e
depois abençoando e comendo os demais alimentos. Para isso, usamos alimentos
simbólicos que nos lembram de nossos pedidos:
O costume de consumir alimentos doces é uma das
características mais marcantes das
refeições de Yom Teruá. O kidush é feito de preferência com
um vinho ou suco doce e, em seguida, molha-se um pedaço
de chalá no mel ou no açúcar, pedindo ao Eterno que adoce
nossa vida, e nos lembrando de que Yeshua HaMashiach
já pagou por nossos pecados e adoçou o julgamento do
Eterno em relação a nós.
Certas comunidades têm o hábito de molhar a chalá no mel,
no período que vai de Yom Teruá até o sétimo dia de Sucot.

As chalot usadas na festividade também são adocicadas e, diferentemente do feitio de


trança geralmente usado no restante do ano, são feitas redondas ou em espiral, para
simbolizar o ciclo da vida, da continuidade e da eternidade. O feitio circular, de coroa, serve
também como lembrete da Realeza de D'us, o tema mais importante da data.
Há várias simbologias no ato de se molhar a chalá no mel. Entre elas, a semelhança
existente entre a chalot e o maná que alimentou Israel, durante 40 anos no deserto. Qual
era o gostodo maná? "Tinha o sabor de massa frita com mel" (Êxodo 16:31). A própria
palavra ́mel ́, emhebraico, transmite a esperança na Misericórdia Divina, pois o valor
numérico da palavra"dvash" (mel) equivale ao valor de "Av Ha'Rachamim" (Pai
Misericordioso). Assim, o mel simboliza a esperança de que a sentença decretada por D'us
seja amenizada por Sua infinita compaixão.
Maçã e mel

É também no mel que, a seguir, molhamos


uma fatia de maçã. Ela representa nosso povo
e, em várias ocasiões, nos textos sagrados,
Israel é comparado a ́uma maçã perfumada ́.
Esta fruta é também usada como símbolo
para representar a Torá.
Em textos rabínicos usa-se freqüentemente a expressão "Campo de Maçãs
Sagradas" para descrever a manifestação da Presença Divina. O perfume da
maçã é uma referência aoperfume do Jardim do Éden e é também associado
à bênção que Yaacov recebeu de seu pai,
Itzhak. Segundo nossos sábios, este fato aconteceu em Yom Teruá.
A tradição da refeição
Os alimentos ingeridos na festa são na realidade atos proféticos sempre
relacionados aonome deles em hebraico, aramaico ou yidish ou a suas
características.
A simbologia da refeição

Resumo dos alimentos de Yom Teruá e seu significado simbólico/profético ligado ao nome
hebraico ou aramaico:
Tâmaras – exterminar o mal e os inimigos
Alho poró – exterminar o mal e inimigos
Acelga – afastar o mal e inimigos
Feijão de corda – aumentar, crescer
Abóbora – anular maus decretos e que apenas nossos méritos sejam lidos perante D ́us
Romã – 613 sementes, que possamos cumprir com as mitsvot
Peixe – que possamos nos multiplicar como peixes e que os olhos do Eterno estejam
sempre abertos sobre nós.
Cabeça de peixe ou outro animal – que sejamos postos por cabeça e não cauda
Maçã – povo de Yisrael e Torá
Cenoura – prosperidade, por parecer com moedas quando cortada em fatias
Mel – esperança na Misericórdia Divina, pois o valor numérico da palavra "dvash" (mel)
equivale ao valor de "Av Ha'Rachamim" (Pai Misericordioso)
Chalá redonda ou em espiral – representa o ciclo da vida e a eternidade, lembra o maná no
deserto e o cuidado do Eterno, forma de coroa lembra a realeza do Eterno
AS BÊNÇÃOS DAS REFEIÇÕES

Antes de começar a refeição, faz-se as bênçãos sobre os alimentos:

Pão
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mélech haolam, hamôtsi lêchem min haárets.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que fazes sair pão da terra.

Vinho e suco de uva


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mélech haolam, borê peri hagáfen.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que crias o fruto da vinha.

Frutas
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mélech haolam, borê peri haets (ou borê pri hadamá).
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que crias o fruto da árvore.

Bênção sobre outros alimentos e bebidas em geral


Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehacol nihiá bidvarô.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D-us, Rei do Universo, que tudo vem a existir por Seu verbo.

O roteiro do serviço de Yom Teruá, também chamado de Rosh Hashaná, pode ser encontrado
no Machzor de Rosh HaShaná e Yom Kippur, nas livrarias judaicas.

Essas bençãos podem servir para todas as refeições, não apenas as festivas, mas, caso você
prefira, pode fazer uma oração de agradecimento ao Eterno com suas próprias palavras. O
importante é agradecer de coração.
Nos links abaixo você encontra receitas típicas para a festa:
• https://www.cjb.org.br/netsach/festas/rosh/receitas.htm
s://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1090930/jewish/Culinria.htm

Outros Costumes
Algumas comunidades têm o costume de se vestir de branco em Yom Teruá, pois roupas
brancas indicam a intenção de não pecar mais. Independentemente do costume adotado
em cada comunidade, nós, assim como todas as gerações que nos precederam,
continuaremos invocando, também neste Yom Teruá, a Bênção Divina sobre o povo de
Israel.

Torá ou tradição? Torá e tradição


Onde na Torá?
O Eterno determinou a celebração da festa que se chama Yom Teruá, conhecida por muitos
como o dia do toque do shofar (ou “festa das trombetas”, nas traduções para a Língua
Portuguesa):
E falou YHWH a Moshé [Moisés], dizendo:
Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do dia do mês, tereis descanso
absoluto, memorial [recordação] anunciado com o som do shofar, santa convocação.
Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada a YHWH”. Em
Vayikrá/Levítico 23:23-25.
Semelhantemente, tereis santa convocação no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum
trabalho servil fareis; será para vós dia de sonido de trombetas. Em Números 29:1

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