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Yeshua - Jesus era fariseu?

Primeiro começaremos com a definição de certos termos e depois


exporemos nossos pontos de vista.

P’rushim: vem do hebraico (


‫)פרושים‬, transliterado para o grego é pharisaioi e quer dizer Separados, e de forma
definitiva em português Fariseus.
Farisaismo seita religiosa originária dos Chassidim (Piedosos), responsável por
manter vivo o zelo pelas Escrituras, e a sua fiel observância como também a das
tradições orais; Este grupo não permitiu que o estudo e esperança nas profecias
messiânicas se perdessem com o tempo, principalmente no período entre a morte
do último profeta Zacarias e o Levante Macabeu (167 A.e.c). Ao contrário do que
se pensa nem todos os Fariseus eram hipócritas e legalistas cegos, muitos
aceitaram os ensinos de Yeshua e o reconheceram como Messias.

Chassidicos: vem do termo hebraico Chassidim (‫ )חסידים‬que é o plural de


Chassid (‫ )חסיד‬que em português é piedoso,
O Movimento Moderno Chassídico tem características pontuais que remetem à
origem de tal designação que a partir da volta do exílio Babilônico na época dos
Macabeus era dada aos responsáveis pela reestruturação do culto à D-us, e da
observância das Lei de D-us dada a Moshé (Moisés) como também das Leis
Rabínicas ou as chamadas Leis de cercas, instituídas no exílio para preservar a
cultura e Tradições Judaicas, o termo Chassídico significa justo e piedoso.

O termo Fariseu significa separado, mas não em sentido de ascetismo de se isolar


das pessoas, pois os Fariseus eram muito ligados a questão de humanidade,
justiça e sociedade.
Separado do mundo portanto tem o sentido de busca de uma Santidade elevada e
de purificação se baseando nos preceitos da Lei de D-us, a Torah, que permite
àqueles que a seguem, estar no mundo sem se contaminar com ele.

Os Chassidim tiveram uma grande influência no desenvolvimento do judaísmo


rabínico e mais tarde no Judaísmo dito Messiânico que era o Judaísmo praticado
pelos seguidores de Yeshua.
No Movimento dos fariseus e dos escribas, por seus membro se dedicarem desde
munto cedo ao estudo constante da Torah, e por desenvolver uma forma muitos
avançada de pedagogia através da exposição e ensinamento das Santas
Escrituras, eram conhecidos como Doutores da Lei.

O escribas exerciam o ofício pioneiro de copistas das escrituras hebraicas e os


fariseus foram os primeiros a decodificar e interpretar as Sanas Escrituras; por
sua preocupação em oferecer ao povo um lugar central para estudo e adoração
em subsituição do Santo Templo destruído, foi se pavimentando em meio a
reuniôes em casas privadas a idéia do que mais tarde foi chamada de Sinagoga
ou até hoje chamadas de Beit Knesset (casa de reunião), Beit Tefiláh (Casa de
Oração) ou Shul ou ditas casas de estudos.
Os primeiros missionários ou proselitistas eram fariseus, eles andavam por todo
Israel e fora de Israel pregando a palavra de D-us. Eles tinham por objetivo
conservar a tradição dos patriarcas e ensinar a Lei de D-us aos judeus que haviam
sido contaminados com outras culturas e até mesmo aqueles que não queriam
saber de mais nada de religião.
Como não poderia ser diferente os membros do movimento farisaico eram pessoas
muito zelosas e obediêntes à Lei Escrita de D-us, A Torah, procurando sempre
doutrinar as todos pelos princípios e ensinamentos bíblicos, e no decorrer de
séculos de interpretações e julgamentos se formou uma espécie de jurisprudência,
a qual foi organizada pelos escribas e fariseus como num manual de regras e de
condutas chamada de Halachá (‫ )הלכה‬que significa literalmente "modo de andar".
Eles também conservavam com muito esmero tanto o insentivo como a forma de
trasmissão de pai para filho de geração em gerações de toda a história do povo
judeu e toda a tradição oral.
Os ensinamentos do farisaísmo, como já foi colocado, tiveram grande importância
ao expressar à compreensão das escrituras a massa popular de Israel. Os fariseus
formavam um grupo de pessoas que falavam a língua do povo, pessoas originarias
do meio do povo (agricultores, sapateiros, pedreiros, alfaiates, marceneiros...)

Yeshua (‫ )ישוע‬e o judaísmo.


Jesus é judeu, nascido em Beit-Lechem (Belém) na terra de Israel, tem por registro
de nascimento o nome hebraico Yeshua Ben Yossef , foi circuncidado no oitavo
dia, cresceu e foi educado dentro dos costumes e da tradição da lei e da religião
judaica.
Jesus (Yeshua) ao contrario do que muitos pensam e dizem nunca teve problema
em guardar a tradição de seu povo e de ser um religioso, ele ia o templo,
freqüentava sinagogas (casa de estudos), celebrava as festas bíblicas, se vestia
como um judeu e se alimentava como um judeu.
É um costume da tradição judaica o menino quando faz 13 anos comparecer
diante de um mestre para recitar um trecho da torah que corresponde o dia que ele
nasceu (Bar Mitzvá), Jesus já com essa idade impressionou os grandes sábios do
templo com seu conhecimento a cerca da lei de D-us. A bíblia diz que Jesus
cresceu cheio do Espírito de Sabedoria, pois a graça de D'us estava sobre ele. Lc
2:39-40.

A relação de Yeshua (Jesus) com os Prushim (Fariseus)

O debate sempre foi


muito comum entre os judeus, isso nunca foi um ponto de separação entre eles,
pelo o contrário, geralmente todos os sábados os judeus freqüentavam as
sinagogas para debater a respeito das escrituras e da lei de Moises. Existe até um
ditado judaico que diz "onde tem dois judeus, existem pelo menos três opiniões
diferentes".
No tempo de Jesus existiam muitas correntes dentro do judaísmo. Existiam além
dos fariseus e escribas, os essênios, os zelotes, os saduceus, os herodianos,
samaritanos e os judeus helenizados. Sem contar que Jerusalém havia sido
tomada pelos os romanos e gregos, também tinham pagãos de todo tipo desde os
gnósticos até ateus.
Jesus teve contato com pessoas de vários lugares e de todo tipo de crença
possível. O mais intrigante é que a bíblia fundamenta o debate de Jesus
justamente com os que mais conheciam da lei de Moises (fariseus, escribas e
saduceus).
E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do
fariseu, assentou-se à mesa. (Lc 7:36)
Jesus era uma figura publica não tinha dificuldades em relacionar com seu povo e
em aceitar convites para jantar, ele se assentava com escribas, fariseus,
prostitutas, mendigos, pessoas ricas e pobres, centuriões romanos, cobradores de
impostos, leprosos e todo tipo de pecadores. As pessoas gostavam de estar com
Jesus, porque além dele ser um grande mestre, a sua presença era agradável.
Jesus pode ter sido um fariseu. Ele freqüentava as sinagogas, pregava e ensinava
nos dias de sábado, temos até uma passagem no livro de Lucas 4:16-31 que diz
que ele leu uma passagem da tanach em publico. Sabemos que isso é uma pratica
totalmente farisaica, somente quem é fariseu é que pode fazer isso, caso ele não
fosse um dos fariseus, eles jamais deixariam ele entrar, pregar e ler uma
passagem dos profetas dentro de uma sinagoga, outro detalhe, Jesus também
acreditava em tudo o que os fariseus acreditavam, as doutrinas de Jesus era a
mesma doutrina dos fariseus, porém as interpretações de Jesus era diferentes e
superiores aquilo que fariseus pregavam.
Jesus não era contra os fariseus, ele era contra a hipocrisia de alguns fariseus. Ao
ponto de dizer no livro de Mateus 23:2-6 - Dizendo: Na cadeira de Moisés estão
assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos
disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque
dizem, e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os
põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-
los; E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem
largas filactérias, e alargam as franjas dos seus vestidos, E amam os
primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas.
O texto diz que devemos observar o que os fariseus pregam, porém não copiar o
exemplo e as atitudes daqueles fariseus que se assentam na cadeira de Moises e
alongam as franjas das roupas para parecerem mais santos. Ora, se Jesus fosse
contra a doutrina dos fariseus porque ele está mandando os seus discípulos
obedecer aquilo que os fariseus pregavam?
E os que tinham sido enviados eram dos fariseus; E perguntaram-lhe, e
disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o
profeta? João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de
vós está um, a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim,
que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia das
sandálias. (João 1:24-27).
Sabemos que João batista não era muito simpatizante com os fariseus, estudiosos
dizem que ele era um essênio, pois vivia como tal, se alimentava de gafanhotos e
de mel silvestre e ainda vivia em comunidades isoladas no deserto.
Os fariseus tinham tanques (Micvá) nas sinagogas, que serviam para rituais de
purificação e de batismos (Imersão). A briga entre os fariseus e João batista se
trava justamente neste ponto, pois se João batista não era fariseu, não era Elias e
tão pouco o messias. Porque ele estava batizando as pessoas? Sendo, que os
essênios não tinham esse costume. O fato intrigante para os fariseus era o motivo
pelo qual João estava batizando as pessoas e anunciando o tão esperado salvador
de Israel. Eles não sabiam que João batista tinha recebido a revelação da parte de
D-us acerca de quem era o Messias.
Este texto me chamou muita a atenção a respeito do debate de João batista com
um grupo de fariseus. Ora, se Jesus não era fariseu porque João batista está
dizendo aos fariseus que no meio deles está um pelo qual eles não conhecem?
João batista esta dizendo que no meio dos fariseus está um que ele mesmo não é
digno de desatar as sandálias dos pés.
Naquele mesmo dia chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai, e retira-te
daqui, porque Herodes quer matar-te. (Lc 13:31).
Este é mais um texto que mostra que nem todos os fariseus eram inimigos de
Jesus. Nesta passagem os fariseus estão alertando Jesus do plano de Herodes
em querer matá-lo.
Assim como hoje existem boas e ruins em todos os segmentos da nossa
sociedade (política, religião, comércio...), também naquela época não era
diferente, existiram fariseus verdadeiros e justos, assim também como existiram
fariseus mentirosos, hipócritas e injustos. Geralmente nós generalizamos todos os
fariseus de hipócritas e legalistas justamente porque alguns era um espinho nas
sandálias de Jesus, porém nos esquecemos que também existiram muitos fariseus
bons e justos como Nicodemos, Jairo, José de Arimateia, Hillel, Simão, Gamaliel e
até mesmo Paulo.
E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus
discípulos. (Lc 19:39).
Os fariseus reconheciam em Jesus um grande rabi, que quer dizer mestre. Ora, os
fariseus só chamavam de mestre alguém com que eles pudessem aprender acerca
daquilo que eles eram e acreditavam. Outro detalhe é que somente os fariseus é
que chamavam os seus mestres de rabi ou de rabone. Jesus foi e era chamado
por estes dois títulos (Mt 23:7-8/Jo 1:49).
Os judeus de modo geral tinham no messias a figura de um rei, um libertador.
Jerusalém estava sobre domínio dos romanos e vivendo um grande conflito
político e religioso.
Segundo John L.Mackenzie, os fariseus "protestam" quando Jesus é saudado
triunfadamente por seus discípulos e seguidores como um rei. Muitos na multidão
imaginam Jesus dirigindo-se a Jerusalém para proclamar a queda do governador e
tomar o poder. Lançam suas vestes diante de Jesus e de sua dignidade
messiânica: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Enfim a
Judéia voltaria a ser independente, sob o reinado de Yeshua bem Iossef, da
dinastia de Davi, proclamado unanimente rei de Israel pelo o povo. "Alguns
fariseus na multidão dizem: Rabi, repreende os teus discípulos". Não se trata de
um protesto, nem do desejo de hostilizar Jesus, como escrevem tantos os
comentadores. Esses fariseus, "alguns", estão cientes das conseqüências trágicas
daquela manifestação desafiadora e subversiva a que estavam assistindo nas
cercanias do poder local e romano. Poderia acontecer um grande tumulto dentro
da cidade com o anuncio de um novo rei. E pior, poderia custar a vida destes que
estavam iniciando o tumulto.

Paralelos entre Yeshua e a Beit Hillel a Casa de Estudo


Farisaica de Cafarnaum:

Orar Pelos Inimigos


"se alguém busca te fazer o mal, farás bem em orar por ele" (Testamento de Yosef
XVIII.2) – Compare com Mateus 5:44

A Validade da Torá
"Se o mundo inteiro estivesse reunido para destruir o yud, que é a menor letra da
Torah, eles não seriam bem sucedidos" (Shir HaShirim Rabbah 5.11; Vayicrá
Rabbah 19). "Nenhuma letra da Torá jamais será abolida" (Shemot Rabbah 6.1).
Compare com Mateus 5:17-18

A Misericórdia
"Aquele que é misericordioso para com os outros receberá misericórida do Céu"
(Talmud - Shabbat 151b) – Compare com Mateus 5:7

O Cisco e a Trave
"Eles falam 'Remova o cisco do seu olho?' Ele retrucará, 'Remova a trave do seu
próprio olho" (Talmud - Baba Bathra 15b).
Compare com Mateus 7:3
O Que é Lícito no Shabat
"É lícito violar um Shabat para que muitos outros possam ser observados; as leis
foram dadas para que o homem vivesse por elas, não para que o homem
morresse por elas." Todas as seguintes coisas eram lícitas no Shabat, segundo a
escola de Hillel (os p'rushim que debatiam com Yeshua certamente eram da
escola de Shammai): salvar vidas, aliviar dores agudas, curar picadas de cobra, e
cozinhar para os doentes (Shabat 18.3; Tosefta Shabbat 15.14; Yoma 84b; Tosefta
Yoma 84.15).
Compare com Marcos 3:4

O Shabat Feito para o Homem


"o Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat," (Mekilta 103b,
Yoma 85b). Além disto, os Rabinos da escola de Hillel frequentemente citavam
Hoshea (Oséias) 6:6 para argumentar que ajudar os outros era mais importante do
que observar ritos e costumes (Sukkah 49b, Devarim Rabba em 16:18, etc.) .
Compare com Marcos 2:27

Exageros nos Rituais de Purificação


Um rabino da Beit Hillel, Yochanan ben Zakai, contemporâneo de Yeshua, disse:
"Na vida não são os mortos que te fazem impuros; nem é a água, mas a
ordenança do Rei dos Reis, que purifica."
Compare com Marcos 7

Salvação Pela Graça


Os rabinos da escola de Hillel também eram partidários da tese de que é pela
graça do Eterno que somos salvos, e não por mérito de obras: "Talvez Tu tenhas
grande prazer em nossas boas obras? Mérito e boas obras não temos; aja para
conosco em graça." (Tehillim Rabbah, 119:123).
A Ressurreição
A Escola de Hillel também teve disputas com Saduceus a respeito da questão da
ressurreição dos mortos. Veja o que o rabino Gamaliel, neto de Hillel e
contemporâneo de Yeshua, disse, referindo os Saduceus a Devarim
(Deuteronômio) 11:21 ou Shemot (Êxodo) 6:4, ". . .a terra que HaShem jurou dar
aos seus pais," o argumento é lógico e convincente: "Os mortos não podem
receber, mas eles viverão novamente para receber a terra " (Talmud - Sanhedrin
90b).
Compare com Lucas 20:37-38

O Banquete e o Malchut HaShamayim


O rabino Yochanan ben Zakkai também conta parábola semelhante à de Yeshua,
a respeito de convidados de um rei para o banquete Messiânico, ao comentar
Yesha'yahu (Isaías) 65:13 e Eclesiastes 9:8 (vide Talmud – Shabbat 153a).

Sede Pacificadores e Amem Uns aos Outros


"Sejam discípulos de Aaron, amando a paz e perseguindo a paz, amando as
pessoas e as trazendo para perto da Torah" (m.Avot 1:12).
Compare com Mateus 5:9 e João 13:34

A Regra de Ouro
A "Regra de Ouro" de Hillel, o seu ensinamento mais famoso: "...e [Hillel] disse a
ele "Não faça aos outros o que não deseja que façam a você: esta é toda a Torah,
enquanto o resto é comentário disto; vai e aprende isto." (b.Shab. 31a)
Esta regra, que era a base de todo talmid (discípulo) da Beit Hillel, é citada
explicitamente por Yeshua conforme Mateus 7:12

E complementado o porquê de Yeshua ser um Fariseu, eu listo abaixo os


versículos nos quais ele é chamado de Mestre pelos Fariseus e escribas.
Se alguem tiver o minimo de conhecimento de como são os Rabinos Ortodoxos de
hoje, e sabendo que eles são descendentes filosóficos dos Fariseus, verão que
tanto um quanto o outro somente se referenciaria à alguém como Mestre, se este
fosse seu partidario, bem como convidar alguem para comer em suas casas se
este não for de sua linha de pensamento, sendo assim Yeshua teria que ser
Fariseu para ter tamanho aceitação e convivencia com os Fariseus, até mesmo por
ter algumas vezes comido em suas casas.
Yeshua é chamado de Mestre por eles nos seguintes passagens: Mateus 8.19;
12.38; 22.16,24,36: Marcos 5.35; 12.32;
Em Lucas 11.45 eles se magoam com a repreensão daquele que eles chamam de
Mestre, e em Lucas 19.39 pedem a intervensão de Yeshua para acalmar os
ânimos de seus discípulos.
Vemos em Lucas 5.17 que Yeshua ensina na presença de Fariseus de várias
partes de Israel com liberdade como em meio a amigos, partidários, e no fim no
versículo 26 os Fariseus glorificam a D-us, mostrando que aceitaram aos ensinos e
sinais de Yeshua, em Lucas 6.6-7 ensina numa sinagoga farisaica com liberdade
novamente. em Lucas 19.47-20.1 vemos Yeshua ensinando livremente no Pátio do
Templo, e isso somente é possivel aos escribas e Fariseus que dominavam o
ensino no Templo na época, mostrando mais uma evidência do formação Farisaica
de Yeshua.
E por fim o mais ilustre Fariseu da época, e membro do Sinédrio o Mestre
Nicodemus, revela a sua admiração por aquele que ele chama de Mestre em João
3.2.

Espero ter ilucidado de uma forma Lógica o porquê de Yeshua ter sido um Fariseu.

Temos que nos atermos a todos os detalhes dos Evangelhos e em sua totalidade
conceitual, para não tirarmos do contexto o que lá está exposto de maneira
concisa e histórica.
Ao analisarmos o contexto conseguimos ver Yeshua Histórico mais humano do
que divino, que teve que estudar e muito, para chegar ao nível intelectual que
chegou, sem menosprezarmos a intervensão da Iluminação da Ruach HaKodesh
( Espirito Santo)que o capacitou após o batismo com sabedoria do Alto.
Mas vemos assim os traços de onde veio o seus argumentos e habilidade de
manejar a Palavra, que em muito se assemelhava com os Sábios de sua época,
principalmente os Sábios da Escola Farisaica de Hillel, avô de Gamaliel.
Vemos em Lucas 2:52 “E crescia Yeshua em sabedoria, e em estatura, e em graça
para com D-us e os homens." isto quer dizer o que? que até no diante dos homens
ele precisou subir degraus para ser considerado, vemos isso tambem em Hb 5:8
que diz: "Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.”,
isso mostra que ele teve um trabalho arduo para aprender, sofrendo muitas vezes,
mas como eu disse acima, não menosprezando a sabedoria do alto, mas dando
ênfase à humanidade de Yeshua ele é um exemplo a ser seguido, como aluno
aplicado e como o Mestre dos mestres.
Adaptado, acrescido e complementado por Metushelach Ben Levy
de Texto de Giliardi Rodrigues
Postado por Metushelach Ben Levy "‫ "מתושלח‬às 11:53 PM
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Marcadores: Beit Hillel, Fariseu, Prushim, Yeshu'a

34 comentários:
1.

Anônimo9 de janeiro de 2011 02:21

Gostei da interpolação de citações do Talmud e dos ditos de Jesus, muito


esclarecedor, pois vemos que Jesus não teve sua sabedoria caida do céu,
mas sim estudou com os sábios de sua época, tanto que vemos atraves
destas citações que seu conhecimento era conforme os de seus
contemporaneos.

Samuel Dornelles Feijo


Vacaria - RS
Responder

2.

Anônimo9 de janeiro de 2011 22:45

Parabéns, nossa reflexão de sexta-feira rendeu este ótimo artigo. Li


exatamente sobre este assunto, hoje, no livro À Sombra do Templo de
Oskar Skarsaune Cap. 6 Jesus e o judaísmo.
Estas são importantes considerações para refletirmos sobre o "Jesus
Histórico".

Abraços, nos vemos amanhã.

Paz e Graça.
No amor de Yeshua.

Luiz
Floripa/SC
Responder

3.

Metushelach Ben Levy9 de janeiro de 2011 23:34


Samuel, agradeço a visita e o comentário.

E complementado o porquê de Yeshua ser um Fariseu, eu listo abaixo os


versículos nos quais ele é chamado de Mestre pelos Fariseus e escribas.
Se alguem tiver o minimo de conhecimento de como são os Rabinos
Ortodoxos de hoje, e sabendo que eles são descendentes filosóficos dos
Fariseus, verão que tanto um quanto o outro somente se referenciaria à
alguém como Mestre, se este fosse seu partidario, bem como convidar
alguem para comer em suas casas se este não for de sua linha de
pensamento, sendo assim Yeshua teria que ser Fariseu para ter tamanho
aceitação e convivencia com os Fariseus, até mesmo por algumas vezes
comido em suas casas.
Yeshua é chamado de Mestre por eles nos seguintes passagens: Mateus
8.19; 12.38; 22.16,24,36: Marcos 5.35; 12.32;
Em Lucas 11.45 eles se magoam com a repreensão daquele que eles
chamam de Mestre, e em Lucas 19.39 pedem a intervensão de Yeshua
para acalmar os ânimos de seus discípulos.
Vemos em Lucas 5.17 que Yeshua ensina na presença de Fariseus de
várias partes de Israel com liberdade como em meio a amigos, partidários,
e no fim no versículo 26 os Fariseus glorificam a D-us, mostrando que
aceitaram aos ensinos e sinais de Yeshua, em Lucas 6.6-7 ensina numa
sinagoga farisaica com liberdade novamente. em Lucas 19.47-20.1 vemos
Yeshua ensinando livremente no Pátio do Templo, e isso somente é
possivel aos escribas e Fariseus que dominavam o ensino no Templo na
época, mostrando mais uma evidência do formação Farisaica de Yeshua.
E por fim o mais ilustre Fariseu da época, e membro do Sinédrio o Mestre
Nicodemus, revela a sua admiração por aquele que ele chama de Mestre
em João 3.2.

Espero ter ilucidado de uma forma Lógica o porquê de Yeshua ter sido um
Fariseu.

Fique na Shalom de Yeshua.


Responder

4.

Metushelach Ben Levy9 de janeiro de 2011 23:59

Luiz, agradeço as considerações.

Temos que nos atermos a todos os detalhes dos Evangelhos e em sua


totalidade conceitual, para não tirarmos do contexto o que lá está exposto
de maneira concisa e histórica.
Ao analisarmos o contexto conseguimos ver Yeshua Histórico mais
humano do que divino, que teve que estudar e muito, para chegar ao nível
intelectual que chegou, sem menosprezarmos a intervensão da Iluminação
da Ruach HaKodesh ( Espirito Santo)que o capacitou após o batismo com
sabedoria do Alto.
Mas vemos assim os traços de onde veio o seus argumentos e habilidade
de manejar a Palavra, que em muito se assemelhava com os Sábios de
sua época, principalmente os Sábios da Escola Farisaica de Hillel, avô de
Gamaliel.
Vemos em Lucas 2:52 “E crescia Yeshua em sabedoria, e em estatura, e
em graça para com D-us e os homens." isto quer dizer o que? que até no
diante dos homens ele precisou subir degraus para ser considerado,
vemos isso tambem em Hb 5:8 que diz: "Ainda que era Filho, aprendeu a
obediência, por aquilo que padeceu.”, isso mostra que ele teve um trabalho
arduo para aprender, sofrendo muitas vezes, mas como eu disse acima,
não menosprezando a sabedoria do alto, mas dando ênfase à humanidade
de Yeshua ele é um exemplo a ser seguido, como aluno aplicado e como o
Mestre dos mestres.
Responder
5.

Giliardi Rodrigues10 de janeiro de 2011 23:38

Vc é um belo plagiador! Mas eu não ligo. Pode ficar a vontade para postar
os textos e fazer seus acrecimos. O Importante é que as Boas Novas do
Reino seja apregoada. Tenho muitos estudos na agulha... Me mande um
email que vou lhe mandar alguns para você postar.

Giliardi Rodrigues
www.teopratica.blogspot.com
phariseu@hotmail.com
Responder

6.

Metushelach Ben Levy11 de janeiro de 2011 00:03

Meu caro amigo e famigerado Phariseu, agradeço a liberdade para os


"plagios". rsssss

Me sentirei lisonjiado se você me agraciar com os seu lindos textos, pode


me municiar pelo e-mail metushelach.cohen@gmail.com

Se os acréscimos e adaptações não forem condizentes com a sua idéia


principal e muito se afastarem dela, fique a vontade para crticas e solicitar
alterações ou notas de rodapé para esclarecimentos.´

Fique na Shalom de nosso Senhor Yeshua HaMashiach meu caro amigo


Phariseu.
Responder
7.

Wellington14 de março de 2011 09:45

Espetacular!!
Parabéns pelo artigo.
Shalom aleikhem!!
Responder

8.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;15 de março de 2011 00:50

WELLINGTON,

Agradecemos as suas palavras, e já pedimos a sua cooperação para


mantermos o blog sempre atualizado, indague, critique, e principalmente
comente, para que possamos continuar a seguir o caminho do
esclarecimento das Santas Escrituras.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach.


Responder

9.

Anônimo18 de março de 2011 18:52

Muito exclarecedor...e cheio de raiz....Obrigado..

Se puder manda estudos no meu imail tambem....

guido.siquerr@gmail.com

Dai agenmte mantem contato...

Ficarei muito grato....


Responder

10.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;18 de março de 2011 20:55

Guido,

Agradecemos as palavra de incentivo, e ja adiantamos que ultimamente


estamos voltados a responder a indagações feitas aqui e por e-mail's,
assim estamos publicando menos, mas assim que tivermos algo novo
informaremos por e-mail sim, mas você pode se cadastra no blog como
seguidor e receber as novidades por e-mail automaticamente.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach.


Responder

11.

Anônimo9 de abril de 2011 12:05

Olá Metushelach.
Estou estudando sua postagem e vejamos algumas considerações iniciais
(não definitivas, mas apenas para elucidar nosso estudo):

1) Em sua análise de Mt 23.2-6 você ressalta que Jesus mandou que se


observasse o que os fariseus ensinavam, mas não seguir suas atitudes.
Agora, do v.13 em diante, Jesus continua a confrontar os fariseus.
Primeiro note que ele não está dizendo sobre alguns fariseus e escribas,
mas dizendo ai, de forma geral, sobre todos.
Segundo, note que ele aponta erros no ensino dos fariseus e escribas
(v.16). O mesmo ele faz em Mateus 15.1-9.
Assim, no v.3, Jesus não estava limitando o guardar o ensino dos fariseus
enquanto estes correspondessem ao de Moisés (v.2)? Suas tradições não
deveriam ficar de fora?

2) Você fala do manual Halachá e da tradição oral. Para os fariseus este


manual e as tradições orais tinha peso igual ao da Lei? Porque em Mt 15
parece que Jesus os acusa disto. Também no sermão do monte (Mt 5),
Jesus contrapõe o ensina da interpretação farisaica (“ouviste o que foi
dito”) com a forma correta de interpretar a lei. O que você acha?

3) Quanto ao texto de João 1.24-27. O início do parágrafo diz que os


judeus enviaram uma delegação (v.19). Sendo assim, quando Jesus diz
“no meio de vós” não estaria se referindo aos judeus em geral ou às
autoridades constituídas (sacerdotes, levitas, fariseus e escribas) e não
especificamente aos fariseus?

4) Quanto a Jesus ser chamado de mestre, segundo sua postagem, indica


que ele era fariseu, pois este era um tratamento dado só entre eles. Mas
Natanael, que não era fariseu, também chamou Jesus de Rabi (Jo 1.49).
Que acha?

5) O texto de Filipenses 3.2-11 tem um testemunho positivo de Paulo ao


zelo dos fariseus, mas não demonstra que, para seguir Jesus, também era
necessário abandonar esta prática?

6) Você poderia me apresentar uma síntese do que é Halachá, Mishná e


escola de Hillel?

Pastor Alexandre
Responder

12.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;9 de abril de 2011 12:10

Pastor Alexandre,

Segue abaixo réplicas a suas considerações, desde já agradeço a sua


disponibilidade em comentar e expor suas considerações.

1.a R) Não se pode generalizar neste caso, pois Yeshua está fazendo
referencias aos escribas e fariseus que de forma hipócrita transparecem
santos com as atitudes dos verso 5, 6, 7 mas praticam as barbaridades dos
versos 13, 14 e 15, assim como não podemos generalizar ao chegar no
Congresso Nacional e falar seus políticos corruptos, pois sabemos que
existem poucas mas ainda existem pessoas honestas naquele lugar,
vejamos portanto o caso de Gamaliel e Nicodemos ambos fariseus mas
que pelas passagens bíblicas e tradição judaica são ambos pessoas
distintas e não hipócritas.
Segundo, note que ele aponta erros no ensino dos fariseus e escribas
(v.16). O mesmo ele faz em Mateus 15.1-9.

1. b R) Não podemos generalizar novamente, vejamos que Yeshua se


opõe apenas às tradições dos fariseus que colocam a Tradição humana
acima do mandamento Divino dado à Mosheh (Moisés), vemos que ele não
se opõe a tradição como tal, mas às “sua” ou “vossas” tradições versos 3 e
6, vemos a palavra operante “sua”ou “vossas” como demonstrado por este
exemplo no qual a tradição permite anular o quinto mandamento de “honre
seu pai e sua mãe”, ao levar o povo a devotar ao Templo dinheiro que
deveriam utilizas para apoio e sustento de seus próprios pais.
Vemos Yeshua em João 7.37 honrando uma tradição farisaica relatada na
Mishná mais especificamente no Talmud Yerushalmi, Sucot 5:1 e 55a, tal
procedimento adotado por Yeshua é da tradição e não aparece na Tanach
(“Antigo Testamento”), vemos em João 10.22 Yeshua em meio a uma
Festa imputada pela tradição a Festa de Dedicação ou Hanuká, festa
memorial de acontecimento se deram no período que os cristão chamam
de intertestamentário.
Yeshua não poderia se opor tanto à tradições, porque a Brit HaDashá
( “Novo Testamento”), em si, fala favoravelmente de suas próprias
tradições conforme 1 Cor. 11.2 e 2 Tes. 2:15.
O que não pode acontecer é o que é relatado em Isaias 29:13, onde o povo
achava que pelo comprimento dos mandamentos dos homens poderiam se
achegar a D-us, vemos isso no Livro de Malaquias todo, onde o homem já
cauterizado pelo pecado estava oferecendo sacrifício por oferecer, como
que para se achegar a D-us fosse necessário uma criação de ovelhas para
sacrificar somente para estar em conformidade com as convenções se
esquecendo do que o Senhor disse “ Obediência quero e não sacrifício”
Tradições são necessárias na vida, um país não pode ser governado por
uma constituição sem uma legislação, de igual modo, a não judaica não
poderia ser governada pela Toráh Escrita, sem uma aplicação ordenada de
seu conteúdo e explicações detalhadas de como proceder e é a esta
ordenação e explicação do seu conteúdo pelos sábios, rabinos, fariseus e
escribas que damos o nome de tradição, mas assim como a legislação de
um país não pode contradizer ou suplantar a sua Constituição, assim
também a tradição, seja ela a judaica, messiânica, cristã, ou qualquer que
for, não pode violar ou alterar a palavra de D-us dada ao homem através
de Tábuas, revelações, aparições e profecias.
Responder

13.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;9 de abril de 2011 12:10

2.R) A tradição oral as vezes era colada acima da própria Toráh e é esta
atitude que Yeshua repreende, mas nem todos os grupos judaicos tinha
esta visão, alguns seguiam apenas a Toráh com uma Halachá própria, isto
é, uma maneira de caminhar própria, outros nem aceitavam o escritos e os
profetas, aceitando apenas a Toráh em sua literalidade, outros ainda
aceitavam os escritos e os profetas e a essencialidade da Toráh como os
fariseus da escola de Hillel.
O termo “ouviste o que foi dito” se trata não da interpretação farisaica da
Toráh, mas sim da interpretação literal da Toráh, e para não haver este tipo
de interpretação literal, isto é, apenas pela letra, é que D-us capacitou
setenta anciãos com o mesmo espírito que inspirava Mosheh (Moisés) para
com temor e guiados pelo Espírito de D-us pudessem julgar as causas do
povo no Deserto.
E Yeshua cheio do mesmo Espírito dos anciãos e de Mosheh (Moisés), dá
a essência da Torah, dizendo ouviste a forma literal de interpretar a Torah,
que dizia Não matarás, mas quem matar será réu de juízo, eu porém vou
além e vos dou o real entendimento disso, inspirado pelo Espírito,
plenificando o mandamento, que quem sem motivo se encolerizar contra o
seu irmão será réu de juízo; João inspirado pelo mesmo Espírito respalda
este entendimento em 1 João 3:15 quando diz “
Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo
assassino não tem a vida eterna permanente em si”
Vemos Yeshua plenificando a vários outros mandamentos da Torah, os
colocando num nível moral muito mais exigente do que era no
entendimento literal, vemos então que mesmo debaixo da graça temos
mandamentos com exigência muito maiores do que a literalidade exigida
anteriormente, e isso só pode ser exigido do homem regenerado que não
vive mas dominado pelo pecado, mas que renascido vive pelo Espírito,
mas viver pelo Espírito não implica não ter racionalidade para se estudar a
palavra para pô-la em prática.
Responder

14.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;9 de abril de 2011 12:11

3.R.) No verso 19 vemos que foi enviados de Jerusalém sacerdotes e


levitas, isso não contradiz o verso 24 que diz que os que “foram enviados
eram dos fariseu”, pois os fariseus poderiam ser sacerdotes e levitas sem
problema nenhum, pois o que caracteriza um fariseu é a sua fé e formação
acadêmica, e normalmente quem se interessava em estudar em um
Yeshivá, isto é uma escola de estudo, eram principalmente os
responsáveis por cuidarem da educação do povo, que em sua maioria era
da tribo de Levy, portanto sacerdotes, e das tribos Reais a de Benyamim
(Benjamim) e Yahudá (Judá).

4.R) Eu não disse que era um tratamento dado apenas entre eles, eu disse
que eles, os fariseus, somente chamariam alguém de Mestre, Rabi,
Raboni, se este alguém fosse um Mestre Fariseu, pois vemos que eles
eram muito partidaristas e reconheciam que suas doutrinas eram as mais
corretas e verdadeiras, por isso, culturalmente eles não chamariam a um
Saduceu, um Essênio ou um que não tivesse a mesma formação
acadêmica deles por um designativo tão honroso como é o de Rabi,
Mestre.

5.R) Nesta passagem vejo que Paulo reputa tudo o que ele achava de
importante como perda por ver que não é por esforço humano (verso 9) e
zelo sem compreensão como ele diz em Rom. 10:2, que se alcança a
justiça, justiça esta que vem de D-us pela fé, isso não implica em
abandonar a sua formação acadêmica, tanto que em quase toda a
totalidade de suas Epistolas ele se utiliza do conhecimento e forma de
ensino Rabínica Farisaica para passar as revelações do evangelho de uma
forma esplendorosa.
O que ele é em sua formação Rabínica ele não descarta mas se utiliza de
maneira primorosa para espalhar as boas novas aos seu compatriotas bem
como aos gentios que freqüentavam as sinagogas fora de Israel.
A formação acadêmica farisaica de Paulo bem como a de Yeshua os
ajudaram muito e não os prejudicaram, com certeza Paulo após o seu
encontro com Yeshua deixou as praticas erradas dos farisaísmos radical
perseguidor e suas tradições equivocadas, mas a essência do farisaísmo
que é a preocupação com a vontade de D-us e o zelo em ensinar isso a
todos não se perdeu, Bendito seja o Nome do Senhor por isso.
Para ver com os seu próprios olhos o quanto Paulo usa as técnicas
rabínicas de ensino, recomendo fazer uma leitura comparada ou primeiro o
Livro de Deuteronômio e logo após a Epistola aos Romanos, o senhor verá
paralelos incríveis, eu indicaria varias literaturas talmúdicas e rabínicas que
comprovariam isso, mas as Escrituras já serão de bom tamanho por agora.
Responder

15.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;9 de abril de 2011 12:12

6.R) Halachá, lê-se ralarrá, vem do hebraico que significa “ Caminho a


seguir”, é modus operatis do judeu, isso é, é a forma como um judeu deve
se portar diante dos mandamentos da Torah, a Halachá é mais oral do que
encontrada de forma escrita, ela abrange toda a Torah, e as formas de
praticá-la, levando em conta a tradição oral, o Talmud, e a forma de viver
dos Rabinos ilustres e piedosos.
A Mishná em
hebraico ‫משנה‬, "repetição", do verbo ‫שנה‬, ''shanah, "estudar e revisar" é
uma das principais obras do judaísmo rabínico, e a primeira grande
redação na forma escrita da tradição oral judaica, chamada a Torá Oral.
Provém de um debate entre os anos 70 e 200 da Era Comum por um grupo
de sábios rabínicos conhecidos como 'Tanaim' e redigida por volta do ano
200 pelo Rabino Judá HaNasi.A razão da sua transcrição deveu-se, de
acordo com o Talmude, à perseguição dos judeus às mãos dos romanos e
à passagem do tempo trouxeram a possibilidade que os detalhes das
tradições orais fossem esquecidos. As tradições orais que são objeto da
Mishná datam do tempo do judaísmo farisaico. A Mishná não reclama ser o
desenvolvimento de novas leis, mas meramente a recolecção de tradições
existentes.Comentários rabínicos à Mishná nos três séculos seguintes à
sua redação (guardados sobretudo em aramaico) foram redigidos como a
Guemará.
Escola de Hillel se contrapunha a Escola de Shamay, ambas Yeshivá
Farisaicas.
A escola de Hillel tinha como ponto primordial o estudo da essência da
Torah, isso quer dizer que nela não se tinha apenas a literalidade da
aplicação de pena da Torah como acontecia na escola de Shamay.
Uma destas Yeshivás ficava em Cafarnaum próxima a Nazaré, e é nesta
que a tradição relata que Yeshua tenha estudado e se formado um Rabino
Fariseu.
Muitas das frases de Yeshua são comprovadamente de origem do próprio
Hillel, como por exemplo
A "Regra de Ouro" de Hillel, onde disse ele "Não faça aos outros o que não
deseja que façam a você: esta é toda a Torah, enquanto o resto é
comentário disto; vai e aprende isto." (b.Shab. 31a)

Vemos a preocupação de Hillel de expressar a essência por traz de cada


mandamento da Torah, mostrar que se o Eterno, bendito seja Ele, nos deu
tais estatuos, juizos, mandamentos e leis como sendo perpétuos temos que
entendê-los de forma espiritual além somente da forma literal e física que
eles expressam.
Responder

16.

Anônimo9 de abril de 2011 12:15

Olá Metushelach.
Continuemos nosso debate (Quero me deter apenas ao ponto 01 de nossa
discussão:
Veja, a palavra de Deus, claro, veio de Deus. Cremos que as palavras de
Moisés e dos profetas registradas nas Escrituras Sagradas estão em pleno
acordo com a vontade de Deus, por isso a tomamos como sua Palavra (2
Pe 1.20-21).
As tradições, por sua vez, são “aplicação ordenada de seu conteúdo e
explicações detalhadas de como proceder e é a esta ordenação e
explicação do seu conteúdo pelos sábios, rabinos, fariseus e escribas que
damos o nome de tradição, seja ela judaica, messiânica, cristã...”. Veja que
entre aspas está sua definição de tradição (e que eu concordo). Mas o que
quero observar é que, enquanto a Palavra das Escrituras (Moisés e
profetas) vem de Deus, a tradição, por sua vez, é uma formulação humana.
Nós, seres humanos, crentes em Deus, formulamos as tradições, as
doutrinas, os dogmas, a partir do entendimento e sistematização do nosso
conhecimento das Escrituras. Agora, qual é o ideal de toda tradição,
doutrina ou dogma? Que ela corresponda fielmente à Palavra de Deus de
modo que ela “não pode violar ou alterar a Palavra de D-us dada ao
homem...”.

Bem, a partir disto gostaria de fazer duas considerações:


Primeiro, você tem razão quanto ao erro da generalização. Concordo com
você e reconheço que há uma tendência cristã a generalizar os fariseus e
escribas como hipócritas. Isto é um erro, e você chamou bem a atenção
para isto.
Segundo. Jesus veio para revelar o Pai (Jo 1.18; 14.9), ou seja, toda sua
vida e ministério estão de acordo com a Palavra de Deus:
“Mt 5.17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir. 18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e
a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se
cumpra. 19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que
dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no
reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será
considerado grande no reino dos céus. 20 Porque vos digo que, se a vossa
justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no
reino dos céus”.

Isto quer dizer o seguinte: Quando a tradição dos fariseus e escribas estão
de acordo com a Palavra de Deus, claro que o ensino de Jesus e sua vida
também coincidem com o ensino das tradições. Mas quando as tradições
violam a Palavra de Deus, então Jesus não se coaduna com elas, antes as
combate.
Veja, então, que Jesus tem como paradigma a Palavra de Deus e ele não
falhou neste propósito:
“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas
sem pecado" (Hb 4:15).
Pastor Alexandre
Responder

17.

Anônimo9 de abril de 2011 12:17

Continuando

Jesus não tem como paradigma a tradição, embora agisse conforme ela e
até a defendesse quando esta correspondia à Palavra de Deus. Portanto,
não era Jesus que procurava ser um fariseu, partidário desta seita religiosa
do judaísmo, mas os fariseus é que tinham que procurar ser como Jesus,
fiéis à suas tradições se e somente se enquanto estas fossem fiéis à
palavra de Deus.

Como você ressaltou, alguns fariseus viram em Jesus um verdadeiro


mestre vindo de Deus (Jo 3.2). Interessante notar, Metushelach, que a
mesma coisa acontece conosco hoje. Cada um de nós tem sua religião,
igreja com suas doutrinas e dogmas e tradições. Elas são importantes e
necessárias, mas devem sempre se subordinar à Palavra de Deus, para
não cair no mesmo erro de alguns escribas hipócritas.
Agora, se o cristianismo que sigo está de acordo com o ensino de Jesus (e
este é o meu desejo mais intenso), não posso dizer que Jesus é cristão
porque seu ensino é correspondente à minha doutrina cristã. Já pensou
chamar Jesus de Calvinista? Claro que não. Se o calvinismo (minha
confissão teológica) corresponde ao ensino de Cristo, não é Cristo um
calvinista mas os calvinistas verdadeiros seguidores de Cristo e da Palavra
de Deus.
Entendo, assim, que Jesus e os sinceros e piedosos fariseus tinham muito
em comum, não porque Jesus fosse um fariseu (embora tenha estudado e
aprendido muito com eles) mas porque estes fariseus agiam conforme a
palavra de Deus, logo, conforme a Cristo.

Uma última questão para esclarecimento: Ter uma formação acadêmica


farisaica implicava na necessidade de ser um partidário desta seita ou ser
apenas alguém que aprendeu as Escrituras através dos Fariseus?

Pastor Alexandre
Responder

18.
Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;9 de abril de 2011 12:18

Olá Pastor Alexandre,


Me alegro com suas declarações, pois mostra a sua reflexão sobre o que
foi exposto, e suas conclusões são em conformidade com aquilo que
acredito ser a real expressão das Escrituras, e o ponto que faltou nesta
comunicabilidade de pensamento foi exatamente o que o senhor exprimiu
em sua indagação final.
Concordo no seu paralelo de não qualificarmos Yeshua como cristão e
calvinista mas que os cristão e calvinistas que devem ser qualificados
como imitadores de Cristo.
Mas isso não é o que eu realmente quis dizer ao qualificar Yeshua como
Fariseu, pois respondendo a sua indagação final, ser Fariseu é ter a
formação acadêmica farisaica e ser reconhecido como tal pelo métodos
utilizados nas atribuições das funções pedagógicas, quero dizer com isso
que Yeshua não era partidarista da Seita Farisaica nos aspectos políticos,
religiosos que a qualificação pressupõe, pois muitos dos Fariseus eram da
casta Política da Seita, bem como detinham o poder Religioso em certos
aspectos, mas assim como existia estes expoentes Fariseus que com sua
conduta errônea manchavam a reputação da Seita como um todo, também
existia camponeses com formação farisaica e de foram fixa ou itinerante
ensinavam ao povo o que haviam aprendido e assim engrandeciam o
nome do Eterno, Bendito seja Ele, e ilibavam o nome da Seita entre os
humildes.
Yeshua em seu ministérios itinerário era reconhecido como Rabi Fariseu,
além de sua formação, por sua metodologia de ensino, e sua digamos
assim pedagogia especifica, e vemos que isso é característica desde grupo
de pessoas que se qualificam como Fariseus.
Podemos fazer um paralelo entre um Acadêmico formado na FGV, e um
formado na Unicamp, eles sempre levaram sobre suas cabeças a
designação de onde se formaram, serão chamados de “FGVISTAS” ou
“UNICAMPISTAS” pelo resto de suas vidas, pois ali adquiriram a
metodologia de pensar, e ao darem aula veremos fortes metodologias e
especificidades das instituições de onde eles saíram, este quadro somente
se restringiriam se eles adquirissem outra metodologia de ensino mas para
isso eles teriam que necessariamente se ligarem a outra instituição, e isso
os qualificaria novamente com a alcunha da instituição.
Com isso eu quero dizer que Yeshua foi considerado Mestre Fariseu não
somente por ter a formação acadêmica de uma escola farisaica, mas por
transparecer em seu ensino e metodologia toda a característica de pensar
farisaica, mas é claro que ele purificou esta metodologia tirando os
excessos e erros e por isso ele debateu bastante com os seus
companheiros de escola, mostrando onde eles estavam errando e como
poderiam melhorar.
Yeshua poderia se apresentar ao povo com outra metodologia, sem
características existentes, ter sido original em sua abordagem pedagógica
mas ele se apresentou com sua bagagem farisaica, por isso que o seu
paralelo citado no começo é correto para os dias de hoje, mas na questão
de Yeshua em sua abordagem pedagógica não se aplicariam pois, os
fariseus teriam sim que se espelhar em Yeshua para serem melhores, mas
Yeshua por questões patentes se espelhou neles para desenvolver o seu
ministério de ensino, quando digo se espelhou neles entenda que foi
apenas no academicismo metodológico aplicado, quanto a seus erros é
claro que Yeshua não se conformou com isso,
Para esclarecimento ser fariseu é : ter formação em uma Yeshivá ( Escola
de Estudo da Toráh), ter a metodologia de ensino característica da escola
que se formou, professar a fé no D-us de Avraham, Itizaki, Yaacov crendo
na dádiva da Toráh como sendo a expressão real da vontade de D-us,
crendo nos vaticínios dos Santos Profetas, crendo na Ressurreição dos
Mortos no dia do Juízo, crendo na existência do mundo espiritual,
separando-se de tudo que possa contaminar o homem seja física ou
espiritualmente, e por fim se dedicar à perpetuação do ensino e da Historia
de Israel.
Espero não ter me alongado muito.
Fique na Shalom dada por Yeshua HaMashiach.
e desde já agradeço a consideração.
Responder

19.

Anônimo9 de abril de 2011 12:19

Olá Metushelach.

Enfim, acredito que ficou esclarecida a questão.

Realmente, estes fatos sobre a formação acadêmica farisaica de Jesus, até


onde me lembro, não são muito conhecidos entre os evangélicos. Talvez
pelo medo de associar Jesus a um grupo de pessoas que, como já disse,
os cristãos têm a tendência de generalizar como hipócritas.

Acima de tudo ficou claro que a Palavra de Deus e o ensino de Jesus são
nossa referência máxima de vida e que nossos esforços como pensadores
e divulgadores da Palavra de Deus é fazer com que nossas tradições,
doutrinas e dogmas correspondam ao máximo possível a esta Palavra.

Pastor Alexandre.
Responder

20.

Miss. Leandro Prata26 de agosto de 2011 14:52

Shelom Adonay, Gostei muito do artigo muito bom, centrado e bíblico.


único erro cometido é quando fala que os essênios não observavam a
prática do batismo. É Claro que fazia só ler os manuscritos do mar morto e
a própria arqueologia mostras onde ficava as piscinas batismais, eles eram
até extremista e radicais quanto a purificação o prato de barro deveria ser
quebrado após a refeição, e purificação constante muito jejum e auto
disciplina aquele que dormisse no culto era excluindo por um ano da
congregação.

"Porque ele estava batizando as pessoas? Sendo, que os essênios não


tinham esse costume."
Responder

21.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;27 de agosto de 2011 20:20

Leandro,

Agradeço as palavras.

A questão aqui de bastismo, não confundir com banho ritual de purificação


em um Mikvê, tem haver com proselitismo; os Fariseus naquela época
diferente da de hoje, eram engajados no proselitismo, isto é, em converter
gentios ao judaismo farisaico, diferentemente dos Essênios, pois os
Essênios se fixavam no meio do Deserto entre Jericó e EnGedi, e não
saiam por ai procurando converter ninguem, e sim faziam como que um
ritual iniciático com aqueles que se achegavam à comunidade de Qumran
por si só, mas o tipo de imersão para arrependimento praticado por
Yochanan (João Batista) se assemelhava mais com a prática Farisaica de
batismo de prosélitos do que com o banho ritual de purificação dos
Essênios.

Fontes utilizadas: Os Manuscritos do Mar Morto, Geza Vernes, Ed.


Mercuryo 1997.
Le Chaym HaPrushim, Aaron Ben Asher, Chabad, 1968.
Responder

22.

Vanderlei L. Borkoski25 de fevereiro de 2012 10:32

Shalom. Tenho uma dúvida. Sendo Yeshua um Rabi, não deveria ser ele
casado? De fato é necessário ser casado para ser um Rabino ?

Há os que defendam que o casamento de Caná, teria sido o de Yeshua,


sob a alegação que jamais os servos da casa acatariam as ordens de um
mero convidado, ademais Miriam não poderia se envolver na questão.

Acham procedente essa teoria?


Aproveitando o ensejo, O Rabino Sha'ul foi casado? em Atos 18:18 ele fez
voto de nazireado? Teria ele ficado viúvo e por isso feito o voto?

Baruch HaShem Adonay !


Responder
Respostas

1.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;4 de março de


2012 23:10

Caro Vanderlei,

Desculpe pela demora.

O Título de Rabino ou Rabi, ou Raboni dados a Yeshua, se


difere em alguns aspectos do que hoje temos como
concepção de Rabino.
O termo no período Bíblico vem de Rab que quer dizer
grande ou distinto, e mais tarde nos primeiros séculos antes e
depois da era comum designava os Mestres da Torah
exclusivamente, e para se ter tal título era necessário anos de
estudos em uma Yeshívá, depois disso teria que ser discípulo
de um grande mestre e ser por este apresentado
publicamente como um verdadeiro Mestre das Leis da Torah
Escrita como da Oral e aceito por seus companheiros de
Escola de Formação, sendo constantemente testado por
estes e vigiado em seu cotidiano pelos estudantes de outras
Escolas de Formação, e tal conflito de Escolas de Formação
é que podemos observar nos evangelhos pois claramente
vemos duas Escolas serem representadas nos discursos e
discussões do P’rushim (Fariseus) entre si e com Yeshua,
pois vemos as visões da Escola de Hillel como a Escola de
Shamay aflorando dos diálogos.
Vemos portanto que não era necessário um mestre da Torah
ser casado para exercer a sua função de ensino e
interpretação das Leis da Torah Escrita e da Oral, e a tal
obrigatoriedade do casamento por parte do Rabino moderno
se deu pela evolução constante do papel do Rabino e de suas
funções em comunidades especificas espalhadas pelo
mundo, sendo que de apenas um mestre da Torah o Rabino
passou a ser uma espécie de sacerdote pela falta do oficio do
destruído Santo Templo, e a partir do Concílio de Yavne
(Jârmia) até o século XVIII se desenvolveram as atuais
atribuições sacerdotais do Rabino que passou a ser um Líder
Congregacional e para tanto deveria ser uma pessoa comum
passível de todas as intempéries humanas portanto casado e
com pretensões de ter muitos filhos, mas a obrigatoriedade
de se ter uma ocupação paralela para sustento deixou de ser
imposta e muito começaram a ser sustentados
exclusivamente pelo Conselho Maior que distribuía parte das
ofertas arrecadas para justiça social ao sustento dos Rabinos
e suas famílias.

Quanto a passagem do casamento de Kanáh em João 2:1-12


vemos pelo contexto que o casamento não era de Yeshua,
pois no verso 2 se vê que ele foi convidado junto com seus
discípulos, e no decorrer do milagre Yeshua manda os
serventes levarem o vinho para o organizador da festa e este
maravilhado chama o noivo, que pelo desenrolar do dialogo
não poderia ser Yeshua.
Outro ponto é o de Miryam tomar alguma atitude de influência
na ordem do casamento sendo apenas uma convidada, isso
se explicaria por conjectura e não por fatos, pois num
casamento a mulher mais velha parente da noiva pode sim
tomar atitudes de coordenação sendo que pelo verso 1
vemos que Miryam já estava no casamento e não foi
convidada como Yeshua e os seus discípulos, vemos também
que por ser um casamento de um parente de Miryam, ela
pode alem de convidar seu filho, convidar também os
estranhos à família até então os discípulos de Yeshua.
Vemos no verso 12 outro ponto importante que é a lista dos
que desceram para K’far Nachum, e não vemos uma recém
casada indo com o recém marido para o período de sete dias
de festa e posterior lua de mel típicos de um casamento
judaico.

2.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;4 de março de


2012 23:56

Caro Vanderlei,

Sobre o ponto de Shaul ter sido casado ou ter feito o voto de


nazireu e tê-lo entregue após a viúves, eu sinceramente não
vejo subsidio para isso.
Vemos que ele cortou o cabelo no grego κειράμενος
“Keiramenos” e não necessariamente raspou no grego
ξυρήσονται “Xirosontai”conforme a lei de entrega de voto de
nazireato,que rege também que o voto seja entregue diante
de um Tribunal e oferecido um sacrifício obrigatório no
Templo que no caso de ambos era em Jerusalém, sendo que
ele o fez em Cencréia que era terra grega, outro ponto seria
de um paralelo com a Mishná que rege que o voto de nazireu
para ter validade tem que ter no mínimo trinta dias de
observância dentro das Terras de Israel sendo que é inválido
ser for feito em terras gentílicas como vemos neste caso,
sendo assim o voto de Shaul pode ser por qualquer motivo
menos o voto de nazir.
Quanto a Shaul ter que ser casado para ser Rabino já vimos
que isso não procede como no caso de Yeshua.
Eu vejo em 1 Coríntios 7:1-8 principalmente no verso 7 e 8
que Shual não tinha predisposição ao casamento seja antes
ou depois da conversão por sua vocação de extremo zelo
pelas coisa de D-us.

Espero ter ajudado.

Fique na Shalom de Yeshua HaMashiach.


Responder

23.

Vanderlei L. Borkoski5 de março de 2012 10:24

Shalom Chaver. Foi muito elucidativa sua explicação. Obrigado.


Responder

24.

Anônimo22 de abril de 2012 12:16

Excelente artigo!

Deus os abençoe.

Raphael Küttner Amin


Responder
Respostas

1.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;6 de maio de


2012 19:19

Raphael.

Agradecemos a sua participação e fique a vontade para


indagar, questionar, criticar e principalmente opinar.

Shalom
Responder

25.

Anônimo25 de abril de 2012 20:48

Olá
estou estudando a palavra e tenho muitas duvidas, algumas tem sido
tiradas a através do seu blog ainda não li todos os artigos por falta de
tempo mas estou lendo muito deles
e tem sido de grande valia tenho uma duvida e gsotaria de saber se pode
me ajudar 2 Co 12:3 fala de um “espinho na carne” gostaria de saber que
espinho era esse;pode me ajuda obrigada
Responder
Respostas

1.

Metushelach Ben Levy "‫&מתושלח‬quot;6 de maio de


2012 19:20

Anônimo,

Não se tem base biblica para bater o martelo e dizer o que


seria tal espinho na carne, sendo assim eu me abstenho de
formar uma opinião detalhada a respeito.

Shalom
Responder

26.

Anônimo20 de maio de 2012 12:00

Shalom!
Me chamo Alessandro; agradeço muito a você pelas explicações e
explanações, sobre determinados temas que são necessários
compreender.
Gosto bastante de estudar e compreender, poder viver uma vida mais
plena e feliz conforme da vontade de Adonai.

Obrigado.
Responder
27.

ALAN JHONATAN20 de janeiro de 2013 16:29

Eu preciso descordar de que a leitura ou ensino da lei nas sinagogas era


exclusivamente farisaica, até onde entendemos pela história todos tinham
acesso a "tribuna", tanto camponeses como negociantes e outros dos mais
variados trabalhos, a questão é os que trabalhavam a semana toda não
tinham a mesma competência literária dos fariseus por não terem
disponibilidade de tempo para estudar as Escrituras. Todos acima de 12
anos, e com a presença de no minimo mais 9 pessoas com excessão das
mulheres, podiam ler e explicar a Lei, e em contrapartida havia também a
escola de Shamai. Os fariseus só ganharam prestígio por estes fatos. As
escolas eram para todos mas acabou se tornando para os de melhor
condição econômica. Não temos como ligar a cultura judaica de hoje com a
dos tempos de Jesus(Jesus ou Yeshua, não tira a divindade e autoridade
de Deus ou das Escrituras)ja tivemos muitas mudanças nesses mais de
2.000 anos. Ainda tenho outros argumentos, tempo não! Fiquem na
benção.

Alan Jhonatan
Responder
28.

gilberto silva grain19 de fevereiro de 2013 19:00

Gostei muito do artigo, é edificante. Mas o que ta me deixando confuso é o


uso do nome Jesus, que NÃO tem nada haver com YESHUA.
O pouco que sei é que este nome foi inventado pelos homens e veio do
grego e latim. Em suma, Jesus não é o verdadeiro nome do Mashiach, e
nem significa salvação; mas YESHUA sim, o verdadeiro nome dado por
Adonai Elohim YHWH e não pelo homem e significa salvação.
Ta havendo uma discrepancia e uma falta de discernimento por parte de
umas congregações judaico messianicas, misturando o vinho com agua
suja(YESHUA com "Jesus")YESHUA É YESHUA, Jesus é ba'al.
Responder

29.

Anônimo1 de março de 2013 19:32

Muito bom mesmo, gostei bastante do estudo da Torah conciliada com os


ensinamentos de Yeshua Hamashiach.É de estudos assim que precisamos
no mundo de hoje... parabéns e continuem com o trabalho. Shalom de
Yeshua a todos
Gabriel J. Sousa
Responder

30.

Anônimo4 de março de 2013 19:35

parabéns pelo blog muito bom e o melhor não tem aqueles babacas
brigando por ideologias de verdades absolutas aprendi e vou pensar
bastante
saúde e sorte...

Fariseu (do hebraico ‫ )פרושים‬é o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos
no século II a.C.. Opositores dossaduceus, criam uma Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita,
e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição deJerusalém em 70 d.C. e a
queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade judaica e se
tornaram os precursores do judaísmo rabínico.A palavra Fariseu tem o significado de
"separados", " a verdadeira comunidade de Israel", "santos".

Sua oposição ferrenha ao Cristianismo rendeu-lhes através dos tempos uma figura de fanáticos
e hipócritas que apenas manipulam as leis para seu interesse. Esse comportamento deu
origem à ofensa "fariseu", comumente dado às pessoas dentro e fora doCristianismo, que são
julgados como religiosos aparentes.

Índice

[esconder]

1 Origens e

história

2 Máximas

3 Ver também

4 Ligações

Externas

[editar]Origens e história
A origem mais próxima do nome fariseu está no latim pharisaeus, que por sua vez deriva
do grego antigo ϕαρισαῖος, assentado no hebraico ‫ פרושים‬prushim . Esta palavra vem da
raiz parash que basicamente quer dizer "separar", "afastar". Assim, o
nome prushim ouperushim é normalmente interpretado como "aqueles que se separaram" do
resto da população comum para se consagrar o estudo daTorá e das suas tradições. Todavia,
sua separação não envolvia um ascetismo, já que julgavam ser importante o ensino à
população das escrituras e das tradições dos pais.
A origem mais provável dos perushim é que tenham surgido do grupo religioso judaico
chamado hassidim (os piedosos), que apoiaram a revolta dos macabeus (168-142 a.C.)
contra Antíoco IV Epifânio, rei do Império Selêucida, que incentivou a eliminação de toda
cultura não-grega através da assimilação forçada e da proibição de qualquer fé particular. Uma
parte da aristocracia da época e dos círculos dos sacerdotes apoiaram as intenções de
Antíoco, mas o povo em geral, sob a liderança de Yehudah Makkabi (Judas Macabeu) e sua
família revoltou-se.

Os judeus conseguiram vencer os exércitos helênicos e estabelecer um reino judaico


independente na região entre 142 a.C.- 63 a.C., quando então foram dominados pelos
romanos. Durante este período de 142-63 a.C., a família dos macabeus estabeleceu-se no
poder e iniciou uma nova dinastia real e sacerdotal, dominando tanto o poder secular como o
religioso. Isto provocou uma série de crises e divisões dentro da sociedade israelita da época,
visto que pela suas origens os Macabeus (também conhecidos pelo nome de família
como Asmoneus) não eram da linhagem de Davi, não podendo assim ocupar o trono de Israel,
e também não eram da linhagem sacerdotal araônica.

Grupos reacionários apareceram dentro da sociedade judaica, tentando restabelecer o seu


prestígio e poder, ou pelo menos o que eles consideravam como certo segundo a Lei e
tradições judaicas. Assim, foi nesta época que provavelmente apareceram: 1)
Os tzadokim(saduceus), clamando ser os legítimos descendentes de Tzadok e portanto os
legítimos detentores do sumo-sacerdócio e da liderança religiosa em Israel; 2)
os perushim (fariseus), oriundos dos hassidim que, geralmente, desiludidos com a política,
voltaram-se para a vida religiosa e estudo da Torá, esperando pela vinda do Messias e do reino
de Deus; 3) e os Essênios, oriundos provavelmente também dos "Hassidim" e de um grupo de
sacerdotes descontentes com a situação que se afastaram da sociedade judaica em geral e
foram viver uma vida de total consagração ao Criador na região do deserto a fim de preparar o
caminho para a vinda do Rei Messias .

Os perushim agrupavam-se em "havurot", associações religiosas que tinham os seus líderes e


suas assembléias, e que tomavam juntos as suas refeições. Segundo Flávio Josefo, historiador
judeu do 1º século d.C., o número de perushim na época era de pouco mais de seis mil
pessoas (Antigüidades Judaicas 17, 2, 4; § 42). Eles estavam intimamente ligados à liderança
das sinagogas, ao seu culto e escolas. Eles também participavam como um grupo importante,
ainda que minoritário, do Sinédrio, a suprema corte religiosa e política do Judaísmo da época.
Muitos dentre os "perushim" tinham a profissão de sofer (escriba), ou seja, a pessoa
responsável pela transmissão escrita dos manuscritos e da interpretação dos mesmos. Duas
escolas de interpretação religiosa se desenvolveram no seio dos perushim e se tornaram
famosas: a escola de Hillel e a escola de Shammai. A escola de Hillel era considerada mais
"liberal" na sua interpretação da Lei, enquanto a de Shamai era mais "estrita".

O cristianismo perpretou através da história uma visão estereotipada dos "perushim" junto aos
escribas e saduceus, como os adversários de Jesus, que ataca duramente seu orgulho, sua
avareza, sua hipocrisia e, sobretudo, o perigo de crer que a salvação vem da lei.

No entanto os "perushim" eram uma seita de grande influência em Israel devido ao ensino
religioso e político. Aceitavam a Torá escrita e as tradições da Torá oral, na unicidade do
Criador, na ressurreição dos mortos, em anjos e demônios, no julgamento futuro e na vinda do
rei Messias. Eram os principais mestres nas sinagogas, o que os favoreceu como elemento de
influência dentro do judaísmoapós a destruição do Templo. São precursores por suas filosofias
e idéias do judaísmo rabínico.
[editar]Máximas

 "A verdade é o selo de Deus"


 "Mais que toda ação religiosa, Deus quer um coração puro"

 "Toda oração deve ser precedida por um ato de caridade"

 "Aquele que comete uma falta em segredo, nega a onipotência de Deus"

 "Se Deus reserva a recompensa das boas ações para o mundo futuro é com o fim de
que os homens ajam neste mundo por convicção e não por interesse"

 "Sêde dos discípulos de Arão, amai a paz e sacrificai tudo para mantê-la"

 "Não julgues teu próximo até que te encontres no lugar dele"

 "Julgai todo mundo com indulgência"

 "Não envergonhai o próximo em público, porque isso poderia custar-lhe a vida e seríeis
um criminoso"

 "Mais vale estar entre os perseguidos que entre os perseguidores"

 "Não te metas em nenhum assunto do qual possa resultar condenado à morte ainda
que culpado"

 "Ditoso o homem que sai deste mundo, limpo e sem pecado, como entrou"

 "Grande perigo é substituir Deus do coração por um coração de deus"

Saduceus (em hebraico: ‫ ְצדּוִק ים‬Ṣĕdûqîm bnê Sadôq, sadoquitas, em grego:Saddoukaios) é a


designação da segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dosfariseus.

Também para esta seita ou partido é difícil determinar a origem. Sabemos que existiu nos
últimos dois séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus. O nome
parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o
programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na
nova Judéia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe
sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade,
parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que havia
começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os
saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com ambientes
helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre
estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da Jerusalém judia.

Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia
afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tentado enlaçar Jesus com uma pergunta
ardilosa sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição
farisaica, possuiram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica. O único
que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas éFlávio Josefo que, por ser fariseu e por
haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.
Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas,
foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se.
Ficaram porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos
(D.C.) e da época medieval.

Os Essênios (português brasileiro) ou Essénios (português europeu) (Issi'im) constituíam um grupo


ou seita judaica ascética que teve existência desde mais ou menos o ano 150 a.C. até o
ano 70 d.C. Estavam relacionados com outros grupos religioso-políticos, como os saduceus.

O nome essênio provém do termo sírio asaya, e do aramaico essaya ou essenoí, todos com o
significado de médico, passa por orumdo grego (grego therapeutés), e, finalmente,
por esseni do latim. Também se aceita a forma esseniano.

Índice

[esconder]

1 Descobertas

2 História

3 Doutrina

4 Referências

5 Ligações

externas

[editar]Descobertas

Dentre as comunidades, tornou-se conhecida a de Qumran em 1955, nas regiões do Qumran,


zona árida e quente próximo ao Mar Morto, foram encontrados jarros com manuscritos que
continham documentos, revelações, leis, usos e costumes de uma comunidade de essênios. O
Essenismo é transcrito pela primeira vez por Filon e Flávio Josefo, onde citavam que era uma
ordem que havia se afastado do judaismo tradicional por motivos desconhecidos, seus
costumes se diferenciam em determinados pontos. Iniciaram seus estudos nos séculos que vão
desde o ano 150 (A.C) ao 70 (D.C.). O Essenismo foi melhor revelado na história oficial, pela
descoberta dos famosos "Manuscritos do Mar Morto", que são uma coleção de centenas de
textos e fragmentos de texto encontrados em cavernas de Qumran. Mesmo após décadas de
trabalho e controvérsias, a tradução integral dos manuscritos do mar Morto foi completada em
2002, mas não havia nenhuma referência direta a Jesus, João Batista ou aos primeiros
cristãos. Os essênios provavelmente foram exterminados pelos romanos, ou obrigados a deixar
suas comunidades e fugir para salvar suas vidas, por volta do ano 68 d.C. [1]

[editar]História

Durante o domínio da Dinastia Hasmonéa, os essênios foram perseguidos. Retiraram-se por


isso para o deserto, vivendo em comunidade e em estrito cumprimento da lei mosaica, bem
como da dos Profetas. Na Bíblia não há menção sobre eles. Sabemos a seu respeito por Flávio
Josefo (historiador oficial judeu) e por Fílon de Alexandria (filósofo judeu). Flávio Josefo relata a
divisão dos judeus do Segundo Templo em três grupos principais: Saduceus, Fariseus e
Essênios. Os Essênios eram um grupo de separatistas, a partir do qual alguns membros
formaram uma comunidade monástica ascética que se isolou no deserto. Acredita-se que a
crise que desencadeou esse isolamento do judaísmo ocorreu quando os
príncipes Macabeus no poder, Jonathan e Simão, usurparam o ofício do Sumo Sacerdote,
consternando os judeus conservadores. Alguns não podiam tolerar a situação e denunciaram
os novos governantes. Josefo refere, na ocasião, a existência de cerca de 4000 membros do
grupo, espalhados por aldeias e povoações rurais.

[editar]Doutrina

 Dividiam-se em grupos de 12 com um líder chamado "mestre da justiça";


 Vestiam-se sempre de branco;

 Acreditavam em milagres pela mão, milagres físicos e benção com as mãos. (Acredita-
se que as curas por imposição de mãos sejam semelhantes ao Reiki oriental.)

 Realizavam curas com ervas medicinais e aplicação de argila;

 Aboliam a propriedade privada;

 Eram todos vegetarianos;

 Alguns mestres não se casavam, todavia o celibato não era obrigatório;

 Tomavam banho antes das refeições;

 A comida era sujeita a rígidas regras de purificação.

 Eram chamados de nazarenos por causa do voto nazarita.

 Realizavam o ritual do Batismo nas águas aos iniciados;

 Guardavam o Nome de Deus, dito impronunciável pelos Fariseus e Saduceus, o


tetragrama sagrado YHWH (pronunciado como Yah ou Jah na tradição Essênia.)

 Era costume que os nomes de seus membros tivessem o nome de Deus, ex: Obadias
= ObadiYah, Jeremias = YarmiYah, João = YahUkhanaan, Jesus ou Josué = YahShua,
Tiago ou Jacó = YahKov;

 Acreditavam que a Natureza, os seres humanos e todas as coisas vivas eram o


verdadeiro Templo de Deus, pois Ele não habitava em lugares feitos pelas mãos dos
homens, mas sim as coisas vivas e que as ofertas a Deus eram o partilhar da comida para
com os famintos, sejam homens ou animais.

 Rejeitavam as práticas Farisaicas de sacrifício de animais para expiação dos pecados;

 As mulheres eram iguais aos homens na sociedade, podendo inclusive serem Mestres
da justiça (acredita-se que Maria, a mãe de Jesus e Maria Madalena foram Mestres da
Justiça.)

 Não tinham amos nem escravos. A hierarquia estabelecia-se de acordo com graus
de pureza espiritual dos irmãos, os sacerdotesque ocupassem o topo da ordem.
Eles se proclamavam "a nova aliança" de Deus com Israel, mais tarde este mesmo termo
aparece na literatura cristã como "novo testamento" e tambem grande parte das práticas
judaica essênias.

Segundo Christian Ginsburg (historiador orientalista), os essênios foram os precursores do


Cristianismo, pois a maior parte dos ensinamentos de Jesus, o idealismo ético, a pureza
espitirual, remetem ao ideal essênio de vida espiritual. A prática da banhar-se com frequência é
fruto do ritual da Tevilah, onde o Judeu mergulha em um micvê em certas ocasiões para se
purificar.

Suporte@kmdobrasil.com.br

Att.: CLeyton

Tradução Palavra e frase Transliteração

Hebraico ‫עברית‬ ivrit


Paz/Olá ‫שלום‬ shalom
Tchau, adeus, até a vista ‫להתראות‬ lehitra’ot
Muito prazer (em conhecê-lo) ‫נעים מאוד‬ na’im me’od
Por favor ‫בבקשה‬ bevakasha
Obrigado ‫תודה‬ todá
Muito obrigado ‫תודה רבה‬ todá rabá
Desculpe-me ‫סליחה‬ sliha
Tudo bem? Col be seder?
Como vai você? Mah nishmá?
Sim ‫כן‬ ken
Não ‫לא‬ lo
Saúde ! ‫לחיים‬ le-chaim
Bom dia ‫בוקר טוב‬ boqer tov
Boa tarde ‫ערב טוב‬ erev tov
Boa noite ‫לילה טוב‬ laíla tov
Um momento! ‫רגע‬ rega!
Bom! ‫טוב‬ tov
Eu não entendi (forma masculina) ‫אני לא מבין‬ ani lo mevin
Eu não entendi (forma feminina) ‫אני לא מבינה‬ ani lo mevina
Bom apetite ‫בתיאבון‬ beteavon
Você fala inglês ? (forma masculina) ?‫ אתה מדבר אנגלית‬atá medaber anglit?
Você fala inglês ? (forma feminina) ?‫ את מדברת אנגלית‬at medaberet anglit?

Código: 5
Português: Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu: ele se alimenta entre os
lÃrios.
×× ×™ לדודי ודודי לי הר×
Hebraico:
¢×” ×‘×©×•×©× ×™× (Ouvir)
Transliterado: Ani ledodi vedodi li haroeh bashoshanim
Obs: Cantares 6:3 (versÃculo completo, versão ARCA)

Código: 9
Português: Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu
Hebraico: ×× ×™ לדודי ודודי לי (Ouvir)
Transliterado: Ani ledodi vedodi li
Obs: Cantares 6:3 (somente primeira parte do versÃculo

Código: 10
Português: No princÃpio criou Deus os céus e a terra
בראשית ברא אלהים את
Hebraico:
השמים ואת הארץ (Ouvir)
Transliterado: Bereshit bara Elohim et hashamaim veet haarets
Obs: Genesis 1:1

Código: 11
Português: Jesus te ama
Hebraico: ישוע ×והב ×ותך (Ouvir)
Transliterado: Yeshua ohev otcha
Obs: falando para homem

Código: 13
Português: Jesus te ama
Hebraico: ישוע ×והב ×ותך (Ouvir)
Transliterado: Yeshua ohev otach
Obs: falando para mulher

Código: 22
Português: Eu e minha casa serviremos ao SENHOR
Hebraico: ×× ×™ וביתי × ×¢×‘×“ ×ת ××“×•× ×™
(Ouvir)
Transliterado: Ani uveiti naavod et Adonai
Obs: Josué 24:15. No versÃculo original encontra-se o tetragrama, aqui ele foi
substituido por Adonai(××“×•× ×™)

Código: 26
Português: Te louvarei eternamente
Hebraico: ×הלל ×ותך ×œ×¢×•×œ× (Ouvir)
Transliterado: Ehalel otcha leolam
Obs: Homem ou mulher falando
Código: 27
Português: Se Deus é por nós, quem será contra nós?
×× ×”××œ×”×™× ×œ× ×• מי יריב
Hebraico:
××ª× ×• (Ouvir)
Transliterado: Im haElohim lanu mi iariv itanu
Obs: Rom 8:31 (segunda parte do vers., ARCA)

Código: 28
Português: Jesus, leão da tribo de Judá
ישוע, האריה אשר הוא
Hebraico:
משבט יהודה (Ouvir)
Transliterado: Yeshua, haarieh asher hu mishvet Yehudah
Obs:

Código: 29
Português: Eu te amo muito, meu Deus
×× ×™ אוהבת אותך מאד,
Hebraico:
אלהי (Ouvir)
Transliterado: Ani ohevet otcha meod, Elohai
Obs: Mulher falando para Deus

Código: 32
Português: Jesus, o salvador da humanidade
ישוע, המושיע של הא×
Hebraico:
ושות (Ouvir)
Transliterado: Yeshua, hamoshia shel haenoshut
Obs:

Código: 33
Português: Eu te amo muito, meu Deus
×× ×™ אוהב אותך מאד,
Hebraico:
×להי
Transliterado: Ani ohev otcha meod, Elohai
Obs: Homem falando para Deus

Código: 35
Português: Eu entrego minha vida a Deus
×× ×™ × ×•×ª×Ÿ ×ת ×”×—×™×™× ×©×œ×™
Hebraico:
ל×להי×
Transliterado: Ani noten et hachaim sheli lElohim
Obs:

Código: 36
Português: Minha vida pertence a Jesus Cristo
חיים שלי לישוע
Hebraico:
המשיח
Transliterado: Chaim sheli leYeshua hamashiach
Obs:

Código: 39
Português: Senhor dos Exércitos
Hebraico: ××“×•× ×™ צבאות (Ouvir)
Transliterado: Adonai Tsevaot
Obs:

Código:40
Português: Jesus Cristo
Hebraico: ישוע המשיח (Ouvir)
Transliterado: Yeshua Hamashiach
Obs:

Código: 43
Português: Deus é tudo
Hebraico: אלוהים, הוא הכול (Ouvir)
Transliterado: Elohim, Hu hakol
Obs:

Código: 48
Português: Todas as coisas posso em Cristo que me fortalece
את כל אוכל בעזרת המשי×
Hebraico:
— ×”× ×•×ª×Ÿ לי ×›×— (Ouvir)
Transliterado: Et kol uchal beezerat hamashiach hanoten li koach
Obs: Filipenses 4:13. (versÃculo completo)

Código: 49
Português: Eu perteço aquele cujo velho estilo se uniu ao novo
×× ×™ ×œ×”×•× ×שר ×”×¡×™×’× ×•×Ÿ
Hebraico:
הישן הת×חד ×œ×”×¡×™×’× ×•×Ÿ ×”×—
דש
Transliterado: Ani lehu asher hasignon haiashan hitached lehasignon hechadash
Obs:

Código: 50
Português: Eu Sou o que Sou
Hebraico: ××”×™×” ×שר ××”×™×” (Ouvir)
Transliterado: Eheyeh asher Eheyeh
Obs: Êxodo 3:14. Apenas parte do versÃculo
Código: 51
Português: Salmos
Hebraico: תהילי×
Transliterado: Tehilim
Obs:

Código: 52
Português: Pai
Hebraico: ×ב×
Transliterado: Aba
Obs:

Código: 53
Português: O SENHOR é meu pastor, nada me faltará
Hebraico: ××“×•× ×™ רעי ×œ× ×חסר (Ouvir)
Transliterado: Adonai roi lo echsach
Obs: Salmos 23:1. No versÃculo original encontra-se o tetragrama, aqui ele foi
substituido por Adonai(××“×•× ×™)

Código: 56
Português: Escolhidos por Deus
Hebraico: בחירי ×”×לוהי×
Transliterado: Bechirei HaElohim
Obs:

Código: 58
Português: Boa semente
Hebraico: זרע טוב
Transliterado: Zera tov
Obs:

Código: 61
Português: Jesus, a paz eficaz
Hebraico: ישוע ,×”×•× ×”×©×œ×•× ×”×™×¢×™×œ
Transliterado: Yeshua, hu hashalom haiail
Obs:

Código: 64
Português: Deus Pai
Hebraico: ×ל ×ב
Transliterado: El Av
Obs:

Código: 68
Português: O mundo precisa de paz e muito amor, sem fé não existe nada, sem
Deus também não. A vitória do ser humano, é ter paciência para poder
aprender que a vida só existe quando temos Deus em nossa vida.
העולם צריך שלום והרבה
Hebraico:
אהבה. בלי ××ž×•× ×” אין שום
דבר וגם בלי אלוהים. סבל×
ות ללמוד שיש חיים רק
מתי אלוהים בחיים ×©×œ× ×•.
×–×” ×”× ×¦×—×•×Ÿ של בן-אדם
Transliterado: Haolam tsarich shalom veharbeh ahavah. Bli emunah ein shum davar
vegam bli Elohim. Savlanut lilmod sheiesh chaim rak matai Elohim bachaim shelanu.
Ze hanitsachon shel ben-adam.
Obs:

Código: 71
Português: Amado filho de Jesus
Hebraico: בן ×הוב של ישוע
Transliterado: Ben ahuv shel Yeshua
Obs:

Código: 79
Português: Deus é fiel
Hebraico: ××œ×•×”×™× × ××ž×Ÿ
Transliterado: Elohim neeman
Obs:

Código: 80
Português: O impossÃvel aos homens é possÃvel a Deus
הדבר אשר יפלא ×ž×‘× ×™
Hebraico:
אדם לא יפלא מהאלהים
Transliterado: Hadavar asher ipale mibinei adam lo ipale mehaElohim
Obs:

Código: 82
Português: Vozes em louvor
Hebraico: קולות בתהלה
Transliterado: Kolot bitehilah
Obs:

Código: 87
Português: Eu sou o prÃncipe de Israel da tribo de Manassés
×× ×™ × ×©×™× ישראל משבט
Hebraico:
×ž× ×©×”
Transliterado: Ani nesi Israel mishevet menasseh
Obs:
Código: 90
Português: Ministério amai, visão celular
Hebraico: שרות ×הבו, חזון ת××™
Transliterado: Sherut ehevu, chazon tai
Obs:

Código: 91
Português: Deus seja louvado
Hebraico: הללו יה
Transliterado: Halelu Yah
Obs:

Código: 218
Português: Deus vai na frente cuidando de tudo
××œ×•×”×™× ×”×•×œ×š בר××©× ×•
Hebraico:
ומטפל הכל
Transliterado: Elohim holech beroshenu umetapel hakol
Obs:
Jesus era conhecido como o Nazareno por ser habitante da
cidade de Nazaré. Contudo a denominação de "Nazareno"
poderia se referir também ao status de "nazir" ou "nazireu", ou
seja, o indivíduo inteiramente consagrado a Deus, que, entre
outras obrigações rituais, devia se abster de cortar os cabelos.

Jesus nasceu em uma época em que os judeus ansiavam pela


libertação do jugo romano, já que viviam sob forte opressão
econômica, social e política. Havia uma profunda crise dos
valores tradicionais.

Por isso, os judeus aguardavam a chegada do Messias, que,


como enviado de Deus, deveria liderar uma revolução capaz de
expulsar romanos e derrubar a corrupta dinastia herodiana,
restaurando o legítimo reino de Israel.

Em hebraico Mashiah, que significa "Ungido". O termo era


originalmente utilizado para designar o sumo sacerdote, sobre
cuja cabeça se derramava o óleo santo, como consagração de
sua liderança espiritual e política. Os reis de Israel também
eram ungidos.

Os seguidores de Jesus o reconheceram como o Messias,


conforme previsto pelos profetas. Contudo, a dificuldade do
povo em geral em aceitar Jesus como um pacificador, um
homem que pregava o amor ao próximo, o perdão aos inimigos
ao invés do guerreiro que viria restaurar o explendor de Israel,
não permitiu a imediata assimilação de seus ensinamentos.

Porém, na condição de Messias, ele foi recebido em triunfo em


Jerusalém, em sua última semana de vida. Mas o desenrolar dos
acontecimentos frustrou essa expectativa de revolta armada.
Os inimigos de Jesus (especialmente os saduceus), souberam
então explorar a frustração popular que acabou por condenà-lo
à morte.

Por que o povo, que testemunhara tantos milagres, abandonou


Jesus?

Jesus trouxe uma mensagem de Paz e Amor. O seu Reino é o


dos Céus. O povo não estava preparado para assimilar
ensinamentos contrários à Lei de Talião, que previa dente por
dente, olho por olho e muito menos para perdoar os inimigos
( no caso, os romanos ).

A revolução preconizada por Jesus é uma revolução interior,


uma tomada de consciência e nada tinha a ver com os anseios
do povo que buscava a libertação política e não a espiritual.

E embora Jesus tenha sido abandonado por seus


contemporâneos mais imediatos, após a sua morte física, os
apóstolos , seus seguidores mais próximos e depois, Saulo de
Tarso- Paulo apóstolo, souberam difundir e perpetuar os seus
sublimes ensinamentos.

AS ESTRUTURAS FAMILIARES NA SOCIEDADE JUDAICA

Tipo patriarcal, o pai goza toda autoridade sobre as pessoas.

• O marido é senhor da mulher.

• O templo, único local, onde se ofereciam os sacrifícios e se


recolhiam os dízimos e as oferendas três vezes ao ano.

A mulher

• Não participava da vida pública, um homem não podia olhar,


nem cumprimentar uma mulher casada;

• Perante a religião a mulher não era igual ao homem, na


sinagoga ocupavam espaço separado;

• Perante a lei, estava sujeita a todas as proibições e a todo


rigor civil e penal, inclusa à pena de morte.

JESUS E OS LAÇOS DE PARENTESCO

Mateus 12:46-50, Marcos 3:20-21-31-35, Lucas 8:19-21

Jesus afirma que a sua verdadeira parentela, seus verdadeiros


irmãos, não são aqueles que lhe são ligados pelos laços de
sangue, mas aqueles que ele lhes transmite da parte de Deus, o
Pai de todos.
Jesus e as mulheres

• fala com uma mulher samaritana em público, pede-lhe de


beber
• cura diversas mulheres, reintegrando-as à sociedade.
• coragem no episódio da mulher adultera, perdoando-a.

GRUPOS RELIGIOSOS E POLÍTICA

Vejamos agora, quais os grupos religiosos e políticas da época


de Jesus.

Saduceus- Eram integrantes de um partido constituído por


grandes proprietários de terras e membros da elite sacerdotal.
O famoso historiador judeu Flávio Josefo (35 d.C.- 111 d.C.)
escreveu que os saduceus representavam o poder, a nobreza e
a riqueza. Conciliadores em relação ao domínio romano, eles
controlavam o Sinédrio (o senado de Israel) e o Templo de
Jerusalém. Negavam a imortalidade da alma, rejeitavam o
Talmud (conjunto de opiniões e comentários dos antigos
rabinos) e aceitavam apenas o que estava escrito na Torá (as
Sagradas Escrituras judaicas, constituídas pelos cinco
primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio), cuja redação era atribuída a Moisés.

Mais do que qualquer outro grupo, foram os saduceus os


principais responsáveis pela condenação de Jesus.

Já os Escribas não estavam ligados a um segmento social


específico, nem constituíam uma seita ou partido, na acepção
estrita das palavras, porém desfrutavam de enorme autoridade,
como intérpretes abalizados das Sagradas Escrituras. Homens
de grande erudição, eram consultados em assuntos polêmicos e
influenciavam as decisões do Sinédrio, onde estavam
representados - por isso, tiveram também sua parte na
condenação de Jesus.

Ao contrário dos saduceus, cuja atividade religiosa se exercia


somente no Templo de Jerusalém, os doutores atuavam
também nas sinagogas e escolas rabínicas. Reverenciavam
mais do que ninguém a Torá, mas não se prendiam a uma leitura
literal do texto sagrado, reconhecendo nele toda uma dimensão
esotérica. Muitos doutores pertenciam ao grupo dos fariseus.

Já os Fariseus faziam parte de um movimento com ramificações


em todas as camadas sociais, principalmente nas classes dos
artesãos e pequenos comerciantes. Muito religiosos e
extremamente formalistas, os fariseus se separavam do resto
da comunidade judaica pelo cumprimento ultraminucioso de
todas as regras de pureza prescritas na Torá, em especial no
livro do Levítico. Daí seu nome, fariseus, que deriva da palavra
hebraica perishut ("separação"). Eram ativos nas sinagogas e,
em várias ocasiões, foram admoestados por Jesus, que os
criticava por se apegarem aos detalhes superficiais da Torá,
enquanto negligenciavam seu conteúdo profundo. Dirigindo-se a
eles e aos doutores, o mestre os chamou de "condutores cegos,
que coais o mosquito e tragais o camelo!"

Não se pode negar que a doutrina farisaica exerceu forte


influência sobre o futuro pensamento cristão, principalmente no
que diz respeitoà crença na imortalidade da alma e na
ressurreição do corpo. Em política, os fariseus eram
nacionalistas, e aguardavam a vinda do Messias, que deveria
libertar Israel da dominação romana

Os Zelotes por sua vez eram radicais egressos da seita dos


fariseus. Tinha a pretensão de expulsar pelas armas os
dominadores pagãos, e cometiam atentados terroristas contra
os representantes do Império.

Por isso, eram cruelmente perseguidos pelo poder romano. A


base social do partido dos zelotes era formada pelo pequeno
campesinato e outros segmentos pobres da sociedade. Sua
doutrina era um misto de religiosidade extremada e
ultranacionalismo político. Entre os 12 discípulos mais íntimos
de Jesus, havia pelo menos dois zelotas: Simão, o Zelota (não
confundir com o outro Simão, que o mestre denominou Pedro), e
Judas Iscariotes, aquele que o traiu. O termo Iscariotes,
acrescentado ao nome de Judas, tanto pode significar que ele
fosse originário da cidade de Kariot, foco da rebelião zelota,
como derivar da expressão aramaica ish kariot ("aquele que
porta um punhal"), alusão ao fato de os membros dessa seita
andarem armados.
Os zelotes parecem ter depositado grandes esperanças na
liderança política de Jesus. Porém a amplitude, a profundidade
e o longo alcance da mensagem do mestre se chocaram com o
caráter restrito e imediatista de uma revolução preconizada por
eles

Aguns querem crer que Jesus pertecencesse à seita


dos Essênios. Mas a especulação não encontra respaldo em
estudos contemporâneos. Basta frisar que um essênio jamais se
sentaria à mesa de um cobrador de impostos ou perdoaria uma
mulher adúltera, como fez Jesus. Apegados aos preceitos de
pureza e ao seu próprio orgulho, os essênios se afastavam de
um mundo supostamente corrompido para não se
contaminarem. Jesus, ao contrário, transgredia
deliberadamente essas mesmas regras. E mergulhava no mundo
para transformá-lo.

Puritanos viviam os essênios em comunidades ultrafechadas,


como a que se desenvolveu na região de Qumran, às margens
do Mar Morto. Muitos deles eram sacerdotes dissidentes do
clero de Jerusalém. Segundo eles, nem mesmo os fariseus e os
zelotas eram suficientemente rigorosos no cumprimento da Lei
judaica. Acreditavam serem os únicos remanescentes puros de
Israel. Opunham-se à propriedade privada e ao comércio,
valorizavam o trabalho na lavoura e levavam uma vida comunal
extremamente austera. Praticavam o celibato ou se casavam
somente para perpetuar a espécie. Sua doutrina previa que os
aspirantes deviam passar por um período de iniciação, que
durava três anos e culminava no ritual do batismo.

Combatiam intransigentemente tanto os romanos quanto o


poder concentrado no Templo de Jerusalém, opondo-se ao
sacrifício de animais. E aguardavam a vinda do Messias, que
deveria liderar uma guerra santa para eliminar os pecadores e
instaurar o reino dos justos.

JESUS E O TEMPLO

Em determinada época, houve vários santuários disseminados


pelo país e a prática religiosa estava muito mais próxima da
vida cotidiana do povo. Mas, no século 7 a.C., uma reforma
violenta, realizada de cima para baixo, modificou
profundamente o culto judaico. Ela ocorreu durante o reinado de
Josias, que se estendeu de 640 a 609 a.C. Sob o pretexto de
depurar a religião das influências pagãs, herdadas dos povos
vizinhos, Josias destruiu os antigos santuários, queimou seus
objetos sagrados, massacrou seus sacerdotes e centralizou o
culto em Jerusalém.

Por trás de seu furor reformista, havia um inconfessável


objetivo político: centralizar o culto e obrigar o povo a acorrer a
Jerusalém nas datas estabelecidas a fim de unificar o país em
torno da casa real de Judá. A centralização do culto fortaleceu
a casta sacerdotal e enriqueceu seus integrantes mais ilustres.

Com a desagregação da monarquia, esse alto clero assumiu o


controle da vida nacional. A base econômica de seu poder eram
os sacrifícios diários de animais (bois, carneiros, pombos) e a
cobrança de impostos realizados no Templo. Os animais

a serem sacrificados passavam por um rigoroso controle de


qualidade, baseado nas regras de pureza estabelecidas no livro
do Levítico. Esse "exame de pureza" barrava os animais
trazidos pelos fiéis, que, em seu lugar, deviam comprar outros,
vendidos nos pátios do Templo. Não era de estranhar que os
animais considerados puros fossem criados pelas próprias
famílias sacerdotais ou por grandes proprietários com elas
relacionados.

Os preços variavam de acordo com a demanda. E disparavam na


época das festas religiosas. O animal mais barato- o pombo- ,
chegava a custar então cem vezes o seu preço normal, sendo
comercializado por um denário - quantia equivalente ao salário
pago por um dia de trabalho/

Os altos sacerdotes não lucravam apenas com a venda dos


animais. Tiravam proveito também da conversão do dinheiro
utilizado no pagamento dessas "comjpras . Pois as moedas
correntes não podiam entrar no Templo. O motivo alegado era
que se tratava de dinheiro "impuro". Mas a verdadeira causa
estava na desvalorização de seu valor real devido à inflação.
Tanto é que as moedas comuns deviam ser trocadas pela
tetradracma tíria, cunhada na cidade de Tiro, na Fenícia, atual
Líbano.

Outra fonte de renda era o dízimo. Todo judeu do sexo


masculino, com mais de 20 anos, era obrigado a pagá-lo . E o
Templo possuía o cadastro dos contribuintes, dentro e fora da
Judéia. Não admira que judeus puritanos, como os essênios,
abominassem o sistema econômico-político-religioso
estruturado em torno do Templo. Muitos deles eram ex-
sacerdotes, que haviam renunciado à sua proveitosa condição
por razões de consciência.

Quando Jesus virou as mesas dos cambistas e expulsou os


vendedores de animais do Templo, ele se chocou de frente com
os interesses financeiros da classe sacerdotal. Sentindo-se
ultrajados e ameaçados pelos ensinamentos de e pela atitudade
Jeus, o Sinédrio conseguiu condená-lo à morte.

A condenação

Controlado pelas duas famílias sacerdotais mais poderosas de


Israel, as de Anás e Caifás, o Sinédrio - Sanhedrim, em hebráico
- era o braço político do sistema de poder estruturado em torno
do Templo de Jerusalém. O Sinédrio era responsável por todas
as decisões de natureza legal ou ritual. Sua autoridade
incontestada se estendia às populações judaicas que viviam
fora da Palestina. (vide a ação de Saulo de Tarso contra os
primeiros cristãos.

Setenta membros, escolhidos entre os homens mais ilustres da


comunidade (saduceus, doutores da lei, fariseus) compunham o
Sinédrio que era presidido pelo sumo sacerdote em exercício.

Jesus é considerado uma ameaça ao sistema estabelecido

O Sinédrio não se respaldava numa longa tradição. Pois sua


existência remontava apenas ao século 2 a.C. e encerrou-se em
66 d.C.. Também não desfrutava de sólida legitimidade política
aos olhos da população, devido a sua política de colaboração
com os romanos. Por isso, seus chefes se sentiram altamente
ameaçados com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Eram suficientemente ardilosos, porém, para tirar vantagem do
desapontamento popular causado pela recusa de Jesus em
assumir o papel de líder messiânico. Traído pelo zelota Judas
quando se encontrava em oração no monte das Oliveiras e
preso pelos soldados do sumo sacerdote Caifás, o Mestre foi
levado a uma masmorra existente na casa deste último e
cruelmente espancado.

Pôncio Pilatos-sua indiferença diante do drama que se


desenrolava. Por que lavou as mãos?

É preciso entender que sob a domininaçào romana, os judeus


não podiam condernar uma pessoa à morte.Uma sentença de
morte era da responsabilidade do representante do império
romano, no caso, Pôncio Pilatos.

Segundo o relato de Mateus, o Sinédrio condenou Jesus à morte


sob a acusação de "blasfêmia". Porém, como dito acima,
ainstituição não tinha, autoridade para executar o condenado.
Por isso, Caifás encaminhou Jesus ao procurador Pôncio
Pilatos. Para o romano, a acusação, de caráter religioso, não
fazia o menor sentido. Daí a suahesitação em ratificar a
sentença.

Pilatos ainda tentou, em sua indecisão salvar Jesus da morte,


ao cumprir o ritual de libertar um prisioneiro na época da
Páscoa. O prisioneiro escolhido para ser colocado diante da
multidão a fim de que ela decisidesse quem deveria ser
libertado foi Barrabás.

E quem era Barrabás ? Para alguns Barrabás era um ladrão,


salteador, um homicida. Para outros, era um nacionalista que
lutava para libertar Israel do jugo romano e, em uma revolta
fracassada, matou um soldado romano.

Enfim, Pilatos teria considerado Jesus inocente e julgado que,


por tratar-se de um homem que só fizera o bem, seria o
escolhido do povo ao invés do assassino e ladrão e/ ou
revolucionário como querem alguns.
Se a versão de que Barrabás era um revolucionário for
verdadeira, pode-se compreender melhor porque contou com o
apoio de grupo de seguidores e também de indiferentes que
incitados, Deus sabe lá por quais grupos ou interesses, levou a
turba a escolhe a libertaçào de Barrabás e a condenação de
Jesus à morte por crucificação.

Pilatos embora considerasse Jesus inocente, não quis envolver-


se mais profundamente e deixou a decisão à turba; lavou as
màos quanto ao crime de sua indiferença e tornou-se
tristemente famoso.

Barrabás desapareceu na poeira da história ( apenas temos


citações dos Evangelistas quanto ao episódio - Mateus 27,15-25;
Marcos 15,6-15; Lucas 23, 17-25; João 18, 39-40).

JESUS, porém, não pode jamais ser esquecido pelos


ensinamentos que nos legou, por seu exemplo de Amor e
Bondade.

Yeshua, O Rabino

1 - INTRODUÇÃO

Para entender completamente o que Yeshua fazia, e também seus ensinamentos, é necessário
entendermos o que era ser rabino no primeiro século, como ensinavam, etc.

2 - O QUE FAZ UM RABINO?


Quando conhecemos alguém, uma das primeiras perguntas que fazemos é "Qual a sua profissão?"
Dependendo da profissão, pedimos também à pessoa para explicar um pouco do que ela faz. Ao
conhecermos mais sobre a profissão de uma pessoa, passamos a conhecer mais sobre a própria pessoa,
pois ela passa grande parte da vida dela naquela atividade. Por exemplo, se descobrimos que a pessoa
que acabamos de conhecer é um médico, esta informação nos diz bastante a respeito da educação da
pessoa, do seu círculo social, do seu status financeiro e até mesmo da sua rotina diária.

E se você tivesse a oportunidade de voltar no tempo e encontrar com o Ieshua dos Evangelhos, e
perguntasse: "O que você faz?" O que Ele te diria? Que tipo de educação um Salvador precisa ter? Qual
era o status social da profissão de Filho de D-us? Quanto um Messias ganhava por mês? Qual era a
rotina de um Libertador? Pois é, estas perguntas não fazem sentido, não é mesmo? Porque o fato é que
conhecemos muito a respeito das definições teológicas de Ieshua (i.e. Salvador, Filho de D-us, Messias,
etc.), mas normalmente as pessoas conhecem pouco sobre a vocação de Ieshua.
A vocação de Ieshua era rabino. Ele era um rabino de Galil (Galiléia), com muitos admiradores e
seguidores. Só estes fatos já nos dizem muita coisa sobre quem o rabino Ieshua realmente é.

Naqueles dias, o termo "rabino" ainda não tinha o significado de hoje. Hoje em dia, "rabino" é um termo
usado automaticamente para quem se forma em uma Ieshiva (instituição rabínica). O termo "rabino" era
um termo respeitoso para um grande professor. É neste contexto que devemos procurar entender o
rabino Ieshua.

Felizmente, a literatura judaica preservou para nós uma grande riqueza em termos de tradições,
ensinamentos, parábolas e histórias de grandes rabinos do Judaísmo da mesma era que Ieshua (isto é,
da Era do Segundo Templo). Ao compararmos as palavras, as vidas e as aventuras de outros rabinos
contemporâneos de Ieshua, conseguimos aprender bastante sobre o que significava ser um rabino no
Primeiro Século.

3 - QUAL ERA O SALÁRIO DE


IESHUA?
Um rabino do Primeiro Século não era um clérigo ou ministro ordenado. Aliás, apesar de muitas vezes
serem vistos desta forma (devido principalmente à cultura ocidental), até hoje os rabinos não são
exatamente ministros. Os rabinos do Primeiro Século não recebiam salário de uma sinagoga ou
denominação. Ao invés disto, eles tipicamente praticavam alguma atividade comercial para sustentar o
seu ministério de ensino, ou viviam de doações. Por exemplo, Rabban Gamliel aconselhava os seus
alunos a combinar a prática da instrução da Torah com uma atividade mundana (Avot 2:2). Seu aluno
mais famoso, o rabino Sha'ul HaBinyamin, mais popularmente conhecido como o apóstolo Paulo,
escolheu ser um fabricante de tendas ao invés de aceitar doações de seus talmidim (discípulos).

Outros professores, como Ieshua, ensinavam e faziam talmidim (discípulos) em tempo integral. Tais
professores dependiam de doações da comunidade e de seus alunos. (Lucas 8:3 menciona algumas
mulheres que apoiavam o ministério de Ieshua. Iochanan / João 12:6 lembra que havia uma sacola de
doações levada por Ieshua e seus talmidim / discípulos.) Quando um rabino decidia se dedicar em tempo
integral ao ministério, isto normalmente significava ter que levar um estilo de vida bastante humilde. Por
isto ele disse que as raposas tinham tocas e os pássaros tinham ninhos, mas o Filho do Homem não tinha
um lugar para recostar a cabeça.

4 - ONDE MORAVA E TRABALHAVA


IESHUA?
Pelo Talmud, fica bem evidente que na maioria das vezes um rabino do Primeiro Século ensinava de uma
sinagoga local. As sinagogas eram normalmente chamadas de Beit Midrash (Casa de Estudo). Os alunos
que desejavam aprender daqueles rabinos freqüentemente viajavam grandes distâncias e, se fossem
aceitos como talmidim (discípulos), eles dedicavam as suas vidas não só a estudar, mas também a viver
com o seu rabino. Por outro lado, muitos dos sábios do Judaísmo do Primeiro Século eram itinerantes,
viajando de cidade em cidade, de sinagoga em sinagoga, ensinando a Torah e fazendo talmidim
(discípulos). O ministério de Ieshua certamente era itinerante, embora ele também utilizasse Kfar Nachum
(Cafarnaum) como sua base. Tanto que nos Evangelhos vemos Kfar Nachum (Cafarnaum) sendo
chamada de "Sua própria cidade" (Matitiyahu / Mateus 9:1). Em Kfar Nachum (Cafarnaum), muito
provavelmente ele se hospedava em um quarto na casa de Kefah (Pedro). Contudo, ele certamente
rejeitou a oferta de se tornar um rabino residente de Kfar Nachum (vide Lucas 4:43).
A maior parte do ministério de Ieshua consistiu das viagens dentre Ierushalaim e Galil (Galiléia). Mas por
que? Porque como todo judeu observante da Torah em Israel, ele tinha que ir a Ierushalaim e ao Templo
para cada uma das três festas de peregrinação: Pessach, Shavuot (Pentecostes) e Sucot (Tabernáculos).

O Talmud relata que os sábios aproveitavam as grandes multidões de peregrinos para ensinar um grande
número de pessoas nas alas do Templo durante os festivais. Até mesmo aqueles rabinos que
normalmente ficavam em uma só localidade faziam isto, por entenderem que era uma grande
oportunidade de ensinar às massas. É por isto que vemos nos Evangelhos Ieshua freqüentemente
ensinando nas alas do Templo, sempre durante as Moedim (Festas Bíblicas).

5 - QUAL EXATAMENTE ERA A


FUNÇÃO DE UM RABINO?
A função de um rabino no início do Judaísmo era a de transmitir os ensinamentos (ou seja, a Torah) para
a próxima geração. O livro de Pirkei Avot ("A Ética dos Pais") começa com estas palavras "Moshe
(Moisés) recebeu a Torah do Sinai e a transmitiu a seu talmid (discípulo) Iehoshua (Josué) e aos anciãos;
os anciãos aos profetas, e os profetas os homens da grande assembléia (geração de Ezra /
Esdras)" (Avot 1:1).
O padrão de professor-discípulo para transmissão da Torah e do conhecimento de D-us foi estabelecido
desde de o início da história, e temos como primeiro exemplo mais concreto a Moshe e Yehoshua
(Moisés e Josué). Aos professores de cada geração era confiada a tarefa de fazer talmidim (discípulos) e
formar futuros professores para a próxima geração. Geração após geração, de professor a aluno, os
ensinamentos da Torah eram transmitidos. Um rabino do Judaísmo do Primeiro Século era dedicado
exatamente a esta função (como é considerado função de um rabino até hoje): ensinar a Torah de D-us.
O propósito de sua vida era explicar a Torah em termos práticos e comunicar o conhecimento de D-us
para a geração seguinte.

6 - OS TRÊS CRITÉRIOS PARA UM


RABINO
O Pirkei Avot continua "Os Homens da Grande Assembléia disseram três coisas `Seja deliberado em seu
julgamento, forme muitos talmidim (discípulos), e faça uma cerca para a Torah". Esta era a função de um
rabino do Primeiro Século.

I – Ser deliberado no julgamento: A função de um rabino era ser cuidadoso ao tomar uma decisão legal
ou ao interpretar as Escrituras.
Ele tinha que cuidadosamente examinar todas as evidências. Quando lhe era perguntado algo sobre as
Escrituras, ou quando tinha que tomar uma decisão como ancião ou juiz em uma corte, ou até mesmo ao
tomar decisões sobre a observância da Torah (halacha), um rabino tinha que ser cuidadoso e deliberado.
Um rabino levava as Escrituras a sério, e as estudava diligentemente para ser deliberado em seu
julgamento.

II – Formar muitos talmidim (discípulos): A função de um rabino era a de formar muitos talmidim
(discípulos). Ele tinha que passar as instruções a muitos alunos. Se ele não o fizesse, não haveria
continuidade de geração em geração. Sem talmidim (discípulos), o estudo da Torah e o conhecimento do
bem desapareceriam em uma passagem de geração, e a próxima geração cairia em apostasia. A função
de um rabino era a de formar talmidim (discípulos) que por sua vez se tornariam professores e formariam
outros discípulos, para que a Torah não se perdesse.
III – Fazer uma Cerca para a Torah: A tarefa de um rabino era a de proteger a Torah, ou seja, proteger
os mandamentos para que o povo não caísse em pecado. Por exemplo, para que uma pessoa não
cometesse adultério, os sábios fizeram uma cerca, dizendo que um homem não deveria ficar sozinho com
uma mulher que não fosse sua esposa, para que não caísse na tentação do adultério. Alguns dizem que
Ieshua condenou o princípio da cerca, mas na realidade o que Ieshua condenou foi o excessivo
legalismo, e o peso que havia nos exageros sobre as leis de cerca. Como em tudo na vida, o ser humano
tem a tendência a cometer exageros, e as leis de cerca, que eram um conceito válido e muito
interessante, tornaram-se um peso muito grande.
Em seu ministério, Ieshua foi um rabino completo, cumprindo os três critérios acima. Ele foi deliberado em
sue julgamento, tomando decisões brilhantes a respeito da interpretação da Torah. Ele formou muitos
talmidim (discípulos), mais do que qualquer outro rabino jamais o fez. Além dos Doze Apóstolos, ele tinha
centenas de alunos devotos, e milhares de pessoas que ouviam aos seus ensinamentos. Ele fez cercas
para a Torah, por exemplo quando disse que alguém que sequer olha para uma mulher com desejo já
cometeu com ela adultério no coração. Ou quando disse para não fazermos juramentos, mas que o nosso
sim seja sim e o não seja não. Nestes dois exemplos, ele fez cercas para os mandamentos de adultério, e
para alguns mandamentos relacionados ao falar (i.e. não levantar falso testemunho, leis acerca de
juramentos, não tomar o nome de D-us em vão, etc.). Vemos então que Ieshua era um rabino completo.

7 - ENTENDENDO AS PALAVRAS
DO RABINO IESHUA
Quando começamos a estudar os ensinamentos e metodologias de ensino dos primeiros rabinos,
fazemos uma descoberta fantástica. Logo percebemos que muitas das palavras e ensinamentos de
Ieshua refletem os ensinamentos de outros rabinos anteriores ou contemporâneos a ele. A metodologia,
hermenêutica, argumentação, pressuposições teológicas, e até mesmo os assuntos abordados nos
ensinamentos de Ieshua são fundamentalmente rabínicos. Até mesmo a sua forma de ensinar utilizando
parábolas era um método de ensino comum no Primeiro Século. Muitas de suas parábolas são derivadas
de parábolas de outros rabinos anteriores a ele, que Ieshua aproveitou e/ou reformulou para transmitir
Sua mensagem. Em poucas palavras, como rabino, ele utilizou as ferramentas de um rabino para
transmitir Suas idéias. Ele utilizou tanto técnicas rabínicas quanto materiais rabínicos, tal qual já
demonstramos brevemente no segundo artigo desta série. A literatura judaica nos permite comparar Suas
palavras com as palavras dos rabinos que vieram antes dEle, ou mesmo dos rabinos contemporâneos a
Ele. Assim, conseguimos compreender melhor algumas expressões idiomáticas obscuras e elementos do
estilo judaico que Ieshua empregou, ao fazermos tais comparações. Através da literatura judaica,
conseguimos entender melhor os pontos de conflito entre Ieshua e o sistema do Judaísmo que existia no
Primeiro Século. E o melhor de tudo é que, conseqüentemente, conseguimos entender melhor a Ieshua e
à Sua mensagem, dentro do seu contexto original.

8 - CONCLUSÃO
Ieshua é um rabino. Seus ensinamentos são fundamentalmente rabínicos. Para entendermos melhor
quem Ele foi e o que Ele ensinou, é necessário explorarmos o material e as metodologias rabínicas de
Sua época.

Extraído da internet; autor Sha’ul Bentsion Ben Avraham

(Baseado em diversas fontes da Internet)

A TODOS

Rabino no tempo de Jesus eram somente os Fariseus. Somente uma pessoa que tivesse sido
instruído por um fariseu e cursado uma escola farisaica seria reconhecido como Rabino dentre
os seus e tinha a OUTORGA de pregar em sinagogas, uma vez que as sinagogas também
eram conduzidas e chefiadas por Rabinos (Fariseus).

Jesus tanto era reconhecido pelos seus como tinha OUTORGA de pregar em sinagogas por ter
feito escola farisaica que hoje é chamada de escola de Rabinado. No tempo de Jesus haviam
duas classes farisaicas. A escola deHililel e a escola de Shammai.

Obrigado pela participação de todos

Hillel, Shammai, Gamaliel


Nos primórdios da era cristã havia duas escolas principais de interpretação legal,
fundadas respectivamente por Shammai e Hillel. À escola de Shammai
tradicionalmente é atribuída uma interpretação mais rígida do que à escola de Hillel
– não apenas na aplicação das leis individuais, mas também na postura, em relação
à lei como um todo. Os discípulos de Shammai consideravam a quebra da lei (por
ação ou omissão) uma quebra da lei como tal, enquanto os discípulos de Hillel
ensinavam que o julgamento divino estava relacionado à preponderância do bem
ou do mal, na vida inteira da pessoa.

Uma das afirmações mais bem conhecidas de Hillel é sua resposta a um homem
que lhe pediu para resumir toda a lei no menor número possível de palavras. Hillel
disse: “Aquilo que para você é detestável, não o faça aos outros, isso é toda a lei,
todo o resto é comentário”. Essa citação da regra de ouro negativa como resumo
da lei podia ser interpretada de maneiras que muitos fariseus teriam considerado
perigosas. Mesmo se não foi essa a intenção de Hillel, pode ter encorajado alguém
a argumentar, ao defrontar-se com um mandamento específico da lei, que este era
obrigatório apenas até o ponto de evitar o sofrimento do próximo ou promovia o
seu bem. Isso, segundo a opinião prevalente entre os rabinos, introduzia um
critério subjetivo ilícito; era muito melhor que as pessoas, ao serem confrontadas
com um mandamento da lei, obedecessem a ela simplesmente porque era um
mandamento do Santo: não há porque perguntar por quê.

Que tipo de fariseu era Paulo? A pergunta não é fácil de responder. De acordo com
Atos 22.3, ele foi instruído na escola de Gamaliel, e a tradição posterior faz de
Gamaliel o sucessor de Hillel e líder da sua escola, e às vezes até seu filho ou neto.
Mas as tradições mais antigas que refletem algumas recordações diretas do homem
e seu ensino não estabelecem nenhum vínculo entre ele e a escola de Hillel. Em vez
disso, falam de pessoas que pertenciam à escola de Gamaliel, como se ele tivesse
fundado a sua própria.

Há certa dificuldade em distinguir as tradições sobre esse Gamaliel daquelas sobre


um professor posterior com o mesmo nome (Gamaliel II, c. 100 d.C.), mas as
tradições que pressupõe que o templo ainda estava de pé, certamente se referem
ao Gamaliel anterior. Dizia-se que, “quando Rabban Gamaliel mais velho morreu, a
glória da Tora cessou, e pureza e separação morreram” – o que quase equivale a
dizer que ele foi o último dos verdadeiros fariseus, já que “separação” (heb. p’rîsût)
vem da mesma raiz de “fariseus” e pode até ser traduzido por “farisaísmo”. Ente as
regulamentações que lhe são atribuídas, está uma que liberaliza a lei do novo
casamento após o divórcio.

Tanto nas tradições rabínicas como no Novo Testamento Gamaliel aparece como
membro do Sinédrio. Lucas relata que, no estágio inicial da igreja em Jerusalém, os
apóstolos foram acusados perante esse tribunal de desobedecer a sua orientação
anterior de não ensinar publicamente no nome de Jesus. Quando alguns membros
do tribunal queriam tomar medidas extremas contra eles, “um fariseu, chamado
Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo” (At 5.34), lembrou seus colegas
de outros movimentos no passado recente que pareciam ser perigosos por um
tempo curto, mas logo entraram em colapso. E ele acrescentou (v. 38s):

"Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este
conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas, se é de Deus, não
podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando
contra Deus".

Isso certamente é doutrina típica dos fariseus. As pessoas podem desobedecer a


Deus, mas sua vontade triunfará mesmo assim. A vontade do ser humano não é
cerceada, mas o que ele quer é superado por Deus, quando realiza os seus
propósitos. Nas palavras de um rabino posterior, o fabricante de sandálias
Yohanan, “todo ajuntamento em prol do céu será confirmado, mas o que não é em
prol do céu no fim não será confirmado”. Que Gamaliel seguiu a linha atribuída a
ele por Lucas é o que devíamos esperar.

No entanto, se essa era a linha de Gamaliel, certamente não era a de Paulo. Na


maioria das questões, por exemplo, na esperança da ressurreição e nos métodos de
exegese bíblica, Paulo provavelmente foi um aluno apto e um seguidor fiel do seu
professor. Até se chegou a pensar que um aluno de Gamaliel do qual não se diz o
nome, mas que apresentou “descaramento em questões de estudo” e tentou
refutar seu professor, era ninguém menos que Paulo. Se esse é o caso (o que é
bastante incerto), então a tradição reflete a desaprovação com o posterior
abandono do caminho rabínico por Paulo; não preserva uma recordação da conduta
de Paulo, enquanto esteve aos pés de Gamaliel. Em um aspecto, porém, Paulo
desviou-se do exemplo do seu mestre: ele repudiou o a idéia de que uma política
de contemporização era a mais adequada em relação aos discípulos de Jesus. Em
sua cabeça, esse novo movimento constituía uma ameaça mais mortal a tudo o que
ele aprendera a valorizar do que Gamaliel parecia capaz de entender. Além disso, o
temperamento de Paulo parece ter sido bem diferente do de Gamaliel: em
contraste com a paciência e tolerância de estadista de Gamaliel, Paulo era
caracterizado, em suas próprias palavras, por uma superabundância de zelo – que,
realmente, ele nunca perdeu de todo.

Como o objeto do seu zelo eram as tradições dos ancestrais – a antiga lei de Israel
e sua interpretação como era ensinada na escola de Gamaliel – não devemos ficar
surpresos de saber que ele estava insatisfeito com a idéia dos seguidores de Hillel
de que um mera preponderância do bem sobre o mal, na vida de alguém, era
suficiente para lhe conseguir um veredito favorável, no dia do julgamento. Nesse
ponto, pelo menos, ele parece ter se inclinado mais para a posição dos seguidores
de Shammai de que a lei tinha de ser obedecida em sua totalidade. Que essa era a
postura de Paulo está implícito mais tarde, quando ele diz aos seus convertidos na
Galácia, que estavam sendo pressionados a adotar certas exigências legais do
judaísmo, que eles não podiam pensar que, se escolhessem essa maneira de ser
aceitos por Deus, podiam escolher os que quisessem entre os mandamentos
divinos: “Testifico a todo homem que se deixa circuncidar, que está
obrigado a guardar toda a lei” (Gl 5.3). Essa atitude em relação à lei
determinou a atitude hostil de Paulo em relação aos seguidores de Jesus e seu
ensino.

Hilel é conhecido por ser o sábio que preservava o amor, o humanismo, a bondade,
a paciência e a humildade. Ele foi o primeiro dos rabinos fariseus, nasceu na Babilônia
durante o século I A.E.C., mudou-se para a Judéia com 14 anos. Passou alguns anos
em Jerusalém e depois se mudou para a Galiléia.

Os ensinamentos dele se encontram relatados no Pirkei Avot (a ética dos pais),


escrito na Babilônia e depois acrescidos de outros ensinamentos, sendo adicionados
ao Talmud. Nessa época, houve uma grande disseminação do Talmud, que tornou os
eruditos da Mishná os verdadeiros líderes religiosos do povo, os chamados Tanaim
(de Taná, em aramaico, significa aquele que estuda, repetindo e transmitindo os
ensinamentos de seus mestres).

Esse período dos Tanaim foi considerado de grande criatividade, inovação e grande
florescimento da cultura judaica, ao mesmo tempo em que foi de uma crise turbulenta,
culminando com a destruição do templo no ano 70 E.C., o que tornou necessária a
restauração de toda a vida religiosa. Hilel era chamado também de HaZaken (do
hebraico, O Velho), o que indicava que ele tinha um lugar de honra alto na
comunidade.

A primeira geração dos Tanaim, que exerceu suas atividades no início do reinado
de Herodes, é representada por Hilel e Shamai, fundadores de duas escolas que
levaram seus nomes (Bet Hilel e Bet Shamai). As duas escolas refletiam a
personalidade de seus fundadores. Hllel era uma pessoa amável, simples, próxima às
camadas mais modestas, e suas máximas breves refletem sua generosidade, piedade
e amor à humanidade. Shamai era extremamente íntegro, mas rígido e irascível.

Hilel foi responsável pelo estabelecimento da Halachá, o conjunto de regras


baseadas na interpretação da Tora, ou seja, como um judeu deveria viver de acordo
com a Tora. Ele foi o líder de uma revolução espiritual no judaísmo. Ele acreditava na
presença contínua de D’us no Universo e que a única maneira dos homens servirem a
D’us era por meio de seus atos, sendo diretamente responsáveis por eles perante
D’us. Falava também de união mística entre D’us e o homem. Apesar de todas as
controvérsias que se acenderam entre estas, ambas inscreviam-se na estrutura
tradicionalmente aceita no judaísmo. As disputas pela Halachá entre elas
prosseguiram por muitas gerações até que finalmente prevaleceram os pontos de vista
de Hilel.

Seus ensinamentos eram muitas vezes opostos aos ensinamentos de Shamai.


Dizem que o Talmud registra 300 discordâncias entre eles, mas esse número inclui as
discordâncias entre seus discípulos, uma vez que ambos criaram escolas rabínicas.

Como já citado, Hilel era um homem de paz, humilde e respondia a todas as


perguntas que lhe eram feitas, mesmo as constrangedoras. Ao contrário de Shamai,
Hilel tinha alunos não-judeus.

Ele estimulava, nos homens, a auto-estima com talvez seu pensamento mais
famoso: “Se eu não for por mim mesmo, quem será por mim? E, se somente por mim,
o que eu sou? E, se não for agora, quando?”. E com outro: “Aquele que tenta
engrandecer seu nome o destrói; aquele que não aumenta seu conhecimento o
diminui e aquele que não estuda merece morrer”.

Hilel teve em sua academia 80 discípulos, muitos dos quais importantes. O


conselho dos membros da corte de Herodes não foi seguido. Ele faleceu no ano 10
E.C., ou seja, 14 anos depois da morte de Herodes, o Grande.

Shammai, assim como Hilel, era um judeu nascido no século 1 A.E.C., um líder
religioso importante e grande na literatura rabínica, na Mishnah (primeira discussão
feita a partir da Torá que vai para o Talmud). Ele era o “adversário” de Hilel, sendo
sempre mencionado junto a ele.

Diferentemente de Hilel, Shammai era um homem rígido, justo e sem paciência.


Uma das histórias que se conta é que um dia, um homem veio a busca de Shammai e
pediu para ser convertido: “Converter-me na condição de que você me ensina toda a
Torá, enquanto eu estou apoiado em um só pé”, Shammai empurrou-o para fora com a
régua em sua mão, então veio Hilel e lhe disse: “O que não desejas para ti não o faças
aos outros. Esta é a Torá, o resto é comentário. Vai e aprende.”.

Numa época de grande agitação política e social, Shammai foi uma grande
influência, recusando-se a ser intimidado pela potência estrangeira. Ele cresceu à
sombra da opressão de Herodes, e acreditava sempre que era necessário ter uma
postura firme para lidar com os adversários da tradição judaica. Conta-se que, quando
Herodes apareceu na sala do Sinédrio, rodeado pela guarda real, totalmente armados,
o silencio reinava. Podia-se sentir o sentimento de intimidação naquela sala, quando,
apenas Shammai, sem medo, levantou-se para falar contra ele. Passou então a fazer
decretos para separar e proteger a comunidade judaica da interferência de Herodes e
dos romanos. Ele alertou o perigo de Herodes a seus colegas, avisando-os de que ele
iria dominá-los sem piedade. Na verdade, Shammai foi um dos poucos a sobreviver.

No entanto, apesar de toda a sua tenacidade em assuntos jurídicos e políticos,


temos uma perspectiva bastante diferente de Shammai quando nos voltamos a
Halachá. Lá, Shammai diz: “Cumprimente cada homem com um semblante alegre e
um sorriso”. Os preceitos morais da Halachá estão associados aos sábios que não só
ensinavam, mas viviam daquela maneira. Aqui, Shammai era um homem com um
sorriso radiante e pronto, que seus colegas e discípulos conheciam tão bem.

Então, como compreender Shammai? Porque ele mesmo não seguia seus
ensinamentos? A resposta encontrada é que Shammai não é o homem dos “pedidos”.
Ele acreditava, assim como na história da conversão do homem apoiado em um pé só,
que, para aprender a Torá não se podia ter pressa, e, se um candidato a conversão
tem pressa, é porque não a merece.

No Talmud se diz: "Que o homem seja sempre humilde e paciente como Hillel e não
exaltado como Shamai.". Isso soa como uma condenação, mas, na verdade, como um
conselho: “Se você é como Shammai, e suas motivações são puramente por uma
questão do Céu e do bem de Israel, então se pode ser tão severo com os outros como
ele era.”. Entretanto, mesmo se não compreendermos Shammai por completo,
podemos compreendê-lo um pouco, Shammai, O Entendido.

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