mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse 14:12)
DIZIMOS PARTE 1 OS PATRIARCAS E
O DIZIMO INTRODUÇÃO O objetivo é explanar sucintamente o tema do dízimo, utilizando a Bíblia Sagrada como fonte de referência. As histórias bíblicas são analisadas na íntegra, e cada texto é interpretado com total seriedade e total imparcialidade. A questão é importante demais para ser ignorada, e é importante que os líderes religiosos estejam dispostos a se engajar em um diálogo aberto sobre essa questão, porque a relutância em fazê-lo abre a porta para dúvidas e incertezas. Pagar ou entregar dízimos não deu início com os israelitas. Antigas civilizações pagãs, incluindo os fenícios, árabes, babilônios, cartagineses, chineses, gregos e romanos, pagavam dízimos. Tábuas cuneiformes atestam essa prática entre os povos da Mesopotâmia. (Veja W. von Soden, He Ancient Orient, Eerdmans, 1994, pp. 188-198. Também A. Leo Oppenheim, Ancient Mesopotamia, University of Chicago, 1977, pp. 183- 198 e W. Eichrodt, Theology of He Old Testament, SCM, 1987, Vol. I, pp. 141-177 e Harris, Archer, Waltke, Theological Wordbook of He Old Testament, Moody Press, 1980). Muitos autoproclamados cristãos manifestaram sua preocupação e não querem se aprofundar em estudos bíblicos sobre um assunto tão importante, mas mesmo assim é bom lembrar que se os propósitos de Deus forem aceitos na perspectiva correta, as vitórias espirituais serão alcançadas. A primeira parte desse estudo expõe e enfoca os equívocos ensinados em muitas instituições religiosas com base no tema do dízimo na era patriarcal. Esse dízimo ainda era obrigatório e sistemático? O que aprendemos hoje com as experiências de Abrão (a quem Deus mais tarde chamou de Abraão) e Jacó? O DIZIMO DE ESPÓLIO DE GUERRA DADO POR ABRAÃO Deus chamou Abraão para deixar sua terra, Ur dos Caldeus, cujos habitantes eram pagãos, para ir para a terra de Canaã. Obedecendo ao chamado de Deus, Abraão mudou-se para Harã e lá permaneceu até a morte de seu pai. Quando partiu para a terra de Canaã, a Palavra de Deus diz que Abraão levou consigo sua esposa Sara e seu sobrinho Ló, filho de seu irmão falecido, e todos os bens que adquirira e as pessoas que lhe foram acrescentadas em Harã (Gênesis 12:5). Devido à grande quantidade de bens de Abraão e Ló, surgiu uma disputa entre seus pastores. Eles conversaram e decidiram se separar pacificamente, conforme registrado em Gênesis 13. Abraão ficou em Canaã e Ló foi para os limites da cidade de Sodoma (Gênesis 13:12). Tudo estava indo muito bem até que um conflito eclodiu na área. Os cinco reis decidiram se rebelar quando se cansaram de servir Quedorlaomer, rei de Elão, por doze anos. Eles foram: Bera, rei de Sodoma; Birsa, rei de Gomorra; Sinab, rei de Adma; Semeber, rei de Zeboim; Bela, rei de Coar (vizinho do Egito). O rei Quedorlaomer de Elam reage e convoca três outros reis para suprimir os rebeldes. Eles foram: Amrafel, rei de Sinar (região da Babilônia); Arjok, rei de Elasar; Maré, Rei dos Goyim. A Bíblia Sagrada chama essa guerra de "guerra de quatro reis contra cinco" (Gênesis 14:1-17). As forças lideradas pelo rei Chedorlaomer derrotaram impiedosamente os reis rebeldes inexperientes em batalha e venceram. Os vencedores saquearam as cidades da planície, e todo o povo, seus bens e todos os seus alimentos foram capturados. Até mesmo Ló, que morava fora da cidade de Sodoma, foi capturado e todos os seus bens confiscados (Gênesis 14:12). Abraão ficou sabendo do infortúnio que se abateu sobre seu sobrinho Ló através de uma pessoa que fugiu da batalha. Movido por um profundo amor pelo sobrinho, o patriarca Abraão decidiu libertá-lo. Para isso, reuniu um grupo de elite de trezentos e dezoito bravos guerreiros, todos criados em sua casa e devidamente treinados para a batalha. Ele também buscou o apoio de três aliados reais, os irmãos Manre, Escol e Aner, governadores das planícies dos amorreu, que se juntaram a ele com suas tropas. Juntos, eles começaram a perseguir os atacantes. A vitória foi esmagadora. Todos os cativos foram libertados e todos os bens recuperados (Gênesis 14:16). Então a Palavra de Deus registra o encontro de Abraão com o Rei Melquisedeque de Salém. Como sacerdote do Deus Altíssimo, ele trouxe pão e vinho, proclamou a bênção de Abraão e agradeceu a Jeová, que havia feito tão grande salvação por meio de Seu servo. E Abraão deu-lhe um décimo de tudo. (Gênesis 14:18-20; Hebreus 7:1, 2). Era costume que os despojos de guerra fossem para os vencedores. Abraão, no entanto, não empreendeu essa expedição com fins lucrativos e recusou-se a aproveitá- la, mas ordenou que seus aliados participassem. Um exemplo é a história da exigência do rei de Sodoma para que Abraão ficasse com bens materiais e devolvesse apenas as pessoas sequestradas por Quedorlaomer. Abraão lhe disse: "Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; Salvo tão-somente o que os jovens comeram, e a parte que toca aos homens que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua parte.” (Gênesis 14:22- 24). Foi exatamente o que Abraão fez. Após deduzir os custos operacionais da guerra, ele devolveu 90% (noventa por cento) de todos os despojos de guerra aos seus legítimos proprietários e, segundo o costume dos povos antigos pagãos, deu 10% (dez por cento) ao sacerdote Melquisedeque. O texto bíblico diz que Abraão deu o dízimo de tudo, não de seus próprios bens, mas apenas dos despojos de guerra. Este entendimento é consistente com Hebreus 7:4: "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. " A Bíblia não menciona que esses dízimos são sistemáticos e obrigatórios. Também não há informações sobre a obrigação de pagar o dízimo do espólio de guerra. Embora Abraão não seja um exemplo de dizimista do nosso tempo, Deus não o julgou, porque "Depois destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. (Gênesis 15:1). Jacó estava a caminho de Harã, sob a orientação de sua mãe, por causa da ira de seu irmão Esaú. "E Jacó saiu de Berseba e foi para Harã, e ele chegou a um lugar onde ficou porque o sol se pôs. E ele pegou uma pedra daquele lugar e colocou-a debaixo de sua cabeça e se deitou ali." Deuteronômio 28:10 e 11. DÍZIMO DE JACÓ Quando se trata de dízimo, a história de Jacó não pode ser ignorada. Jacó era filho de Isaque, neto de Abraão, herdeiro da promessa e patriarca escolhido de Deus, de quem descendia a nação de Israel. Jacó estava a caminho de Harã, sob a orientação de sua mãe, por causa da ira de seu irmão Esaú. Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi a Harã; E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar. (Gênesis 28:10,11). Nesse sonho, Jacó viu uma escada que subia até o céu, e os anjos de Deus subindo e descendo por ela. No sonho, Deus estava acima da escada e disse a Jacó: "... Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender- se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.” (Gênesis 28:13-15.). Em resposta a essas promessas de Deus, Jacó fez uma promessa: "...E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo. (Gênesis 28:20-22). O histórico de Jacó é, sem dúvida, impressionante, e por isso aqueles que defendem uma teologia sistemática e obrigatória do dízimo devem considerá-lo um dizimista exemplar. No entanto, em se tratando deste assunto, os princípios contidos na história de Jacó levam- nos a conclusões diversas: • Fazendo uma promessa ou voto a Deus, Jacó mostrou que não era dizimista. Jacó, que cresceu sob as estritas condições da religião patriarcal, não aprendeu esta prática de seu avô e pai, se é que realmente existiu? A promessa é oferecer algo novo na busca de uma melhor experiência espiritual. Como alguém pode jurar fora algo que já faz parte de sua rotina? • O dízimo de Jacó era condicional: primeiro a bênção, depois o dízimo. É importante notar que o ônus da prova era de Deus. Se Deus não o abençoasse, ele não pagaria o dízimo. Hoje, as instituições religiosas ensinam o contrário. A bênção de Deus é condicional. Primeiro o dízimo, depois a bênção. • Há um terceiro aspecto interessante neste relato. Jacó apresenta cinco condições gerais a Deus: 1. Se Deus está comigo e 2. Me guardar nesta viagem que empreendo, e 3. Dá-me pão para comer, e 4. Vestes para vestir-me, e 5. Voltar em paz para a casa de meu pai. Estas cinco condições são unidas pela preposição "e" (Gênesis 28:20). Se Deus cumprisse apenas quatro dos cinco itens da lista de pedidos, Jacó estaria automaticamente livre de cumprir a promessa. Ele pediu a presença de Deus + proteção + comida + roupa + paz. De acordo com a promessa de Jacó, ele dará o dízimo quando todas as condições forem cumpridas. Todos, sem exceção. Não sabemos se Jacó deu o dízimo porque não há evidência bíblica para isso. Tudo o que sabemos é que Deus cumpriu todas as condições durante os próximos 20 (vinte) anos, culminando em seu retorno à terra de Canaã (Gênesis 31:38 e 33:18-20). CONCLUSÕES O exemplo de Abraão, além de refletir apenas um fato de sua vida, não parece ser uma orientação divina, mas um costume social de seu tempo. Em nenhum lugar é mencionado ou mesmo implícito que Abraão deu o dízimo por força da lei. O lado positivo dessa ação é o respeito e a honra que ele demonstrou ao rei e ao sacerdote Melquisedeque. A Bíblia não menciona que Abraão transmitiu esse ensinamento a seus filhos. No caso de Jacó, o dízimo estava relacionado a uma promessa feita em um momento de medo e dúvida. Não havia obrigação legal ou orientação divina, nem seu pai Isaac e seu avô Abraão deram instruções para tal procedimento. As experiências de Abraão e Jacó são os únicos exemplos da questão do dízimo na era patriarcal antes que a lei do dizimo fosse dada a Moisés. De qualquer forma, não há menção na Bíblia Sagrada que seja obrigatório e sistemático. Além de ser uma prática das antigas civilizações pagãs, era também um sinal de gratidão e devoção. DÍZIMO PARTE 2 DURANTE O SISTEMA SACERDOTAL LEVÍTICO INTRODUÇÃO Somente após a saída dos israelitas do Egito, o dízimo passou a ser praticado por imposição legal. A lei que Moisés recebeu de Deus exigia que o dízimo tivesse um propósito social. Além de suprir as necessidades dos levitas no trabalho do santuário, também se destinava a ajudar estrangeiros, órfãos e viúvas (Deuteronômio 14:22-29). O que a Bíblia Sagrada diz sobre o dízimo? O que ele deveria fazer? Foi entregue em dinheiro ou mantimentos? Qual era o seu objetivo? Estas e outras questões são analisadas à luz da palavra de Deus no contexto dos deveres que prevaleciam durante o sistema sacerdotal elevado. UM PEQUENO HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DO DÍZIMO Quando os israelitas deixaram o Egito, vagaram no deserto por quarenta anos. Naquela época, eles viviam como nômades, o que se refere àqueles vivem sem casa fixa. A vida nômade dos israelitas não lhes permitia possuir propriedades, por isso se dedicavam à criação de animais como ovelhas, cabras, vacas e bois. Assim, tudo o que era produzido era compartilhado entre todos. Não havia possibilidade de cultivar no deserto. Durante os quarenta anos de peregrinação no deserto, Deus sustentou o povo com maná: "E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã. (Êxodo 16:35). A fim de preservar a pureza moral, física e espiritual do povo, a maioria das leis foi dada aos israelitas enquanto estavam acampados. ao pé do monte Sinai. O dízimo era um deles: Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores,são do Senhor; santas são ao Senhor. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor. (Levítico 27:30-32). A lei obrigava os israelitas a pagar o dízimo dos produtos da terra e do gado. Porque os israelitas estavam no deserto e ainda não estavam em sua terra, em tal situação era impossível para eles pagar o dízimo dos frutos e colheitas das árvores. No entanto, fica claro que a conquista de Canaã estava nos planos de Deus. Deve-se notar que o dízimo do gado e não seguia a mesma regra dos frutos da terra. Não eram dois dízimos, mas de origem diferente. Quanto aos animais, de acordo com as instruções de Deus, o dono contava conforme iam passando e cada décimo animal era dado a Deus. Assim, não havia possibilidade de selecionar animais de baixa qualidade do gado para pagar o dízimo. O texto bíblico em Levítico 27:30- 32 não dá detalhes sobre como o dízimo deve ser usado ou a quem deve ser dado. Dizia simplesmente que eles pertenciam ao Senhor. Enquanto os israelitas ainda estavam acampados ao pé do Monte Sinai de acordo com as leis escritas em Êxodo e Levítico, Deus decidiu que era hora de eles marcharem para a terra de Canaã. Então o Senhor mandou contar todos os homens com mais de vinte anos, capazes de lutar. Este censo deixou de fora os homens da tribo de Levi, cujo motivo fazia parte do plano de Deus (Números 1:1-3 e 7-51). Mesmo vagando temporariamente no deserto e vivendo em acampamentos, os israelitas eram obrigados a realizar adoração santa e oferecer sacrifícios e ofertas a Deus. Para realizar o serviço sagrado, Deus pediu a Moisés que cuidasse da construção do santuário (Êxodo 25:1- 9). Era um edifício móvel, pelo que podia ser facilmente desmontado e transportado. De acordo com o arranjo de Deus, os levitas eram responsáveis pelos serviços no santuário. Aqui está a pergunta: Por que Deus escolheu a tribo de Levi? Essa escolha provavelmente foi feita quando Moisés, exasperado com a idolatria do povo de Israel, desafiou: "Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do Senhor, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. (Êxodo 32:26). Israel hesitou. Dessa enorme multidão, apenas uma tribo ousou assumir a liderança: "Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.". Êxodo 32:26. Esse ato corajoso da tribo de Levi deve ter influenciado sua escolha de servir a Deus. O ofício de sacerdote era reservado para Arão e seus descendentes, enquanto outros deveres auxiliares pertenciam a outros membros da tribo de Levi (Êxodo 28:41; Números 1:47-51; Números 3:1-8). Além de estarem separados de Deus para servir no santuário, os levitas eram os únicos que não herdavam a terra (Números 18:20; Josué 13:33) e não podiam fazer trabalho secular. Portanto, o mandamento exigia que eles fossem sustentados pelo dízimo, que era em forma de mantimentos entregues pelas demais tribos de Israel como recompensa pelos seus trabalhos no Santuário. Portanto, Deus declara o seguinte: "E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação. E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. Mas os levitas executarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniquidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão, porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao Senhor em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão. (Números 18:21 e 24). Deve-se notar que, de acordo com esta lei, os sacerdotes tinham o direito de receber dos levitas um décimo do dízimo dado pelo povo (Números 18:26-28). Outro detalhe importante é que suas famílias podiam comer o dízimo em qualquer lugar (Números 18:31), esta prática era válida enquanto viviam como nômades. Depois de quarenta anos de peregrinação no deserto (Deuteronômio 1:3), a nação de Israel estava finalmente na terra de Moabe, a leste do Jordão, preparando-se para tomar posse de sua herança. Os israelitas deixariam de ser nômades e se estabeleceriam dentro dos limites permitidos por Deus. Nesse sentido, foram feitas algumas mudanças na lei dos dízimos, que previa a entrada dos israelitas na Terra Prometida. Em Deuteronômio 12, a lei estipulava que o dízimo do campo e os primogênitos das vacas e ovelhas seriam divididos entre o ofertante, sua casa e o levita, não em qualquer lugar, mas em um só lugar de culto escolhido por Deus, que era o santuário central (Deuteronômio 12:1-19). Em conexão com a nova fase da vida religiosa do povo de Israel, o povo abandonou o antigo modo de vida nômade, e os israelitas desenvolveram a agricultura e o comércio além da pecuária. Em Deuteronômio 14:22-29, o texto fornece outros detalhes sobre a aplicação do dízimo O plano de Deus era que os produtos extraídos da terra atendessem aos anseios espirituais do povo de Israel e servissem para uma melhor justiça social. Um décimo da colheita da terra era trazido diante de Deus ano após ano no lugar que Ele escolheu para fazer Seu nome habitar (Deuteronômio 14:23). Este lugar era provavelmente um santuário central e depois um templo. O dizimista, sua família e os levitas foram autorizados a comer o dízimo. Mas a cada três anos era deixado para os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas (Deuteronômio 14:28 e 29). Durante a vida do sistema levítico, os israelitas repetidamente violaram ou ignoraram esta lei. No entanto, a história bíblica nos diz que homens piedosos trouxeram o povo de volta e os informaram de seu dever de obedecer (2 Crônicas 31:1-6; Neemias 10:28, 29, 37 e 38; Malaquias 2:1- 9). 3:7-10). Ocupações não agrícolas como artesãos, padeiros, carpinteiros, cozinheiros, vigias, pescadores, construtores, ourives, caçadores, comerciantes, músicos, alfaiates, publicanos, ferreiros, etc., estavam isentos do pagamento do dízimo. Não há citação bíblica de que os rendimentos obtidos com o trabalho desses profissionais podem ser trocados ou substituídos por ovelhas ou grãos para cumprir o dízimo. A última referência bíblica ao dízimo durante o sacerdócio levita está em Mateus 23:23 e Lucas 11:42 quando Jesus repreendeu os escribas e fariseus, chamando-os de hipócritas, porque davam o dízimo da hortelã, endro e cominho e omitiam o que havia de mais importante na lei, isto é, a justiça, compaixão e fé. Nesses textos está escrito que Jesus apoiou o ato de dizimar, porque Ele ainda estava exercendo o Seu ministério sob o sistema levítico, dever que perdurou até Sua morte, quando o véu foi rasgado de alto a baixo (Mateus 27:51). A Palavra de Deus diz que quando o sacerdócio levítico muda, "a lei também muda". (Hebreus 7:12). COMO ERA O DÍZIMO, MANTIMENTO OU DINHEIRO? O dízimo era mantimento, não dinheiro. Todas as passagens bíblicas que tratam sobre esse assunto, descrevem o dízimo como sendo parte do produto da terra, da semente do campo, do fruto das árvores, do gado e do rebanho. Os textos abaixo não deixam dúvidas a esse respeito: “Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor.” (Levítico 27:30 e 32). “Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. E, perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias. E quando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o Senhor teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o Senhor teu Deus te tiver abençoado; Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem.” (Deuteronômio 14:22-29). É muito importante a experiência de Ezequias, rei de Judá, quando ordenou dos dízimos, que o povo havia negligenciado: “E ordenou ao povo, que morava em Jerusalém, que desse a parte dos sacerdotes e levitas, para que eles pudessem se dedicar à lei do Senhor. E, depois que se divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, mosto, azeite, mel, e de todo o produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância. E os filhos de Israel e de Judá, que habitavam nas cidades de Judá, também trouxeram dízimos dos bois e das ovelhas, e dízimos das coisas dedicadas que foram consagradas ao Senhor seu Deus; e fizeram muitos montões... Então ordenou Ezequias que se preparassem câmaras na casa do Senhor, e as prepararam. Ali recolheram fielmente as ofertas, e os dízimos, e as coisas consagradas..." (II Crônicas 31:4-6; 11 e 12). Neste texto chama-se a atenção para as câmaras preparadas durante o reinado de Ezequias na casa de Deus, para depósito dos produtos provenientes das ofertas, dos dízimos e das coisas dedicadas. no tempo de Neemias, essas câmaras eram chamadas de "câmaras dos tesouros” (Neemias 12:44) e mais tarde como "casa do tesouro" (Malaquias 3:10). Quando Neemias reintegrou os levitas em suas funções no templo, após o exílio na Babilônia, o dízimo que se recolhia dos campos voltou a ser entregue pelo povo: “Também no mesmo dia se nomearam homens sobre as câmaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos dízimos, para ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali... Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, do mosto e do azeite aos celeiros. (Neemias 12:44; 13:12) Mais ou menos na mesma época que Neemias, outra voz foi ouvida contra a corrupção e o roubo dos sacerdotes. Malaquias, o mensageiro de Deus, anunciou o castigo aos líderes religiosos de Jerusalém, porque eles erraram e quebraram a lei. Ele os considerou desprezados e inúteis diante de todo o povo (Malaquias 2:1, 8, 9), porque eles haviam roubado de Deus seus dízimos e ofertas (Malaquias 3:7, 8). Para restaurar a obra do santuário, Deus ordenou o seguinte: "Trazei todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa..." Malaquias 3:10. O dízimo era sagrado e também servia de alimentos para sustentar as pessoas que trabalhavam no santuário. A Palavra de Deus apresenta uma situação em que o dízimo poderia ser resgatado: "Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. (Levítico 27:31). O texto acima fica claro que se alguém quisesse reivindicar parte do dízimo, poderia fazê-lo, mas havia uma multa de 20% sobre esse valor. Em Deuteronômio 14:24-27, o ofertante tinha permissão para vender produtos classificados como dízimos. Esse era um procedimento que poderia ser adotado por quem não podia trazer seu produto por morar longe, os quais poderiam ser vendidos e com o dinheiro da venda, usava para comprar outros em seu lugar, no local onde se realizaria o ato de adoração a Deus. Fica claro no texto que o dízimo não era baseado em dinheiro, porque se fosse, não haveria problemas em levar esses dízimos em viagens de longa distância. O fato de o dízimo estar relacionado a mantimentos não significa que não houvesse circulação de dinheiro naquela época. O dinheiro existe desde o tempo de Abraão. Aqui estão alguns exemplos: • Abraão comprou o túmulo de Sara por 400 siclos de prata (Gênesis 23:15 e 16); • Os irmãos de José foram ao Egito comprar trigo (Gênesis 2:3) e José devolveu o dinheiro (Gênesis 42:25). • Algumas taxas para o templo só eram aceitas em dinheiro (Êxodo 30:14-16); • Os custos da construção do santuário foram pagos em dinheiro (Êxodo 38:24-31); • Davi comprou bois (2 Samuel 24:24); • O rei Jeoiaquim pagou tributo ao Faraó (2 Reis 23:33-35); • Dinheiro trazido pelo povo para reparar o templo (2 Reis 22:4-7); • Jeremias comprou um campo com dinheiro (Jeremias 32:9-11); • A pobre viúva colocou dinheiro no cofre do templo (Marcos 12:42). CONCLUSÃO O sistema sacerdotal levítico e as leis relativas ao funcionamento do santuário existiram enquanto os levitas praticavam o sacerdócio no santuário secular. Quando o Senhor Jesus foi sacrificado e morto, esse sistema deixou de existir. Um novo modelo de sacerdócio foi inaugurado, o sacerdócio da Ordem de Melquisedeque. Portanto, segundo a palavra de Deus, “quando muda o sacerdócio, muda necessariamente a lei”. (Hebreus 7:11 e 12). E a lei no contexto de Hebreus 7:5-12 abrangia a mandamento do dízimo. Isso significa que quando o sacerdócio levítico (serviços do santuário) e suas leis foram extintos, o mandamento do dízimo também foi extinto por causa de sua fraqueza e uso (Hebreus 7:18). Esta conclusão é óbvia, pois uma parte do dízimo durante a vigência do sistema sacerdotal levítico tinha aplicações diretamente relacionadas às atividades do Santuário e, portanto, inviáveis de serem cumpridas nos dias de hoje, pelas seguintes razões: • O dizimo servia para sustentar os levitas em suas atividades no santuário. Os levitas eram descendentes da tribo de Levi. A lei exigia que parte do dízimo fosse dada a eles como recompensa por servir no santuário (Números 18:21, 24). • Os levitas tinham que dar o dízimo do dízimo do povo aos sacerdotes. Os sacerdotes tinham que ser descendentes da tribo de Levi e ao mesmo tempo descendentes diretos de Aarão. Eles eram responsáveis pelos sacrifícios no santuário (Números 18:25-28; Êxodo 40:12-15). A quem as pessoas dão o dízimo hoje? Muitas instituições religiosas incorporam textos bíblicos relacionados ao antigo e extinto sistema sacerdotal levítico nos fundamentos de sua fé para conscientizar as pessoas sobre a obrigação de pagar o dízimo. O assunto é muito sério. Os próprios líderes religiosos estão em conflito com a antiga lei, que eles defendem, pois o dízimo distribuído hoje não atende aos requisitos básicos desta lei, ou seja. não é dado aos levitas, os descendentes de Levi e a tribo de Levi. menos ainda aos sacerdotes, descendentes da família de Arão. Quem insiste em seguir esta lei extinta comete outros erros. O termo "dízimo" significa "comida", não "dinheiro". A lei permitia que o pagador do dízimo comesse parte desse próprio dízimo (Deuteronômio 14:23), e a cada três anos uma porção era destinada a alimentar os levitas, estrangeiros, órfãos e viúvas (Deuteronômio 14:28 e 29). Lembre- se: o modelo sacerdotal atual é o modelo de Melquisedeque, e de acordo com esse modelo o dízimo não é mais obrigatório. Nossos dons não deveriam ser espontâneos e cheios de amor em vez de forçados? Quais são as instruções de Jesus e dos apóstolos sobre esse assunto? O próximo tema aborda cada uma dessas questões em detalhes. DIZIMO PARTE 3 PARA QUEM É A MENSAGEM DE MALAQUIAS? INTRODUÇÃO No tradicional cânon judaico, o livro de Malaquias é o último entre os escritos dos chamados profetas menores, pois foi escrito após o exílio babilônico, quando o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído, pois havia sinais claros de que os sacrifícios e as festas foram totalmente restaurados. O Templo anterior tinha sido incendiado por Nebuzaradão, general de Nabucodonosor (2 Reis 25:8, 9). O profeta Malaquias era um judeu com convicções firmes, integridade estrita e intensa devoção a Deus. Ele era contemporâneo de Neemias (compare Malaquias 2:8 com Neemias 13:29 e Malaquias 2:10-16 com Neemias 13:23) e Esdras(compare Malaquias 2:11 com Esdras 9:1 e 2). Em seus escritos, há uma severa repreensão aos sacerdotes que se tornaram pedras de tropeços em vez de serem os líderes espirituais do povo. Embora o livro tenha apenas quatro capítulos, infelizmente poucos tentaram realmente compreender seu contexto completo. É por isso que tem tantas interpretações equivocadas e tendenciosas quanto ao texto de Malaquias 3:8-10. Quando Deus disse: “Todavia vós Me roubais... nos dízimos e nas ofertas alçadas”. Com quem ele estava falando? Esta questão deve ser analisada em todo o seu contexto histórico à luz da Palavra de Deus. PARA QUEM É A MENSAGEM? A parte introdutória do livro menciona que a mensagem de Deus foi dada a “Israel por meio de Malaquias". (Malaquias 1:1). O declínio espiritual de Israel após o exílio babilônico foi notório. Essa decadência foi causada pela corrupção moral e doutrinária de seus líderes religiosos. Um estudo dos fatos no livro de Malaquias mostra que a principal repreensão de Deus foi contra os sacerdotes, o que é claramente explicado no versículo 6. “O filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se Eu, pois, sou pai, onde está a Minha honra? E se Eu sou amo, onde está o temor de Mim? Diz o Senhor dos exércitos a VÓS, Ó SACERDOTES, que desprezais o Meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o Teu nome?” (Malaquias 1:6). O texto mostra que os sacerdotes eram culpados de blasfemar o nome de Deus. Eles perderam seu relacionamento pessoal com Ele. Os sacerdotes do templo, que ignoravam a lei que rege o funcionamento do templo, coletavam indevidamente as ofertas de toda a nação, não deixando nada para os levitas, órfãos, viúvas e estrangeiros. Os Sacerdotes tornaramse profissionais da religião e se separaram completamente de Deus. As passagens seguintes dão informações mais detalhadas e especificam os pecados dos sacerdotes, não todos, mas aqueles que eram arrogantes e desonestos. Eles eram culpados de profanarem o nome de Deus e oferecerem no altar sagrado ofertas inaceitáveis, como animais cegos, mutilados e doentes (Malaquias 1:7-14). Deus está falando especificamente aos sacerdotes, não ao povo, porque eram os sacerdotes que acendiam o fogo no altar (Malaquias 1:10). Malaquias 2 continua com Deus condenando os sacerdotes: "Agora, ó SACERDOTES, este mandamento é para VÓS." Malaquias 2:1. Descrevendo alguns dos pecados dos sacerdotes (Malaquias 1:6- 14), Deus agora descreve sua punição: “Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao Meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração. Eis que vos reprovarei a posteridade, e espalharei sobre os vossos rostos o esterco, sim, o esterco dos vossos sacrifícios; e juntamente com este sereis levados para fora.” (Malaquias 2:2 e 3). Não se deve esquecer que a aliança de Deus com Israel incluía Sua especifica aliança com os sacerdotes da tribo de Levi. No entanto Deus disse que os SACERDOTES corromperam o pacto de Levi: “Então sabereis que Eu vos enviei este mandamento, para que o Meu pacto fosse com Levi, diz o Senhor dos exércitos. Meu pacto com ele foi de vida e de paz e Eu lhas dei para que Me temesse; e ele Me temeu, e assombrou-se por causa do Meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a impiedade não se achou nos seus lábios; ele andou comigo em paz e em retidão, e da iniquidade apartou a muitos. Pois os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, por que ele é o mensageiro do Senhor dos exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos.” (Malaquias 2:4-8). Como resultado, Deus os fez “desprezíveis e indignos diante de todo o povo...” (Malaquias 2:9). Deus continua a falar aos SACERDOTES em Malaquias 2:10-17 e os condena por causa dos casamentos com mulheres estrangeiras. Deus censurou a hipocrisia dos sacerdotes, por continuarem oferecendo sacrifícios, enquanto viviam em rebelião. Esta conclusão é óbvia, porque Malaquias 2:13 tem um forte impacto sobre os sacerdotes, porque foram eles que literalmente choraram no altar. O povo de Judá e Israel não tinha acesso direto ao altar. Em relação aos casamentos mistos com mulheres pagãs, a mesma situação existia no tempo de Neemias, quando Deus estava muito irado com os sacerdotes (Neemias 13:27-30). Em Malaquias 3:1-5, a repreensão de Deus é dirigida novamente aos SACERDOTES. Nesses textos, Deus anunciou o envio de um "mensageiro", profecia que mais tarde se cumpriu na pessoa de João Batista, que prepara o caminho para o Messias, Deus anunciou que o juízo começaria pelo “Seu Templo”, para purificar “os filhos de Levi”. Esta associação de palavras: “templo”, “filhos de Levi”, tudo tem a ver com o sacerdócio levítico. Quando os sacerdotes centralizaram o poder, as regras de Deus foram distorcidas, desobedecidas e as coisas sagradas profanadas. Como resultado, os sacerdotes que detinham todo o poder começaram a oprimir viúvas, órfãos e estrangeiros porque não entregavam seus dízimos. Este dízimo não era em dinheiro, mas em comida. Deus já havia condenado esta prática errada, através do profeta Ezequiel: “Os seus sacerdotes transgridem a Minha lei, e profanam as Minhas cousas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença; nem discernem o impuro do puro; e de Meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles. Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa, para derramarem o sangue, para destruírem as almas, para seguirem a avareza. E os seus profetas têm feito para eles reboco de cal não adubada, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira, dizendo: Assim diz o Senhor Jeová; sem que o Senhor tivesse falado. Ao povo da terra oprimem gravemente, e andam roubando, e fazem violência ao aflito e ao necessitado, e ao estrangeiro oprimem sem razão.” (Ezequiel 22:26-29). O texto acima foi escrito muitos anos antes de Malaquias. Já naquela época, Deus enviou mensagens duras contra os sacerdotes, condenando suas más ações. Sem dúvida, eles eram opressores do povo e também aqueles que roubavam e usavam a violência contra os sofredores e os pobres. Portanto, respeitando o contexto, é justo concluir que o pronome "você" mencionado em Malaquias 3:7-10 se refere aos SACERDOTES desonestos. Esses sacerdotes eram culpados de roubar a Deus e, portanto, Ele os admoestou severamente de acordo com Malaquias 1:6 e 2:9. Deus estava cansado de sua desonestidade. Por essas razões, maldições caíram sobre eles (Malaquias 1:14, 2:2 e 3:9). O texto acima foi escrito muitos anos antes de Malaquias. Já naquela época, Deus enviou mensagens duras contra os sacerdotes, condenando suas más ações. Sem dúvida, eles eram opressores do povo e também aqueles que roubavam e usavam a violência contra os sofredores e os pobres. Portanto, respeitando o contexto, é justo concluir que o pronome "você" mencionado em Malaquias 3:7-10 se refere aos SACERDOTES desonestos. Esses sacerdotes eram culpados de roubar a Deus e, portanto, Ele os admoestou severamente de acordo com Malaquias 1:6 e 2:9. Deus estava cansado de sua desonestidade. Por essas razões, maldições caíram sobre eles (Malaquias 1:14, 2:2 e 3:9). UM HISTÓRICO DA CORRUPÇÃO DO SACERDÓCIO LEVÍTICO O sistema sacrificial proporcionou aos sacerdotes uma excelente oportunidade para ensinar aos desobedientes o plano de salvação. No entanto, os rituais realizados pelos sacerdotes no santuário eram distorcidos. Os sacrifícios de animais tornaram-se uma fonte de renda para eles. Alguns sacerdotes corruptos viram muito bem que quanto mais as pessoas pecavam e quanto mais oferendas pelo pecado e culpa eles ofereciam, maior era sua parte. Chegaram ao ponto de encorajar as pessoas a pecar. Está escrito sobre os sacerdotes pervertidos: “Alimentam-se do pecado do Meu povo, e da maldade dele têm desejo ardente.” (Oséias 4:8.). Este texto afirma que, em vez de advertir as pessoas e exortá-las a abandonar seus pecados, eles tinham “desejo ardente” de sua maldade e ansiavam que pecassem novamente para que retornassem, com uma nova oferta pelo pecado. A falência espiritual do sacerdócio ocorreu na primeira fase de sua existência (1 Samuel 2:13-16). Deus ordenou que a gordura fosse queimada no altar, e que se a carne fosse comida, ela deveria ser cozida. No entanto, os sacerdotes queriam sua porção crua com gordura para que pudessem fritar. Deixou de ser uma oferta de sacrifício, mas tornou-se uma festa tentadora. A palavra de Deus diz que “era, pois, muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor.” (I Samuel 2:17). Com o tempo, a corrupção se espalhou tanto que o cargo de sumo sacerdote adquiriu um caráter político, ao ser ele nomeado pelo governo. Os lucros das grandes festas eram divididos com os oficiais superiores. Os sacerdotes arruinaram todo o plano de Deus. Daí a expressão de Jesus: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de ladrões.” (Mateus 21:13). Muitos dos sacerdotes tinham um ódio amargo contra os profetas. Eles odiavam os homens que foram enviados para repreendê-los. Muitas das perseguições movidas contra os profetas no Antigo Testamento, foram chefiadas ou instigadas pelos sacerdotes. Eles perseguiram, torturaram e mataram os profetas. Os adversários de Cristo sempre foram os sacerdotes, escribas e fariseus. Quando Jesus foi levado perante Pilatos, os sacerdotes o acusaram (Marcos 15:3). Ao sacrificar-se no Calvário, ele tornou o sistema de sacrifício inútil no futuro. Cristo pessoalmente não ofereceu um sacrifício durante Seu ministério, porque Ele não pecou, e ensinando as pessoas a não pecar, Ele atingiu o sacerdote no coração da corrupção. No entanto, não se deve pensar que todos os sacerdotes eram maus. Muitos homens fiéis podem ser contados entre eles. CONCLUSÃO Os sacerdotes foram incapazes de perceber o profundo significado espiritual do seu serviço simbólico. Neste serviço santo, verdades gloriosas claramente definidas foram obscurecidas porque foram desobedientes aos comandos de Deus. Os sacerdotes impenitentes foram solenemente avisados do dia do juízo que se aproximava, e lhes foi enviado o seguinte convite de Deus: “Tornai vós para Mim e Eu tornarei para vós.” (Malaquias 3:7). Ao rejeitar este afetuoso chamado de Deus, eles selaram seu destino. Mais tarde, perto do fim do ministério terreno de Cristo, os sumos sacerdotes ouviram a parábola do Mestre sobre a vinha (Mateus 21:33- 46). Depois de descrever as maldades dos sacerdotes, Cristo lhes faz a pergunta: “Quando, pois, vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” Os sacerdotes acompanhavam a história de Jesus com profundo interesse. Qualquer que fosse o relacionamento que eles tivessem, a resposta deles foi esta: “Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.” Inadvertidamente eles proferiram suas próprias condenações. Com a morte de Cristo, o sacerdócio levítico foi extinto e em 70 d.C. os romanos destruíram o templo em Jerusalém. Desde então, Deus quer trabalhar em cada um e fazer dele o seu templo, onde se possa exercer um sacerdócio santo e aceitável: “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Coríntios 6:19). “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Pedro 2:5). “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” (I Pedro, 2:9). Nunca esqueçamos que Deus é honrado pela pureza de nossos corações com que amamos, o tesouro com que enriquecemos os pobres e a glória de nosso temor e devoção. DIZIMO PARTE 4 O NOVO TESTAMENTO E O DIZIMO INTRODUÇÃO O cumprimento da vontade de Deus deve ser o primeiro objetivo de todos, e para cumprir esta vontade é necessário conhecer a Palavra de Deus, especialmente o ensino bíblico sobre dar, na nova aliança. Imediatamente após a morte de nosso Senhor Jesus, a supremacia do povo de Deus foi caracterizada inicialmente pelo amor a Deus e ao próximo, especialmente o cuidado com os mais pobres e necessitados. Ainda hoje, é a vontade de Deus que todas as outras nações reconheçam Seu povo por causa desse amor. Há algumas perguntas muito importantes que precisam ser respondidas: Qual era a posição de nosso Senhor Jesus sobre o dízimo? Os apóstolos abordaram esse assunto em suas cartas? Quando o sistema de dízimo obrigatório foi introduzido no cristianismo? A análise deste assunto é um verdadeiro alerta para o povo de Deus, cuja verdadeira missão é refletir o caráter de Deus e fazer Seu amor transbordar neste mundo tortuoso e cruel. O DÍZIMO E JESUS Nosso Senhor Jesus Cristo é o centro onde se encontram a velha e a nova aliança. A nova aliança não começou com o nascimento de Jesus, mas com Sua morte. A conclusão é óbvia: Deus cancelou a primeira aliança, que dependia da morte dos animais, para estabelecer uma segunda aliança, que dependia da morte de Cristo (Hebreus 9:15-17; 10:9, 10; 1 Coríntios). 11:25). As normas relativas ao sacrifício de animais e as funções gerais do santuário apontavam para o maior e mais completo sacrifício que ocorreria no Calvário. Todas as palavras de Jesus nos quatro Evangelhos, que foram ditas antes de Sua morte, foram ouvidas durante a ordem sacerdotal levítica, quando o dízimo ainda era obrigatório segundo a lei do santuário. Há poucas referências ao dízimo durante o ministério de nosso Senhor Jesus Cristo, e em nenhum lugar é mencionado que Jesus deu o dízimo. Porque Jesus não estava envolvido na agricultura, ele estava isento do dízimo. Conforme a lei do dizimo, que assim estabelecia. Não há evidência de que os fariseus O acusassem por causa disto. Os únicos textos encontrados são: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” (Mateus 23:23.) “Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras.” (Lucas 11:42.) “Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” (Lucas 18:12.) Em todas essas citações, o Senhor Jesus colocou a questão do dízimo como secundária. Seu principal objetivo ao proferir essas palavras era repreender os fariseus pelo orgulho e negligência do que era mais importante na lei: a prática da justiça, misericórdia e fé. Denominações religiosas que defendem a validade dos dízimos com base em Mateus 23:23 e Lucas 11:42 certamente não aceitam hoje dízimos de hortelã, endro, cominho, arruda e todos os vegetais para manter suas gigantescas estruturas institucionais e, além disso, os textos citados provam que o dízimo não foi dado em dinheiro. A CARTA AOS HEBREUS E O DÍZIMO O termo "dízimo" também se encontra em Hebreus 7. É aconselhável analisar todo o contexto antes de tirar conclusões. O assunto deste capítulo não está relacionado a,se o dízimo deve ou não ser praticado hoje, nem quando ou onde o dízimo deve ser dado. A realidade é que o escritor da carta estava tentando mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio de Arão usando Melquisedeque como um tipo de Cristo. O profeta Davi também profetizou anteriormente que o Messias seria “sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisideque.” Salmos 110:4. A questão é que o sacerdote e rei Melquisedeque viveu antes de Isaque nascer, então ele não veio da tribo de Levi (um dos netos de Isaque). O escritor de Hebreus queria apenas mencionar que o patriarca Abraão deu o dízimo dos despojos a Melquisedeque, conforme declarado em Gênesis 14:18-20. Este assunto tinha que ser explicado especialmente para aqueles que ainda seguiam os ritos sacrificais da antiga aliança. Nos capítulos 7-10, o autor afirma claramente que o objetivo é mostrar a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o de Arão. Deus aboliu o antigo sistema sacerdotal baseado na linhagem de Arão, porque era fraco e inútil para salvar as pessoas, de seus pecados (Hebreus 7:18). A esse respeito, o autor da carta aos Hebreus faz a seguinte pergunta: “...se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei do dizimo), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?” (Hebreus 7:11). Então a Palavra de Deus diz que “quando o sacerdócio muda, a lei necessariamente muda”. (Hebreus 7:12). Mudar a lei era necessário porque Cristo não pertencia à família da tribo sacerdotal de Levi, mas veio da tribo de Judá. Conforme dita a lei, a tribo de Judá não podia exercer o sacerdócio em assuntos que regem as atividades do santuário porque Deus não o escolheu para esse ministério. Assim, após a morte de Cristo, todas as cerimônias relacionadas com os sacrifícios feitos no santuário foram canceladas, por serem apenas típicas do "sacrifício único do corpo de Jesus Cristo". (Hebreus 10:10). Essas cerimônias eram sombras da realidade que é Cristo, o qual alcançou um “ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores promessas”. (Hebreus 8:6). Cristo Se manifestou, “para aniquilar o pecado pelo sacrifício de Si mesmo.” (Hebreus 9:26). O objetivo principal do escritor de Hebreus era focar na mudança do modelo sacerdotal e não enfatizar a base doutrinária do dízimo. De fato, tomar a experiência de Abraão para apoiar o argumento do dízimo não faz muito sentido pelas seguintes razões: • Abraão deu apenas o dízimo (décima parte) dos despojos da guerra (Hebreus 7:4); • Abraão devolveu os restantes 90% (noventa por cento) aos legítimos proprietários após deduzir as despesas de guerra (Gênesis14:22- 24); • Não há evidência na Bíblia de que o dízimo pago por Abraão fosse sistemático ou obrigatório por qualquer ordem legal, especialmente que fosse calculado a partir de seu ganho financeiro e/ou de bens pessoais. O verdadeiro povo de Deus não se baseia em suposições, mas baseia seu ensino num bem límpido "Assim diz o Senhor". O DÍZIMO ERA USADO EM TEMPOS APOSTÓLICOS? Entre os primeiros cristãos, principalmente no período apostólico depois de Cristo, não há comprovação do pagamento dos dízimos. Vivendo nessa nova experiência, o remanescente de Deus não estava mais sujeito à antiga aliança. A história da Bíblia diz que “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” Atos 2:44-45. Não havia necessitados entre eles, pois não estavam nos planos deles a construção de templos e nem o pagamento de salários aos obreiros, mas entre eles estava o amor ao próximo. As atitudes eram claras e transparentes: “Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois não havia entre eles necessitado algum, porque todos os que possuíam terras, ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.” (Atos 4:32-35). As dádivas entre o remanescente povo de Deus não eram impostas por mandamento, ou por uma ordem legal, ou por exigência de se contribuir com um percentual qualquer sob ameaça de maldição, mas, era resultado de um relacionamento íntimo com Deus. O Senhor Jesus, durante o Seu ministério, enfatizou muito sobre a importância de cultivar ao próximo: • A história do jovem rico (Mateus 19:21); • Recompensar aqueles que fazem bem (Mateus 25:34-40) O evangelho não é sinônimo de dinheiro, mas a prática de amor verdadeiro. O apóstolo Paulo diz isso: “E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” (I Coríntios 13:3). Ao contrário das instruções de Deus, muitas instituições religiosas fazem do evangelho uma fonte de recursos materiais. Tais atitudes são difíceis de conciliar com as palavras de Jesus, quando disse: “...de graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8). Por que não seguir as sábias instruções de nosso Mestre e Salvador? Nessa nova aliança estabelecida por Jesus Cristo o amor é o principal motivo para o "dar". Os capítulos 8 e 9, da segunda carta de Paulo aos Coríntios, contêm muitas instruções e informações sobre como os primeiros cristãos seguiram em sua jornada, quanto ao sustentar da obra de Deus. Curiosamente, o dízimo não é mencionado nesses textos, nem em 1 Coríntios 9, onde o apóstolo Paulo faz declarações abertas aos que pregam o evangelho. Referindo-se aos levitas, ele escreveu: “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? (I Coríntios 9:13). Na sequência ele transmitiu o seguinte: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. MAS EU DE NENHUMA DESTAS COISAS TENHO USADO. Nem escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória.” (I Coríntios 9:14 e15). O apóstolo continua dizendo: “Logo, qual é a minha recompensa? É que, pregando o evangelho, eu o faça GRATUITAMENTE, para não usar em absoluto do meu direito no evangelho.” (I Coríntios 9:18). Por que você não segue o precioso exemplo do Apóstolo Paulo? É importante recordar que “a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar- se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27). CONCLUSÃO Depois de Cristo, o povo remanescente de Deus já não deu o seu dízimo, mas doou voluntariamente. Quando veio a apostasia, várias mudanças ocorreram no cristianismo apóstata. Em 585 d.C., no Terceiro Concílio de Mâcon, convocado por ordem do rei da Borgonha, que uniu os bispos da Borgonha e da Nêutria, foram proclamados vinte cânones, e entre eles havia um que determinava a excomunhão de todos aqueles que não pagavam o dízimo à igreja. Quase dois séculos depois, o governo de Carlos Magno apoiou a legislação eclesiástica, confirmando-a como um sansão do direito civil, tornando obrigatório o pagamento do dízimo para a igreja romana. Assim, por iniciativa da Igreja Romana, foi restabelecida a prática obrigatória do dízimo. Nos séculos XVIII e XIX, esta obrigação foi temporariamente abolida por pressão da sociedade e da indústria, porque as quantias arrecadadas não eram devidamente utilizadas para os fins exigidos pelo direito eclesiástico e civil. No século XX, a Igreja Romana gradualmente adotou o uso do dízimo em seus princípios eclesiásticos como um sistema de pagamento sistemático e regular para substituir o sistema de taxas. Infelizmente, muitos segmentos religiosos copiam essa prática da igreja romana hoje. A isenção do dízimo não significa liberdade da responsabilidade pela obra de Deus. Todos os dons devem ser ministrados individualmente com responsabilidade e de acordo com as instruções de Deus. Deus não exige de nós o impossível ou o absurdo, mas a devoção total a Ele. O apóstolo Paulo diz o seguinte sobre isso: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformativos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1 e 2).