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PESOS E MEDIDAS DA PROSPERIDADE BÍBLICA

DR. ALDERY NELSON ROCHA


- NÃO PASSAR ESTA APOSTILA PARA NENHUMA
PESSOA
OREI PARA QUE O ANJO DE ARAÚNA VIGIE
2022 – Direitos autorais registrados.

PRIMEIRA AULA

1. O INVESTIDOR ABRAÃO - O PODER DE


INVESTIR EM GERAÇÕES FUTURAS.
PARA ISSO PRECISAMOS SABER O QUE FAZER
COM OS RECURSOS DE HOJE.
Gênesis, capítulo doze (12)
O chamado de Abrão. As promessas de Deus para o seu chamado. A continuidade do sonho de
Tera. O significado de sair da terra, do meio da parentela e da casa do pai
Gênesis 12:1: E o Senhor Jeová disse a Abrão: “Sai da tua terra,
da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei. (At 7:3; Hb 11:8)
As seis bênçãos do missionário
Gênesis 12:2: E farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. (Gn 18:18; Dt
26:5; Gn 15:5, 17:4, 5; 22:17; 28:14; 32:12; 35:11; 46:3)
As promessas de Deus, as incumbências e os privilégios de Abrão
Gênesis 12:3: Abençoarei os que te abençoarem, e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas
todas as famílias da terra”. (Gn 18:18; 22:18; 26:4; Gl 3:8; Êx 23:22; Nm 24:9; At
3:25)
Ló: o intruso no chamado
Gênesis 12:4: Partiu, pois, Abrão, como o Senhor Jeová lhe
havia ordenado, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco
anos, quando saiu de Harã. (Gn 11:27, 31)
Abrão avizinhou-se da terra
Gênesis 12:5: E Abrão levou consigo a Sarai (“contenciosa”), sua
mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e com todos os bens que
tinham adquirido, e os servos que adquiriram em Harã; e saíram
a fim de irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.
(Hb 11:8-10; Gn 14:14; 11:31)
Gênesis 12:6: Passou Abrão pela terra até o lugar de Siquém,
até a planície de Moré. Nesse tempo os cananeus estavam na
terra. (Gn 10:18, 19; Hb 11:9; Dt 11:30)
Deus estava de olho nos passos de Abraão. O altar da prioridade para o construtor de altares

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Gênesis 12:7: E apareceu o Senhor Jeová a Abrão, dizendo-lhe:
“À tua semente darei esta terra. Então, Abrão edificou ali um
Sl 105:9)
Gênesis 12:8: E passou dali para o monte, ao oriente de Betel,
e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente e Ai ao
oriente; e também ali edificou um altar ao Senhor e invocou o
nome do Senhor Jeová. (Gn 13:4)
Gênesis, capítulo quinze (15)
O pacto de Deus com Abrão. A preocupação de Abrão e a promessa divina do seu herdeiro. Ele
sentiu falta do seu sucessor e teve medo do futuro. As batalhas vistas no capítulo anterior lhe
trouxeram grandes preocupações. O Pacto com Abrão (Gn 15:1-16) foi promulgado sob o
juramento divino de que Israel seria resgatado do Egito. (1) Esse pacto foi o mais completo, até
aqueles dias, desde os tempos de Adão. O direito de entrar na terra. Melquisedeque era da
descendência de Cam, de Jebus, capital dos cananeus. Era rei e sacerdote. Sua família era família
de reis. Ele optou pelo Deus criador, o Deus de Abrão. O Deus único. Toda sua família e seus
antepassados estavam debaixo de uma maldição: a maldição da impureza sexual. Mesmo assim,
ele não aceitou esta maldição sobre a sua vida. Ele soube que Abrão tinha uma bênção: a de
abençoar os que lhe abençoassem. Melquisedeque veio ao seu encontro para abençoar e ser
abençoado. Naquele momento, Melquisedeque recebeu as bênçãos de Abraão, que foram
maiores que as maldições de Noé. De onde vinha Abrão? Vinha de uma grande guerra, da qual
saiu vitorioso, das terras de Sodoma e Gomorra, onde Ló, seu sobrinho morava. (a) Um cananeu
abençoando a um hebreu, uma aparente contradição, se compararmos com a benção e maldição
de Noé, no capítulo 9:24, 25 de Gênesis. Melquisedeque agora tem bênção. Seu sacerdócio é
tomado por Deus para estabelecer o trabalho universal de Cristo. Veja que bênção. (b) O
Sacerdócio Real prometido a Israel já existia desde os dias antigos. Melquisedeque estava
cedendo o direito a Abrão no capítulo 14, para que pudesse oferecer sacrifícios com outra unção
no capítulo 15. Se não participasse daquela nova unção, o construtor de altares estaria em sua
tradição, mas não com a bênção de Melquisedeque, seu ministério seria restaurado e renovado
para poder oferecer esse tipo de sacrifício no capítulo 15. Neste, seu altar é ampliado, fruto do
encontro com Melquisedeque, tipo de Cristo (Hb 7). (c) Os primogênitos – Somente os
primogênitos podiam perpetuar o sacerdócio universal, já que qualquer povo podia oferecer
holocaustos ao Deus Criador. A prova é que Melquisedeque, um não semita, era sacerdote
universal. Seu sacerdócio não estava condicionado a um limite nacional. (d) Mas os primogênitos
falharam. O propósito de Êxodo 19:5, 6 é guardado até Moisés. Neste tempo, Deus nacionaliza
o sacerdócio e o limita em uma única nação, levanta uma tribo em lugar de uma nação. Mas os
levitas que haviam sido levantados em lugar dos primogênitos em Números 3, também
falharam. Deus levanta nazireus, como porta emergente. Os nazireus sustentam o propósito em
Sansão, Samuel e João Batista. Os nazireus tomam conta do sacerdócio e, distante dos templos,
oferecem sacrifícios de louvor. Redescobrem o Sacerdócio de Melquisedeque. Nos dias de
Samuel, com a fundação das escolas de profetas, os profetas e seus filhos redescobrem a música
na oração (adoração), os instrumentos musicais, o monte, a profecia ministrada, o vinho e o pão
de Melquisedeque, os três cabritos de Abrão do capítulo 15. Todos os nazireus foram frutos da
impossibilidade, suas mães eram estéreis. Seus filhos não eram parte do sistema comum de
sacerdócio; Deus intervém e eles passaram pela prova e entraram pelas portas do ministério. (e)
O capítulo 15 de Gênesis é o capítulo da segurança baseada na revelação: “Como saberei que
hei de herdá-la?” Tudo está ali no capítulo 15. O propósito do cativeiro: fortalecer, enriquecer e
multiplicar o povo. (2) Deus não daria a terra assim, de qualquer maneira. (3) Tinham de
valorizar o Sangue do Cordeiro. (4) A taça da ira dos inimigos não haveria de ser cheia, até 400
anos depois. Deus é justo. Enquanto nossos inimigos enchem a taça com seu pecado, Deus nos
prepara para vencer os gigantes, nos multiplica pela tribulação para herdarmos cada pedaço da
nossa herança. Se Deus vê que não estamos preparados para tomar toda a terra, não a entregará
até que tenhamos filhos fortes para tomar a fontes superiores e inferiores. Não sejam impacientes
para com Deus. Esperem, pois ele sabe o tempo em que seus filhos estarão fortes para entrarem
e possuírem a terra que ele já nos tem dado
Gênesis 15:1: Depois destas coisas manifestou-se a Palavra do
Senhor Jeová a Abrão, numa visão, dizendo: “Não temas,
Abrão. Eu sou o teu escudo; o teu galardão será muito grande”.
(Sl 18:2; 84:9, 11; 119:114; Gn 21:17; 26:24; Dt 33:29; Pv 11:8)
As possibilidades precipitadas dos homens são vãs: o mordomo jamais será o seu herdeiro

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Gênesis 15:2: E disse Abrão: “Adonai Jeová (“Senhor Deus”), que
me darás, visto que partirei sem herdeiros, e o herdeiro da
minha casa é o mordomo Eliezer, o damasceno?” (At 7:5)
Agora, Abrão dá esta sugestão: “O herdeiro não pode ser o mordomo?” E depois dirá: “Não
poderá ser Ismael?”. A incredulidade apresenta opções mais fáceis. Mas Deus tem propósitos
com o fruto da fé, Isaque, e este não será substituído
Gênesis 15:3: Disse mais Abrão: “Eis que a mim não me tens
dado filhos, e eis que um escravo nascido na minha casa será o
meu herdeiro”. (Gn 14:14)
Mordomo não pode ser herdeiro; quem tem mente de mordomo não pode herdar nada do seu
senhor, deve definir-se: como mordomo ou como herdeiro
Gênesis 15:4: E eis que lhe veio a Palavra do Senhor, dizendo:
“Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas
entranhas, esse será o teu herdeiro”. (Gl 4:28)
A justificação de Abraão foi um fato quando ele ainda era Abrão. Deus aceitou a fé do Abrão, o
pequeno Abrão
Gênesis 15:5: E fê-lo ir fora, e lhe disse: “Olha agora para o céu,
e conta as estrelas, se as podes contar”. E acrescentou-lhe:
“Assim será a tua semente”. (Sl 147:4; Jr 33:22; Gn 22:17; Rm 4:18; Hb 11:12)
A justificação de Abraão aconteceu quando ele ainda era Abrão, pois ele creu na promessa
quando ainda era Abrão
Gênesis 15:6: E creu Abrão no Senhor, e o Senhor Jeová
imputou-lhe isto como [crédito de] justiça. (Rm 4:3, 9, 22; Gl 3:6; Tg 2:23)
O sacrifício especial que servirá de base para todos os sacrifícios legais registrados em Levítico.
O sacrifício de Cristo é prefigurado em todos os seus aspectos: morte, sepultamento e
ressurreição, na presença de toda a Divindade: Pai, Filho e Espírito Santo
Gênesis 15:7: Disse-lhe mais: “Eu sou o Senhor Jeová, que te
tirei de Ur dos caldeus, para dar-te esta terra como herança”.
(Gn 11:31, 13:15, 17)
Como hei de herdá-la?
Gênesis 15:8: E perguntou-lhe Abrão: “Ó Adonai Jeová (“Senhor
Deus”), como saberei que hei de herdá-la?” (Lc 1:18)
O caminho da herança é o culto messiânico: Cristo no Calvário, com o testemunho da
divindade. O Pacto com Abrão (Gn 15:1-16) foi promulgado sob o juramento divino de que
Israel seria resgatado do Egito: (1) Esse pacto foi o mais completo, até aqueles dias, desde os
tempos de Adão. (2) Esse pacto prefigurava o Calvário, pois revelava a morte de Cristo e a sua
ressurreição: (a) Revelava o tempo do ministério de Cristo, em obediência e sem pecado – a
bezerra de três anos (Gn 15:9; Dt 21:4); (b) revelava a fertilidade do ministério de Cristo através
de seu discipulado – “a cabra de três anos”; (c) revelava a obra substitutiva de Cristo na cruz,
em favor dos homens – “um carneiro de três anos” (Gn 15:9); (d) revelava a oferta de Deus em
favor do pobre e do rico – “uma rola e um pombinho” (Lv 12:6-12; Gn 15:9)
Gênesis 15:9: E respondeu-lhe: “Toma-me uma novilha de três
anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma
rola e um pombinho”.
(3) Esse pacto revelava a entrega completa da vida de Cristo – os sacrifícios “partidos pelo meio”
e o desafio contra a morte, com “os pedaços um em frente ao outro”, com derramamento de
sangue e água (Gn 15:10). (4) Esse pacto revela a presença do Espírito Santo indivisível, com o
seu ministério de unidade e de ressurreição – “mas as aves não partiu” (Gn 15:10; Ef 4:1-4). (5)
Esse pacto revela a presença do Espírito Santo indivisível, com o seu ministério de unidade e de
ressurreição – “mas as aves não partiu” (Gn 15:10; Ef 4:1-4)

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Gênesis 15:10: E, tomando-os, trouxe-lhe todos estes animais
partidos pelo meio, e pôs uma parte deles em frente da outra
parte; mas as aves não partiu.
A presença de Satanás para desanimá-lo, na sua paixão (Sl 22; 18; 68). (6) Esse pacto revela a
luta travada por Cristo após a sua morte na cruz e a luta do Pai em seu favor, ao afugentar os
espíritos malignos que se manifestaram no Calvário – “Abrão, porém, as enxotava” (Gn 15:11).
(7) Esse pacto revela a entrega do Espírito de Cristo ao Pai, pois “o sono profundo de Abrão” é
uma prefiguração da morte de Cristo (Gn 15:11). (8) Esse pacto revela a entrega do Espírito de
Cristo ao Pai, pois “o sono profundo de Abrão” é uma prefiguração da morte de Cristo (Gn
15:11)
Gênesis 15:11: E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres;
e Abrão as enxotava. (Jr 34:18; Lv 1:17)
(9) Esse pacto revela as três horas de escuridão que caiu sobre o Gólgota, por ocasião da
crucificação de Cristo (Gn 15:12; Mt 27:45) e o grande espanto que veio sobre a alma de Cristo
(Sl 18; 22; 68). (10) Esse pacto completo foi precedido pela revelação do sacrifício de Cristo;
pois o pacto somente foi estabelecido depois da visão, e esse pacto consistia na promessa de que
Israel sairia do Egito com grande riqueza. Baseado nesse sacrifício, Deus jurou que tiraria Israel
do Egito
Gênesis 15:12: Vindo o pôr do sol, caiu um profundo sono
sobre Abrão; e eis que grande pavor e densas trevas caíram
sobre ele. (Gn 2:21)
O tempo da peregrinação no Egito será finalizado com riquezas
Gênesis 15:13: E disse a Abrão: “Saibas, com certeza, que a tua
semente será peregrina em terra alheia, e será oprimida na
escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. (Êx 12:40; At 7:6)
O Egito
Gênesis 15:14: Mas também eu julgarei a nação à qual hão de
servir; e depois sairão livres com grandes riquezas. (Êx 12:36)
Deus pagará o tempo da escravidão com os próprios bens dos escravocratas
Gênesis 15:15: Tu, porém, irás em paz a teus pais; e em boa
velhice serás sepultado. (Gn 25:8)
O tempo de escravidão da nação de Israel no Egito é profetizado. A prefiguração da morte e
ressurreição de Cristo, o Sol da justiça. A promessa final da terra. A bênção da quarta geração:
(1) Abraão, (2) Isaque, (3) Jacó e (4) os filhos de Jacó. O direito de entrar na terra. Melquisedeque
era da descendência de Cam, de Jebus, capital dos cananeus. Era rei e sacerdote. Sua família era
família de reis. Ele optou pelo Deus criador, o Deus de Abraão. O Deus único. Toda sua família
e seus antepassados estavam debaixo de uma maldição: a maldição da impureza sexual. Mesmo
assim, ele não aceitou esta maldição sobre a sua vida. Ele soube que Abrão tinha uma bênção:
a de abençoar os que lhe abençoassem. Melquisedeque veio ao seu encontro para abençoar e
ser abençoado. Naquele momento, Melquisedeque recebeu as bênçãos de Abraão, que foram
maiores que as maldições de Noé. De onde vinha Abrão? Vinha de uma grande guerra, da qual
saiu vitorioso, das terras de Sodoma e Gomorra, onde Ló, seu sobrinho morava. Um cananeu
abençoando a um hebreu uma aparente contradição, se compararmos com a bênção e maldição
de Noé, no capítulo 9:24, 25 de Gênesis. Melquisedeque agora tem bênção. Seu sacerdócio é
tomado por Deus para estabelecer o trabalho universal de Cristo. Veja que bênção. O Sacerdócio
Real prometido a Israel já existia desde os dias antigos. Melquisedeque estava cedendo o direito
a Abrão no capítulo 14, para que pudesse oferecer sacrifícios com outra unção no capítulo 15.
Se não participasse daquela nova unção, o construtor de altares estaria em sua tradição, mas não
com a bênção de Melquisedeque, seu ministério seria restaurado e renovado para poder oferecer
este tipo de sacrifício no capítulo 15. Neste capítulo 15, seu altar é ampliado, fruto do encontro
com Melquisedeque, tipo de Cristo (Hb 7). Os primogênitos. Somente os primogênitos podiam
perpetuar o sacerdócio universal, já que qualquer povo podia oferecer holocaustos ao Deus
Criador. A prova é que Melquisedeque, um não semita, era sacerdote universal. Seu sacerdócio
não estava condicionado a um limite nacional. Mas os primogênitos falharam. O propósito de
Êxodo 19:5 ,6 é guardado até Moisés. Neste tempo Deus nacionaliza o sacerdócio e o limita em
uma única nação, levanta uma tribo em lugar de uma nação. Mas os levitas que haviam sido
levantados em lugar dos primogênitos em Números 3, também falharam. Deus levanta nazireus,

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como porta emergente. Os nazireus sustentam o propósito em Sansão, Samuel e João Batista.
Os nazireus tomam conta do sacerdócio e, distante dos templos, oferecem sacrifícios de louvor.
Redescobrem o Sacerdócio de Melquisedeque. Nos dias de Samuel, com a fundação das escolas
de profetas, os profetas e seus filhos redescobrem a música na oração (adoração), os instrumentos
musicais, o monte, a profecia ministrada, o vinho e o pão de Melquisedeque, os três cabritos de
Abrão do capítulo 15. Todos os nazireus foram fruto da impossibilidade, suas mães eram estéreis.
Seus filhos não eram parte do sistema comum de sacerdócio; Deus intervêm e eles passaram
pela prova e entraram pelas portas do ministério. O capítulo 15 de Gênesis é o capítulo da
segurança baseada na revelação: “Como saberei que hei de herdá-la?” O propósito do cativeiro:
fortalecer, enriquecer e multiplicar o povo. Deus não daria a terra assim, de qualquer maneira.
Tinham de valorizar o Sangue do Cordeiro. A taça da ira dos inimigos não haveria de ser cheia,
até 400 anos depois. Deus é justo. Enquanto nossos inimigos enchem a taça com seu pecado,
Deus nos prepara para vencer os gigantes, nos multiplica pela tribulação para herdarmos a cada
pedaço da nossa herança. Se Deus vê que não estamos preparados para tomar toda a terra, não
a entregará até que tenhamos filhos fortes para tomar a fontes superiores e inferiores. Não sejam
impacientes para com Deus. Esperem, pois ele sabe o tempo em que seus filhos estarão fortes
para entrarem e possuírem a terra que ele já nos tem dado. Os cananeus ainda não tinham
cometido o pecado para a morte, o pecado que enche o cálice
Gênesis 15:16: Na quarta geração, porém, voltarão para cá;
porque a medida da iniquidade dos amorreus não está
completa”. (1 Rs 21:26)
A presença de Deus no Calvário na hora da morte de Cristo. O sol se pôs. Esse pacto completo
foi precedido pela revelação do sacrifício de Cristo; pois o pacto somente foi estabelecido depois
da visão, e esse pacto consistia na promessa de que Israel sairia do Egito com grande riqueza.
Baseado nesse sacrifício, Deus jurou que tiraria Israel do Egito. Quando esse tempo chegou,
baseado no pacto, ele se lembrou do seu povo. Aquele pacto foi atestado pela presença de toda
a divindade: O Ancião de Dias – era o fogo fumegante. O Verbo – era o sol da justiça que se pôs;
e o Espírito Santo – era a tocha de fogo que se revolvia entre os pedaços do sacrifício (Gn 15:17);
pois o Pacto em si foi feito após essa revelação (Gn 15:18)
Gênesis 15:17: E quando o sol já estava posto, e era escuro, eis
que um forno fumegante e uma tocha de fogo passaram por
entre aquelas metades de carne. (Jr 34:18, 19)
Quando o Senhor ordenou a Moisés e a Josué que destruísse ao fio da espada a todos os cananeus
não foi porque odiava aqueles povos; mas sim porque o tempo da sua misericórdia já havia
chegado ao nível máximo: “A maldade dos cananeus” era algo indescritível (Gn 15:16). Deus
tem um cálice onde mede a injustiça de cada povo. Neste cálice ele mede a justiça e a injustiça
de cada nação. Ele também tem uma balança onde mede a obra dos reis da terra (Dn 5:27). Não
eram somente as nações cananeias que estavam sendo medidas, Israel também estava sendo
medido, como nação (Mt 23:32), com a qual Deus seria muito mais restrito e rigoroso no juízo
(Mt 23:14). Agora, era tempo do juízo de Deus sobre as nações cananeias; mais adiante chegaria
o tempo da Síria, da Assíria, da Babilônia, da Média, da Pérsia e da Grécia, bem como chegará
o tempo do juízo das atuais nações. Os amorreus tiveram grandes oportunidades de mudar o
curso da sua história. Abraão esteve no meio deles; eles reconheceram o Deus verdadeiro nos
dias de Abrão, Isaque e Jacó, eles testemunharam a fama do Deus de Abraão. Ló foi o
testemunho de Deus na casa dos cananeus, em Sodoma e Gomorra (Gn 13:7). As nações
cananeias herdaram de seus pais maus costumes que se tornaram em cultura entre eles: (1) O
abuso sexual contra seus pais (Gn 9:21, 22); (2) viviam sem ética alguma (Gn 9:22); (3) comiam
carne com o seu sangue (Gn 9:4); inauguravam cidades sacrificando suas crianças; (4) não
honravam as famílias nem a privacidade de seus pais nem de seus irmãos (Lv 18:3); (5) imitavam
os modelos de cultos dos egípcios (Lv 18:3); (6) sexualmente, não respeitavam os seus parentes
(Lv 18:18); (7) não respeitavam as mulheres nos dias de sua separação (Lv 18:19); (8)
sacrificavam os seus filhos no fogo em cultos oferecidos a Moloque e a outros falsos deuses (Lv
18:21); (9) era natural o homem copular com a mulher de seu próximo (Lv 18:20); (10) a
perversidade era natural nos seus dias (Lv 18:22); (11) eles amavam a bestialidade – ter relações
com os animais (Lv 18:23). Estas eram algumas das causas por que Deus estava destruindo as
nações cananeias ao fio da espada (Lv 18:24): “Porque em todas estas coisas se contaminaram
estas nações que eu lanço fora diante da vossa face”. Josué estava sendo um instrumento de
Deus para executar o juízo de Deus sobre aquele povo que havia abandonado completamente a
Deus e que havia rejeitado todos os seus mandamentos, os quais lhes foram outorgados desde
os dias de seu pai, Noé (Gn 9:18). Eles estavam presentes quando Deus fez o Pacto com Noé.
Eles aprenderam a cultuar ao único Deus (Gn 9:20); eles sabiam que Deus recebia o seu culto
como cheiro suave (Gn 9:21); eles sabiam que o suicídio foi proibido por Deus (Gn 9:5); eles
sabiam que o assassinato era um crime (Gn 9:6); eles fizeram um Pacto com Deus (Gn 9:9, 18);

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eles sabiam que o arco celeste era um sinal do Pacto feito entre Deus e eles (Gn 9:13); eles
sabiam que seriam amaldiçoados se agissem com a mesma irreverência e sem temor a Deus que
o seu pai Cam. Com o objetivo de manter a família, equilibrar a justiça na terra, Josué estava
estabelecendo à força a ética de Deus naquele lugar. Por meio de Israel, as famílias da terra, que
clamavam por um libertador, seriam abençoadas. O pranto das famílias que ainda amavam, que
ainda temiam, que não desejavam as injustiças sociais, estava acabando. A tremenda
perversidade, que naqueles dias operava com tamanha força, estava chegando ao fim de seu
domínio. Ao destruir homens e mulheres, jovens e crianças, salvava as crianças de um futuro
terrível, dando-lhes a oportunidade de, ainda na sua inocência, fazerem parte do Reino de Deus,
deixando de ter um destino tão cruel ao escolherem as mesmas iniquidades de seus pais. O
mesmo aconteceu com Israel, durante a História, até em tempos modernos, quando, finalmente,
depois de grave disciplina entre as nações, Deus devolveu a sua terra em 1948. O cálice de Deus
também se encheu para Israel, mas agora era o tempo de Deus julgar os cananeus por causa das
suas iniquidades, ao fio da espada. Estas eram as razões por que Deus estava dando as terras dos
cananeus para Israel. Quando esse tempo chegou, baseado no pacto, ele se lembrou do seu
povo. Aquele pacto foi atestado pela presença de toda a divindade: O Ancião de Dias – era o
fogo fumegante. O Verbo – era o sol da justiça que se pôs; e o Espírito Santo – era a tocha de
fogo que se revolvia entre os pedaços do sacrifício (Gn 15:17); pois o Pacto em si foi feito após
essa revelação (Gn 15:18)
Gênesis 15:18: E, naquele mesmo dia, fez o Senhor Jeová um
Pacto com Abrão, dizendo: “À tua descendência tenho dado
esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; (Gn
12:7; 24:7; Êx 23:31; Nm 34:3; Dt 11:24; Js 1:4)
Gênesis 15:19: e o queneu (“ferreiro”), o quenezeu (“descendente
de caçador”), o cadmoneu (“oriental”),
Gênesis 15:20: o heteu (“medo”), o ferezeu, os refains,
Gênesis 15:21: o amorreu (“aquele que fala”), o cananeu, o
girgaseu (“habitante do solo barrento”) e o jebuseu (“lugar de debulhar”).
Gênesis, capítulo dezesseis (16)
O nascimento precipitado de Ismael. A precipitação de Agar. Ismael não quer reconhecer a
maternidade de Sarai. Abrão é tipo do coração entre dois senhorios. (Rm 7:1-5; Gl 4:23-29). As
características da carne. Abrão, o coração dividido entre duas mulheres, Agar (tipo da carne) e
Sarai, tipo do espírito humano infrutífero (Rm 7:1-5; Gl 4:23-29). As características da carne: (1)
A tipologia é esta: Sarai é tipo do espírito humano sem a habitação do Espírito Santo, e Abraão
é o tipo do coração não circuncidado. A serva egípcia é Agar, tipo da carne, como Paulo revela
em Gálatas. A carne é egípcia, pois é mudança por natureza; mas também, por natureza, foi
feita para ser serva; e a Bíblia diz que quando os servos governam desastres acontecem. Assim,
o centro de decisão da carne é a mente. E a carne é a unidade entre a alma e corpo, atuando
sem o governo do Espírito. A carne tem em seu poder a mente, os seus atributos, a
personalidade, os instintos e as leis destes instintos. A carne tem nome: Agar. (2) Admoestação
à família: Um dos principais problemas do casamento desfeito nasce com a precipitação na
formação de uma família (em jugo desigual) e na geração de um novo ser, o qual não se pode
saber se será herdeiro de uma maldição ou de uma bênção. Descobrimos, na Bíblia, a razão por
que Deus disse veementemente a Abraão: “Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e
eis que Sara, tua mulher, terá um filho” (Gn 18:10), e novamente “...ao tempo determinado,
tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho” (Gn 18:14). O tempo da vida é aquele
no qual todas as coisas concorrem para o nosso bem (Gn 24:1), é o tempo em que todas as
coisas acontecem contemporaneamente. Quando o homem simplesmente faz alguma coisa por
seus próprios meios carnais, no âmago de sua alma, considera tudo no seu travesseiro, onde
apoia a sua cabeça, e teme, porque sabe quando tudo foi feito de maneira ilegal, precipitada, ao
custo de mentiras e “jeitinhos” ilegais. Certamente, sobre ele pesará o olhar de sua esposa que,
no meio de seu testemunho, de cabeça baixa, não aprovará o seu canto de vitória; pois ela saberá
que houve farsa, saberá que este não seria o tempo certo da vida. O texto diz “no tempo certo
da vida”. Que tempo é esse? Será que realmente temos um tempo determinado por Deus para
receber ou conquistar nossas vitórias?
Gênesis 16:1: Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos.
E ela tinha uma serva egípcia, e o seu nome era Agar
(“emigração”). (Gl 4:24, 25; Gn 11:30; 21:9)

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O espírito ainda com o “i” de Sarai, sem o corte de sua influência submetida às decisões da
vontade, do intelecto e do sentimento. Foi um grave erro o espírito pensar em ter filhos através
da carne. Somente com a circuncisão Deus fechará esta porta maligna. A conduta dos filhos de
Agar será conforme a sua mãe e não conforme a sua madrasta
Gênesis 16:2: E disse Sarai a Abrão: “Eis que o Senhor Jeová
me tem impedido de ter filhos; rogo-te que tomes a minha
serva; porventura, terei filhos por meio dela”. E obedeceu
Abrão à voz de Sarai. (Gn 30:3, 4, 9, 10)
Abraão ainda era Abrão. Toda a potencialidade de Abraão estava depositada no Abrão. Todas as
vitórias estão projetadas na forma como eu vejo uma derrota; todas as lágrimas contêm a
semente da alegria. O Abraão está no Abrão. Dez anos é um período de espera. Devemos saber
“esperar dez anos”, mas, geralmente, neles, tomamos duras decisões, isto é, tomamos decisões
na carne. Se falta pouco, em comparação a tudo que já se passou, deve-se esperar. Agar e Abrão
gerarão na carne. Uma egípcia e um incircunciso! Resultado: fruto da carne, segundo a carne,
não segundo Abraão, mas segundo Abrão. Esta foi uma das três principais razões por que Deus
instituiu a circuncisão: (1) Um sinal no lugar do pecado de Abrão e também mostra o lugar de
sua expiação. (2) Estabelece um sinal de estirpe (onde ninguém entra sem se converter mediante
os estatutos), para que os israelitas não se envolvessem com mulheres de outras nações, e, por
este sinal, os gentios poderiam ser enxertados e reconciliados à promessa dada a Abraão na
“oliveira”. (3) Para ser figura da verdadeira circuncisão, que é pela fé em Cristo, a Semente e
estirpe eleita de Deus, onde o coração é circuncidado, sendo de fato o verdadeiro local do
pecado. Dez anos na terra do inimigo ainda será pouco quando andamos na carne, pois as
maldades dos habitantes cananeus ainda não enchiam o cálice da ira de Deus
Gênesis 16:3: E tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar, a
egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido,
depois de Abrão ter habitado dez anos na terra de Canaã. (Gn
12:5)
A carne, sendo fértil e não circuncidada, não avaliava os perigos do jugo desigual. A relação
íntima entre a carne e o coração gerou Ismael. A carne, ao saber que concebeu, se fortaleceu e
desprezou o Espírito. Este é o caráter de um escravo: sabe servir sobre a pressão do seu senhor,
mas não sabe viver na liberdade, na fartura, nem da fertilidade. A sua senhora, o espírito (e o
Espírito), sempre será desprezada quando o fruto da carne nascer
Gênesis 16:4: E ele conheceu a Agar, e ela concebeu; e, vendo
ela que concebera, menosprezou a sua senhora.
A carne afronta o espírito humano, mas Sarai diz que Abrão também receberá a mesma afronta,
pois ele era o seu esposo, sendo ambos carne da mesma carne. A serva do espírito humano
estava sob o poder do coração, o qual vendo que concebera, automaticamente, desprezou o
espírito. O espírito pede o tribunal
Gênesis 16:5: E disse Sarai a Abrão: “Minha afronta seja sobre
ti. Pus a minha serva em teu regaço; vendo ela, agora, que
concebeu, sou menosprezada aos seus olhos. O Senhor Jeová
julgue entre mim e ti”. (Gn 31:53)
A carne deve ser submetida e não maltratada
Gênesis 16:6: E disse Abrão a Sarai: “Eis que a tua serva está
nas tuas mãos; faze-lhe como bem parecer aos teus olhos”. E
Sarai maltratou-a, e ela fugiu da sua face.
A promessa de Deus a Agar, tipo da carne (Gl 4). (1) Paulo compara o antigo pacto a Agar, que
está para morrer de sede na beira de uma fonte. “A fonte está a caminho de Sur” representa a
posição da carne, abaixo, sob o domínio do espírito. Os domínios do norte são do Espírito e não
podem ser usurpados. O anjo do Senhor é Cristo e ele sabe qual é a verdadeira posição da carne.
O coração dá plenos poderes ao espírito para que trate a carne como desejar. Mas o espírito não
tem conhecimento das coisas do Espírito Santo, pois ainda não é habitação do Espírito Santo.
“Ele” ainda é Sarai, sem transformação. O que fez Sarai? O que todos fazem com a carne
pensando que assim terão uma vida mais santa, tranquila e sem problemas. Enganam-se
profundamente! Não podemos subjugar a carne com doutrinas de homens que vão além da
razão e da ética e que se transformam em cargas tão pesadas que os próprios líderes que as
estabelecem não as podem carregar. (2) Há duas formas de Deus se revelar no Antigo

7
Testamento antes de sua encarnação: (a) Através da glória. A forma de Deus se manifestar em
figura de objetos da natureza como fogo, água, rocha, relâmpagos, vento, terremoto, chuva ou
nuvem: 1 Coríntios 10:1-5: “Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram
todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos foram
batizados em Moisés, e todos comeram do mesmo alimento espiritual; e beberam todos da
mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os acompanhava; e a pedra era
Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles; pelo que foram prostrados no deserto”.
(b) Através da teofania. Como Anjo do Senhor, vemos Deus manifestando-se teofanicamente:
Uma das grandes revelações de Deus de forma teofânica foi o Anjo do Senhor, que é Cristo no
Antigo Testamento, sem o atributo da graça. Ele não é um anjo perdoador, ele não perdoava. O
Cristo encarnado é cheio de perdão e de misericórdia, é nosso advogado. Que mudança! “Meu
Senhor” é a frase que Abraão cita quando vê o Senhor vindo ao seu encontro nos carvalhais de
Manre (Gn 18:3) Eram três pessoas a quem Abraão se dirigiu como sendo uma só pessoa, como
o Senhor. Ló não tinha esta intimidade, e disse para os mesmos varões: “meus Senhores”. O
que Abraão disse concorda com Efésios 4:4, 5. Ainda que sejam três pessoas, mas o nome não
muda: “Senhor”. “Agora venho como”, uma das maiores manifestações do Anjo do Senhor na
Bíblia (Jz 6:11-18). O Anjo do Senhor era Cristo. Em Josué 5:14 ele diz: “Agora venho como...”,
dando a entender claramente que aquela era uma de suas manifestações. O anjo do Senhor e o
anúncio do nascimento de Sansão: Em Juízes 13:11 se manifestou como o “Eu Sou” à mãe de
Sansão. Em Colossenses 2, Ele é o mistério escondido do qual Paulo recebeu a revelação. João
1:1 revela a divindade de Cristo. Quando estava com o Pai. Depois da sua encarnação ele recebe
corpo definitivo. Hoje não pode mais se manifestar, por causa do corpo que ele tem, definitivo.
Ele é reconhecido como o mesmo capitão dos Exércitos do Senhor (Sl 24:7-10). Os anjos
perguntam sobre o mistério revelado e têm resposta: Agora ele está entrando na cidade como o
Cristo de Deus, mas os anjos querem saber quem era ele antes. Eles têm a resposta. Como é
visto hoje o Anjo do Senhor? Hoje nós temos um anjo do Senhor, mas o Anjo do Senhor já não
se manifesta. Qual seria a manifestação do mistério de Cristo, segundo Paulo aos Efésios?
Escondido em Deus. No seio do Pai (Jo 1:18). Escondido no AT e revelado como príncipe, como
Anjo do Senhor, como rocha, fogo, água, nuvem. Como em tipos. Revelado como homem
definitivamente revelado como homem. O anjo do Senhor (Gn 18:3). Ali vemos os três varões
se revelarem a Abraão. Abraão reconheceu os três (plural) como Senhor. Esta é a revelação de
Paulo em Efésios 4:1-3. Um só Senhor. Esta compreensão Ló não a poderia ter. Ele os tratou
como anjos comuns de Deus. Mas ali era a revelação teofânica de Deus em forma de varões,
que no capítulo 19 são chamados de anjos. Estes anjos receberam adoração. Quem estava se
manifestando aqui em forma de anjo? Um anjo comum de Deus não recebe adoração (Ap 22:6).
O Anjo do Senhor era Cristo, antes de sua encarnação. Depois de sua encarnação, Jesus não se
revela mais como Anjo do Senhor porque Ele, agora, tem um corpo humano glorificado.
Vejamos alguns eventos que envolvem o Anjo do Senhor e os anjos do Senhor para que
tenhamos uma ideia geral. Como Jesus estava no seio do Pai, era o Verbo que estava com Deus,
e Deus o tinha como um trunfo e em mistério escondido para um fim escatológico especial. Ele
jamais revelou aos principados e potestades que Ele, Deus, consistia em três pessoas. Na
revelação do Verbo em carne, hoje, entendemos que o Capitão dos exércitos, o Anjo do Senhor,
o Senhor da Glória, tudo era o mesmo que o Verbo de Deus, Cristo. O Anjo do Senhor era
Cristo. Não confunda o Anjo do Senhor e um anjo do Senhor. O Anjo do Senhor é Cristo. O
Anjo do Senhor era muito sério, desprovido de graça e não perdoava as rebeliões. Ele tinha
ordem para não perdoá-las (Êx 29). A graça foi um favor revelado a todos os homens pelo mesmo
Cristo, depois de sua encarnação. Atuando na bênção dos árabes: Gênesis 16:7: “Então o anjo
do Senhor, achando-a junto a uma fonte no deserto, a fonte que está no caminho de Sur”.
Gênesis 16:10: “Disse-lhe mais o anjo do Senhor: Multiplicarei sobremaneira a tua
descendência, de modo que não será contada, por numerosa que será”. Gênesis 16:11: “Disse-
lhe ainda o anjo do Senhor: Eis que concebeste, e terás um filho, a quem chamarás Ismael;
porquanto o Senhor ouviu a tua aflição”. (3) O anjo do Senhor sabe considerar nossa profunda
obediência e nos livra. Gênesis 22:1: “Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse:
Abraão, Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui”. (4) O Anjo do Senhor sabe o que significa estar
debaixo da autoridade e respeita esta ética: Gênesis 16:9: “Disse-lhe o anjo do Senhor: Torna-te
para tua senhora, e humilha-te debaixo das suas mãos”. (5) O Anjo do Senhor pode se revelar
no meio do fogo: Êxodo 3:2: “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio
duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia”. (6) O
Anjo do Senhor pode se revelar a animais e cegar o homem a quem ele conduz: Números 22:22-
25: “A ira de Deus se acendeu, porque ele ia, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por
adversário. Ora, ele ia montado na sua jumenta, tendo consigo os seus dois servos. A jumenta
viu o anjo do Senhor parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão e,
desviando-se do caminho, meteu-se pelo campo; pelo que Balaão espancou a jumenta para fazê-
la tornar ao caminho. Mas o anjo do Senhor pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo uma
sebe de um e de outro lado. Vendo, pois, a jumenta o anjo do Senhor, coseu-se com a sebe, e
apertou contra a sebe o pé de Balaão; pelo que ele tornou a espancá-la”. (7) O Anjo do Senhor
defende os animais injustiçados pelo homem: Números 22:32: “Disse-lhe o anjo do Senhor: Por

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que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu te saí como adversário, porquanto o teu
caminho é perverso diante de mim;” (8) O Anjo do Senhor se ira na desobediência de seu povo:
Juízes 2:1: “O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos
trouxe para a terra que, com juramento, prometi a vossos pais, e vos disse: Nunca violarei o
meu pacto convosco”. (9) O Anjo do Senhor ordena a maldição àqueles que não ajudam na obra
do Senhor: Juízes 5:23: “Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, acremente amaldiçoai aos
seus habitantes; porquanto não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor, entre os
valentes”. (10) O Anjo do Senhor visita o homem no local de seu trabalho: Juízes 6:11, 12:
“Então o anjo do Senhor veio, e sentou-se debaixo do carvalho que estava em Ofra e que
pertencia a Joás, abiezrita, cujo filho Gideão estava malhando o trigo no lagar para escondê-lo
dos midianitas. Apareceu-lhe então o anjo do Senhor e lhe disse: O Senhor é contigo, ó homem
valoroso”. (11) O Anjo do Senhor anuncia filho para a mulher estéril: Juízes 13:3, 15: “Mas o
anjo do Senhor apareceu à mulher e lhe disse: Eis que és estéril, e nunca deste à luz; porém
conceberás, e terás um filho. [...] Então Manoá disse ao anjo do Senhor: Deixa que te
detenhamos, para que te preparemos um cabrito”. (12) O Anjo do Senhor tem nome
Maravilhoso: Juízes 13:18: “Ao que o anjo do Senhor lhe respondeu: Por que perguntas pelo
meu nome, visto que é maravilhoso?” (13) O Anjo do Senhor se move no fogo do altar: Juízes
13:20: “Ao subir a chama do altar para o céu, subiu com ela o anjo do Senhor; o que vendo
Manoá e sua mulher, caíram com o rosto em terra.” (14) O Anjo do Senhor dá o basta nas
aflições: 2 Samuel 24:16: “Ora, quando o anjo estendeu a mão sobre Jerusalém, para a destruir,
o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta;
retira agora a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu”. (15) O
Anjo do Senhor nos provê alimento: 1 Reis 19:7: “O anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-o,
e lhe disse: Levanta-te e come, porque demasiado longa te será a viagem.” (16) O Anjo do
Senhor fere em favor do povo de Deus: 2 Reis 19:35: “Sucedeu, pois, que naquela mesma noite
saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles: e,
levantando-se os assírios pela manhã cedo, eis que aqueles eram todos cadáveres”. (17) O Anjo
do Senhor se revela aos Seus servos: 1 Crônicas 21:16: “E Davi, levantando os olhos, viu o anjo
do Senhor, que estava entre a terra e o céu, tendo na mão uma espada desembainhada estendida
sobre Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, se prostraram sobre os seus rostos”.
(18) O Anjo do Senhor pode acampar-se ao nosso redor: Salmos 34:7: “O anjo do Senhor
acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. (19) O Anjo do Senhor questiona os Seus
servos escolhidos à sua missão: Zacarias 3:2: “Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o
Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda! Não é
este um tição tirado do fogo?” (20) O Anjo do Senhor se revela em sonhos: Zacarias 3:6: “E o
anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:” Mateus 1:24: “E José, tendo despertado do sono,
fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher”. Mateus 2:19: “Mas tendo
morrido Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José no Egito”
Gênesis 16:7: E achou-a o Anjo do Senhor Jeová junto a uma
fonte no deserto, a fonte que está no caminho de Sur, (Gn 21:17,
18; 22:11, 15; 31:11; 20:1)
A fonte é o tipo de Cristo e o lugar onde os filhos de Ismael clamarão por Deus, pois os ismaelitas
também têm promessa. A carne não pode sobreviver longe de sua verdadeira posição: sob o
poder do espírito. Ela vaga sem direção, quando está fora de domínio do espírito. Sarai é o
espírito sem transformação, sem novo nascimento, antes de ser habitação do Espírito de Deus.
Pois a carne não se submete a espírito humano algum sem Deus. O domínio do espírito sobre a
carne antes de ser transformado em habitação do Espírito Santo é cruel, indouto e sem
misericórdia, legalista e sem consideração alguma
Gênesis 16:8: e perguntou-lhe: “Agar, serva de Sarai, de onde
vens e para onde vais?” Respondeu ela: “Da presença de Sarai,
minha senhora, eu fugi”.
Esta é a verdadeira analogia, segundo escreve Paulo em Gálatas (Gl 5:22-30). A alma e o corpo
têm um domínio, o do espírito. Qual espírito? O humano ou o divino. Paulo com muita
propriedade respondeu: o meu espírito é um com o Espírito de Deus! Esta é a unidade que se
transforma em poderio sobre a carne, a quem esta deve se submeter e humilhar-se. O Anjo do
Senhor, até a encarnação de Cristo, é o Verbo de Deus que se revelava de várias maneiras (Hb
1:1-3). Em todo o Antigo Testamento, o Anjo do Senhor cumprirá uma grande missão. Algumas
vezes ele será a rocha (1 Co 10:1-3) de onde Israel beberá água no deserto; outras vezes ele será
o Capitão dos exércitos do Senhor (Js 5:14, 15). Depois da encarnação ele deixou de manifestar-
se assim, pois assumiu a sua imagem definitiva (Gn 1:26)
Gênesis 16:9: E disse-lhe o Anjo do Senhor Jeová: “Volta à tua
senhora, e submeta-te debaixo da sua mão”. (1 Pe 2:18)

9
Características do fruto da carne. Mas a semente procriada da carne é terrível, e traz o caráter
de Ismael, da lei, do Sinai. Não deve ser subestimada. Pois depois de tantos anos de casamento,
como o coração ainda era capaz de produzir fruto para a morte? Como livrar-se destes frutos,
dos quais Paulo nos fala (Gl 5:19, 20)? Eles não podem ser mortos e nem podem morrer. O que
fazer com eles? Muitas vezes crucificamos a carne, mas deixamos vivos os seus frutos. Eles
vivem no mesmo domínio, na mesma casa, nos mesmos guarda-roupas! Eles não compartilham
a mesma herança, nem o mesmo ambiente! O que fazer com eles? Paulo dá a mesma receita
que foi dada por Deus a Abraão: Lança fora a escrava! De onde? Do poder. Ela não pode
continuar no poder, isto é, no poder da carne. E o que fazer com os frutos da carne? Deve-se
lançá-los fora, também! Eles não podem habitar na mesma herança de Isaque, que é tipo do
fruto do Espírito. Deve-se considerar sempre um mesmo fator. Os frutos da carne têm identidade
e um caráter terrível
Gênesis 16:10: E disse-lhe mais o Anjo do Senhor Jeová:
“Multiplicarei sobremaneira a tua semente, e não será contada,
por sua magnitude”. (Gn 17:20)
Deus permite constar na história estes detalhes a fim de usá-los mais adiante em forma de
analogia, os quais nos ajudarão a compreender a luta entre a carne e o Espírito. A carne sempre
conceberá em aflição, e jamais em paz. Sempre nas trevas, sem proteção e sem garantia
Gênesis 16:11: E disse-lhe ainda o Anjo do Senhor Jeová: “Eis
que concebeste, e terás um filho, a quem chamarás Ismael
(“Deus ouve”), porque o Senhor escutou a tua aflição. (Êx 3:7, 9)
Os frutos da carne são diferentes do fruto do Espírito. O fruto do Espírito é um só, em vários
gomos, porque todos são baseados no amor. Os frutos da carne são diversos e distintos, e não se
adaptam entre si. O fruto do Espírito é baseado no amor. O amor é a base. O gozo é o amor
rindo, a paz é o amor descansando; a bondade é o amor entregando-se. O domínio próprio é o
amor equilibrando-se. Mas o caráter do fruto da carne é (1) selvagem; (2) sua mão é contra
todos; (3) mas a mão de todos é contra ele; (4) infelizmente, ele habita na porta de seus irmãos,
e isto quer dizer que o fruto do Espírito não pode dar-lhe lugar em nenhuma ocasião (Gl 4:22-
30)
Gênesis 16:12: Ele será como um jumento selvagem entre os
homens; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra
ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos, em
grande número”. (Gn 25:18)
A carne também cultua, mas não se mantém. Deus vê e se deixa ver. Ele não se esconde do
necessitado; ele procura o necessitado para abençoá-lo, para receber o seu culto de gratidão
Gênesis 16:13: E ela denominou ao Senhor, com quem ela
falava: “Atá El Roí”, que significa: “És um Deus que vê”, e o
invocou: “Tenho visto também aquele que me vê”. (Gn 32:30)
Sobre as circunstâncias de sua necessidade, ela agradeceu; agradeceu o poço de água na terra
da sequidão. Paralelo a seu deserto, havia água, cujo elemento somente sob o poder da fé podia
ser visto. Isto prova que em todo deserto há água; em todo choro há alegria, em toda necessidade
há suprimento. Quando conseguirmos ver Deus em nosso deserto, em lugar de blasfemar o seu
santo Nome, também veremos as provisões das quais estamos necessitados
Gênesis 16:14: Portanto, se chamou aquele poço “Beer-Lahai-
Roí”: poço do Vivente que me vê. Ele está entre Cades e
Berede.
O nascimento de Ismael, tipo das obras da carne. Gerado 14 anos antes da promessa. O fruto
de Agar será considerado por Paulo uma tipologia do fruto da carne
Gênesis 16:15: E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão
denominou Ismael ao filho que Agar lhe dera. (Gl 4:22)
Quantos anos Abrão tinha quando Deus, verdadeiramente, o chamou com o nome Abraão?
Tinha oitenta anos. Mas quem disse que a idade avançada interrompe o propósito? O tempo da
vida para alguns pode ser aos quarenta, mas para outros pode ser aos oitenta ou aos cento e
vinte anos. Para Abraão havia de ser aos cem anos, segundo a senha dada a Sem. Deveria ser
nesta idade, nem antes e nem depois. Isaque seria filho daquele que gerasse no ano cem. A
promessa continuava de pé. No tempo certo da vida, Deus prometeu que viria e Sara daria à luz

10
um filho. O capítulo 17 narra a história de Abraão, e este tornou-se um capítulo doloroso. É o
capítulo da ordem da circuncisão. É o capítulo da mudança de nomes. Para Sarai, a mudança de
nome está ligada à mudança no útero. Para Abrão, o poder para gerar estava ligado à mudança
de caráter. Sem caráter não seria possível a realização da bênção. A continuidade e a
perpetuidade da bênção por gerações (como uma empresa, como uma ideia, etc.) dependem do
caráter. Uma pessoa que não tem caráter pode até alcançar a promessa, mas a sua obra não será
consumada. Certamente, ela a perderá no meio do caminho. Sua geração sofrerá necessidade.
O capítulo 17 é o capítulo do nonagésimo nono ano. Abraão havia tido um filho que já estava
com treze anos, mas Sara continuava estéril. Mas ela não era estéril, Deus a estava guardando
para o tempo certo da vida. Agar era mãe e tentava manipular esse privilégio. Sara sofreu por
treze anos as suas afrontas. Mas chegou o centésimo ano. O ano cem era uma ameaça para os
manipuladores, isto é, àqueles que tentam nos controlar por nossas necessidades e debilidades.
O ano cem gera medo no coração daqueles que sabem que o nosso tempo ainda não começou.
Eles vivem junto de nós, perguntam por que, mas, no fundo, sabem que a qualquer dia alguma
coisa extraordinária vai acontecer. Mas Deus não deixa as coisas acontecerem assim, de
qualquer maneira e sem propósitos, sem enredo. Ele deixa para circuncidar-nos com noventa e
nove anos! Por que não o circuncidou com trinta, quarenta ou cinquenta anos? Ele é sábio. O
capítulo posterior é o capítulo do aviso final. “Certamente virei a ti por este tempo da vida” (Gn
18:10). Deus não considerou a geração dos oitenta e seis anos; por que não foi através de Sara,
foi através de Agar. Como havíamos dito antes: alguns precipitados conhecem Agar antes de
Sara; e, outros, em grande dor, depois; mas há outros ignorantes, os quais não sabem que a sua
Sara já está no seu regaço. Sara é a que gera para bênção, no tempo da vida. Ela existe, está
guardada e por ela a promessa será estabelecida. Veja que precioso é o que lemos de Sara. Em
Gênesis 18:12, Abrão confessou que ela havia envelhecido. Estava velha, e não menstruava
mais. A menstruação é o choro do útero, por não ter sido fecundado; chora por não fecundar.
O útero de Sara não chorava mais. Mas vemos, no capítulo 20 de Gênesis, que Abraão nega que
Sara seja a sua mulher pela segunda vez. Ela ainda era atraente e bela. Outro homem afeiçoou-
se por ela e a tomou, levando-a para a sua casa. Pela noite o Senhor veio para dar livramento a
Sara diante daquele homem. Deus estava guardando Sara para Abraão. Isaque deveria ser filho
de Abraão e não de Abimeleque. Por isso, Deus mesmo desceu furiosamente e apareceu a
Abimeleque, prometendo matá-lo caso tocasse em Sara, ainda que também tenha ficado
enfermo. Naqueles dias Deus havia tirado a esterilidade de Sara. Que perigo! Como a luta
espiritual é contínua. Veja como Satanás lutava para destruir a Semente da mulher (Gn 3:15).
Isaque seria gerado por aqueles dias, e Sara estava tremendamente fértil, pronta para gerar
Isaque. Os Abimeleques são os impostores, oportunistas, que sempre vêm para destruir o
propósito de Deus. Quantas Saras estão nas mãos de Abimeleques! E quantos Abraãos estão nas
mãos de mulheres como Agar?
Gênesis 16:16: E Abrão tinha oitenta e seis anos, quando Agar
deu à luz a Ismael.
Gênesis, capítulo dezessete (17)
A circuncisão de Abrão. O pacto de Deus é confirmado. Após quatro anos de disciplina, uma
exortação e uma promessa
Gênesis 17:1: Tinha Abrão noventa e nove anos, e apareceu-
lhe o Senhor Jeová e lhe disse: “Eu sou o El Shadai (“Todo
Poderoso”); anda na minha presença, e sê íntegro; (Êx 6:3; Gn 28.3; Dt
18:13)
Gênesis 17:2: constituirei o meu Pacto contigo, e multiplicar-
te-ei sobremaneira”. (Gn 15:18)
Gênesis 17:3: E Abrão se prostrou com o rosto em terra, e Deus
lhe falou, dizendo:
A constituição do pacto: (1) Ser pai de multidão
Gênesis 17:4: “Quanto a mim, eis o meu Pacto contigo, e serás
pai de multidão de nações; (Gn 35:11; 48:19)
(2) Ter novo nome é equivalente à nova vida – tipo do novo nascimento. Poder de fecundação
Gênesis 17:5: e não mais serás chamado Abrão, mas Abraão
(“pai de uma grande multidão”) será o teu nome; porque pai de
multidão de nações te constituí; (Gn 31:53; Ne 9:7; Rm 4:17)

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Gênesis 17:6: e far-te-ei fecundo enormemente, e de teus
lombos surgirão nações e reis; (Gn 35:11; Mt 1:6)
(3) Ter Deus como seu Deus e como Deus da sua descendência (4) “tu e tua casa”
Gênesis 17:7: estabelecerei o meu Pacto contigo e com a tua
descendência, depois de ti, em suas gerações, por pacto
perpétuo; eu serei o teu Deus e da tua semente, depois de ti. (Gl
3:17; Gn 26:24; 21:17, 18; 22:11, 15; 31:11; 20:1)
Gênesis 17:8: E darei a ti e à tua descendência, depois de ti, a
terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua
herança, e serei o Deus da tua semente”. (Gn 12:7; Dt 29:13; Sl 105:9,
11; Gn 23:4; 28:4; Êx 6:7; Lv 26:12)
O sinal do pacto de Deus com Abraão: A bênção da circuncisão veterotestamentária como tipo
do batismo neotestamentário. A importância da prática do pacto: a circuncisão da carne, tipo do
batismo
Gênesis 17:9: E Deus disse mais a Abraão: “Ora, quanto a ti,
guardarás o meu Pacto, tu e a tua descendência depois de ti,
por suas gerações.
Gênesis 17:10: Este é o meu Pacto, que guardareis entre mim
e vós, e a tua descendência, depois de ti: todo varão será
circuncidado. (At 7:8)
Gênesis 17:11: Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto
será por sinal do Pacto entre mim e vós. (Lv 12:3; Êx 12:48; Dt 10:16; Rm
4:11)
Gênesis 17:12: À idade de oito dias, todo varão no meio de vós
será circuncidado, de todas as vossas gerações, tanto o nascido
em casa como o comprado por dinheiro de qualquer
estrangeiro, que não seja da tua linhagem. (Lv 12:3; Lc 2:21)
Gênesis 17:13: Certamente, será circuncidado o nascido em
tua casa e o comprado por teu dinheiro; assim, estará o meu
Pacto na vossa carne como um pacto eterno.
A continuidade da alma no acampamento dependia da circuncisão do coração, de onde
procedem as saídas da vida
Gênesis 17:14: Mas, o varão incircunciso, que não se
circuncidar na carne do seu prepúcio, essa alma será extirpada
do seu povo, por ter violado o meu Pacto”. (Êx 4:24)
A promessa de uma semente para Abraão, depois da circuncisão. O desejo de Abraão que Ismael
fosse o seu herdeiro não é aprovado. Sara é confirmada como a mulher do Pacto. Sarai, tipo do
espírito humano que deve ser transformado para dar fruto (Rm 7:15; Gl 5:22)
Gênesis 17:15: A seguir, disse Deus a Abraão: “Quanto a Sarai,
tua mulher, não lhe chamarás mais Sarai (“contenciosa”), porém,
Sara (“princesa”) será o seu nome.
Gênesis 17:16: Eu a abençoarei, e também dela te darei um
filho; sim, abençoá-la-ei, e ela será mãe de nações; reis de
nações sairão dela”. (Gn 18:10; 35:11; Gl 4:31)
Tempo de serviço e aprendizado que é premiado com filhos brilhantes. Abraão gera com a
mesma idade média dos seus melhores ancestrais: cem anos (Gn 5; 11:10). Aqui estava o
segredo, cem anos, a bênção de Sem (Gn 11:10). Quem gerasse com cem anos receberia a

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bênção de Sem. Deus foi atrasando isso na vida de Abraão, permitindo em Sara a sua esterilidade;
não considerou o fato de Abraão ter sido pai de Ismael aos 86 anos
Gênesis 17:17: Então, Abrão se prostrou com o rosto em terra,
e riu-se, e disse no seu coração: “Estou com uma centena de
anos, e Sara, com noventa anos, daria à luz?” (Gn 18:12; 21:6)
O perigo de incluir outra pessoa no pacto, no caso de dúvida. Era o mesmo que dizer a Deus
está bem assim, não complique as coisas, deixe que Agar seja a mulher da promessa! Mas Deus
lhe responde. Ele poderia dirigir-se ao culto (se estivesse vivendo entre nós) e declarar como
todos testificam, “Deus me abençoou, veja quanto tenho, veja como estou abençoado!”, mas
tudo aquilo era apenas a bênção de Faraó, a fim de desviá-lo do caminho que deveria percorrer
para obter uma bênção perpétua, sem Agar, sem choro. Isto quer dizer que Satanás sabe que na
caminhada de nossa coroação pode interferir oferecendo reinos do mundo, tão somente espera
que o adoremos. No meio das riquezas que nos presenteia Faraó vem a “escravinha” chamada
Agar, a qual crescerá e se tornará uma mulher linda, adulta e destilará o seu mel, aquela que
somente ao olharmos sua beleza, a fineza de sua pele (em comparação às rugas de nossa esposa),
nos servirá de laço, a fim de que não geremos no tempo determinado pela vida. O que chega no
tempo certo da vida é fruto de uma visita pessoal de Deus, que não nos faz esquecer que foi
justamente pela beleza de Sara que alcançamos favor dos inimigos
Gênesis 17:18: E disse Abraão a Deus: “Quem dera que Ismael
viva diante da tua presença!”
Gênesis 17:19: Mas, Deus respondeu a Abraão: “Certamente,
Sara, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe chamarás Isaque
(“riso”) ; e estabelecerei o meu Pacto, como pacto perpétuo com
ele e com a sua descendência, depois dele. (Gn 18:10; 21:2; 26:2-5)
Amor e Família: Veja que ele tentou empurrar Agar por causa de Ismael. Mas Deus disse, “os
abençoo, mas o meu concerto é com outro”. Os motivos de separação estavam determinados
desde aquela palavra que Deus falou a sós com Abraão. Isto estava nele, com ele, guardava em
seu coração e ainda que intercedesse, não podia mudar o propósito. Algumas famílias nasceram
para determinar a história de outros, mas quando Deus faz nascer uma criança (dependendo da
forma como a promessa foi anteriormente determinada), também se estabelece a sua herança e
a sua missão na terra. Ismael se transformará em doze príncipes, mas somente de Isaque sairá o
Rei dos reis
Gênesis 17:20: E, quanto a Ismael, eu te ouvi; eis que já o
abençoei, e fá-lo-ei frutificar, e multiplicá-lo-ei mais e mais; doze
príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. (Gn 16:10; 25:12-16)
Gênesis 17:21: O meu Pacto, porém, estabelecerei com Isaque,
o qual Sara te dará à luz, no tempo determinado pela vida, no
próximo ano”.
A circuncisão é praticada. Tempo difícil aquele no qual Deus se retirava da presença do homem
e a prática imediata da ordem de Deus
Gênesis 17:22: Quando acabou de falar com Abraão, Deus
subiu, retirando-se de diante dele.
Gênesis 17:23: Então, tomou Abraão a seu filho Ismael, e a
todos os nascidos na sua casa, e a todos os comprados por seu
dinheiro, todo varão entre os da casa de Abraão, e circuncidou
a carne de seus prepúcios, naquele mesmo dia, como Deus lhe
ordenara. (Gn 14:14)
Nunca é tarde para se obedecer. A obediência coloca todos os homens sob as mesmas bênçãos
e na mesma condição
Gênesis 17:24: Abraão tinha noventa e nove anos de idade,
quando circuncidou a carne do seu prepúcio; (Rm 4:11)

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Gênesis 17:25: e Ismael, seu filho, tinha treze anos, quando a
carne do seu prepúcio foi circuncidada.
Gênesis 17:26: Naquele mesmo dia, foram circuncidados
Abraão e seu filho Ismael.
Gênesis 17:27: E foram circuncidados todos os homens da sua
casa, tanto os nascidos em sua casa como os comprados por
dinheiro do estrangeiro.
Gênesis, capítulo dezoito (18)
O aparecimento de Deus diante da tenda de Abraão, onde é reconhecido, mesmo em forma de
varões, como Senhor Jeová. Abraão oferece ao Senhor Jeová ofertas literais, e Deus as recebe de
suas mãos (sacrifício animal) e das mãos de sua esposa (sacrifícios vegetais). A nova promessa
divina de que Sara terá um filho. A presença de Deus reconhecida em três pessoas. Abraão é o
pai da fé porque ele representava a si mesmo, a lei, os profetas e Israel. Nele, Deus estava
trabalhando com todos esses quatro elementos (três eram figurativos). Somente o apóstolo Paulo
desenvolverá bem a doutrina que envolve esses quatro elementos. O Senhor lhe apareceu ao
meio-dia, no momento da revelação maior do sol, não à meia-noite, quando vem cobrar a prática
de seus mandamentos, testando o nosso depósito de azeite
Gênesis 18:1: E apareceu o Senhor Jeová a Abraão, no
cruzamento do vale, junto aos carvalhos de Manre (“força”),
estando ele sentado à entrada da tenda, ao meio-dia. (Gn 13:18;
14:13)
Abraão adora a um só Deus.
Gênesis 18:2: Levantando Abraão os olhos, viu que três varões
estavam de pé em frente dele. Quando os viu, adiantou-se da
porta da tenda, ao seu encontro, e prostrou-se com o rosto em
terra, (Gn 18:16, 22; 32:24; Js 5:13; Jz 13:6-11)
Ele trata no singular as três pessoas. Pedro construiria uma tenda para cada um, mas Abraão não
se atreveu em forçá-los a entrar na sua tenda. Deus não se refugia em tendas. Ele sempre ficou
na porta da tenda de Moisés. Assim, ele aceitou ficar sob os carvalhos seguros e firmes de Manre,
e não entrou na tenda frágil e temporária de Abraão. Devemos demonstrar firmeza diante de
Deus e não fraqueza, e Ele nos atenderá sob os firmes carvalhos de nosso coração, sob a sombra
que alivia do calor do dia. Ele está atuando profeticamente diante de Abraão: Vou recusar a sua
tenda algum dia para estar sob os carvalhos firmes dos templos do Espírito, assim como ele não
quis a tenda de Pedro para seu Filho, nem para Moisés nem para Elias (Mt 17:4)
Gênesis 18:3: e disse: “Adonai (“Senhor dos senhores”)*, se agora
tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes longe
do teu servo. *Plural possessivo, Deus revelado por teofania ou em carne
Serve e hospeda. Um tipo de Cristo: lavou os pés do Senhor, depois o Senhor lavaria os pés dos
filhos de Abraão. Quem lava os pés pode descansar ao pé da cruz
Gênesis 18:4: Rogo-vos que tomai um pouco de água, por favor,
e lavai os vossos pés, e recostai-vos debaixo da árvore; (Gn 19:2;
43:24)
Oferta a três pessoas: (1) Água; (2) Pão; (3) Três medidas de farinha; (4) Bolos. Quando Deus
recebe as ofertas, o seu coração se refaz em relação a cada um de seus filhos fiéis. Então, Deus
pode continuar no seu propósito que nos envolve. Deus não o proíbe que faça segundo aquilo
que falou diante de Deus. O Senhor, ao passar perto de sua casa, o honrava
Gênesis 18:5: e trarei um bocado de pão; e refazei a força de
vosso coração, e depois ireis adiante; porquanto, por isso, haveis
passado perto do vosso servo”. Responderam-lhe: “Faze como
disseste”. (Jz 6:18, 19; 13:15, 16)
Sabemos que Sara prefigura a outra mulher da Parábola do Reino que também prepara três

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medidas de farinha; como Sara viveu antes da graça, ela as preparou sem fermento, pois o
Espírito Santo não havia sido concedido; mas depois da graça, com fermento, pois o Espírito
Santo foi concedido para levedar as três medidas: Israel, as Nações e a Igreja. Abraão sabia quem
edificava a tenda e qual era o seu dever fora dela. Grande é o varão que ainda conta com o
serviço de sua esposa, hoje. Se o mesmo fato acontecesse hoje, alguns maridos teriam que pedir
fast-food para Adonai!
Gênesis 18:6: Então, Abraão correu à tenda onde Sara estava,
e disse-lhe: “Amassa depressa três medidas da fina farinha, e
faze bolos”.
Dispõe seus funcionários ao serviço de Deus, mas a figura do bezerro tenro fala de Cristo, a
oferta sem mancha e sem culpa; o criado representa o sacerdócio; ele é semente da mulher (Gn
3:15). O bezerro ainda estava com a sua geradora, sendo amamentado por ela
Gênesis 18:7: Também correu às vacas, tomou um bezerro
tenro e bom, e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo.
Entre a manteiga e o leite existe uma grande diferença: A manteiga é sólida e o leite líquido,
sendo que a manteiga é fruto de muitas batidas ininterruptas (sofrimento de Cristo). O bezerro
preparado e trazido representa a oferta do corpo de Cristo. Logo esta seria a primeira Ceia do
Senhor na qual temos todos os elementos que no Cenáculo representariam a nossa comunhão
no Novo Testamento de seu sangue, desde o homem do cântaro que levaria a água, até o
momento do lava-pés (Jo 13). O tempo da lei (o leite) comandou até a graça de Jesus Cristo (a
manteiga), quando o soro do leite se separa do leite (a vida do corpo sai como sangue e água)
para formar a manteiga (a graça de Jesus Cristo), quando houve o fim das profecias messiânicas
(Mt 11:13), permitindo que o alimento sólido tomasse o lugar do leite dos rudimentos (Hb 6:1).
Tudo foi colocado diante de Deus. Cem por cento consagrado a Deus!
Gênesis 18:8: Logo, tomou manteiga fresca, leite e o bezerro
que mandara preparar e apresentou tudo diante deles, ficando
em pé, ao lado deles, debaixo da árvore, enquanto eles comiam.
(Gn 19:3)
Deus pergunta por Sara. O riso de Sara e a origem do nome Isaque. Os eventos de Romanos 4.
A comunhão da alimentação é o momento certo para se receber a bênção: o nascimento do seu
filho. O primeiro sacrifício de Abraão, Deus o recebeu no Céu (Gn 15:9, 10, 17), mas o segundo,
Deus veio desfrutá-lo na casa do seu servo
Gênesis 18:9: E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua
mulher?” Ele respondeu: “Ela está ali, na tenda”.
Amor e Família: Deus veio trazer um recado para Abraão, que o tempo da fertilidade havia
chegado. “... ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho”
(v. 14). O tempo da vida é aquele no qual todas as coisas concorrem para o nosso bem, é o
tempo em que todas as coisas acontecem conjuntamente. Abraão era um dos homens mais ricos
da terra no seu tempo, mas seu dinheiro não pôde adiantar o tempo da promessa, não pôde
fazer nascer seu filho, não mudou o propósito de Deus. No mesmo capítulo da promessa divina
de que seria uma bênção, ele mesmo foi ao Egito e de lá saiu com camelos, jumentos, ovelhas e
muito gado, mas entre eles Agar. Deus disse veementemente a Abraão: “Certamente tornarei a
ti por este tempo da vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho” (Gn 18:10) e novamente
“...ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho” (v. 14). O
texto diz “no tempo certo da vida”. O que é isso? Será que realmente temos um tempo
determinado por Deus para receber ou conquistar nossas vitórias? Quando Abraão foi ao Egito,
saiu de lá com camelos, jumentos, ovelhas e muito gado, porém entre eles estava uma criancinha
chamada Agar. Ele poderia dirigir-se ao culto (se estivesse vivendo entre nós) e declarar como
todos testificam, “Deus me abençoou, veja quanto tenho, veja como estou abençoado!”, mas
tudo aquilo era apenas a bênção de Faraó a fim de desviá-lo do caminho que deveria percorrer
para obter uma bênção perpétua, sem Agar, sem choro. Isto quer dizer que Satanás sabe que na
caminhada de nossa coroação ele pode interferir, oferecendo-nos os reinos do mundo, e tão
somente espera que o adoremos. No meio das riquezas que Faraó nos presenteia vem a
“escravinha” chamada Agar, a qual crescerá e se tornará em uma mulher linda, adulta e nos
servirá de laço a fim de que não geremos no tempo determinado pela vida. O que chega no
tempo certo da vida é fruto de uma visita pessoal de Deus, que não nos deixa esquecer que foi
justamente pela beleza de Sara que Abraão alcançou o favor dos inimigos. Será difícil a separação
de Agar. Mas Deus ordenou a separação: “Lança fora a escrava e a seu filho, porque de modo
algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl 4:30). A promessa seria estabelecida
com Sara. “E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! E disse Deus:

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Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele
estabelecerei o meu concerto... quanto a Ismael, te tenho ouvido... O meu concerto, porém,
estabelecerei com Isaque” (v. 20, 21). Veja que Abraão tentou empurrar Agar, por causa de
Ismael. Mas Deus disse, “os abençoo, mas o meu concerto é com outro”. Os motivos de
separação de Agar estavam determinados desde aquela palavra que Deus falou a sós com Abraão.
Isto estava nele, com ele, e guardava em seu coração; mas ainda que intercedesse, não podia
mudar o propósito. Algumas famílias nasceram para determinar a história de outros, mas quando
Deus faz nascer uma criança (dependendo da forma como a promessa foi anteriormente
determinada), também se estabelece a sua herança e a sua missão na terra. Ismael se
transformará em doze príncipes, mas somente de Isaque sairá o Rei dos reis. O tempo
determinado de Deus nos mostrará que assumimos uma carga sem necessidade, como Abraão
a Agar, ou que somos uma carga a outros que despejam no mar da vida todos os seus tesouros
pensando que valemos alguma coisa diametralmente oposta ao chamado de Deus. O tempo
determinado por Deus nos ensinará que somente quando Deus guarda, não é vão a vigilância
da sentinela. Por que Deus requer que a sentinela vigie, se Deus é o que guarda? Deus guarda
nosso matrimônio se nós vigiarmos e isso quer dizer que na hora da invasão do inimigo temos
ajuda das armas de Deus. Se não temos as armas de Deus, em vão é a nossa vigilância. Mas o
que é o tempo da vida? Não é o mesmo que o “tempo para tudo debaixo do sol”, não; é mais
do que isto: é o tempo da visita de Deus, no qual Deus libera a madre. Sara se envergonhava,
agoniava-se por não poder gerar no tempo áureo de sua beleza. Mas por que a beleza, se não
podia ser mãe? Seu vitupério era grande diante da fertilidade de Agar. A fertilidade de Agar
deslizava sobre o deserto mental da mulher que um dia seria mãe de muitas nações. Mas Deus
tinha fechado a sua madre, não era estéril; toda sua habilidade e capacidade de ser mãe de
multidões estavam ali, naquele lugar, e não havia nenhum problema; mas a madre estava
fechada por Deus para gerar no tempo determinado pela vida!
Gênesis 18:10: E um dos varões lhe disse: “Certamente voltarei
a ti, no tempo determinado pela vida; e eis que Sara, tua
mulher, terá um filho”. E Sara estava escutando à porta da
tenda, atrás dele. (Gn 17:19; Rm 9:9)
Ele creu (Hb 11:11, 12). Sara recebeu neste momento uma virtude, e creu naquele que
prometeu. Abraão já estava amortecido, e dele ainda descenderam tantos como as estrelas do
céu. Em Romanos 4:17-20 diz que o ventre de Sara estava amortecido. Naquele momento eles
receberam uma virtude
Gênesis 18:11: E Abraão e Sara já eram anciãos, avançados em
idade; e a Sara tinha cessado o costume das mulheres. (Gn 17:17;
Rm 4:19)
Ela não riu de incredulidade, mas porque era muito engraçado tudo aquilo
Gênesis 18:12: Por isso, Sara riu-se consigo, dizendo: “Terei
ainda o prazer da juventude, depois de haver envelhecido,
sendo também o meu senhor tão velho?” (1 Pe 3:6)
Não se deve negar um fato que Deus mesmo testemunhou
Gênesis 18:13: E perguntou o Senhor Jeová a Abraão: “Por que
se riu Sara, dizendo: É verdade que eu, havendo envelhecido,
darei à luz um filho?
O tempo determinado pela vida é aquele em que todas as coisas concorrem para o bem, tudo
dá certo. O tempo da visita de Deus, no qual o Senhor libera a madre. Sara se envergonhava,
agoniava-se por não poder gerar no tempo áureo de sua beleza. Mas por que a beleza, se não
podia ser mãe? Seu vitupério era grande diante da fertilidade de Agar. A fertilidade de Agar
perturbava a mulher que um dia seria mãe de muitas nações. Mas Deus tinha fechado a sua
madre, não era estéril, toda sua habilidade e capacidade de ser mãe de multidões estavam ali,
naquele lugar, não havia nenhum problema, estava fechado por Deus para gerar no tempo
determinado pela vida!
Gênesis 18:14: Há, porventura, alguma coisa demasiadamente
difícil ao Senhor Jeová? No tempo determinado pela vida, nesta
estação, no próximo ano, tornarei a ti, e Sara terá um filho”. (Jr
32:17, 27; Zc 8:6; Mt 3:9; Lc 1:37)

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Os temperamentos extrovertidos reagem de modo diferente ao dos introvertidos. Como uma
boa sanguínea, Sara sabia por que estava rindo
Gênesis 18:15: Mas Sara negou, dizendo: “Não me ri”, pois ela
teve medo. Ao que ele respondeu: “Não é assim, porque te
riste”.
Deus nunca envia o seu juízo sobre uma cidade sem antes conferir seus pecados pessoalmente
e sem avisar aos seus servos e amigos
Gênesis 18:16: E levantaram-se aqueles varões dali, e olharam
para a banda de Sodoma; e Abraão ia com eles, para os
encaminhar.
Deus revela a Abraão o que vai fazer em Sodoma e Gomorra. Deus jamais ocultará algo de seus
profetas, nem de seus intercessores. Amigos de Deus saberão antecipadamente o que Deus irá
fazer. Deus mostrou que respeita Abraão, não pelo que ele era naquele momento, mas por aquilo
que ele ainda havia de ser
Gênesis 18:17: Então, disse o Senhor Jeová: “Ocultarei eu a
Abraão o que farei,
Gênesis 18:18: porque Abraão, certamente, virá a ser uma
grande e poderosa nação, e por meio dele serão benditas todas
as nações da terra? (Gn 12:3; Gl 3:8)
Essa ordem Deus não podia encontrá-la em Ló. Esse não era o caso de Ló, sua casa estava um
desastre. Deus escolheu a Abraão porque ele ordenava a sua casa mesmo depois dele, para
praticarem a justiça, e por isso as promessas se cumpriam
Gênesis 18:19: Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele
ordene a seus filhos, e a sua casa depois dele, para que guardem
o caminho do Senhor Jeová, para praticarem retidão e justiça;
a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que a respeito
dele prometeu”. (Dt 4:9, 10; 6:7; Js 24:15; Ef 6:4)
Quando o pecado se agrava, o clamor chega diante de Deus. O cálice de Sodoma chegou ao
cúmulo, e Ló estava em graves apuros
Gênesis 18:20: E disse mais o Senhor Jeová: “Porquanto o
clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e o seu
pecado se tem agravado muito, (Gn 19:13; Ez 16:49, 50)
Deus não estabelece o juízo antes de provar os homens da cidade ou da nação. O clamor tem
que ser igual à medida do cálice. Dois varões se apartam. O Juiz e o poder da intercessão. Uma
visão preliminar da cidade tomada pelos antros, onde o crime se instala em rebelião a todo tipo
de poder. Devocionalmente, Deus trabalha contra aqueles que fazem injustiça contra os seus,
trazendo confusão no meio de seu arraial. Uma visão da cidade tomada pelo crime: Salmos 55:9:
“Destrói, ó Senhor Jeová, e divide a língua deles, porque tenho visto violência e contendas na
cidade” (Jr 6:7). Salmos 55:10: “pois de dia e de noite rondam de seus muros; iniquidade e
malícia estão no meio dela”. Os moradores na cidade do crime: Salmos 55:11: “maldade há
dentro dela; a opressão e a maldade não se apartam das suas praças” (Sl 5:9; 10:7)
Gênesis 18:21: descerei agora e verei se, em tudo, têm
praticado segundo o clamor da cidade que a mim tem chegado;
se sim, ou se não, o saberei”. (Gn 11:5)
Nem tudo está perdido quando há um intercessor a quem Deus ama. O intercessor, mesmo
sabendo que Deus já determinou em seu coração o mal, ainda roga em pé diante de Deus (Jó
34:23). Deus passou pela casa de Abraão porque o conhecia como um grande intercessor.
Mesmo que a maioria das oportunidades tenha passado, o intercessor apega-se à sua última
chance, em pé, novamente em pé. Ele ficou de pé para servir, em pé para interceder
Gênesis 18:22: Então, os varões, apartando-se dali, viraram os
seus rostos e saíram em direção a Sodoma; mas Abraão ficou
ainda em pé diante do Senhor Jeová. (Gn 19:1)

17
A intercessão de Abraão por Sodoma em função de Ló, com base no provável número de
membros da sua família: 10 pessoas, contando-se com genros e noras. Abraão sabia que Deus
não faz injustiça. A mesma lei ele usará para a grande tribulação em relação à Igreja, o
remanescente de Israel e o mundo (1Ts 5:4, 5, Ap 12:14-16). 50 justos. Baseado nesta conversa,
Deus não permitirá que a Igreja passe pela ira (Is 26:20)
Gênesis 18:23: E, chegando-se Abraão, disse: “destruirás
também o justo com o
ímpio? (Hb 10:22; Nm 16:22)
Se ali houvesse cinquenta anéis para unir as cortinas do Tabernáculo (Êx 26:6), a cidade não
poderia ser destruída porque o Tabernáculo estaria de pé
Gênesis 18:24: Se, porventura, houver cinquenta justos na
cidade, também os destruirás e não pouparás o lugar por causa
dos cinquenta justos que estão dentro dela? (Jr 5:1)
Somente Abraão e Moisés tiveram esta honra de questionar o Senhor de toda a Terra
Gênesis 18:25: Longe de ti esteja tal coisa, que mates o justo
com o ímpio, de modo que o justo seja como o ímpio; esteja
isto longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Jó 8:20; Is
3:10, 11; Rm 3:6)
O poder de 50 justos vivendo numa cidade. Ele perdoa o lugar por amor a eles
Gênesis 18:26: Então o Senhor Jeová disse: “Se eu achar em
Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei todo
aquele lugar por causa deles”.
Todas as vezes que encontrarmos o título “Adonai” em referência a Deus, é porque está revelado
ao nível dos homens, como aqui; e o Novo Testamento, como o Cristo encarnado, isto é,
revelado em carne. É por isso que em Atos, Pedro disse: “a este Jesus (“Adonai”), Deus o fez
Jeová e Justo”, frase que causou comoção na multidão que foi cheia do Espírito Santo (Sl 110:1,
2)
Gênesis 18:27: E respondeu Abraão, dizendo: “Eis que, agora,
rogo-te, pois comecei a falar a Adonai (“Senhor dos senhores”), ainda
que sou pó e cinza. (Gn 3:19; Jó 4:19; 30:19; 42:6; 2 Co 5:1)
Se lá houvesse quarenta tábuas e cinco colunas (Êx 26:19, 20, 37). Mesmo com os faltosos,
como Medade e Eldade (Nm 11:26), Deus não destruiria a cidade por causa de cinco faltosos
Gênesis 18:28: E se, talvez, de cinquenta justos faltarem cinco,
destruirás toda carne por causa dos cinco?” Respondeu ele:
“Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco”.
Gênesis 18:29: E continuou Abraão ainda a interceder, e disse:
“Se, talvez, se acharem ali quarenta?”. “Por causa dos quarenta
não o farei”, respondeu, assentindo.
Se lá houvesse trinta valentes (2 Sm 23:23, 24)
Gênesis 18:30: Então, disse Abraão: “Ora, não se aborreça
Adonai (“Senhor dos senhores”), se eu ainda falar. Se, porventura,
se acharem ali trinta?” De novo assentiu: “Não o farei, se achar
ali trinta”.
Se lá houvesse vinte tábuas que guardassem um lado do Tabernáculo (Êx 26:15-18)
Gênesis 18:31: E disse Abraão: “Eis que outra vez me atrevi a
falar diante do Adonai (“Senhor dos senhores”): Se, talvez, se
acharem ali vinte?” Respondeu-lhe: “Por causa dos vinte, não a
destruirei”.

18
Se a família de Ló o reconhecesse como Senhor, seriam dez pessoas. Abraão parou de interceder
com segurança, pois imaginou: “Ló tem quatro filhos (duas mulheres e dois varões); contando
ele e a esposa somariam dez. Então posso parar de interceder”. Mas Ló não ganhou sua família
para o Reino de Deus; todos amavam o mundo, e apenas duas de suas filhas tinham certo temor
por ele. Uma figura da realidade atual
Gênesis 18:32: E porfiou ainda Abraão: “Ora, não se ire o
Senhor, pois só mais esta vez falarei. Se talvez se acharem ali
dez?” Ainda assentiu o Adonai (“Senhor dos senhores”): “Por causa
dos dez, não a destruirei”. (Jz 6:39; Tg 5:16)
Que triste fim de comunicação daqueles dias sem a habitação do Espírito Santo! O intercessor
deve conhecer o seu lugar
Gênesis 18:33: E o Senhor Jeová se retirou, logo que acabou de
falar com Abraão; e Abraão voltou para o seu lugar.
Gênesis, capítulo dezenove (19)
Ló hospeda os dois anjos em sua casa. A situação de Sodoma era deplorável. A condição moral
de Sodoma daqueles dias é um tipo das condições morais que o mundo de hoje começa a viver,
antes do advento do Anticristo; certamente terá de enfrentar o mesmo juízo. O juiz Ló era justo,
mas sua intimidade com Deus era limitada. Ló não tinha a mesma intimidade com Deus, nem
conhecia a Deus como Abraão. O Adonai, o Ancião de Dias, ficou com Abraão, o Dabar (o
Verbo) e o Espírito de Eloim foram a Sodoma conhecer aquele domicílio demoníaco. Os anjos
sempre estão dispostos a transmitir a vontade de Deus na terra e no céu
Gênesis 19:1: Então, chegaram os dois anjos a Sodoma à tarde.
Ló estava sentado à porta de Sodoma e, vendo-os, levantou-se
para os receber, prostrando-se com o rosto em terra, (Gn 18:1, 22)
O local da orgia da cidade seria visitado. Deus veio identificar-se com os pecadores para
estabelecer juízo. A casa de Ló não estava preparada para receber seu Deus. Na praça estavam
os pervertidos cananeus
Gênesis 19:2: e disse-lhes: “Eis agora, meus Senhores
(“Adonim”)*, entrai, peço-vos, em casa de vosso servo, e passai
nela a noite, e lavai os vossos pés; de madrugada vos levantareis
e ireis no vosso caminho”. Mas eles responderam: “Não, mas
na praça passaremos a noite”. (Hb 13:2; Gn 18:4) *plural possessivo
O culto. O fim da linha era ali, os anjos não iriam mais longe. Eles também não vieram para
comer. Vez por outra Deus não quer nossa hospedagem, nem nossa comida
Gênesis 19:3: Mas Ló insistiu muito com eles, pelo que foram
com ele e entraram em sua casa; e ele lhes preparou um
banquete, assando-lhes pães sem fermento, e eles comeram. (Gn
18:8)
Toda a cidade pervertida; um ataque direto aos anjos. Jovens e velhos, e gente de toda região,
todos estavam contaminados! Eles desprezavam o amor das mulheres
Gênesis 19:4: E, antes que se deitassem, os homens da cidade
de Sodoma cercaram a casa, tanto jovens como velhos; todo o
povo proveniente de todos os rincões;
Gênesis 19:5: e, chamando a Ló, disseram: “Onde estão os
homens que entraram esta noite em tua casa? Faze-os vir aqui
fora, para que os conheçamos (“ter relação íntima”).
(Jz 19:22;Is 3:9; Rm 1:24; Gn 4:1)
Gênesis 19:6: Então, Ló saiu-lhes à porta, e, enfrentando-os,
fechou-a atrás de si, (Jz 19:23)

19
Gênesis 19:7: e lhes disse: “Meus irmãos, rogo-vos que não
cometais tal perversão.
Muitos pais não conhecem as suas próprias filhas. A hospitalidade de Ló merecia ser louvada,
mas ele estava enganado a respeito do comportamento de suas filhas
Gênesis 19:8: Eis aqui, em troca, tenho duas filhas que são
virgens; eu vo-las trarei para fora, e fareis com elas como bem
vos parecer; tão-somente nada façais a estes homens, porquanto
entraram à sombra do meu teto”. (Jz 19:24)
Ló tenta ser guardião de anjos
Gênesis 19:9: Mas eles disseram: “Afasta-te!” E disseram mais:
“Este indivíduo veio como estrangeiro para aqui habitar, e faz-
se como juiz em tudo! Agora, faremos mais mal a ti do que a
eles”. E lutaram muito contra Ló, e aproximaram-se para
arrombar a porta. (2 Pe 2:7, 8; Êx 2:14)
Lemos em Judas 6:6 que “aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram o seu
domicílio, ele os tem guardado em cadeias eternas na escuridão do abismo para o juízo do grande
dia”. Todos os anjos caídos foram estabelecidos temporariamente nas regiões celestiais (Ef 6:12),
inclusive o próprio Diabo. (A trajetória de Satanás e seus demônios está no livro de 2 Pedro 2 e
em Apocalipse 12:7-12). Estes anjos são chamados anjos caídos enquanto estão ali, no seu
domicílio. Quando eles saem de lá, e entram no mundo dos homens, estão fora de seu domicílio
e sujeitos a serem enviados ao abismo de escuridão. Os demônios sabem disso (Lc 8:31). Os
demônios são chamados espíritos imundos porque assumem corpos; por isso são chamados
imundos, imorais. Veja que naquele texto de Lucas 8:26-39 eles são chamados de espíritos
malignos, espíritos imundos, legião, demônios, v. 29. Estes, a quem a Bíblia ali os chama de
espíritos, também em Judas são chamados de anjos, que são espíritos em sua natureza (Hb 1:14;
Jd 6). Muitos não veem a clareza com que nos fala Pedro (1 Pe 3:19, 20): Neste mesmo texto
ele difere as duas palavras “espírito” e “alma”. Estes espíritos não são de pessoas, mas espíritos,
anjos rebeldes, que deixaram seu domicílio para atuar nos dias de Noé e de Ló. E, somente no
final do texto de 1 Pedro 3:22 ele cita que estes anjos estão sujeitos a Deus, pois a ideia geral
que temos é que anjos caídos são uns e demônios são outros, quando são os mesmos. Eles não
foram criados, mas assumiram, na sua rebelião, o estado do mal. Para o mal e para a morte há:
(1) um estado, (2) pessoas e (3) um lugar. Isto é: estado do mal, pessoa do mal e lugar do mal.
O Sheol ou Hades, o Lugar de Tormento, o Inferno (mesmo que Lago de Fogo) são lugares do
mal; Satanás, os demônios ou anjos caídos são pessoas do mal, isto é, malignas! As regiões
celestes, a morte, o mal em si, a angústia, as adversidades, são estados do mal. Quando um anjo
caído deixa o seu domicílio e entra na terra ou em uma pessoa, está na terra ilegalmente, porque
não tem corpo físico. O corpo físico é o passaporte para estar na terra. Quem não tem corpo
físico não pode estar na terra. Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que,
havendo-se prostituído como aqueles habitantes, e ido imoralmente após outra natureza, foram
postas como exemplo, agora que sofrem a pena do fogo eterno. Ele se lembra de quando os
anjos vieram à casa de Ló (Gn 19:5), e queriam ter relações com eles, mas não sabiam que eram
anjos. Também “outra natureza” tem o sentido de “outra carne”, isto é, contra a natureza,
buscando ter sexo com o mesmo gênero; por isso todas aquelas cidades, juntamente, foram
postas como exemplo de juízo do grande dia. Homens assim não sabem onde fica a porta de
uma casa, tal é a cegueira que os acomete
Gênesis 19:10: Aqueles varões, porém, estendendo as mãos,
fizeram Ló entrar na casa, e fecharam a porta;
Gênesis 19:11: e feriram de cegueira os que estavam do lado
de fora, tanto pequenos como grandes, de maneira que se
cansaram de procurar a porta. (2 Rs 6:18; At 13:11)
Deus revela a Ló o fim de Sodoma, enquanto ele adula os seus filhos antes de sua saída da
cidade. Os genros, as filhas, os filhos e a sua mulher amavam aquela cidade. Os anjos não
disseram “teus futuros genros”, mas “genros”, porque eles conheciam a verdade de que aqueles
viviam à sombra da casa de seus pais, como muitos casais de hoje em dia
Gênesis 19:12: E logo disseram os varões a Ló: “A quem mais
tens aqui? Teus genros, e teus filhos, e tuas filhas, e todos

20
quantos tens na cidade, tira-os para fora deste lugar; (2 Pe 2:7-9; Gn
7:1)
Quando o clamor chega diante de Deus, é o fim (Ap 8:1-3)
Gênesis 19:13: porque destruiremos este lugar, porquanto o
seu clamor chegou diante do Senhor Jeová, e o Senhor nos
enviou a destruí-lo”. (1 Cr 21:15)
Parte da família de Ló sai da cidade, quando a sua mulher, preocupada com a vida que levava e
com os filhos que ficam, olha para trás e é condenada. Um tipo do arrebatamento da Igreja. Ló
não tinha crédito de confiança diante de sua família. Eram duas filhas e dois filhos (por serem
em número menor do que dez em função da intercessão de Abraão). Ló deveria ser um homem
brincalhão aos olhos dos seus
Gênesis 19:14: Então, Ló saiu e falou aos noivos (“desposados”) e às
as suas filhas, e disse-lhes: “Levantai-vos, saí deste lugar, porque
o Senhor Jeová há de destruir a cidade”. Mas os noivos delas
acharam que Ló não estava falando seriamente. (Nm 16:21; Êx 9:21; Lc
17:28)
A demora de Ló requereu uma intervenção divina
Gênesis 19:15: E, ao amanhecer, os anjos insistiram com Ló,
dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que
aqui estão, para que não pereças no castigo da cidade”. (Nm 16:24,
26; Ap 18:4)
Gênesis 19:16: Mas como Ló se atrasava, então os homens
pegaram-no pela mão, e a sua mulher e as suas duas filhas,
sendo-lhes misericordioso o Senhor Jeová. Assim os tiraram e
os puseram fora da cidade. (Rm 9:15, 16; Lc 18:13; Sl 34:22)
O teste entre o futuro e a lembrança do passado. Ló não era homem de montes, mas de
campinas, pois aquelas planícies haviam sido o motivo da sua escolha em habitar ali, perto de
Sodoma
Gênesis 19:17: Quando os tinham levado para fora, disse um
dos anjos: “Escapa-te, salva a tua vida; não olhes para trás de ti,
nem te detenhas em toda esta planície; foge para o monte, para
que não pereças”.
Gênesis 19:18: Então, respondeu-lhe Ló: “Te rogo, assim não,
Senhor dos senhores (“Adonai”)! (Lc 9:62; Fp 3:13, 14; 1 Rs 19:3; Jr 48:6; Gn
19:26)
Ló discute com os anjos sobre o melhor lugar para ele. As desculpas. Ele estava diante do anjo
responsável por toda aquela destruição, e ainda procurava esquivar-se de seus cuidados!
Gênesis 19:19: Eis que o teu servo tem achado graça aos teus
olhos, e engrandeceste a tua misericórdia que diante de mim
manifestaste, salvando-me a vida; mas eu não posso escapar
para o monte, pois talvez me apanhe este mal antes, e eu morra.
Homens acostumados ao prazer, na hora da perda elegem qualquer lugar para morar, em função
da vergonha que passam por causa de suas más escolhas. Quem nasceu para as coisas pequenas
não vai aceitar viver em montanhas!
Gênesis 19:20: Eis que ali perto está aquela cidade, para a qual
eu posso fugir, e é uma cidade pequena — não é Zoar
(“pequena”)? —, onde a minha alma poderia viver, se eu para ali
escapasse”.

21
A presença de Ló e parte de sua família salvou a cidade-refúgio. Zoar (um tipo da Nova
Jerusalém) não estava na lista da destruição. No Salmo 46 temos uma descrição profética do
lugar seguro ao qual seremos levados como Igreja. Pequeno em comparação ao mundo em que
vivemos, mas a sua medida não é segundo a medida de homens
Gênesis 19:21: E o anjo lhe respondeu: “Eis que atendi o teu
rogo, porquanto não subverterei a cidade de que acabas de
falar. (Jó 42:8, 9; Sl 145:9)
O arrebatamento de Ló: Um tipo da Nova Jerusalém, um tipo do arrebatamento da Igreja. Nada
pode acontecer-lhe enquanto não chegar ao monte Sião. Outra linda e preciosa simbologia
escatológica! Deus nada poderá fazer enquanto a Igreja ainda estiver na Terra. A Nova Jerusalém
será um escape para que a igreja não passe pelas tribulações sob fogo do juízo que virá sobre a
Terra. Zoar é um tipo, um precioso tipo da Nova Jerusalém, um lugar alto no monte! Ló é um
tipo da Igreja que será tirada da terra pela força dos anjos de Deus
Gênesis 19:22: Apressa-te e escapa para lá; porque nada poderei
fazer, enquanto não tiveres chegado ali”. Por isso, se chamou o
nome da cidade Zoar.
Gênesis 19:23: E o sol saia de sobre aquela terra, quando Ló
entrou em Zoar.
A destruição de Sodoma e Gomorra e de outras cidades ao redor. Um ensaio para Gogue e
Magogue. Esta era a promessa de Deus em Gênesis, que jamais destruiria a terra novamente
com água, mas com fogo. Mas Sodoma e Gomorra também são tipos perfeitos para demonstrar
esta tipologia escatológica, porque demonstra o estilo de vida daqueles dias nos quais o Anticristo
dominará sobre a terra, quando a impureza sexual será um estilo de vida aceito pela sociedade,
garantida por leis que não permitirão sua censura, pois a própria Jerusalém será chamada de
Sodoma e Egito, pois terá seu verdadeiro nome trocado, e seu governo será pervertido e o amor
das mulheres será tido como nada
Gênesis 19:24: Então, o Senhor Jeová fez chover, enxofre e
fogo sobre Sodoma e Gomorra, desde os céus. (Lc 17:28-30; 2 Pe 2:6;
Dt 29:23; Is 13:19; Jd 1:7)
As cidades dos homens, a beleza das “planícies”, os homens e o fruto da terra serão tocados no
dia do juízo. Mas o Apocalipse nos revela que será de terça em terça parte
Gênesis 19:25: E destruiu aquelas cidades, e toda a sua planície,
e todos os habitantes das suas regiões, e o que nascia da terra.
(Sl 107:34)
A mulher de uma virtude é de um tempero só, sal. Ela tinha somente uma virtude, nada mais.
Ela se converteu ao ambiente e ao mundo que amava: em sal. A mulher de Ló olhou para trás
porque sua vida estava plantada em Sodoma, e não tinha futuro, apenas passado. Lá estava toda
a sua vida. Por isso ela se transformou no produto de exportação de sua terra. Ela era um
produto, era sal. Ela era o tempero fundamental demasiado, concentrado, somente sal, e era
tudo o que tinha a oferecer. Algumas pessoas têm apenas uma única virtude; sabe-se que são
necessárias, mas em demasiado, são mortais
Gênesis 19:26: E a mulher de Ló, olhou para trás e ficou
convertida numa estátua de sal. (Lc 17:31,32)
Ló estava a ponto de morrer, mas Abraão resolveu voltar ao local da intercessão. Os homens da
madrugada têm grandes visões, tem grandes respostas, são intercessores e influenciam, salvam
vidas e Deus os respeita. Abraão poderia ir dormir, pois Deus já havia ido, mas ele veio ao mesmo
lugar onde estivera intercedendo. Ele continuava exercendo o mesmo ministério, mesmo sem
a presença de Deus aparentemente. Muitas vezes os méritos não são do intercessor, porém, o
próprio Deus o incomoda e o desperta novamente, quando ainda está disposto a voltar no
mesmo lugar onde esteve, em pé, intercedendo diante de Deus
Gênesis 19:27: E Abraão levantou-se de madrugada, e foi ao
lugar onde estivera intercedendo diante do Senhor Jeová; (Gn
18:22)
Agora Deus estava provando que a escolha de Abraão, naquele dia triste de sua separação de
Ló, foi segundo a fé, e ainda que se pareça a uma perda, diante das circunstâncias críticas, terá

22
o seu prêmio. Abraão teve a resposta de sua decisão pela fé, quando concedeu a Ló o poder de
escolha da aparente e melhor parte, pois Ló recebeu o galardão negativo por causa de sua
avareza: “subia da terra fumaça como a de uma fornalha”
Gênesis 19:28: e quando contemplou a face de Sodoma e
Gomorra, e toda a terra da planície, viu que a fumaça subia da
terra, como a fumaça de uma fornalha. (Ap 9:2; Gn 18:9)
Deus respeita o intercessor. Ló havia escolhido as planícies do Jordão e a viu como o Éden de
Deus. Mas o seu Éden se converteu num inferno
Gênesis 19:29: Aconteceu que, ao destruir Deus as cidades da
planície, lembrou-se do que tinha conversado com Abraão e
tirou Ló do meio da destruição, ao subverter aquelas cidades
em que Ló habitara. (2 Pe 2:7)
O incesto forçado de Ló; o mesmo princípio iníquo de Cam e Noé. A origem de Moabe e Amon.
As duas jovens criam que o mundo todo havia sido destruído. Ló resolveu subir contra a sua
vontade à montanha sugerida pelos anjos. Veja os prejuízos de viver em uma caverna sem
privacidade. A solidão e a falta de testemunhas em nossa vida é um prato feito para a prostituição.
Caverna não tem porta, não tem leis morais, não tem culto a Deus, não tem respeito familiar,
principalmente quando a mãe faz falta. Infelizmente, esta é a vida comum nos países de terceiro
mundo e nos guetos, bem como nos clubes do primeiro mundo. Caverna é o outro nome para
uma casa onde não há leis de moralidade, nem espiritualidade. Cavernas! Lugares onde vivem
algumas famílias sem domínio próprio, sem fruto algum de dignidade humana. Era lá que Ló
morava com duas filhas promíscuas; uma era a mentora de todos os planos e a outra a sua
escrava
Gênesis 19:30: E Ló subiu de Zoar (“pequena”) e habitou no
monte, e as suas duas filhas com ele, porque temia habitar em
Zoar; e se instalou numa caverna, ele e as suas duas filhas.
Elas criam que o juízo havia alcançado todo o mundo. Muitas mulheres vivem em seu mundo
crendo que não existirá solução para a sua solidão, e tomam atitudes insensatas: incestos
acontecem em “cavernas”
Gênesis 19:31: Então, a primogênita disse à menor: “Nosso pai
já é velho, e não há varão na terra que venha a unir-se a nós,
segundo o costume de toda a terra; (Gn 38:8,9; Dt 25:5)
A astúcia da filha primogênita herda o mesmo espírito da cidade de Sodoma que não respeitava
o mesmo gênero, e agora não respeitava o próprio genitor – o espírito de impureza
Gênesis 19:32: vem, daremos vinho ao nosso pai, e nos
deitaremos com ele, para que conservemos a descendência de
nosso pai”. (Mc 12:19)
Observe como atuam os espíritos familiares. Veja como eles acompanharam os três desde
Sodoma. O resultado do uso do vinho sempre foi problemático; ele engana, cobre a verdade do
amor justo e da justiça, e seus frutos trazem um futuro triste, como foi o de Amon e Moabe. O
grande sábio Salomão nos diz que sua atitude científica, com o fim de provar se a sabedoria se
conservava com a bebedice, foi frustrante, pois não há homem justo que seja bêbado, não há
homem sábio bêbado, não há discernimento em pessoas viciadas; não há incesto que se
autojustifique e que se transforme em santidade
Gênesis 19:33: E elas fizeram com que o seu pai bebesse vinho
naquela noite; então, a sua filha primogênita deitou-se com seu
pai, o qual não soube nem quando ela se deitou, nem quando
se levantou.
As pessoas que vivem no erro procuram um grupo que tolere a sua vida promíscua. Assim agem
as minorias diante da verdade e da sociedade
Gênesis 19:34: E, no dia seguinte, a primogênita disse à menor:
“Eis que eu ontem à noite me deitei com meu pai; dar-lhe-emos
vinho a beber também esta noite; e, então, entrando tu, deita-

23
te com ele, para que conservemos a descendência de nosso
pai”.
O mesmo vinho que tornou Noé insensível, tornou Ló cego. Da casa de Noé saiu a perversão e
da casa de Ló o incesto. Este é o fruto do mau uso do vinho
Gênesis 19:35: E tornaram a dar vinho a seu pai e ele bebeu
também naquela noite; e, levantando-se a menor, deitou-se
com ele; e ele não percebeu quando ela se deitou, nem quando
ela se levantou.
Gênesis 19:36: Desta maneira, as duas filhas de Ló conceberam
de seu próprio pai.
O nascimento de dois grandes inimigos de Israel: Moabe e Amon. Ló foi o pai da primeira seita
patriarcal da história bíblica
Gênesis 19:37: A primogênita deu à luz um filho e o chamou
Moabe (“família de um pai”); que foi o pai dos moabitas de hoje. (Dt
2:9)
Gênesis 19:38: A menor também deu à luz um filho, e o
chamou Ben-Ami (“filho de meu povo”); que foi o pai dos amonitas
de hoje. (Dt 2:19)
Gênesis, capítulo vinte (20)
Nos dias da fertilidade de Sara, Abraão entrega a sua mulher a Abimeleque. Mas Deus fere o rei
e a todos os varões de impotência sexual e Sara fica livre do mal pela segunda vez. O tempo da
fertilidade. Um problema não resolvido, como a mentira, será revivido até sua solução definitiva
Gênesis 20:1: E partiu Abraão dali para a terra sulista do
Neguebe e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou em Gerar.
(Gn 18:1; 16:7, 14; 26:6)
Gênesis 20:2: E, havendo Abraão dito a respeito de Sara, sua
mulher: “É minha irmã”, ordenou Abimeleque, rei de Gerar,
que a trouxessem e tomou a Sara. (Gn 12:13, 15; 26:7)
Sara já estava vivendo os dias da sua fertilidade. O perigo de entregar a sua bênção nas mãos do
inimigo
Gênesis 20:3: Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de
noite e lhe disse: “Eis que tu serás morto por causa da mulher
que tomaste; porque ela tem marido”. (Sl 105:14; Jó 33:15; Gn 26:11)
Gênesis 20:4: Mas Abimeleque, que ainda não a tinha
conhecido, perguntou: “Adonai (“Senhor dos senhores”), matarás
também um povo inocente?
Gênesis 20:5: Não foi ele quem me disse por si mesmo: É
minha irmã? E ela mesma me disse: Ele é meu irmão; na
sinceridade do meu coração e na inocência das minhas mãos,
fiz isto”. (2 Rs 20:3; 1 Rs 9:4)
Deus vê com justiça todas as coisas
Gênesis 20:6: Ao que Deus lhe respondeu em sonhos: “Sei eu
que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te
mantive sob controle para não pecares contra mim, não
permitindo que a tocasse.
O ataque da serpente à semente (Gn 3:15)

24
Gênesis 20:7: Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido,
porque ele é profeta e intercederá por ti, e viverás; se, porém,
não a restituíres, saibas que certamente perecerás, tu e tudo o
que é teu”. (1 Sm 7:5; Jó 42:8; 1 Jo 5:16)
Gênesis 20:8: E Abimeleque levantou-se de manhã cedo e,
chamando a todos os seus servos, falou aos seus ouvidos todas
estas palavras; e os homens temeram muito.
Gênesis 20:9: Então, chamou Abimeleque a Abraão e lhe
perguntou: “Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para
trazeres sobre mim e sobre o meu reino tamanho pecado?
Fizeste-me o que não se deve fazer”. (Gn 26:10; Êx 32:21; Js 7:25; Gn 34:7)
O homem, mesmo sob a promessa de Deus, ainda quer impor as suas normas de segurança
carnais
Gênesis 20:10: E perguntou mais Abimeleque a Abraão: “Com
que intenção fizeste isto?”
Gênesis 20:11: Ao que respondeu Abraão: “Porque pensei:
Certamente não há temor de Deus neste lugar e me matarão
por causa da minha mulher. (Sl 36:1; Gn 12:12; 26:7)
Gênesis 20:12: Verdadeiramente ela é minha irmã, filha de
meu pai, ainda que não de minha mãe; e veio a ser minha
mulher.
Gênesis 20:13: E quando Deus me fez sair errante da casa de
meu pai, eu lhe disse: Esta é a bondade que me farás em todo
lugar aonde formos: dirás que eu sou o teu irmão”. (Gn 20:5)
Sara é restituída e honrada
Gênesis 20:14: Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e
servos e servas e os deu a Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua
mulher. (Gn 12:16)
O perdão, a bênção, a justificação pública da mulher e a liberdade por causa da verdade
Gênesis 20:15: E disse-lhe Abimeleque: “Eis que a minha terra
está diante de ti; habita onde achares melhor”. (Gn 13:9)
Gênesis 20:16: E a Sara disse: “Eis que tenho dado ao teu irmão
mil moedas de prata; isso te seja como véu justificador diante
de todos os que estão contigo, perante os quais estás
reabilitada”.
A cura do rei e de todos os homens da nação. Como Deus pode interferir nesse assunto, quando
ele quiser. Deus havia preservado Sara
Gênesis 20:17: Orou Abraão a Deus, e Deus curou a
esterilidade de Abimeleque, de sua mulher e de seus servos, de
maneira que tiveram filhos; (Nm 12:13; Jó 42:9)
Gênesis 20:18: porque o Senhor Jeová tinha fechado
totalmente as madres da casa de Abimeleque, por causa de
Sara, mulher de Abraão. (Gn 12:17)
Gênesis, capítulo vinte e um (21)

25
No tempo certo da vida, segundo a promessa de Deus, Isaque nasceu. Tipo do fruto do Espírito
Santo (Gl 5:22). A promessa cumprida. No capítulo 21, o texto termina esta saga. No verso 5,
assim encontramos: “E o Senhor visitou a Sara, como havia dito; e fez o Senhor a Sara como
tinha falado” (v. 1). Que lindo, que maravilha foi a maneira como Deus guardou o útero de Sara
para Abraão gerar com cem anos! “E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao
tempo determinado que Deus lhe tinha dito. E era Abraão da idade de cem anos quando lhe
nasceu Isaque, seu filho” (Gn 21:5). Agora compare isto com Gênesis 10:11 e pode agradecer
a Deus. As promessas de Deus que estavam pendentes desde os dias das bênçãos proferidas a
Sem em Gênesis 9, agora poderiam ser depositadas na conta de Abraão! Isto significa que a
herança que era de Canaã lhe pertencia. Ele alcançou a promessa. Mas não se esqueça que antes
do capítulo 21 há o capítulo 20. O capítulo da tentação, do desejo de abandonar a visão, de
entregar de mãos beijadas a nossa fábrica de vitórias nas mãos dos inimigos. Pense nisso. É hora
de repensar tudo, de crer que ainda está no princípio, quando tudo indica que se está no fim da
linha. O tempo da vida é o de alcançarmos as promessas que estão pendentes em algum lugar
no passado de nossa fé
Gênesis 21:1: E o Senhor Jeová visitou a Sara, como tinha dito,
e lhe fez como havia prometido. (Gn 18:10, 14; 1 Sm 2:21; Gn 17:16, 21; Gl
4:23)
Gênesis 21:2: E Sara concebeu, e deu a Abraão um filho na sua
velhice, no tempo determinado da vida, de que Deus já lhe
tinha dito. (Hb 11:11; At 7:8; 14:22; Gn 17:21)
Em lembrança da visita do Deus que tudo vê
Gênesis 21:3: Abraão chamou ao filho que lhe nascera, que
Sara dera à luz, pelo nome de Isaque (“riso”). (Gn 17:19)
Gênesis 21:4: E Abraão circuncidou o seu filho Isaque no oitavo
dia, conforme Deus lhe ordenara. (Gn 17:10-12; At 7:8)
Abraão se iguala a Arfaxade e gera com cem anos e alcança a promessa. Abraão volta a levantar
os fundamentos antigos de seus pais: cem anos (Gn 5; 11)
Gênesis 21:5: E Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu
Isaque, seu filho. (Gn 17:17)
Gênesis 21:6: E disse Sara: “Deus me deu motivo de riso; todo
aquele que souber disso, se rirá comigo”. (Sl 126:2; Is 54:1)
Gênesis 21:7: E ainda: “Quem diria a Abraão que Sara
amamentaria filhos? Pois, eu lhe dei um filho na sua velhice”.
(Gn 18:13)
Agar e Ismael são expulsos da herança de Isaque
Gênesis 21:8: E cresceu o menino e foi desmamado; e Abraão
fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.
Ismael, tipo do fruto da carne, persegue o fruto do Espírito (Gl 4:29)
Gênesis 21:9: Ora, Sara viu que o filho de Agar, a egípcia, que
havia tido um filho de Abraão, atormentava a Isaque, seu filho.
(Gn 16:15; Gl 4:29)
A separação de Agar ordenada por Deus para o bem de Abraão, Ismael e Isaque. Os frutos da
carne não habitarão juntos com o fruto do Espírito. Estabelecer limites para a carne e seus frutos
dói
Gênesis 21:10: Pelo que disse a Abraão: “Lança fora esta serva
e o seu filho; porque o filho desta serva não há de herdar junto
com o meu filho, com Isaque”. (Gl 4:30)
Gênesis 21:11: E desgostou-se muito Abraão, por causa de seu
filho, Ismael. (Gn 17:18)
Quando Deus autoriza a separação daquilo que põe em risco o seu plano, ele cuida de tudo

26
Gênesis 21:12: Deus, porém, disse a Abraão: “Não te desgostes
por causa do moço e por causa da tua serva; dá atenção a tudo
o que Sara te disser, porque em Isaque será engrandecida a tua
descendência.
(Rm 9:7, 8; Hb 11:18)
Gênesis 21:13: E também do filho desta serva farei uma nação,
porquanto ele é tua semente”. (Gn 17:20; 21:18; 16:10 )
A segunda oportunidade de Agar reconhecer a Deus (Gn 16:13, 14). A nação israelita andará
errante pelos desertos até que repouse sob o poder da cruz do Calvário, o grande arbusto que
aponta para a fé em Cristo. Este ato é histórico, pois os ismaelitas foram expulsos da Sinagoga e
da fé de Israel, mas a natureza de Abrão não pode ser extirpada deles. Mas acontecerá outro ato
profético: Eles terão a sua própria experiência com Cristo, depois de andarem errantes no deserto
de Beer-Seba. Havia tantos desertos, mas nenhum era como o deserto de Beer-Seba, o deserto
dos poços escondidos. Quando um homem enviar o seu rival para o deserto de Beer-Seba
pensando em matá-lo, terá uma grande surpresa
Gênesis 21:14: E Abraão levantou-se de madrugada, tomou pão
e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre os seus
ombros; depois deu-lhe o menino e os despediu; e foram
andando errantes pelo deserto de Beerseba.
A cruz de Agar. Enquanto eles tiverem “água” (“energia”), eles manterão o seu orgulho
nacional, mas a água acabará, e eles clamarão, finalmente, quando o orgulho ismaelita será
duramente circuncidado de seus corações. A nova geração será colocada debaixo do arbusto, a
cruz de Cristo, e esta reconhecerá que Cristo é o Senhor. O povo árabe é um povo digno de
admiração, cheio de fé, devoção, obediente à sua fé. Mas quando encontrar-se debaixo do
arbusto, a cruz de Cristo, viverá a glória da Promessa. Nos dias da Grande Tribulação de Israel,
o próprio Anticristo terá medo de Ismael, mas, a seguir, na vinda de Cristo, o filho de Agar será
lançado aos pés da cruz de Cristo para morrer, mas ali viverá. Então, pela semente de Abraão, a
semente de Ismael será abençoada ainda mais. A água do odre acabará, pois o tempo do odre
terá passado. O tempo em que os ismaelitas andaram errantes em suas trapaças, em seus enganos
e mentiras acabará ao pé do grande arbusto, a cruz de Cristo
Gênesis 21:15: Até que se acabou a água do odre, e ela pôs o
seu filho debaixo de um dos arbustos.
A influência de sua mãe não estará presente quando o filho Ismael tiver a sua experiência, sem
as doutrinas passadas de sua mãe. Quando as grandes mesquitas chorarem o fim de sua
descendência, será o tempo em que Ismael chegará à sua maior glória, ao conhecer por si
mesmo, sem ameaças, o poder de Deus, mediante a cruz de Cristo
Gênesis 21:16: Então, ela assentou-se longe, à distância de um
tiro de arco, dizendo: “Não quero ver o menino morrer”. E
sentada em frente dele, começou a chorar em voz alta.
Agora era hora de Deus ouvir o filho; na primeira vez o Senhor ouviu a sua mãe. Ao pé do
arbusto, a cruz de Cristo, o menino Ismael clamará e será ouvido. Deus ouvirá a voz do menino.
Por que não ouviu a voz de sua mãe? O tempo do legalismo ismaelita acabará, enfim, quando
Deus ouvirá a voz do menino. Quem lança o seu problema aos pés da cruz e afasta-se sem
compromisso não pode ser ouvido. Deus ouviu o menino porque ele estava mais próximo da
“cruz”. A solução chegou de forma progressiva: Ela pôs um menino, Deus o tratou como um
mancebo, e ela o recebeu como um jovem! Assim acontecerá quando aprendermos a depositar
aos seus pés os nossos sonhos
Gênesis 21:17: Mas Deus ouviu a voz do menino; e o Anjo de
Deus, bradando a Agar desde o céu, disse-lhe: “Que tens, Agar?
Não temas, porque Deus ouviu a voz do mancebo desde onde
ele está. (Êx 3:7)
Depois da sua grande experiência ao pé do arbusto, os ismaelitas verão o cumprimento da
promessa. A grandeza das doze grandes nações árabes ainda está por vir

27
Gênesis 21:18: Levanta-te, toma o jovem pela mão, porque dele
farei uma grande nação”.
Nossa vida se estabelece entre dois mundos: o mundo da fé e o mundo físico. A provisão está
no deserto e a miséria pode estar na prosperidade. Os ismaelitas viverão o tempo do odre e
depois do poço. Quando os homens árabes trocarem a sua mesquinhez pela abundância verão
o que Deus tem preparado para eles (Jo 4:13, 14). O menino ouvirá e a mãe verá a Salvação do
Senhor, aquele que é maior do que Jacó
Gênesis 21:19: E Deus abriu os seus olhos, e ela viu um poço;
e imediatamente encheu de água o odre e deu de beber ao
jovem. (Nm 22:31)
A vitória de Ismael. Deus transformará Ismael segundo a sua natureza; como o leão se deitará
junto ao cordeiro sem fazer mal ao pequeno animal doméstico, os árabes e os israelitas se
pactuarão eternamente. Com a mesma unção que ela depositou o seu filho, ele crescerá, como
um arqueiro: “Então ela assentou-se longe, à distância de um tiro de arco, dizendo: Não quero
ver o menino morrer” (v. 16)
Gênesis 21:20: E Deus era com o jovem, e ele cresceu morando
no deserto; aprendeu o manuseio do arco e converteu-se em
arqueiro caçador. (Gn 28:15; 39:2, 21)
Na porta de Jacó e Esaú: futuramente um deles penderá para Ismael, o amante do Egito. A carne
sempre tentará influenciar a escolha do coração do homem. Quem Agar escolheu para ser esposa
de seu filho? Uma mulher semelhante a ela. Desse tempo em diante as nações árabes foram
sendo formadas e dos poços do deserto triunfam até hoje em grandes riquezas e delas o Ocidente
tem grande inveja. Oferecer o deserto para o adversário pode causar grandes arrependimentos,
pois no lugar que Abraão pensou que ele morreria, ele habitou
Gênesis 21:21: Ele viveu no deserto de Parã; e sua mãe lhe
encontrou uma mulher da terra do Egito. (Gn 24:4)
O pacto de Abraão e Abimeleque. O futuro de Israel é visto nesta história: Pactos definitivos são
feitos com ofertas que perduravam: sete ovelhas. Na verdade, é como se Deus tivesse pulado
centenas de capítulos da história, e Abraão viesse a tipificar a nação de Israel em sua grandeza
futura
Gênesis 21:22: E aconteceu, naquele mesmo tempo, que
Abimeleque, acompanhado por Ficol, o chefe de seu exército,
disse a Abraão: “Deus é contigo em tudo o que fazes. (Gn 26:26,
28; 20:2)
As nações ao redor de Israel viverão com ele em perfeita paz, e esta paz não será influenciada
por poderes internacionais, mas virá do coração, quando Israel se converter ao Messias e os
ismaelitas se humilharem ao pé da cruz de Cristo, sob o “arbusto”
Gênesis 21:23: Jura-me por Deus que não me tratarás com
falsidade, nem meu filho, nem o meu neto; mas, segundo a
generosidade que usei para contigo, me farás a mim e à terra
onde tens habitado como peregrino”.
O juramento é feito diante da oferta de sete ovelhas que são tipo dos sete anos de grande
tribulação de Israel e Ismael
Gênesis 21:24: Respondeu Abraão: “Eu juro”.
Primeiro foi o pacto com Abraão; futuramente repetirá o pacto com Isaque, o filho. A mesma
questão: o poço. O poço de água que Agar viu era espiritual e estava longe das fronteiras de
Abraão, mas os ismaelitas beberão daquela água, mesmo que pareça ser dos nativos palestinos,
servos de Abimeleque
Gênesis 21:25: Abraão repreendeu a Abimeleque por causa de
um poço de água que os servos de Abimeleque tinham tomado
à força. (Gn 26:15, 18, 20-22)

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Gênesis 21:26: E respondeu-lhe Abimeleque: “Não sei quem
fez isso; nem tu me fizeste saber, senão hoje”.
As ovelhas e vacas foram sacrificadas
Gênesis 21:27: E tomou Abraão ovelhas e vacas e deu-as a
Abimeleque e fizeram um pacto. (Gn 26:31)
O dízimo de Abraão foi oferecido
Gênesis 21:28: E Abraão pôs à parte sete cordeiras das ovelhas.
Gênesis 21:29: E perguntou Abimeleque a Abraão: “Que
significam estas sete cordeiras que puseste à parte?”
Somente o dízimo serve de testemunho
Gênesis 21:30: E respondeu Abraão: “Que tomarás estas sete
cordeiras da minha mão, para que me sirvam como testemunho
de que eu cavei este poço”. (Gn 31:48, 52)
Juramento é atestado com oferta
Gênesis 21:31: Pelo que chamou aquele lugar Beerseba (“poço
do juramento”), porque ali os dois fizeram juramento. (Gn 26:33)
Abimeleque fará este mesmo pacto com Isaque e Jacó o fará com Labão, seu sogro
Gênesis 21:32: Depois que fizeram um pacto em Beerseba, se
levantaram Abimeleque e Ficol, o chefe do seu exército, e
retornaram para a terra dos filisteus.
Novo tempo: tempo das tamargueiras. Nova peregrinação
Gênesis 21:33: E Abraão plantou um jardim de tamargueiras
em Beerseba, e invocou ali o nome de Jeová El Olam (“o Deus
eterno”). (Gn 4:26; Dt 33:27)
As marcas proféticas vão sendo feitas e esperam o seu cumprimento
Gênesis 21:34: E viveu peregrinando Abraão na terra dos
filisteus muitos dias.
Gênesis, capítulo vinte e dois (22)
A adoração sacrificial de Abraão. O aparecimento do Carneiro, tipo do sacrifício de Cristo.
Abraão é tipo do Pai, Isaque é tipo de Cristo, e a lenha é tipo da cruz. Os três dias de caminhada
são um tipo dos dias correspondentes à paixão, morte e ressurreição de Cristo. Disposição para
reviver o sacrifício do Pai na eternidade (Ap 13:8). Sucedeu, (a) depois destas coisas, que Deus
(b) provou a Abraão, dizendo-lhe: (c) Abraão! E este respondeu: Eis-me aqui. “Depois destas
coisas” é o mesmo que depois das promessas. Deus promete até quatro vezes, antes de cumprir
suas promessas. A profecia é confirmada pela boca de duas ou três testemunhas; as promessas
de Deus são confirmadas por Deus até quatro vezes. “Provou Deus”, Deus não tenta a ninguém.
Deus prova. O homem físico ou o homem psíquico, Abraão demonstra sua disposição aparente
a Deus, mas Deus vai provar-lhe o homem espiritual. Veja que Deus o chama de Abraão apenas
uma única vez, ele sabe que o outro Abraão espiritual ainda está dormindo, ainda não foi
despertado. Veja o verso 11, como o adverte, como o chama
Gênesis 22:1: Aconteceu, depois destas coisas, que Deus pôs
Abraão à prova, dizendo-lhe: “Abraão!” E este respondeu: “Eis-
me aqui”.
Deus nos ensina como devemos pedir-lhe; semelhantemente, Ele nos pede: (a) Nossa adoração
é fruto daquilo que é nosso, domesticado. (b) Nossa adoração é fruto de nossa predileção. (c)
Nossa adoração é fruto de nosso amor. Jamais haveria oferta em nossos cultos se Deus não
soubesse que onde estivesse nosso tesouro ali estaria também nosso coração. O que Deus requer
é o coração. Mas ele sabe que nosso tesouro está mesclado ao nosso coração, então ele pede
nosso tesouro, por que com o tesouro vem o coração também. Aquilo em que nós mais
ocupamos nossos pensamentos, este é o nosso Deus. (d) Deus é sempre indefinido com aquele
que tem fé. Mas trata diferente aquele que vive buscando à vista, aquele que quer ver para crer.

29
Com estes ele é definido, ele sabe que não podem esperar sem se desviarem, sem se
desesperarem. Mas com os seus filhos que confia, não está preocupado em detalhes, ama sua
fé, seus atos de fé, suas aventuras de fé que glorificam seu nome. Estes sabem que na direita ou
na esquerda, Deus é com eles
Gênesis 22:2: E disse Deus: “Toma agora o teu filho, o teu filho
único, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-
o ali em holocausto sobre uma das montanhas que eu te direi”.
(Hb 11:17; 2 Cr 3:1)
A lenha, tipo da cruz, é tão importante quanto o cordeiro. Não há altar sem lenha. “Levantou-
se, pois, Abraão de manhã cedo, albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços
e Isaque, seu filho; e, tendo cortado lenha para o holocausto, partiu para ir ao lugar que Deus
lhe dissera”. (a) Deus requer de nós toda nossa disposição, a física e a espiritual. Muitas vezes
somos arrastados pela responsabilidade moral, mas a responsabilidade espiritual se rebela de
forma invisível e interior, coberta pela hipocrisia de um falso sorriso e de um falso serviço
conveniente. Abraão havia preparado tudo, mas seu homem interior ainda não havia se
levantado. (b) A lenha aqui é um segredo. Ele deveria despertar-se para ir e levanta o outro
Abraão. Isso somente é possível quando cortamos a arvorezinha que amamos para fazer dela a
lenha. A segunda disposição chegou quando ele cortou a lenha. Corte a lenha. A lenha ainda é
uma árvore predileta que não queremos derrubar. Somente vamos ao lugar que Deus nos ordena
quando cortarmos a lenha. Veja que pela segunda vez a Palavra diz, “levantou-se para ir ao lugar
que Deus ordenara”. Cortemos a lenha. Quando a lenha estiver cortada, já não haverá
impedimento para irmos ao lugar que Deus ordena. Eliseu entendeu isso, transformou sua
empresa em lenha e seguiu o caminho dos profetas
Gênesis 22:3: Levantou-se Abraão de madrugada, aparelhou o
seu jumento, e tomou consigo a dois de seus servos e a Isaque,
seu filho; cortou a lenha para o holocausto, e partiu para o lugar
que Deus lhe indicara.
Três dias de paixão. Três dias que nos distanciam de nossa vida comum. “Ao terceiro dia
levantou Abraão os olhos, e viu o lugar de longe”. (a) Ao terceiro dia – Nenhuma tribulação
deveria passar mais de três dias se nós pudéssemos defini-la como Davi, como Cristo, como
Abraão, como Jonas. Aceitar enfrentar os três dias de juízo de Deus é uma questão de escolha.
Deus deu a Davi a oportunidade de escolher três anos de fome, três meses de perseguição com
morte pelos seus adversários ou três dias de espada de Deus. Você pode prolongar sua tribulação
por três anos se quiser se rebelar, pode ter uma angústia de três meses se tiver medo de sair do
cenáculo até o Calvário e escolher como Davi, eleger o mesmo que Jesus elegeu, três dias. Por
que terei que passar três anos sofrendo se Cristo passou três dias sofrendo por mim? Defina de
uma vez suas crises. É melhor ser disciplinado por Deus. (b) Quem corta a lenha e segue para o
lugar que Deus ordena parte para a definição de sua vida, tem visão de longe. Deus mostrou a
Abraão uma visão poderosa. Ele foi o único que viu mais longe, ele viu o dia de Cristo, isto é,
ele o viu mesmo assentado ao lado do Filho do homem. Viu seu filho e seu neto à direita de
Cristo, antes que nascessem. Homem de visão, que vê de longe, é porque cortou a lenha
Gênesis 22:4: Ao terceiro dia, Abraão levantou os seus olhos e
viu o lugar de longe.
Esse assunto não diz respeito a pessoas e a animais estranhos. A mentalidade de Abraão não era
de sacrificador, mas de adorador. “E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento,
e eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos, voltaremos a vós”. (a) Abraão e seus
moços – Os dois eram tipo dos dois ladrões na cruz. Amigos nos acompanham até certo ponto.
Devemos guardar nossos secretos com Deus. (b) Ficai-vos aqui com o jumento – Veja que este
animal é muito comum na expiação de Cristo. (c) depois de adorarmos – Veja a mentalidade do
pai da fé. Ele tinha um vocabulário diferente para suas lutas. Ele iria “degolar” seu filho, iria
derramar sangue, iria matar seu único filho. Mas a linguagem dele era esta: “vou adorar”. Lázaro
está dormindo, irei despertá-lo. É mais fácil dizer “meu motor está com pequeno probleminha”,
do que confessar que estar fundido. É mais fácil dizer “ei, desperta, você está dormindo muito”
do que levantar um morto. Mude a sua linguagem, não confesse derrota. (d) voltaremos a vós
– Você vai descer do monte com o seu Isaque se crer que voltará com ele. Abraão disse
“voltaremos”, linguagem no plural, “voltaremos”. Você não vai voltar do seu monte de provação
sozinho. Ele sabia que Deus poderia levantar seu Isaque da morte. Voltaremos!
Gênesis 22:5: Então, disse Abraão a seus moços: “Ficai-vos aqui
com o jumento, enquanto eu e o menino iremos até lá;
adoraremos e voltaremos a vós”.

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O Pai vai junto; não pode fazer o que corresponde ao Filho: lenha nos ombros. O Cordeiro é a
parte de Deus. Deus sabe a hora que deve chegar. “Tomou, pois, Abraão a lenha do holocausto
e a pôs sobre Isaque, seu filho; tomou também na mão o fogo e o cutelo, e foram caminhando
juntos”. (a) [...] Abraão a lenha do holocausto e a pôs sobre Isaque, seu filho – Abraão é tipo do
Pai. Isaque é o tipo de Cristo, mas também é tipo de cada um de nós os que cremos nele. Veja
que a lenha é o tipo de Cristo. Isaque era um menino inocente. Abraão não as podia levar. Jesus
era inocente. Ele poderia levar a cruz. Todos os pais não deveriam ter medo de disciplinar os
seus filhos pondo a lenha nos seus ombros. (b) tomou também na mão o fogo e o cutelo – O Pai
manda o juízo. O filho obedece. (c) e foram caminhando juntos – O juízo (fogo) e a obediência
caminham juntos. Deus aparentemente parece um carrasco, mas o fim é tremendo
Gênesis 22:6: E tomou Abraão a lenha do holocausto e a pôs
sobre os ombros de Isaque, seu filho; e tomou também na mão
o fogo (“pedernal”) e o cutelo; e foram ambos caminhando juntos.
(Jo 19:17)
“Então disse Isaque a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho!
Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (a)
Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! O provado e o provador são amigos. Eles
caminham juntos. (b) Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Muitas
coisas o homem de fé não tem que falar, ainda que seja o seu melhor amigo. Deve somente
confiar
Gênesis 22:7: Então, falou Isaque a seu pai Abraão: “Meu pai!”
E respondeu Abraão: “Aqui estou, meu filho!” Perguntou-lhe
Isaque: “Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro
para o holocausto?” (Jo 1:29, 36; Ap 13:8)
“Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam
caminhando juntos”. (a) Deus proverá para si — O problema é de Deus, quando aceitamos
obedecer. (b) os dois iam caminhando juntos — A obediência e a oferta caminham juntas.
Gênesis 22:8: Respondeu Abraão: “Deus proverá para si o
cordeiro para o holocausto, meu filho”. E os dois seguiam
caminhando juntos.
Moriá – Deus impede que Abraão sacrifique o seu filho. Um tipo do cordeiro que foi morto antes
da fundação do mundo (1 Pe 1:18-20). Será o futuro local do Templo em Jerusalém, escolhido
por Davi. A doutrina deve ser colocada em ordem, o sacrifício vivo deve ser amarrado. Chegará
a hora em que a lenha será seu conforto. “Havendo eles chegado ao lugar que Deus lhe dissera,
edificou Abraão ali o altar e pôs a lenha em ordem; o amarrou, a Isaque, seu filho, e o deitou
sobre o altar em cima da lenha”. (a) [...] chegado ao lugar que Deus lhe dissera — Deus fala no
coração, o coração é o campo de operação de Deus. (b) edificou Abraão ali o altar — Chegue
ao lugar e edifique. Não fique enrolando. (c) pôs a lenha em ordem; o amarrou, a Isaque, seu
filho – A lenha deve ser colocada em ordem. Três coisas que devemos fazem com a lenha: Cortá-
la, colocá-la nos ombros de Isaque, pô-la em ordem no altar. (d) e o deitou sobre o altar em cima
da lenha – Os cravos da cruz e a corda atam o nosso sacrifício vivo. Sacrifício vivo deve ser
amarrado. Sacrifício morto não necessita ser amarrado. É duro ver nosso sacrifico vivo morrer
amarrado nas chamas do altar
Gênesis 22:9: Eles chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e
erigiu Abraão ali o altar, ordenou a lenha, amarrou a Isaque,
seu filho, e o deitou no altar, sobre a lenha.
O segundo Abraão estava presente agora. O homem natural e o homem espiritual estavam
rendidos diante do altar ordenado. O cutelo selava a sua adoração
Gênesis 22:10: E Abraão estendeu a mão e pegou o cutelo para
imolar o seu filho. (Hb 11:17-19)
“Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu, e disse: Abraão, Abraão! Ele respondeu: Eis-me
aqui”. (a) [...] o anjo do Senhor lhe bradou desde o céu. O Céu é testemunha de nossa adoração.
Deus não sai de sua posição. Ele fica no lugar correto para recebê-la. (b) Abraão, Abraão! Ele
respondeu: Eis-me aqui. Ele estava disposto na alma e no espírito. Deus agora o chama duas
vezes “Abraão”, “Abraão”. O homem interior e o exterior estão juntos ali no altar. Ele chama
pelos dois

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Gênesis 22:11: Mas o Anjo do Senhor bradou desde o céu,
dizendo-lhe: “Abraão, Abraão!” Ele respondeu: “Eis-me aqui”.
O cordeiro morto na eternidade: primeiro foi um fato no coração do Pai, depois, realizou-se no
Calvário (1 Pe 1:19, 20) “Então disse o anjo: Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe
faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, o teu
único filho”. (a) Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe faças nada; porquanto agora
sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho – Deus paga o tempo de espera. Por
isso o trabalhador da última hora recebeu de forma igual que os primeiros operários que
trabalharam o dia inteiro. Ele pagou as horas que eles esperaram na praça. Deus recebe a
intenção em lugar do ato, se o ato é diante do altar. Ele aceita no altar. (b) não me negaste teu
filho, o teu único filho. O segundo Abraão foi aceito. O homem espiritual ofereceu realmente o
seu filho. Deus aceitou o sacrifício do homem espiritual. Quando o homem físico levantou o
cutelo para imolar seu filho, o homem espiritual, interior, já o tinha oferecido no seu coração
Gênesis 22:12: O Anjo lhe disse: “Não estendas a tua mão
sobre o mancebo, nem lhe faças nada; porquanto agora sei que
és temente a Deus, visto que não me negaste o teu filho, o teu
único filho”. (Gn 26:5; 1 Sm 15:22)
O carneiro substituto. O Deus provedor. “Nisso levantou Abraão os olhos e olhou, e eis atrás de
si um carneiro embaraçado pelos chifres no mato; e foi Abraão, tomou o carneiro e o ofereceu
em holocausto em lugar de seu filho”. (a) [...] levantou Abraão os olhos e olhou – Deus honra
nossa visão. (b) eis atrás de si um carneiro embaraçado pelos chifres no mato – O cordeiro
amarrado representa a provisão de Deus. Você não terá que correr atrás da bênção para alcançá-
la. Quando Deus entrega sua bênção, ela já vem atada, preparada. O peixe já vem assado! Você
quer experimentar esta glória? Obedeça a Deus, corte a lenha, se disponha duas vezes, mude a
sua mentalidade e verá que a provisão de Deus vem preparada, amarrada e o seu único trabalho
é colocar no altar em ordem. Entregue seu Isaque inseguro e tenha um carneiro seguro, atado
e preparado somente para você
Gênesis 22:13: Abraão imediatamente levantou os olhos e viu
que atrás de si estava um carneiro travado pelos chifres na
sarça; e, levantando-se, tomou o carneiro e o ofereceu em
holocausto, em lugar de seu filho.
Gênesis 22:14: Pelo que chamou Abraão àquele lugar Jeová-
Jiré; donde se diz até ao dia de hoje: “No monte do Senhor
Jeová se proverá”.
A promessa renovada. Agora, Deus também vai repetir o seu pacto desde a sua chamada
Gênesis 22:15: Então, o Anjo do Senhor Jeová do céu chamou
com um brado a Abraão pela segunda vez,
Todo ato de obediência gera uma promessa. “Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe
faças nada - agora sei que temes a Deus, visto que não me negaste teu filho – Deus paga o tempo
de espera. Por isso o trabalhador da última hora recebeu de forma igual que os primeiros
operários que trabalharam o dia inteiro. Ele pagou as horas que eles esperaram na praça. Deus
recebe a intenção em lugar do ato, se o ato é diante do altar. Ele aceita no altar. (b) não me
negaste teu filho, o teu único filho. O segundo Abraão foi aceito. O homem espiritual ofereceu
realmente o seu filho. Deus aceitou o sacrifício do homem espiritual. Quando o homem físico
levantou o cutelo para imolar seu filho, o homem espiritual, interior já o tinha oferecido, no seu
coração
Gênesis 22:16: e disse: “Por mim mesmo jurei, diz o Senhor
Jeová, porquanto fizeste isto, e não me negaste o teu filho, o
teu único filho; (Hb 6:13,14)
Os filhos de Abraão foram classificados em dois tipos: (1) Os semelhantes às estrelas do céu:
inumeráveis, resplandecentes e justificados, que são os membros do corpo de Cristo. (2) Os
semelhantes à areia do mar: incontáveis, terrenos, postos como limites à bravura das águas do
mar (as nações), mas são facilmente levados pelos ventos até serem entregues de volta ao mar,
a fim de cumprir a mesma trajetória do aprendizado divino, isto é, a lição da fé, que é o
estabelecimento de Israel na rocha, que é Cristo

32
Gênesis 22:17: que certamente te abençoarei, e grandemente
multiplicarei a tua semente, como as estrelas dos céus e como
a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá o
portal da cidade de seus inimigos; (Gn 15:5; 26:4; 32:12; 24:60)
A obediência é um fator que estabelece as promessas. Deus havia feito esta mesma promessa na
sua chamada (Gn 12), e agora, depois do sacrifício de Isaque (próprio) e do sacrifício oferecido
pelo Pai (Gn 15), Deus estava pronto para cumprir a sua promessa. Isaque havia nascido, agora
dependia de sua oferta pessoal para que Rebeca nascesse
Gênesis 22:18: e porque obedecestes à minha voz, todas as
nações da terra serão abençoadas por meio da tua semente”. (Gl
3:8, 16; At 3:25; Gn 18:19)
Os servos não precisam saber de tudo o que acontece com o seu senhor. O resultado da grande
oferta de sacrifício
Gênesis 22:19: Então, voltou Abraão ao lugar onde estavam os
servos e, levantando-se, foram juntos para Beerseba; e Abraão
habitou em Beerseba.
A grande bênção e o prêmio de Isaque: Nasceu Rebeca. Depois da obediência, o futuro está
garantido: nasce Rebeca. Agora, depois do sacrifício satisfeito, a grande bênção noticiada era:
Desde que Abrão tenha oferecido o seu Isaque, Deus também proveu a sua futura esposa: Rebeca
– a esposa de Isaque já existia
Gênesis 22:20: E aconteceu, depois destas coisas, que
anunciaram a Abraão, nestes termos: “Eis que também Milca
deu à luz filhos a Naor, teu irmão:
Gênesis 22:21: Os quais foram: Uz, o seu primogênito, e Buz,
seu irmão, e Quemuel, pai de Arã,
Gênesis 22:22: e Quesede, e Hazo (“Shazar”), e Pildas, e Jidlafe
e Betuel”.
Rebeca nasceu e foi a grande notícia após o sacrifício de Isaque. Quando Jesus morreu na cruz,
a grande novidade foi a edificação da Igreja. Nossa Rebeca nasce, quando completamos o nosso
sacrifício
Gênesis 22:23: E Betuel gerou a Rebeca. Milca deu à luz a estes
oito de Naor, irmão de Abraão. (Gn 24:15)
Muitas pessoas nasceram no tempo de nossa grande vitória, mas nenhuma se compara
aonascimento de Rebeca
Gênesis 22:24: E a sua concubina, que se chamava Reumá,
também lhe deu à luz a Teba, a Gaão, a Taás e a Maacá.
Gênesis, capítulo vinte e três (23)
A morte e o sepultamento de Sara. Sara morre longe de seu marido, a um capítulo da
prosperidade completa de Abraão. Sara morre sem ver a promessa cumprida, longe de Abraão,
farto de dias e de riquezas
Gênesis 23:1: Os anos da vida de Sara foram cento e vinte e
sete. Estes foram os anos que Sara viveu.
Abraão e Sara não estavam na mesma tenda quando Sara morreu. Depois do sacrifício de Isaque,
Abraão foi peregrinar em Beer-Seba. O texto mostra que Abraão veio de longe para lamentá-la,
embora permanecesse fiel à sua esposa. Talvez o evento do oferecimento de Isaque tenha
abalado muito o coração de Sara. Mas Deus estava no controle de tudo
Gênesis 23:2: E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebron,
na terra de Canaã; e veio Abraão lamentá-la e chorar por ela.
(Js 14:15; Gn 23:19; 13:18)

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O grande amor de Abraão por Sara, mesmo com certa ausência de romantismo natural, foi
demonstrado na sua preocupação com o seu sepultamento, mas devemos aprender com Maria,
aquela que ungiu a Cristo para a sepultura, antes de sua morte. Atos de amor devem ser
demonstrados durante a vida e não depois da morte
Gênesis 23:3: Levantou-se Abraão da presença da sua morta e
disse aos filhos de Hete:
Abraão agora começa a construir o local de encontro de suas gerações. Aqui veremos o poder
negociador de Abraão, que dom especial ele possuía
Gênesis 23:4: “Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me
por direito funerário um lugar de sepultura entre vós, para que
eu sepulte a minha morta”. (1 Cr 29:15; Sl 105:12; Hb 11:9, 13)
Ao procurar um lugar firme para a sepultura de sua esposa, estava preparando também o local
de seu próprio sepultamento, bem como o de Isaque e o de Jacó. Esta sepultura será o local onde
o grão de trigo cairá, quando José vier do Egito para sepultar o seu pai Jacó, que servirá de
atração ao povo de Israel, a fim de que não permaneça no Egito – um tipo de Cristo que sobe
depois de sua ressurreição, marcando um encontro com a sua Igreja nas bodas do Cordeiro
Gênesis 23:5: Responderam-lhe os filhos de Hete:
Gênesis 23:6: “Ouve-nos, senhor. Tu és um príncipe de Deus
entre nós; enterra a tua morta na mais escolhida de nossas
sepulturas; nenhum de nós te impedirá que enterres a tua
morta”. (Gn 14:14; 24:35)
A sepultura de Sara será a base de encontro de suas principais gerações (Abraão, Isaque e Jacó).
Raquel não foi sepultada ali. Grandes conquistas se obtêm com grandes atos de humilhação.
Grandes perdas são resultados de grande orgulho
Gênesis 23:7: Então, se levantou Abraão e, inclinando-se
respeitosamente diante do povo da terra, diante dos filhos de
Hete,
Ele sempre quis o melhor da terra para a vida e para a morte
Gênesis 23:8: falou-lhes, dizendo: “Se é de vossa vontade que
eu sepulte a minha morta que está diante de minha face, ouvi-
me e intercedei por mim junto a Efron, filho de Zoar, (Gn 25:9)
Abraão sabia que escritura era melhor que posse; sabia que amizade é bom, mas negócios
duradouros necessitam ser selados diante de juízes, como manda a prudência
Gênesis 23:9: para que ele me ceda a cova de Macpela, sua
possessão no fim do campo; que me venda pelo seu pleno valor
em prata, como posse de sepulcro no meio de vós”.
Os juízes eram os que entravam pela porta oficial da cidade. O ato de Abraão devia ser atestado
com uma escritura. Ali também seria sepultada a sua descendência
Gênesis 23:10: Ora, Efron julgava à porta no meio dos filhos de
Hete; e respondeu Efron, o heteu, a Abraão, aos ouvidos dos
filhos de Hete, isto é, de todos os que entravam pela porta da
sua cidade, dizendo:
(Gn 24:20; Rt 4:4)
Aquilo que é oferecido sem preço pode ser esquecido durante o tempo, e sepultura é coisa
perdurável. Devemos saber contratar os nossos bens perduráveis
Gênesis 23:11: “Não, meu senhor; ouve-me. O campo te dou,
também te dou a caverna que nele está; na presença dos filhos
do meu povo ta dou; sepulta a tua morta”. (2 Sm 24:21-24)
Grandes conquistas se obtêm com grande humildade

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Gênesis 23:12: Então, Abraão se inclinou diante do povo da
terra
Quem aprende a comprar segundo o preço, é respeitado. Quem compra azeite a tempo entra
nas bodas a seu tempo, mas quem pede azeite e compra depois que o noivo chega, fica de fora
Gênesis 23:13: e falou a Efron, aos ouvidos do povo da terra,
dizendo: “Se te agrada, peço-te que me ouças. Darei o preço do
campo; toma-o de mim, e sepultarei ali a minha morta”.
Abraão sabia esperar a hora certa para fechar o negócio. Adquirir bens na opinião de Abraão não
era um tempo comum, era o grande ato de cavalheiros finos e sábios
Gênesis 23:14: Respondeu Efron a Abraão:
Abraão não regateava os valores eternos. Ali Deus teria três troféus, sendo Deus de Abraão, de
Isaque e de Jacó
Gênesis 23:15: “Meu senhor, ouve-me. Um terreno do valor
de quatrocentos siclos (“4,52kg”) de prata! Que é isto entre mim
e ti? Sepulta, pois, a tua morta”. (Êx 30:13; Ez 45:12)
Abraão não pechinchou, ele simplesmente pagou o preço e tomou a escritura da terra
Gênesis 23:16: E Abraão ouviu a Efron, e pesou-lhe a prata de
que este tinha mencionado aos ouvidos dos filhos de Hete,
quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os
mercadores. (Jr 32:9; Zc 11:12)
Homens que pensam no futuro, mais que no presente merecem respeito
Gênesis 23:17: Assim, o campo de Efron, que estava em
Macpela, em frente de Manre, o campo e a caverna que nele
estava, e todo o arvoredo que havia nele, por todos os seus
limites ao redor, (Gn 25:9; 50:13; 49:30-32; At 7:16)
A confirmação prudente da sua negociação foi confirmada pelos juízes à porta da cidade
Gênesis 23:18: tudo comprou, e se confirmou a Abraão em
possessão, na presença dos filhos de Hete, isto é, de todos os
que entravam pela porta da sua cidade. (Gn 49:30-32)
Gênesis 23:19: Depois, sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na
caverna do campo de Macpela, em frente de Manre, que é
Hebron, na terra de Canaã.
Gênesis 23:20: Assim, o campo e a caverna que nele estava
foram confirmados a Abraão, da parte dos filhos de Hete, em
possessão de sepultura.
Gênesis, capítulo vinte e quatro (24)
A grande tipologia do casamento de Isaque e Rebeca: tipo da Igreja; Eliezer é tipo do Espírito
Santo. Isaque é tipo de Cristo que espera a esposa, depois de ter peregrinado com o seu pai.
Rebeca deixa a casa de seus pais e sai ao encontro de seu esposo. A obra do Espírito Santo sob
promessa junto ao Pai. Tipos que falam da Igreja: (1) Eliezer: é o tipo do Espírito Santo que tem
a responsabilidade de preparar e arrebatar a Noiva no momento exato. Suas características se
assemelham às funções do Espírito Santo e esta dispensação: (a) Eliezer era um homem piedoso:
Sua petição inicial foi: “Dá-me hoje um bom encontro” (Gn 24:12). O Espírito Santo está
encomendado a encontrar e preparar a verdadeira Igreja de Cristo (Jo 14:16). Eliezer encontrou
a noiva na fonte. O derramamento do Espírito Santo é uma atração da verdadeira Igreja de Cristo
(Jo 7:37). (b) Eliezer era um homem cauteloso: “Não comerei, até que tenha dito as minhas
palavras...” (Gn 24:33). O Espírito Santo não veio para receber, e sim para dar, veio para preparar
a Noiva de Cristo. Enquanto não concluísse seu ministério não poderia buscar seu próprio bem.
(c) Eliezer era um homem pontual: Depois de ataviar a noiva e a Igreja, o Espírito Santo a
conduzirá ao encontro com o noivo, às Bodas. As Bodas do Cordeiro serão o ato de recebimento

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por Cristo em seu Reino. O Arrebatamento introduzirá a Igreja completamente no Reino. (d)
Eliezer era um homem de grande persuasão, um grande advogado (Gn 24:7, 19, 21). Ele
persuadiu os parentes da noiva a respeito do seu Senhor. O Espírito Santo foi enviado para
persuadir o mundo e conscientizar que a Igreja pertence a Cristo (At 1:8; Mt 28:20). (e) Eliezer
somente quis cumprir o caminho designado (Gn 24:4-10); pois não pode haver união entre o
mundo e Jesus. (f) Eliezer falou somente do Noivo (Gn 24:22-24, 26-36), de sua herança, de
que estava esperando a noiva. O Espírito Santo não fala nada que não seja de Jesus (Gn 24:25;
Jo 16:13, 14). (g) Eliezer desejou conhecer mais da noiva: “És filha de quem?”. O Espírito Santo
quer ver onde habita a Igreja de Cristo, onde habitam seus pés; que frutos costumam dar (Gl
5:22). (h) Eliezer não veio só (Gn 24:55). Trouxe muitas riquezas; que representam o poder do
Reino de Deus e sua glória. A Igreja se move no poder do Senhor; não podemos viver sem as
riquezas do reino; dons do Espírito Santo, fruto do Espírito Santo. Eliezer ornamentou as
carruagens, a Igreja muito em breve as usará para encontrar-se com o Noivo. (i) Eliezer tinha
pressa (Gn 24:55). Por mais que os parentes de Rebeca quisessem retardar a saída da noiva,
Eliezer disse: “Não me detenhas”. Nada pode atrasar o arrebatamento da Igreja. O Espírito Santo
tem pressa, não há tempo para dormir. Nem o inferno, nem a gravidade podem deter o
arrebatamento. (j) Eliezer ataviou a noiva na terra de seus pais (Gn 24). O Espírito Santo não
aceita a filosofia de que somente seremos santos no céu, aqui é a preparação para as bodas (pelo
poder do Espírito Santo), não há purgatório, e quem não tem as vestimentas de núpcias, ficará
fora (Mt 22:9-13). (2) Rebeca é tipo da Igreja (Gn 24:16; Ef 5:25-32; 2Co 11:2). Há alguns
pontos salientes na vida desta noiva tão linda: Ela estava disposta a ir (Gn 24:50, 51; Ap 22:17):
“Ora vem Senhor Jesus!” Ela era uma virgem formosa (Gn 24:21); a Igreja não é uma meretriz,
senão uma virgem sem mácula e bela. Ela era uma serva (Gn 24:19). Ela deu água para os
camelos de Eliezer. Já imaginou o que é dar água para os camelos? Era hospitaleira (Gn 24:58).
Ela recebeu a Eliezer (At 1:8). Ela percebeu quem era o noivo estando ainda distante dele (Gn
24:64), portanto o Espírito Santo fala de Cristo à Igreja e, a conhecendo assim, Eliezer a traz
pessoalmente ao seu Esposo (At 13:4; Rm 8:11; 1 Ts 4:14). Os verdadeiros filhos de Deus não
serão surpreendidos no arrebatamento. O Espírito Santo encontrará a Igreja com louvor a Deus!
Aqueles invernos inteiros que atravessaram nas cadeias comunistas e terroristas, serão
encontrados pelo Espírito Santo naquela ocasião maravilhosa! (At 16:25-29). Tipos que se
relacionam com Israel. (1) A arca de Noé. O ponto positivo do arrebatamento da Igreja em
relação a Israel é que o arrebatamento da Igreja será uma porta que dará livre acesso ao
Anticristo; cumprindo as setenta semanas de Daniel. A arca de Noé é o maior tipo de Israel em
relação à vinda de Jesus no arrebatamento, pois quando for a vinda das bodas por sua igreja, será
a introdução de Israel ao seu reino, aqui só ficará a Grande Tribulação que se processará durante
sete anos na terra. Assim como Noé foi salvo, durante a Grande Tribulação Israel também o
será. E o remanescente de Israel será salvo, arrebatado no deserto, nesse lugar de refúgio
preparado antecipadamente por Deus. A arca é tipo de lugar de refúgio e é nele que Deus
guardará o remanescente de seu povo (Ap 12:6; 14:17). (a) O remanescente será escondido.
Assim como entre dois, entre dez, um e cinco serão escondidos, entre os santos que serão
arrebatados para as Bodas do Cordeiro, um e cinco também serão arrebatados para o deserto
(Ap 12:14). A vinda de Jesus (Ct 2:8, 9; 1 Ts 4:17)
Gênesis 24:1: Ora, Abraão estava velho e de idade avançada, e
o Senhor Jeová o tinha abençoado em todas as coisas. (Gn 24:35;
13:2)
Gênesis 24:2: E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da
casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: “Põe a tua
mão debaixo da minha coxa, (Gn 47:29)
A preocupação do Pai com a herança e a origem da esposa de seu Filho
Gênesis 24:3: para que eu te faça jurar pelo Senhor Jeová, Deus
do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher das
filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; (Dt 6:13; Êx 34:16;
Dt 7:3; Gn 14:22; 10:18, 19; 26:34, 35; 28:1, 2, 8)
Gênesis 24:4: mas, que irás à minha terra e à minha parentela
e dali tomarás mulher para meu filho Isaque”. (Gn 28:2; 12:1)
O Filho não tornará ao mundo para ser sacrificado novamente

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Gênesis 24:5: Perguntou-lhe o servo: “Se, porventura, a mulher
não quiser seguir-me a esta terra, então, nesse caso, farei tornar
o teu filho à terra donde saíste?”
Um tipo: “Não crucificar a Cristo novamente”
Gênesis 24:6: Respondeu-lhe Abraão: “Guarda-te de que não
faças tornar para lá o meu filho.
O anjo do bom encontro
Gênesis 24:7: O Senhor Jeová, Deus do céu, que me tirou da
casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou,
e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra; ele
enviará o seu anjo que te precederá, para que tomes de lá
esposa para meu filho. (Gn 12:7; Êx 23:20, 23; 33:2; Gn 13:15; 15:18)
Gênesis 24:8: Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás
livre deste meu juramento; somente não faças meu filho tornar
para lá”.
O juramento — os ministérios que conduzem à riqueza do Pai trabalham sob a ordem do
Espírito Santo
Gênesis 24:9: Então, pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de
Abraão, seu senhor, e jurou-lhe sobre este negócio. (Gn 24:2)
A oração de Eliezer, tipo do Espírito Santo
Gênesis 24:10: Tomou, pois, o servo dez dos camelos do seu
senhor, e de toda a fazenda, em ouro, de seu senhor que estava
em sua mão; e, partindo, foi para a Mesopotâmia, para a cidade
de Naor. (Gn 11:31, 32; 27:43)
A oração é a cooperação dos ministros na hora da verdade
Gênesis 24:11: Ao entardecer, fez ajoelhar os camelos fora da
cidade, junto a um poço de água, à hora em que as donzelas
saíam a tirar água. (1 Sm 9:11)
A Igreja (esposa) é fruto de intercessão
Gênesis 24:12: E disse: “Ó Senhor Jeová, Deus de meu senhor
Abraão, dá-me, hoje, peço-te, um bom encontro e usa de
benevolência para com o meu senhor Abraão. (Gn 24:27; 26:24; Êx 3:6)
Gênesis 24:13: Eis que eu estou em pé junto à fonte, e as filhas
dos homens desta cidade saem para tirar água; (Gn 24:43 )
Todas tiram água, mas uma é capaz de compartir água em graça, sem reclamar
Gênesis 24:14: faze, pois, que a donzela a quem eu disser:
Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela
responder: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos,
seja aquela que designaste para o teu servo Isaque. Assim,
conhecerei que usaste de benevolência para com o meu
senhor”. (Jz 6:17, 37; 1 Sm 6:7)
O encontro e o teste de Rebeca. Sinais de submissão
Gênesis 24:15: Considerando ainda, antes que ele acabasse de
falar, eis que Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de

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Naor, irmão de Abraão, saía com o seu cântaro sobre o ombro.
(Gn 24:45; 22:20, 23)
Gênesis 24:16: A donzela era muito formosa à vista, virgem, e
não havia conhecido varão; ela desceu à fonte, encheu o seu
cântaro e subiu. (Gn 26:7)
Prova de sociabilidade
Gênesis 24:17: Então, o servo correu ao seu encontro, e lhe
disse: “Deixa-me beber, peço-te, um pouco de água do teu
cântaro”.
Prova de assistência social e antecipação diaconal
Gênesis 24:18: Respondeu ela: “Bebe, meu senhor”. Então,
com presteza abaixou o seu cântaro sobre a mão e deu-lhe de
beber. (Gn 24:14, 16)
Gênesis 24:19: E, quando acabou de lhe dar de beber, ela disse:
“Tirarei também água para os teus camelos, até que acabem de
beber”. (Gn 24:14)
A água dedicada ao Espírito Santo não pode ser dada aos seus ministros. Outra água deve ser
dada aos camelos
Gênesis 24:20: Também com presteza despejou o seu cântaro
na pia do bebedouro e, correndo outra vez ao poço, tirou água
para todos os camelos dele.
O enviado de Deus sabe fazer silêncio
Gênesis 24:21: E o homem, em silêncio, a contemplava atento
e assombrado, esperando para saber se o Senhor Jeová
prosperara a sua jornada ou não. (Gn 24:12-14, 56)
Os dons do Espírito Santo dados à esposa
Gênesis 24:22: Depois que os camelos acabaram de beber,
tomou o homem um aro de ouro, de meio siclo (“5,65g”) de
peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do peso de dez siclos
(“113g”) de ouro; (Gn 24:47)
A esposa tem origem e família
Gênesis 24:23: e perguntou: “De quem és filha? Faze-mo saber,
peço-te. Há lugar em casa de teu pai para que nós pousemos
esta noite?”
Ela nasceu logo após o sacrifício de Abraão. Prova da hospitalidade. Temos muitas bênçãos a
receber por atos de fé do passado (Gn 22:15-24)
Gênesis 24:24: Ela lhe respondeu: “Eu sou filha de Betuel, filho
de Milca, filho de Naor”. (Gn 24:15)
O espírito de serviço da donzela
Gênesis 24:25: Disse-lhe mais: “Temos bastante palha e
forragem, e também lugar para pousar à noite”.
Qualquer mulher que souber servir será digna de admiração, e ainda será motivo de ação de
graças a Deus
Gênesis 24:26: Então, o homem inclinou a sua cabeça,
prostrou-se e adorou ao Senhor Jeová, (Gn 24:48, 52)

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Gênesis 24:27: e disse: “Bendito seja o Senhor Jeová, Deus de
meu senhor Abraão, que não retirou do meu senhor a sua
misericórdia e a sua verdade; e por me haver guiado no
caminho da casa dos irmãos de meu senhor”. (Gn 24:21, 42, 48)
A prova de fidelidade à sua mãe quanto aos assuntos do coração
Gênesis 24:28: Então, a donzela correu, e relatou estas coisas
na casa de sua mãe.
Gênesis 24:29: E Rebeca tinha um irmão, cujo nome era Labão,
o qual saiu correndo até o poço, ao encontro daquele homem.
(Gn 29:5, 13)
O caráter de Labão é manifestado. Deus lhe mandará um Jacó para prová-lo
Gênesis 24:30: E quando viu o aro e as pulseiras sobre as mãos
de sua irmã, e quando ouviu as palavras ditas por sua irmã
Rebeca, com respeito ao homem e aos camelos, foi ter com ele,
pois estava em pé junto aos camelos, ao lado da fonte.
O Espírito Santo é agradecido, mas não se impressiona. Ele tem uma missão e tem pressa
Gênesis 24:31: E lhe disse: “Entra, bendito do Senhor Jeová;
por que ficaste aqui fora? Pois eu já limpei a casa, e há um lugar
para os camelos”. (Gn 26:29)
Gênesis 24:32: Então, veio o homem à casa, e descarregaram
os camelos, deram palha e forragem para os seus camelos e água
para lavar os pés dele e os de seus servos que estavam com ele.
(Gn 43:24; Jz 19:21)
Tipo do jejum do Espírito Santo
Gênesis 24:33: Logo puseram comida diante dele. Ele, porém,
disse: “Não comerei, até que exponha a mensagem da missão
que trago”. Respondeu-lhe Labão: “Fale!”
A apresentação de Eliezer. Ele comunica os fatos à família de Labão na sua inteireza, sem
acréscimos. Rebeca é pedida em casamento. O testemunho do Espírito Santo vindo do Pai. Ele
é capaz de repetir todos os acontecimentos sem se contradizer
Gênesis 24:34: Então, disse: “Eu sou o servo de Abraão.
O Espírito Santo dá testemunho do Pai e do Filho para a Igreja
Gênesis 24:35: O Senhor Jeová o cobriu de bênçãos e deu a
meu senhor uma multidão de rebanhos e gados, prata e ouro,
servos e servas, camelos e jumentos. (Gn 24:1; 13:2)
A riqueza do Pai pertence ao Filho, mas é o Espírito Santo quem a administra
Gênesis 24:36: E Sara, a mulher do meu senhor, gerou-lhe um
filho, mesmo na sua velhice, e o pai deu-lhe toda a sua riqueza.
(Gn 21:2; 25:5)
A obra do Espírito Santo é baseada em um juramento
Gênesis 24:37: O meu senhor me fez jurar, dizendo: Não
tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja
terra habito;
Gênesis 24:38: senão que irás à casa de minha família e ali
tomarás mulher para meu filho. (Gn 24:2-4)
Eliezer tinha riqueza, bons meios de transportes, o tesouro de seu senhor, uma ética insuperável,
uma missão de resgate, a confiança de seu senhor Abraão. Tudo o que um homem pode oferecer

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à sua esposa, ele tinha em mãos. Mas Rebeca deveria ser indagada se ela queria ir com aquele
homem
Gênesis 24:39: Então, eu disse ao meu senhor: Talvez a mulher
não queira seguir-me. (Gn 24:5)
Anjos também se envolvem no conhecimento de um casal
Gênesis 24:40: Ao que ele me disse: O Senhor Jeová, em cuja
presença tenho andado, enviará o seu anjo contigo, e orientará
o teu caminho; assim tomarás mulher para meu filho da minha
linhagem e da casa de meu pai. (Gn 24:7)
Gênesis 24:41: Mas serás livre do meu juramento se, ao
chegares à minha parentela, a mulher não te for dada. (Gn 24:8)
Tipo do caráter de oração do Espírito Santo (Rm 8:26)
Gênesis 24:42: E hoje cheguei à fonte, e orei: Senhor Jeová,
Deus de meu senhor Abraão, orienta o meu caminho no qual
eu ando, sim, prospera-o. (Gn 24:11, 12)
O serviço incondicional de Rebeca é o sinal de sua bênção. Na apresentação de seu serviço, ela
faz diferença entre os camelos e o servo Eliezer. Antes de dar água aos camelos, ela deu água a
Eliezer. Os camelos são tipos dos ministros que levam as riquezas de Deus, e Eliezer é tipo do
Espírito Santo
Gênesis 24:43: Eis-me aqui, junto à fonte das águas! Faze que
a primeira donzela que sair para tirar água, e a quem eu disser:
Rogo-te, dá-me de beber um pouco de água do teu cântaro, e
se ela disser: (Gn 24:13, 14)
Ela sabia fazer a diferença entre o Espírito Santo e os ministros. Antes de sua beleza, ela foi
avaliada pelo seu serviço oferecido
Gênesis 24:44: Bebe tu, e eu também tirarei água para os teus
camelos, esta será a mulher que o Senhor Jeová designou para
o filho de meu senhor.
O Espírito Santo dá valor aos detalhes do nosso serviço
Gênesis 24:45: Não tinha acabado de falar no íntimo de meu
coração, e eis que veio Rebeca com o seu cântaro sobre o
ombro, e inclinou-se à fonte para tirar água; e eu lhe disse:
Rogo-te que me dês de beber. (Gn 24:15, 17; 1 Sm 1:13)
Tipo de seu serviço a Deus e aos seus servos
Gênesis 24:46: E ela, com presteza, abaixou o seu cântaro do
ombro, e disse: Bebe, e também darei de beber aos teus
camelos; assim, bebi, e ela deu também de beber aos meus
camelos.(Gn 24:18)
Gênesis 24:47: Então, lhe perguntei: De quem és filha? E ela
disse: Filha de Betuel, filho de Naor e Milca. Então eu lhe pus
os pendentes de compromisso na sua face e as pulseiras sobre
as mãos; (Gn 24:23, 24)
Gênesis 24:48: e, prostrando-me, adorei e bendisse ao Senhor
Jeová, Deus do meu senhor Abraão, que tinha me conduzido
pelo caminho reto para tomar a filha do irmão do meu senhor
para seu filho. (Gn 24:26, 27)

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Gênesis 24:49: Agora, pois, se vós quereis usar de benevolência
e de lealdade para com o meu senhor, declarai-me; e, se não,
também dizei-me, para que eu vá ou para a direita ou para a
esquerda”. (Gn 47:29; Js 2:14)
O mundo sempre estará indeciso nas suas respostas
Gênesis 24:50: Então, responderam Labão e Betuel: “Como do
Senhor Jeová procede este negócio, nós não podemos ser a
favor nem contra a sua vontade. (Sl 118:23; Gn 31:24)
Gênesis 24:51: Eis que Rebeca está diante de ti, toma-a e vai-
te; e seja ela mulher para o filho de teu senhor, segundo o que
dispôs o Senhor Jeová”.
As joias definitivas de compromisso: o desposamento
Gênesis 24:52: E, quando o servo de Abraão ouviu tais
palavras, prostrou-se em terra diante do Senhor Jeová; (Gn 24:26)
Gênesis 24:53: e tirou o servo joias de seus alforjes, objetos de
prata, e joias de ouro e vestidos, e os deu à Rebeca; e também
deu frutos e preciosos presentes, a seu irmão e a sua mãe. (Gn
24:10, 22)
O desejo de Rebeca: encontrar-se com o seu esposo. O rapto, a condução à casa do seu esposo
para as bodas do Cordeiro
Gênesis 24:54: Então, comeram, beberam e dormiram, e,
tendo passado a noite, ele e os homens que com ele estavam
levantaram-se de manhã, quando o servo lhes disse: “Deixai-
me ir a meu senhor”. (Gn 24:56, 59)
Dez dias são o suficiente para que a esposa desista de sua jornada. O retardar da vinda do esposo
também é responsabilidade da disposição da esposa
Gênesis 24:55: Disseram o irmão e a mãe da donzela: “Fique
ela conosco alguns dias ou pelo menos dez; e depois irá”.
Gênesis 24:56: Ele, porém, lhes respondeu: “Não me retardes,
visto que o Senhor Jeová tem prosperado a minha jornada;
despedi-me para que eu volte a meu senhor”.
Gênesis 24:57: Então, disseram-lhe: “Chamemos a donzela, e
perguntemos a ela mesma qual é o seu parecer”.
A pergunta mais importante antes de um casamento e a importância da bênção familiar. Ele
tinha herança, tinha riquezas, tinha uma tenda, tinha pai, estava sob juramento, ele trouxe
provas da prosperidade do seu futuro esposo, ele era fiel na narrativa de sua mensagem, era
ético, sabia adorar a Deus, era de oração, lutava pelo bem de seu senhor e seu futuro marido
estava em oração por ela: como não ir com aquele homem? Quem nos dera que todas as nossas
donzelas optassem por toda esta segurança antes de dizer sim a um varão
Gênesis 24:58: Chamaram, pois, a Rebeca, e lhe perguntaram:
“Queres ir com este homem?” Respondeu ela: “Sim, quero ir”.
Gênesis 24:59: Então, despediram a Rebeca, sua parente, e à
sua ama, ao servo de Abraão e a seus homens; (Gn 35:8)
A importância da bênção do matrimônio: pela família
Gênesis 24:60: e abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: “Ó
nossa irmã, a tua descendência torne-se em inúmeras miríades,
e possua as portas de todos os teus aborrecedores!” (Gn 17:16; 22:17)

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As damas de companhia: tipo das cinco virgens (Mt 25:4, 9, 10)
Gênesis 24:61: Assim, Rebeca levantou-se com as suas damas
de companhia e montaram nos camelos, e seguiram o homem;
e o servo, tomando a Rebeca, começou o seu regresso.
Isaque vinha da fonte, depois voltaria à mesma fonte para ali morar
Gênesis 24:62: E Isaque, que morava na terra do sul, regressava
pelo caminho do poço de Beer-Lahai-Roí (“poço do Deus que vejo”),
pois habitava na terra do Neguebe. (Gn 16:14; 25:11; 20:1)
A oração é a chave de todas as portas. Tipo do encontro com Cristo nos ares. Ambos levantaram
os olhos no mesmo momento. Encontro do amor. Rebeca não pertence ao camelo, nem à sua
família, mas ao seu esposo
Gênesis 24:63: Quando saía, ao cair da tarde, para meditar, se
deteve, levantou os olhos e de longe viu quando os camelos
chegavam. (Sl 1:2; 77:12; 119:15; 143:5; 145:5)
Um tipo do arrebatamento da Igreja
Gênesis 24:64: Rebeca também levantou os olhos e, quando
viu a Isaque, deslizou do camelo,
Assim como Jesus virá ao encontro da Igreja nos ares
Gênesis 24:65: e perguntou ao servo: “Quem é aquele homem
que se aproxima pelo campo ao nosso encontro?” E respondeu
o servo: “É meu senhor”. Então, ela tomou o véu e se cobriu.
O enviado é fiel nos relatos. Sabemos que o seu relatório é superfidedigno
Gênesis 24:66: E o servo relatou a Isaque tudo o que lhe
acontecera.
As bodas do Cordeiro.
Gênesis 24:67: Então, Isaque a conduziu para a tenda de Sara,
sua mãe; e tomou a Rebeca por mulher; e ele a amou. Assim
Isaque foi consolado, por ela, da morte de sua mãe. (Gn 29:18; 23:1,
2; 25:30)
Gênesis, capítulo vinte e cinco (25)
O novo casamento de Abraão com Quetura e os seus filhos são enviados para o Oriente, fato
que se cumprirá nos dias proféticos. Alguns deles estarão com Cristo dois anos após o seu
nascimento. Quetura não peregrinou, não sofreu e recebeu a bênção da prosperidade de Abraão.
Veja que no capítulo 23 Sara morre. No capítulo 24 Abraão torna-se próspero em tudo. E no
capítulo 25 Quetura leva a benção
Gênesis 25:1: E Abraão (“pai de uma grande multidão”) tomou uma
mulher, que se chamava Quetura (“incenso”). (1 Cr 1:32, 33)
Todos os filhos de Abraão formarão muitas nações no oriente; entre elas, a China, o Japão, as
Coreias e muitos outros povos. Estas Sebá e Dedã estarão presentes para defesa de Israel quando
o Anticristo vier para tomar o despojo da cidade no Armagedon (Ez 38:10-13). Estas nações
servirão de grande ajuda em favor de Israel na Grande Tribulação. Muitas coisas hão de mudar
até aqueles dias escatológicos
Gênesis 25:2: Ela lhe deu à luz a Zinrã (“músico”), Jocsã
(“apanhador”), Medã (“contenda”), Midiã (“conflito”), Isbaque (“ele
libera”) e Suá (“riqueza”). (1 Cr 1:32)
Gênesis 25:3: Jocsã (“apanhador”) gerou a Sebá (“um juramento”) e
Dedã (“território baixo”). Os filhos de Dedã foram Assurim (“guiado:
abençoado”), Letusim (“martelado”) e Leumim (“povos”).

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Gênesis 25:4: Os filhos de Midiã (“conflito”) foram Efá (“sombrio”),
Efer (“um novilho”), Enoque (“dedicado”), Abidá (“meu pai sabe”) e
Eldá (“Deus conheceu”); todos estes foram filhos de Quetura
(“incenso”).

SEGUNDA AULA
2. AS PRIMÍCIAS QUE FUNDARAM A IGREJA
BASEADO EM LEVÍTICO 23 - POR QUE A
IGREJA COMEÇOU COM A OFERTA DAS
PRIMÍCIAS, E O PENTECOSTES VEIO
SOMENTE COM NOVAS PRIMÍCIAS?
I - Os sacrifícios são oferecidos em parte: A oferta de sacrifício e a oferta vegetal geral: a oferta vegetal,
tipo da Ceia do Senhor. É a oferta completa, fruto da terra, que não foi oferecida por Caim. Continha
farinha, azeite e incenso: oferta memorativa. A oferta animal e a oferta vegetal jamais eram apresentadas
separadamente: falam da Páscoa (animal) e os pães ázimos (vegetal). Oferta vegetal de trigo (o pão), tipo
do corpo de Cristo ungido com azeite e oferecido com incenso aromático. O grão de trigo (Cristo); o
Espírito Santo (o azeite) e o incenso (o louvor). Este tipo de oferta sempre era acompanhado com libação,
onde o vinho substituía o sangue de um animal (Êx 29:40). Um tipo da Ceia do Senhor, onde não há
sangue derramado, mas há libação, fruto da vide. Levítico 9:4: “Um novilho e um carneiro como ofertas
pacíficas ao Senhor Jeová, e uma oferta vegetal (“de manjar”) misturada com azeite, porque hoje o
Senhor vos aparecerá”. Cada um deles tem um significado, um detalhe importante que termina em
Cristo. (1) O sacrifício pelo pecado era oferecido no altar de sacrifícios, no átrio do Tabernáculo: Então
ele é tipo da morte de Cristo por sua nação. (2) Os holocaustos eram oferecidos (imolados) diante do
altar, sua gordura (queimada) e o seu sangue (posto nos chifres e derramado ao redor do altar) eram
apresentados no mesmo altar, mas eram (cabeça, carne, couro, excrementos) queimados fora da porta,
em outro altar: Então ele é tipo da morte de Cristo por todo o mundo, pois foi oferecido fora da porta.
(3) As ofertas pacíficas eram compostas de animais limpos com os bolos ou pães. Sem os bolos e pães
não eram considerados como ofertas pacíficas, pois este tipo de oferta era composto de animal e vegetal
– sangue e trigo. Em outras palavras, as ofertas de manjares se juntavam às ofertas de sacrifício e
formavam uma só: A oferta pacífica: Então, ela é tipo da Ceia do Senhor, pois o Cordeiro de Deus foi
imolado, e nós continuamos, como memorial, oferecendo os pães ao lado do vinho (1 Co 11:25). Era
conhecida como “Michá”, era um tributo devido a um superior. A matéria essencial da oferta de manjar
ou de cereais era o vinho e o trigo; o trigo na espiga, como farinha ou como pães ázimos, oferecidos
com incenso, sem fermento ou mel. Quando Caim trouxe a sua oferta era fruto da terra, isto é, era
oferta de cereais; mas ele não trouxe com a sua oferta a gordura, isto é, o azeite. Abel trouxe a oferta
animal e Caim, a vegetal. O erro de Caim foi ter trazido com a sua oferta a gordura. Como a oferta
vegetal não tinha (na sua massa ou oblação) o sangue, a gordura e o cheiro suave, com ela o ofertante
deveria trazer vinho (no lugar de sangue), azeite (no lugar da gordura) e incenso (no lugar da queima
que gerava o cheiro suave). A oferta animal era completa, pois ela já trazia consigo todos os elementos:
tipo de Cristo. Logo Caim deveria completar a tipologia da Ceia do Senhor, mas ele falhou nisso
Levítico 2:1: E quando alguma alma oferecer uma oferta (“oblação”)
vegetal ao Senhor Jeová, a oblação será de flor de farinha de trigo;
derramarás sobre ela azeite e logo porás incenso sobre ela. (Lv 6:14)
O punhado representava a porção diária de cada pessoa; até hoje, nos grandes restaurantes, se sabe
que um punhado de arroz é a porção de uma pessoa. Assim, o punhado era o memorial de toda a
oferta. Indicando que o sacrifício de Cristo, o punhado que era queimado no altar, validava toda a
oferta vegetal
Levítico 2:2: E trará a oferta aos sacerdotes, filhos de Arão; e um
deles tomará um punhado da farinha misturada com azeite e
incenso; e o sacerdote o queimará como memorial sobre o altar; é
oferta queimada, de cheiro agradável ao Senhor Jeová. (Lv 5:12; 6:15;
2:9, 16; At 10:4)
Aquele que oferece a oferta vegetal tem direito a comer dela

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Levítico 2:3: E o que sobejar da oferta (“oblação”) vegetal será de Arão
e de seus filhos; é coisa santíssima, de ofertas queimadas ao Senhor.
(Lv 6:16; 10:12, 13)
A oferta vegetal assada – um memorial, um punhado será queimado, ficando o alimento para os
sacerdotes
Levítico 2:4: E se ofereceres oferta vegetal (“oblação”) cozida no
forno, será de tortas de flor de farinha sem levedura, mescladas com
azeite, ou de bolachas sem levedura untadas com azeite.
A oferta frita – um memorial, um punhado será queimado, ficando o alimento para os sacerdotes
Levítico 2:5: E se a oferta vegetal (“oblação”) for cozida em uma
frigideira, será da flor de farinha de trigo sem levedura, amassada
com azeite;
A oferta de manjar ou de cereais, como não tem sangue nem gordura deve ser untada com azeite. Um
tipo da Ceia do Senhor, cujo trigo representa o corpo de Cristo amassado em sacrifício vivo por nós,
com a presença do Espírito Santo; oferta de cheiro suave ao Senhor, manifestado pela presença do
Espírito Santo. Por esta razão, o pão da Ceia é oferecido em pedaços para cada membro. A oferta de
cereal é um memorial da última, única e eterna oferta do corpo de Cristo, o Cordeiro de Deus, em
nosso lugar, o mais perfeito tipo da Ceia do Senhor
Levítico 2:6: a qual partirás em pedaços, e derramarás sobre eles
azeite. Esta é a oferta vegetal.
A oferta vegetal assada – um memorial, um punhado será queimado, ficando o alimento para os
sacerdotes
Levítico 2:7: E, se for de uma oferta vegetal (“oblação”) preparada
numa panela, será da flor de farinha com azeite.
Um memorial, um punhado será queimado, ficando o alimento para os sacerdotes. Um tipo do
sacrifício de Cristo, em lugar do restante da massa (Rm 11:16)
Levítico 2:8: E apresentarás ao Senhor Jeová a oferta (“oblação”) feita
com tais coisas, e a levará ao sacerdote, o qual a levará ao altar.
As primícias da oferta vegetal, tipo de Cristo. As primícias santas (1 Co 15:20) que livra o resto da
massa de ser queimada para ser comungada – tipo do pão da mesa do Senhor que deve ser partido
pelo resto dos sacerdotes
Levítico 2:9: E o sacerdote queimará uma parte da oferta vegetal,
como memorial (“punhado de farinha”) sobre o altar. É oferta queimada,
de cheiro agradável ao Senhor Jeová. (Lv 2:2; Êx 29:18)
O resto da massa (1Co 15:20). As primícias da oferta são oferecidas como memorial, e o restante da
oferta permanece: O tipo do corpo de Cristo que foi santificado pelo punhado, o memorial, Cristo
Levítico 2:10: E o restante da oferta será de Arão e de seus filhos; é
coisa santíssima, de ofertas queimadas que se oferecem ao Senhor
Jeová. (Lv 2:3)
As ofertas e a ausência de levedura e mel, e a exceção: na oferta das primícias. Este foi o ataque de
Satanás no sacrifício de Cristo, ao oferecer-lhe vinho ou algum fruto da vide. Nada doce, nada que
retire a dor, nada que represente o prazer carnal. Há duas exceções das quais devemos falar: Das
primícias e das ofertas pacíficas. Parece que há uma aparente contradição nos textos aqui apresentados,
mas não há. Observar: O sacrifício de animal em ação de graças poderia ser acompanhado com ofertas
vegetais (ou de manjares) levedadas. O louvor grato, sem pecado, sem culpa, poderia sem ofertado
com fermento, mas não poderia ser queimado no altar. Acompanhava a oferta a ser queimada, mas
tais pães já prontos e fermentados não podiam ser apresentados para serem queimados no altar por
causa do fermento, que aqui é tipo do Espírito Santo (Lv 2:12). Somente neste caso, o Espírito Santo
é tipo da levedura da massa (Mt 13:33). Isto significa que, embora a obra do Espírito Santo tenha
começado, e tenha sido interrompida sobre a primeira parte da massa (as nações), e o mesmo tenha
acontecido com a segunda parte da massa (Israel), certamente há de se completar na terceira parte da
massa (a Igreja), para depois completar a fermentação de toda a massa (o Reino de Deus). Quando
havia culpa ou pecado, isto é, quando a oferta era apresentada com culpa e pecado, não poderia conter
levedura ou fermento. Era uma oferta de sofrimento e pesar, e não de alegria, como era o sacrifício

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pacífico. Levítico 7:13: “Com tortas (“pães ou bolos”) fermentadas apresentarás o seu sacrifício
(“oblação”) pacífico em ação de graças”
Levítico 2:11: Toda oferta de cereais que fizerdes, para ser
queimada ao Senhor Jeová, será sem levedura; e jamais oferecereis
qualquer levedura, nem mel, nas ofertas queimadas ao Senhor
Jeová. (Lv 6:16, 17; Êx 23:18; 34:25)
Mel e levedura não serão queimados como holocausto
Levítico 2:12: Somente podereis oferecer com tais elementos, se for
oferta (“oblação”) de primícias (“os primeiros frutos”); e jamais subirão ao
altar como oferta queimada de cheiro agradável ao Senhor Jeová.
(Lv 7:13; 23:10, 11)
A exigência do sal na oferta. O sal não deve faltar na oferta. O sal representa a santidade, contra a
corrupção. O sal, anticorrupção, estava presente na oferta de Cristo, pois a corrupção não pôde destruir
o seu corpo na sepultura (At 2:26, 27)
Levítico 2:13: E em toda oferta vegetal apresentada colocarás sal.
Que não falte à tua oblação o sal do Pacto do Senhor Jeová, teu
Deus. Em todas as tuas ofertas oferecerás sal. (Mc 9:49; Nm 18:19)
A oferta de primícias. Detalhes no oferecimento das oblações das primícias (Rm 11:16). Cristo, as
primícias para Israel, e para a Igreja. Um punho das primícias era queimado para santificar a oferta das
primícias que eram repassadas aos sacerdotes. Esta era a massa da qual Paulo falava em Romanos
11:26
Levítico 2:14: E, se ofereceres ao Senhor Jeová uma oferta vegetal
(“oblação de manjares”) de primícias, apresentarás a espiga madura
tostada ao fogo, e farás uma pasta. (Lv 23:10, 14)
Azeite e incenso – O Espírito Santo é o cheiro grato diante de Deus sobre o cheiro próprio do elemento.
O poder intercessório do Espírito Santo
Levítico 2:15: E derramarás azeite sobre ela, e logo colocarás
incenso de especiarias aromáticas sobre ela. É oferta vegetal (“oblação
de manjares”).
Se as primícias são santas, o resto da massa o é. Daqui Paulo tirou aquela preciosa revelação descrita
em Coríntios (1 Co 15:20). Esta parte das primícias – um punho, um memorial – foi queimada,
enquanto a parte que restou sobreviveu: O corpo de Cristo. As Marias entenderam que Cristo era a
oferta de manjar, e derramaram sobre ele o incenso de especiarias aromáticas (Mc 14:6-9)
Levítico 2:16: E o sacerdote queimará o memorial da oferta
(“punhado de farinha”), uma parte da pasta untada com o seu azeite, e
todo o incenso. É oferta queimada ao Senhor Jeová. (Lv 2:2)

II - Levítico 23:10: “Fala aos filhos de Israel: Quando tiverdes


chegado à terra que eu vos prometi dar, ao recolherdes a vossa
colheita, trareis um ômer* (“2,2l”) de espigas, os primeiros frutos (“as
primícias”) da vossa colheita ao sacerdote. (Êx 23:16, 19; 34:22, 26)*tb. traduzido
como gômer
Este texto é um dos mais preciosos dentre aqueles que revelam os princípios da ressurreição de Cristo!
Observar que o movimento da oferta (dando vida) é feito na manhã seguinte do sábado. Isto é, o
movimento é feito no domingo pela manhã, algo que revela claramente os movimentos da ressurreição
de Cristo, fato que explica a razão pela qual era necessário que a pedra do sepulcro se movesse, mesmo
que seu corpo pudesse traspassá-la. Era necessário o movimento, e a pedra foi um símbolo de
testificação deste mover. Porque ele era as primícias dos que dormem (1 Co 15:20), e como tal não
poderia ser tocado por ninguém antes de sua apresentação diante do Pai

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Levítico 23:11: E ele levantará as espigas (“ômer”), balançando-a
como oferta diante do Senhor Jeová, para que vos seja propício
(“aceito”). O sacerdote as moverá na manhã seguinte do dia de
descanso (“shabbat”).
As ofertas de manjar (“ou vegetal”) sempre acompanhavam o sacrifício de um animal, as primícias
também. Nada poderia substituir o sangue derramado para expiação
Levítico 23:12: E, no dia em que oferecerdes as espigas, oferecereis
em holocausto um cordeiro sem mancha, de um ano, ao Senhor
Jeová.
A oferta vegetal ou de manjar com pão e vinho é o tipo perfeito da Ceia do Senhor, pois ela sempre é
apresentada com o sacrifício animal, sendo ela uma oferta vegetal (de trigo); e, através dela, podemos
observar por que Jesus introduziu o pão e o vinho na sua Ceia, na ocasião em que promulgou o Novo
Pacto de seu sangue. Jesus tinha entendimento perfeito a respeito desta oferta. Esta oferta é um
memorial da Ceia realizada por Cristo (Mt 26:25-26), a outra oferta de manjar (ou vegetal) já será tipo
da Ceia do Senhor realizada pelos apóstolos. A libação (com vinho) nunca poderia acompanhar a oferta
do pecado ou da culpa: novo tipo da exigência da Ceia do Senhor. Nenhum sacrifício tirava o pecado,
mas todos apontavam para Cristo
Levítico 23:13: E a sua oferta vegetal (“de manjares”) será de dois
décimos de um efa (“4,44l”) de farinha de trigo amassada com azeite.
Será oferta queimada de cheiro agradável ao Senhor Jeová, e a sua
libação será de um quarto de him (“950ml”) de vinho. (Lv 2:14-16)
Primícias são primícias. Não podemos nos antecipar no desfrutar de nossos benefícios sem termos
cumprido com o nosso dever diante de Deus. Somente nos pães das primícias era permitido o uso do
fermento. Levítico 2:12: “Somente podereis oferecer com tais elementos, se for oferta (“oblação”) de
primícias (“os primeiros frutos”), mas jamais subirão ao altar como oferta queimada de cheiro
agradável ao Senhor Jeová”
Levítico 23:14: E não comereis pão fermentado, nem grão tostado,
nem espigas frescas, até o dia em que ofertares a oblação (“oferta de
manjar”) diante do vosso Deus. Será estatuto perpétuo para vossa
posteridade, em todas as vossas moradas.
(4) Festa de Pentecostes: O que fazer? Uma nova oferta (1) vegetal (tipo da Ceia do Senhor),
juntamente com a (2) oferta animal (tipo do corpo de Cristo) e as primícias de cada casa (ofertas da
fazenda) – no fim da festa das semanas. Um tipo poderoso da vinda do Espírito Santo e da grande
colheita de almas através do ministério de Pedro (At 2:1-4; Lc 18:12; Mt 28:1)
Levítico 23:15: E contareis sete semanas completas, desde o
primeiro dia depois do sábado da Páscoa, ou seja, desde o dia que
trouxerem o ômer (“2,2l”) da oferta de movimento. (Dt 16:9)
Quando? Depois de sete sábados e mais um domingo: 50 dias. Desde o dia da celebração da
ressurreição de Cristo (23:11) até a chegada do Espírito Santo sobre a Igreja; isto é, até ao domingo
do Pentecoste: Dia de oferta vegetal (ou de manjares), o maior tipo da Ceia do Senhor – celebrada no
domingo; justamente celebrada pela Igreja Primitiva, porque a oferta de manjares nunca era
apresentada independente do sacrifício animal – por isso, na mesa do Senhor temos pão (da oferta de
manjar) e vinho (como memorial do sangue do Cordeiro, 1 Co 16:8)
Levítico 23:16: até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis
cinquenta dias; então, oferecereis uma nova oferta vegetal (“de
manjares”) ao Senhor Jeová. (Nm 28:26)
O pão das primícias é o tipo do corpo de Cristo que recebeu o Espírito Santo (Mt 13:33). O efa era a
medida da quantidade do trigo dedicado às ofertas de ações de graça. Mas sempre tem um poder
espiritual contrário às nossas ofertas de ação de graças que querem o domínio de nossas medidas (Zc
5:6, 7), o qual deve ser dominado e lançado fora de nossos domínios (Zc 5:10, 11). As duas mulheres
vistas em Zacarias são tipos da Igreja e da nação de Israel que levarão aquela mulher ímpia para a
destruição, a Falsa Igreja (Ap 18). Os dois pães: Geralmente, dedicamos a Deus dez por cento de
nossos dízimos, e o mínimo de dez por cento de ofertas voluntárias. Estas ofertas são a nossa
manifestação de ações de graças por tudo o que Deus faz por nós e por nossa família

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Levítico 23:17: E da vossa morada trareis dois pães para oferta
alçada em movimento; pães cozidos com dois décimos de um efa
(“4,44l”) de flor de farinha de trigo, com levedura, como primícias
para o Senhor Jeová. (Nm 15:17-21; Lv 2:12; 7:13)
Sacrifícios e oferta de manjar completa (tipo da Ceia do Senhor) e o holocausto tipo da morte
substitutiva de Cristo (Dt 21). Lá, em Levítico, capítulo 9, temos pela primeira vez todos os
fundamentos das ofertas de uma só vez: (1) Sacrifício expiatório pelo pecado; (2) holocausto; (3)
sacrifício pacífico: Levítico 9:2: (1) “oferta de sacrifício expiatório pelo pecado e (2) um carneiro sem
defeito para holocausto”. Levítico 9:3: “Um (1) bode como oferta de sacrifício expiatório pelo pecado;
um (2) bezerro, um cordeiro, sem defeitos, para holocausto”. Levítico 9:4: Um (3) novilho e um
carneiro como ofertas pacíficas ao Senhor Jeová, e uma oferta vegetal (“de manjar”) misturada com
azeite, porque hoje o Senhor vos aparecerá”. Agora, no capítulo vinte e três, temos uma repetição dos
mesmos sacrifícios, com pouca diferença. Cada um deles tem um significado, um detalhe importante
que termina em Cristo. (1) O sacrifício pelo pecado era oferecido no altar de sacrifícios, no átrio do
Tabernáculo – Então ele é tipo da morte de Cristo por sua nação. (2) Os holocaustos eram oferecidos
(imolados) diante do altar, sua gordura (queimada) e o seu sangue (posto nos chifres e derramado ao
redor do altar) eram apresentados no mesmo altar, mas eram a cabeça, carne, couro e excrementos
eram queimados fora da porta, em outro altar – Então ele é tipo da morte de Cristo por todo o mundo,
pois foi oferecido fora da porta. (3) As ofertas pacíficas eram compostas de animais limpos com os bolos
ou pães. Se estivessem sem os bolos e sem os pães não poderiam ser consideradas como ofertas
pacíficas, pois esta oferta era composta de animal e vegetal – sangue e trigo. Em outras palavras, as
ofertas de manjares se juntavam às ofertas de sacrifício e formavam uma só: A oferta pacífica – Então
ela é tipo da Ceia do Senhor, pois o Cordeiro de Deus foi imolado, e nós continuamos, como memorial,
oferecendo os pães ao lado do vinho (1 Co 11:25)
Levítico 23:18: E juntamente com o pão oferecereis sete cordeiros
sem mancha, de um ano, um novilho e dois carneiros para
holocausto ao Senhor Jeová, acompanhados de uma oferta vegetal
(“de manjar”) e uma libação (“vinho”). Serão ofertas queimadas de
cheiro agradável ao Senhor Jeová.
Levítico 7:11-15: Um bode como oferta de expiação pelo pecado. Dois cordeiros como oferta
de sacrifício pacífico. Observar que a oferta de ação de graças era oferecida como sacrifício
pacífico. O sacrifício pacífico, ausente de toda culpabilidade, tinha algumas diversidades: (1)
Com louvor (ação de gratidão); (2) pães sem fermento – lembrando a saída do Egito e libertação
total da escravidão de Faraó, e sem fermento, porque o poder da escravidão não se expandiu,
nem o poder do pecado os alcançará novamente; (3) tortas ou pães untados ou misturados com
azeite – algumas vezes na vida sentimos que não crescemos (sem fermento), mas estamos
vivendo sob a unção do Espírito Santo; (4) bolos fritos com muito azeite – veja como começamos
(sem fermentos), e comparemos onde chegamos: Temos pães fritos com muito azeite. Estas fases
de nossa vida e de nosso ministérios se aprimoram à medida da nossa obediência. Então, enfim,
chegamos ao crescimento: Pães fermentados (Mt 13:33). Esta oferta do sacrifício pela paz ou
sacrifício pacífico nos traz ensinamentos poderosos que explicam a nosso crescimento na fé e na
maturidade. Por outro lado, a oferta de sacrifício pacífico poderia ter várias motivações. Uma das
motivações do sacrifício pacífico era a ação de graças, isto é, a oferta de sacrifício pacífico era
oferecida em gratidão a Deus por uma bênção recebida. Não era um ato de palavras, de cartas
escritas, era uma oferta que custava ao agradecido. Em alguns lugares do mundo tornou-se um
costume oferecer “cultos em ações de graças” vazios, sem oferta, sem nenhum tipo de gratidão;
mas isto não é uma oferta de ação de graças, pois não tem ação nenhuma. Mas alguns
questionam: “Mas Cristo já cumpriu todo o sacrifício”. É verdade, ele ofereceu um sacrifício
único, mas a oferta de manjar ou a oferta pacífica poderia ser oferecida sem o animal a ser
sacrificado. Isto quer dizer que a oferta pacífica era a companhia do bezerro ou outro animal
limpo como o carneiro. O animal que era acompanhado com a oferta de manjar morria,
enquanto que a oferta de manjar era oferecida em parte, isto é, um punhado dela apenas – um
pouco da massa (Rm 11:16). O resto era comido pelo sacerdote. Por isso, na mesa do Senhor,
temos o pão (símbolo da oferta de manjar, ou oferta vegetal, e como é uma oferta de ação de
graças que poderia ser com ou sem fermento) e o vinho (que fala do sacrifício do sangue
derramado, que equivale ao sacrifício efetuado por Cristo). Isto significa que a Ceia do Senhor
tem no pão a oferta de manjar e no vinho o memorial do sangue do Cordeiro de Deus. Logo, a
Ceia do Senhor é uma oferta de Ação de Graças e um sacrifício de oferta pacífica diante de Deus,
em memória de Cristo. A escala de valores para uma oferta incluía (1) o cordeiro, (2) as
pombinhas ou (3) uma massa de trigo para os pobres dos pobres, mas nenhuma alma poderia
aparecer diante de Deus de mãos vazias (Lv 5:11-13). O punhado da massa que, ao ser tirado
pelo sacerdote e lançado no fogo do altar, é tipo de Cristo, que representa as nossas primícias

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queimadas para que o resto da massa, que somos nós, os membros de seu corpo fôssemos
santificados. O sacrifício de animal em ação de graças poderia ser acompanhado com ofertas
vegetais (ou de manjares) levedadas. O louvor grato, sem pecado, sem culpa, poderia sem
ofertado com fermento. Somente neste caso, o Espírito Santo é tipo da levedura da massa (Mt
13:33). Isto significa que, embora a obra o Espírito Santo tenha começado, mas tenha sido
interrompida sobre a primeira parte da massa (as nações), e o mesmo tenha acontecido com a
segunda parte da massa (Israel), certamente há de se completar na terceira parte da massa (a
Igreja), para depois completar a fermentação de toda a massa (o Reino de Deus). Quando havia
culpa ou pecado, isto é, quando a oferta era apresentada com culpa e pecado, não poderia conter
levedura ou fermento. Era uma oferta de sofrimento e pesar e não de alegria como era o sacrifício
pacífico. Quem aspergia o sangue tinha direito ao restante da oferta

TERCEIRA AULA
3. POR QUE O AGRÔNOMO FOI CHAMADO DE
LOUCO E TEVE QUE MORRER? POR QUE É
PERIGOSO GUARDAR DINHEIRO SEM
PROPÓSITO? POR QUE AS TRAÇAS E OS
LADRÕES VEM SOBRE UMA PESSOA
AVARENTA?
O rico sem juízo (Lc 12:16-21): Na história do empresário
rico que construiu mais celeiros temos muitas revelações
que culminam na exortação que não devemos andar
ansiosos e que o Reino de Deus tem primazia entre os
nossos interesses: Nesta parábola o economista e
empreendedor Jesus Cristo nos ensina sobre o campo de
produção e sobre a importância da distribuição dos
produtos.
Ele deixa claro que não é em apenas uma semeadura e
em uma única colheita que haveremos de dar
tranquilidade à nossa ansiedade sobre (a) a vida, (b) à
comida, (3) sobre a saúde corporal e (4) sobre o que
havemos de vestir no amanhã. A função do campo de
produção é treinar a perseverança do empresário, e
manter a tradição constante relativa à continuidade da
vida produtiva empresarial e familiar.
O nosso Criador não nos deu frutos terrenos que
perduram por anos; ele nos deu frutos no campo para que
sejam compartilhados; por isso todos os nossos bens e
produtos são perecíveis, porque necessitamos negociá-los
com o fim de os compartilhar com a humanidade. Se isso
não acontecer dessa maneira, o Criador cancela o
arrendamento da nossa empresa e nos tira o direito de
viver na terra dos viventes, porque os avarentos não têm
parte útil neste mundo (Lc 12:16).

48
Na parábola, o campo havia produzido abundantemente,
isto é, era uma amostra da misericórdia de Deus; a
colheita era para ser distribuída, mas ele se cansou e
queria ajuntá-la para seu único e exclusivo benefício. Mas,
o empresário não queria arar, plantar e regar de novo; ele
queria guardar os grãos do seu ano quinto (Lv 18:24,25)
para seu único sustento. Então chegou a hora de deixar
este mundo, enquanto o seu grande negócio seria
entregue à administração do Governo.
Quem não produz para a humanidade tem que ser
retirado, porque logo lhe pedirão a sua alma; ou
empresário adoecerá ou o matarão. O Mestre ensina
também que o empresário não pode viver só, sem amigos,
sem conselho.
O empresário da parábola “discorria consigo mesmo”.
Assim são os empresários avarentos. A avareza é o algoz
dos grandes empresários, dos grandes produtores (Lc
12:17), sem falar na traça e nos ladrões.
O avarento fala sozinho.
O avarento guarda as suas riquezas como se elas fossem
de outro. Por isso que a voz que lhe pergunta, diz: “E o
que tens, para quem será?” Isto prova que ele não tinha
esposa, filhos, amigos. Por isso ele discorria sozinho.
A terceira coisa que o mestre nos ensina no verso 17 é
que todo empresário deve ter vários depósitos; isto é uma
grande segurança.

QUARTA AULA
4. AS PRIMÍCIAS EM JERICÓ - O SEGREDO DA
LONGEVIDADE DE JOSUÉ E CALEBE. COMO
ELES SE MANTIVERAM JOVENS ATÉ POR AS
MÃOS NAS PROMESSAS DE DEUS PARA ELES?
A conquista de Jericó: a cidade-primícias. As primícias da conquista da terra. Nenhuma conquista
humana será perpétua sem que primeiramente se entreguem as primícias da sua conquista no
tesouro da Casa de Deus; todas as outras cidades seriam de Israel se Jericó fosse entregue ao
Senhor. (Devemos ler este capítulo juntamente com o capítulo 2 e Números 13)
Josué 6:1: Ora, Jericó (“lugar de fragrância”) estava fortemente
fechada por causa dos filhos de Israel. Ninguém saía, nem
entrava.

49
A primícia da nossa conquista já nos foi dada, o nosso dever é reconhecer que ele não nos
pertence. Como os cachos de uvas que foram trazidos da terra antes da sua conquista (Nm
13:20-26), que eram uma prefigura de Jericó, a cidade-primícias
Josué 6:2: E o Senhor Jeová disse a Josué: “Olha, entrego em
tua mão a Jericó (“lugar de fragrância”), o seu rei e os seus valentes
guerreiros. (Js 2:9, 24; Dt 7:24)
A perseverança era necessária. O silêncio era necessário. Haveria jejum de opinião e atos de
obediência. Cada dia, uma volta, cada volta um terror para os habitantes da cidade. E assim é
que Deus trabalha, com tempo, com perseverança, com paciência. O homem somente é capaz
de dar uma volta. Seis é o número do homem, sete é o número de Deus. Com Deus poderemos
fazer proezas, mas de nós mesmos, com muito custo, podemos dar uma volta
Josué 6:3: Vós, pois, todos os homens de guerra, circundarão a
cidade, cercando-a uma só vez. E isto fareis durante seis dias.
O sétimo dia é o dia da volta executada com Deus! Dia de louvor, de fazermos em um dia aquilo
que não pudemos fazer em seis dias. É o dia do milagre
Josué 6:4: E sete sacerdotes portarão sete trombetas de chifres
de carneiro (“shofares”) adiante da Arca; e, ao sétimo dia,
rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as
trombetas. (Nm 10:8)
Os muros não caíram, senão Raabe teria morrido. Os muros afundaram. O povo facilmente
entrou na cidade. Deus abaixou os muros para Israel entrar. Ele já havia contido as águas do
mar Vermelho e as águas do rio Jordão, agora estava afundando os muros de Jericó. O povo
entrou ali sem usar as portas, pois entrou por cima dos muros. Paulo escreve que as armas da
nossa milícia são poderosas em Deus para a destruição de fortalezas (2 Co 10:4). As armas da
nossa milícia estão à nossa disposição juntamente com a armadura de Deus (Ef 6:10-17). As
armas da nossa milícia são as armas do Espírito: Josafá conheceu a arma do louvor, Davi
conheceu a arma da oração, Paulo conheceu a arma da concordância, Ezequias conheceu a
arma da humilhação, Zacarias conheceu a arma do incenso, Arão conheceu a arma da confiança,
Josué conheceu a arma da obediência e da submissão, Moisés conheceu a arma da provisão no
deserto e o poder do braço de Deus nas suas mãos simbolizado naquela vara; Jesus conheceu a
arma da fidelidade e do cumprimento dos mandamentos de Seu Pai, Pedro conheceu a arma do
dom do Espírito Santo, Israel conheceu as armas do júbilo, da marcha, do louvor e da
perseverança que afundaram Jericó; Golias experimentou contra si mesmo o poder da arma da
invocação do Deus dos Exércitos, Miguel conhece as armas da Palavra do testemunho e do
Sangue do Cordeiro; Isaque conheceu o poder da arma da semeadura; José e Daniel conheceram
as armas da revelação de sonhos; Jeremias e Ezequiel conheceram o poder das armas da Palavra
profética; Elias experimentou o poder do fogo de Deus e Josué o poder do granizo que desceu
do céu; Elizeu experimentou o dom de conhecimento e com ele podia saber o que acontecia no
leito do rei inimigo. Assim, as armas das nossas milícias são poderosas em Deus para destruição
de fortalezas
Josué 6:5: E será que, quando tocarem prolongadamente as
trombetas de chifres de carneiro, ao ouvirdes o seu sonido, todo
o povo gritará com potente alarido; então, o muro da cidade
ruirá, e o povo subirá nele, cada qual pelo lugar que estiver em
frente de si”. (Lv 25:9)
Cada trombeta representava o poder do Espírito Santo sobre os sete poderes das terras dos
cananeus. O cananeu, o heteu, o heveu, o ferezeu, e o girgarseu, e o amorreu e o jebuseu. Os
espíritos malignos que atuavam ali estavam com os seus dias contados. A Arca caminha atrás
dos sete sacerdotes, assim como Cristo, na sua humanidade, estava sendo dirigido pelo Espírito
Santo (Is 11:2,3). Os próximos três versos prefiguram a obra do Espírito Santo na vida de Cristo,
depois da sua encarnação. Os sete sacerdotes representam aos sete Espíritos de Deus que
atuaram na vida humana de Cristo desde a sua geração até a sua ressurreição
Josué 6:6: Então, Josué, filho de Nun, convocou os sacerdotes,
e disse-lhes: “Tomai a Arca da Aliança; e sete sacerdotes levem
sete trombetas de chifres de carneiro adiante da Arca do Senhor
Jeová”.

50
A posição dos sacerdotes: Adiante da Arca
Josué 6:7: E Josué disse ao povo: “Passai e rodeai a cidade, e
quem estiver na vanguarda passe adiante da Arca do Senhor
Jeová”. (Êx 14:15)
A posição da Arca: Atrás dos sete sacerdotes. A posição do exército dos homens experimentados
na guerra e a posição da congregação
Josué 6:8: E aconteceu que, quando Josué falou ao povo, os sete
sacerdotes, que levavam as sete trombetas de chifres de
carneiros, passaram adiante da Arca do Senhor Jeová e as
tocaram, e a Arca da Aliança do Senhor Jeová seguiu após eles.
A posição do exército dos homens experimentados na guerra (na frente dos sacerdotes, tipo do
ministério dos anjos de Deus), e a posição da congregação (atrás da Arca, pois o povo de Deus
segue a Cristo)
Josué 6:9: E os homens da vanguarda marchavam à frente dos
sacerdotes que tocavam as trombetas; e a congregação seguia
na retaguarda, atrás da Arca, e os sacerdotes tocavam as
trombetas continuamente. (Js 6:13; Is 52:12)
O trabalho da congregação: Cada grupo tinha a sua missão, e a missão da congregação era
bradar. O seu brado seria fundamental; milhares de pessoas bradando e marchando causaria um
efeito poderoso ao redor de Jericó. A batalha não era física, era espiritual. A obediência do povo
era esperada. O grito do povo seria fundamental na hora certa
Josué 6:10: Porém, Josué ordenara ao povo, dizendo-lhe: “Vós
não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem pronunciareis
palavra alguma com vossa boca, até ao dia em que eu vos diga:
Gritai! Então, gritareis”.
Os limites da força humana demonstrados – o primeiro dia. Deus queria mostrar o que o homem
poderia fazer: Nada, sem ele. Deus podia fazer a grande maravilha em um só dia, mas ele sabe
como provar a nossa perseverança e obediência
Josué 6:11: Assim, pois, com a Arca do Senhor Jeová rodearam
a cidade, contornando-a uma só vez. E voltaram logo ao
acampamento e ali passaram a noite.
A disposição dos sacerdotes: Levantar a Arca. Cristo deve ser o centro de atração e de disposição
diante do povo, e este é o trabalho dos sacerdotes. Cristo deve ser levantado na nossa vida a
cada manhã: A nossa disposição para enfrentar as batalhas diárias
Josué 6:12: E, levantando-se Josué de madrugada, os sacerdotes
levantaram novamente a Arca do Senhor Jeová.
O som que saía dos shofares é o tipo da vitória do silêncio do Cordeiro sobre o poder do pecado;
os animais mudos que desciam para o sacrifício agora emitiam sons através dos homens, pelos
shofares, anunciando que o sacrifício fora feito, e que o inimigo não tinha mais poder sobre o
povo de Deus. Todos estavam em suas posições, sob a bênção da obediência. Tudo estava
cumprido, o batismo, a vitória sobre a morte, a circuncisão da nova geração, a Páscoa celebrada.
Havia um fundamento atrás do povo, ele não estava ali por estar. Nossas vitórias são organizadas
por Deus de acordo com a nossa obediência
Josué 6:13: E os sete sacerdotes que portavam as sete trombetas
de chifres de carneiros iam diante da Arca do Senhor Jeová,
marchando e tocando as trombetas continuamente, e os
homens da vanguarda iam adiante deles, e a congregação ia na
retaguarda, depois da Arca do Senhor Jeová, enquanto os
sacerdotes tocavam as trombetas continuamente. (Js 6:4, 9)
Os limites da força humana demonstrados – o segundo dia. Deus queria mostrar o que o homem
poderia fazer: Nada, sem ele. Deus podia fazer a grande maravilha em um só dia, mas ele sabe

51
como provar a nossa perseverança e obediência. Assim, a provação durou seis dias. O tratamento
dos seis dias, um após o outro, era com Israel. Somente no último dia ele trataria com Jericó
Josué 6:14: Da mesma forma, no segundo dia, rodearam a
cidade outra vez, e retornaram ao acampamento. E assim
fizeram durante seis dias.
Aquilo que não foi feito nos seis dias de nossa espera, em provação, será feito em um único dia.
O sétimo dia completará a obra da nossa obediência. Deus nos mostra que o homem não deve
murmurar por causa da provação de sua capacidade, apta para rodear a cidade uma vez, mas
deve gloriar-se no seu Deus, pois ele é capaz de nos fortalecer, pelo seu Espírito, a marcharmos
além de nossos limites, quando temos uma meta a cumprir
Josué 6:15: E aconteceu que, no sétimo dia, madrugaram
quando despontava a alva e, do mesmo modo, circundaram a
cidade sete vezes. Somente no sétimo dia deram sete voltas na
cidade.
Somente naquele dia rodearam a cidade sete vezes. Entre o exército e a Arca, os sacerdotes
tocaram; atrás da Arca, a congregação bradou: Uma estratégia de guerra perfeita
Josué 6:16: E aconteceu que, na sétima vez, quando os
sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: “Gritai,
porque o Senhor Jeová vos entregou a cidade.
A cidade-primícias: A cidade consagrada. Raabe foi atrevida em fazer o bem e conquistou a sua
salvação. Qualquer pessoa, família, instituição ou empresa que desejar conquistar um domínio
ou mercado necessita consagrar a sua primeira conquista – a sua Jericó – , ao Senhor. Jericó
significa “doce fragrância”, e esta doce fragrância deve ser depositada no altar do Senhor, para
que todas as outras cidades sejam conquistadas. Muitos, aparentemente conquistam as suas
cidades, mas depois as perdem; não encontram nem transmitem segurança para seus clientes
ou amigos, clientes ou provedores. O ato de Raabe ter escondido os espias redundou em sua
salvação. Ela usou a sua fé, investiu e, por isso, conquistou
Josué 6:17: Mas a cidade será consagrada (“anátema”) ao Senhor
Jeová, ela e todas as coisas que estão dentro dela. Somente
Raabe, a prostituta, viverá; ela e todos os que estiverem com ela
em casa; porquanto escondeu os mensageiros que enviamos. (Lv
27:28; Js 2:4)
Quando tocamos e nos apropriamos daquilo que foi consagrado, passamos a ter o mesmo destino
daquilo que é consagrado: Perde-se o direito de viver no acampamento como uma pessoa livre,
pois torna-se anátema. Mas como este não é o propósito da pessoa, ela passa a ser maldição no
meio do povo, pois apropriou-se dos bens do tesouro de Deus; por isso sua vida será procurada
pela maldição correspondente a este terrível ato, além de contaminar o povo onde vive. Anátema
é tudo aquilo que foi dedicado ou prometido e não foi entregue ainda – o verdadeiro sentido da
palavra consagrada a quem de direito
Josué 6:18: Tão-somente guardai-vos das coisas consagradas
(“anátemas”) a Deus, para que não aconteça que vos façais a vós
mesmos anátemas, apropriando-vos do que é consagrado e,
assim, tornareis em objeto de destruição o acampamento de
Israel, e o perturbareis. (Dt 7:1, 25, 26)
Os bens, as preciosidades de Jericó não poderiam ser possessão de ninguém. Deveriam ser
consagrados ao Senhor. Todos os bens da primeira conquista deveriam ser consagrados aos
tesouros do Senhor Jeová
Josué 6:19: E toda a prata, e o ouro, e os vasos de bronze e de
ferro são consagrados ao Senhor Jeová; devem ingressar no
tesouro do Senhor Jeová”.
O momento sincronizado da obediência à Palavra de Deus e a grande vitória. Nenhuma porta
precisou ser aberta, Deus afundou os muros de Jericó e o povo entrou por cima dos seus muros

52
Josué 6:20: Então, o povo gritou, e os sacerdotes tocaram as
trombetas. E aconteceu que, quando o povo ouviu o sonido das
trombetas, levantou um grande alarido, e as muralhas ruíram,
de modo que o povo subiu à cidade, cada qual pelo lugar que
estava em frente de si, e tomaram a cidade”. (Lv 25:9)
A cidade inteira tornou-se em anátema; toda ela tornou-se as primícias da conquista de Israel, a
fim de que as outras cidades fossem entregues ao povo de Deus
Josué 6:21: E destruíram completamente tudo o que havia na
cidade, tanto homens como mulheres, jovens ou velhos, e até
os bois, ovelhas e jumentos, ao fio de espada. (Dt 7:2; 20:16)
A salvação de Raabe e de sua família: Conforme fora combinado, ela permaneceu na sua casa
com a sua família, à espera da sua salvação. Não se tem notícia de que alguém tenha saído à rua
confiado na promessa de salvação, pois o trato era a permanência de toda a sua família dentro
da sua casa, simbolizando a nossa salvação, assim como nós estamos no Corpo de Cristo e não
fora dele, pois esta é a condição: “Se tivermos comunhão uns com os outros, se permanecermos
na luz, como Jesus Cristo está na luz”. O poder do evangelismo salvou a família de Raabe; ela
não foi egoísta, mas lutou pela sua família; que exemplo! Veja a importância do fio de escarlata
na janela da sua casa; este fio profético vem simbolizando a semente de Cristo desde os dias de
Tamar (Gn 38:27), a semente que não vem pela vontade da carne nem pela vontade do varão,
senão pela vontade de Deus; um sinal do sangue de Cristo em nossos corações. Tal fio escarlata
teve o mesmo fim que as marcas de sangue tiveram nas portas das casas de Israel, quando o anjo
da morte passou para matar os primogênitos do Egito: Resgatá-los do poder da morte
Josué 6:22: E Josué disse aos dois homens que reconheceram a
terra: “Entrai na casa da mulher prostituta e tirai-a dali com
tudo o que for dela, como lhe jurastes”. (Js 2:14; Hb 11:31)
A salvação muda a nossa cidadania: Passamos a ter uma nova cidadania (Sl 87:4,5)
Josué 6:23: Então, os jovens emissários entraram e trouxeram
a Raabe, e o seu pai, e a sua mãe, e a seus irmãos, e a tudo o
que era dela. E também tiraram a toda a sua parentela e os
puseram fora, a salvo, no acampamento de Israel. (Hb 11:31; Js 2:13)
A cidade inteira foi oferecida como holocausto, e foi queimada como doce fragrância diante de
Deus, tal qual era o seu nome
Josué 6:24: Mas a cidade e tudo quanto havia nela queimaram-
no a fogo. Tão-somente a prata, o ouro e os vasos de bronze e
de ferro ingressaram no tesouro da casa do Senhor
Deus nunca faz nada sem demonstrar a sua misericórdia: Raabe e a sua família foram salvas.
Ganhou nova cidadania e um destaque na família de Israel (Mt 1:5), e ela será bisavó de Davi
Josué 6:25: No entanto, Josué conservou com vida Raabe, a
prostituta, o povo da casa de seu pai e a tudo quanto tinha. E
ela viveu no meio de Israel até ao dia de hoje, porque ocultara
os emissários que Josué enviara a espiar Jericó (“lugar de
fragrância”). (Hb 11:31)
O preço da reedificação de Jericó: A vida do primogênito e do filho menor. Este era o costume
assírio de edificação de uma cidade
Josué 6:26: Então, naquele tempo, Josué fez um solene
juramento com o povo, dizendo: “Maldito seja, diante do
Senhor Jeová, o homem que se levantar e reedificar esta cidade
de Jericó (“lugar de fragrância”). Com a perda do seu primogênito
lançará os seus fundamentos e, à custa do seu filho mais novo,
assentará as suas portas”. (1 Rs 16:34)

53
O que um homem pode fazer quando Deus é com ele?
Josué 6:27: Assim, era o Senhor Jeová com Josué; e a sua fama
se divulgava por toda aquela terra. (Js 1:5; 9:1, 3)
Josué, capítulo sete (7)
Acã e o consagrado: Josué não estava fazendo nada por si mesmo, mas obedecendo as palavras
do Senhor que foram ditas a Moisés em Deuteronômio, capítulo sete, especialmente o verso 26.
Ali estava descrita toda a situação que ele enfrentaria em cada cidade, a começar por Jericó, no
que concerne ao anátema (comparar Dt 7 com Js 7)
Josué 7:1: Mas os filhos de Israel prevaricaram concernente às
coisas anátemas (“colocadas de lado”), porquanto Acã (“perturbador”),
filho de Carmi (“minha vinha”), filho de Zabdi (“dotação”), filho de
Zerá (“crepúsculo”), da tribo de Judá, se apropriou das coisas
anátemas, pelo que a ira do Senhor Jeová se acendeu contra os
filhos de Israel. (Js 6:17-19)
O orgulho já havia tomado o coração dos capitães de Josué. Mas este orgulho irá lhes custar
muito caro. Muitas vezes os subalternos se sentem tão grandes quanto os seus líderes. Mas este
orgulho vai lhes custar muito caro
Josué 7:2: Então, Josué enviou alguns homens de Jericó a Ai
(“monte de ruínas”), que está junto a Bete-Áven (“casa da iniquidade”),
ao oriente de Betel, e lhes falou, dizendo: “Subi e reconhecei a
terra”. E aqueles homens subiram, e reconheceram a Ai.
O orgulho era tão cruel quando a ganância de Acã, ao tocar no anátema. A cidade estava
vencida, mas por causa do orgulho e da avareza, Israel será derrotado diante de uma cidade em
ruínas, Ai
Josué 7:3: E retornaram a Josué e lhe disseram: “Não suba todo
o povo, senão que subam dois ou três mil homens para ferir a
Ai (“monte de ruínas”). Não fatigueis a todo o povo indo ali, porque
os inimigos são poucos”.
Se o povo subisse com cinco mil ou com dez mil, seria derrotado, pois Acã já havia tocado no
anátema
Josué 7:4: De maneira que subiram do povo uns três mil
homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai. (Lv 26:17; Dt
28:25)
Ai perdeu o temor de Israel. O temor era colocado por Deus sobre os inimigos de Israel. Tocar
naquilo que é consagrado a Deus custa um preço muito alto
Josué 7:5: E os homens de Ai feriram a uns trinta e seis homens
deles, e a outros perseguiram, desde o portão da cidade até
Sebarim (“brechas”), e os castigaram na descida. E o coração do
povo se derreteu e se tornou como água.
Momentos e atitudes que tocam o coração de Deus – e Deus revela o que está escondido.
Quando os líderes se humilham e oram, o oculto é revelado
Josué 7:6: E Josué rasgou as suas vestes e se prostrou com o seu
rosto em terra diante da Arca do Senhor Jeová até à tarde, ele
e os anciãos de Israel; e lançaram pó sobre as suas cabeças. (Jó
2:12; Ap 18:19)
Nos momentos de humilhação também falamos bobagens; revelamos o verdadeiro desejo do
nosso coração: Permanecer tranquilos nas nossas pequenas conquistas

54
Josué 7:7: E disse Josué: “Ah! Senhor Deus! Por que fizeste
passar o Jordão a este povo? Para nos entregares nas mãos dos
amorreus, para nos destruírem? Não seria melhor que nos
contentáramos em ficar do outro lado do Jordão? (Êx 5:22)
Quando há humilhação, Deus transforma a derrota em tática de guerra que espantará os
inimigos
Josué 7:8: Ó Senhor, que direi, depois que Israel virou as costas
diante dos seus inimigos?
Há momentos que Deus não quer que nos prostremos em terra; quer que atuemos de outra
maneira
Josué 7:9: Porque quando os cananeus e todos os habitantes da
terra ouvirem isto, nos cercarão e extinguirão nosso nome da
face da terra; então, que farás pela honra do teu grande Nome?”
(Êx 32:12; Dt 9:28)
Quando Deus se aborrece com as nossas orações: quando temos que agir
Josué 7:10: Então, disse o Senhor Jeová a Josué: “Levanta-te!
Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto em terra?
Quebrantaram os mandamentos e promessas de Deuteronômio sete. Como o pecado de Adão,
assim foi o pecado de Acã – envolveu a toda a nação (Rm 5:12)
Josué 7:11: Israel pecou, e também transgrediram o meu Pacto,
aquilo que lhes ordenara. E ainda tomaram das coisas
consagradas (“anátemas”), roubaram, e também dissimularam, e
até debaixo das suas próprias bagagens o puseram. (Js 6:17, 18; 7:1;
At 5:1, 2)
Resultado do roubo daquilo que é consagrado: Israel não poderá estar erguido diante de seus
inimigos; continuarão virando as costas diante de seus inimigos; Deus não será mais com ele –
a menos que haja (1) eliminação dos anátemas do arraial e (2) santificação do povo
Josué 7:12: Portanto, os filhos de Israel não puderam estar de
pé diante de seus inimigos. E continuarão virando as suas costas
diante deles, porquanto os filhos de Israel se tornaram anátemas
(“colocadas de lado”). Já não serei convosco, a menos que destrua
do meio de vós os anátemas.
A santificação era um ato que custava ao povo, segundo os padrões de Levítico 27:1-27. Não
era um ato de lábios, custava ao povo determinada quantia equivalentemente às suas idades.
Josué conhecia perfeitamente a diferença que havia entre consagração e santificação, conforme
estava escrito (Lv 27:28-30)
Josué 7:13: Levanta-te, santifica o povo e dize: “Santificai-vos
para amanhã, porque assim diz o Senhor Jeová, o Deus de
Israel: Há anátema no meio de vós, ó Israel. Não podereis fazer
frente diante de vossos inimigos, até que extirpeis do vosso
meio as coisas condenadas (“anátemas”). (Js 3:5; Êx 19:10; Js 6:18)
A sorte foi lançada (1 Sm 10:20-21; 14:40-42; Jn 1:7; At 1:26) por falta da revelação do Espírito
Santo, que era comum somente ao sumo sacerdote por Urim e Tumim. Mas, hoje, com a
presença do Espírito Santo que foi derramado sobre o Corpo de Cristo, este tipo de sorte foi
completamente abolido. A atitude de Pedro e os outros irmãos presentes no Cenáculo, em Atos
1, não foi autorizada por Deus, pois eles estavam ali para orar e buscar a promessa do alto, e não
para fazer politicagem ministerial; observe a diferença em Atos 13:1-3, quando o Espírito Santo
assumiu o poder de escolher os seus servos! Onde há falta do Espírito de Deus ou quando este
não tem lugar na escolha de novos ministros, a carne sempre provê os métodos obsoletos e
abolidos por Deus, no tempo da graça

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Josué 7:14: Pela manhã, portanto, vos apresentareis e vos
agrupareis segundo as vossas tribos; e será que a tribo que o
Senhor Jeová designar por sorte se apresentará, segundo as suas
famílias; e a família que o Senhor Jeová designar se apresentará
segundo as suas casas, e a casa que o Senhor designar se
apresentará homem por homem.
O anátema não pertencia-se a si mesmo, deveria ser levado ao tesouro do Senhor. Acã cometeu
deslealdade em Israel
Josué 7:15: E será que aquele que for achado com a coisa
consagrada (“anátema”) será queimado a fogo, ele e tudo quanto
tiver, porquanto transgrediu o Pacto do Senhor Jeová, ao
cometer uma loucura em Israel”. (Js 7:11)
Deus fala quando há ordem e obediência
Josué 7:16: Então, Josué se levantou na madrugada do dia
seguinte e ordenou que Israel se apresentasse, segundo as suas
tribos; e a tribo de Judá foi designada por Deus.
A família de Zerá era a menor. Zerá era um dos filhos de Judá com Tamar. Aquele que teve o
seu dedo marcado com um fio vermelho antes de nascer. Não basta ter um pai fiel, o filho deve
ser fiel. A tribo – a família...
Josué 7:17: E, fazendo aproximar-se a tribo de Judá, a sorte caiu
sobre a família de Zerá (“crepúsculo”). E, fazendo aproximar-se a
família dos zeraítas, homem por homem, a sorte caiu sobre
Zabdi (“dotação”). (Nm 26:20)
...– A casa – o homem
Josué 7:18: E, fazendo aproximar-se a sua casa, homem por
homem, a sorte caiu sobre Acã (“perturbador”), filho de Carmi
(“minha vinha”), filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá.
Quando o pecador recusa a confessar o seu pecado individualmente, o seu pecado será revelado
publicamente (Mt 18:15-17), para que seja salvo para a vida eterna. O arrependimento válido
antes de sua morte – mostra a misericórdia de Deus
Josué 7:19: Então, disse Josué a Acã (“perturbador”): “Filho meu,
rogo-te que dês glória ao Senhor Jeová, o Deus de Israel, e
rende-lhe louvores; confessa-me o que fizeste, sem ocultar-me
nada”. (Jr 13:16; Jo 9:24; Nm 5:6, 7; 1 Sm 14:43)
A confissão imposta, não voluntária
Josué 7:20: E Acã (“perturbador”) respondeu a Josué, dizendo:
“Verdadeiramente pequei contra o Senhor Jeová, o Deus de
Israel, e isto é o que eu fiz: (Js 22:20; 1 Cr 2:7)
Josué 7:21: Quando vi entre os despojos um formoso manto de
Sinar (“país de dois rios”), duzentos siclos de prata e uma barra de
ouro que pesava cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis
que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a
prata está debaixo do manto”.
Josué 7:22: Então, Josué enviou mensageiros, e eles correram
à tenda; e eis que tudo estava escondido em sua tenda, e a prata
por baixo.

56
Josué 7:23: Tomaram, pois, aquelas coisas do meio da tenda, e
as trouxeram diante de Josué e de todos os filhos de Israel, e as
depositaram diante do Senhor Jeová.
As pessoas perturbadas perturbam e morrem no vale dos perturbados
Josué 7:24: Então, Josué e todo o Israel com ele tomaram a Acã
(“perturbador”), o filho de Zerá (“crepúsculo”), e a prata, e o manto,
e a barra de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus
jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo quanto tinha, e
levaram-nos ao vale de Acor (“perturbação”). (Js 15:7)
Pedras cairão como pesos de justiça sobre a cabeça de quem se apodera daquilo que não lhe
pertence, especialmente daquilo que é consagrado a Deus
Josué 7:25: E disse Josué: “Por que nos conturbaste? O Senhor
Jeová te conturbará neste dia!” E todos os israelitas os
apedrejaram, e foram queimados a fogo e os apedrejaram. (Dt
17:5; Js 6:18)
O costume de lançar pedras sobre o criminoso: Assim era a sepultura de um criminoso (Js 8:29;
2 Sm 18:17; Js 10:27)
Josué 7:26: E erigiram sobre ele um grande montão de pedras,
que permanece ali até ao dia de hoje; então, o ardor da ira do
Senhor Jeová se aplacou. Por isso, este lugar foi chamado de
Emeque-Acor (“vale da turbação”), até ao dia de hoje. (Js 8:29; Dt 13:17;
Is 65:10; Os 2:15)

QUINTA AULA

5. A COMIDA TRAZIDA PELOS CORVOS, A


DADA PELA VIÚVA E A OFERECIDA PELO ANJO
DO SENHOR - TRÊS ESTÁGIOS DA NOSSA
NUTRIÇÃO MINISTERIAL

Elias prediz uma grande seca e é sustentado pelos corvos (Tg 5:17). Sendo da terra do pacto feito entre
Labão e Jacó, Gileade, Elias aparece como um dos homens mais íntegros da história da nação de Israel.
A palavra de Elias: (1) Não haverá orvalho, que vem de Hermon; (2) não haverá chuva para regar a
terra. Três anos sem orvalho e nem chuva era um duro castigo para uma nação e o seu governante.
Com esse mesmo castigo Davi e seu povo foram angustiados. Agora, segundo a palavra do profeta
Elias. Através de Elias conhecemos um tipo de profeta que fala e Deus cumpre, pois Deus confia nele
e lhe confere esse poder para exaltar o seu Nome. Ele não agia assim para mostrar quanto poder tinha
sobre si
1 Reis 17:1: Elias, o tisbita, um dos habitantes de Gileade, disse a
Acabe: “Pela vida do Senhor Jeová, Deus de Israel, em cuja
presença estou, não haverá, nestes anos, nem orvalho nem chuva,
senão segundo a minha palavra”. (Lc 4:25; Tg 5:17; 2 Rs 3:14; Dt 10:8; 1 Rs 18:1)
A. Comendo e bebendo em Querite: Sustentado pela natureza criada: A palavra do Senhor, o Verbo
de Deus, que era Deus, vinha sobre ele. Era diferente de o “Espírito do Senhor” vir sobre ele. Às vezes,
a Palavra do Senhor vinha sobre o profeta; outras vezes era o Espírito do Senhor que vinha sobre o
homem de Deus. Hoje, nesta dispensação da Graça, temos a presença de ambos sobre a nossa vida.
Devemos agradecer muito a Deus por isso. Elias é um protótipo de João Batista (Mq 4:5-6; Mt 11:14;
Mc 9:11-13; Lc 1:17). O cumprimento da palavra do anjo Gabriel de que ele viria no Espírito e no
poder de Elias (Lc 1:17). Ele não era Elias em carne e osso, pois este daria sinal da vida eterna em

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Mateus 17, que foi trasladado no redemoinho. João morreu. Mas, o mesmo Espírito que atuou na vida
de Elias estava sobre João, o Batista: Mateus 11:14: “E, se quereis dar-lhes crédito, este é o mesmo
Elias que havia de vir”. Elias (com Moisés) apareceu diante do Senhor Jesus, na sua transfiguração e
viu a sua glória (Mt 17:1-8; Mc 9:1-8; Lc 9:28-36). Moisés foi o grande legislador da tribo sacerdotal
de Levi, e Elias foi o grande profeta em um tempo de grande apostasia. Elias trouxe a nação e os seus
líderes a uma conversão a Deus. Havia muitas semelhanças entre Moisés e Elias: (1) Os dois
testemunharam sobre o Filho de Deus; (2) os dois foram exemplos para os seus discípulos em
momentos de apostasia.(3) Os dois foram profetas do Senhor. (4) Os dois tinham personalidades
diferentes, mas tinham a mesma missão
1 Reis 17:2: A palavra do Senhor Jeová veio a ele, dizendo:
Deus não o enviou ao Jordão, mas a um ribeiro que afluía para o Jordão. (É como ir trabalhar em uma
congregação bem simples...) Não era o principal rio que o sustentaria, mas um ribeiro chamado de
Querite. (1) O local do cumprimento da profecia. Os justos não podem sofrer com os ímpios: “Retira-
te daqui”; (2) Deus tem um lugar reservado para os justos, em tempos de juízo: “vai para a banda do
Oriente”; (3) Deus manda ele se esconder, tipo dos tempos de tribulação dos quais o remanescente
de Israel e a Igreja serão livres: “e esconde-te junto ao ribeiro de Querite (“cortar sob medida”); (4) no
Jordão, não estaríamos seguros, mesmo tendo água à disposição: “que está defronte do Jordão”.
Querite está diante do Jordão, não porque Deus não pode nos dar água do Jordão, mas para que o
Jordão assista a sua vitória na provação; é como ter vitória em um dia de jejum morando ao lado de
um restaurante que tem a chaminé para a sua janela. Não é você quem sofre sede, é o Jordão que o
assiste, sem que você precise dele!
1 Reis 17:3: “Retira-te daqui, vai para a banda do Oriente, e
esconde-te junto ao ribeiro de Querite (“cortar sob medida”), que está
defronte do Jordão.
(4) Deus manda ele beber do ribeiro e não do rio: “Beberás do ribeiro”. Há situações nas quais nossas
escolhas pendem para o Jordão (ao abundante) e não para o Querite (ao racionado). Jordão quer dizer
“o que desce”, e Querite “cortar sob a medida” de Deus; é melhor o tronco ser transformado em um
barco, e navegar no Jordão, do que ser levado sobre as águas do mesmo, e descer sem propósito rio
abaixo. (5) Deus ordenou que os corvos lhe sustentassem: “e ordenei aos corvos que te sustentem ali
mesmo”. Muitos escritores incrédulos creem que estes corvos eram participantes de um grupo de
provedores do deserto. (a) Mas eu creio que eram aves de rapina, sem dúvida nenhuma. Eu creio que
Deus usa mulas, corvos, leões e pombas para tratar com os profetas. Às vezes nos perguntamos: “por
que esta pessoa, que não está apta para nos trazer esta palavra, está aqui?” São corvos! Deus usa os
corvos, pois eles são aves que sobrevivem tranquilamente em tempos de sequidão. Eu também creio
que os anjos de Deus poderiam se manifestar da forma como eles quisessem, mas como Elias estava
vivendo pela fé, se um anjo aparecesse ali, ele já não atuaria conforme a fé, e Deus sabia disso. (b)
Corvos trazendo comida? (Primeira tipologia): Logo imaginamos os seus bicos cheios de bactérias, e
seus pés sujos prendendo o alimento... Os especialistas em carniça trazendo alimento fresco a um
profeta? Sim! Isso mesmo. Eles não podem comer o que nós costumamos comer. Eles não são nossos
rivais, eles são enviados de Deus, e não estão interessados em nosso alimento, mas sim em obedecer
a quem lhes enviou: Deus tira do tesouro do ímpio para dar nas mãos dos justos; mas os ímpios não
se importam com isso (somente os nossos irmãos invejosos). Eles não comem o que nós costumamos
comer. Alguns corvos entregam a mensagem, mas não têm comunhão com a mesa. Não devem ser
aplaudidos. Eles devem ir embora, pois são corvos. Eles têm outra natureza. Deus os enviou porque
em tempo de crise, geralmente, as pombinhas são guardadas, assim como Deus guardou a Elias. A
palavra de Deus é livre e não se corrompe nas garras do corvo, mas faz o que deve fazer
1 Reis 17:4: Beberás do ribeiro; e ordenei aos corvos que te
sustentem ali mesmo”.
(6) Faça conforme a Palavra de Deus: “Partiu e fez conforme a palavra do Senhor Jeová, e habitou
junto ao ribeiro de Querite, que está defronte do Jordão”. Em um “ribeiro” diante do “rio”? Será que
Deus quer nos humilhar, nos colocando diante do rio, e nos mantendo no ribeiro? Não! Ele quer
deixar o rio perplexo, por causa do modo como viveremos no ribeiro sem precisar do rio! Pois aquilo
que é verdadeiro é o que verdadeiramente precisamos, pois Deus nem sempre nos dá o que queremos,
mas sim o que precisamos. (a) (Segunda interpretação, teológica) – Os corvos, aqui, representam
também o antigo pacto, assim como a pombinha, no NT, representa o novo pacto introduzido por
Cristo. Assim como Noé enviou o corvo, e não teve retorno, o novo pacto trouxe o sinal de uma nova
natureza no bico. Elias estava vivendo no antigo pacto, e todas as coisas que acontecem com ele
mostram a tipologia do antigo pacto. Por exemplo, o pão e a água de manhã falam do antigo pacto; o
pão e a água, à tarde, falam do novo pacto, do sacrifício da tarde feito por Cristo
1 Reis 17:5: Partiu e fez conforme a palavra do Senhor Jeová, e
habitou junto ao ribeiro de Querite, que está defronte do Jordão.

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(7) Observou que o alimento da manhã e o alimento da tarde eram compostos de elementos vegetal
e animal? Percebeu que ele comia como um sacerdote no deserto? Percebeu que os dois alimentos
falavam dos sacrifícios matinais e vespertinos do Templo? Percebeu que ele estava comendo o
alimento oferecido a Deus, e que Deus compartilhava com ele da sua comida? Então também percebeu
que ele comia de um tipo da Ceia do Senhor! Percebeu que a oferta animal e vegetal deveriam ser
entregues juntas, na mesma hora? Como os corvos sabiam disso? “E os corvos lhe traziam pão e carne
pela manhã, e também pão e carne à tarde”. O pão fala da Palavra de Deus, e a carne do corpo de
Cristo, isto é, da comunhão do seu corpo; (8) o Espírito Santo se manifestava no ribeiro: “e ele bebia
do ribeiro”
1 Reis 17:6: E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, e
também pão e carne à tarde; e ele bebia do ribeiro.
(8) O Espírito Santo, naquele tempo, era dado de forma limitada; não poderia ser tipificado ou
simbolizado pelo Jordão. Estava tudo sob o controle de Deus! “Mas, com o passar dos dias, secou-se
o ribeiro, porque não chovia sobre a terra”. O antigo pacto era um pacto de pouca água, de pouca
chuva e um pacto de ribeiro e não de rios. Somente nos dias de Cristo, ele exclamou: “Aquele que
crê em mim como diz a Escritura, rios de águas vivas correrão de seu interior” (Jo 7:38,39)
1 Reis 17:7: Mas, com o passar dos dias, secou-se o ribeiro, porque
não chovia sobre a terra.
B. Comendo e bebendo das mãos de uma viúva. Querite quer dizer “cortar sob medida” (algo que
não desejamos que aconteça conosco, embora tenhamos profetizado para os outros, ser lapidados sob
a medida do propósito não é o fim do trabalho de Deus em nossa vida), e Sarepta quer dizer “lugar de
fundição”. Como se “cortar sob medida” fosse pouca coisa, dali Elias é levado para passar pela máquina
de fundição divina que estava escondida na cozinha de uma viúva em Sarepta!
1 Reis 17:8: Então, veio a palavra do Senhor Jeová a ele, dizendo:
Talvez a região não tenha sido atingida pela grande seca que ele tinha profetizado, mas Deus não lhe
enviou para a região, ele o enviou para a casa de uma viúva. Deus está mostrando para todos nós
como ele trata as viúvas em tempo de sequidão, e como ele cuida das pessoas que se acostumam com
a água racionada do Querite. Se ele tivesse vindo do Jordão, talvez não atendesse a ordem de Deus e
jamais estaria com aquela viúva, cuja vida é representada pelos poucos gravetos que colhe. Ele foi
enviado de um rio à cozinha pobre, do esconderijo de Querite à cidade de Sarepta, de um corvo à
uma mulher... Os métodos de promoção de Deus fundem o nosso caráter
1 Reis 17:9: “Levanta-te e vai para Sarepta (“lugar de fundição”), que
pertence a Sidon, e habita ali. Eis que ali ordenei a uma mulher
viúva que te sustente”. (Lc 4:26; Ob 20)
De Querite à Sarepta exige-se estar de pé. Na porta da cidade, onde os juízes deveriam estar, estava
uma viúva que colhia gravetos, a fim de mostrar às autoridades a situação precária em que viviam os
necessitados daquele lugar. Deus aproveitou para resolver dois problemas, o do profeta e o da viúva.
A viúva tinha muita fé, pois apanhava lenha não tendo nada em casa. Quem levou a lenha nas mesmas
condições chamava-se Isaque: “Pai, temos a lenha, mas onde está o cordeiro?” (1) Elias lhe roga que
ela sacie a sua sede com uma vasilha de água, antes de qualquer coisa. Somente em Mateus, nas
palavras de Jesus, entendemos o que esta mulher estava fazendo e por que Elias lhe pediu água, antes
do pão: A instrução sobre o nosso trabalho como embaixadores do Reino na terra e sobre a nossa
representatividade: Mateus 10:40: “E aquele que vos recebe, a mim me recebe; e aquele que me
recebe, recebe aquele que me enviou”. A instrução sobre a recompensa de um obreiro que pode
abençoar aqueles que o ajudam na sua missão: (1) galardão de profeta, (2) de justo e (3) de discípulo:
Mateus 10:41: “E aquele que recebe a um profeta em nome de um profeta, receberá recompensa de
profeta; e quem recebe um justo em nome de um justo, receberá recompensa de justo”. O que é um
galardão de profeta (1Rs 17:10-14)? O que é um galardão de justo (Mt 5:20)? O que é um galardão
de discípulo: Mateus 10:42: “E aquele que der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja um
copo de água fria, em nome de um discípulo, verdadeiramente vos digo que de modo nenhum perderá
o seu galardão”. O galardão de um profeta é aquilo que o profeta produz naturalmente pela fé (água,
trigo, fogo, cura), mas que ele não tem autorização para usufruir disso para si mesmo. Por exemplo,
como é possível que a Água da vida tenha sede? Como é possível que o Libertador esteja preso? Como
é possível que o Provedor esteja nu? Como é possível que o Pão da vida esteja com fome? Porque ele
não pode beber da sua própria água, nem comer do seu próprio pão, nem vestir do seu próprio tecido,
nem advogar a sua própria causa. Como ele deve fazer, então, para que viva? Ele tem que beber da
nossa água e comer do nosso pão, a fim de que seja possível o altruísmo de Deus sobre nós, e tenhamos
a oportunidade de comer do seu pão (trigo, azeite, saúde, vida). No caso de Elias, a viúva lhe oferecia
pão e tinha o carregamento de trigo que o profeta produzia mediante a sua palavra. Ela lhe oferecia
água, e tinha saúde para si e para seu filho. Isto é o galardão de um profeta. Por oferecer um copo de
água temos saúde; ao doarmos um pouco de pão, temos trigo ilimitado. Mas, como temos tratado os
profetas de Deus, hoje em dia? Posso lembrar: “Hoje te dou isso, da próxima vez, te abençôo mais;

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toma este cheque pré-datado; eu te aviso quando der para apresentá-lo”; ou “te envio uma oferta pelo
correio”; ou “nossa congregação é pobre...”; enfim... jamais comerão trigo de Efraim! Jamais beberão
água de Belém! A fineza de Elias é notada, pois, mesmo sabendo quem era, pediu-lhe em forma de
rogos, e não lhe exigiu nada e nem usou de soberba, algo sempre presente na vida de muitos profetas
de hoje
1 Reis 17:10: E levantou-se e foi para Sarepta. Quando chegou à
porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha;
então, ele a chamou e lhe disse: “Rogo-te que me tragas um pouco
de água numa vasilha para que eu beba”.
O texto nos dá a entender que ele estava dando várias viagens para ir buscar a lenha. Não era muita
lenha para pouco recurso? Ali em Sidon havia uma mulher que não conhecia a teologia da fé, mas
que usava a fé. (1) Depois de ter pedido água, ele pede o pão. Depois saberemos que a água valerá por
sua provisão e o pão pela vida de seu filho. (2) As águas de Querite brotariam nas vasilhas da viúva.
Mas ela tinha oportunidade de testemunhar o mesmo milagre com o seu pão, e Elias estava lhe
oferecendo esta chance. (3) Elias estava lhe ordenando que lhe trouxesse um bocado de pão nas suas
mãos. O bocado de pão valia a sua vida e a vida de seu filho. Deus estava lhe dando a chance de
sobreviver naquela crise
1 Reis 17:11: E quando ela saía para buscá-la, ele a chamou e lhe
disse: “Traze-me também um bocado de pão na tua mão”.
(4) Elias estava lhe oferecendo a chance de trocar a sua expectativa de morte por uma esperança de
prosperidade. Elias não lhe pediu pão, mas o bocado de pão. Deus sabe o que temos e o que podemos
fazer com aquele punhado de farinha. Sabemos que “um punhado de farinha” é o mesmo à medida
que santifica a massa das primícias! Lemos em Levítico a origem desta palavra “punhado”: A oferta de
manjar ou de cereais, como não tem sangue nem gordura, deve ser untada com azeite. Um tipo da
Ceia do Senhor, cujo trigo representa o corpo de Cristo amassado em sacrifício vivo por nós, com a
presença do Espírito Santo; oferta de cheiro suave ao Senhor, manifestado pela presença do Espírito
Santo. Por esta razão, o pão da Ceia é oferecido em pecados para cada membro. A oferta de cereal é
um memorial da última, única e eterna oferta do corpo de Cristo, o Cordeiro de Deus, em nosso lugar,
o mais perfeito tipo da Ceia do Senhor: Levítico 2:6,7: “...a qual partirás em pedaços, e derramarás
sobre eles azeite (Esta é a oferta vegetal. A oferta vegetal assada – um memorial, um punhado será
queimado, ficando o alimento para os sacerdotes). E, se for de uma oferta vegetal preparada numa
panela, será da flor de farinha com azeite. Um memorial, um punhado será queimado, ficando o
alimento para os sacerdotes. Um tipo do sacrifício de Cristo, em lugar do restante da massa” (Rm
11:16): Levítico 2:8: “E apresentarás ao Senhor Jeová a oferta feita com tais coisas, e a levará ao
sacerdote, o qual a levará ao altar”. As primícias da oferta vegetal eram tipos de Cristo. As primícias
santas (1Co 15:20), que livram o resto da massa de ser queimada para ser comungada – tipo do pão
da mesa do Senhor que deve ser partido pelo resto dos sacerdotes: Levítico 2:9: “E o sacerdote
queimará uma parte da oferta vegetal, como memorial (“punhado de farinha”) sobre o altar. É oferta
queimada, de cheiro agradável ao Senhor Jeová” (Lv 2:2; Êx 29:18). O resto da massa (1Co 15:20):
As primícias da oferta são oferecidas como memorial, e o restante da oferta permanece: O tipo do
corpo de Cristo que foi santificado pelo punhado, o memorial, Cristo: Levítico 2:10: “E o restante da
oferta será de Arão e de seus filhos; é coisa santíssima, de ofertas queimadas que se oferecem ao Senhor
Jeová” (Lv 2:3). Deus alimentou Elias com as ofertas de pão e carne; agora, Deus vai alimentar Elias
com as primícias. A viúva tinha o trigo para a massa e o azeite para preparar o bolo das primícias.
Vejamos os efeitos da apresentação das primícias que a viúva gentia tinha em casa...
1 Reis 17:12: Mas, ela respondeu: “Pela vida do Senhor Jeová, teu
Deus, que não tenho pão, senão somente um punhado de farinha
no vaso e um pouco de azeite na botija; eis que estou colhendo um
par de gravetos, para ir prepará-lo, para mim e para o meu filho,
para que o comamos e depois morramos”.
Deus estava mostrando a Israel que aquilo que o seu povo evitava, ele estava recebendo dos gentios.
Isso irritou muito o pessoal da Sinagoga nos dias de Cristo. As primícias foram dadas a Deus, na pessoa
do profeta. Pois quando as primícias são santas, o resto da massa que sobra também é santo: As
primícias da oferta vegetal eram tipos de Cristo. As primícias santas (1Co 15:20), que livram o resto
da massa de ser queimada para ser comungada – tipo do pão da mesa do Senhor que deve ser partido
pelo resto dos sacerdotes: Levítico 2:9: “E o sacerdote queimará uma parte da oferta vegetal, como
memorial (“punhado de farinha”) sobre o altar. É oferta queimada, de cheiro agradável ao Senhor
Jeová” (Lv 2:2; Êx 29:18)

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1 Reis 17:13: Elias lhe disse: “Não temas; vai e faze como disseste;
mas, primeiramente, faze-me dele uma pequena torta e traze-mo;
depois, farás outra para ti e para teu filho.
As primícias têm um poder incomparável. Elas abrem as portas para as ofertas e elegem o melhor lugar
para a produção das empresas do dizimista. Na Bíblia, José representa as primícias, Simeão, as ofertas
e Benjamin, o dízimo. Mas são as primícias que governam e soltam os benefícios das ofertas, e ainda
estabelecem os bens duráveis que o dízimo produz. Quando as primícias entram em ação na vida de
uma pessoa, a pessoa que a oferece triunfa durante todo o tempo da crise, assim como Benjamin
recebeu cinco mudas de roupas para os cinco anos de fome que ainda faltavam. As pessoas que
conhecem o poder (memorial) das ofertas das primícias triunfam, não pelo valor das ofertas, mas pela
fé que elas inspiram, pois representam o Filho Unigênito de Deus que foi feito primícias em nosso
favor: (1) O azeite da botija não faltará, nem (2) a farinha da panela se acabará. A oferta das primícias
une o trigo ao azeite, isto é, a Palavra ao Espírito de Deus, e, passa a ser uma combinação poderosa
para enfrentar qualquer crise ou sequidão
1 Reis 17:14: Porque assim diz o Senhor Jeová, Deus de Israel: A
farinha da panela não se acabará, nem o azeite da botija faltará, até
ao dia em que o Senhor Jeová faça chover sobre a terra”. (Lc 4:25, 26)
Eis aí o resultado do oferecimento da oferta vegetal das primícias: Comeram por muitos dias. Por isso,
temos tido perseverança para atravessar o tempo da graça à espera de nosso Senhor Jesus Cristo
1 Reis 17:15: Então, ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e
comeram ele, ela e a sua casa por muitos dias.
Levítico 2:6,7: “...a qual partirás em pedaços, e derramarás sobre eles azeite. E, se for de uma oferta
vegetal preparada numa panela, será da flor de farinha com azeite”. Um tipo do sacrifício de Cristo,
em lugar do restante da massa (Rm 11:16): Levítico 2:8: “E apresentarás ao Senhor Jeová a oferta feita
com tais coisas, e a levará ao sacerdote, o qual a levará ao altar”. Para uma viúva, a panela é a fonte
da confiança em Deus e a botija, o símbolo da graça e da misericórdia, pois é de onde sai a gordura
para cozinhar os alimentos. Ela tinha os elementos completos da oferta vegetal, o cereal e o azeite
para formar o pão de cada dia
1 Reis 17:16: A farinha da panela não se esgotou, nem o azeite da
botija faltou, conforme a palavra que o Senhor Jeová falou pela boca
de Elias.
A ressurreição do filho da viúva (2Rs 4:18-37). Agora, Deus começará a pagar o investimento feito a
longo prazo, o pão oferecido ao profeta. Elias estava na sua casa e a necessidade tinha sido extinta;
agora, veio o desafio maior: a enfermidade que trouxe a morte para a sua casa. Mas a viúva não sabia
que tinha crédito por causa de sua fé
1 Reis 17:17: Aconteceu, depois destas coisas, que o filho da
mulher, dona da casa, adoeceu e a sua doença foi tão grave, que já
não lhe restou fôlego de vida.
Não sabemos de qual pecado esta senhora estava falando. O fato é que ela se lembrou de algum pecado
da sua juventude, do qual ela tinha certeza que algum dia seria cobrada. O certo é que a respeito
daquilo que ela temia, isso lhe sobreveio. O medo é tão criativo quanto a fé, mas ele sempre produz
coisas negativas
1 Reis 17:18: Então, ela disse a Elias: “Que tenho eu contigo, ó
homem de Deus? Vieste até mim para trazeres à memória o meu
pecado e matares o meu filho?” (2 Rs 3:13)
O menino estava sobre os seus joelhos. Ela já tinha clamado e lamentado. Elias o levou para a posição
de descanso em fé: o deitou sobre a sua cama, dando a entender que ele dormia, mas não estava
morto. Tanto Elias como Eliseu viviam na câmara de cima das casas onde se hospedavam. Esta é a
posição de todo homem de Deus, em relação ao povo a quem ministra. Todos os servos de Deus
devem se lembrar de como são vistos na cidade e na comunidade. Estando no seu leito, estava pronto
para despertar. Jesus disse: “Lázaro dorme”. Jesus Cristo, nos seus dias, conhecia perfeitamente a
Escritura, e sabia a que tipo de verdade se referia, quando ministrava
1 Reis 17:19: Ele lhe disse: “Dá-me o teu filho”. Então o tomou do
seu colo, e o levou para a câmara de cima, onde ele mesmo se
hospedava, e o deitou em cima do seu próprio leito.

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Depois de Moisés, nenhum outro profeta era tão poderoso quando clamava quanto Elias. Ele tinha
um segredo que somente foi revelado quando ele triunfou sobre os profetas de Baal. Elias está dizendo
para Deus: “Se eu estou aqui na sua casa, e te represento, não pode haver morte aqui!” Elias representa
toda a palavra profética do antigo pacto. A mesma que anunciou a morte e a ressurreição do Messias
1 Reis 17:20: E clamou ao Senhor Jeová, dizendo: “Ó Senhor Jeová,
meu Deus, trouxeste também o mal sobre esta viúva, em cuja casa
me hospedo, matando o seu filho?”
Elias e Eliseu eram da mesma Escola, e esta Escola cria em diversidade de operações (1Co 12:4,5).
Eles eram ministros de Deus e jamais atuavam sem uma diversidade de operações. Neste caso, ele se
deitou três vezes sobre o menino, obedecendo à voz do Espírito de Deus que falava no seu coração.
A estirar-se três vezes sobre o menino ministrava ao ser completo daquela criatura: espírito, alma e
corpo
1 Reis 17:21: Estirou-se sobre o menino três vezes, e clamou ao
Senhor Jeová, dizendo: “Ó Senhor Jeová, meu Deus, faze que a
alma deste menino torne a entrar nele”. (2 Rs 4:34, 35; At 20:10)
A alma do menino voltou à sua casa, o corpo. Não entrou em outro corpo, e isso nós chamamos de
ressurreição e não reencarnação. Elias representa também a voz profética do antigo pacto, o qual
anunciava a morte e a ressurreição do Messias. Por causa da palavra profética, o Messias morreu. Ele
ficou estirado por três dias sobre o solo. Mas a voz profética clamava no livro de Salmos para que ele
não ficasse no lodo, nem debaixo da terra. Jó, por exemplo, clamava e cria que o seu Redentor viveria,
pois o menino é o remidor da sua mãe. A câmara da sala é o lugar onde o menino é apresentado vivo,
pois ele é um tipo de Cristo, o verdadeiro significado da oferta das primícias! A mãe do menino é o
mundo (as nações), pois ele se levantou da terra (Hb 1:4-6)
1 Reis 17:22: E o Senhor Jeová ouviu a voz de Elias e a alma do
menino tornou a entrar nele, e reviveu. (Hb 11:25)
O mundo o recebe vivo, pois o nosso Redendor vive. A câmara da sala do mundo é Jerusalém, onde
ele se manifestou vivo e onde foi proclamado Senhor dos senhores para sempre
1 Reis 17:23: Elias tomou o menino, e o trouxe da sua câmara à sala,
e o entregou a sua mãe, e lhe disse: “Eis que o teu filho vive”.
Ele se levantou da morte para testemunho das nações
1 Reis 17:24: Então, disse a mulher a Elias: “Agora sei que tu és
homem de Deus e que a palavra do Senhor Jeová na tua boca é
verdade”. (Jo 3:2; 16:30)
1 Reis, capítulo dezoito (18)
Elias no monte Carmelo e o seu encontro com Obadias. Uma palavra profética, nenhuma justificativa.
Elias esteve escondido por três anos. Agora, chegou a hora de se mostrar sem medo diante do rei
1 Reis 18:1: Depois de muitos dias, veio a palavra do Senhor Jeová
a Elias, no terceiro ano, dizendo: “Vai e mostra-te a Acabe; eis que
farei cair chuva sobre a terra”. (1 Rs 17:1; Lc 4:25; Tg 5:17)
Elias apresenta-se diante de Acabe. Era maior a curiosidade do rei do que o temor do profeta
1 Reis 18:2: E partiu Elias para apresentar-se a Acabe. E a fome era
extrema em Samaria.
1 Reis 18:3: E Acabe chamou a Obadias (“que adora a Jeová”), que
estava a cargo do palácio. Obadias temia muitíssimo ao Senhor
Jeová,
1 Reis 18:4: porque, quando Jezabel (“casta”) exterminava os
profetas do Senhor Jeová, Obadias levou com ele cem profetas e os
escondeu, cinquenta em uma caverna e cinquenta em outra, e os
sustentou com pão e água. (1 Rs 18:13)
A ordem de Acabe a Obadias foi dada por uma desconfiança do rei de que ele sabia onde havia água
em algum lugar secreto. Era também um sinal para Obadias que sustentara os profetas com pão e

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água. Era também um sinal para o mordomo Obadias de que Elias precisaria de 12 cântaros de água
para o altar
1 Reis 18:5: Então, Acabe disse a Obadias: “Sai pela terra, e vai a
todas as fontes de água e a todos os ribeiros; talvez possamos achar
alguma erva e salvar a vida dos cavalos e mulas, de modo que não
percamos todos os animais”.
A bifurcação do desespero. Quando os homens são maus, até as suas escolhas são erradas. Eles sempre
escolhem o caminho que não chega a Deus
1 Reis 18:6: E repartiram entre si a terra, para a percorrerem; e
Acabe foi sozinho por um caminho, e Obadias foi sozinho por outro
caminho. (2 Rs 1:6-8)
O filho do profeta, Obadias, e a sua humildade. Como mordomo de Acabe, ele prestou grande serviço
para os filhos dos profetas de seus dias. Quanto respeito ele tinha por seu mestre!
1 Reis 18:7: E quando Obadias estava no caminho, eis que Elias se
encontrou com ele. Obadias, ao reconhecê-lo, prostrou-se com o
rosto em terra, e disse: “És tu, o meu senhor Elias?”
A incredulidade e o medo de Obadias: Elias pode sumir. Na verdade o desaparecimento de Elias por
três anos, depois da revelação da oferta das primícias na casa da viúva, torna Elias um tipo de Cristo,
pois Elias restaurou a oferta das primícias e dá sentido messiânico a ela (Rm 11:16), que é o maior tipo
da morte e da ressurreição e ascensão de Cristo em favor da massa, que é o seu povo. Pois Deus não
poderia matar a Elias e ressuscitá-lo, pois o povo o adoraria, antes mesmo da vinda literal do verdadeiro
Messias. Como tipo, Deus deveria dar a Elias outro coadjuvante para que ele mesmo fosse poupado e
este vivesse o tipo da sua ressurreição. Por isso, depois da morte do menino, Elias o apresenta vivo
diante de sua mãe na sala da casa, depois de ter estado na cama (Jo 2012). Assim, Elias não poderia
morrer. Teria que ser arrebatado, para restaurar a doutrina da ascensão. Assim, vemos outras duas
restaurações feita pelo ministério de Elias, a ressurreição e a ascensão. Tanto o menino, filho da viúva,
e o filho da sunamita mostram a mesma tipologia: são tipos do Cristo ressusrreto
1 Reis 18:8: Então, respondeu-lhe: “Sou eu; vai e dize ao teu
senhor: ‘Eis que Elias está aqui’.”
1 Reis 18:9: E ele disse: “Qual tem sido o meu pecado, para que
entregues o teu servo nas mãos de Acabe, para que me mate?
Nos três anos, em Querite e em Sarepta, no esconderijo do Altíssimo, as promessas do Salmo 91 se
cumpriram na vida do profeta Elias. Elias fica sabendo o que aconteceu nos últimos meses
1 Reis 18:10: Vive o Senhor Jeová, teu Deus, que não houve nação
nem reino aonde o meu senhor não mandasse à procura de ti; e
sempre lhe diziam: Não está aqui; então fazia com que os reinos e as
nações jurassem que não haviam te encontrado. (1 Rs 17:1)
“Elias está aqui” é uma palavra profética que se cumpriria duas vezes. Lendo os Evangelhos passamos
a compreender profundamente esta palavra dita por Elias: Por que, logo após a revelação de Moisés e
Elias, os discípulos lhe perguntaram sobre a vinda de Elias segundo as Escrituras? Elias estava em
glória, na mesma condição de Moisés. Ambos tiveram vitória sobre a morte (2Rs 2:9-11; Rm 5:14) e
estavam em corpos glorificados. Depois da elevação deles a Deus, Moisés e Elias jamais
experimentariam a morte. Mas a promessa do anjo Gabriel foi que João se levantaria no Espírito e
poder de Elias (Lc 1:17). Esse Espírito não é o espírito humano de Elias, mas o Espírito Santo que agiu
na vida de Elias. Esse foi João Batista, que agiu semelhante a Elias, tal como Jesus, semelhante a Eliseu,
sendo que a diferença entre ambos foi que Eliseu teve um ministério mais poderoso do que Elias em
sinais, tal qual Jesus comparado a João, o Batista. Marcos 9:11: “Então lhe perguntaram, dizendo: Por
que os escribas dizem que é necessário que Elias venha primeiro?” O ministério de João: restauração.
(1) Restauração da mensagem de arrependimento e conversão. (2) Restauração da mensagem do
Reino. (3) Restauração da mensagem do Messias como Cordeiro de Deus. (4) Restauração do batismo
de Moisés (1Co 10:1-3). (5) Restauração do discipulado. (6) Restauração do ministério profético de
Samuel e sua escola de profetas. (7) Restauração do caminho direito. (8) Restauração da justiça. (9)
Restauração de Israel e das suas tribos dispersas. (10) Restauração do reino de Davi. (11) Restauração
do culto a Deus sem sacrifícios e holocaustos de animais, mas com coração puro e agradável a Deus.
(12) Restauração das promessas messiânicas. Mas todas essas restaurações dependiam de um ato: a
morte de Cristo na cruz. O cumprimento das palavras proféticas era necessário: Marcos 9:12: “E ele

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respondeu-lhes, dizendo: Na verdade, Elias, vindo primeiro, restaurará todas as coisas. E como é que
está escrito acerca do Filho do homem, que ele deva padecer muito e ser rejeitado?” A vinda de Elias:
um ministério de transição e preparação para a vinda de Cristo. O grande resultado dessa obra foi a
colheita de alguns de seus discípulos que, já preparados por João, puderam entender o ministério de
Cristo: Marcos 9:13: “Mas, eu vos digo que Elias já veio, e lhe fizeram tudo o que quiseram, como a
respeito dele está escrito”
1 Reis 18:11: E, agora, tu dizes: Vai, e dize a teu senhor: Eis que
Elias está aqui.
Obadias, de alguma forma, já sabia que Elias seria retirado da terra. Todos os filhos dos profetas, com
exceção dos profetas da escola do Jordão, sabiam disso. Era a profecia esperada dos filhos da Escola
dos profetas que existia naqueles dias. Eles sabiam que Elias tinha uma comunhão muito grande com
o Espírito Santo de Deus
1 Reis 18:12: Pois, logo que eu me apartar de ti, levar-te-á o Espírito
do Senhor Jeová para um lugar ignorado; e quando eu for e der a
nova a Acabe, e ele não te achar, certamente me tirará a vida.
Porém eu, teu servo, temo ao Senhor Jeová desde a minha
mocidade. (2 Cr 2:16; At 8:39; 2 Rs 2:16; Ez 3:12, 14)
As obras de Obadias. Obadias escondeu cem profetas em duas cavernas e os sustentava com pão e
água. O esconderijo do Altíssimo provê pão, carne e água
1 Reis 18:13: Porventura, não te disseram o que fiz, quando Jezabel
matava os profetas do Senhor Jeová, como escondi a cem dos
profetas do Senhor Jeová, cinquenta em uma caverna e cinquenta
em outra, e como os sustentei com pão e água? (1 Rs 18:4)
1 Reis 18:14: E, agora, tu dizes: “Vai, e dize a teu senhor: Eis que
Elias está aqui. Por isso me matará”.
Homens muito bons são também medrosos. Elias se irritou com Obadias. Obadias tomou uma atitude
e foi fazer o que Elias lhe pediu
1 Reis 18:15: E disse Elias: “Assim como vive o Senhor Jeová dos
exércitos, em cuja presença estou, que hoje mesmo me
apresentarei a ele”.
Acabe se encontra com Elias. Uma tipologia maravilhosa: Depois de três anos escondido, Elias desafia
os falsos profetas. Elias é acusado como arruinador de Israel, mas ele devolve a acusação a Acabe, sem
nenhum medo, e o acusa por sua idolatria
1 Reis 18:16: Foi Obadias a encontrar-se com Acabe e o avisou; e
Acabe foi ter com Elias.
Assim são acusados os verdadeiros profetas. A maldição é provocada pelo povo ou pela liderança do
povo, e o profeta pronuncia o castigo de Deus por causa da iniquidade da nação, e o povo lança a
culpa no profeta por causa das calamidades, mas a causa está no pecado do povo e não no vaticínio
profético
1 Reis 18:17: E, vendo-o, disse-lhe: “És tu, o arruinador de Israel?”
(1 Rs 21:20; Js 7:25; At 16:20)
1 Reis 18:18: E Elias respondeu: “Eu não tenho arruinado a Israel,
mas tu e a casa de teu pai, porque abandonastes os mandamentos
do Senhor Jeová e seguistes os baalins. (2 Cr 15:2; 1 Rs 16:31; 21:25, 26)
Os 850 falsos profetas do reino são chamados para o grande desafio da História
1 Reis 18:19: Agora, envia e ajunta diante de mim todo o Israel no
monte Carmelo, e os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e
os quatrocentos profetas da Asera, que comem da mesa de Jezabel”.
(1 Rs 16:33; Js 19:26)
Elias e os profetas de Baal no Carmelo

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1 Reis 18:20: E Acabe convocou a todos os filhos de Israel e ajuntou
os profetas no monte Carmelo.
A exortação de Elias; a admoestação do profeta tinha um objetivo: a conversão dos filhos aos pais. A
nação precisava de um avivamento. Mas, somente depois de nocauteada, ela poderia ouvir a voz do
profeta. O povo buscava uma solução para o problema. Em grande angústia, o povo de Israel se ajuntou
para ouvir do profeta as Palavras de Deus . Naquele dia, eles deveriam eleger no seu coração quem
seria de fato o seu Deus
1 Reis 18:21: Elias, chegou a todo o povo e disse: “Até quando
claudicareis entre duas partes? Se o Senhor Jeová é Deus, segui-o;
se, porém, Baal é deus, segui-o”. Mas o povo não lhe respondeu
nenhuma palavra.
(2 Rs 17:41; Mt 6:24; Js 24:15)
Havia mais profetas, mas todos eram medrosos como Obadias. Elias mexia com o brio daqueles
homens medrosos. Elias deixou claro que eram 450 profetas de Baal contra 1 profeta de Deus
1 Reis 18:22: Então, disse Elias ao povo: “Eu sou o único
remanescente dos profetas do Senhor Jeová; mas os profetas de Baal
são quatrocentos e cinquenta homens. (1 Rs 19:10, 14; 18:19)
Elias sabia que esta era a antiga forma de Deus aceitar ou rejeitar os sacrifícios dos seus servos, (1)
desde os dias de Adão, Caim e Abel (Gn 4). Abraão passou por esta prova diante de Deus, ao oferecer
alguns animais como sacrifício ao Senhor (Gn 15): o fogo vinha de cima para lamber o sacrifício. (2)
Mas, somente nos dias de Arão, Deus permitiu que o sacerdote pusesse fogo no sacrifício. (a) E, quando
a fumaça não subisse, este também poderia colocar a libação (que consistia em 5 livros de vinho, (b)
que é tipo do Espírito Santo) para ajudar na aceitação do sacrifício. Assim, Elias contratou o meio mais
difícil para o oferecimento do sacrifício: O fogo deveria vir dos céus! À moda antiga, o fogo deveria vir
dos céus. Eles aceitaram e dois novilhos foram trazidos: Um para Elias e outro para os quatrocentos
profetas de Baal
1 Reis 18:23: Que nos tragam, portanto, dois novilhos; e que eles
escolham para si um novilho, e, dividindo-o em pedaços, o ponham
sobre a lenha; porém, não lhe ponham fogo por baixo; e eu
prepararei o outro novilho, e pô-lo-ei sobre a lenha, porém, sem lhe
atear fogo por baixo.
O caminho da herança é o culto messiânico: Cristo no Calvário com o testemunho da divindade. O
Pacto com Abrão (Gn 15:1-16) foi promulgado sob o juramento divino de que Israel seria resgatado
do Egito: (1) Esse pacto foi o mais completo, até aqueles dias, desde os tempos de Adão. (2) Esse pacto
prefigurava o Calvário, pois revelava a morte de Cristo e a sua ressurreição: (a) Revelava o tempo do
ministério de Cristo, em obediência e sem pecado – a bezerra de três anos (Gn 15:9; Dt 21:4); (b)
revelava a fertilidade do ministério de Cristo através de seu discipulado – “a cabra de três anos”; (c)
revelava a obra substitutiva de Cristo na cruz, em favor dos homens – “um carneiro de três anos” (Gn
15:9); (d) revelava a oferta de Deus em favor do pobre e do rico – “uma rola e um pombinho” (Lv
12:6-12; Gn 15:9). Gênesis 15:9: “E respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra
de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho”. (3) Esse pacto revelava a entrega
completa da vida de Cristo – os sacrifícios “partidos pelo meio” e o desafio contra a morte, com “os
pedaços um em frente ao outro”, com derramamento de sangue e água (Gn 15:10). (4) Esse pacto
revela a presença do Espírito Santo indivisível, com o seu ministério de unidade e de ressurreição –
“mas as aves não partiu” (Gn 15:10; Ef 4:1-4). (4) Esse pacto revela a presença do Espírito Santo
indivisível, com o seu ministério de unidade e de ressurreição – “mas as aves não partiu” (Gn 15:10;
Ef 4:1-4). Gênesis 15:10: “E, tomando-os, trouxe-lhe todos estes animais partidos pelo meio, e pôs
uma parte deles em frente da outra parte; mas as aves não partiu”. A presença de Satanás para
desanimá-lo, na sua paixão (Sl 22; 18: 68). (5) Esse pacto revela a luta travada por Cristo após a sua
morte na cruz e a luta do Pai em seu favor, ao afugentar os espíritos malignos que se manifestaram no
Calvário – “Abrão, porém, as enxotava” (Gn 15:11). (6) Esse pacto revela a entrega do Espírito de
Cristo ao Pai, pois “o sono profundo de Abrão” é uma prefiguração da morte de Cristo (Gn 15:11).
Gênesis 15:11: E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; e Abrão as enxotava” (Jr 34:18; Lv
1:17). Elias lutava para lembrar de novo o velho pacto de Deus com Abraão, a fim de ver se salvaria
o seu povo da sua iniquidade. As aves de rapina eram 850, no total dos falsos profetas. O segredo era
a invocação. Elias tinha descoberto o segredo da invocação

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1 Reis 18:24: Então, invocareis o nome do vosso deus, e eu
invocarei o nome do Senhor Jeová; aquele deus que responder por
meio do fogo, esse é Deus”. E todo o povo, respondendo, disse:
“Boa é esta proposta”. (1 Rs 18:38; 1 Cr 21:26; At 20:10)
O novilho dos falsos profetas é preparado, mas, sem o fogo
1 Reis 18:25: E Elias disse aos profetas de Baal: “Escolhei para vós
um novilho, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o
nome do vosso deus, mas não poreis fogo por baixo dele.
Algum mistério havia, pois muitos clamavam até ao meio-dia e paravam. Então, eles apelaram para os
modismos: (1) Saltitar ao redor do altar; (2) rodear o altar; (3) gritar em altas vozes; (4) se retalhavam
com facas e lancetas; (5) derramavam sangue sobre os seus corpos. A fé foi substituída por obras de
penitência. Quem merece este tipo de culto? (a) Os deuses celebridades que confabulam; (2) os deuses
que se retiram; (3) deuses que viajam; (4) deuses que dormem; (5) deuses que necessitam ser
despertados
1 Reis 18:26: E tomaram eles o novilho que lhes fora dado, e
prepararam-no, e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao
meio-dia, dizendo: “Baal, responde-nos”. Porém não houve voz,
nem houve quem lhes respondesse. E, saltitando rodeavam o altar
que se tinha feito.
1 Reis 18:27: Ao meio-dia, Elias zombava deles, e dizia: “Gritai em
altas vozes, afinal, ele é um deus; ou está confabulando, ou está em
retiro, ou está em viagem, ou está dormindo, e necessita que o
despertem. (Sl 115:5; Jr 10:5; 1 Co 8:4; 12:2)
1 Reis 18:28: E clamavam em altas vozes e, segundo o seu
costume, se retalhavam com facas e lancetas, até que derramaram
sangue sobre os seus corpos. (Lv 19:28; Dt 14:1)
Depois dos terríveis sinais de penitência, e do grande sacrifício, e do clamor de 450 profetas
desesperados, não houve fogo e nem voz. Desesperador é o sacrifício sem resposta e sem atenção. Os
deuses estavam de férias? Desde o sacrifício matutino até o sacrifício da tarde, eles clamaram. Agora,
era a hora do sacrifício da tarde. Elias também queria mostrar a diferença entre o sacrifício da manhã
e o sacrifício da tarde
1 Reis 18:29: Tendo passado o meio-dia, já em devaneios,
vaticinaram até à hora de se oferecer o sacrifício da tarde; porém,
não houve voz, não houve quem lhes respondesse, nem lhes
atendesse. (1 Rs 18:26)
(1) O trabalho de Elias começou na restauração do altar do Senhor Jeová. O povo precisava ver como
se conserta o altar de Deus, e precisava estar próximo do profeta e do altar. (2) O altar estava derribado.
Elias consertou o altar. O altar de Deus, ao longo dos anos, sofreu muitos ataques. Mas sempre houve
quem o consertasse. Sinais do avivamento: (1) “Chegai-vos a mim. (2) E todo o povo se aproximou
dele. (3) Elias consertou o altar do Senhor Jeová, que tinha sido derrubado
1 Reis 18:30: Então, Elias disse a todo o povo: “Chegai-vos a mim.
E todo o povo se aproximou dele. Elias consertou o altar do Senhor
Jeová, que tinha sido derrubado. (1 Rs 19:10, 14)
O altar de Elias e a aprovação de Deus. Como Elias consertou o altar? (1) “E tomou doze pedras,
conforme o número das tribos dos filhos de Jacó”. Israel e Judá, nos dias de Elias, estavam divididos.
Quando houve a divisão, eles também dividiram o altar. Elias tomou as doze pedras para dizer que o
altar ainda era único, de um só Deus, de uma só fé e de um só batismo. Elias estava reconstruindo o
altar e anunciando que ele pertencia a Deus e poderia ser usado por toda a nação. Por isso, as doze
pedras foram unidas e transformadas em um altar, da mesma forma como Israel passou o Jordão,
quando a Arca de Deus foi conduzida pelos sacerdotes, enquanto as águas estavam represadas por
Deus. O altar de Deus é o símbolo da união do seu povo. (2) “A quem viera a revelação da palavra do
Senhor Jeová, dizendo: Israel será o teu nome” (Gn 32:28; 35:10; 2Rs 17:34). Esta foi a grande

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revelação daquele desafio. A razão da resposta imediata de Deus em favor de Elias. O nome de Israel.
Ele não clamou pelo Deus de Jacó, mas pelo Deus de Israel. Tudo estava ligado ao altar. (3) “E com
as pedras reconstruiu o altar ao nome do Senhor Jeová”. Outro segredo que Elias descobriu. O altar
não foi edificado para Deus, mas para o Nome de Deus. O Deus de Abraão, de Isaque e de Israel
1 Reis 18:31: E tomou doze pedras, conforme o número das tribos
dos filhos de Jacó, a quem viera a revelação da palavra do Senhor
Jeová, dizendo: “Israel será o teu nome”. (Gn 32:28; 35:10; 2 Rs 17:34)
(4) “E fez um sulco capaz de conter duas medidas de semente, ao redor do altar”. As duas medidas
de semente falam do antigo e do novo pactos. Os dois grupos de sementes que germinariam para
glorificação do nome de Deus; do Ocidente e do Oriente
1 Reis 18:32: E com as pedras reconstruiu o altar ao nome do
Senhor Jeová; e fez um sulco capaz de conter duas medidas de
semente, ao redor do altar. (Cl 3:17)
(5) “Então, dispôs a lenha”. Desde os dias de Abraão, que a lenha precisa ser colocada corretamente.
A lenha falava da cruz de Cristo, e precisava ser disposta corretamente. A lenha é o combustível do
altar. (6) “Dividiu o novilho em pedaços e o pôs sobre a lenha”. Dividir o novilho era um costume
patriarcal. Abraão fez isto para deixar bem claro que a obra era de Deus e que ele era poderoso para
unir aqueles pedaços. Assim somos colocados diante do altar de Deus, quando estamos cheios de
problemas: em pedaços que se desafiam, um diante do outro, e o fogo da presença de Deus vem e nos
cura. A presença de Deus no Calvário, na hora da morte de Cristo. O sol se pôs. Esse pacto completo
foi precedido pela revelação do sacrifício de Cristo; pois o pacto somente foi estabelecido depois da
visão, e esse pacto consistia na promessa de que Israel sairia do Egito com grande riqueza. Baseado
nesse sacrifício, Deus jurou que tiraria Israel do Egito. Quando esse tempo chegou, baseado no pacto,
ele lembrou do seu povo. Aquele pacto foi atestado pela presença de toda a divindade: O Ancião de
Dias – era o fogo fumegante. O Verbo – era o sol da justiça que se pôs; e o Espírito Santo – era a tocha
de fogo que se revolvia entre os pedaços do sacrifício (Gn 15:17); pois o Pacto em si foi feito após essa
revelação (Gn 15:18): Gênesis 15:17: “E quando o sol já estava posto, e era escuro, eis que um forno
fumegante e uma tocha de fogo passaram por entre aquelas metades de carne” (Jr 34:18,19). Gênesis
15:18: “E, naquele mesmo dia, fez o Senhor Jeová um Pacto com Abrão, dizendo: À tua descendência
tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 12:7; 24:7; Êx 23:31; Nm
34:3; Dt 11:24; Js 1:4). Elias estava revivendo naqueles dias, diante de toda a nação, o que Abraão
viveu sozinho, muitos anos antes. (7) “E disse-lhes: Enchei quatro cântaros com água e derramai-a
sobre o holocausto e sobre a lenha”. O alcance do pacto de Deus naquele altar: Os quatro cantos da
nação. Ao fazer isto três vezes, no total, eram 12 cântaros. Um cântaro para cada pedra
1 Reis 18:33: Então, dispôs a lenha, dividiu o novilho em pedaços e
o pôs sobre a lenha, e disse: “Enchei quatro cântaros com água e
derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha”.
(8) “Disse ainda: Fazei-o pela segunda vez; e fizeram-no pela segunda vez”. A perseverança no
quebrantamento. Elias sabia que para encher de fogo o altar, ele deve ser encharcado de
quebrantamento, e de todo o nosso ser: espírito, alma e corpo: três vezes (1Ts 5:23). (9) “E,
novamente, disse: Fazei-o pela terceira vez; e fizeram-no pela terceira vez”. O altar ficou encharcado
de quebrantamento. Os cântaros de água mostram a quantidade, a qualidade e estabilidade de nosso
quebrantamento diante de Deus
1 Reis 18:34: Disse ainda: “Fazei-o pela segunda vez”; e fizeram-
no pela segunda vez. E, novamente, disse: “Fazei-o pela terceira
vez”; e fizeram-no pela terceira vez.
Nos dias em que uma gota de água era algo raríssimo, Elias manda derramar água à vontade. Aquilo
devia causar uma grande ira nos profetas de Baal e de Asera. Quando a água correr, ao redor, é porque,
de fato, há verdade em nosso quebrantamento: “A água corria ao redor do altar; de maneira que o
sulco se encheu de água”. Este foi o conserto do altar. Deus estava pronto para mandar fogo do Céu
1 Reis 18:35: A água corria ao redor do altar; de maneira que o
sulco se encheu de água.
(1) O sacrifício da manhã fala do antigo pacto, mas o sacrifício da tarde fala do novo pacto inaugurado
por Cristo, pois ele morreu no sacrifício da tarde, como o cordeiro oferecido por Deus em nosso favor.
(2) O clamor de Elias foi uma novidade, pois ele colocou no lugar de Jacó, Israel. Este é o nome de
Deus revelado. Três coisas que Deus se interessa: (1) Que seja reconhecido cada dia que ele é o Deus
em Israel; (2) e que somos seus servos, (3) e que por sua palavra fazemos todas as coisas que ele ordena

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1 Reis 18:36: Sendo já o tempo de se oferecer o sacrifício da tarde,
Elias aproximou-se e disse: “Ó Senhor Jeová, Deus de Abraão, de
Isaque e de Israel, seja reconhecido hoje que tu és Deus em Israel,
e que eu sou teu servo, e que por tua palavra fiz todas estas coisas.
(Êx 3:6; 1 Rs 8:43; 2 Rs 19:19; Nm 16:28)
Somente os milagres de Deus levam o homem ao pó. Como Elias orou? A oração não é poder de um
só homem; não é privilégio de quem tem uma vida ilibada e santa (Rm 8:26); não pode ser feita sem
fervor, isto é, sem fé; homens que sofrem as mesmas paixões de Elias (depressão, desconfiança, dúvida,
temerosos, orgulhosos, presunçosos) podem operar milagres através da oração, quanto mais aqueles
que já venceram essas paixões carnais! Tiago 5:17: “Porque também Elias era homem sujeito a paixões
semelhantes às nossas, e orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra por
três anos e seis meses” (1Rs 17:1; At 14:15; Lc 4:25). Os prodígios mediante a fé: A mesma fé que
opera sobre a natureza em protesto contra os pecados dos homens: (1) ora; (2) abre o céu; (3) ordena
a chuva em tempos de sequidão; (4) e a terra dá o seu fruto: Tiago 5:18: “E orou outra vez, e o céu
deu chuva e a terra fez brotar o seu fruto”
1 Reis 18:37: Responde-me, Senhor Jeová, responde-me, para que
este povo reconheça que tu, o Senhor Jeová, és Deus, e que, assim,
farás com que o coração claudicante deles se converta a ti”.
O holocausto foi tão perfeito que tudo foi consumido: (1) holocausto, e (2) a lenha, e (3) as pedras, e
(3) o pó, e também sorveu toda a (4) água que estava no sulco. Isto fala que o sacrifício que Cristo
realizou na cruz foi completamente aceito por Deus. O holocausto, que é o corpo de Cristo; a lenha
que é a cruz; as pedras que são todas as tribos de Israel; o pó, toda a humanidade caída; a água, o
trabalho do Espírito Santo, foi o combustível do fogo de Deus. Toda a água lambida pelo fogo se
transformaria em uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem que atrairia do mar uma
tempestade que inundaria a terra castigada pela seca. A água que parecia ser desperdiçada estava sendo
preparada para se transformar em uma pequena nuvem que atrairia a chuva que estava por cair
somente no mar
1 Reis 18:38: Então, caiu fogo do Senhor Jeová, e consumiu o
holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e também sorveu toda a
água que estava no sulco. (Lv 9:24; 1 Cr 21:26; 2 Cr 7:1)
O trabalho de Elias entendido no ministério de João: (1) Os tipos da Lei, a vinda de João Batista, antes
que venha o Messias. O papel de João, na sua mensagem de arrependimento para os pais e para os
filhos. A bênção da união entre os filhos e os pais, entre os pais e os filhos. Algumas coisas que ali estão
descritas, como a vinda do Reino de Deus sobre o monte com grande glória, onde se viu a majestade
de Deus, assim também acontecerá diante de todas as nações (Êx 24:15-18): Malaquias 4:4: “Lembrai-
vos da Lei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi no Horebe, para todo o Israel, que são os meus
estatutos e os juízos”. João Batista foi o cumprimento desta profecia, antes da primeira vinda de Jesus,
e as duas Testemunhas (Ap 11) serão o cumprimento desta profecia antes da sua segunda vinda. Mas
Deus não ficará sem quem prepare o seu caminho (3:1). Malaquias 4:5: “Eis que eu vos envio o profeta
Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor Jeová” (Mt 11:14; 17:11; Mc 9:11-13; Lc
1:17; Jl 2:11,31). Este é o grande sinal de paz que influencia a vizinhança, a rua, o bairro, a cidade, o
estado, a nação e o mundo: quando os pais e os filhos estão vivendo em plena comunhão, vivendo o
deleite advindo de uma só alma e de um só coração. A conversão a Deus traz muitos benefícios, mas
a maior prova de que estamos convertidos a Deus é quando mostramos que nos convertemos aos
nossos filhos ou aos nossos pais. Esta conversão não tem catecismos, não tem regras, não tem passos,
não tem sermões, tem identificação. Esta conversão tem cumplicidade, tem amor mútuo àquilo que
muitas vezes nos aborrece e que, pela conversão, passa a ser compreendido de uma forma jamais vista
antes. Esta conversão requer comunicação e não ordens; esta conversão acontece porque a produção
cai sem esta sociedade de pais e filhos. Esta conversão reconhece nos pais as experiências e as terras
já pisadas da peregrinação e, no filho, a necessidade do aprendizado de como manter a sua herança
sem ser pródigo e sem estar longe do pai. Esta conversão não se irrita com os brinquedos deixados
pelo chão, nem com as meninices do caçula que, para os pais, nunca cresce. Esta conversão é fruto
de um só sacrifício, o nosso, o sacrifício em que o Cristo é o eu e a cruz são os braços do filho ou do
pai. Este é o grande sinal da vinda de Cristo: a conversão da família ao mesmo amor que foi
demonstrado para o mundo entre o Filho e o Pai, entre o Pai e o Filho, incontestavelmente amados e
amantes eternamente. Algumas famílias vivem a maldição sem saber a causa, e a causa é o campo de
batalha que vivem diuturnamente, onde os inimigos são os da própria casa: Malaquias 4:6: “...e
converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que não aconteça que
eu venha e fira a terra com maldição” (Lc 15:11). (2) Este é o sinal quando o povo se converte a Deus:
O louvor, o arrependimento, a unidade na adoração do único e verdadeiro Deus, isto é, que só o
Senhor Jeová é Deus

68
1 Reis 18:39: Ao contemplar isto, todo o povo se prostrou com o
rosto em terra e disse: “O Senhor Jeová é Deus; o Senhor Jeová é
Deus”. (1 Rs 18:21, 24)
Quando o Cordeiro de Deus morre em favor da nação, os falsos profetas não vivem
1 Reis 18:40: E Elias lhe disse: “Agarrai os profetas de Baal, que
nenhum deles escape”. E agarraram-nos. E Elias fê-los descer ao
ribeiro de Quison (“sinuoso”) e ali os matou. (Dt 13:5; 18:20; 2 Rs 10:24, 25)
O fim da seca (Tg 5:18). Aquilo que Elias nunca deixou de fazer, durante a sequidão, Acabe, o rei,
não fazia há meses: comer e beber. Somente Elias ouvia o ruído de uma grande chuva
1 Reis 18:41: E Elias disse a Acabe: “Sobe, come e bebe, porque já
se ouve o ruído de uma grande chuva”.
A responsabilidade da palavra profetizada é muito grande. Os profetas devem orar, mesmo depois de
ter profetizado. Cada desafio é sempre um novo desafio
1 Reis 18:42: Mas Acabe subiu a comer e a beber. E Elias subiu ao
cume do Carmelo e, prostrado em terra, meteu o seu rosto entre os
joelhos, (1 Rs 18:19, 20; Tg 5:17, 18)
O homem que pediu fogo do céu no tempo de sequidão, agora, pede água. Ele já tinha pedido o fogo
que desceu, e, agora, pede água que deveria subir com o vapor do mar. Como Elias era um homem
de diversidade de operações, ele trabalhava com os números de Deus: três, doze, sete. Cada vez que
o rapaz corria para ver, o milagre se tornava mais real. Na primeira tentativa, sempre, não haverá nem
sinal do milagre. Como Naamã, devemos ter a humildade para descer e, como este jovem, para subir.
A montanha era alta, e o rapaz não o desobedeceu
1 Reis 18:43: e disse ao seu criado: “Sobe agora e olha para a banda
do mar”. Ele subiu, olhou e disse: “Não há nada”. E Elias insistiu,
dizendo-lhe: “Torna a ir por sete vezes”.
Na sétima vez se revelou a aparência do milagre, e não a medida do milagre: do tamanho da mão de
um homem; na perspectiva do rapaz, pela distância que havia entre a nuvem e eles, a medida da
nuvem era muito maior. Elias estava dando tempo ao rei (Jr 12:5). A nuvem do tamanho da mão de
um homem subiu do altar, fruto daqueles 12 jarros de água lançados nos sulcos do altar em tempo de
grande seca: um ato de fé
1 Reis 18:44: Na sétima vez, disse o seu servo: “Eis que se levanta
do mar uma nuvem, do tamanho da mão de um homem”. E disse-
lhe Elias: “Sobe e dize a Acabe: Manda aparelhar o teu carro e
desce, para que a chuva não te impeça de fazê-lo”.
Um homem que tinha poder sobre a água, a terra, o fogo e o vento
1 Reis 18:45: Dentro de pouco tempo, o céu se enegreceu com
nuvens e com ventos, e caiu grande chuva. E Acabe subiu ao carro
e foi para Jezreel. (Tg 5:17)
A mão que o jovem viu era um tipo da mão do Senhor Jeová em forma de nuvem trazendo a chuva.
Como é bom sentir as mãos de Deus sobre a nossa vida
1 Reis 18:46: A mão do Senhor Jeová estava sobre Elias, o qual
cingiu os lombos e correu adiante de Acabe, até à entrada de
Jezreel. (2 Rs 3:15; 4:29)
1 Reis, capítulo dezenove (19)
Elias vai ao Horebe e a intenção de Jezabel. As pessoas más não contam as bênçãos. De que a nação
precisava? De chuva. De que a nação não precisava? Então? Assim são as pessoas más. Elas procuram
uma forma de denegrir o trabalho positivo de outras pessoas que, de forma notória, são maiores do
que elas
1 Reis 19:1: E Acabe relatou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito
e como matara todos os profetas à espada. (1 Rs 18:40)

69
O que era mais importante para esta mulher controladora? A chuva ou os seus aduladores. As pessoas
que são possuídas por espíritos controladores não vivem sem aduladores
1 Reis 19:2: Então, Jezabel enviou um mensageiro a Elias, para
dizer-lhe: “Assim me façam os deuses e ainda mais, se eu, amanhã,
a esta hora, não fizer à tua vida o que fizeste à vida deles”. (1 Rs 20:10;
2 Rs 6:31)
(1) Por que esse homem que tinha tanto poder fugiu diante dessa mulher? Os homens que mulheres
infiéis não conseguem atrair para si com sensualidade têm grande valor, na opinião de mulheres como
Jezabel ou mulheres semelhantes à mulher de Potifar. Ela não era israelita, era de Sidon, e não temia
a Deus nem os seus profetas. (2) Ao atravessar o país, indo em direção ao Sul, Elias chegou a Berseba,
bem no centro da tribo do reino do Sul, Judá. Ali, na terra do juramento, ele se separou do seu criado.
Ele estava procurando algo. Ao vir de Querite, de Sarepta, do Carmelo, onde ele teve experiências
com diversos tipos de água, ele, agora, se encontra no “poço dos juramentos”, Berseba. O homem de
Deus não pode viver sem água e sem referencial
1 Reis 19:3: E quando ele ouviu isso, levantou-se e fugiu; para salvar
a sua vida, foi e chegou a Berseba (“poço de juramento”), que pertence
a Judá, e ali deixou o seu criado.
A fuga de Elias. Jezabel não era uma simples mulher, ela representava a justiça corrupta e comprada
de seus dias. Ela tinha poder judicial e fazia como queria. Quando a justiça está vendida, os inocentes
são culpados e procurados. (1) Elias sabe a posição divina quanto à autodestruição do nosso corpo,
segundo o que está registrado na Escritura: Primeiras leis de proteção. Assassinato e suicídio. Aqui está
estabelecida a lei que rege o assassinato, em contraposição à primeira civilização dos poderosos de
Caim, que viviam erradamente o privilégio sobre a vingança (o sinal de Caim). Agora ele requererá o
sangue daquele que derramar sangue. Também requererá o sangue derramado pelo caçador, sem
intenção de usá-lo para mantimento, somente por esporte. Por outro lado, a Bíblia estabelece uma lei
sobre o suicídio. Aquele que tirar a sua própria vida será condenado, e seu sangue será requerido de
si mesmo no juízo eterno: Gênesis 9:5: “Por certo requererei o vosso sangue, por vós mesmos
derramado, e o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também o requererei do
homem mais forte, sim, da mão do irmão de cada homem requererei a alma do homem” (Êx 21:28;
Gn 4:9,10). (2) Então, ele pede a sua morte. Sabemos que nunca foi atendido. Ele não era melhor do
que os seus pais, mas tinha experimentado muito mais de Deus do que eles! Jonas viveu este mesmo
drama, mas não pelo mesmo motivo, e sim porque Nínive se convertera
1 Reis 19:4: Então ele andou pelo deserto a jornada de um dia de
caminho, e veio e se assentou debaixo de uma acácia; e pediu para
si a morte, dizendo: “Basta; tira, ó Senhor Jeová, a minha vida, agora,
porque não sou melhor do que meus pais”. (Tg 4:3, 8; Nm 11:15; Jn 4:3, 8)
Quando não podemos morrer, devemos dormir. Ele dormiu. Sozinho nesta vida, sem esposa, sem
família, o homem tem certas preferências estranhas, pois anda como o coxo do tanque de Betesda.
Dormindo debaixo da árvore do deserto, um tipo de sua própria pessoa, da mesma natureza da caixa
da Arca, ele não teve nenhuma revelação, mas experimentou ter uma conversa com um anjo de Deus.
Ele foi orientado a levantar-se e a comer. Os céus estavam investindo nele
1 Reis 19:5: E deitou-se e dormiu debaixo de uma acácia; e eis que
um anjo o tocou, dizendo-lhe: “Levanta-te e come”.
Os mesmos que prepararam as brasas para Jesus, o ressurreto, prepararam aquele braseiro: pão cozido
e uma botija de água. Mas ele desprezou aquela manifestação angelical. Não quis prosseguir. Deus
tinha enviado um anjo comum das suas hostes. Mas, a depressão de um profeta não se cura com pão
e água. Como se cura a depressão de um profeta?
1 Reis 19:6: E olhou, e eis que junto à cabeça havia um pão cozido
sobre as brasas e uma botija de água; então comeu e bebeu, e
tornou a deitar-se.
Então, o próprio Anjo do Senhor, que comandava aquela missão, o tocou. Deitado, Elias recebe o
toque do Anjo do Senhor, uma das últimas revelações do Anjo do Senhor no Antigo Testamento. Ele
recebe confirmação da sua ida ao Horebe. No mesmo lugar onde Moisés recebeu a sua revelação de
imortalidade, na sarça, ele tem um encontro marcado com Deus. Uma das terapias para quem está
deprimido é (1) Levantar-se, (2) andar, (3) buscar conhecer o pacto de Deus através da sua Palavra
dita

70
1 Reis 19:7: E, pela segunda vez, o Anjo do Senhor Jeová o tocou
e lhe disse: “Levanta-te e come, porque a jornada será
demasiadamente comprida para ti”.
Não foram (1) corvos, não foi (2) uma viúva, mas foi (3) o Anjo do Senhor que o confortou com aquela
comida e com aquela bebida celestial, que perdura 40 dias em nosso corpo fazendo o seu efeito
duradouro. Alimento que os anjos ministraram a Moisés e a Cristo
1 Reis 19:8: E levantou-se, e comeu e bebeu; e, com a força daquela
comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites, até que chegou
a Horebe (“seco”), o monte de Deus. (Êx 3:1; 34:28; Dt 9:9-11, 18; Mt 4:2)
Elias no monte Horebe e o seu encontro com Deus (Êx 32:18). Este monte não fica no Egito, mas na
Arábia, no lado Leste do golfo de Ácaba. Os dois montes de Deus são Sião e Jerusalém. Quando Deus
der liberdade a Israel e a Ismael, ambos os montes serão livres, juntamente com as suas nações. Hoje,
ambos os montes estão em escravidão. Elias esteve ali, e Deus lhe recordou algumas coisas
importantes. Novamente veio sobre ele a Palavra do Senhor, pois o Espírito Santo estava sobre ele.
Deus queria saber se ele tinha consciência a respeito daquilo que ele estava fazendo ali, naquela
cordilheira. As experiências que teve com os corvos, o anjo, o Anjo do Senhor, culminam com a voz
de Deus, o Pai
1 Reis 19:9: Estando ali, entrou numa caverna, onde se alojou. E
eis que veio sobre ele a palavra do Senhor Jeová, dizendo-lhe: “Que
fazes aqui, Elias?”
Depois que Deus fez um pacto com Abraão, fez uma outra proposta para Moisés: fazer dele um novo
povo, e recomeçar tudo de novo. Elias veio falar com Deus a respeito do seu pacto e saber que planos
tinha, se não havia outro plano, outro chamado. Mas Deus não queria fazer um novo pacto, Deus
tinha outros planos. Elias pensava que ele era o único que escapara da corrupção de seus dias. Mas,
para sua surpresa, havia outros milhares que não dobraram o seu joelho a Baal: 1 Reis 20:13-15: “Eis
que um profeta se aproximou de Acabe, rei de Israel, e lhe disse: Assim diz Senhor Jeová: Viste toda
esta grande multidão? Pois, hoje, a entregarei nas tuas mãos, e saberás que Eu Sou o Senhor Jeová
(1Rs 20:28). Perguntou-lhe Acabe: Por meio de quem? E ele respondeu: Assim diz o Senhor Jeová:
Por meio dos jovens servos dos príncipes das províncias. Então, Acabe lhe perguntou: Quem começará
a batalha? E respondeu-lhe: Tu. Então fez a contagem dos jovens, servos dos príncipes das províncias,
e eram duzentos e trinta e dois; depois deles fez a contagem de todo o povo, a saber, dos filhos de
Israel, e eis que eram sete mil”. Eis aí os sete mil servos de Deus que não dobraram os seus joelhos a
Baal. Onde estariam aqueles sete mil?
1 Reis 19:10: E ele respondeu: “Tenho sido zeloso pelo Senhor
Jeová, o Deus dos exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o
teu Pacto, derrubaram os teus altares e mataram à espada os teus
profetas; e somente eu fiquei, e procuram tirar a minha vida”. (1 Rs
18:4, 22; Rm 11:3)
Através dos movimentos de Deus, percebemos os temperamentos predominantes nos homens,
especialmente nos profetas de Deus, como Elias. Assim como as faces do querubins falam dos
temperamentos predominantes nos homens, as manifestações naturais também falam de como Deus
trata com cada um. A face de leão fala do temperamento colérico; a face de boi fala do temperamento
fleumático; a face de águia fala do temperamento melancólico e a face de homem fala do
temperamento sanguíneo. O temperamento predominante e o temperamento secundário de Elias
eram o colérico e o melancólico. Isto quer dizer que ele era uma pessoa insuportável, socialmente
falando. Como Deus o conhecia, não falou com ele por meio do forte vento (de forma colérica, um
grande e forte vento fendia os montes e esmiuçava as penhas), nem por meio do terremoto (de forma
sanguínea), nem por meio do fogo (de forma melancólica), mas, por meio de uma brisa suave (de
forma fleumática). Assim que Deus respeita e fala com os seus filhos, usando o temperamento oposto
ao temperamento que neles é predominante: (1) Eis que o Senhor Jeová passava, e um grande e forte
vento fendia os montes, e esmiuçava as penhas diante dele; porém, o Senhor Jeová não estava no
vento. Depois do vento, (2) um terremoto; porém, o Senhor Jeová não estava no terremoto. Depois
do terremoto, (3) um fogo; porém, o Senhor Jeová não estava no fogo. E, depois do fogo, (4) uma voz
mansa e suave. Era hora de cuidado. Deus queria curá-lo, mas ele não deixava aquela capa de
celebridade
1 Reis 19:11: E Deus lhe disse: “Sai e põe-te neste monte, diante do
Senhor Jeová”. Eis que o Senhor Jeová passava, e um grande e forte

71
vento fendia os montes, e esmiuçava as penhas diante dele; porém,
o Senhor Jeová não estava no vento. Depois do vento, um terremoto;
porém, o Senhor Jeová não estava no terremoto. (Êx 24:12; Ez 1:4; 37:7)
A cura da depressão não acontece com tratamento de choque, vem com o amor. Mas precisamos
deixar a antiga capa de lado, e receber o carinho de Deus
1 Reis 19:12: Depois do terremoto, um fogo; porém, o Senhor
Jeová não estava no fogo. E, depois do fogo, uma voz mansa e
suave.
A voz mansa e suave lhe curou e o retirou da caverna. Mas ele ainda precisava de cuidado. Ele
precisava de algo mais do que uma simples capa de profeta. Ele precisava de um cobertor. Os grandes
homens de Deus não sabem procurar ajuda, e procuram curar a si mesmos e se negam a trocar a capa
de seu ministério por um lençol aconchegante, até à sua cura. Pela segunda vez, Deus lhe pergunta:
“Que fazes aqui, Elias?”
1 Reis 19:13: E, ouvindo-a Elias, envolveu o rosto na sua capa e,
caminhando para fora, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio
uma voz, que lhe dizia: “Que fazes aqui, Elias?”
Ele responde pela segunda vez a mesma coisa. Ele estava convicto disso. Mas tinha alguns dados
equivocados (v.10)
1 Reis 19:14: Ele respondeu: “Tenho sido em extremo zeloso pelo
Senhor Jeová, Deus de Israel, porque os filhos de Israel deixaram o
teu Pacto, derrubaram os teus altares e mataram à espada os teus
profetas; e somente eu fiquei e procuram tirar a minha vida”. (1 Rs
18:22; 19:10)
Por que Elias não obedeceu a Deus? Deus ordenou a Elias que ungisse os homens-chave dos próximos
capítulos da história bíblica, quando Elias estava na caverna de Horebe: 1 Reis 19:15-18: “E disse-lhe
o Senhor Jeová: Vai, volta ao teu caminho pelo deserto de Damasco; e, quando ali chegares, ungirás
a Hazael como rei sobre a Síria. E a Jeú, filho de Ninsi, ungirás como rei sobre Israel, e a Eliseu, filho
de Safate, de Abel-Meolá, ungirás para ser profeta em teu lugar (2Rs 9:1-3; 1Rs 19:19-21; 2Rs 2:9,15).
Quem escapar da espada de Hazael, Jeú o matará; e quem escapar da espada de Jeú, Eliseu o matará
(2Rs 8:12; 9:14; 13:3,22). Contudo, reservarei vivos, para mim, sete mil em Israel; todos os joelhos
que se não inclinaram a Baal, e todas as bocas que o não beijaram” (Rm 11:4; Os 13:2)”. 2 Reis 8:12:
“Então, disse Hazael: Por que chora o meu senhor? E ele lhe disse: Porque eu sei o mal que farás aos
filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e aos seus jovens matarás à espada, e aos seus meninos
despedaçarás, e as suas mulheres grávidas fenderás”. A confirmação da profecia, por Eliseu: 2 Reis
8:13: “Então, disse Hazael: Pois, quem é teu servo, pois não é mais do que um cão, para fazer tão
grande mal? E disse Eliseu: O Senhor Jeová me mostrou que tu serás o rei da Síria”. Sabemos que o
mesmo Espírito que atuava em Elias estava sobre Eliseu, e era o mesmo Espírito que estaria atuando
sobre Eliseu. Sabemos que não foi Elias quem ungiu o rei Jeú, mas Eliseu, de forma indireta, através
dos discípulos de profetas. Esta é a prova de que o Espírito de Elias era o Espírito Santo, o qual atuou
sobre ambos. Posso entender claramente que Elias foi retirado da terra prematuramente. Ele não teve
tempo de cumprir os planos de Deus na sua vida por causa da sua depressão. Ele se tornou uma pessoa
inflexível, e tornou-se um exemplo negativo que os líderes de hoje têm seguido, erradamente. No caso
das três companhias que lhe foram enviadas, ele perdeu a oportunidade de cumprir o seu ministério
e Deus resolveu tirá-lo da terra por meio de um redemoinho, isto é, Deus veio com o seu trono e o
levou, já que o redemoinho era um sinal da presença do trono de Deus (Ez 10)
1 Reis 19:15: E disse-lhe o Senhor Jeová: “Vai, volta ao teu caminho
pelo deserto de Damasco; e, quando ali chegares, ungirás a Hazael
(“Deus vê”) como rei sobre a Síria (“enganosa”). (2 Rs 8:12, 13)
1 Reis 19:16: E a Jeú (“ele é Jeová”), filho de Ninsi (“separado do Senhor”),
ungirás como rei sobre Israel, e a Eliseu (“Deus é salvação”), filho de
Safate (“ele julgou”), de Abel-Meolá (“prado da dança”), ungirás para ser
profeta em teu lugar. (2 Rs 9:1-3; 1 Rs 19:19-21; 2 Rs 2:9, 15)
Devemos ler 2 Reis 13 para ver o cumprimento desta história. Quando Eliseu caiu doente, da doença
pela qual morreu, Joás, rei de Israel, veio visitá-lo. Foi, então, que o profeta conferiu a Joás, em nome
do Senhor, o poder do julgamento sobre aqueles que escaparam da espada de Jeú, isto é, depois de

72
Hazael e seus sucessores. Jeú foi incapaz de defender o território de Israel contra a Síria; mas, Eliseu,
antes de sua morte, atua e o rei de Israel derrota os seus conquistadores, através das mãos do rei que
eram dirigidas pelo profeta; e o rei, embora não o obedecesse cem por cento, age e alcança algumas
vitórias
1 Reis 19:17: Quem escapar da espada de Hazael, Jeú o matará; e
quem escapar da espada de Jeú, Eliseu o matará. (2 Rs 8:12; 9:14; 13:3, 22)
1 Reis 20:13-15: “Eis que um profeta se aproximou de Acabe, rei de Israel, e lhe disse: Assim diz
Senhor Jeová: Viste toda esta grande multidão? Pois, hoje, a entregarei nas tuas mãos, e saberás que
Eu Sou o Senhor Jeová (1Rs 20:28). Perguntou-lhe Acabe: Por meio de quem? E ele respondeu: Assim
diz o Senhor Jeová: Por meio dos jovens servos dos príncipes das províncias. Então, Acabe lhe
perguntou: Quem começará a batalha? E respondeu-lhe: Tu. Então fez a contagem dos jovens, servos
dos príncipes das províncias, e eram duzentos e trinta e dois; depois deles fez a contagem de todo o
povo, a saber, dos filhos de Israel, e eis que eram sete mil”. Eis aí os sete mil servos de Deus que não
dobraram os seus joelhos a Baal. Onde estavam estes sete mil homens? Estavam no campo, e eram
pessoas comuns. Uma nova geração de jovens cheios do Espírito Santo surgia, e Elias pensava que o
seu trabalho tinha sido em vão até àquele momento. Não devemos nos preocupar com o que Deus
fará nascer, depois do nosso trabalho como semeador. Se Elias semeou no altar, as sementes
germinarão
1 Reis 19:18: Contudo, reservarei vivos, para mim, sete mil em
Israel; todos os joelhos que se não inclinaram a Baal, e todas as
bocas, que o não beijaram. (Rm 11:4; Os 13:2)

QUINTA AULA
6. "ABRAÃO, NÃO POSSO TE ABENÇOAR
SOBRE INCESTO; JACÓ, NÃO POSSO TE
ABENÇOAR COMO ESAÚ".

I - Ele estava passando o limite da obediência. Depois da promessa vem a prova


Gênesis 12:9: E, depois, continuou Abrão o seu caminho,
seguindo, cada vez mais, para o sul.
Abrão desce para o Egito, recebe os bens de Faraó e se compromete
Gênesis 12:10: E havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu
ao Egito, para morar ali temporariamente, porquanto era
grande a fome na terra. (Gn 26:1)
Os subterfúgios do marido, a primeira ferida de Sara, sendo usada pela sua beleza
Gênesis 12:11: E quando ele se aproximou da entrada do Egito,
disse a Sarai, sua mulher: “Bem sei que és mulher formosa à
vista;
Gênesis 12:12: será que, quando os egípcios te virem, dirão:
Esta é sua mulher. E me matarão e a ti te deixarão viver. (Gn
20:11)
Quando o marido obriga a sua mulher a mentir. Deus a salvará, mas o seu marido será
disciplinado
Gênesis 12:13: Dize, então, que és minha irmã, para que me
vá bem por tua causa, e viverá a minha alma por tua causa”. (Gn
20:5, 13; 26:7)
Gênesis 12:14: E aconteceu que, entrando Abrão no Egito,
viram os egípcios que a mulher era mui formosa. (Mt 5:28)
Bênção e o elogio de Faraó são dados sempre com um interesse; e nas bênçãos de Faraó sempre
vem uma semente do Egito que transtornará a história da vida de quem a recebe: Agar

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Gênesis 12:15: E os príncipes e servos de Faraó a viram e
gabaram-na diante dele; e a mulher foi levada ao palácio de
Faraó. (Gn 20:2)
Gênesis 12:16: E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este
veio a ter ovelhas, bois, jumentos, servos e servas, jumentas e
camelos. (Gn 20:14)
O perigo iminente e a salvação de Sarai
Gênesis 12:17: Feriu, porém, o Senhor Jeová a Faraó e à sua
casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
(Gn 20:18; 1 Cr 16:21; Sl 105:14)
O Egito vive da mentira, mas sela documentos somente sob a verdade. O mundo procura a
verdade quando esta não o compromete
Gênesis 12:18: E chamou Faraó a Abrão, e disse: “Que é isto
que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua
mulher? (Gn 20:9, 10)
Sara passou por dois grandes perigos, e este era o grande ataque à semente da mulher. Mas Deus
a livrou de ambos. Ela jamais foi tocada nem por Faraó, nem por Abimeleque
Gênesis 12:19: Por que disseste: É minha irmã? De maneira
que a tomasse como mulher! Agora, pois, eis aqui tua mulher;
toma-a e vai-te”.
A bênção de Faraó lhe acrescentará dores
Gênesis 12:20: E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito
dele, os quais o despediram, a ele, a sua esposa, e a tudo o que
tinha. (Pv 21:1)
Gênesis, capítulo treze (13)
No meio das bênçãos de Faraó, estava Agar, que ainda era uma menina egípcia. Dois problemas:
Ló e Agar
Gênesis 13:1: E subiu Abrão do Egito para o Neguebe, levando
a sua mulher e tudo o que tinha, e Ló estava com ele. (Gn 12:9)
A separação de Abrão e Ló. A discussão entre os pastores de Ló e os pastores de Abrão
Gênesis 13:2: Abrão era próspero em gado, e rico em prata e
em ouro.
Saudades do altar. No Egito não se constrói altar
Gênesis 13:3: Nas suas jornadas, subiu do Neguebe para Betel,
até o lugar onde, anteriormente, tinha plantado a sua tenda,
entre Betel e Ai; (Gn 12:8, 9)
Gênesis 13:4: e veio ao lugar do altar que, antes, ali, edificara;
e ali Abrão invocou o nome do Senhor Jeová. (Gn 12:7, 8)
Gênesis 13:5: E também Ló, que acompanhava a Abrão, tinha
rebanhos, gado e tendas.
A terra é pequena para Abraão, enquanto ele carregar consigo um intruso. Os cananeus verão o
mau testemunho que os servos de Deus darão
Gênesis 13:6: A terra não era suficiente para sustentá-los e, ali,
viverem juntos; porque os seus bens eram tantos que não
podiam conviver.

74
Gênesis 13:7: Então, houve grande contenda entre os pastores
do gado de Abrão, e os pastores do gado de Ló. E, naquele
tempo, os cananeus e os ferezeus habitavam na terra. (Gn 26:20)
A escolha de Ló: ele escolhe as campinas do Jordão e se aproxima definitivamente de Sodoma.
Abraão despede Ló sem pacto, sem culto a Deus. O homem de fé sabe que Deus estará com ele
em qualquer decisão
Gênesis 13:8: Então, Abrão disse a Ló: “Não haja contenda
entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores,
porque somos irmãos. (Pv 15:18; 20:3)
O Deus que está à direita também pode estar à esquerda. A decisão certa não é aquela que,
apontada pelo misticismo, orienta a fé do homem, mas aquela que é tomada por fé orientadora
Gênesis 13:9: Porventura, não está toda a terra diante de ti?
Separa-te de mim, rogo-te. Se tu escolheres a esquerda, irei para
a direita; e se escolheres ir à direita, eu irei à esquerda”.
Ló, o homem das campinas, admirador da aparência. Ele rejeitava os montes
Gênesis 13:10: E Ló alçou os olhos, e viu toda a planície do
Jordão, que era toda bem irrigada, antes de o Senhor Jeová
haver destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do
Éden, e como o Egito, em direção à terra de Zoar. (Gn 19:17-29; Dt
34:3; Gn 2:8; 14:8; 47:6)
Ló quer dizer “véu”. O véu dos olhos de um homem pode ser um parente que se arrasta ao seu
lado sendo um grande problema até para o seu matrimônio. A planície do Jordão ainda continua
sendo uma grande tentação para homens que somente acompanham e não tem nenhum destino
Gênesis 13:11: Então, Ló (“véu”) escolheu para si toda a planície
do Jordão, e partiu para o Oriente; e assim se apartaram um do
outro.
A aproximação lenta e silenciosa de Sodoma. Os passos da queda de Ló. Escolheu uma cidade
onde perderá para sempre a sua família. Pouco a pouco ele foi armando a sua tenda como Jacó
fará em Siquém, quando voltar de Padã-Arã
Gênesis 13:12: E habitou Abrão nas montanhas de Canaã, e Ló
habitou nas cidades da planície, e foi armando as suas tendas
até chegar em Sodoma. (Gn 19:29)
Ló entregará a sua família às mãos da perversidade de Sodoma. Algumas cidades podem mudar
o destino de nossos filhos
Gênesis 13:13: E os homens de Sodoma eram pervertidos e
pecavam gravemente contra o Senhor Jeová. (Ez 16:49; 2 Pe 2:6, 7;Gn
18:20)
A escolha de Abrão: Hebron; sua tenda e seu altar. Sem o véu (Ló), Abraão está pronto para ver
corretamente aquilo que Deus quer lhe mostrar: Deus jamais dará o que nós merecemos
enquanto não nos afastarmos daqueles que roubam as nossas bênçãos. Ló impedia o
conhecimento do futuro e a revelação dos segredos de Deus
Gênesis 13:14: E o Senhor Jeová disse a Abrão, depois que Ló
se apartou dele: “Ergue agora os olhos, e olha desde o lugar
onde estás, para o Norte, para o Sul, para o Oriente e para o
Ocidente; (Gn 28:14; Dt 3:27)
Gênesis 13:15: porque toda a terra que tu vês te hei de dar a ti
e à tua descendência, para sempre. (Gn 12:7; 17:8; Dt 34:3; At 7:5; 2 Cr 20:7)
A descendência de Adão foi tirada do pó, mas a descendência de Abraão seria contada como o
pó. O primeiro fala da perenidade, o segundo fala de infinitude

75
Gênesis 13:16: E farei a tua descendência como o pó da terra;
porque, se alguém puder contar o pó da terra, então, também,
se poderá contar a tua descendência. (Gn 16:10; 28:14)
A peregrinação é a demarcação da herança, pois a fita métrica de Deus estava nas suas canelas
Gênesis 13:17: Levanta-te, peregrina nesta terra, no seu
comprimento e na sua largura; porque a ti a darei”. (Nm 13:17-24)
Desarme o temporário e cresça junto com o eterno (carvalhos). Os véus podem ser um
impactante estorvo na nossa visão e no desenvolvimento de nossas metas. Ele foi habitar junto
aos carvalhos, onde o seu altar não teria necessidade de combustível
Gênesis 13:18: Então, Abrão desarmou as suas tendas, e foi
habitar junto aos carvalhos de Manre, em Hebron; e ali edificou
um altar ao Senhor Jeová. (Gn 14:13; 35:27)
Gênesis, capítulo quatorze (14)
A guerra dos reis. A experiência de Abrão em batalhas. A restituição dos bens de Ló. O panorama
da sua grande vitória. Deus engrandecerá o desafio para que a sua vitória seja maior
Gênesis 14:1: E aconteceu que, naquele tempo, Anrafel, o rei
de Sinar, Arioque, o rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e
Tidal, o rei de Goim, (Is 11:11; Dn 8:2)
Gênesis 14:2: fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei
de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, a Semeber, rei de Zeboim,
e ao rei de Bela, que é Zoar. (Gn 10:19; Dt 29:23; Gn 13:10)
Gênesis 14:3: E todos estes se ajuntaram no vale de Sidim, que
é o mar Salgado. (Nm 34:12; Dt 3:17; Js 3:16)
Ofereceram mais tempo de tribulação do que de serviço
Gênesis 14:4: Doze anos serviram a Quedorlaomer, mas ao
décimo terceiro se rebelaram.
Eles venceram os grandes gigantes daquele tempo, abrindo caminho para o futuro de Abrão (Dt
2)
Gênesis 14:5: Por isso, ao décimo quarto ano da rebeldia, veio
Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos
refains, em Astarote-Carnaim, aos zuzins, em Hã, e aos emins,
em Savé-Quiriataim, (Gn 15:20; Dt 2:20)
Gênesis 14:6: e aos horeus, no seu monte Seir, até à planície
de El-Parã, que está junto ao deserto. (Dt 2:12, 22)
Gênesis 14:7: E voltaram e vieram à planície de En-Mispate
(que é Cades), e feriram todo o campo dos amalequitas e
também o campo dos amorreus, que habitavam em Hazazon-
Tamar. (2 Cr 20:2)
Por que Deus permitiu isso? Para tratar com Ló e recuperar os dízimos de Abrão que foram nas
mãos de Ló, quando deveriam ser entregues nas mãos de Melquisedeque
Gênesis 14:8: E saíram os reis de Sodoma, de Gomorra, de
Admá, de Zeboim e de Bela, que é Zoar, e todos estes
ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim,
A vitória de Abraão será valorizada ainda mais, à medida que a dificuldade se apresentar

76
Gênesis 14:9: contra Quedorlaomer, rei de Elão, Tidal, rei de
Goim, Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Elasar; quatro reis
contra cinco.
A grande guerra deu-se no meio de grande fartura econômica desconhecida naquele tempo.
Assim é hoje, quando os homens se digladiam sobre fontes inesgotáveis de economia, enquanto
Deus os contempla com tristeza
Gênesis 14:10: E o vale de Sidim estava cheio de poços de
betume; e fugiram os reis de Sodoma e de Gomorra e caíram
ali; e os que se salvaram fugiram para os montes.
Grandes conquistas servem para motivar grande cultos, grandes ofertas e resgatar grandes perdas
Gênesis 14:11: E tomaram todos os bens de Sodoma e de
Gomorra, e todo o seu mantimento, e se foram. (Gn 14:16, 21)
Homens fiéis podem até perder, mas recuperam o que foi perdido
Gênesis 14:12: E tomaram a Ló, filho do irmão de Abrão, que
habitava em Sodoma, e os seus bens, e partiram. (Gn 12:5; 13:12)
A força daquele que decide morar entre os carvalhos é maior do que aquele que decidiu habitar
nos jardins de Sodoma. Nossas escolhas transformam, com grande impacto, o futuro de nossa
descendência
Gênesis 14:13: E veio um que escapou, e o relatou a Abrão, o
hebreu. Este habitava junto dos carvalhos de Manre, o
amorreu, irmão de Escol e de Aner; e estes eram aliados de
Abrão. (Gn 13:18; 14:24)
Gênesis 14:14: Escutando Abrão, de um fugitivo, que o seu
irmão estava preso, levou os seus homens treinados, nascidos
em sua casa, em número de trezentos e dezoito, e perseguiu
aqueles reis até Lais (“que é Dã”). (Gn 13:8; 15:3)
Gênesis 14:15: E caíram contra eles de noite, ele e os seus
servos, que se distribuíram e os feriram, perseguindo-os até
Hobá, que fica à esquerda de Damasco.
Aquele que havia escolhido as campinas do Jordão agora depende do perdão e da misericórdia
de um grande vencedor
Gênesis 14:16: E tornou a trazer todos os bens, e tornou a
trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as
mulheres e as demais pessoas. (Gn 14:11, 12)
O aparecimento de Melquisedeque, o cananeu que conhecia o pacto de Deus com Noé. Um
tipo de Cristo; a mesma ordem da qual Cristo fará uso para introduzir o sacerdócio da Graça
para benefício de todas as nações (Hb 7). A continuidade da doutrina dos dízimos que foi
estabelecida antes dos dias de Abel. O sacerdócio superior de Melquisedeque e seu cerimonial:
Altar, pão, vinho e dízimos
Gênesis 14:17: E depois que Abrão voltou de ferir a
Quedorlaomer, e aos reis que estavam com ele, o rei de Sodoma
saiu-lhe ao encontro no vale de Savé, que é o vale do Rei. (1 Sm
18:6, 18)
Agora ele faz o certo, oferece o dízimo de tudo, inclusive dos bens de Ló, os quais não haviam
sido consagrados quando da separação. A primeira aparição do sacerdócio universal segundo a
ordem de Melquisedeque, tipo de Cristo (Hb 7:4-7). A Bíblia fala da linhagem sacerdotal de
Cristo. O Sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque. Em Gênesis 14 e 15. Os
capítulos mais importantes da vida de Abraão. No capítulo 14 ele recebe Melquisedeque,
quando vem de uma guerra contra o rei de Sodoma. Aqui está a origem da linhagem sacerdotal
de Cristo. Em Gênesis 15 vemos que Deus dá a Abrão o direito de entrar na terra. Na verdade,
Melquisedeque era da descendência de Cam, de Jebus, capital dos cananeus. Era rei e sacerdote.

77
Sua família era família de reis. Ele optou pelo Deus criador, o Deus de Abrão. O Deus único.
Toda sua família e seus antepassados estavam debaixo de uma maldição: a maldição da impureza
sexual. Mesmo assim, ele não aceitou esta maldição sobre a sua vida. Ele soube que Abrão tinha
uma bênção: a de abençoar os que lhe abençoassem. Melquisedeque veio ao seu encontro para
abençoar e ser abençoado. Naquele momento, Melquisedeque recebeu as bênçãos de Abrão,
que foram maiores que as maldições de Noé. De onde vinha Abrão? Vinha de uma grande
guerra, da qual saiu vitorioso, das terras de Sodoma e Gomorra, onde Ló, seu sobrinho morava.
Melquisedeque era um cananeu abençoando a um hebreu, uma aparente contradição, se
compararmos com a bênção e maldição de Noé, no capítulo 9:24, 25 de Gênesis.
Melquisedeque agora tem bênção. Seu sacerdócio é tomado por Deus para estabelecer o trabalho
universal de Cristo. Veja que bênção. O sacerdócio de Melquisedeque é uma representação do
sacerdócio universal. O Sacerdócio universal é o mesmo que sacerdócio real que foi prometido
a Israel, já existia desde os dias antigos. Melquisedeque estava cedendo o direito a Abrão no
capítulo 14, para que pudesse oferecer sacrifícios com outra unção no capítulo 15. Se não
participasse daquela nova unção, o construtor de altares estaria em sua tradição, mas não com
a bênção de Melquisedeque. Seu ministério seria restaurado e renovado para poder oferecer este
tipo de sacrifício no capítulo 15. Neste capítulo 15, seu altar é ampliado, fruto do encontro com
Melquisedeque, tipo de Cristo (Hb 7). A importância dos primogênitos neste sacerdócio.
Somente os primogênitos podiam perpetuar o sacerdócio universal, já que qualquer povo podia
oferecer holocaustos ao Deus Criador. A prova é que Melquisedeque, sem ser semita, era
sacerdote universal. Seu sacerdócio não estava condicionado a um limite nacional. Mas os
primogênitos falharam. O propósito de Êxodo 19:5, 6 é guardado até Moisés. Neste tempo,
Deus nacionaliza o sacerdócio e o limita em uma única nação, levanta uma tribo em lugar de
uma nação. Mas os levitas que haviam sido levantados em lugar dos primogênitos em Números
3 também falharam. Deus levanta nazireus, como porta emergente. A importância dos nazireus.
Os nazireus sustentam o propósito em Sansão, Samuel e João Batista. Os nazireus tomam conta
do sacerdócio e, distante dos templos, oferecem sacrifícios de louvor. Redescobrem o Sacerdócio
de Melquisedeque. Nos dias de Samuel, com a fundação das escolas de profetas, os profetas e
seus filhos redescobrem a música na oração (adoração), os instrumentos musicais, o monte, a
profecia ministrada, o vinho e o pão de Melquisedeque, os três cabritos de Abrão do capítulo
15. Todos os nazireus foram frutos da impossibilidade, suas mães eram estéreis. Seus filhos não
eram parte do sistema comum de sacerdócio; Deus interviu e eles passaram pela prova e
entraram pelas portas do ministério. O sacerdócio de Melquisedeque. O Reino de Príncipes e
Sacerdotes. O sacerdócio Arônico foi uma emergência. Deus não queria usar dessa possibilidade.
O sacerdócio que desejava para o povo eleito era o sacerdócio de Melquisedeque. Com ele, toda
a nação sem distinção poderia ser um corpo de ministros; uma nação literalmente santa. Eram
grandes as diferenças entre o sacerdócio arônico, da tribo de Levi e o sacerdócio
melquisedequeano. Para Deus instituir um novo sacerdócio Ele teria que mudar as leis e isso
causava uma mudança radical na manifestação e cumprimento de seu propósito universal. Deus
não escolheu Israel como único modelo adequado. Pelo contrário, Deus nos dá outras razões
por que o havia escolhido: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes
a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda
a terra é minha, e vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que
falarás aos filhos de Israel” (Êx 19:5, 6). O objetivo do Senhor Deus em escolher Israel como
nação não foi para que este povo, ao ser eleito, se pusesse como o único privilegiado nessa
escolha. Ao contrário disso, esta nação fora escolhida para abençoar outras nações. Mas Israel
se orgulhou disso. Esqueceu sua incumbência e o ofício dessa escolha e apegou-se ao seu
privilégio e cometeu muitos erros. O mesmo que acontece com as denominações, aconteceu
com Israel: (a) O aparecimento dos preconceitos exclusivistas e (b) O afastamento dos propósitos
divinos. Deus escolheu uma nação para uma grande missão, mas ela se fez ociosa por causa dos
privilégios desse encargo e esqueceu-se do serviço que lhe incumbia seu Senhor. O sentido da
escolha de Israel não foi para conceder-lhe uma grandeza político-social ou dar-lhe o título de
potência econômica com objetivos de destruir e suplantar os povos da terra, julgando-os com
vara de ferro. O sentido da escolha de Israel não era para que os privilégios suplantassem as
grandes incumbências que lhe foram dadas. O sentido da escolha de Israel não foi para que se
julgasse protegido incondicionalmente por Deus como se fora seu favorito! Nem para
menosprezar os demais povos que não pertenciam à nação eleita. O sentido da escolha de Israel,
como o da escolha de um homem a um ministério, era para benefício dos outros e não para o
orgulho de um só. Isso implica em sofrimento, tribulações e sacrifícios em favor de todos (Jo
3:16). O sentido da escolha de Israel não foi o favoritismo, a grandeza política, social e
econômica daquela nação; o objetivo não era um reino teocrático nacional, porque se fosse por
isso Deus teria falhado. Onde estaria essa grandeza política? Onde estaria essa potência
econômica? Onde estaria esse reino teocrático? Como pôde desprezar a um povo a quem
escolheu? Como pôde permitir sua divisão e humilhação na maior parte de sua história? O
fracasso político, social e o protecionismo deste povo nos leva ao entendimento de que não foi
este o objetivo divino! Qual foi o sentido da escolha de Israel? Foi dar humanidade ao seu
propósito, ao seu reino, à sua divindade, àquilo que era somente luz, espírito, celestial. Era

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manifestar sua glória entre os homens. Embora Israel tenha falhado, a semente desta mulher
não falhou (Ap 12:3-5; Gn 3:15). Ele foi um homem eleito que substituiu a nação eleita, mas
nem por isso o propósito de Deus deixou de ser realizado por um judeu obediente e humilde
(Jo 5:19). Esse judeu humilde não se tornou ocioso pelo privilégio de poder ser o primogênito
dos mortos ou o crucificado, o Unigênito de Deus. Ele simplesmente esvaziou seu coração de
toda a usurpação (Fl 2:5-8) e apegou-se à incumbência da cruz. Ele estava interessado em chegar
ali no Calvário, como Paulo queria chegar a Roma. Assim, Jesus restituiu o sacerdócio universal
esquecido por Israel. Era assim que Deus queria que fosse: Que Israel como nação fosse o que
Levi é para Ele: Tribo sacerdotal. Isto era apenas um modelo nacional daquilo que poderia ter
sido o original do propósito universal para Israel. Este não é o primeiro modelo sacerdotal
universal. Este sacerdócio levítico foi outro sacerdócio. Pela falha de Israel em não querer
obedecer às prerrogativas divinas para ser uma bênção para todas as famílias da terra, o
sacerdócio universal por um tempo foi posto de lado. Deus precisou tratar inicialmente com a
nação de Israel e “organizou a casa” a fim de que esta “casa” assumisse a posição que lhe havia
sido predita. O propósito estava estabelecido. Quando Israel saiu do Egito, Deus falou desse
objetivo: “Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então
sereis minha possessão peculiar dentre os povos, porque minha é toda a terra; e vós sereis para
mim reino sacerdotal e nação santa” (Êx 19:5, 6). Observe que nação sacerdotal implica não ter
herança própria, como a tribo sacerdotal. O sustento da nação sacerdotal equivalia ao sustento
de Deus: ele era possuidor de tudo! Ser nação sacerdotal deveria significar também que esta
nação deveria ser santa, um exemplo internacional! Isto requereria obediência aos
mandamentos de Deus. Isto implicaria oficiar expiação, e cumprir as leis do sacerdócio, cuidar
dos móveis do tabernáculo, zelar pelo cumprimento dos deveres das nações, direito à parte dos
dízimos das nações, desempenhar o sacerdócio em santificação, à semelhança do sacerdócio
interno levítico (Nm 3:5-10). O que Deus desejou foi isto: Estabelecer o Propósito Universal.
Assim como Levi deveria ser para todas as tribos nacionais, Israel deveria ser para todas as
nações. Isto implicaria num sacerdócio universal. A origem do Sacerdócio Universal e
Melquisedeque. Não estava em Levi. Estava em Melquisedeque, inicialmente. Melquisedeque
o transmitiu a Abrão e cada primogênito seria incumbido de ser um propagador desse sacerdócio.
Em toda nação haveria primogênitos, em toda família, em toda tribo. A bênção do patriarca
passaria a eles. A eles passariam os direitos de herança, de propriedade dobrada, de liderança
espiritual, moral e promissora, de posteridade, mas, principalmente, do sacerdócio. Não se diz
de que nação era Jó, mas era um sacerdote. Sabemos que Melquisedeque não era da linhagem
de Sem, mas de Cam, por isso não era contado na genealogia dos judeus, por isso não se
conheceu seu pai, mãe ou irmão. Mas era um rei, e parte de sua dinastia foi conhecida (Js 10:1):
Adonisedeque. Melquisedeque era cananeu. Melquisedeque era rei em Salém. Melquisedeque
era sacerdote. Melquisedeque era homem. Melquisedeque era primogênito. Melquisedeque
conhecia o Deus Altíssimo, Deus de Noé. Conhecia a lei desse sacerdócio, os elementos de seu
sacerdócio: o pão e o vinho, o corpo do Cordeiro e o sangue dele. Melquisedeque não era
extremista nem preconceituoso. Sabia da maldição que pesava sobre os cananeus e da bênção
que estaria sobre os semitas e jafetitas. Os primogênitos superaram isso; até os animais! Todos
os primogênitos eram do Senhor. Eram as primícias dele (Gn 9; Nm 3). O que Israel deixou de
ser hoje, Deus efetuou através de Cristo, por intermédio da Igreja: A Igreja não tem herança
nesta terra, como Levi, pois é nação sacerdotal. A igreja tem sido bênção para todos os povos,
mas Israel ainda espera o cumprimento da promessa. Toda a igreja é um reino de sacerdotes.
Não há e nem haverá diferenças entre esses sacerdócios. Mas Levi será aperfeiçoado. Levi não
é uma tribo real. Mas Judá o é. Judá é uma tribo real; dela vem o reino. De Judá vem o sacerdócio
de Melquisedeque, porque foi a capital do seu sacerdócio, e depois veio a ser a capital de Judá.
Jesus não veio de Levi, mas de Judá, e foi sacerdote. Não se falava de Judá como tribo real e
sacerdotal porque estava esquecido o sacerdócio de Melquisedeque, o qual Davi reviveu. Por
isso, Davi pôde entrar no templo e ministrar no altar (Sl 42; 43), por isso ele comeu do pão do
templo, vestiu o éfode e ministrou como sacerdote. Ali ele uniu Levi e Judá. Davi teve
experiência como rei, sacerdote e profeta
Gênesis 14:18: E Melquisedeque, rei de Paz (“Salém”), trouxe
pão e vinho; pois ministrava como sacerdote do El Lyion (“Deus
Altíssimo”); (Sl 110:4; Hb 5:6, 10; 7:1)
Gênesis 14:19: e abençoou a Abrão, dizendo: “Bendito seja
Abrão do El Lyion (“Deus Altíssimo”), o Criador dos céus e da terra!
(Gn 14:22; Mt 11:25; Gn 24:27)
Ao dizimista fiel Deus sempre entrega os adversários

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Gênesis 14:20: E bendito seja o El Lyion (“Deus Altíssimo”), que
entregou os teus inimigos nas tuas mãos!” E Abrão deu-lhe o
dízimo de tudo. (Hb 7:4)
Abrão oferece dízimos do botim, mas o recusa para si. O adversário sempre quer almas em troca
de bens
Gênesis 14:21: E disse o rei de Sodoma a Abrão: “Dá-me a mim
as almas cativas, e os bens toma-os para ti, como botim”.
Gênesis 14:22: E Abrão respondeu ao rei de Sodoma: “Levanto
minha mão ao Senhor Jeová, o El Lyion (“Deus Altíssimo”), o
Criador dos céus e terra, (Dn 12:7; Gn 14:19)
Abrão havia aprendido a lição com Faraó, no Egito (Gn 12)
Gênesis 14:23: e juro que nem um fio ou coisa alguma de tudo
o que é teu, nem uma correia de sandália tomarei para mim,
para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; (2 Rs 5:16)
Abrão era justo com os seus cooperadores
Gênesis 14:24: salvo o que os mancebos comeram, e a parte
dos homens que foram comigo: Aner, Escol e Manre; que estes
tomem a sua parte”.

II - Gênesis, capítulo vinte (20)


Nos dias da fertilidade de Sara, Abraão entrega a sua mulher a Abimeleque. Mas Deus fere o rei
e a todos os varões de impotência sexual e Sara fica livre do mal pela segunda vez. O tempo da
fertilidade. Um problema não resolvido, como a mentira, será revivido até sua solução definitiva
Gênesis 20:1: E partiu Abraão dali para a terra sulista do
Neguebe e habitou entre Cades e Sur; e peregrinou em Gerar.
(Gn 18:1; 16:7, 14; 26:6)
Gênesis 20:2: E, havendo Abraão dito a respeito de Sara, sua
mulher: “É minha irmã”, ordenou Abimeleque, rei de Gerar,
que a trouxessem e tomou a Sara. (Gn 12:13, 15; 26:7)
Sara já estava vivendo os dias da sua fertilidade. O perigo de entregar a sua bênção nas mãos do
inimigo
Gênesis 20:3: Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de
noite e lhe disse: “Eis que tu serás morto por causa da mulher
que tomaste; porque ela tem marido”. (Sl 105:14; Jó 33:15; Gn 26:11)
Gênesis 20:4: Mas Abimeleque, que ainda não a tinha
conhecido, perguntou: “Adonai (“Senhor dos senhores”), matarás
também um povo inocente?
Gênesis 20:5: Não foi ele quem me disse por si mesmo: É
minha irmã? E ela mesma me disse: Ele é meu irmão; na
sinceridade do meu coração e na inocência das minhas mãos,
fiz isto”. (2 Rs 20:3; 1 Rs 9:4)
Deus vê com justiça todas as coisas
Gênesis 20:6: Ao que Deus lhe respondeu em sonhos: “Sei eu
que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te

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mantive sob controle para não pecares contra mim, não
permitindo que a tocasse.
O ataque da serpente à semente (Gn 3:15)
Gênesis 20:7: Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido,
porque ele é profeta e intercederá por ti, e viverás; se, porém,
não a restituíres, saibas que certamente perecerás, tu e tudo o
que é teu”. (1 Sm 7:5; Jó 42:8; 1 Jo 5:16)
Gênesis 20:8: E Abimeleque levantou-se de manhã cedo e,
chamando a todos os seus servos, falou aos seus ouvidos todas
estas palavras; e os homens temeram muito.
Gênesis 20:9: Então, chamou Abimeleque a Abraão e lhe
perguntou: “Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para
trazeres sobre mim e sobre o meu reino tamanho pecado?
Fizeste-me o que não se deve fazer”. (Gn 26:10; Êx 32:21; Js 7:25; Gn 34:7)
O homem, mesmo sob a promessa de Deus, ainda quer impor as suas normas de segurança
carnais
Gênesis 20:10: E perguntou mais Abimeleque a Abraão: “Com
que intenção fizeste isto?”
Gênesis 20:11: Ao que respondeu Abraão: “Porque pensei:
Certamente não há temor de Deus neste lugar e me matarão
por causa da minha mulher. (Sl 36:1; Gn 12:12; 26:7)
Gênesis 20:12: Verdadeiramente ela é minha irmã, filha de
meu pai, ainda que não de minha mãe; e veio a ser minha
mulher.
Gênesis 20:13: E quando Deus me fez sair errante da casa de
meu pai, eu lhe disse: Esta é a bondade que me farás em todo
lugar aonde formos: dirás que eu sou o teu irmão”. (Gn 20:5)
Sara é restituída e honrada
Gênesis 20:14: Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e
servos e servas e os deu a Abraão; e lhe restituiu a Sara, sua
mulher. (Gn 12:16)
O perdão, a bênção, a justificação pública da mulher e a liberdade por causa da verdade
Gênesis 20:15: E disse-lhe Abimeleque: “Eis que a minha terra
está diante de ti; habita onde achares melhor”. (Gn 13:9)
Gênesis 20:16: E a Sara disse: “Eis que tenho dado ao teu irmão
mil moedas de prata; isso te seja como véu justificador diante
de todos os que estão contigo, perante os quais estás
reabilitada”.
A cura do rei e de todos os homens da nação. Como Deus pode interferir nesse assunto, quando
ele quiser. Deus havia preservado Sara
Gênesis 20:17: Orou Abraão a Deus, e Deus curou a
esterilidade de Abimeleque, de sua mulher e de seus servos, de
maneira que tiveram filhos; (Nm 12:13; Jó 42:9)

81
Gênesis 20:18: porque o Senhor Jeová tinha fechado
totalmente as madres da casa de Abimeleque, por causa de
Sara, mulher de Abraão. (Gn 12:17)
Gênesis, capítulo vinte e um (21)
No tempo certo da vida, segundo a promessa de Deus, Isaque nasceu. Tipo do fruto do Espírito
Santo (Gl 5:22). A promessa cumprida. No capítulo 21, o texto termina esta saga. No verso 5,
assim encontramos: “E o Senhor visitou a Sara, como havia dito; e fez o Senhor a Sara como
tinha falado” (v. 1). Que lindo, que maravilha foi a maneira como Deus guardou o útero de Sara
para Abraão gerar com cem anos! “E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao
tempo determinado que Deus lhe tinha dito. E era Abraão da idade de cem anos quando lhe
nasceu Isaque, seu filho” (Gn 21:5). Agora compare isto com Gênesis 10:11 e pode agradecer
a Deus. As promessas de Deus que estavam pendentes desde os dias das bênçãos proferidas a
Sem em Gênesis 9, agora poderiam ser depositadas na conta de Abraão! Isto significa que a
herança que era de Canaã lhe pertencia. Ele alcançou a promessa. Mas não se esqueça que antes
do capítulo 21 há o capítulo 20. O capítulo da tentação, do desejo de abandonar a visão, de
entregar de mãos beijadas a nossa fábrica de vitórias nas mãos dos inimigos. Pense nisso. É hora
de repensar tudo, de crer que ainda está no princípio, quando tudo indica que se está no fim da
linha. O tempo da vida é o de alcançarmos as promessas que estão pendentes em algum lugar
no passado de nossa fé
Gênesis 21:1: E o Senhor Jeová visitou a Sara, como tinha dito,
e lhe fez como havia prometido. (Gn 18:10, 14; 1 Sm 2:21; Gn 17:16, 21; Gl
4:23)
Gênesis 21:2: E Sara concebeu, e deu a Abraão um filho na sua
velhice, no tempo determinado da vida, de que Deus já lhe
tinha dito. (Hb 11:11; At 7:8; 14:22; Gn 17:21)
Em lembrança da visita do Deus que tudo vê
Gênesis 21:3: Abraão chamou ao filho que lhe nascera, que
Sara dera à luz, pelo nome de Isaque (“riso”). (Gn 17:19)
Gênesis 21:4: E Abraão circuncidou o seu filho Isaque no oitavo
dia, conforme Deus lhe ordenara. (Gn 17:10-12; At 7:8)
Abraão se iguala a Arfaxade e gera com cem anos e alcança a promessa. Abraão volta a levantar
os fundamentos antigos de seus pais: cem anos (Gn 5; 11)
Gênesis 21:5: E Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu
Isaque, seu filho. (Gn 17:17)
Gênesis 21:6: E disse Sara: “Deus me deu motivo de riso; todo
aquele que souber disso, se rirá comigo”. (Sl 126:2; Is 54:1)
Gênesis 21:7: E ainda: “Quem diria a Abraão que Sara
amamentaria filhos? Pois, eu lhe dei um filho na sua velhice”.
(Gn 18:13)
Agar e Ismael são expulsos da herança de Isaque
Gênesis 21:8: E cresceu o menino e foi desmamado; e Abraão
fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado.

7. DEUS PAGOU O TEMPO DA ESPERA DE JOSÉ.


POR QUE DEUS NOS PAGA QUANDO ESTAMOS
PRÓSPEROS, E NÃO QUANDO ESTAMOS
FALIDOS?

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I- Os trabalhadores da última hora. Os primeiros trabalhadores da primeira hora: seis da manhã.
Um denário
Mateus 20:1: “Porque o Reino dos Céus é semelhante a um
homem, pai de família, que saiu pela madrugada a contratar
trabalhadores para a sua vinha.
Mateus 20:2: E, havendo ajustado com os trabalhadores o salário
de um denário ao dia, enviou-os para a sua vinha.
Ociosos na praça, esperando que alguém os contratasse. O segredo é estar na praça, não em casa
Mateus 20:3: E, saindo perto da hora terceira (“9h”), viu que outros
estavam ociosos na praça,
Mateus 20:4: e disse-lhes: ‘Ide também vós à minha vinha, e vos
darei o que for justo’. E eles foram.
Trabalhadores que estão na praça podem ser contratados a qualquer hora. O segredo é permanecer na
praça
Mateus 20:5: E, saindo outra vez, já perto da hora sexta (“12h”) e
da nona (“15h”), fez o mesmo.
A perseverança de quem permanece na praça, sofrendo pelo sol forte e pela carga da esperança
Mateus 20:6: Da mesma forma, saiu perto da hora undécima
(“17h”), e achou outros que lá estavam ociosos, e disse-lhes: ‘Por que
estais aqui o dia todo ociosos?’
Um hora de trabalho valia um denário?
Mateus 20:7: E eles lhe responderam: ‘Porque ninguém nos
contratou’. E disse-lhes: ‘Ide também vós para a minha vinha e
recebereis o que for justo’.
Os últimos trabalhadores receberão o mesmo tanto recebido pelos primeiros. Por quê?
Mateus 20:8: E já ao anoitecer daquele dia, disse o senhor da vinha
ao seu mordomo: ‘Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário,
começando dos últimos até os primeiros’.
Mateus 20:9: E quando chegaram aqueles que tinham vindo cerca
da hora undécima, receberam um denário cada um.
Aqueles que trabalharam o dia inteiro receberam aquilo que o direito lhes concedia. Os legalistas não
se alegram com a graça concedida a outros
Mateus 20:10: E, tendo vindo também os primeiros, pensaram que
deveriam receber com acréscimo; mas, também, do mesmo modo,
receberam um denário cada um.
Os legalistas são murmuradores
Mateus 20:11: E, tomando-o, murmuravam contra o pai de família,
dizendo:
O segredo: eles receberam pelo tempo que esperaram na praça, pois também suportaram o estresse
da espera sem aparente resultado. Assim Deus faz com aqueles que são impedidos de cumprir a sua
missão na “vinha” e são abandonados na “praça”
Mateus 20:12: ‘Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os
igualastes a nós, que suportamos as cargas e o calor do dia inteiro’.
Quem vive pela Lei é julgado pela Lei, quem crê na Graça, pela Graça é recompensado
Mateus 20:13: Mas ele, respondendo, disse a um deles: ‘Amigo,
não te faço nenhum agravo; ou não ajustaste comigo um denário?
A Lei e a Graça

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Mateus 20:14: Toma o que é teu, e vai-te; pois eu quero dar a este
último como a ti.
A Graça recompensa segundo a vontade de Deus
Mateus 20:15: Não me é lícito a mim fazer o que quero das minhas
coisas? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?’
Os últimos também esperam, e os que esperam na praça serão recompensados como quem trabalhou
o dia todo
Mateus 20:16: Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros,
últimos. Porque muitos são chamados, mas poucos são
escolhidos”. (Mt 19:30; 22:14)

II - Judá tornou-se penhor de Benjamin por todos os seus dias. Ele sustentou o seu reino ao acreditar
na importância da oferta “Benjamin”
Gênesis 43:9: Eu me responsabilizo por ele; da minha própria mão
o receberás de volta. Se eu não o trouxer, e não o puser diante de
ti, incorrerei em pecado por todos os dias de minha vida. (Gn 42:37;
44:32; Fm 1:18, 19)
A demora da entrega atrasa o desenvolvimento de nossa vida
Gênesis 43:10: E, se não houvéssemos demorado tanto,
certamente já estaríamos de volta pela segunda vez”.
A transformação da família e o presente para um governador que tinha tudo, menos o carinho de seu
pai. O pagamento pelo sofrimento passado de José, de seus desejos frustrados, das suas feridas sem
bálsamo, de sua vida amarga, ainda estava incompleto. Jacó jamais pensou que quando fez a sua
promessa: “certamente eu te darei o dízimo”, estava envolvendo os filhos de sua peregrinação, o mais
valioso de suas conquistas (Gn 28:22). Quando José foi vendido aos ismaelitas, ele observou que nos
carros havia bálsamo de Gileade para as suas feridas. Nenhum bálsamo era semelhante aquele! Gileade
foi a cidade da cura dos corações de Labão e Jacó. Mas ele não teve acesso ao bálsamo. Deus está
presente quando nossos desejos justos requerem o bálsamo, porém, se não tivermos como obtê-lo, ele
marca aquele dia como uma dívida, e no tempo certo ele nos surpreende. José será surpreendido com
o bálsamo dado pelo seu próprio pai; e ninguém melhor do que ele para curar o seu coração ferido por
tanto tempo. Que tão grande cura aquela que veio sobre José, ao sentir o cheiro da casa de seus pais,
quando recebeu o produto da sua terra natal! O melhor da terra acompanhava a oferta “Benjamin”:
Bálsamo, mel, alcatira, mirra, nozes e amêndoas. (1) Cura, (2) doçura, (3) cheiro, (4) culto, (5)
passatempo e (6) beleza. O tempo da alegria havia chegado para José; este era o sinal
Gênesis 43:11: Então, finalmente, disse-lhes Israel, seu pai: “Está
bem, mas isto fazei: Tomai os melhores frutos da terra nas vossas
vasilhas, e levai àquele homem como presente: um pouco de
bálsamo, um pouco de mel, alcatira, mirra, nozes (“pistácias”) e
amêndoas; (Gn 32:20; Pv 18:16; Gn 37:25; Jr 8:22)
A provação de seu pai quanto ao dinheiro. Ele profetizava sem saber, ao devolver o dobro: José e
Benjamin. Depois ele iria saber por quê
Gênesis 43:12: levai em vossas mãos o dobro do dinheiro; e
devolvei o dinheiro que foi colocado na boca das vossas sacas; quem
sabe se não foi posto ali por engano? (Gn 42:25, 35; 43:21, 22)
A importância de liberar Benjamin, tipo dos dízimos. Enfim, ele aceitou entregar a sua oferta viva,
como Abraão a Isaque
Gênesis 43:13: E tomai o vosso irmão e ide àquele homem;
Eles jamais voltariam a Jacó. Mas Jacó iria até eles.
Gênesis 43:14: e que El Shadai (“Deus Todo-Poderoso”) tenha
misericórdia de vós diante daquele homem, e que ele envie de volta
o vosso outro irmão e a Benjamin (“filho da mão direita”). E se eu for

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privado de meus filhos, privado deles serei”. (Gn 17:1; 28:3; 35:11; Sl 106:46;
Gn 42:24)
Gênesis 43:15: E os homens recolheram os presentes, e tomaram
o dobro do dinheiro necessário e, com Benjamin, desceram ao
Egito, onde se apresentaram diante de José.
Um grande banquete é oferecido. José quis saber se haviam mudado, agora fará o seu teste pessoal.
Observe o poder de Benjamin: (1) Acesso ao despenseiro do Palácio. (2) Entrada à casa do Salvador
do mundo. (3) Sacrifício de cordeiros e mesa farta. (4) Preparação de todas as coisas. (5) Comunhão à
mesa do Salvador do mundo
Gênesis 43:16: Quando José viu a Benjamin com eles, disse ao
despenseiro de sua casa: “Trazei estes homens à casa, matai
cordeiros e preparai todas as coisas; pois eles almoçarão comigo ao
meio-dia”. (Gn 44:1)
Um tipo do Espírito Santo, o homem do cântaro que levou os discípulos ao Cenáculo para a Ceia
Gênesis 43:17: E o homem fez como José ordenara, e os levou à
casa de José.
Gênesis 43:18: Então, os homens tiveram medo, por terem sido
levados à casa de José e disseram: “Por causa do dinheiro que foi
devolvido nas nossas sacas é que fomos trazidos aqui, para que
tenham uma razão para nos incriminar, caindo sobre nós, e para
nos tornar seus servos e confiscar nossos jumentos”.
Antes da Ceia, a confissão – O despenseiro os compreendeu
Gênesis 43:19: E eles se aproximaram do despenseiro da casa de
José, e falaram com ele na entrada de sua casa,
Gênesis 43:20: e disseram: “Ó senhor, já descemos, antes, para
comprar trigo para alimentar-nos. (Gn 42:3, 10)
Gênesis 43:21: E sucedeu que, quando chegamos à estalagem, ao
abrir as nossas sacas, eis que achamos dentro delas o dinheiro que
cada um de nós tinha pago, era o nosso dinheiro em seu peso; e
estamos aqui para devolvê-lo. (Gn 42:35; 43:12, 15)
Eles não sabiam que tudo aquilo era fruto do penhor de despenseiro “Simeão”, que ficou
Gênesis 43:22: E também trouxemos outro dinheiro para comprar
nosso mantimento; não sabemos quem realmente tenha posto o
dinheiro em nossas sacas”.
O Espírito Santo nos compreende, conhece nossos medos e nossos remorsos, e nos ministra paz. Este
foi o poder da presença de Simeão. Simeão foi “ouvido”, conforme era o significado de seu nome
Gênesis 43:23: Então, ele respondeu: “Paz seja convosco. Não
temais. Vosso Deus, o Deus de vosso pai, vos deu um tesouro
oculto nas vossas sacas; o vosso próprio dinheiro chegou até às
minhas mãos”. E trouxe Simeão à presença deles. (Gn 42:24)
Um tipo de Jesus e seus discípulos, na grande Ceia (Jo 13:4, 5), quando Jesus lavou os pés de seus
discípulos. Lembre-se que agora eles estavam em onze irmãos
Gênesis 43:24: E aquele homem os conduziu à casa de José, e lhes
deu água, e eles lavaram os pés; também deu forragem aos seus
jumentos. (Gn 18:4; 24:32; 19:2; Jo 13:4, 5)
José não esperava um presente tão simples, mas que iria transformar o seu comportamento. A Ceia
do Senhor é lugar de grandes transformações

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Gênesis 43:25: Então, eles prepararam o presente que traziam para
entregá-lo a José, quando ele viesse ao meio-dia; porque souberam
que ali deveriam comer.
Novo cumprimento do antigo sonho. Tipo do encontro de Cristo e Israel na sua segunda vinda.
Segundo cumprimento do sonho. Os molhos se inclinaram de coração e oficialmente
Gênesis 43:26: E, quando José entrou em casa, ofereceram-lhe o
presente que guardavam consigo, enquanto se inclinavam diante
dele, com o rosto em terra. (Gn 37:7, 10)
As saudades de Jacó, seu pai. No presente que receberá sentirá o cheiro de seu pai
Gênesis 43:27: E ele lhes perguntou por sua saúde e prosseguiu,
dizendo: “Vosso pai, o ancião de quem me falastes, está bem? Ainda
vive?” (Gn 43:7; 45:3)
Terceiro cumprimento do sonho e o teste sobre o tratamento que davam a Benjamin (Sl 23:5)
Gênesis 43:28: E eles responderam: “O teu servo, nosso pai, está
bem. E ele ainda vive”. E inclinaram novamente as suas cabeças.
(Gn 37:7, 10)
O teste maior: Como tratavam a Benjamin. O teste da honra ao menor. O último teste do caráter de
seus irmãos. Benjamin mexeu com as entranhas de José, seu irmão
Gênesis 43:29: José levantou os olhos e viu a Benjamin, seu irmão,
filho de sua própria mãe, e perguntou: “Este é o vosso irmão mais
novo, de quem me falastes?” E disse: “Que Deus seja propício em
graça para contigo, meu filho!” (Gn 35:18; 42:13; Nm 6:25; Sl 67:1)
O poder de Benjamin. O que não pode fazer uma oferta de ação de graças, diante de Deus? Ela comove
as entranhas de nosso Senhor
Gênesis 43:30: E José, não podendo mais dominar a emoção que
sentia ao ver o seu irmão, procurou onde chorar, porque as suas
entranhas se comoveram; e, entrando na sua câmara privada,
chorou secretamente.
(Gn 42:24; 45:2, 14, 15; 46:29)
A Ceia estava servida. Um tipo das bodas do Cordeiro
Gênesis 43:31: Logo depois, lavou o rosto e voltou; conteve-se, e
disse: “Servi o pão”. (Gn 45:1)
Na Ceia do Senhor, o mundo não tem acesso, sem fazer parte da família de Deus. A Ceia do Senhor
é um tempo de (1) revelação de nossa oferta, (2) de dar presentes, (3) de quebrantamento, (4) de
separação, (5) de comer o pão separado do mundo
Gênesis 43:32: Serviram-lhe pão à parte, e para eles também à
parte, e também para os egípcios que estavam com ele, à parte;
porque os egípcios não podiam comer junto com os hebreus,
porque isso é abominação para os egípcios. (Gn 46:34)
As bênçãos provenientes por intermédio de Benjamin serão tão grandes, que serão desfrutadas em
meio a um grande assombro por parte dos beneficiados. A Ceia do Senhor é um tempo (6) onde os
irmãos se assentam segundo a sua posição hierárquica, (7) e onde há confraternização
Gênesis 43:33: E sentaram-se diante dele por ordem de idade; o
primogênito primeiro e o mais novo em último lugar, e se
confraternizavam entre si, sem esconder o seu assombro.
O teste final e a inspiração do Salmo 23, de Davi, quando a porção de Benjamin era maior do que a
de todos. Mas eles não se importaram de ver que “as vestes de Benjamin também eram coloridas”

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Gênesis 43:34: Então, José tomou porções e foi-lhes oferecendo um
a um, mas a porção de Benjamin excedia cinco vezes mais a porção
de qualquer um deles. E eles beberam, e se alegraram com ele. (Gn
45:22) – DR ALDERY NELSON ROCHA, escritor e publicado das Bíblias Di Nelson. Não há autorização
para enviar ou usar este estudo ecrito sem permissão escrita do Autor.

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