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EDITORA AUTOGRAFIA
RIO DE JANEIRO, 2017
PARA PALESTRAS E CONFERÊNCIAS
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DA GENÉTICA ALTERADA AO REINO - E Suas Revelações Inovadoras
BIANCO, Marcello Dal
BIANCO, Mabel Cristina Dal
ISBN: 978-85-518-0742-2
1ª edição, novembro de 2017.
Editora Autografia Edição e Comunicação Ltda.
Rua Buenos Aires, 168 – 4º andar, Centro
RIO DE JANEIRO, RJ – CEP: 20070-022
www.autografia.com.br
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comerciais sem prévia autorização do autor e da
Editora Autografia.
AGRADECIMENTO
RECONHECIMENTO
INTRODUÇÃO
DA GENÉTICA ALTERADA AO REINO
CAPÍTULO 1
A GENÉTICA ALTERADA, NOSSA QUEDA E RESTAURAÇÃO
1.1 – Introdução
1.2 – O princípio genético
1.3 – A alteração genética e suas consequências
1.4 – A restauração genética e seu elemento
1.5 – A aspersão do sangue
CAPÍTULO 2
ACOMUNIDADE DO ETERNO
2.1 – Introdução
2.2 – A comunidade do Eterno: sua origem
2.3 – A comunidade do Eterno: seus fundamentos
2.4 – A comunidade do Eterno: seus princípios
CAPÍTULO 3
A VIDA DO TZADIK (JUSTO) YESHUA, NOSSO ALVO
3.1 – Introdução
3.2 – Yeshua: sua identidade e missão
3.3 – Yeshua e sua relação com a igreja
CAPÍTULO 4
O ESPÍRITO (RUAH): UMA DAS MANIFESTAÇÕES DO ETERNO
4.1 – Introdução
4.2 – O Espírito do Santo e seu processo de revelação
4.3 – Yeshua:, seu ministério no Espírito e sua missão
4.4 – A comunidade do Espírito e sua autenticidade
4.5 – O dom do Espírito e os dons espirituais
4.6 – A relação do Espírito com os filhos do Eterno
4.7 – O homem, habitação do Eterno no Espírito
CAPÍTULO 5
A REALIDADE DA BATALHA ESPIRITUAL
5.1 – Introdução
5.2 – Governantes espirituais
5.3 – A força dos deuses e a terra
5.4 – A batalha espiritual na Nova Aliança
5.5 – As armas espirituais
CAPÍTULO 6
LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR: CAMINHOS DE
SANTIDADE
6.1 – Introdução
6.2 – A libertação
6.3 – A cura interior
CAPÍTULO 7
PATERNIDADE RESTAURADA
7.1 – Introdução
7.2 – O filho e o escravo
7.3 – A orfandade presente desde o ventre
7.4 – As funções psicológicas
7.5 – A distorção refletida
CAPÍTULO 8
RECUPERANDO O REINO
8.1 – Introdução
8.2 – A queda
8.3 – O princípio do homem e da Terra
8.4 – Recuperar a condição original
8.5 – Criados para reger como filhos
8.6 – A mensagem do Reino determina o fim dos tempos
8.7 – O Reino: lugar visível ou jurisdicional
8.8 – O Jardim do Éden e a Nova Jerusalém
O ENGANO
CAPÍTULO 9
EVIDÊNCIAS DO ENGANO
9.1 – Introdução
9.2 – O sincretismo religioso
9.3 – Símbolos e incorporações pagãs
9.4 – A adoração ao sol e seu dia
9.5 – A Deusa Mãe, a rainha dos céus
9.6 – O engano da tríade
CAPÍTULO 10
SANTIFICAREI MEU SANTO NOME
10.1 – Introdução
10.2 – Um título do panteão romano
10.3 – A verdadeira identidade do Eterno e seu Messias
CAPÍTULO 11
SAI DELA, POVO MEU: BABILÔNIA, A GRANDE MERETRIZ
11.1 – Introdução
11.2 – O sistema babilônico nas Escrituras
11.3 – A origem da Babilônia
11.4 – O sistema babilônico e suas estratégias
11.5 – A Babilônia e o sangue do santos
11.6 – A queda da Babilônia
CAPÍTULO 12
O JUÍZO DE EDOM (ESAÚ)
12.1 – Introdução
12.2 – Origens históricas de Edom
12.3 – A cor vermelha
12.4 – Profecias sobre julgamento e queda de Edom
RESTAURANDO ISRAEL E SUAS FESTAS
CAPÍTULO XIII
A RESTAURAÇÃO DAS DUAS CASAS (JUDÁ E ISRAEL) E O
REINO DO ETERNO
13.1 – Introdução
13.2 – O cenário do Éden
13.3 – Outro homem, outra terra
13.4 – A origem do povo de Israel
13.5 – As doze tribos de Israel e as duas bençãos
13.6 – Processos históricos
13.7 – Salomão e a divisão do Reino
13.8 – A casa de Judá e Israel (Efraim)
13.9 – Profecias da união das casas de Judá e Israel (Efraim)
13.10 – A redenção de Yeshua e as duas casas
13.11 – Os estrangeiros e a restauração
13.12 – A restauração e o Reino do Mashiah
CAPÍTULO 14
A RESTAURAÇÃO DAS FESTAS E SEU CONTEXTO
ESCATOLÓGICO
14.1 – Introdução
14.2 – As festas fixas (moedim): sinais e tempos determinados
14.3 – O calendário judaico
14.4 – As festas judaicas e as dimensões espirituais
14.5 – O cumprimento profético das festas fixas
HUMANOS, MAS SOBRENATURAIS
CAPÍTULO 15
NÍVEIS DO SOBRENATURAL: FÉ, UNÇÃO E GLÓRIA
15.1 – Introdução
15.2 – Alcançando o nível da fé
15.3 – Alcançando o nível da unção
15.4 – Alcançando o nível de glória
CAPÍTULO 16
O MINISTÉRIO PROFÉTICO DOS ÚLTIMOS DIAS: O VINHO
NOVO
16.1 – Introdução
16.2 – Os moveres de Deus
16.3 – A restauração do dom de profecia
16.4 – A iniciação do profético
16.5 – A ministração
16.6 – Recebendo e respondendo à profecia
16.7 – Impedimentos para o cumprimento da profecia
16.8 – O ministério profético e a justiça
16.9 – Ministério, intercessão e desenvolvimento profético
16.10 – As transições proféticas
CAPÍTULO 17
DOMÍNIOS ESPIRITUAIS
17.1 – Introdução
17.2 – As sete dimensões do Espírito
17.3 – O profeta dimensional e a unção
17.4 – Transferência de poder
17.5 – Portais dimensionais e seus princípios
17.6 – Os projetos dimensionais
17.7 – Esfera multidimensional: a dimensão viajante
17.8 – Os poços dimensionais
17.9 – Palavras viajantes
17.10 – A dimensão do espírito e as Escrituras
CAPÍTULO 18
TRANSMISSÃO ESPIRITUAL
18.1 – Introdução
18.2 – Diferentes níveis de glória
18.3 – Códigos proféticos do corpo
18.4 – Corpos captadores dos códigos proféticos
18.5 – A interpretação dos códigos genéticos
18.6 – Corpos terrenos e corpos celestiais
TOCANDO AS REALIDADES ANGELICAIS
CAPÍTULO 19
HIERARQUIA E JURISDIÇÃO DAS TREVAS
19.1 – Introdução
19.2 – A hierarquia das trevas
19.3 – A jurisdição das trevas
CAPÍTULO 20
VIGILANTES E CORPOS ANGELICAIS
20.2 – Corpos angelicais
CAPÍTULO 21
OS CARROS ESPIRITUAIS
21.1 – Introdução
21.2 – Os carros caídos
A ENGENHARIA OCULTA
CAPÍTULO 22
A ACELERAÇÃO ESPIRITUAL
22.1 – Introdução
22.2 – As leis do princípio da roda
22.3 – O princípio da roda e as Escrituras
CAPÍTULO 23
TRONOS REVELADOS
23.1 – Introdução
23.2 – A raiz do mal
23.3 – Os doze tronos da maldade
CAPÍTULO 24
REVELANDO LÍLITH (O ESPÍRITO DA LUA)
24.1 – Introdução
24.2 – A origem e o poder de Lílith
24.3 – Lílith e a genética
24.4 – Lílith: alerta total
24.5 – Lílith e as enfermidades genéticas
24.6 – Lílith e as doenças mentais
24.7 – Lílith: alerta sanguíneo
24.8 – Lílith: a libertação
CAPÍTULO 25
POÇOS DIMENSIONAIS
25.1 – Introdução
25.2 – As aberturas de poderes espirituais
25.3 – O perigo das aberturas dimensionais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RECONHECIMENTO
CAPÍTULO 1
A GENÉTICA ALTERADA, NOSSA QUEDA E RESTAURAÇÃO
1.1 – Introdução
O presente estudo tem como objetivo procurar entender a origem do
homem, sua natureza terrena e espiritual e compreender o objetivo pelo
qual foi criado.
Primeiramente temos que entender que na criação o Eterno fez, através
do firmamento, separação entre as águas de cima (realidades espirituais)
e as águas de baixo (realidades físicas) e depois criou o homem “tzelem
Helokim”, a imagem de Helokim, a manifestação do Eterno que sublima
tanto o mundo de cima como o debaixo. Assim como a alma
transcendente do homem se manifesta em um corpo, assim a
transcendência de Deus se manifesta na “roupagem” da natureza através
de seu nome Helokim.
E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu
semblante? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não
fizeres bem, o pecado jaz [do hebraico rabhats, רבַ ץ,ָ repousar] à
porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.
(Gênesis 4: 6, 7).
Ainda que se trate o ímpio com compaixão, ele, todavia, não
aprenderá a retidão. Na terra da retidão, ele agirá de forma errada
e não perceberá a majestade de Adonai. (Isaías 26: 10).
Vós sois filhos do Diabo, e tendes vontade de cumprir os desejos
de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não
permaneceu na verdade, porque não há nele verdade. Quando ele
diz uma mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e o
pai da mentira. (João 8: 44).
Mas Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito de Deus,
fixando nele [Elimas, o encantador] os olhos, disse: “Ó filho do
Diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda
a justiça, não cessarás tu de perverter os caminhos retos do
Senhor? Agora eis a mão do Senhor sobre ti, e ficarás cego, não
vendo o sol por algum tempo”. No mesmo instante caiu sobre ele
uma névoa e trevas e, andando à roda, procurava quem o guiasse
pela mão. (Atos 13: 9-11).
Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem
não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama a seu
irmão. (I João 3: 10).
Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que
dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio
fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam
uvas dos abrolhos. (Lucas 6: 43, 44).
[...] o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o
joio são os filhos do maligno. (Mateus 13: 38).
[...] tendo renascido, não de semente corruptível, mas de
incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece. (I
Pedro 1: 23).
Ele, porém, respondendo, disse: “Toda a planta, que meu Pai
celestial não plantou, será arrancada” (Mateus 15: 13).
Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que
nasceram, falando mentiras. O seu veneno é semelhante ao
veneno da serpente [...]. (Salmos 58: 3, 4a).
Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vô-lo tenho dado
sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é
o sangue que faz expiação, em virtude da vida. Portanto tenho dito
aos filhos de Israel: “Nenhum de vós comerá sangue; nem o
estrangeiro que peregrina entre vós comerá sangue”. (Levítico
17: 11, 12).
[...] tão somente não comerás do sangue; sobre a terra o
derramarás como água. Tão somente guarda-te de comeres o
sangue; pois o sangue é a vida; pelo que não comerás a vida com a
carne. (Deuteronômio 12: 16, 23).
[...] que vos abstenhais de coisas sacrificadas aos ídolos, de
sangue, de animais sufocados e de fornicação; destas coisas fareis
bem de vos guardar. Saúde. (Atos 15: 29).
Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou
com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: “Vai, lava-te no tanque
de Siloé [que significa ‘o Enviado’]. Foi, pois, e lavou-se, e voltou
vendo. (João 9: 6, 7).
Jesus, pois, tirou-o de entre a multidão, à parte, meteu-lhe os
dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua (Marcos 7: 33).
E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e,
cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se
via alguma coisa. (Marcos 8: 23).
CAPÍTULO 2
ACOMUNIDADE DO ETERNO
2.1 – Introdução
Depois de entendermos a nossa restauração genética, é preciso saber
que o Eterno, para realinhar a humanidade ao projeto inicial e trazer uma
porta de retorno a Ele e alcançar o mundo com a sua luz, formou um povo
representativo, sacerdotal, do qual todos devem se aproximar e fazer
parte. Este povo recebeu um nome dado pelo próprio Eterno: Israel
(de ִלֵאָ ְרׂשי, Yisrael, que significa “Deusluta”).
Uma comunidade cujo nome, no hebraico, é qahal, o que mais tarde, na
língua grega, sobretudo na Nova Aliança, ficou conhecido
como eklésia, igreja, os “chamados para fora”. O sentido no grego pode
ser aplicado no contexto do deserto como o povo de Israel. Os membros
desta comunidade seriam chamados, convocados para fora das suas
tendas para se reunir, congregarem, inicialmente no deserto, para
deliberarem, discutirem e resolverem problemas concernentes aos
assuntos espirituais, ao próprio povo e ao Reino do Eterno.
O presente estudo tem sua importância, pois a nossa identidade
espiritual, nossas raízes são fundamentais para nossa legítima
representação e autoridade neste Reino. O Representante Maior deste
Reino, Yeshua, no início de seu ministério, foi tentado justamente nesta
área. As palavras tentadoras foram: “Se tu és o Filho de Deus [...]”.
Perguntas que colocaram em jogo sua identidade, sua legitimação
representativa e de autoridade. Faz-se mister uma verdadeira
compreensão da verdadeira comunidade do Eterno.
Podemos dizer que tudo começou com a palavra de Deus a Adão: “E
Deus os abençoou, dizendo: ‘Frutificai e multiplicai-vos [sejam uma
multidão], e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na
terra’”. (Gênesis 1: 22).
Jesus veio firmar o novo pacto no seu sangue, dito pelos santos profetas.
Esta verdade estava sendo declarada desde os dias de Moisés, pelos
profetas, e é oficializada pelo Mestre no ato da ceia.
Jesus traz uma aliança que alcança toda a criação, não somente o
mundo terreno e humano, mas os céus, as regiões celestiais onde estão as
hostes da maldade. É o que conhecemos como sacerdócio celestial de
Cristo, que fará parte da restauração e reorganização de todas as coisas.
Portanto, a missão de Cristo tem alcance cósmico, atingindo todos
os mundos.
CAPÍTULO 3
A VIDA DO TZADIK (JUSTO) YESHUA, NOSSO ALVO
3.1 – Introdução
A vida cristã é muito mais que ser chamado de cristão, de unir-se a uma
igreja ou ter uma religião. Viver é muito mais que falar. Vida piedosa e de
acordo com o que o Eterno deseja é viver como o tzadik Yeshua viveu; é
entender a sua humanidade, a sua verdadeira identidade no Pai e como
padeceu, pois para sermos coerdeiros com ele temos que viver como ele
viveu e padecermos dos mesmos sofrimentos.
Muitos não compreendem o que é ser o corpo de Cristo. Aquele que se
diz participante do corpo do Messias inevitavelmente participará dos
sofrimentos, da rejeição, das aflições e em certo grau da morte de Cristo.
Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
(I João 2: 6).
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros
de Deus, e coerdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos,
para que também com ele sejamos glorificados. (Rom. 8: 17).
[...] para conhecê-lo e o poder da sua ressurreição e a participação
dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte.
(Filipenses 3: 10).
Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne
cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a
igreja. (Colossenses 1: 24).
c) Jesus Cristo para ser nosso salvador e remidor ele precisa ser nosso
parente próximo. Pela lei, somente o parente mais próximo teria o direito
de resgate – do hebraico, לאג, go’el.
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por
Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. (I Coríntios 1:
30).
Não clama porventura a sabedoria, e a inteligência não faz ouvir a
sua voz? O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o
princípio dos seus feitos mais antigos. Desde a eternidade fui
constituída, desde o princípio, antes de existir a terra. Antes de
haver abismos, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias
d’água. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros
eu nasci, quando ele ainda não tinha feito a terra com seus
campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele
preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a
face do abismo, quando estabelecia o firmamento em cima,
quando se firmavam as fontes do abismo, quando ele fixava ao
mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu
mando, quando traçava os fundamentos da terra, então eu estava
ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias,
alegrando-me perante ele em todo o tempo; folgando no seu
mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos
homens. (Provérbios 8: 1, 22-31, grifos nossos).
Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: “Paz seja convosco; assim como
o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”. (João 20: 21).
Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração,
no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas
de Deus. (Romanos 2: 29).
E os filhos de Judá e os filhos de Israel juntos se congregarão, e
constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra; porque
grande será o dia de Jizreel. (Oseias 1: 11. grifo nosso).
E outra vez veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: “Tu, pois, ó
filho do homem, toma um pedaço de madeira, e escreve nele: ‘Por
Judá e pelos filhos de Israel, seus companheiros’. E toma outro
pedaço de madeira, e escreve nele: ‘Por José, vara de Efraim, e por
toda a casa de Israel, seus companheiros’. E ajunta um ao outro,
para que se unam, e se tornem uma só vara na tua mão. E quando
te falarem os filhos do teu povo, dizendo: ‘Porventura não nos
declararás o que significam estas coisas?’, tu lhes dirás: ‘Assim diz
o Senhor Deus: Eis que eu tomarei a vara de Joséque esteve na
mão de Efraim, e a das tribos de Israel, suas companheiras, e as
ajuntarei à vara de Judá, e farei delas uma só vara, e elas se farão
uma só na minha mão’. E as varas, sobre que houveres escrito,
estarão na tua mão, perante os olhos deles. Dize-lhes, pois: ‘Assim
diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os
gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes,
e os levarei à sua terra. E deles farei uma nação na terra, nos
montes de Israel, e um rei será rei de todos eles, e nunca mais
serão duas nações; nunca mais para o futuro se dividirão em dois
reinos. E nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem
com as suas abominações, nem com as suas transgressões, e os
livrarei de todas as suas habitações, em que pecaram, e os
purificarei. Assim eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. E
meu servo Davi será rei sobre eles, e todos eles terão um só pastor;
e andarão nos meus juízos e guardarão os meus estatutos, e os
observarão. E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, em que
habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles e seus filhos, e os
filhos de seus filhos, para sempre, e Davi, meu servo, será seu
príncipe eternamente. E farei com eles uma aliança de paz; e será
uma aliança perpétua. E os estabelecerei, e os multiplicarei, e
porei o meu santuário no meio deles para sempre. E o meu
tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo. E os gentios saberão que eu sou o Senhor que santifico
a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para
sempre’”. (Ezequiel 37: 15-28, grifos nossos).
E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito
dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
(Colossenses 1: 18).
Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros. (Romanos 12:
5).
Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do
mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos
filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos
seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios [os
dispersos da casa de Israel e os gentios] são coerdeiros, e de um
mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo
evangelho. (Efésios 3: 4-6).
Permanecer nele é viver uma vida não tomando a forma deste mundo,
sendo sal e luz, cumprindo e vivendo um reino sacerdotal. Trata-se de um
sacerdócio pertencente a uma família real. Nas Escrituras, Cristo como
Sumo Sacerdote é entronizado como Rei. Assim como Melquisedeque era
sacerdote, mas, igualmente, era rei de Salém, de quem Cristo é
semelhante. Nesta linhagem somos constituídos reis e sacerdotes.
Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor teu Deus, a
terra e tudo o que nela há. (Deuteronômio 10: 14).
Mas, na verdade, habitará Deus com os homens na terra? Eis
que os céus, e o céu dos céus, não te podem conter, quanto
menos esta casa que tenho edificado? (II Crônicas 6: 18).
Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu
exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto
neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos
céus te adora. (Neemias 9: 6).
Àquele que vai montado sobre os céus dos céus, que existiam
desde a antiguidade; eis que envia a sua voz, dá um brado
veemente. (Salmos 68: 33).
Na casa de meu Pai há muitas moradas [do grego moné,
lugares de permanência]; se não fosse assim, eu vô-lo teria
dito. Vou preparar-vos lugar. (João 14: 2).
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no
corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi
arrebatado ao terceiro céu. (II Coríntios 12: 2).
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo (Efésios 1: 3).
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus
foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito
do que é aparente. (Hebreus 11: 3).
4.2 – O Espírito do Santo e seu processo de revelação
Temos que entender que o Eterno já havia profetizado sobre o derramar
do seu Espírito sobre os homens. Vejamos alguns textos que nos revelam
esta verdade.
Porém, Moisés lhe disse: “Tens tu ciúmes por mim? Quem dera
que todo o povo do Senhor fosse profeta, e que o Senhor pusesse o
seu espírito sobre ele!”. (Números 11: 29).
Até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto; então o deserto
se tornará em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um
bosque. (Isaías 32: 15).
Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca;
derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha
bênção sobre os teus descendentes. (Isaías 44: 3).
E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito
novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um
coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que
andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os
observeis. (Ezequiel 36: 26-27).
Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu
Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus. (Ezequiel 39:
29).
E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a
carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos
terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os
servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
(Joel 2: 28-29).
c) na escolha de líderes:
g) na escolha de reis:
Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei
no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
(Jeremias 31: 33).
Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada
por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo,
não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. (II
Coríntios 3: 3).
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos
concordemente no mesmo lugar; e, quando aquele som ocorreu,
ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os
ouvia falar na sua própria língua. E todos foram cheios do Espírito
Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem. Mas isto é o que foi dito pelo
profeta Joel: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu
Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as
vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os
vossos velhos terão sonhos; e também do meu Espírito derramarei
sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e
profetizarão”. ( Atos 2: 1, 4; 16-18).
Os samaritanos
Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e
João. Os quais, tendo descido, oraram por eles para que
recebessem o Espírito Santo, porque sobre nenhum deles tinha
ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor
Jesus. Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito
Santo. (Atos 8: 14-17).
O centurião Cornélio (estrangeiro)
E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da
corte chamada italiana, e aconteceu que, entrando Pedro, saiu
Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas
Pedro o levantou, dizendo: “Levanta-te, que eu também sou
homem”. E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se
haviam ajuntado. E disse-lhes: “Vós bem sabeis que não é lícito a
um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas
Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou
imundo”. E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito
Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da
circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro,
maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse
também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e
magnificar a Deus. (Atos 10: 1, 25-28,44-46).
Os discípulos de Éfeso
E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo
passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e
achando ali alguns discípulos, disse-lhes: “Recebestes vós já o
Espírito Santo quando crestes?”. E eles disseram-lhe: “Nós nem
ainda ouvimos que haja Espírito Santo”. Perguntou-lhes, então:
“Em que sois batizados então?”. E eles disseram: “No batismo de
João”. Mas Paulo disse: “Certamente João batizou com o batismo
do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele
havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram
batizados em nome do Senhor Jesus”. E, impondo-lhes Paulo as
mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e
profetizavam. (Atos 19: 1-7).
A grande pergunta é: por que não foi vivido no decorrer da “era cristã” e
não vivemos hoje de forma mais evidente o que aquela comunidade
viveu? A resposta inicialmente está no distanciamento de nossas raízes e
identidade judaica. Jesus já advertira que viria a noite e não se poderia
trabalhar, sobre o surgimento de outro “príncipe” que ele não tinha
nenhuma identificação e a advertência dos apóstolos.
b) Ter intrepidez e autoridade para resistir ao dia mau e ter uma arma
deataque.
Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos
pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro
evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. Mas temo
que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim
também sejam de alguma forma corrompida a vossa mente, e se
apartem da simplicidade que há em Cristo. (II Coríntios 11: 3, 4).
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a
igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para santificá-la,
purificando-a com a lavagem da água, pela palavra3, para
apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. (Efésios 5: 25-
27).
Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o
destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. (I
Coríntios 3: 16, 17).
Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que
habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos? (I Coríntios 6: 19).
E teremos uma morada feita por Deus: “No qual todo o edifício, bem
ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós
juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” (Efésios
2: 21, 22).
Jesus nos prometeu esta verdade: “Não se turbe o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas;
se não fosse assim, eu vô-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar” (João 14:
1, 2).
Haverá um tempo em que o Santuário de Deus estará para sempre com
oshomens.
Dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: “Eis que vou tomar dentre as
nações os filhos de Israel, para onde eles tiverem ido, e os
congregarei de todos os lados, e os introduzirei na sua terra. Deles
farei uma só nação na terra, sobre os mortos de Israel; e um só rei
reinará sobre eles todos. Nunca mais serão duas nações, nem de
maneira alguma se dividirão para o futuro em dois reinos; o meu
servo Davi será rei sobre eles; e todos eles terão um só pastor.
Também andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos,
e os praticarão. Demais, farei com eles uma aliança de paz; será
com eles uma aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os
multiplicarei, e porei para sempre o meu santuário no meio deles.
Também o meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e
eles serão o meu povo. As nações saberão que eu sou Jeová que
santifico a Israel, quando o meu santuário estiver para sempre no
meio deles”. (Ezequiel 37: 21-22, 24, 26-28).
A Jeová dos exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja
ele o vosso pavor. Ele servirá de santuário; porém será pedra de
tropeço e rocha de escândalo para as duas casas de Israel,
armadilha e laço para os habitantes de Jerusalém. (Isaías 8: 13,
14).
Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu da
parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para seu
noivo. Ouvi uma grande voz, vinda do trono, dizendo: “Eis o
tabernáculo de Deus, está com os homens e ele habitará com eles;
eles serão o seu povo e Deus mesmo estará com eles”. Veio um dos
sete anjos que tinham as sete taças, cheias das sete últimas pragas
e falou comigo: “Vem cá, e mostrar-te-ei a noiva, a esposa do
Cordeiro”. Levou-me pelo Espírito a um grande e alto monte, e
mostrou-me a santa cidade de Jerusalém, descendo do céu da
parte de Deus. As suas portas não se fecharão de dia, porque noite
não haverá ali. A ela trarão a glória e a honra das nações. Não
haverá mais noite; nem precisam mais da luz da candeia, nem da
luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará, e eles reinarão
pelos séculos dos séculos. (Apocalipse 21: 2, 3, 9, 10, 25,
26; 22: 5).
3. Obs.: “purificando-a com a lavagem da água” significa que somos
santificados não pelas obras, mas pela regeneração e renovação do
Espírito Santo. Paulo faz aqui alusão, de forma figurativa, ao banho
nupcial das noivas; “pela palavra” significa a mesma referência de João
15: 1-3.
4. Obs.: a figura tem origem militar. Os cativos são forças em oposição a
Deus. As forças ímpias foram tatalmente derrotadas por ocasião da morte,
ressurreição e ascensão de Cristo. Isso lhe deu completa vitória, e assim
ele foi capaz de distribuir dons (despojos) aos justos.
CAPÍTULO 5
A REALIDADE DA BATALHA ESPIRITUAL
5.1 – Introdução
Este capítulo mostrará que o assunto de batalha espiritual é uma
realidade nas páginas das Escrituras e ignorado por muitos que se tornam
vítimas do engano, da manipulação, da morte promovida por Satanás
(entenda-se não a morte física, mas aquela que ele anseia para todos os
filhos do Eterno, a morte dos propósitos, dos planos de Deus para os seus
filhos). “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim
para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10: 10).
Quando falamos de batalha espiritual nas páginas das Escrituras, temos
que começar na criação, em Gênesis. Com o advento do pecado, o Eterno
sentencia o homem, a mulher e a serpente a uma realidade – a dor, a
inimizade, o conflito, aguerra.
À serpente são ditas palavras que nos dão uma base inicial da realidade
da batalha espiritual. No cenário negro da desobediência surgem duas
sementes que estariam em inimizade constante: a semente da serpente e a
semente da mulher.
A palavra semente, do hebraico ער ֶז,
ָ Zera, significa descendência, prole,
filhos, posteridade. De Satanás, bem como da mulher, haveria uma
descendência, uma prole. As Escrituras se referem a ambas as sementes.
Os filhos do Diabo: “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos
do Diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não
é de Deus” (I João 3: 10).
Os filhos da desobediência: “Em que noutro tempo andastes segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito
que agora opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2: 2).
Os filhos do maligno: “O campo é o mundo; e a boa semente são os
filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno” (Mateus 13: 38).
A semente corruptível: “Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que
permanece para sempre” (I Pedro 1: 23).
Sobre os filhos da mulher (essencialmente, de Jesus Cristo) e sua
descendência, sua posteridade (a igreja), que estaria em constante
inimizade, em constante batalha espiritual com a semente da serpente:
Por que razão o general assírio lhe pediu que levasse uma carga de terra
em duas mulas? Trata-se de um antigo costume dos antigos: a ideia é que
cada terra tinha seu próprio deus, que só podia ser adorado ali. Deixar um
território e viajar para outro era ficar sob a jurisdição de outro deus, o
proprietário espiritual daquela terra.
Para Naamã, que passou a reconhecer o único e verdadeiro Deus, para
adorar a Yahweh-Elohim na Síria, ele precisaria levar uma porção da terra
com ele, sobre a qual Yahweh exercia jurisdição.
O episódio do domínio babilônico no livro de II Reis relata o ocorrido
com pessoas da Babilônia que foram para as terras de Samaria. Diz o
texto que eles não temeram ao Senhor da Terra. O Senhor mandou leões
e mataram alguns deles. Chegando ao conhecimento do rei da Assíria que
aquelas pessoas da Babilônia não conheciam “o costume do deus da
terra”, ele mandou sacerdotes para que ensinassem o costume do Deus da
Terra.
Na Macedônia, Paulo escreve aos coríntios que não teve repouso; antes,
foi atribulado, por fora, com combates e, por dentro, com temores.
“Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve
repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates,
temores por dentro” (II Coríntios 7: 5).
Outro episódio foi o desejo de Paulo de estar com os irmãos em
Tessalônica, no que foi impedido por Satanás.
Outro episódio também nos alerta sobre o preparo que devemos ter,
nesta área da batalha espiritual. Sete filhos de Ceva, principal dos
sacerdotes de Éfeso, não entenderam isso.
As armas de defesa:
Primeira arma (o cinturão da verdade) – a verdade de Deus, que é o
seu Filho Jesus, que nos conduziria, através do Espírito, a toda a
revelação divina e a lealdade a ela, em vista dos desvios doutrinários.
Segunda arma (a couraça, o peitoral) – a da justiça, da retidão. O
peitoral protegia os órgãos vitais do tórax e da parte superior do
abdômen. Está em foco a própria retidão de Cristo, operada em nosso
interior pelo Espírito. O Espírito nos leva a vivermos sem legalidades e
aberturas para o domínio das trevas.
Terceira arma (as sandálias) – do evangelho da paz. O texto diz “com a
preparação” do evangelho da paz. O sentido é estarmos preparados para
anunciar o evangelho do Reino. As sandálias representam esse
equipamento com o qual avançamos a cada batalha, obtendo vitórias e
com a grande notícia da chegada do Reino de Deus.
Quarta arma (o capacete) – é a salvação. O capacete protegia a parte
mais vital do corpo, a cabeça. É a certeza de crescermos progressivamente
segundo a imagem moral de Cristo, que nos vai protegendo dos ataques
destrutivos do maligno.
As armas de ataque:
Primeira arma (o escudo da fé) – a fé que governa a vida do filho de
Deus, pois ele vive de fé em fé. A fé que consiste na entrega total nos
braços de Cristo. A fé que tem seu alicerce na fidelidade ao Senhor. Esse
escudo apaga os dardos inflamados do Diabo. Os dardos são inflamados
porque podem atingir os pontos de nossas vidas propícios a tais dardos. E
somente com a fé, a confiança em Deus é que apagaremos tais
dardos. “Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar
todos os dardos inflamados do maligno” (Efésios 6: 16).
Segunda arma (a espada do Espírito) – é a Palavra de Deus. O escritor,
aos hebreus, declara que ela é mais afiada que uma espada de dois gumes,
pois penetra até a junção da alma e do espírito, das juntas e medulas, apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração. Somente através
do Espírito Santo é que a Palavra de Deus se tornará uma arma poderosa,
pois são decretos do mundo espiritual.
6.1 – Introdução
Infelizmente, o inimigo tem encontrado muitos “pontos de contato”, no
corpo de Cristo, através de ministérios, líderes, ovelhas que não têm
entendimento de verdades espirituais e nem posto em prática os
mandamentos e preceitos de Deus em suas vidas. São religiosos,
adúlteros, sexopatas convulsivo, os que distorcem o costume natural da
sexualidade, roubadores, mentirosos e outros. Todos dando ao inimigo
legalidade para serem “tocados” e “conectados”, levando-os ao cativeiro e
a doenças espirituais.
Sem a verdadeira santificação, não há autoridade e nem se poderá ver e
sentir a plenitude da vida cristã. E, neste caminho da santificação, nos
deparamos com a necessidade de libertação e cura interior.
É no princípio da libertação e cura interior que encontraremos a
genuína prática do arrependimento e da confissão. Sem estes elementos
não há libertação, cura e santidade. “Confessai as vossas culpas uns aos
outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um
justo pode muito em seus efeitos”. (Tiago 5: 16).
A santidade é o estado em que Deus nos quer ver, pois só assim veremos
sua manifestação. A santificação ocorre nas três áreas de nossa vida:
a) no corpo: parte do nosso ser que interage com o mundo físico;
b) na alma: parte do nosso ser que é composta de emoção; trata-se do
lugar da mente – da memória e do raciocínio –, da consciência, do livre-
arbítrio e da vontade;
c) no espírito: parte do nosso ser que envolve a consciência, a adoração
e a intuição, e que interage com o mundo espiritual e com toda influência,
em nós, de origem espiritual – com o Espírito do Eterno ou com
demônios.
6.2 – A libertação
À purificação do nosso espírito chamamos libertação. À purificação (ou
cura) da nossa alma chamamos cura interior. E à purificação (ou cura) do
nosso corpo chamamos cura física. “Quem pode entender os seus erros?
Expurga-me tu dos que me são ocultos” (Salmos 19: 12).
Todo homem, ao nascer, possui inclinações que o distanciam do
Criador. Até que ele volte ao Eterno e passe a ser transformado no corpo
de Seu Filho, está em processo de submissão de suas inclinações à
vontade divina, sendo possível, neste processo, ceder ao clamor de sua
“inclinação má”, do hebraico ערהרצי, yetser hara, e ter contatos e
influências com espíritos malignos. “O qual nos tirou da potestade, e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1: 13).
Potestade ou poder das trevas, do grego εξουσίας, exousias, significa
poder de escolha, liberdade de fazer como se quer, poder de autoridade,
de governar. Esses demônios atuam na vida dos seres humanos em três
níveis de atuação:
a) tentação – os demônios nos tentam a pecar. Vozes que não são
audíveis normalmente, mas estão nos pensamentos. Cedendo, caímos,
dando-lhes direitos de posse de uma área em nossa alma que fica
manchada. Temos que resistir e eles fugirão. “Sujeitai-vos, pois, a Deus,
resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a
vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os
corações”. (Tiago 4: 7, 8).
b) opressão – é quando os demônios conseguem atuar nas emoções, na
mente ou na vontade. Eles passam a controlar essas áreas de nossas vidas,
pois concordamos, em algum momento, com a sua vontade e acabamos
fazendo um pacto.
c) endemoninhamento – neste nível existe um grau de implicação
profundo: os demônios vão habitar na pessoa. Na opressão existem
impurezas espirituais atuando na alma; no endomoninhamento, o espírito
é que fica contaminado com a presença de demônios. Ocorre quando
damos brechas a espíritos malignos. São pecados que passam de uma
simples opressão para um endomoninhamento.
6.3 – A cura interior
Temos que entender que a libertação e a cura interior não são um fim e
sim um processo. A cura interior começa quando reconhecemos as raízes
de nossos traumas, feridas, rancores, amarguras, falta de perdão,
deformidades de nossa personalidade...
Esse processo a que nos referimos deve ser algo contínuo, pois novos
episódios ocorrem e podem nos traumatizar. A santificação é que mantém
a cura interior. Uma vida de oração, ligada com Deus, nos alerta para que
não acumulemos as raízes, lançando sobre Jesus toda a nossa ansiedade.
A ministração de cura interior pode ser feita coletiva ou
individualmente. Ela só ocorre pela operação do Espírito do Eterno.
Jesus está buscando uma igreja curada, uma virgem sem mácula, sem
rugas, sendo aperfeiçoada por ele, ajudando-nos uns aos outros a
chegarmos à perfeição.
CAPÍTULO 7
PATERNIDADE RESTAURADA
7.1 – Introdução
No contexto de libertação e cura espiritual, temos que falar sobre a
restauração de paternidade. Muito se tem falado sobre o Deus Criador, o
Eterno, o Senhor de nossas vidas, mas pouco se fala sobre a sua
paternidade; Aquele que supre as necessidades, do Deus provedor,
sustentador; aquele que possui filhos e herdeiros; aquele que, desde o
princípio, se mostra o Cuidador, o Pai de uma família.
Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios,
para que não fossem seus escravos; e quebrei os timões do vosso
jugo, e vos fiz andar eretos. (Levíticos 26: 3).
Como também no deserto, onde vistes que o Senhor vosso Deus
nele vos levou, como um homem leva seu filho, por todo o
caminho que andastes, até chegardes a este lugar.
(Deuteronômio 1: 31).
E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te
guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te
provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os
seus mandamentos, ou não. (Deuteronômio 8: 2).
E ele lhes disse: “Quando orardes, dizei: ‘Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a
tua vontade, assim na terra, como no céu’”. (Lucas 11: 2).
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. (Romanos 8: 29).
Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para
sempre. (João8: 35).
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez
estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos,
pelo qual declaramos: “Abba Pai”. (Romanos 8: 15).
[...] porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito
de seu Filho, que clama: “Aba, Pai”. Assim que já não és mais
servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por
Cristo. (Gálatas 4: 6, 7).
A liberdade que o Filho nos outorgou nos desliga da escravidão, dos
serviços forçados de um império. Significa receber o direito de estarmos
dentro de Sua Casa, de Sua Família, da comunidade dos Santos, da
comunidade de Israel.
Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser
ser grande, será vosso serviçal. (Marcos 10: 43).
Ainda que fosse Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que
padeceu. (Hebreus 5: 8).
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-
se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz. (Filipenses 2: 7, 8).
Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos
céus. (Mateus 5: 48).
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua
porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em
secreto, te recompensará publicamente. Não vos assemelheis,
pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de
vós lho pedirdes. (Mateus 6: 6, 8).
Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe
pedirem? (Mateus 7: 11).
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Mateus 13: 43).
Não temais, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-
vos o reino. (Lucas 12: 32).
Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos
filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e
fira a terra com maldição. (Malaquias 4: 5, 6).
Temos que entender que a criação anseia pela manifestação dos filhos
de Elohim. E não dos teólogos, dos ministros, pregadores, políticos,
militares, etc. Satanás sempre procurou colocar em dúvida esta verdade
até mesmo no Filho do Eterno, principalmente na tentação do deserto
(“Se tu és o filho de Deus [...]”, em Mateus 4: 3) e na crucificação, quando
falaram para ele: “Se tu és o Filho de Elohim, desce [...]” (Mateus 27:
40). “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos
filhos de Deus” (Romanos 8: 19).
Se o Diabo conseguisse fazer com que Yeshua duvidasse que Ele fosse o
Filho de Elohim, jamais Ele teria cumprido o propósito do Pai, jamais Ele
teria chegado à cruz como Filho obediente.
Temos que crescer na testificação do nosso espírito com o Espírito do
Eterno, que somos seus filhos, só assim será possível administrar os
negócios do nosso Pai, ou seja, teremos um compromisso com o avanço
do Seu Reino. Precisamos amadurecer como filhos, pois a herança é dada
para filhos amadurecidos e não filhos imaturos. “Digo, pois, que todo o
tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja
senhor de tudo; assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és
também herdeiro de Deus por Cristo” (Gálatas 4: 1, 7).
Devemos passar por um processo de crescimento e amadurecimento,
como Cristo passou para que possamos ser herdeiros e andarmos em
herança, como ele andou.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são
filhos de Deus. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito
que somos filhos de Deus. (Romanos 8: 14, 16).
O convite de Elohim para nós é para que conheçamos o seu caráter
paterno, vivendo uma vida plena de adoração, oração, intercessão, e assim
ajudaremos os filhos que estão longe da casa a retornarem, por meio
de Yeshua.
Que sejamos livres de toda a escravidão e orfandade, pois temos um Pai
que cuida de nós, que zela por nós e que nos aceita. Temos um Pai
provedor, protetor, presente, amoroso e que corrige os filhos que ama.
Não precisamos mais temer o olhar da rejeição. Precisamos nos ver como
Ele nos vê. Somos mais preciosos do que os pássaros e os lírios do campo,
dos quais o Pai cuida. E cuidará muito mais de seus filhos (Mateus 6: 26-
30).
Vamos deixar o Pai nos revelar esta verdade e, através de nós, revelá-la
ao mundo.
CAPÍTULO 8
RECUPERANDO O REINO
8.1 – Introdução
Durante os primórdios, o homem sempre buscou respostas para
questões sobre a sua origem, a razão de sua existência e seu destino após a
morte. Na verdade segue o pensamento de que, se o homem foi criado,
houve um Criador. Obviamente, as suas indagações, fruto de sua restrição
mental e intuitiva, só serão respondidas na sua origem, no seu Criador, no
Mestre do Universo, no Ribono shel Olam. O único que existe imortal,
invisível, que habita em luz inacessível. Nele começou o processo criativo
que trouxe o primeiro entendimento de “reino” e “rei”. Inicialmente
podemos considerar o processo desencadeador da criação – o amor de
Deus. Todos nós refletimos este amor, por possuirmos uma alma
originária do Pai dos espíritos refletida no ato de doação e do
compartilhar, que são características de quem ama. Da mesma forma, o
desejo de Deus é compartilhar sua presença, seu reino e governo, sua
glória. Esse é o plano original de Deus para a criação nos mundos invisível
e visível.
8.2 – A queda
Diante deste propósito ocorreu a desobediência, a opção pelo natural,
pelo racional; divorciamo-nos do sobrenatural, do intuitivo e do domínio
do subconsciente. Apropriamo-nos do “fruto”, leia-se, do privilégio do que
é visível e material, rompendo com a separação que existia entre o bem e
o mal. Este ato gerou a morte, a separação, uma independência em
relação à regência do Eterno e ao seu Reino, uma desconexão do invisível,
do espiritual e do Reino. “Mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás.” (Gênesis 2: 17, grifos nossos).
Esta desconexão levou o homem a buscar desesperadamente, em sua
alma, as religiões, que representam nada mais que a perseguição
frustrante da humanidade para recuperar o que perdeu. A religião foi a
busca não da origem, do Criador, mas dos “intermediários”, dos deuses
inferiores, que se tornaram objetos de idolatria, ocupando e distraindo a
frustração do homem pela perda do Reino. Houve a quebra de
uma aliança.
Quem veio recuperar esse acesso por ser o novo caminho? Yeshua.
E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete
últimas pragas, e falou comigo, dizendo: “Vem, mostrar-te-ei a
noiva, a esposa do Cordeiro”. E levou-me em espírito a um grande
e alto monte, e mostrou-me a santa cidade de Jerusalém, que
descia do céu da parte de Deus, tendo a glória de Deus; e o seu
brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como se fosse
jaspe cristalino; nela não vi santuário, porque o seu santuário é o
Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não necessita
nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porém a
glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As
nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua
glória. As suas portas não se fecharão de dia, e noite ali não
haverá; e a ela trarão a glória e a honra das nações. E não entrará
nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou
mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do
Cordeiro”. (Apocalipse 21: 9-11; 22-27).
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: “Vinde, benditos
de meu Pai, possuí como herança o reino que vos está destinado
desde a fundação do mundo”. (Mateus 25: 34).
Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo
perante os injustos, e não perante os santos? Não sabeis vós que
os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser
julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas
mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto
mais as coisas pertencentes a esta vida? (Coríntios 6: 1-3).
Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso;
seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a
morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo,
e Cristo de Deus. (I Coríntios 3: 21-23).
“E eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas”, diz
o Senhor Todo-Poderoso. (II Coríntios 6: 18).
Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o
que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. (I
João 3: 2).
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-
lhe: “Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a
ninguém; como dizes tu: ‘Sereis livres?’”. Respondeu-lhes Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete
pecado é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente
na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o
Filho vos libertar, vocês serão livres”. (João 8:32-36).
Jesus deu muitos sinais, mas acrescentou: “[...] é necessário que estas
coisas aconteçam, mas ainda não é o fim” (Mateus 24: 6).
A chave para compreendermos o retorno de Cristo e o fim dos tempos
está relacionada com o anúncio do Reino a todos os dispersos espalhados
pelo mundo. O mundo já está maduro para este Reino, mas estamos
falhando nesta grande colheita.
Nunca mais te servirá o sol para luz do dia nem com o seu
resplendor a lua te iluminará; mas o Senhor será a tua luz
perpétua, e o teu Deus a tua glória. Nunca mais se porá o teu sol,
nem a tua lua minguará; porque o Senhor será a tua luz perpétua,
e os dias do teu luto findarão. E todos os do teu povo serão justos,
para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados,
obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. O menor virá
a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor, ao seu tempo
o farei prontamente. (Isaías 60: 19).
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o
Cordeiro é a sua lâmpada. (Apocalipse 21: 23).
E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de
luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo
o sempre. (Apocalipse 22: 5).
CAPÍTULO 9
EVIDÊNCIAS DO ENGANO
9.1 – Introdução
Damos início ao Título II, que tratará de alguns assuntos sobre o engano,
estudos que visam mostrar o quanto a comunidade que o Messias veio
ampliar e possibilitar o retorno dos perdidos da casa de Israel se
distanciou de suas raízes, sendo conduzida, como fica evidente pelos anais
da história, pelas influências pagãs, desde o primeiro século, ao
rompimento com a “oliveira” (Romanos 11: 16-18) onde deve estar
enxertada, Israel, e abraçando o apelo apologético e religioso greco-
romano. É bom lembrar que os apóstolos já advertiam para tais enganos e
alertaram a igreja para tal fato.
Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela
nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso
entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,
quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que
antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da
perdição, Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que
agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a
quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo
esplendor da sua vinda. (II Tessalonicense 2: 1-3, 7, 8).
E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de
Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir,
e eis que já está no mundo. (I João 4: 3).
No ano 100 d.C. morre o último dos apóstolos de Cristo, João. Começam a
surgir os pais da igreja com influências greco-romanas. Entre os anos 132
a 135 d.C. ocorre outro fato importante, a Revolta de Barcoba, um levante
de judeus contra o Império Romano, em razão do imperador Adriano ter
proibido a reconstrução do Templo em Jerusalém, ao que inicialmente ele
se mostrara favorável.
E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas.
(Colossenses 2: 4).
Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. (Colossenses 2: 8).
Entre 138 e 161 d.C., o imperador Antônio Pio ergueu um templo a Mitra,
em uma cidade próxima a Roma. Mitra recebeu o título de Sol Dominus
Imperil Romani (O Sol, Senhor do Império Romano). O seu dia, o
domingo (sunday, o dia do sol, em inglês), foi declarado o Dia do Senhor.
Um edito de Constantino estabeleceu o domingo de Mitra como dia oficial
de adoração dos cristãos.
Ao observarmos as imagens de Mitra, não custa lembrar que qualquer
semelhança não é mera consciência...
a) Cronos (Κρόνος) – Este deus era pai de Zeus, que engoliu seus filhos,
que ficaram vivos em seu ventre, por receio de ver usurpado seu trono. Na
nossa cultura este pensamento é presente, quando Cronos nos fala de
tempo humano. Daí a palavra “cronológico”, de tempo. O pensamento
pelo qual somos influenciados é de que o tempo engole seus filhos presos
no ativismo, o que é totalmente contrário ao pensamento das Escrituras,
em que o tempo é para servir o homem e não o homem servir o tempo: “O
qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação
do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (I
Pedro 1: 20, grifo nosso).
Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os
lançado no inferno (Tártaro), os entregou às cadeias da escuridão, ficando
reservados para o juízo. (II Pedro 2: 4, grifo nosso).
E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre.
Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno [hades]. (Apocalipse 1:
18, grifo nosso).
Temos que entender que a imagem que hoje temos do Diabo, dos
demônios e do inferno é fruto de uma evolução histórico-religiosa,
sobretudo na Idade Média.
Os códigos da morte foram alterados passando a não ter mais poder sobre
aqueles que foram regenerados e tocados pela genética, pelo sangue
de Cristo.
Esta é a razão pela qual nenhum filho de Deus jamais será afetado pelo
poder da morte, pois os códigos corrompidos da morte não podem afetar
os que têm a genética, o DNA de Cristo, em Deus.
Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas
vivificado pelo Espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em
prisão (I Pedro 3: 18, 19, grifo nosso).
Por isso diz: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos
homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido
às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo
que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas”. (Efésios
4: 8-10, grifo nosso).
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto
que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que
está escrita: “Tragada foi a morte na vitória”. (I Coríntios 15: 54).
Houve uma história, criada no século II, a respeito de Psique e Eros, que
pode ter influenciado nosso entendimento sobre a alma, os sentimentos,
vontades e desejos.
Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso
trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei
o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. (Isaías 55: 2).
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas (Mateus 6: 33).
Que farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como
a da águia. (Salmos 103: 5).
Não plantarás nenhuma árvore junto ao altar do Senhor teu Deus, que
fizeres para ti. (Deuteronômio 16: 21).
O crucifixo vergado. É mais conhecido como cruz vergada. Mas o que isso
significa? Para responder a essa pergunta, surpreendentemente, vejamos
o que diz o autor católico Piers Compton, em seu livro “The broken cross:
hidden hand in the Vatican” (“A cruz quebrada: Hidden Hand no
Vaticano”):
[...] um símbolo sinistro, usado pelos satanistas no século VI, que foi
novamente colocado em uso ao tempo do Concílio Vaticano II. Nesse
crucifixo vergado, era exibida uma figura repulsiva e distorcida de Cristo,
que todos os praticantes de magia negra e feiticeiros da Idade Média
usavam para representar o termo bíblico “Marca da Besta”. Entretanto,
não somente o papa Paulo VI, mas seus sucessores, os dois João Paulo,
carregavam esse objeto e o exibiam para ser reverenciado pelas multidões,
que não tinham a menor ideia do que representava. (Compton, 1981, p.
72).
O Dia do Sol
Constantino o Grande fez uma lei para todo o império (321 d.C.),
instituindo que o Domingo fosse observado como dia de repouso em todas
as cidades e vilas; mas permitindo que os camponeses prosseguissem em
seus trabalhos. (Carey & Carey, 1829).
E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez de seu pai, e fê- lo saber a ambos seus
irmãos fora. Então tomaram Sem e Jafé uma capa e puseram-na sobre
ambos os ombros, e indo virados pra trás, cobriram a nudez do seu pai, e
os seus rostos eram virados, de maneira que não viram a nudez do pai.
(Gênesis 9: 22, 23).
Ninrode foi o rei de Babel, a cidade que desafiou o próprio Deus. A terra
de Sinar é a Mesopotâmia, onde mais tarde foi construída a cidade de
Babilônia, a outra cidade que desafiou Deus.
Semíramis ficou conhecida, também, como a rainha dos céus, pois diz a
história que, quando ela morreu, subiu ao céu transformada em pomba
após entregar a coroa ao seu filho Tamuz. Uma das representações da
trindade cristã é uma pomba. Apenas para reflexões.
Por que razão, hoje, temos uma ênfase de adoração muito forte em torno
de uma simbologia que remonta há séculos? Vemos as mesmas figuras
representadas (a mãe e o filho) com designação de rainha dos céus e seu
filho. Vejamos algumas figuras que influenciaram povos.
Podemos perceber as semelhanças entre Maria do cristianismo e
Semíramis da antiga Babilônia. Semíramis, a deusa que usava uma coroa
e foi chamada de rainha dos céus.
Com meu coração cheio de louvor para com a rainha dos céus, o sinal da
esperança e a fonte de consolo de nossa peregrinação de fé à Jerusalém
celestial, saúdo a todos vós que estais presentes nesta solene liturgia [...].
Esta liturgia apresenta-vos, a Maria como a mulher vestida de sol [...]. Em
Maria, a vitória final da vida sobre a morte é uma realidade [...] (João
Paulo II). Vierra, 1997
Deus vos salve, virgem, senhora do mundo, rainha dos céus e das virgens,
virgem. Estrela da manhã, Deus vos salve, cheia de graça divina, formosa
e gentil. Dê pressa, senhora, em favor do mundo, que vos [...]. Santa
Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do
mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais, ponde,
senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai- me de vosso
amado Filho o perdão de todos os meus pecados [...] [hino e oração
católicos muito conhecidos] (SLAID 88-100/107-110). Devocionário da
Diocese de Campo Maior (http://diocesedecampomaior.org.br/wp-
content/plugins/download-
attachments/includes/download.php?id=1871)
Mas quem era Constantino? Segundo Henry Chadwick, no seu livro “The
early church” (“A igreja primitiva”):
Constantino, como seu pai, adorava o Sol Invicto. Sua suposta conversão
ao cristianismo teve fortes questões militares, pois suas batalhas
dependiam da dádiva do Deus dos cristãos e que uma divisão religiosa
representava uma ameaça ao seu império. (Chadwick, 1993).
Esses debates perduraram por décadas. Muitos criam que Jesus não era
igual a Deus. Em 381 d.C., o imperador Teodósio tomou uma decisão:
acolheu os dogmas estabelecidos pelo Concílio de Niceia como norma
para o seu império e convocou o Concílio de Constantinopla para realizar
mais esclarecimentos e preceitos. Esse concílio concordou em colocar o
Espírito Santo no mesmo nível que Deus e Cristo. Nesse momento
podemos considerar um esboço da Trindade cristã como oficial.
Mesmo assim, após o Concílio de Constantinopla, a Trindade não se
tornou um credo amplamente aceito. Muitos se opuseram e foram
perseguidos. Foi somente em séculos posteriores que a Trindade foi
formulada em credos específicos.
O Credo era desconhecido à Igreja Oriental até o século 12. Desde o século
17, os estudiosos em geral têm concordado que o Credo Atanasiano não
foi escrito pelo mesmo (falecido em 373 d.C.), mas no sul da França
durante o quinto século e na Espanha no sexto e sétimo séculos. Foi usado
na liturgia da igreja na Alemanha no nono século e mais tarde em Roma.
Enciclopédia Britânica, 1768
Portanto, levou séculos depois que Cristo foi assunto aos céus para que a
Trindade viesse a ser plenamente aceita no meio cristão. E. W. Hopkins
(1923), no seu livro “Origem e evolução da religião”, comenta: “A
definição ortodoxa final da trindade era em grande parte uma questão de
política eclesial”.
Era o ano 177. Atenágoras fez notar que, se tantas doutrinas religiosas
diferentes eram toleradas no seio do Império, seria justo que o
cristianismo o fosse também. Servindo-se dos seus vastos conhecimentos
de filosofia grega, explicou como a fé cristã num Deus único era
semelhante ao conceito clássico da unidade de Deus. Foi possivelmente o
primeiro a defender filosoficamente a Trindade, ao tentar demonstrar que
o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Ser. O objetivo dos apologistas
foi demonstrar que o cristianismo incorporava os ideais gregos de virtude
e razão. Mas alguns cristãos discordavam: achavam que a filosofia estava
demasiadamente imersa na cultura pagã e recusavam-se a ver a sua fé em
Jesus, recentemente revelada, apoiada por argumentos filosóficos. O mais
famoso dos primeiros apologistas foi Justino, o Mártir. Pagão, nascido por
volta de 100 em Flávia Neápolis, aprendeu filosofia grega, especialmente a
doutrina de Platão, convertendo-se ao cristianismo ainda jovem. (Digest,
1999, 140-141).
Poderíamos citar muitos outros escritos e depoimentos, mas gostaria de
terminar com uma declaração que expressa a realidade histórica que
confirma as influencias pagãs no cristianismo como uma verdade, fruto
do fluxo natural que houve na Igreja.
Mas talvez alguém pergunte: por que este termo (trindade) não aparece
na Bíblia? Para responder a esta questão é preciso compreender que, a
partir do século segundo, o centro missiológico da Igreja transferiu-se em
definitivo do ambiente judeu-palestino para o mundo greco-romano. O
trabalho iniciado por Paulo entre os gentios vê-se finalmente estabilizado
no ambiente gentílico e começa a gravitar em torno de questões que não
haviam sido levantadas no ambiente judaico. A Igreja viu-se, então,
obrigada a expressar sua fé de um modo compreensível para aqueles que
não vinham de uma cultura vétero-testamentária, mas tinham seu
pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega. Camargo, 2015
A mitologia hindu está fundada nos Vedas, que são os livros sagrados dos
hindus. Segundo a crença, o próprio Brahma os escreveu. Brahma é o
Deus supremo da tríade hindu. Seus atributos são representados pelos
três poderes: criação, conservação e destruição, que formam a Trimuri ou
trindade dos principais deuses: Brahma, Vishnu e Shiva, respectivamente,
da criação, da conservação e as destruição. Bulfinch, 1796)
*Nota do pirateador: Após ler esse texto não aceite negar a Santíssima
Trindade, como muitos judeus messiânicos têm feito. Deus é um só, que
subsiste em três pessoas, mas essas pessoas são diferentes em
manifestação, porém idênticas em essência (Poder, autoridade, glória,
atributos incomunicáveis e etc.).
³⁶Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz”.
Terminando de falar, Jesus saiu e ocultou-se deles.
³⁷Mesmo depois que Jesus fez todos aqueles sinais miraculosos, não
creram nele. ³⁸Isso aconteceu para se cumprir a palavra do profeta Isaías,
que disse:
³⁹Por esta razão eles não podiam crer, porque, como disse Isaías noutro
lugar:
⁴¹Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.⁴²Ainda
assim, muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus,
não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga;
²⁴Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram.
²⁵Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de
Paulo ter feito esta declaração final: “Bem que o Espírito Santo falou aos
seus antepassados, por meio do profeta Isaías: ²⁶“‘Vá a este povo e diga:
Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que
estejam sempre vendo, jamais perceberão. ²⁷Pois o coração deste povo se
tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e
fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos,
ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os
curaria’.
E talvez você se pergunte, então o Pai, o Filho e o Espírito são uma única
pessoa? Não, o batismo de Jesus revela que não, pois vemos claramente
os três ao mesmo tempo.
¹⁴João, porém, tentou impedi-lo, dizendo: “Eu preciso ser batizado por ti,
e tu vens a mim?” ¹⁵Respondeu Jesus: “Deixe assim por enquanto;
convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça”. E João
concordou. ¹⁶Assim que Jesus [(DEUS FILHO)] foi batizado, saiu da
água. Naquele momento o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus
[(DEUS ESP. SANTO)] descendo como pomba e pousando sobre ele.
¹⁷Então uma voz dos céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me
agrado”. [(DEUS PAI)]
Essa ideia de três cabeças, pessoas, não é nova nem mesmo no judaísmo
antigo. Leia esse texto do misticismo judaico:
"O mistério no Nome de Deus. Aqui há três graus, cada um existindo por
Si mesmo; e mesmo assim Eles são Um, e são tão unidos que Um não
pode ser sem o Outro. O mesmo Santo e Antigo Um, aparece como Três
Formas em Uma, e Ele é o Cabeça que se eleva sobre os graus. O Antigo
Santo Um, é descrito como Três e também como a Outra Luz, que foi
emanada de Sua Fonte e foi inclusa em Três."
10.1 – Introdução
Sabemos que o Eterno está restaurando todas as coisas acerca do seu
Reino e de sua efetiva moradia nos mundos inferiores, e isto inclui a
santificação do seu Nome, o qual foi profanado entre as nações. A palavra
“profanar”, no hebraico, é לאלח, chalal, cujo significado é poluir,
contaminar, adulterar. Ou seja, o nome do Eterno foi adulterado,
contaminado, profanado.
O plano do Eterno de santificação do Seu Nome vai além de
simplesmente falar este ou aquele Nome. Trata-se do que representa o
Seu Nome nos mundos criados, pois são eles que sustentam toda a
realidade. Precisamos entender que o Senhor restaurará todas as coisas
que foram ditas pela boca de seus santos profetas.
A identidade do Messias
Da mesma forma que o nome do Eterno, o Pai, foi profanado, o nome do
Filho, Yeshua, também foi profanado. O Senhor também santificará o
nome do Filho.
Esta santificação é necessária, pois no seu Reino o Seu nome será
pronunciado no contexto santificado, sem manchas ou alterações.
Se falarmos de Cristo e Messias/Jesus e Yeshua, será que estamos
falando da mesma pessoa? Para muitos parece que são pessoas diferentes,
porque são palavras ligadas a culturas diferentes. Cristo (de cristos) e
Jesus (de Iesous) nos remetem a Roma e a Grécia; enquanto Mashiah e
Yeshua nos conectam com Israel, o contexto original do que significa
Messias, o Ungido.
O nome Jesus, comum em várias línguas modernas, deriva do
latim Iesus, uma transliteração do grego Ἰησοῦς (Iesous). A forma grega,
por sua vez, é uma transliteração do aramaico ( ישועYeshua), o qual deriva
do hebraico (יהושעYehoshua). Aparentemente, o nome Yeshua foi usado
na Judeia na época do nascimento de Jesus.
Segundo estudiosos da língua grega, Jesus não é a transliteração de
Yeshua; a transliteração seria Iesua, pois a letra “J”, segundo relatos, só
apareceu mais ou menos no séc. XIV d.C.
Nos escritos gregos do Novo Testamento, Yeshua está como “Iesous”,
enquanto a transliteração correta, segundo lingüísticos, seria “Iesua”. Esta
mudança facilita a entrada dos pagãos, pois liam algo como: “Iesus, filho
de Zeus (deus)”.
Existem passagens bíblicas que citam o nome “Yeshua”, ישוע, na sua
forma original, sem alteração. Na Bíblia grega está transliterado “Iesua”.
Somente a partir do séc. XIV d.C. passou a ser escrito “Jesua”, com o
aparecimento do “J”.
11.1 – Introdução
Vamos falar sobre o sistema chamado babilônico, um sistema de engano
que tem influenciado culturas e povos, desde os primórdios. Falaremos,
no aspecto espiritual, o que no Apocalipse se refere à Mãe das Meretrizes,
das prostituições e abominações: esta é sua identidade, pois carrega este
nome em sua fronte, em sua mentalidade.
Portanto não é a Babilônia histórica, geográfica, nem pessoas, mas um
sistema prostituído que engana as pessoas, que carrega uma identidade,
que tem, por gerações, influenciado e gerado filhas, contaminando os
homens com suas prostituições. O Senhor ordena seu povo a sair dela por
todos os tempos, um apelo que chega a seu momento maior no livro do
Apocalipse. Portanto, tem muita relevância a revelação, o entendimento e
o discernimento deste mistério – a Babilônia.
E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia,
a mãe das prostituições e abominações da terra. (Apocalipse 17: 5).
E ouvi outra voz do céu, que dizia: “Sai dela, povo meu, para que
não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras
nas suas pragas”. (Apocalipse 18: 4).
As feitiçarias da Babilônia:
E ouvi outra voz do céu, que dizia: “Sai dela, povo meu, para que
não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras
nas suas pragas”. (Apocalipse 18: 4, grifo nosso).
Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus. E anunciai com voz de
júbilo, fazei ouvir isso, e levai-o até ao fim da terra; dizei: “O
Senhor remiu a seu servo Jacó”. (Isaías 48: 20, grifo nosso).
Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete
montes, nos quais a mulher está sentada. (Apocalipse 17: 9).
Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e,
quando chegar, tem de durar pouco. (Apocalipse 17: 10).
No grego a palavra “durar”, no verso 10, está no
tempo aoristo (aoristo é um tempo verbal, em grego, que significa sem
limite. Numa tradução mais livre, significa indefinido ou indeterminado).
Os reis referidos podem ser aqueles dos impérios que perseguiram e
mataram Israel. Seriam: Egito, Assíria, Babilônia, Medopersa, Grécia
(período helenístico); o que existe (quando João escreveu, o Império
Romano); e o que viria, aquele que saiu de Roma em 325 d.C., ou seja, um
império papal, uma religião unificada e universal. Todos estes impérios
agiram sobre uma influência, a mentalidade de Babel, o princípio de
Babilônia.
É interessante percebermos o formato da Praça de São Pedro, no
Vaticano, a qual tem o formato de uma fechadura; e, se é como uma
fechadura, é porque possui uma porta. E que porta seria esta? Uma porta
para as suas prostituições. As suas portas serão destruídas.
A Europa e o touro
A Europa é a figura de uma mulher em cima de um touro. Esta imagem
vem da mitologia grega, em que Zeus se disfarça de touro para enganar
Europa (filha de Agenor, rei da Fenícia), então Zeus a captura e tem
relações sexuais com ela. Ela tem um filho. Europa morre e Zeus a
transforma em constelação. Portanto, temos a história de Europa, e
vemos que Zeus carrega Europa. Mas o que pode simbolizar Zeus, neste
contexto? Um sistema religioso enganoso, de um messias falso. E a
Europa, o que pode nos indicar? A mulher prostituta, que tem a
identidade da Babilônia, representada por Roma, que domina as nações
da Terra. Assim:
Zeus – Sistema religioso de engano, que apresenta a imagem do
falso messias;
Europa – Mulher prostituta, que tem a identidade da Babilônia,
representada por Roma, que domina as nações da Terra espiritualmente e
que, ao morrer, é transformada em constelação.
Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua
astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte
da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo
alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais
espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente
que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais. (II
Coríntios 11: 3, 4).
A marca da Babilônia
Desmembrando mais este engano, vamos notar que o iníquo, a besta, o
antimessias possui também uma marca, um sinal. “E faz que a todos,
pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um
sinal na sua mão direita, ou nas suas testas” (Apocalipse 13: 16).
Temos que entender que o adversário sempre utilizou princípios
espirituais que foram corrompidos. Neste aspecto, não poderia ser
diferente, pois o Etermo estabeleceu inicialmente a sua marca para que
estivesse na mente do povo de Israel e nas suas ações: são os chamados
tefilins.
• a primeira besta, que foi ferida de morte, mas reviveu, esta seria o
anticristo, ou o falso Messias (se assemelha com alguém? Um falso
messias que ressuscitou?);
• a segunda besta seria o falso profeta que promove adoração ao falso
messias, criando uma imagem deste falso messias, e todos os que não
adorarem este falso messias serão mortos, e também aquele que não
tem a sua marca nas mãos e na fronte ( se assemelha com algum
sistema que dominou com a conhecida frase: “A cruz ou a espada”,
sobre tudo na Idade Média, com a Inquisição e as Cruzadas?).
A figura do falso profeta seria este sistema ligado a Roma, sob influência
da Babilônia. Este sistema cria a imagem do falso messias, um Jesus que
não éYeshua.
Lembremos da história das inquisições. Quantos morreram por não
adorarem aquela imagem, por não se converterem ao cristianismo?
Quantos morreram por não receberem a sua marca nas mãos (nas obras)
e na fronte (na mente)?
Está escrito que aqueles que não recebem a marca da besta (falso
messias), não podem comprar ou vender, e isto indica um sistema de
comercialização. Um sistema que domina o capitalismo mundial. Enfim,
esta é a marca: o nome da besta ou o número do nome. Então, temos
pessoas seladas com a identidade ou algo que identifica o falso messias.
O que pode significar o selo ou a marca? O Eterno de Israel sela ou
marca os seus. O adversário usa o mesmo princípio, utilizando o seu selo
ou marca. O selo do Eterno sobre os seus é o seu Espírito de acordo com o
que Paulo fala aos Efésios: “E não entristeçais o Espírito do Eterno de
Israel, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4: 30).
E o que o Espírito do Eterno tem como uma de suas principais funções?
O número 666
João apresenta o número do nome do falso messias e onde ele estaria,
pois é número de homem e o resultado deste cálculo é seiscentos e
sessenta e seis (666).“Aqui está a sabedoria. Aquele que tem
entendimento calcule o número da besta [falso messias], pois é número
de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis”
(Apocalipse 13: 18).
João estava no contexto do Império Romano, e quem agiu e estava
agindo em sua época era o espírito e influência babilônica neste Império.
Hoje, sabemos que há várias doutrinas em cima daquele número. Há
muito misticismo e satanismo criado em torno dessa numeração, mas
veremos que é algo revelador o que João quis transmitir.
João estava falando do falso messias, um sistema de engano
influenciado pela Babilônia. João estava preso na Ilha de Patmos pelo
Império Romano. O Império Romano havia destruído Jerusalém, o
templo e levado o povo de Israel à diáspora. E, naquela época, se usava
letras do alfabeto associadas como números (guematria, em hebraico,
“ordem do alfabeto” – é o método hermenêutico de análise das palavras
bíblicas em hebraico, atribuindo um valor numérico definido a
cada letra).
João, por ser um judeu, relaciona Roma (romano) com o contexto
hebraico. Usando a guematria hebraica (letra do alfabeto com números),
já conhecida na época, ele pede aos leitores que calcule o número da besta
(falso messias).
Este cálculo está ligado de alguma forma a Roma. Segundo a astrologia
praticada nas religiões de mistério, a adoração do sol (Lúcifer) ocupava
um lugar de destaque. Figuras e números eram usados para representar
essa adoração. E o sol era representado pelos números 6, 36, 111 e 666
(Westcott, 1993, p. 64). As religiões de mistério da Babilônia também
adotavam essa simbologia, conforme pode ser visto neste amuleto usado
pelos sacerdotes:
Tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu
filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com
eles de Ur dos Caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Harã,
onde ficaram. (Gênesis 11: 31).
Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai por ti [lech – lecha] da tua terra,
da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te
mostrarei. (Gênesis12: 1).
O Senhor está orientando seu povo, ou seja, todo aquele que o ouve e
obedece, para sair do meio do engano da Babilônia. E assim como foi com
Abraão, precisamos sair por nós mesmos, e não olhar para os outros. O
Senhor diz para sair e não para tentar mudar as suas vestes. Ele diz:
“Saia!”. O Eterno já decretou o fim da Prostituta, não precisamos perder
tempo tentando mudá-la.
CAPÍTULO 12
O JUÍZO DE EDOM (ESAÚ)
12.1 – Introdução
Neste capítulo vamos abordar um assunto pouco comentado e estudado,
das Escrituras. Trata-se do marco, do divisor de águas entre um povo
destinado à promessa e outro que sempre evocou seu suposto direito à
primogenitura, e, portanto, à herança, à promessa.
O assunto aqui é sobre Jacó e Esaú. Vamos descobrir que as palavras do
Senhor a Rebeca não ficaram restritas ao seu tempo, mas tiveram alcance
futuro. A profecia deixa claro que dois povos estarão juntos até o fim dos
dias, mas o mais velho acabará servindo o mais moço.
Ora, as crianças lutavam dentro dela e ela disse: “Se é assim, para
que viver?” Foi então consultar a Iahweh, e Iahweh lhe disse: “Há
duas nações em teu seio, dois povos saídos de ti, se separarão, um
povo dominará um povo, o mais velho servirá ao mais novo”.
(Gênesis 25: 22, 23).
Pela fé Isaque abençoou Jacó e a Esaú, no tocante às coisas
futuras. (Hebreus 11: 20).
Jacó amava Esaú, porque comia de sua caça; mas Rebeca amava a Jacó,
pois era pastor de ovelhas. Quando falamos em caçador na Bíblia,
sobretudo neste contexto e no caso de Ninrode (Gênesis 10: 9), temos que
entender que o sentido é muito amplo. Estamos falando de pessoas que
são também caçadoras de palavras, de argumentos, que caçam suas
presas com argumentações, favores e enganos.
Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós
haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente
heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão
as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho
da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras
fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de
largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita. (II Pedro 2:
1-2, grifo nosso).
Podemos entender por que Esaú era amado por seu pai e por todos que
o cercavam. Como Ninrode, era exímio caçador e possuía os mesmos
atributos dominantes: era argumentativo e enganador. Mas a promessa
estava sobre a vida de Jacó, não de Esaú. E o próprio Eterno cumprirá
esta verdade.
Esaú disse a Jacó: “Deixa-me comer dessa coisa ruiva, pois estou
esgotado”. – É por isso que ele foi chamado de Edom. (Gênesis 25:
30).
Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e
abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se
encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se
encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos
sejam os que te abençoarem. (Gênesis 27: 28, 29, grifo nosso).
Eu vos amei, disse o Senhor. – Mas vós dizeis: “Em que nos
amaste? – Não era, por acaso, Esaú irmão de Jacó? – oráculo de
Iahweh. Contudo, eu amei Jacó e odiei a Esaú. Eu fiz de suas
montanhas um deserto, e de sua herança, pastagens da estepe.
(Malaquias 1: 2, 3).
O fim de Edom
Haverá um momento, no final dos dias, que Edom será extinto, servirá
de espanto, de opróbrio, de ruína e desolação perpétua. As mesmas
palavras encontradas no livro do profeta Jeremias, nós encontramos no
livro de Obadias e de Apocalipse.
“Pois por mim mesmo jurei”, diz o Senhor, “que Bozra servirá de
objeto de espanto, de opróbrio, de ruína, e de maldição; e todas as
suas cidades se tornarão em desolações perpétuas”. Eu ouvi novas
da parte do Senhor, que um embaixador é enviado por entre as
nações para lhes dizer: “Ajuntai-vos, e vinde contra ela, e levantai-
vos para a guerra. Pois eis que te farei pequeno entre as nações,
desprezado entre os homens. Quanto à tua terribilidade, enganou-
te a arrogância do teu coração, ó tu que habitas nas cavernas dos
penhascos, que ocupas as alturas dos outeiros; ainda que ponhas o
teu ninho no alto como a águia, de lá te derrubarei”, diz o Senhor.
E Edom se tornará em objeto de espanto; todo aquele que passar
por ela se espantará, e assobiará por causa de todas as suas
pragas. (Jeremias 49: 13 – 17).
Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom:
“Embora subas ao alto como águia, e embora se ponha o teu ninho
entre as estrelas, dali te derrubarei”, diz o Senhor. (Obadias 1: 1-
4).
E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em
delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça
do seu incêndio; e, estando de longe por medo do tormento dela,
dirão: “Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois
numa só hora veio o teu julgamento. E sobre ela choram e
lamentam os mercadores da terra; porque ninguém compra mais
as suas mercadorias”. (Apocalipse 18: 9-11).
CAPÍTULO XIII
A RESTAURAÇÃO DAS DUAS CASAS (JUDÁ E ISRAEL) E O
REINO DO ETERNO
13.1 – Introdução
Neste capítulo, vamos abordar um assunto de que toda a igreja deveria
ter conhecimento. Uma boa parte dos profetas que profetizaram sobre o
fim dos tempos falaram inspirados pelo Espírito, que Deus tem um
propósito muito definido: unir novamente as duas casas de Israel. Uma
casa é Judá, chamada Reino do Sul; a outra, a casa de Israel, de José ou
Efraim, as dez tribos de Israel, chamadas de Reino do Norte, que estão
dispersas, tornaram-se estrangeiras, assimiladas. “O qual convém que o
céu contenha (Jesus) até aos tempos da restauração de tudo, dos quais
Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio”.
(Atos 3: 21, grifo nosso).
Para entendermos esta restauração temos que partir do início, em que
Deus estabeleceu um homem (Adão) em um local (Jardim do Éden) para
que dominasse e trouxesse o seu Reino para o mundo criado. Seu desejo
era permitir, aqui em nosso mundo existente, uma morada para a Sua
Glória, Sua Shehiná.
Então disse: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como
príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
(Gênesis 32: 28).
“Eu vos amei”, disse Iahweh. – Mas vós dizeis: Em que nos
amaste? – Não era, por acaso, Esaú irmão de Jacó? – oráculo de
Iahweh. Contudo, eu amei Jacó e odiei a Esaú. Eu fiz de suas
montanhas um deserto, e de sua herança, pastagens da estepe.
(Malaquias 1: 2, 3).
Dependendo não das obras, mas daquele que chama – foi-lhe dito:
“O maior servirá ao menor, conforme está escrito: ‘Amei a Jacó e
aborreci a Esaú’”. (Romanos 9: 12, 13, grifos nossos).
Israel pede um rei como sinal não de rejeição à Samuel, mas ao próprio
Deus. O povo escolhe um homem que sobressaía, em estatura, da tribo de
Benjamim, Saul. O Eterno o rejeita por sua desobediência e escolhe um
jovem pastor de ovelhas chamado Davi, da tribo de Judá.
E Aías pegou na roupa nova que tinha sobre si, e a rasgou em doze
pedaços. E disse a Jeroboão: “Toma para ti os dez pedaços, porque
assim diz o Senhor Deus de Israel: ‘Eis que rasgarei o reino da
mão de Salomão, e a ti darei as dez tribos’”. (I Reis 11: 30, 31).
Judá passa a vê-los como gentios das nações, por terem se misturado
aos costumes dos povos e deixado o Eterno.
E tornou ela a conceber, e deu à luz uma filha. E Deus disse: “Põe-
lhe o nome de Lo-Ruama; porque eu não tornarei mais a
compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei”. E Deus
disse: “Põe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vós não sois meu povo,
nem eu serei vosso Deus”. (Oseias 1: 6, 9).
Mas seu pai recusou, e disse: “Eu o sei, meu filho, eu o sei;
também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o
seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será
uma multidão de nações.” (Gênesis 48: 19).
Todavia o número dos filhos de Israel será como a areia do mar,
que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que no lugar
onde se lhes dizia: “Vós não sois meu povo”, se lhes dirá: “Vós sois
filhos do Deus vivo”. (Oseias 1: 10).
Paulo faz a mesma referência. “Porque não quero, irmãos, que ignoreis
este segredo (para que não presumais de vós mesmos: que o
endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios
haja entrado)”. (Romanos 11: 25).
A expressão “plenitude dos gentios” é a mesma que “multidão de
nações” no hebraico (melohagoim). Paulo tinha em mente a promessa
dada a Efraim por Jacó. E o termo “haja entrado” se refere à conversão
ou teshuvá.
Paulo sempre se referiu a gentio, como em Romanos 9: 22-26, aos
dispersos da casa de Israel que o profeta Oseias, pela palavra do Senhor,
fez menção no capítulo 1, versos 10, 11.
[...] a fim de que fosse conhecida a riqueza da sua glória para com
os vasos de misericórdia, preparados para a glória, isto é, para
conosco, que ele chamou não só dentre os judeus, mas também
dentre os gentios? [...] Infidelidade e apelo previstos pelo Antigo
Testamento – Como também diz em Oseias: Chamarei meu povo
àquele que não é meu povo e amada àquela que não é amada. E
acontecerá que no lugar onde lhes foi dito: “vós não sois meu
povo, lá serão chamados filhos do Deus vivo”. (Romanos 9: 22-
26, grifo nosso).
O número dos filhos de Israel será como a areia do mar que não se
pode medir nem contar; no mesmo lugar onde se lhes dizia: “Não
sois meu povo”, se lhes dirá: “Filhos do Deus vivo”. Os filhos de
Judá e os filhos de Israel se reunirão, constituirão para si um
único chefe – e se levantarão da terra, porque será grande o dia de
Jezrael. (Oseias 1: 10, 11, grifo nosso).
E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: “De Sião virá o
Libertador, e desviará de Jacó as impiedades”. (Romanos 11: 26).
E Deus disse: “Põe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vós não sois
meu povo, nem eu serei vosso Deus. Todavia o número dos filhos
de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem
contar-se; e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: ‘Vós não
sois meu povo’, se lhes dirá: ‘Vós sois filhos do Deus vivo’. E os
filhos de Judá e os filhos de Israel juntos se congregarão, e
constituirão sobre si uma só cabeça, e subirão da terra; porque
grande será o dia de Jizreel”. (Oseias 1: 9-11).
“Eis que dias vêm”, diz o Senhor, “em que farei uma aliança nova
com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança
que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para tirá-
los da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança
apesar de eu os haver desposado”, diz o Senhor. “Mas esta é a
aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias”, diz o
Senhor: “Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não
ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão,
dizendo: ‘Conhecei ao Senhor’; porque todos me conhecerão,
desde o menor até ao maior deles”, diz o Senhor; “porque lhes
perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus
pecados.” (Jeremias 31:31-34).
Porque, repreendendo-os, lhes diz: “Eis que virão dias”, diz o
Senhor, “em que com a casa de Israel e com a casa de Judá
estabelecerei uma nova aliança, não segundo a aliança que fiz com
seus pais no dia em que os tomei pela mão, para tirá-los da terra
do Egito; como não permaneceram naquela minha aliança, eu
para eles não atentei”, diz o Senhor. “Porque esta é a aliança que
depois daqueles dias farei com a casa de Israel”, diz o Senhor;
“porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo; e
não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão,
dizendo: ‘Conhece o Senhor’; porque todos me conhecerão, desde
o menor deles até ao maior.” (Hebreus 8: 8-11).
Quando Efraim viu a sua enfermidade, e Judá a sua chaga, subiu
Efraim à Assíria e enviou ao rei Jarebe; mas ele não poderá sarar-
vos, nem curar a vossa chaga. Porque para Efraim serei como um
leão, e como um leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e
ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre. Irei e
voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem
a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me
buscarão. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos
ressuscitará, e viveremos diante dele. (Oseias 5: 13-15; 6: 2).
Estas palavras enfatizam o cuidado que devemos ter sobre este retorno,
esta união das duas casas, pondo fim, assim, à inimizade.
E disse: “Um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles
disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence’. E ele
repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais
novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali
desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele
gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a
padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos
daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar
porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os
porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si,
disse: ‘Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e
eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e
dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno
de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros’.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe,
viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo,
lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: ‘Pai, pequei
contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu
filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Trazei depressa a melhor
roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos
pés; e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-
nos; porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se
perdido, e foi achado’. E começaram a alegrar-se. E o seu filho
mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de
casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos,
perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: ‘Veio teu irmão; e
teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo’.
Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava
com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: ‘Eis que te sirvo há
tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca
me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; vindo,
porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as
meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado’. E ele lhe disse: ‘Filho,
tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era
justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava
morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.’”. (Lucas 15:11-
32).
Esta parábola nos mostra a analogia entre Efraim (o filho mais moço) e
Judá (o filho mais velho). O primeiro sai de casa, enquanto o outro fica na
casa do Pai, obediente aos mandamentos. O primeiro volta para casa, mas
encontra o mais velho inconformado. O Pai lhe diz que deve se alegrar,
pois o seu irmão estava perdido e foi achado; estava morto e reviveu.
A parábola do bom samaritano
A mulher sírio-fenícia
Uma mulher reconhece a identidade correta de Yeshua como filho de
Davi, de Israel, da casa de Judá. Yeshua lhe diz que ele veio primeiro para
a casa de Israel, de Efraim, mostrando que deve ocorrer primeiro o
retorno desta casa para que as demais nações sejam beneficiadas. A
mulher foi abençoada por ter reconhecidoa verdadeira identidade
de Yeshua.
O centurião Cornélio
Cornélio guardava os preceitos da Lei, não importando a sua
nacionalidade, desde que entrou pela casa de Israel. Pedro confirma que a
Palavra veio de Israel e não de outro lugar.
No contexto do Apocalipse, João não teve uma visão geral, mas várias
visões que não estão em ordem cronológica. Temos que entender o
Apocalipse com uma visão hebraica da Torah, pois ele possui 406 versos,
dos quais 278 são repetições da Torah.
A palavra “nova”, para a Nova Jerusalém, tem o sentido de restaurada e
não de uma outra Jerusalém.A nova Jerusalém é vista por João como a
noiva do Cordeiro, em um contexto em que a Jerusalém terrena havia
sido destruída em 70 d.C. Israel tem que voltar seus olhos para uma
Jerusalém restaurada, celestial e não terrena: “Mas não é primeiro o
espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da
Terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno,
tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os
celestiais.” (I Coríntios 15: 46-48).
O local desta Jerusalém restaurada é em Sião. As nações andarão à sua
luz, os reis trarão sua glória e honra e não entrará coisa alguma impura na
cidade. Notamos que João não viu nada novo, pois antes dele os profetas
já haviam recebido tais palavras.
14.1 – Introdução
Neste estudo vamos tecer alguns esclarecimentos sobre o cumprimento
do plano do Eterno na Terra envolvendo as suas festas. Este
entendimento não é algo novo, mas sim um retorno à direção que Ele já
deu desde o princípio.
As festas bíblicas que o Senhor estabeleceu são fixas, pois possuem o
propósito de gerar em nós uma mentalidade, uma consciência, uma
capacidade de observar Seus tempos e estações. “Deus disse: ‘Que haja
luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que eles
sirvam de sinais, tanto para as festas quanto para os dias e os anos’”
(Gênesis 1: 14).
As festas estão ligadas a Jerusalém, que é o centro espiritual do povo de
Israel e do Tempo do Eterno, de onde Ele comunica o tempo de seu agir
na Terra. Jerusalém é o grande portal geográfico dimensional, local onde
foi estabelecida uma escada que liga o mundo físico com o mundo
espiritual. “Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo
topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela”
(Gênesis 28: 12).
A observância das festas está também ligada ao tempo da vinda do
Messias, pois elas lhe dizem respeito. As festas também possuem
princípios para as nossas vidas e expressam as fases de nossa caminhada
com o Senhor: a Peshah fala do Cordeiro; os Pães Ázimos, de uma vida
sem fermento, sem pecado; as Primícias falam dos primeiros frutos, do
primeiro amor; Shavuot remete à plenitude do Espírito; Hosh Shanah
trata do início do Novo Tempo, do Milênio; o Yom Kippur, do pleno
perdão, da salvação e da ressurreição; e Sukot fala das bodas do Cordeiro.
Portanto, as festas bíblicas têm tudo a ver com tempos determinados pelo
Senhor para o mundo e para nossas vidas.
O profeta Daniel declarou que nos últimos tempos surgiria um domínio
que proferiria palavras contra o Altíssimo e cuidaria de mudar os tempos
e a lei. “Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do
Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão
entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.”
(Daniel 7: 25).
Um domínio que enganará muitos, mas que não poderá mudar,
substituir o que o Eterno determinou. Afinal, Ele tem o poder e o controle
de mudar os tempos e as leis, como o mesmo Daniel declarou. “É Ele
quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá
sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes”. (Daniel 2: 21).
Sempre foi propósito da antiga serpente distorcer a verdade do Eterno,
corromper a mente, a mentalidade, causar confusão, misturar a visão.
Este propósito se desenvolveu em um sistema babilônico que, como uma
mãe, gerou muitos filhos, passando pelos reinos até chegar a nossos dias.
Ela sempre trabalhará para nos afastar do tempo determinado do
Senhor. Pois esse tempo são estatutos a serem cumpridos, apontando
para um fim específico e profético, que confronta as festas pagãs, como
veremos mais adiante (as festas e dias solentes tem o propósito de
canalizar energia que vitaliza o que e a quem está sendo celebrado) festas
que transcende as épocas (“por vossas gerações”). Isto fala de um hoje e
de um futuro.
Pois toda a alma que se não afligir nesse mesmo dia será cortada
do seu povo. Toda a alma que fizer alguma obra nesse mesmo dia,
essa alma destruirei dentre o seu povo. Não fareis obra alguma: é
estatuto perpétuo pelas vossas gerações em todas as vossas
moradas. (Levítico 23: 29-30).
Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do
ano. (Êxodo 12: 2).
Isso vos será por estatuto perpétuo: no sétimo mês, aos dez dias
do mês, afligireis a vossa alma e nenhuma obra fareis, nem o
natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. (Levítico 16:
29).
Mas, como saber o início do mês bíblico nos dias de hoje? Basta olhar
quando é a lua nova astronômica em Jerusalém8. “Disse Davi a Jônatas:
Amanhã é a Festa da Lua Nova [Chodesh], em que sem falta deveria
assentar-me com o rei para comer; mas deixa-me ir, e esconder-me-ei no
campo, até à terceira tarde.” (I Samuel 20: 5).
O judaísmo atual baseia-se na crescente visível, de difícil previsão, pois
é o primeiro feixe de luz da lua. A influência da crescente visível da lua
pode ser facilmente observada nas civilizações pagãs, nos seus cultos e
rituais. Será que eles tiveram acesso a algum princípio espiritual?
Nas figuras, vemos o quanto a lua crescente sempre esteve ligada a
movimentos de magias e bruxarias, tais como Wicca. Vemos Maria e
Jesus, do sistema romano, em uma lua crescente. Por que será?
Matzot – Os Pães Ázimos (do 15º ao 21º dia): esta festa se cumpriu na
vida de submissão e obediência de Jesus.
Por sete dias comereis pães ázimos; logo ao primeiro dia tirareis o
fermento das vossas casas, porque qualquer que comer pão
levedado, entre o primeiro e o sétimo dia, esse será cortado de
Israel. (Êxodo 12: 15).
Esta festa era para o povo fazer memória de sua saída do Egito
apressadamente, pois não houvera tempo para fermentar o pão. Mas, nas
Escrituras, tem a ilustração do mundo idólatra e pecaminoso (Egito) e da
maldade e malícia (massa fermentada).
“Eis que os dias vêm”, diz o Senhor, “em que farei um pacto novo
com a casa de Israel e com a casa de Judá, não conforme o pacto
que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os
tirar da terra do Egito, esse meu pacto que eles invalidaram,
apesar de eu os haver desposado”, diz o Senhor. “Mas este é o
pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias”, diz o
Senhor: “Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. (Jeremias
31: 31-33).
Fala aos filhos de Israel: “No sétimo mês, no primeiro dia do mês,
haverá para vós descanso solene, em memorial, com sonido de
trombetas, uma santa convocação.” (Levítico 23: 24).
[...] porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado,
com voz de arcanjo e com trombeta de Deus, e os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro. (I Tessalonicenses 4: 16).
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos
dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento,
num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados. (I Coríntios 15: 51-52).
O Dia da Expiação – Yom Kippur (10º dia do mês sétimo): esta festa se
cumprirá quando o Sumo Sacerdote retornar do santuário celestial com
grande poder e glória e então todo joelho se dobrará diante Dele, como
faziam os israelitas quando o Sumo Sacerdote voltava do Santo dos
Santos, inclinando-se com seus rostos em terra em reverência ao Eterno.
Mas aos dez dias deste sétimo mês é o dia da expiação: será para
vós uma santa convocação, e afligireis as vossas almas; oferecereis
uma oferta queimada a Jeová. (Levíticos 23: 27).
Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, mas no próprio céu, para agora comparecer por nós
perante a face de Deus; assim também Cristo, oferecendo-se uma
só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez,
sem pecado, aos que o esperam para salvação. (Hebreus 9: 24,
28).
Podemos considerar essa festa como a mais importante das sete festas
do Senhor. É chamada também de Grande Shabath. É o único dia em que
o Sumo Sacerdote tinha a permissão, após várias exigências e rituais, para
entrar no Santo dos Santos. A cerimônia inteira somente o Sumo
Sacerdote podia realizá-la.
Todo o povo permanecia em temor silencioso, fora do santuário, até que
o Sumo Sacerdote concluísse sua função, para então anunciar a realização
da expiação, pelo povo, diante do Senhor. Ele pronunciava o nome
sagrado do Eterno dez vezes. E a cada vez, o povo inclinava-se, com os
rostos em terra, em santa reverência diante do Senhor.
Cristo, como Sumo Sacerdote, entrou no santuário celestial e, como
sacrifício expiatório perfeito, nos reconciliou com Deus. Ele rotornará do
santuário celestial e todos se prostrarão e confessarão que ele é o Senhor.
A ênfase dessa festa era o arrependimento pelo pecado. Aquele que não
se afligisse e não se arrependesse seria eliminado.
Pois toda alma que não se afligir nesse dia, será extirpada do seu
povo. (Levítico 23: 29).
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. (Mateus 3: 8).
Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galileia proclamando
o Evangelho de Deus: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus
está próximo. Arrependei-vos e credes no Evangelho”. (Marcos
1: 14, 15).
A Festa dos Tabernáculos – Succoth (15º dia do mês sétimo): esta festa
se cumprirá no futuro Reino de Deus sobre a Terra, quando haverá alegria
plena e ilimitada e a reunião de todas as nações diante do Rei.
Fala aos filhos de Israel, dizendo: “Desde o dia quinze desse
sétimo mês haverá a festa dos tabernáculos ao Senhor por sete
dias.” (Levíticos 23: 34).
Então todos os que restarem de todas as nações que vieram contra
Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor
dos exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
(Zacarias 14: 16).
E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: “Eis que o
tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará,
e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.”
(Apocalipse 21: 3).
Essa festa acontecia cinco dias após a festa do Yom Kippur (Dia da
Expiação) e era a última do ciclo de sete festas anuais ordenadas pelo
Senhor. Essa festa acontecia no período de lua cheia.
Primeiramente ela é celebrada como ação de graças pela colheita dos
últimos frutos do outono, antes das grandes chuvas de inverno. É
celebrada como lembrança do livramento de Israel do Egito e da
escravidão sob Faraó e seu povo ter habitado em tendas ou cabanas por
quarenta anos, no deserto. A cada ano cada um deveria, durante sete dias,
habitar em tendas para que as gerações futuras não se esquecessem dos
grandes feitos de Deus no Egito e no deserto.
Finalmente, ela é uma festa de alegria. É a única festa em que o Senhor
ordena expressamente a Seu povo de Israel que se alegre diante Dele. “No
primeiro dia tomareis para vós o fruto de árvores formosas, folhas de
palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e vos
alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias.” (Levíticos 23: 40).
Concluímos atestando a importância de observarmos com atenção as
festas que foram entregues ao nosso povo de Israel, pois o Mashiah abriu
esta porta às nações para que retornássemos ao Eterno, fôssemos
enxertados em sua oliveira. As festas têm um significado que vai além do
instrutivo e de ordenanças; trata-se de festas que prefiguram realidades
proféticas desde a morte, a ressurreição, o envio do Espírito Santo, a
convocação dos santos ao encontro do Senhor nos ares, o grande dia de
arrependimento e confissão e o estabelecimento do Reino Eterno.“E o
Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um
será o seu nome” (Zacarias 14: 9).
CAPÍTULO 15
NÍVEIS DO SOBRENATURAL: FÉ, UNÇÃO E GLÓRIA
15.1 – Introdução
A partir do título IV e até o final do livro estaremos tratando de assuntos
que foram baseados nas revelações e na experiência do grande servo de
Deus, o irmão Davi Rebollo, líder do Ministério Llamas de Fuego, no
Chile, que treina milhares de pessoas, em todo o mundo, capacitando-as
em diversas áreas, desde finanças até segredos estratégicos sobre a guerra
espiritual. Viveu experiências sobrenaturais na Ibero-América e na
Europa e recebeu revelações que merecem atenção para os exercitados no
profético. Certamente o referido irmão fez parte do nosso processo de
renovação de entendimento.
O presente capítulo irá tratar de um assunto muito importante para
cada um de nós e para a igreja como corpo de Cristo. Precisamos
experimentar mais profundamente a fé, a unção e a glória do Senhor
como dimensões que nos possibilitam a realização plenamente aquilo que
Deus tem reservado para nós. Muitos não têm usufruído destas
dimensões aonde o Eterno quer nos levar. Vidas e igrejas que estão
alheias ao sobrenatural. Andam na religiosidade, na carne, na
superficialidade das suas almas e não no Espírito.
Devemos andar por fé e realizar a obra que o Senhor entregou a cada
um de nós no envio e poder da unção, mas poucos conseguem gerar um
ambiente de glória. Um ambiente onde o Eterno manifeste Seu poder
fazendo-se presente e envolvendo todo o ambiente com a atmosfera do
céu.
Esse primeiro nível, o da fé, é muito importante, pois sem o qual não
podemos avançar e nos mover nos outros.
A palavra fé vem do latim fides, dando origem à palavra fidelidade; no
grego, πίστη (pisté) fé, fidelidade e lealdade; e, no
hebraico, ( אמונהemunah). Possui vários significados, como: veracidade,
sinceridade, honradez, retidão, fidelidade, lealdade, seguridade, crédito,
firmeza e verdade. Diante desta profundidade de significados podemos
compreender por que o Senhor nos diz que sem emunah, sem fé, é
impossível agradá-lo. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que
é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11: 6).
O primeiro homem nas Escrituras a que se faz referência em relação ao
exercício da fé foi Abel, como registrado na carta aos Hebreus. “Pela fé
Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou
testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e
por ela, depois de morto, ainda fala.” (Hebreus 11: 4).
A maior definição sobre a fé ainda está em Hebreus 11: 1, grifos nossos:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a convicção
de fatos que se não veem.”
Sobre a primeira parte da definição anterior não há muito a refletirmos.
Tudo o que esperamos tem que ter seu fundamento, sua sustentação na
fé. Mas a segunda parte levanta uma indagação: por que algo que não se
vê está ligado à convicção de fatos, se os fatos são algo experimental,
existente e concreto?
Primeiramente, temos que entender o que realmente é um fato e de
onde ele teve origem. O bom leitor das Escrituras sabe que o Verbo, o
Logos, a Palavra estava no princípio com Deus e sem ele nada do que foi
feito se faria (é o que encontramos em Gênesis, na criação, quando é dito:
“E disse Deus”). “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus (o
Elohim), e o Verbo era Deus [um Elohim]. Ele estava no princípio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito
se fez.” (João 1: 1-3).
Algo que não existia se tornou um fato somente pela Palavra, na criação.
Consequentemente, é impossível haver convicção de fatos, de algo que
existe, sem a fé, sem o que não existia. A fé é um ato de submissão
espiritual à Palavra que tudo trouxe à existência; é também uma entrega
irrestrita, em confiança na realidade que nos é apresentada. Fé é
submissão, é confiança, é certeza, é convicção de fatos.
A fé entra em nossos corações pelos ouvidos, e não pelos olhos (a não
ser os surdos, pela linguagem dos sinais). Não é vendo que cremos, e sim
ouvindo. Palavra não se vê, se ouve. Não precisamos ver os fatos para crer
neles, mas apenas tomando conhecimento, sem ver, para então termos fé.
Concluímos, então, que somente a revelação da verdadeira Palavra, do
Logos, quando anunciados, é que gera a fé, a convicção de fatos que se
não veem.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós é dom de Deus. (Efésios 2: 8).
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos
de Deus. (Romanos 8: 16).
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. (Efésios 2: 8).
E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus,
porque o justo viverá da fé. (Gálatas 3: 11).
[...] venha o teu Reino, seja feita a tua Vontade na terra, como no
céu. (Mateus 6: 10).
Ninguém fará o mal nem destruição nenhuma em todo o meu
santo monte, porque a terra ficará cheia do conhecimento de
Iahweh, como as águas enchem o mar. (Isaías 11: 9).
E clamavam uns para os outros, dizendo: “Santo, Santo, Santo é o
Senhor dos Exércitos; a terra está cheia da sua glória”. (Isaías 6:
3).
Porque a terra será repleta do conhecimento da glória de Iahweh,
como as águas cobrem o fundo do mar! (Habacuque 2: 14).
Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor. (Hebreus 12: 14).
Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama; e
quem me ama será amado por meu Pai. Eu o amarei e me
manifestarei a ele. (João 14: 21).
16.1 – Introdução
Temos que entender que o nosso Deus é um Deus geracional, ele
cumpre seus propósitos de geração em geração. “Uma semente o servirá;
será declarada ao Senhor a cada geração.” (Salmos 22: 30). Para tanto o
Eterno trabalha com cada geração de modo peculiar.
As gerações experimentaram, no tempo determinado por Ele mesmo, as
estações e renovos proféticos. “E ele muda os tempos e as estações; ele
remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e
conhecimento aos entendidos” (Daniel 2: 21).
É preciso despertar e orientar o povo de Deus para as estações em que o
Senhor tem levado sua igreja a ativar os dons proféticos para realizar os
Seus propósitos. Uma geração que recebe o que foi entregue pelas
gerações precedentes, mas prossegue para uma nova liberação de poder.
Temos que ser libertos dos rudimentos da fé, da maneira de pensar que
nos tem limitado e renovar o entendimento. É preciso avançar na
identidade, no espírito profético do testemunho de Yeshua. “E eu lancei-
me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: ‘Olha, não faças tal; sou
teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a
Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia’”
(Apocalipse 19: 10).
Para entendermos um pouco sobre essas estações que a igreja viveu,
vive e viverá, temos que partir do momento em que o Filho é enviado, da
parte do Pai, para trazer um novo testemunho, que é a continuidade de
todos os testemunhos dos profetas enviados pelo Eterno. Este momento
marcou o início do tempo do fim, ou seja, do fim dos dias, do
hebraico ( אַ חֲרית הַ יָמיםacharit-hayamim).
Eis por que a Sabedoria de Deus disse: “Eu lhes enviarei profetas e
apóstolos; eles matarão e perseguirão a alguns deles, a fim de que
se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas que
foi derramado desde a criação do mundo, do sangue de Abel até o
sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o Santuário. Sim,
digo-vos, serão pedidas contas a esta geração!” (Lucas 11: 49-51).
Porém, o Senhor tomou do Espírito que estava sobre ele e colocou nos
setenta anciãos.
Iahweh disse a Moisés: “Reúne setenta anciãos de Israel, que tu sabes
serem anciãos e escribas do povo. Tu os levarás à Tenda da Reunião, onde
permanecerão contigo. Eu descerei para falar contigo; tomarei do Espírito
que está em ti e o porei neles. Assim levarão contigo a carga deste povo e
tu não a levarás mais sozinho”. (Números 11: 16-18).
O desejo do Senhor é que todos sejam profetas. Moisés declara esta
verdade:“Respondeu-lhe Moisés: ‘Estás ciumento por minha causa? Oxalá
todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!’”
(Números 11: 29).
O terceiro caso são os testemunhos dos profetas, mas vamos destacar a
profecia do profeta Joel, que teve seu cumprimento em Pentecostes. O
Espírito é derramado e o povo de Deus passa a ser testemunha e a
essência do caráter de Deus é incorporada à comunidade, que passa a
declarar o que está no coração do Senhor, e se tornará a comunidade
profética.
Considerações importantes
Quando o assunto é dons do Espírito, enfrentamos fortalezas que estão
dentro de nossas mentes e temos que confrontá-las. Se quisermos ver
frutos desenvolvendo-se em nossas vidas, teremos que desejar
ardentemente os dons espirituais.
Temos que entender que os dons do Espírito manifestam a Presença do
Doador da vida. Se desejamos que as pessoas descubram o Doador de
suas vidas, precisamos também manifestar o Doador por meio dos dons.
Uma das maneiras da sua presença vir é quando os dons são manifestos.
Pensamos que profecia é para poucos. É verdade que nem todos são
profetas, nem todos profetizarão no mesmo nível, mas todos podem
profetizar. Todos podem dar a oportunidade às pessoas de
experimentarem o coração do Pai, por meio de nós.
Uma das primeiras revelações de Deus é que ele fala. A questão é
desenvolver ouvidos que se tornem ajustados à voz de Deus. Temos que
aprender a ouvi-lo, ou perceber que nós o ouvimos, mas não nos
conectamos com a realidade de que o temos ouvido. Precisamos nos
sintonizar com a frequência do céu, do Senhor.
A maneira de pensar muito analítica retardará o fluir do Espírito.
Profetizar não é ilógico, mas não pode ser julgado pelo intelecto apenas.
Não devemos submeter a Palavra profética ao nosso intelecto, mas
submeter nosso intelecto à Palavra doSenhor.
Jesus falou das tradições religiosas que anulam a Palavra de Deus e o
poder de Deus. Precisamos viver com uma abertura às coisas novas,
sempre nos aproximando de algo novo com humildade, percebendo que
nosso conhecimento e experiência atuais são limitados.
16.5 – A ministração
Sabemos que a revelação vem do coração de Deus e que nós somos os
veículos através dos quais a profecia será entregue. Não podemos
simplesmente dar a palavra sem pensar como ela será entregue. A entrega
e o recebimento da Palavra determinarão o grau de luz recebida. Trata-se
de uma grande responsabilidade quando damos uma Palavra profética. “A
descoberta das tuas palavras ilumina, e traz discernimento aos simples”
(Salmos 119: 130).
Vamos procurar entender como estabelecer uma estrutura apropriada
para a liberação do profético.
Primeiramente, sejamos responsáveis pela Palavra que será dada.
Sabemos que quanto maior o nível de dom, maior será a
responsabilidade. Partindo dessa premissa, quanto mais significativa é a
Palavra dada, maior o nível de responsabilidade requerido de nós por
aquela Palavra.
No ministério profético observamos algumas orientações importantes:
a) Registre o que é dito. A pessoa que recebe uma Palavra deveria
escrever ou gravar tal Palavra, isso porque muitas vezes algumas Palavras
não serão aplicadas imediatamente, mas em datas posteriores;
2b) Dê Palavras pessoais e evite as particulares, ou seja, devemos ser
cautelosos com aqueles que nos procuram desejando uma Palavra
particular. Devemos dar Palavras pessoais em lugares onde existam
pessoas a fim das Palavras serem ouvidas e julgadas;
c) Se uma profecia for dada em moldes manipuladores resultará em
espírito de feitiçaria nos relacionamentos, o que normalmente se
desdobrará no surgimento de problemas sexuais;
d) Precisamos profetizar dentro da medida de nossa fé. Somos limitados
àquela medida que recebemos. Isso pode levar-nos a desconfortos;
e) Não devemos acrescentar e nem diminuir nada da Palavra. Muitas
vezes, também, não poderemos dizer tudo que foi revelado. Parte da
Palavra será para nos levar à intercessão;
f) Não é nossa função ou ministério o que nos confirma no profético e
sim nosso relacionamento com o Pai. Quando a identidade é ganhada a
partir da função ou ministério, revela que tal profeta está inseguro sobre
sua identidade;
g) Quando uma Palavra é dada a um não crente, devemos sempre lhe
dar a opção de receber ou não a Palavra. O nosso desejo é que eles não se
fechem por motivo da exposição, pois uma correta Palavra falada que não
é recebida não será efetiva.
Respondendo à profecia
Uma correta resposta à Palavra profética pode acarretar uma liberação
poderosa do futuro. Nem sempre entenderemos a linguagem profética. É
preciso, então, termos uma identificação maior com o profético.
Muitas pessoas perdem o que o Senhor está falando porque não
entendem o tempo Dele. A questão do tempo ser o de Deus e não o nosso
é muito importante. Deus é sempre pontual. As Escrituras falam de um
Deus operando na “plenitude do tempo”.
Frequentemente o tempo de Deus não está alinhado com o nosso. Por
esta razão, podemos forçar um cumprimento prematuro. Isto pode até
mesmo abortar o que o Senhor prometeu.
O cumprimento de uma Palavra profética sempre será acompanhado
por um processo. Devemos cultivar tal Palavra dentro de nós e permitir
que Ele nos transforme a fim de que estejamos prontos para o seu
cumprimento. O Senhor deseja desenvolver-nos em nossas vidas
particulares para que possamos cumprir o Seu propósito. Ele deseja
fechar a brecha entre o que somos em público e o que somos em
particular. E, por fim, Ele permitirá que o que é particular seja conhecido
publicamente.
O Senhor nos levará muitas vezes a situações humilhantes para
trabalhar em nós a humildade que caracterizava Seu Filho. Essa
humildade se tornará nossa proteção contra uma queda espiritual. As
humilhações, fracassos, rejeições, isolamentos não são tão importantes
quanto a maneira pela qual respondemos a eles. Essa resposta
determinará nosso futuro.
Intercessão profética
Quando falamos em intercessão profética existem três fases básicas:
a) oração por revelação – haverá o momento em que juntamente com a
oração e a meditação se formará a revelação. Isso ocorre num momento e
cresce com o tempo. Sem a revelação não há objetividade, o foco no que o
Senhor está requerendo. “Quando não há visão, o povo não tem freio; feliz
aquele que observa a lei”! (Provérbios 29: 18).
b) oração por liberação – uma vez que vimos algo por meio da
revelação, ela precisa ser mantida, pois abrirá possibilidade de mais
revelações e começaremos a orar e ver a liberação da revelação do céu à
Terra.
c) oração por realização – começos (revelação) são importantes,
embarcar na jornada é vital (liberação), mas completar a tarefa colocada
diante de nós (realização) é o que temos que fazer.
Os profetas possuem tempos e áreas de atuação. É importante que eles
permaneçam dentro das esferas de sua unção. Estas esferas podem estar
relacionadas a territórios (temos que discernir sobre onde nos foi dado
autoridade) e períodos diferentes (muitos operam em curto ou
longo prazo).
Muitos serão chamados para serem profetas para a igreja, outros dentro
dela. Aqueles que exercerão a função na comunidade local receberão
talvez resistências e sua Palavra não terá tanto peso como deveria. Eles
precisam viver profeticamente e levar o fardo para abrirem caminho para
outros que virão e profetizarão dentro daquela comunidade. Os profetas
para a igreja vêm com autoridade dada pelo Senhor. No entanto, existem
protocolos a respeitar, de acordo com a liderança da comunidade.
Ninguém pode impor nada de fora para dentro da igreja. Um profeta não
é uma exceção.
O que deve motivar um profeta não é posição, bajulação ou dinheiro,
mas o prazer e a motivação de que Deus o usou para ajudar pessoas a
descobrirem seu propósito divino. É saber que foi aprovado pelo Senhor
pelo que disse e por como falou. Esse é o tempo de profetas que não serão
comprados e prepararão a próxima geração para ir mais longe.
No ministério profético os profetas não devem operar sozinhos. As
escolas, o presbitério ou a companhia de profetas ativam os dons e o nível
de revelação aumenta consideravelmente. “Não descuides do dom da
graça que há em ti, que te foi conferido mediante profecia, junto com a
imposição das mãos do presbitério” (I Timóteo 4: 14). Será necessária
uma mesa-redonda para compartilharem suas revelações e chegarem a
um consenso, a fim de que uma Palavra corporativa seja liberada.
Deverão andar com mestres e apóstolos.
A identidade do profeta é muito importante. Todas as funções fluirão
com segurança e cumprirão seu chamado quando sabemos quem somos.
Os profetas não provam quem são. Se pessoas não reconhecem um
profeta, ele deve continuar com um coração humilde abençoando a todos
e sendo fiel ao chamado do Senhor. Haverá sempre um chamado a ser
cumprido e não um título a ser reconhecido.
No ministério profético existem muitos moveres. Basicamente são três
os meios principais de receber insights e revelações do
Senhor: ver, ouvir e sentir. Eles estarão relacionados com a personalidade
da pessoa. Além desses, existem moveres chamados de nabi,
profetizar. Nabi é uma palavra hebraica que possui, em sua raiz, o sentido
que tem a ver com algo que aparece de repente ou borbulha; trata-se de
uma profecia que vem de dentro de nós, nasce de dentro e flui da boca de
quem fala. Outro mover é a fala profética em extâse. O profeta Ezequiel
ficava frequentemente em êxtase, fora de si. Podem ocorrer
comportamento e movimento corporais fora da experiência normal e um
forte fluir de profecia. Além desses, existem outros moveres. Precisamos
estar abertos para novas experiências.
Desenvolvimento profético
Primeiramente, é preciso dizer que as pessoas não são profetas porque
dizem que são. As pessoas reconhecerão os verdadeiros profetas. Os
profetas são indivíduos chamados por Deus para proporcionarem
mudanças e tornarem-se catalisadores importantes para o
estabelecimento dos propósitos do Eterno.
Quando alguém abraça o ofício de profeta, descobre que seu progresso
no dom está intimamente ligado à sua postura de humildade. Jesus foi um
exemplo a ser seguido: a imagem maior do Pai, completa e
verdadeiramente humano, como profeta viveu intensamente uma profecia
viva; se submeteu à disciplina do Pai e foi treinado para seu chamado
único, que nunca será repetido. Esperou com paciência a liberação
pública do seu ministério.
Este é o fundamento de um ministério genuinamente divino, um caráter
sólido que é moldado pela submissão à vontade de Deus. O
desenvolvimento do caráter é a única base segura na qual o dom pode ser
desenvolvido.
O desenvolvimento profético ocorrerá nos moldes do ministério de
Jesus, que enfrentou e superou rejeições; suportou ofensas; suas
mensagens muitas vezes não foram bem recebidas.
O apóstolo Paulo sempre destacou que o caráter precede o dom. A
mensagem de um profeta lapidado em seu caráter se tornará mais
importante que o seu currículo.
17.1 – Introdução
Dando continuidade ao assunto do sobrenatural, o presente estudo
tratará do tema de profetas da terceira geração, profetas dimensionais.
Estes profetas pisam em lugares onde as realidades espirituais são
muito reais, com o objetivo único de cumprir ordens entregues pelo Pai, a
fim de levar luz e verdade, destituindo as trevas que levam ignorância e
cegueira espiritual aos povos. Ministérios que Deus está levantando para
profetas tomarem seus lugares para conhecer e caminhar em níveis
celestiais, abrindo dimensões sobre cidades e regiões, estabelecendo
verdadeiros portais celestiais.
O Senhor tem pressa, mas espera pacientemente o tempo até que tudo
esteja pronto. O Senhor, pela sua sabedoria, está alinhando todas as áreas
nos continentes, como política, saúde, religião, entre outras.
A arma para essa guerra é a revelação, o conhecimento do Senhor e sua
vontade sobre os planos e estratégias revelados às nações. Estamos
falando da revelação das dimensões espirituais. Um mundo de armas
espirituais poderosas para estabelecer o Reino entre as nações.
Os profetas das nações precisam despertar, pois chegou a hora da
revelação e o tempo do Espírito. É preciso levar esta verdade às igrejas e
preparar o espírito dos profetas para a grande batalha final.
Por isso, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de
orar por vós e de pedir que sejais levados ao pleno conhecimento da
vontade de Deus, com toda a sabedoria e discernimento espiritual. Assim
andareis de maneira digna do Senhor, fazendo tudo o que é do seu
agrado, dando frutos em boas obras e crescendo no conhecimento de
Deus, animados de eficaz energia segundo o poder da sua glória, para
toda constância e longanimidade, com alegria dando graças ao Pai, que
vos fez capazes de participar da herança dos santos na luz. (Colossenses 1:
9-12).
Mas eis que uma mão me tocou e me fez levantar, tremendo, sobre
os joelhos e as palmas de minhas mãos. E ele disse-me: “Daniel,
homem das predileções, compreende as palavras que vou dizer-te.
Põe-te de pé no teu lugar, porque é para ti que fui enviado”. Ao
dizer-me ele essas palavras, levantei-me, todo trêmulto. (Daniel
10: 10-11).
“E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a
tua vontade, assim na terra, como no céu.” (Lucas 11 : 2)
18.1 – Introdução
O presente estudo tem como objetivo esclarecer a Igreja do Senhor que
é possível viver o sobrenatural apesar de sermos naturais. Fazemos parte
de uma geração que receberá revelações, chaves do mundo espiritual e
códigos proféticos para que haja o entendimento das Escrituras, como
nunca antes.
É preciso restaurar nosso corpo natural para torná-lo um corpo
transmissor de glória e para ter o entendimento do mundo espiritual, dos
anjos e espíritos ministradores, para manifestar a glória de Deus. Há uma
restauração a ser feita a partir da mente e do corpo, o que nos
possibilitará o título de protetores dos códigos sagrados.
O assunto a ser abordado e seus reflexos são muito profundos. Um
aspecto é você ser separado, em certa medida, para o serviço do Senhor e
para honrá-lo; outro aspecto é alcançar níveis elevados de experiências
sobrenaturais. Uma santidade que só é recebida no Lugar Santo pela
ministração de Deus; a santidade na sua expressão máxima no espírito,
um manto que só pode vir de Deus
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu
senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de
meu Pai eu vos dei a conhecer. Não fostes vós que me escolhestes,
mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes
fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que
pedirdes ao Pai em meu nome ele vos dê. (João 15: 15-16).
Jesus faz uma oração em público, o Pai o escuta e lhe responde com um
ruído, como o de um trovão. Alguns entenderam que fora um som
angelical, mas nesta ocasião foi permitido a uma multidão entender
aquele som. “E a multidão que estava ali, e tinha ouvido a voz, dizia que
tinha sido um trovão. Outros diziam: ‘Um anjo lhe falou’” (João 12: 29).
João passou a ser conhecido como um grande intérprete dos sons de
trovão. Nas visões do Apocalipse, ele escuta sete trovões que falavam e
quer registrar o que dizem, mas Deus o impede e esconde o mistério. Os
trovões de Deus são uma mensagem específica, por isso necessitamos dos
códigos de interpretação. Os “filhos de Boanerges” são aqueles que podem
entender os trovões e interpretar a figura dos relâmpagos.
Ser filho do trovão acarreta uma implicação profética imediata. Eles são
filhos da profecia e podem interpretar o sonido dos trovões ou a voz de
Deus, que não é compreendida pelas trevas.
Somos filhos dos códigos sagrados criativos de Deus; somos a imagem
visível dos códigos criativos de Deus. Quando Jesus falou aos discípulos
designando-os como filhos do trovão (Boanerges), lhes estava dando um
título especial. Houve uma revelação e assombro no mundo espiritual.
Agora eles podiam acessar os códigos sagrados.
Jesus disse que o Espírito nos ensinaria todas as coisas, ou seja, toda a
essência das realidades criadas, os códigos criativos.
Houve um episódio da cura de um cego de nascença em que Jesus o
olha profundamente. Naquele momento, o Espírito revelou a realidade
daquele cego, seus códigos distorcidos.
Temos que olhar além do natural. Temos que olhar, com olhos de
discernimento, os códigos distorcidos, a cadeia genética das pessoas,
retificando-as. E isto é mais que um milagre, é corrigir a genealogia e a
herança dessas pessoas para que as próximas gerações não sofram e
padeçam do mesmo mal. “E passando Jesus, viu um homem cego de
nascença” (João 9: 1).
O Eterno espera que sejamos reparadores de códigos genéticos, de
códigos criativos. As Escrituras dizem que a criação geme esperando a
manifestação dos filhos de Deus para restaurar os códigos criativos
originais na criação.
Cristo é o habilitador universal, ele abriu a porta. Uma igreja que vive
em pecado ou limitando o Espírito tem como juízo a falta desta revelação.
Jesus disse aos discípulos que fossem e em seu nome curassem os
enfermos e libertassem os oprimidos. Estas palavras em som foram
gravadas em seus cérebros em forma de frequência, dentro de seus
espíritos em vibração. Quando eles estavam diante dos oprimidos e
oravam por eles, no nome de Jesus, era liberada a frequência sonora
criativa que estava dentro deles e curava e libertava os oprimidos.
Esses códigos possuem selos que os protegem. Estes selos são
personalidades, seres viventes de alta hierarquia. Eles são feitos por
querubins. Os querubins são protetores dos códigos eternos. Entre suas
funções está a proteção dos carros dos códigos sagrados, até o dia e a hora
em que se abrem suas portas e é liberado o conhecimento sobre a criação.
Os querubins, por milênios, têm guardado os códigos de Deus e têm
sido os selos viventes do Eterno. Daniel contemplou este mistério,
juntamente com Ezequiel, Zacarias e o apóstolo João. Homens que se
tornaram verdadeiros selos viventes.
Deus entregou a Abraão uma promessa que foi tão poderosa que afetou
a sua genética e a de sua mulher, Sara. Seria o pai de uma grande nação
que se tornaria a encarregada de administrar a Glória de Deus física sobre
a Terra. No seu sêmen estava o poder concentrado para formar esse povo.
O problema é que Abraão não entendeu a profundidade dessa verdade e
com sua criada Agar teve um filho chamado Ismael. Desse filho foi gerada
uma nação poderosa um livro e um profeta Uma religião que tornou-se
um problema, uma força contrária a Israel e perdurará até o fim
dos tempos.
Porém, os planos de Deus não podem ser frustrados. Abraão teve o filho
da promessa com Sara, Isaque; formam a nação escolhida, Israel; o único
código de lei, a Torah; levanta, segundo a carne, o único Messias, Yeshua.
Sua força se manifestou poderosamente até hoje através do judaísmo, e
tornou-se uma benção para todas as famílias da terra..
Esta é a relevância de compreendermos a importância das nossas vidas
na carne com os códigos corretos, com as sementes corretas. Abraão, com
sua semente, gerou dois livros totalmente opostos, que mudaram a
história da humanidade, e com isso afetou o destino de milhões de
pessoas. Que possamos entender a responsabilidade que há em
nossos corpos.
A seguir, Deus lhe dá corpo como quer; a cada uma das sementes
ele dá o corpo que lhe é próprio. Nenhuma carne é igual às outras,
mas uma é a carne dos homens, outra a carne dos quadrúpedes,
outra a dos pássaros, outra a dos peixes. Há corpos celestes e há
corpos terrestres. São, porém, diversos o brilho dos celestes e o
brilho dos terrestres. Um é o brilho do sol, outro o brilho da lua, e
outro o brilho das estrelas. E até de estrela para estrela há
diferença de brilho. (I Coríntios 15: 38-41).
CAPÍTULO 19
HIERARQUIA E JURISDIÇÃO DAS TREVAS
19.1 – Introdução
Neste capítulo vamos trazer alguns entendimentos sobre a hierarquia e
a jurisdição dos poderes das trevas. Para alguns pode se tornar
desnecessário; para outros, por não estarem preparados, não é
recomendável o conhecimento destes assuntos. No entanto, eu gostaria de
salientar que o povo de Deus perece e se torna presa fácil por falta de
conhecimento e por ser envolvido pelas astutas ciladas do maligno, por
desconsiderar seus ardis, suas estratégias, sua hierarquia, sua jurisdição e
como funcionam. Toda esta realidade é em razão do estado atual de queda
e do propósito de retificação da criação.
A fim de que não sejamos iludidos por Satanás. Pois não
ignoramos os seus ardis. (II Coríntios 2: 11).
Revesti-vos da armadura de Deus, para poderdes resistir às
astutas ciladas do Diabo. (Efésios 6: 11).
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais. (Efésios 6: 12).
E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito
imundo, dizendo-lhe: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai
dele, e não entres mais nele”. (Marcos 9: 25).
Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua,
imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua
aparência era terrível. A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o
peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze; as penas
de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro. Estava
vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a
qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
(Daniel 2: 31-34).
Acima dele, em pé, estavam serafins, cada um com seis asas: com
duas cobriam a face, com duas cobriam os pés e com duas voavam.
Eles clamavam uns para os outros e diziam: “Santo, santo, santo é
Iahweh dos Exércitos, a sua glória enche toda a terra”. À voz dos
seus clamores os gonzos das portas oscilavam enquanto o Templo
se enchia de fumaça. (Isaías 6: 2-4).
21.1 – Introdução
É necessário para a igreja estar familiarizada com os assuntos
angelicais. Estes seres nos assistem muito mais do que imaginamos. São
seres que intervêm muito em nosso mundo, tanto em relação à luz como
em relação às trevas. Os querubins, ao serem criados, receberam tarefas e
funções específicas como protetores dos carros de Deus. Vamos falar um
pouco sobre este assunto a que as Escrituras fazem referência. Alguns
personagens, como os profetas, viram esses carros e os relatam nas
Escrituras.
Um anjo entra no meio dos querubins e sai com fogo e luz (revelação) e
os distribui na Terra. Eles são encarregados de mover a glória de Deus e
os focos de avivamento por toda a Terra.
No episódio de João no Apocalipse está presente um carro especial, um
rolo vivente, um rolo selado. Nele estão os códigos que descrevem os
acontecimentos do fim dos tempos. Tratava-se de um rolo muito especial,
pois ninguém se achou que pudesse abri-lo. “E ninguém no céu, nem na
terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele”
(Apocalipse 5: 3).
O apóstolo manifesta uma grande tristeza, mas o anjo possui uma boa
notícia: Jesus, o Cordeiro, havia conseguido abrir o livro e desatar seus
códigos. Podemos dizer que Satanás quis tomar a revelação por força,
Jesus a conquistou, por mérito, pelo sacrifício. A autoridade é
conquistada mediante sofrimento e entrega. O Cordeiro, que havia sido
morto, mas reviveu, com suas feridas abriu os códigos proféticos.
“E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro,
e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue
compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e
nação”; (Apocalipse 5: 9)
Os anjos só aguardam os códigos de ativação do que deve ser feito para
o cumprimento das profecias. Estão vigiando a terra e aguardando. Um
desses selos é representado pelo cavalo vermelho. Este carro tem o
conhecimento e a revelação sobre todas as batalhas e guerras que
ocorreram na história da humanidade e as que ocorrerão. Todas as
guerras são lideradas por Marte, que é sustentado por um cavalo
vermelho que opera por trás da força centrífuga do Hades.
Esses carros, que são chamados também de rolos, são registros divinos
que contêm os códigos da criação e também o registro dos eventos
futuros. Possuem códigos de acesso que lhes possibilitam entrar através
dos portais dimensionais. A mecânica desses carros não é convencional.
Eles são criados de energia pura, o que chamamos de espírito (matéria
dinâmica) e podem adquirir aparências diversas.
Porque, eis que o Senhor virá com fogo; e os seus carros como um
torvelinho; para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em
chamas de fogo. (Isaías 66: 15).
As suas flechas serão agudas, e todos os seus arcos retesados; os
cascos dos seus cavalos são reputados como pederneiras, e as
rodas dos seus carros como redemoinho. O seu rugido será como o
do leão; rugirão como filhos de leão; sim, rugirão e arrebatarão a
presa, e a levarão, e não haverá quem a livre. E bramarão contra
eles naquele dia, como o bramido do mar; então olharão para a
terra, e eis que só verão trevas e ânsia, e a luz se escurecerá nos
céus. (Isaías 5: 28-30).
Esses quatro ventos são os quatro seres espirituais que saem diante de
Deus quando se abrem os selos, como registrado também no livro do
Apocalipse, causando destruição e juízo sobre a Terra até que são detidos
por decreto dos vigilantes, como registrado também no livro do
Apocalipse.
Vi quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos, e ouvi o
primeiro dos quatro Seres vivos dizer como o estrondo dum
trovão: “Vem!” (Apocalipse 6: 1).
Depois disso, vi quatro Anjos, postados nos quatro cantos da terra,
segurando os quatro ventos da terra, para que o vento não
soprasse sobre a terra, sobre o mar ou sobre alguma árvore. Vi
também outro Anjo que subia do Oriente com o selo do Deus vivo.
Esse gritou em alta voz aos quatro Anjos que haviam sido
encarregados de fazer mal a terra e ao mar: “Não danifiqueis a
terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcado a fronte dos
servos do nosso Deus” (Apocalipse 7: 1-3).
A ENGENHARIA OCULTA
CAPÍTULO 22
A ACELERAÇÃO ESPIRITUAL
22.1 – Introdução
Vamos tratar, neste capítulo, do princípio da roda e das três leis que
proporcionam a aceleração da Glória de Deus na Terra. As Escrituras
registram consequências deste princípio no período pré-diluviano, em
Gênesis 6: 5-7.
O Senhor viu que a maldade do homem era grande sobre a terra, e
que era continuamente mau todo desígnio de seu coração. O
Senhor arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra, e afligiu-
se o seu coração. E disse o Senhor: “Farei desaparecer da
superfície do solo os homens que criei – e com os homens os
animais, os répteis e as aves do céu –, porque me arrependo de tê-
los feito”. (Gênesis 6: 5-7- grifo nosso).
Olhei para os animais e eis que junto aos animais de quatro faces
havia, no chão, uma roda. O aspecto das rodas e a sua estrutura
tinham o brilho do Crisólito. Todas as quatro eram semelhantes
entre si. Quanto ao seu aspecto e à sua estrutura, davam a
impressão de que uma roda estava no meio da outra. Moviam-se
nas quatro direções e ao se moverem, nunca se voltavam para os
lados. A sua circunferência era alta e formidável, e sua
circunferência estava cheia de reflexos em torno, isso em todas as
quatro rodas. Quando os animais se moviam, as rodas se moviam
junto com eles; quando os animais se levantavam do chão, as
rodas se levantavam com eles. As rodas se moviam na direção em
que o espírito as conduzia e se levantavam com ele, porque o
espírito do animal estava nas rodas. Ao se moverem eles, elas se
moviam; ao pararem, elas paravam; ao se levantarem do chão,
também as rodas se levantavam com eles, pois o espírito do
animal estava nas rodas. (Ezequiel 1: 15-21).
Ao dar ordem ao homem vestido de linho, dizendo: “Toma fogo de
entre as rodas, de entre os querubins”, este foi e se postou junto às
rodas. O seu corpo todo, o dorso, as mãos, as asas, bem como as
rodas, estavam cheias de olhos em torno [as quatro rodas].
(Ezequiel 10: 6, 12).
Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas
por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus. (Romanos 8: 20,21)
Naquele dia, o homem atirará aos ratos e aos morcegos os ídolos
de prata e os ídolos de ouro que lhe fizeram para a sua adoração.
(Isaías 2: 20).
Os teus ídolos revestidos de prata, tu os terás por impuros, e as
tuas imagens cobertas de ouro, lançá-las-ás fora como coisa
imunda e lhes dirás: “Fora daqui!”. (Isaías 30: 22).
Outro episódio que podemos destacar sobre este assunto foi a saída do
povo de Israel do cativeiro do Egito. Um evento que teve grande
significado no mundo espiritual. Na perseguição do faraó, seus feiticeiros
e exército, logo após a saída do povo do Egito, o texto diz que as rodas dos
carros foram embaraçadas, tiradas, quebradas, fazendo-os andar
dificultosamente.
Os egípcios tinham visto as pragas no Egito, a coluna de fogo
protegendo Israel e agora o Eterno estava “quebrando”, destruindo todo o
poder, conhecimento e revelação que eles recebiam dos querubins caídos,
o que é simbolizado com a ruptura das rodas dos carros: estava se
quebrando o princípio da roda que eles conheciam e que tinha
proporcionado o desenvolvimento de sua civilização.
Desde aquele dia até o presente, as rodas do Egito nunca mais foram
restauradas e a nação que foi um império em seus dias se deteve no tempo
e nunca mais se desenvolveu.
Ele emperrou as rodas dos seus carros, e fê-los andar com
dificuldade. Então, os egípcios disseram: “Fujamos da presença de
Israel, porque o Senhor combate a favor deles contra os egípcios”.
(Êxodo 14: 25).
E a terra do Egito se tornará em assolação e deserto; e saberão que
eu sou o Senhor. Porque disseste: O rio é meu, e eu o fiz.
(Ezequiel 29: 9).
Este episódio nos revela que chega o momento em que Deus decide,
numa geração, pôr fim a uma etapa para o início de outra. Hoje a igreja
vive um momento de imperialismo. Nunca na história a igreja esteve tão
próspera como hoje. Cristãos sendo donos de bancos, canais de televisão,
empresas, entre outros. A verdade é que temos visto o Egito dentro de
nossas igrejas. O princípio da roda ainda hoje tem sido instrumento para
acelerar a obtenção de riquezas em troca da disseminação do engano dos
pseudocristãos.
Paralela a esta realidade, encontramos a verdadeira igreja, que está
recebendo esse mesmo princípio, que foi ignorado por muito tempo. A
igreja precisa acelerar os tempos e prosperar mais que o mercado
financeiro. Mas para isso é preciso ser ousado e acreditar nas ferramentas
que o Senhor está colocando em suas mãos. É preciso deixar os céus
ajudarem a igreja para que ela possa realizar grandes feitos. A igreja
precisa estar madura no entendimento para a verdadeira prosperidade do
Reino, para a destruição de fortalezas. Os anjos estão habilitados para
usar a roda do Espírito e dar velocidade para a manifestação da Glória de
Deus na Terra.
Existe um princípio espiritual para calcular as medidas de Deus. O
problema é que queremos aplicar as leis da matemática, princípios
teológico-filosóficos gregos e romanos, e isto é um impedimento para
aplicar as leis do Espírito. O Eterno está restaurando suas medidas para
que se complete o estabelecimento de seu Reino na Terra, então se fará
aqui como é feito nos céus.
O princípio corrompido da roda, que foi roubado e entregue aos homens
pelos anjos caídos, tem sido a habilidade para a prosperidade, o governo e
o domínio do príncipe deste mundo e de seu sistema. Deus está
entregando o plano original revelado aos patriarcas no passado para que a
verdadeira igreja do Eterno estabeleça o Seu Reino e seus princípios.
O símbolo da roda está em muitos lugares e representações, nas nações.
Nas instituições civis, nos cassinos e rodas da fortuna, símbolos religiosos
e outros. Fica evidente, agora, como os homens usam esses três princípios
da roda para alcançar grandes riquezas e o domínio sobre a Terra. Esses
princípios nos pertencem e estão disponíveis para a igreja do Senhor
agora mesmo!
CAPÍTULO 23
TRONOS REVELADOS
23.1 – Introdução
Existem estruturas da maldade sobre a Terra. As adorações das nações,
através dos intermediários (deuses) e as diversas transgressões praticadas
de forma tão velada e natural em nossos dias têm fortalecido os tronos da
maldade. A manifestação do Messias veio proporcionar ao seu corpo, a
igreja, os meios para derrubar os poderes espirituais que subjugam os
homens pelo engano.
O Eterno, em toda a Escritura, através dos profetas, juízes, apóstolos,
deixou um mapa, uma cartografia cósmica, um manual de como derrubar
esses poderes, tirando das trevas as nações que são enganadas pelo mal.
O Eterno está levantando um povo que receberá tesouros ocultos desde
a fundação do mundo, mas separados para os eleitos. Armas poderosas
para repreender e desestruturar as trevas.
Vamos abordar a raiz de todos esses tronos, os doze tronos da maldade,
de sua abertura dimensional e de como derrubá-los.
Da mesma forma, o reino das trevas possui uma árvore que abriga
vários demônios. É chamada de árvore cósmica do mal. Esta árvore está
ligada a correntes filosóficas e espirituais das trevas, formando um
conjunto de ideias, filosofias, religiões com uma estrutura diabólica para
enganar e confundir o homem. Trata-se de um sistema, um desenho como
de um arquiteto colocando em ordem elementos naturais para dominar o
mundo, um sistema de leis físicas, morais e espirituais que governa tudo o
que vemos. “Já não falei muito convosco, porque se aproxima o príncipe
deste mundo, e nada tem em mim” (João 14: 30).
Em breve um grande sopro de vento, uma tormenta arrancarão os frutos
da árvore e seus ramos e raízes ficarão secas e seus tronos cairão na Terra,
sobre as cidades, os campos e os mares, como nos relata o livro do
Apocalipse.
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
(Apocalipse 6: 13).
O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor.
(Joel 3: 15).
Não temerás o terror da noite nem a flecha que voa de dia, nem a
peste que caminha na treva, nem a epidemia que devasta ao meio-
dia. (Salmos 91: 5, 7).
Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: “Não temas; crê
somente, e será salva”. (Lucas 8: 50).
Isto é, para vós que credes ela será um tesouro precioso, mas para
os que não crêem, a pedra que os edificadores rejeitaram, essa
tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e uma rocha que
faz cair. Eles tropeçam porque não creem na Palavra, para o que
também foram destinados. (I Pedro 2: 7-8).
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão
nos céus, e na terra, e debaixo da terra. (Filipenses 2: 10).
E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
(João 5: 22).
O profeta Daniel teve uma visão sobre os fins dos tempos em que um
trono de poder cuidaria de mudar os tempos e a lei. Portanto, a guerra
espiritual que será revelada neste século será jurídica, em que os poderes
da maldade tentarão mudar os tempos e as leis.
Uma vez que os filhos têm em comum carne e sangue, por isso
também ele participou da mesma condição, a fim de destruir pela
morte o dominador da morte, isto é, o diabo. (Hebreus 2: 14).
Dirigi-vos, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Dirigindo-
vos a elas, proclamai que o Reino dos Céus está próximo. Curai os
doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os
demônios. De graça recebestes, de graça dai. (Mateus 10: 7-8).
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as
primícias dos que dormem. (I Coríntios 15: 20).
Somente no fim dos tempos Cristo retornará para instalar seu reinado,
removendo a iniquidade da Terra e restituindo a eternidade e vencendo a
morte definitivamente.
Com efeito, as estrelas do céu e Órion não darão a sua luz. O sol se
escurecerá ao nascer, e a lua não dará a sua claridade. (Isaías 13:
10).
Colocarei sinais nos céus e na terra, sangue, fogo e colunas de
fumaça. O sol se transformará em trevas, a lua em sangue, antes
que chegue o dia de Iahweh, grande e terrível! (Joel 3: 3-4).
E, logo depois da aflição daqueles dias, o Sol escurecerá, e a Lua
não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos
céus serão abaladas. (Mateus 24: 29).
Esse texto nos indica que ela procura repouso nos desertos,
acompanhada de animais imundos e multidões de ninhadas, isto é,
espíritos menores na hierarquia de autoridade. Alguns traduzem esse
texto por “fúria vingadora ou fantasma que espanta na noite”. Lílith,
portanto, habita, com seus serviçais, em lugares desertos e desolados
onde reinam o caos, o juízo e a destruição.
Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor teu Deus,
para não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os
seus estatutos, que hoje te ordeno, então virão sobre ti todas estas
maldições, e te alcançarão: o Senhor te ferirá com loucura, e com
cegueira, e com pasmo de coração; e enlouquecerás com o que
vires com os teus olhos. (Deuteronômio 28: 15, 28, 34,
grifos nossos).
O sangue vermelho
Trata-se do poder da própria vida. É o nível mais elementar da alma de
um indivíduo. Um assunto que fala de sua genética. As Escrituras falam
desse elemento com muita ênfase, tanto na Antiga Aliança como na Nova
Aliança. “[...] que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem
como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais
ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde” (Atos 15: 29).
O sangue é o elemento mais espiritual do aspecto biológico do ser
humano. Não devemos jamais usá-lo para fazer pactos no mundo
espiritual. No campo da libertação é muito difícil tirar alguém do cativeiro
quando está envolvido seu próprio sangue.
O sangue branco
Esse sangue é o que chamados de esperma ou sêmen. Ele possui
também uma forte carga genética. É usado para a reprodução e
multiplicação da espécie humana, sua descendência e herdeiros.
Ouvimos muitos relatos sobe pactos feitos com o primeiro elemento, o
sangue vermelho. Destacaremos um texto das Escrituras que descreve um
típico pacto cuja representação foi o sangue branco. Trata-se da
incumbência dada por Abraão ao seu servo Eleazar. “Então pôs o servo a
sua mão debaixo da coxa de Abraão seu Senhor, e jurou-lhe sobre este
negócio” (Gênesis 24: 8).
Estamos tratando aqui de um costume judaico de juramento e pacto, em
que a falha implicaria a cobrança através, neste caso, do sangue branco
que transcende o tempo e gerações.
Na verdade o colocar a mão debaixo da coxa é colocar a mão nos
testículos, onde está a representação do sangue branco, o sêmen.
Quantos pactos são realizados por esse elemento e as pessoas nem se
dão conta. Pactos feitos em prostituição, adultério, masturbação e outros.
As Escrituras nos advertem sobre esse perigo.
Porque os lábios da mulher pervertida gotejam mel; e sua boca é
mais suave que o azeite. Mantenha teu caminho longe dela; e não
te aproximes da porta da casa dela. Para que não dês tua honra a
outros, nem teus anos [de vida] aos cruéis. Para
que estranhos não se fartem de teu poder, e teus trabalhos [não
sejam] aproveitados em casa alheia; bebe água de tua [própria]
cisterna, e das correntes de teu [próprio] poço. Derramar-se-iam
por fora tuas fontes, [e] pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam
somente para ti, e não para os estranhos contigo. Seja bendito o
teu manancial, e alegra-te com a mulher de tua juventude.
(Provérbios 5: 3, 8-10, 15-18, grifos nossos).
Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo
com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. (I Coríntios 6:
16).
O incenso de sangue
Esse meio de sacrifício é o mais elevado. Seu poder está na oferta. Uma
alma que oferece tudo o que tem como sacrifício e oferta para honrar seu
Criador. As Escrituras afirmam que o culto racional é aquele oferecido em
sacrifício puro, santo e agradável a Deus, através do corpo. O exemplo
maior foi do Senhor Jesus, oferecendo-se como sacrifício vivo diante de
Deus.
E uma de suas expressões, certamente, é a oração. O livro do Apocalipse
revela esta verdade ao descrever que as orações dos santos são misturadas
com incenso.“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um
incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as
orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono”
(Apocalipse 8: 3).
A única diferença entre uma oração respondida ou não é o testemunho
do altar. A igreja precisa entender que a maior oferta ou sacrifício é que
vai originar maior poder. Quando você vincula uma vida de adoração a
uma vida de santificação, você está sacrificando a Deus o incenso de
sangue, de sua energia, de sua vitalidade..
A libertação na mente
Quando falamos de mente estamos falando de alma. Desde que
nascemos absorvemos diversos traumas produzidos intencionalmente ou
não. É a rejeição dos pais, a humilhação, violências físicas, perdas
prematuras, assassinatos e outros episódios que fragmentam a alma. O
resultado são os traumas relacionados às emoções e à mente. A defesa da
mente é produzir outra personalidade normalmente oposta a que a pessoa
possui realmente. Essa fragmentação leva à esquizofrenia.
O tratamento é a unificação da personalidade. O grande desafio de
identificar o temperamento e a personalidade genuína da pessoa e
restaurá-los.
Vamos abordar uma ministração muito importante, reconhecida por
grandes ministradores nessa área. Primeiramente, será preciso quebrar
algumas ataduras, renunciando à falta de perdão, à altivez, à
incredulidade, ao humanismo, à autojustificação e ao temor. Como
restaurar a mente? Devemos:
a) ungir a cabeça. Deve ser reforçada a testa, que é o símbolo da lua;
b) a nuca, onde se manifestam os espíritos que controlam a percepção,
os padrões de pensamentos, sentimentos e emoções;
c) e por fim a coluna vertebral. Esta região é responsável pelo estado
biológico e pelas ataduras por herança genética, nas pessoas. As lendas
contam que Lílith se enroscava nas árvores (as imagens que remetem às
serpentes rodeando as árvores). São referências ligadas à coluna
vertebral, lugar onde se alojam os códigos genéticos distorcidos.
O primeiro passo para o processo de libertação é a ministração da
influência espiritual que chamamos de opressão.
O segundo passo é ministrar a própria possessão que luta contra a
pessoa, criando sistemas opressivos que o sufocarão até que perca e
renuncie a sua fé.
O terceiro passo é a ministração dos códigos catalogados por esses
espíritos imundos que estão na mente da pessoa. Uma pessoa que fornica
enfrentará a sedução ciclicamente. Esses códigos corrompidos estão em
alguma parte da alma da pessoa, escondidos, esperando o momento para
se revelarem. Essa ministração é feita com jejum, orações e recitações
de salmos.
Sobre o jejum é preciso esclarecer que no nosso vernáculo o segundo dia
da semana recebe o nome de segunda-feira, mas em outros, a exemplo
dos EUA, esse dia recebe o nome de monday, ou seja, dia da lua. Desde a
Antiguidade cada dia da semana era governado por uma força espiritual,
mantendo uma relação com essas entidades.
Para quebrar as forças específicas de Lílith e seus encantamentos,
aquela que governa a lua, precisamos entender que na segunda-
feira, monday, é o dia principal de jejum, que deverá ser de 24 horas, do
pôr do sol de domingo até o pôr do sol da segunda-feira. Este jejum deve
durar pelo menos sete meses, até que o organismo esteja profeticamente
descontaminado de toda a influência espiritual de Lílith. Desta maneira,
serão soltos os jugos de impiedade e opressão, proporcionando à pessoa
uma libertação total. Temos que entender que esses espíritos são cíclicos e
aguardam, pelo menos, 168 horas para voltar. Devemos persistir em
jejum, oração e recitações de salmos.
Eu gostaria de terminar com uma palavra que foi a tônica de todo o
capítulo – alerta. Apenas esclarecer que todos esses sintomas e cativeiro
são provenientes de tronos da maldade, pelo menos 12, e sues diversos
gêneros e agrupamentos para dominar a pessoa. É preciso discernimento
no Espírito para entrar nesse campo de batalha. Uma vez identificado o
ataque central de Lílith, o próximo passo é identificar seus gêneros.
A lista é grande. Os exemplos relacionados aqui são apenas para
despertar o interesse pelo assunto, que é para poucos, infelizmente.
Recomendo a aquisição do livro O pavilhão do ocultismo, David
Rebollo (2014).
Que o Eterno levante o seu exército com vestes limpas para depois ouvir
a mesma voz dita aos seus santos profetas: “Vê filho do homem”
(Jeremias 24:3), e ser um arauto e libertador. Deixo o alerta das
Escrituras: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mateus 11: 15). Amém.
CAPÍTULO 25
POÇOS DIMENSIONAIS
25.1 – Introdução
Considerando, ainda, a temática da engenharia oculta, vimos sobre os
tronos da maldade e suas influências. Neste capítulo vamos procurar
esclarecer essa influência de uma forma mais direta, considerando a
órbita terrestre. Em outro momento falamos sobre as constelações e
signos do Zodíaco e como estes signos estavam ligados com a cultura pagã
dos povos antigos e em nossos dias. Esses tronos, na verdade, são
alimentados e governam pela adoração, práticas e hábitos corrompidos da
sociedade.
O assunto das constelações é muito importante, pois são elas que regem,
a cada trinta dias, aproximadamente, o planeta, sob a intervenção dos
tronos, que estão representados pelos signos correspondentes. A ligação
dos povos pagãos com esses símbolos não foi meramente mitológica ou
folclórica de uma cultura, mas reais adorações e contatos com essas
entidades, com os deuses do passado que regem o mundo, ainda hoje,
com muito mais força.