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1.

Introdução

A soteriologia é o estudo da salvação humana. A palavra é formada a partir de dois termos gregos [Soterios],
que significa "salvação" e [logos], que significa "palavra", ou "princípio".

1.1. Dicionário de Strong:


 sōtēría (de 4982 / sṓzō, "salvar, resgatar") - salvação, ou seja, o resgate de Deus que libera os crentes da
destruição e da Sua segurança.
 sṓzō (de sōs, "seguro, resgatado”) - corretamente, entregar fora do perigo e na segurança; Usado
principalmente de Deus salvando crentes da pena e poder do pecado - e em Suas provisões (segurança).
 sōtḗr ("Salvador"), 4991 / sōtēría ("salvação") e a forma adjetival, 4992 / sōtḗrion (“o que é” salvo /
resgatado da destruição e trazido para a segurança divina”).].

2. Porque precisamos de Salvação?

2.1. Pecado Original e Depravação Total

As Escrituras diagnosticam o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que
se manifesta em cada pormenor da vida de cada pessoa (1 Rs 8.46; Rm 3.9-23; 7.18; 1 Jo 1.8-10). Ambos os
Testamentos descrevem o pecado como rebelião contra as normas de Deus, como deixar de atingir o alvo que Deus
estabeleceu para nós, transgredir a lei de Deus, ofender a pureza de Deus pela nossa corrupção e incorrer em culpa
diante de Deus, o Juiz. É uma mentalidade que luta contra Deus para fazer o papel de Deus. A raiz do pecado é o
orgulho e a inimizade contra Deus, o espírito visto na primeira transgressão de Adão. E os atos pecaminosos têm
sempre, atrás de si, pensamentos e desejos que, de um modo ou de outro, expressam a deliberada oposição do
coração às reivindicações de Deus sobre nossa vida.

O pecado pode ser definido como quebra da lei de Deus ou falta de conformidade com essa lei, em qualquer
aspecto da vida, quer nos pensamentos, nas palavras ou nas ações. Entre as passagens das Escrituras que ilustram
diferentes aspectos do pecado, encontram-se Jr 17.9; Mt 12.30-37; Mc 7.20-23; Rm 1.18-3.20; 7.7-25; 8.5-8; 14.23
(Lutero afirmou que Paulo escreveu a Carta aos Romanos para "ampliar o pecado"); Gl 5.16-21; Ef 2.1-3; 4.17-19; Hb
13.2; Tg 2.10-11; 1 Jo 3.4; 5.17.

"Pecado Original", que quer dizer pecado derivado de nossa origem, não é uma expressão bíblica (a expressão
é de Agostinho), mas coloca em foco a realidade do pecado no nosso sistema espiritual. A expressão "pecado
original" não significa que o pecado faça parte da natureza humana como tal, pois "Deus fez o homem reto" (Ec
7.29). Nem significa que o processo de reprodução e nascimento seja pecaminoso; a impureza associada à
sexualidade na Lei (Lv 12; 15) era típica e cerimonial e não moral. Mais exatamente, "pecado original" significa que a
pecaminosidade marca a cada um desde o nascimento, na forma de um coração inclinado para o pecado, antes de
quaisquer pecados de fato cometidos. Essa pecaminosidade íntima é a raiz e a fonte desses pecados atuais. Ela nos
foi transmitida por Adão, nosso primeiro representante diante de Deus. A doutrina de pecado original nos diz que
nós não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores, nascidos com uma natureza
escravizada ao pecado.
A expressão "depravação total" é comumente usada para tornar explícitas as implicações do pecado original.
Significa a corrupção de nossa natureza moral e espiritual, que é total em princípio, ainda que não em grau (porque
ninguém é tão mau quanto poderia ser). Nenhuma parte de nosso ser está isenta de pecado, e nenhuma de nossas
ações é tão boa quanto devia ser. Em conseqüência, nada do que fazemos é meritório aos olhos de Deus. Não
podemos ganhar o favor de Deus, pouco importando o que fazemos; se a graça não nos salvar, estamos perdidos.
Depravação total inclui incapacidade total, o que significa não Ter poder para crer em Deus ou na Sua Palavra (Jo
6.44; Rm 8.7-8). Paulo diz que essa incapacidade é uma forma de "morte", pois o coração decaído está "morto" (Ef
2.1,5; Cl 2.13). Como diz a Confissão de Westminster (IX.3): "O homem, ao cair no estado de pecado, perdeu
inteiramente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; de sorte que
um homem natural, inteiramente avesso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder,
converter-se ou mesmo preparar-se para isso." Para essa escuridão só a Palavra de Deus traz a luz (Lc 18.27; 2 Co
4.6).

O pecado traz...

 Fuga
 Vergonha
 Medo
 Ilusão
 Acusação
 Castigo

2.2. O resultado do pecado é


Romanos 6
1
Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?
2
De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3
Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos
na da sua ressurreição;
6
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja
desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
7
Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8
Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9
Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem
domínio sobre ele.
10
Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11
Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em
Cristo Jesus nosso Senhor.
12
Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas
concupiscências;
13
Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas
apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de
justiça.
14
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
15
Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo
nenhum.
16
Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a
quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
17
Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina
a que fostes entregues.
18
E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19
Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos
membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos
membros para servirem à justiça para santificação.
20
Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.
21
E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.
22
Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e
por fim a vida eterna.
23
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo
Jesus nosso Senhor.

3. O que é expiação

Rm 3:19-25
19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca
esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o
conhecimento do pecado. Gl 2:16; Rm 7:7; Hb 7:18;
21 Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
Rm 1:17; Fp 3:9;
22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque
não há diferença.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, Is 53:5;
25 ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 2Co 5:19; Cl 1:20; Hb 4:16; 1Jo 4:10; Ex
25:17;
Lv 16:11-16
11 E Arão fará chegar o novilho da oferta pela expiação, que será para ele, e fará expiação por si e
pela sua casa; e degolará o novilho da oferta pela expiação, que é para ele.
12 Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus
punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.
13 E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório,
que está sobre o Testemunho, para que não morra.
14 E tomará do sangue do novilho e, com o seu dedo, espargirá sobre a face do propiciatório, para a
banda do oriente; e perante o propiciatório espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo. Lv 4:6; Hb
9:25; Hb 10:4;
15 Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para
dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o
propiciatório e perante a face do propiciatório.
16) Assim, fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas
transgressões, segundo todos os seus pecados; e, assim, fará para a tenda da congregação, que mora com
eles no meio das suas imundícias.

Hebreus 10. 1-12


1 Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos
mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
Cl 2:17; Hb 8:5;
2 Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca
mais teriam consciência de pecado.
3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano, se faz comemoração dos pecados,
4 porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados. Lv 16:14; Nm 19:4; Hb
9:13;
5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Sl
40:6; Is 1:11; Jr 6:20; Am 5:21;
6 holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
7 Então, disse: Eis aqui venho ( no princípio do livro está escrito de mim ), para fazer, ó Deus, a tua
vontade.
8 Como acima diz: Sacrifício, e oferta, e holocaustos, e oblações pelo pecado não quiseste, nem te
agradaram ( os quais se oferecem segundo a lei ).
9 Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o
segundo.
10 Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. Hb
9:12;
11 E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos
sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à
destra de Deus, Sl 110:1; At 2:34; 1Co 15:25; Ef 1:20; Cl 3:1; Hb 1:13;
3.1. Conceito de Expiação

3.2. Expiação é
Embora os termos expiação (do Velho Testamento) e propiciação (do Novo Testamento) sejam muito
parecidos e usualmente tidos como sinônimos, a rigor há uma diferença técnica entre os termos, em seus usos na
Teologia.

"Kaphar", traduzido como expiar, literalmente significa "cobrir por cima, esconder por encobrir por cima e de
modo a não ficar visível".

Note, estudando as Escrituras:

 Expiação tinha que ser procurada pelo homem e concedida por Deus, tanto em casos de pecados individuais
Lev 6:2-7 como em casos de pecados nacionais Lev 4:13-20;
 Expiação tinha que ser sempre e novamente recebida a cada pecado cometido;
 Perdão era possível somente com base na morte (por derramamento de sangue!) de um substituto que tinha
que ser adequado;
 Uma expiação especial tinha que ser procurada e obtida somente uma vez por ano, no soleníssimo Dia da
Expiação (hoje, Yom Kippur), no 1o. dia do 7o. mês. Ler depois: Lev 16; 23:26-31;
 Em todas expiações do VT, os pecados eram somente COBERTOS, não TIRADOS (Heb 10:4), mas Deus disse
através de João O Imersor (João O Batista) que Cristo TIRA, não apenas que COBRE o pecado Joã 1:29 !!! Aleluia!

(Quanto aos pecados dos crentes do Velho Testamento, eles ficavam não punidos, "sob a paciência de Deus",
até a real execução da sentença sobre Cristo).

Portanto, teologicamente,

Expiação refere-se ao ato originado e finalizado em Deus pelo qual um judeu crente tinha (provisoriamente) a
culpa e a penalidade dos seu pecado COBERTAS e a santa justiça de Deus satisfeita, através da confissão do pecado e
do merecimento da penalidade, quando da execução da sentença sobre um adequado animal substituto que, em fé,
o crente via como tipificando o sacrifício perfeito, único e definitivo do Cordeiro de Deus, que viria e TIRARIA o
pecado do mundo. João 1:29 (acima)

Lv 16:11-16
11 E Arão fará chegar o novilho da oferta pela expiação, que será para ele, e fará expiação por si e
pela sua casa; e degolará o novilho da oferta pela expiação, que é para ele.
12 Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do SENHOR, e os seus
punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.
13 E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório,
que está sobre o Testemunho, para que não morra.
14 E tomará do sangue do novilho e, com o seu dedo, espargirá sobre a face do propiciatório, para
a banda do oriente; e perante o propiciatório espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo. Lv 4:6; Hb
9:25; Hb 10:4;

Salmo 65 1-4
1 A ti, ó Deus, espera o louvor em Sião, e a ti se pagará o voto.
2 Ó tu que ouves as orações! A ti virá toda a carne.
3 Prevalecem as iniquidades contra mim; mas tu perdoas as nossas transgressões.
4 Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes e fazes chegar a ti, para que habite em teus átrios;
nós seremos satisfeitos da bondade da tua casa e do teu santo templo.

(Levítico 6:2-7) - 2 Quando alguma pessoa pecar, e transgredir contra o SENHOR ... 4 ...restituirá o
que roubou ... no dia de sua expiação. 6 E a sua expiação trará ao SENHOR: um carneiro sem defeito do
rebanho ... 7 E o sacerdote fará expiação por ela diante do SENHOR, e será perdoada de qualquer das
coisas que fez, tornando-se culpada.

(Levítico 4:13-20) - 13 Mas, se toda a congregação de Israel pecar por ignorância ... 14 ... então a
congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado ... 20 E fará a este novilho, como fez ao
novilho da expiação; assim lhe fará, e o sacerdote por eles fará propiciação, e lhes será perdoado o
pecado.
(Levítico 23:26-31) - ... 3 Com isto Arão entrará no santuário: com um novilho, para expiação do
pecado, e um carneiro para holocausto. ... 5 E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes
para expiação do pecado e um carneiro para holocausto. ... 14 E tomará do sangue do novilho, e com o
seu dedo espargirá sobre a face do propiciatório, para o lado oriental; e perante o propiciatório
espargirá sete vezes do sangue com o seu dedo. 15 Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo
povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; ..., e fará expiação por ele; e tomará do sangue do
novilho, e do sangue do bode, e o porá sobre as pontas do altar ao redor. 19 E daquele sangue espargirá
sobre o altar, com o seu dedo, sete vezes, e o purificará das imundícias dos filhos de Israel, e o
santificará. 20 ¶ Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela tenda da congregação,
e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. 21 E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode
vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e
todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um
homem designado para isso. 22 Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra
solitária; e deixará o bode no deserto. ... (Levítico 16:1-34)
... 27 Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as
vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao SENHOR. 28 E naquele mesmo dia nenhum trabalho
fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR vosso Deus. 29
Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo.....

(Hebreus 10:4) - Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.

(Romanos 3:24-26) - No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo.
... 25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; 26 Para demonstração da sua justiça
neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

(Hebreus 9:26) - ... agora na consumação dos séculos UMA vez se manifestou, para ANIQUILAR o
pecado pelo sacrifício de SI MESMO.

(Romanos 8:33-34) - 33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os
justifica. 34 Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os
mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
3.3. SUBSTITUIÇÃO (morte vicária)
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos [peri] pecados, o justo PELOS [huper] injustos, para levar-nos a
Deus; ..." 1 Pedro 3:18 ("huper" = "em benefício de, e em lugar de").

1. Substituição temporária
Antes do Calvário, a ovelha morria pelo pastor Êxo 12:3-7,12-13.
Os sacrifícios do Velho Testamento tinham que ser repetidos a cada dia e somente COBRIAM os pecados, não
os TIRAVAM, eram temporários Heb 10:1-4, abaixo.

3 ...Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada
família. ...5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das
cabras. 6 E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o
sacrificará à tarde. 7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em
que o comerem. 12 E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde
os homens até aos animais; ... 13 E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue,
passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. (Êxodo 12:3-
7,12-13)

2. Substituição permanente (Ainda era necessária, Heb 10:4).


Depois do Calvário, o Pastor morreu pela ovelha Joã 10:11. O sacrifício do Cordeiro de Deus foi feito uma só
vez para sempre e TIROU o pecado do mundo, foi permanente! Ler depois: Heb 10:1-4; Joã 1:29.

... 4 Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes TIRE os pecados. (Hebreus 10:1-4) (Os
sacrifícios do VT tinham que ser repetidos a cada dia e somente COBRIAM os pecados, já o do Cordeiro de Deus foi
feito uma só vez para sempre e TIROU o pecado do mundo! Compare João 1:29, abaixo).

Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida PELAS [huper] ovelhas. (João 10:11) ("huper" = "em
benefício de, e em lugar de").No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus,
que TIRA o pecado do mundo. (João 1:29)

Cristo, jamais tendo pecado nem podendo ter pecado (ler depois: João 8:46; Heb 4:15; 1Pe 2:22), não pode ter
morrido por causa de pecado próprio. Quem dentre vós me convence de pecado? ... (João 8:46)

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. (Hebreus 4:15)

O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. (1 Pedro 2:22)

A Palavra de Deus sobejamente ensina que Cristo morreu vicariamente, como nosso substituto, em nosso
lugar, pagando por nosso pecado, recebendo nossa punição!... Isa 53:4-8,11-12 (substituição é indiscutível); Rom
5:8; 1Co 15:3; 2Co 5:21 (substituição é indiscutível); 1Pe 2:24 (substituição é indiscutível em "levando ele mesmo os
nossos pecados sobre o madeiro"); 1Pe 3:18 (1o. verso desta web page); ler depois: Lev 1:2-4; Rom 4:25; Mat 1:21;
4 ¶ Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído
por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR
fez cair sobre ELE a iniqüidade de nós todos. .... 8 ...pela transgressão do meu povo ele foi atingido. ... 11 ...as
iniqüidades deles levará sobre si. 12 ...derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele
levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. (Isaías 53:4-8,11-12)
... Cristo morreu POR [huper] nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8) ("huper" = "em benefício de, e
em lugar de").

... Cristo morreu POR [huper] nossos pecados, segundo as Escrituras, (1 Coríntios 15:3) (O significado "no
nome, ou no interesse, ou para o benefício de" é impossível, o correto é somente "em lugar de").

Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado POR [huper] nós; para que nele fôssemos feitos justiça de
Deus. (2 Coríntios 5:21) ("huper" = "em benefício de, e em lugar de").

Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados,
pudéssemos viver para a justiça; e pelas [oú] suas feridas fostes sarados. (1 Pedro 2:24) ("oú" = "onde"). O próprio
Cristo também ensinou que Sua morte seria vicária, substitutória Mar 10:45 (= Mat 20:28) (substituição é
indiscutível); Joã 10:11, acima. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em resgate POR [anti] muitos. (Marcos 10:45) ("anti" sempre significa "no lugar de")

Cristo foi o antítipo verdadeiro da sombra de:

 O cordeiro pascal Êxo 12:12-13, acima; 1Co 5:7.


 As ofertas pelo pecado Isa 53:10; Heb 10:1-4; ler depois: Lev 6:24-30.
 O bode expiatório Lev 16:20-22 (indiscutivelmente, tipifica substituição).

Assim, não somente o Filho de Deus se tornou o Filho do homem para que os filhos dos homens se tornassem
filhos de Deus, mas, no madeiro, o Cristo tornou-se o que não era (isto é, pecado) para que nós pudéssemos nos
tornar aquilo que não éramos (isto é, justos) 2Co 5:21, acima; Isa 53:1-12, acima. ...Cristo, nossa páscoa, foi
sacrificado POR [huper] nós. (1 Coríntios 5:7) ("huper" = "em benefício de, e em lugar de").

... ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado,
verá a sua posteridade ... (Isaías 53:10)

... 4 Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes TIRE os pecados. (Hebreus 10:1-4) (Os
sacrifícios do VT tinham que ser repetidos a cada dia e somente COBRIAM os pecados, já o do Cordeiro de Deus foi
feito uma só vez para sempre e TIROU o pecado do mundo! Compare Joã 1:29).

... 22 Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no
deserto. (Levítico 16:20-22) (Ambos, o cordeiro morto e o bode vivo, tipificam Cristo, morto e ressuscitado).

Objeção 1: "a preposição grega 'anti' pode significar 'em lugar de', mas 'huper', que quase sempre é usada
quando se aborda o sofrimento e morte de Cristo, só significa 'no nome ou interesse de', ou 'tendo em vista o
benefício de', e nunca 'em lugar de'".

Resposta: - "Anti", que só significa "em lugar de", é assim usada em vários contextos diferentes (ler depois:
Mat 5:38; Luc 11:11; Rom 12:17; 1Te 5:15; Heb 12:16; 1Pe 3:9), mas também é usada no contexto do sofrimento e
morte de Cristo, definitivamente provando que foram vicários, substitutórios, em nosso lugar! Mat 20:28 = Mar
10:45.

"Huper" pode significar outra coisa, mas também pode significar "em lugar de", como é inegável em 3 versos,
e estes estão no contexto do sofrimento e morte do Cristo! 1Co 15:3; 2Co 5:14; Gál 1:4.

Conclusão: Nos versos examinados neste capítulo "huper" conduz ambas as idéias ("para o benefício e em
lugar de"), "anti" somente a de substituição ("em lugar de"). Cristo morreu tanto para o benefício dos pecadores
quanto também em lugar deles! Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e
para dar a sua vida em resgate POR [anti] muitos. (Mateus 20:28 = Marcos 10:45) ("anti" sempre significa "no lugar
de")

... Cristo morreu POR [huper] nossos pecados, segundo as Escrituras, (1 Coríntios 15:3). (O significado "no
nome, ou no interesse, ou para o benefício de" é impossível, o correto é somente "em lugar de").

... se um morreu POR [huper] todos, logo todos morreram. (2 Coríntios 5:14) (A conclusão "logo todos
morreram" implica que o significado "no nome, ou no interesse, ou para o benefício de" é impossível, o correto é
somente "em lugar de").

O qual se deu a si mesmo POR [huper] nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a
vontade de Deus nosso Pai, (Gálatas 1:4) (O significado "no nome, ou no interesse, ou para o benefício de" é
impossível, o correto é somente "em lugar de").

Objeção 2: "Seria imoral Deus-Pai punir uma terceira pessoa, inocente, i.é o Filho".

Resposta: - Erras no ponto de partida, pensando como se o Pai e o Filho fossem tão independentes quanto
dois homens distintos (caso em que poderias ter alguma razão). Mas, desde que o Filho e o Pai são pessoas do
mesmo ser divino, não é injusto que o ser (o Deus único e Trino) que é juiz absoluto (que também é o ser ofendido)
pague a penalidade Ele próprio, se escolher fazê-lo.

- Ademais: Jesus não foi forçado, antes deu Sua vida voluntariamente, em lugar das ovelhas Joã 10:15,17-18.
Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. (João 10:15)

17 Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. 18 Ninguém ma tira de mim, mas
eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu
Pai. (João 10:17-18)

Objeção 3: "a satisfação da justiça, e o perdão, são mutuamente exclusivas. Se o Filho nos substituiu e sofreu a
penalidade em nosso lugar, Deus-Pai é moralmente obrigado a nos libertar, e nisto não mostrará misericórdia, pois
não estará fazendo nada mais que Sua obrigação."

Resposta: - Erras no ponto de partida, pensando como se o Pai e o Filho fossem tão independentes quanto
dois homens distintos (caso em que poderias ter alguma razão). Mas, desde que o Filho (nosso substituto) e o Pai
(juiz) são pessoas do mesmo ser divino (o Deus único e Trino), perdoar-nos e libertar-nos são optativos, são
misericórdia e não obrigação, e podem ser oferecidos nos termos que bem queira (a obediência de Cristo não faz a
nossa desnecessária, temos que nos arrepender e crer para podermos nos beneficiar da Sua morte expiatória).

3.4. A natureza da expiação.


A morte de Cristo é: "Cristo morreu", expressa o fato histórico da crucificação; "por nossos pecados",
interpreta o fato. Em que sentido morreu Jesus por nossos pecados? Como é explicado o fato no Novo Testamento?
A resposta encontra-se nas seguintes palavras-chave aplicadas à morte de Cristo: Expiação, Propiciação,
Substituição, Redenção e Reconciliação.

(a) Expiação. A palavra expiação no hebraico significa literalmente 'cobrir', e é traduzida pelas seguintes
palavras: fazer expiação, purificar, quitar, reconciliar, fazer reconciliação, pacificar, ser misericordioso. A expiação,
no original, inclui a idéia de cobrir, tanto os pecados (Sal. 78:38;79:9; Lev. 5:18) como também o pecador. (Lev. 4:20.)
Expiar o pecado é ocultar o pecado da vista de Deus de modo que o pecador perca seu poder de provocar a ira
divina. Citamos aqui o Pr. Alfred Cave: A idéia expressa pelo original hebraico da palavra traduzida "expiar", era
"cobrir" e "cobertura", não no sentido de torná-lo invisível a Jeová , mas no sentido de ocupar sua vista com outra
coisa, de neutralizar o pecado, por assim dizer, de desarmá-lo, de torná-lo inerte para provocar a justa ira de Deus.
Expiar o pecado... era arrojar, por assim dizer, um véu sobre o pecado tão provocante, de modo que o véu., e não o
pecado, fosse visível; era colocar lado a lado com o pecado algo tão atraente que cativasse completamente a
atenção. A figura que o Novo Testamento usa ao falar das vestes novas (de justiça), usa-a o Antigo Testamento ao
falar da "expiação". Quando se fazia expiação sob a lei, era como se o olho divino, que se havia acendido pela
presença do pecado e a impureza, fosse aquietado pela vestidura posta ao seu derredor; ou, usando uma figura
muito mais moderna, porém igualmente apropriada, era como se o pecador, exposto a uma descarga elétrica da ira
divina, houvesse sido repentinamente envolto e isolado. A exposição significa cobrir de tal maneira o pecador, que
seu pecado era invisível ou inexistente no sentido de que já não podia estar entre ele e seu Criador. Quando o
sangue era aplicado ao altar pelo sacerdote, o israelita sentia a segurança de que a promessa feita a seus
antecessores se faria real para ele. "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós" (Êxo. 12:13). Quais eram o efeitos
da expiação ou da cobertura? O pecado era apagado (Jer. 18:23; Isa. 43:25; 44:22); removido (Isa.6:7); coberto (Sal.
32:1); lançado nas profundidades do mar (Miq. 7:19); perdoado (Sal. 78:38). Todos esses termos ensinam que
o pecado é coberto de modo que seus efeitos sejam removidos, afastados da vista, invalidados, desfeitos. Jeová já
não vê nem sofre influência alguma dele. A morte de Cristo foi uma morte expiatória, porque seu propósito era
apagar o pecado. (Heb. 9:26, 28; 2:17; 10:12-14; 9:14.) Foi uma morte sacrificial ou uma morte que tinha relação
com o pecado. Qual era essa relação? "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro"
(1Ped. 2:24). "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de
Deus" (2 Cor. 5:21) Expiar o pecado significa levá-lo embora, de modo que ele é afastado do transgressor, o qual é
considerado, então, como justificado de toda a injustiça, purificado de contaminação e santificado para pertencer ao
povo de Deus. Uma palavra hebraica usada para descrever a purificação significa, literalmente, "quitar o pecado".
Pela morte expiatória de Cristo os pecadores são purificados do pecado e logo feitos participantes da natureza de
Cristo. Eles morrem para o pecado a fim de viverem para Cristo.

(b) Propiciação. Crê-se que a palavra propiciação tem sua origem em uma palavra latina "propõe", que
significa "perto de". Assim se nota que a palavra significa juntar, tornar favorável. O sacrifício de propiciação traz
o homem para perto de Deus, reconcilia-o com Deus fazendo expiação por suas transgressões, ganhando a graça e
favor. (Em sua misericórdia, Deus aceita o dom propiciatório e restaura o pecador a seu amor. Esse também é o
sentido da palavra grega como é usada no Novo Testamento. Propiciar é aplacar a ira de um Deus santo
pela oferenda dum sacrifício expiatório. Cristo é descrito como sendo essa propiciação (Rom. 3:25: 1 João 2:4; 4). O
pecado mantém o homem distanciado de Deus; mas Cristo tratou de tal maneira o assunto do pecado, a favor do
homem, que o seu poder separador foi anulado. Portanto, agora o homem pode "chegar-se" a Deus "em seu nome".
O acesso a Deus, o mais sublime dos privilégios, foi comprado por grande preço: o sangue de Cristo. Assim escreve o
Dr. James Denney: E assim como no Antigo Testamento todo objeto usado na adoração tinha que ser aspergido com
sangue expiatório, assim também todas as partes da adoração cristã; todas as nossas aproximações a Deus devem
descansar conscientemente sobre a expiação. Deve-se sentir que é um privilégio de inestimável valor; deve ser
permeado com o sentimento da paixão de Cristo e com o amor com que ele nos amou quando sofreu por nossos
pecados de uma vez para sempre, o justo pelos injustos para chegar-nos a Deus. A palavra "propiciação" em
Romanos 3:25 é tradução da palavra grega "hilasterion", que se encontra também em Heb. 9:5 onde é traduzida
como "propiciatório". No hebraico, "propiciatório" significa literalmente "coberta", e, tanto no hebraico como
no grego, a palavra expressa o pensamento de um sacrifício (*). Refere-se à arca da aliança (Êxo. 25:10-22) que
estava composta de duas partes: primeira, a arca, representando o trono do justo governante de Israel, contendo as
tábuas da lei como a expressão de sua justa vontade; segunda, a coberta, ou tampa, conhecida como "propiciatório",
coroada com figuras angélicas chamadas querubins. Duas lições salientes eram comunicadas por essa mobília:
primeira, as tábuas da lei ensinavam que Deus era um Deus justo que não passaria por alto o pecado e que devia
executar seus decretos e castigar os ímpios. Como podia uma nação pecaminosa viver ante sua face? O
propiciatório, que cobria a lei, era o lugar onde se aspergia o sangue uma vez por ano para fazer expiação pelos
pecados do povo. Era o lugar onde o pecado era coberto, e ensinava a lição de que Deus, que é justo, pode
perfeitamente perdoar o pecado por causa dum sacrifício expiatório. Por meio do sangue expiatório, aquilo que é
um trono de juízo se converte em trono de graça. A arca e o propiciatório ilustram o problema resolvido pela
expia ao. O problema e sua solução são declarados em Rom. 3: 24-26, onde lemos: "sendo justificados gratuitamente
pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação (um sacrifício
expiatório) pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos
(demonstrar que a aparente demora em executar o juízo não significa que Deus passou por alto o pecado) sob a
paciência de Deus; para demonstração da sua justiça, neste tempo presente (sua maneira de fazer justos os
pecadores), para que ele seja justo (infligir o devido castigo pelo pecado), e justificador (remover o castigo pelo
pecado) daquele que tem fé em Jesus". Como pode Deus realmente infligir o castigo do pecado e ao mesmo tempo
cancelar esse castigo? Deus mesmo tomou o castigo na pessoa de seu Filho, e desta maneira abriu o caminho para o
perdão do culpado. Sua lei foi honrada e o pecador foi salvo. O pecado foi expiado e Deus foi propiciado. Os homens
podem entender como Deus pode ser justo e castigar, ser misericordioso e perdoar; mas a maneira como pode Deus
ser justo no ato de justificar ao culpado, é para eles um enigma. O Calvário resolve o problema. É preciso esclarecer
o fato de que a propiciação foi uma verdadeira transação, porque alguns ensinam que a expiação foi simplesmente
uma demonstração do amor de Deus e de Cristo, com a intenção de comover o pecador ao arrependimento. Esse
certamente é um dos efeitos da expiação (1 João 3:16), mas não representa o todo da expiação. Por exemplo,
poderíamos pular para dentro dum rio e afogarmo-nos à vista de uma pessoa muito pobre a fim de convencê-la do
nosso amor por ela; mas esse ato não pagaria o aluguel da casa nem a conta do fornecedor que ele devesse! A obra
expiatória de Cristo foi uma verdadeira transação que removeu um verdadeiro obstáculo entre nós e Deus, e pagou
a dívida que não podíamos pagar.

A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certamente requererei o vosso
sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como também da mão do
homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.

Gênesis 9:4,5
Somente esforça-te para que não comas o sangue; pois o sangue é vida; pelo que não comerás a
vida com a carne.
Deuteronômio 12:23

(c) Substituição. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram substitutos por natureza; eram considerados como
algo a que se procedia, no altar, para o israelita, que não podia fazê-lo por si mesmo. O altar representava o
pecador; a vitima era o substituto do israelita para ser aceita em seu favor. Da mesma forma Cristo, na cruz, fez por
nós o que não podíamos fazer por nos mesmos, e qualquer que seja a nossa necessidade, somos aceitos "por sua
causa". Se oferecemos a Deus nosso arrependimento, gratidão ou consagração, fazemo-lo "em seu nome", pois ele é
o Sacrifício por meio do qual chegamos a Deus o Pai. O pensamento de substituição é saliente nos sacrifícios
do Antigo Testamento, onde o sangue da vitima é considerado como uma coberta ou como fazendo expiação pela
alma do ofertante. No capítulo em que os sacrifícios do Antigo Testamento alcançam seu maior significado (Isa. 53)
lemos: "Verdadeiramente" ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si... mas ele foi
ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados, (vers. 4, 5). Todas essas expressões apresentam o Servo de Jeová como levando
o castigo que devia cair sobre outros, a fim de "justificar a muitos"; e "levar as iniqüidades deles". Cristo, sendo o
Filho de Deus, pôde oferecer um sacrifício de valor eterno e infinito. Havendo assumido a natureza humana, Pôde
identificar-se com o gênero humano e assim sofrer o castigo que era nosso, a fim de que pudéssemos escapar. Isso
explica a exclamação: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Ele que era sem pecado por natureza, que
nunca havia cometido um pecado sequer em sua vida, se fez pecador (ou tomou o lugar do pecador). Nas palavras
de Paulo: "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós" (2 Cor. 5:21). Nas palavras de Pedro: "Levando
ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Ped. 2:24).
(d) Redenção. A palavra redimir, tanto no Antigo como no Novo Testamento, significa tornar a comprar por
um preço; livrar da servidão por preço, comprar no mercado e retirar do mercado. O senhor Jesus é um Redentor e
sua obra expiatória é descrita como uma redenção. (Mat. 20:28; Apoc. 5:9; 14:3, 4; Gál. 3:13; 4:5; Tito 2:14; 1 Ped.
1:18.) A mais interessante ilustração de redenção se encontra no Antigo Testamento, na lei sobre a redenção dum
parente. (Lev. 25:47-49.) Segundo essa lei, um homem que houvesse vendido sua propriedade e se houvesse
vendido a si mesmo como escravo, por causa de alguma dívida, podia recuperar, tanto sua terra como sua liberdade,
em qualquer tempo, sob a condição de que fosse redimido por um homem que possuísse as seguintes qualidades:
Primeira, deveria ser parente do homem; segunda deveria estar disposto a redimi-lo ou comprá-lo novamente;
terceira, deveria ter com que pagar o preço. O Senhor Jesus Cristo reuniu em si essas três qualidades: Fez-se nosso
parente, assumindo nossa natureza; estava disposto a dar tudo para redimir-nos (2 Cor. 8:9); e, sendo divino, pôde
pagar o preço... seu próprio sangue precioso. O fato da redenção destaca o alto preço da salvação e,
por conseguinte, deve ser levado em grande consideração. Quando certos crentes em Corinto se descuidaram de sua
maneira de viver, Paulo assim os admoestou: "não sabeis... que não sois de vós mesmos? porque fostes comprados
por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1 Cor. 6:19.
20). Certa vez Jesus disse: "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o
homem pelo resgate da sua alma?" (Mar. 8:36, 37). Com essa expressão ele quis dizer que a alma, a verdadeira vida
do homem, podia perder-se ou arruinar-se; e perdendo-se não podia haver compensação por ela, porque não havia
meios de tornar a comprá-la. Os homens ricos poderão jactar-se de suas riquezas e nelas confiar, porém o
poder delas é limitado. O Salmista disse: "Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o
resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes) por isso tão pouco viver
para sempre ou deixar de ver a corrupção" (Sal 49: 7-9). Mas uma vez que as almas de multidões já foram
"confiscadas", por assim dizer, por viverem no pecado, e não podem ser redimidas por meios humanos, que se pode
fazer em favor delas? O Filho do homem veio ao mundo "para dar a sua vida em resgate (ou para redenção) de
muitos (Mat. 20:28). O supremo objetivo de sua vinda ao mundo foi dar sua vida como preço de resgate para que
aqueles, cujas almas foram "confiscadas", pudessem recuperá-las. As vidas (espirituais) de muitos, "confiscadas", são
libertadas pela rendição da vida por parte de Cristo. Pedro disse a seus leitores que eles foram resgatados de sua vã
maneira de viver, que por tradição (pela rotina ou costumes), receberam dos seus pais (1 Pedro 1:18). A palavra "vã"
significa "vazia", ou aquilo que não satisfaz. A vida, antes de entrar em contato com a morte de Cristo, é inútil e vã é
andar às apalpadelas, procurando uma coisa que nunca poderá ser encontrada. Com todos os esforços não logra
descobrir a realidade; não tem fruto permanente. "Que adianta tudo isso?" exclamam muitas pessoas. Cristo nos
redimiu dessa servidão. Quando o poder da morte expiatória de Cristo tem contato com a vida de alguém, essa vida
desfruta de grande satisfação. não está mais escravizada às tradições de ancestrais ou limitada à rotina ou aos
costumes estabelecidos. Antes, as ações do cristão surgem duma nova vida que veio a existir pelo poder da morte
de Cristo. A morte de Cristo, sendo uma morte pelo pecado, liberta e "toma a criar" a alma.

(e) Reconciliação. "Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu
o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados; e pôs em nos a palavra da reconciliação" (2 Cor. 5: 18, 19.) Quando éramos inimigos, fomos
reconciliados com Deus pela morte do seu Filho (Rom. 5:10). Homens que em outro tempo eram estranhos entre si
e inimigos no entendimento pelas suas obras más, agora no corpo da sua carne, pela morte, foram reconciliados
(Col. 1:21). Muitas vezes a expiação é mal entendida e, por conseguinte, mal interpretada. Alguns imaginam que a
expiação significa que Deus estava irado com o pecador, e que se afastou, mal-humorado, até que se aplacasse a ira,
quando seu Filho se ofereceu a pagar a pena. Em outras palavras, pensam eles, Deus teve que ser reconciliado com o
pecador. Essa idéia, entretanto é uma caricatura da verdadeira doutrina. Através das Escrituras vemos que é Deus, a
parte ofendida, quem toma a iniciativa em prover expiação pelo homem. Foi Deus quem vestiu nossos primeiros
pais; é o Senhor quem ordena os sacrifícios expiatórios; foi Deus quem enviou e deu seu Filho em sacrifício pela
humanidade. O próprio Deus é o Autor da redenção do homem. Ainda que sua majestade tenha sido ofendida pelo
pecado do homem, sua santidade, naturalmente, deve reagir contra o pecado, contudo, ele não deseja que o
pecador pereça (Ezeq. 33:11), e, sim, que se arrependa e seja salvo. Paulo não disse que Deus foi reconciliado com o
homem, mas sim que Deus fez algo a fim de reconciliar consigo o homem. Esse ato de reconciliação é uma obra
consumada; é uma obra realizada em beneficio dos homens, de maneira que, à vista de Deus, o mundo inteiro está
reconciliado. Resta somente que o evangelista a proclame e que o indivíduo a receba. A morte de Cristo
tornou possível a reconciliação de todo o gênero humano com Deus; cada indivíduo deve torná-la real. Essa, em
essência, é a mensagem do evangelho; a morte de Cristo foi uma obra consumada de reconciliação, efetuada
independente de nós, a um custo inestimável, para a qual são chamados os homens mediante um ministério de
reconciliação.
Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em
nós a palavra da reconciliação. 2 Coríntios 5:19

1. Reconciliação é:

 No Velho Testamento: "kaphar", literalmente"cobrir alguma coisa", ocorre 83 vezes, sendo traduzido
"expiação" em 76 e "reconciliação" em 7 vezes.
 No Novo Testamento (basta ler versos depois): O verbo "katallassô" ocorre 6 vezes Rom 5:10; 1Co 7 :11
(esposa retornando ao marido); 2Co 5:18-20. O substantivo "katallagê" ocorre 4 vezes Rom 5:11; 11:15; 2Co 5:18-19.
Ambas palavras expressam:

"Reconciliar-se", "reconciliação", referem-se a: mudar de inimizade para amizade; mudar de considerar


ofensor e inimigo, mudar de odiar, para doravante considerar amigo e amar; relacionamento de paz (em oposição à
anterior guerra), de comunhão (em oposição à anterior inimizade), de remoção de todos os obstáculos, e de acesso
ao Pai, tudo trazido pelo derramamento do sangue por Cristo como nosso substituto. A ênfase é em ato e atitude
unilateral (primeiramente de Deus [Rom 5:10], na propiciação; depois do homem, na conversão [2Co 5:18-20]).

Note: (1) Reconciliação não contraria a imutabilidade de Deus: Ele é imutável em Seus absolutos ser, caráter e
atributos (santidade, justiça, amor, etc.); E, exatamente por isto, muda Sua atitude relativa para com aqueles que
são mudados em estado ou atitude. (2): Depois da propiciação, nunca Deus é dito ser reconciliado, a inimizade está
somente do lado do homem; e, quando o NT fala da ira de Deus, ela sempre se aplica àqueles que têm ira contra
Deus.

"Apokatallassô", "reconciliar-se completa e definitivamente", ocorre 3 vezes Efé 2:16 (crentes ex-judeus e ex-
gentios, unidos); Col 1:20-21;

"Diallasomai" ocorre 1 vez Mat 5:24 (entre homens), "ser reconciliado mútua, simétrica, recíproca,
simultaneamente, deixando de lado pecados mútuos, de um contra o outro". Nunca é usado envolvendo Deus (pois
Ele nunca peca, nunca tem nada que precisa ser perdoado).

2. Implicações da reconciliação

 Que existiu, uma vez, um prévio "odiar como ofensor e inimigo" Col 1:21-22a.
 Que, agora, a parte ofendida vê a outra favoravelmente, amando, como amigo 2Co 5:20b.

As duas fases da reconciliação

Mesmo que temporalmente simultâneas, a seqüência lógica é propiciação IMPLICA reconciliação da parte de
Deus. Propiciação é a causa, reconciliação da parte de Deus é o efeito: A morte de Cristo propiciou a Deus e,
conseqüentemente, pela sua parte Deus está reconciliado, faltando ao homem reconciliar-se (arrepender-se, crer,
humilhar-se, render-se, receber, ...). 2Cor 5:18-20; ler depois: Rom 5:10.

Portanto, podemos ver a obra da reconciliação em dois instantes de tempo:

 1) Desde a eternidade passada, em propósito;


 2) no madeiro, em efetivação; e
 3) para sempre: Deus reconciliou Ele mesmo com o mundo, através de Jesus Cristo [a iniciativa, a
providência e a consecução são todas e somente de Deus!] 2Co 5:18-19.

[Agora]: o homem NECESSITA se reconciliar com Deus através de Jesus Cristo 2Co 5:20.

4. Cronologia até a reconciliação


 No Éden, Deus e o homem estavam face a face em comunhão
 Após a queda, Deus e o homem se separaram um do outro, cada um vendo o outro como inimigo
 No Calvário, Deus (já propiciado, já paga a penalidade e o resgate) voltou Sua face para o homem,
chamando-o para filiação e glória et cetera. Ler depois Rom 11:15aNa conversão (através do arrependimento e da
fé), o homem volta a sua face para Deus 2Co 5:20b
 Na seqüência da Bíblia:

Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a
tua oferta. (Mateus 5:24)

10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo
sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por
nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. (Romanos 5:10-11)

Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os
mortos? (Romanos 11:15)

Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a
mulher. (1 Coríntios 7:11)

18 E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério
da reconciliação; 19 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pós em nós a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se
Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. (2 Coríntios 5:18-20)

E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. (Efésios 2:16)

20 E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo
todas as coisas, tanto as que estão na [ver nota] terra, como as que estão nos [ver nota] céus. 21 A vós também, que
noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou
22 No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis,
(Colossenses 1:20-22)

Nota v. 20: As coisas "debaixo da terra" (os anjos e os homens rebeldes) nunca são ditas ser reconciliadas,
mas somente subjugadas (Fp 2:10).

5. Conseqüências da Reconciliação

Deus não apenas reconciliou consigo mesmo o homem (rever tudo acima), como também todas as coisas no
céu e na terra. Col 1:20 (acima). Por causa desta reconciliação, Deus:

 Derrama bênçãos temporais também sobre os não salvos. Ler depois (ou ler convocando perdidos ao
arrependimento e fé): Mat 5:45; Rom 2:4;
 Dilata ao homem a oportunidade de se arrepender. Ler depois (ou ler convocando perdidos ao
arrependimento e fé): 2Pe 3:9;
 Libertará os céus e a terra dos resultados da queda, na efetivação da restauração final. Ler depois: Rom 8:19-
21.

Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. (Mateus
5:45)

Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade


de Deus te leva ao arrependimento? (Romanos 2:4)
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco,
não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. (2 Pedro 3:9)

19 Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. 20 Porque a criação
ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, 21 Na esperança de que também a
mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. (Romanos
8:19-21)

O supremo sacerdote podia entrar no Lugar Muito santo (9.3; ou "segunda parte"), a habitação mais oculta do
tabernáculo, um dia cada ano para oferecer sacrifícios pelos pecados da nação. O Lugar Muito santo era uma
pequena habitação que continha o arca do pacto (um cofre coberto de oro com as pranchas originais de pedra nas
que foram escritos os dez mandamentos, uma urna com maná e a vara do Arão). Na parte superior do cofre se
achava o "propiciatorio" (o altar) sobre o qual o supremo sacerdote derramava o sangue o dia da expiação. O Lugar
Muito santo era o sítio mais sagrado sobre a terra para os judeus. Só o supremo sacerdote podia entrar; a outros
sacerdotes e a gente comum lhes proibia entrar nessa habitação. Seu único acesso a Deus era por meio do supremo
sacerdote, quem oferecia sacrifício e usava o sangue, primeiro por si mesmo e logo pelos pecados de outros (veja-se
também 10.19).
Evidente é que os sacrifícios de Cristo são infinitamente melhores que os da lei, que não podiam procurar o
perdão pelo pecado nem transmitir poder contra o pecado, o qual teria continuado sobre nós e teria domínio sobre
nós, porém Jesus Cristo, por um sacrifício, destruiu as obras do diabo, para que os crentes fossem feitos justos,
santos e felizes. Como nenhuma sabedoria, conhecimento, virtude, riqueza ou poder pode impedir que morra um
da raça humana, assim nada pode livrar a um pecador de ser condenado no dia do juízo, salvo o sacrifício expiatório
de Cristo; nem tampouco será salvado do castigo eterno aquele que desprezar ou rejeitar esta grande salvação.
O crente sabe que seu Redentor vive e que o verá. Aqui está a fé e a paciência da Igreja, de todos os crentes
sinceros. Dali, pois, sua oração contínua como fruto e expressão da fé deles. Amem, assim seja, vem, Senhor Jesus.

12. REMISSÃO (perdão) da penalidade do pecado.

... todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. (Atos 10:43)
1. Remissão é:
Esta palavra ("aphesis" e verbo "aphiêmi") a princípio significava "definitivamente abandonar,
descartar, mandar embora, jogar fora" (ler depois: Mat 1:19; 5:31; Heb 9:26). Mas estamos interessados
no seu uso em relação ao pecado, onde é praticamente sinônimo da palavra "perdão" ("definitivamente
abolir, mandar embora a culpa E as penalidades conseqüentes aos pecados") Ato 10:43; Mat 26:28; Luc
24:47; Heb 9:22; Rom 4:7; 8:33-34; Miq 7:18-19; Sal 103:12; Jer 31:34; ler depois: Rom 8:1; Efé 1:7; 4:32;
Col 2:13.

... todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome. (Atos 10:43)
... isto é o meu sangue; o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados. (Mateus 26:28)
E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações ...
(Lucas 24:47)
... sem derramamento de sangue não há remissão. (Hebreus 9:22)
Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos.
(Romanos 4:7)
33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem é
que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós. (Romanos 8:33-34)
... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas
segundo o Espírito. (Romanos 8:1)
Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,
(Efésios 1:7)
..., perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. (Efésios 4:32)
... vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, (Colossenses 2:13)

Deus já julgou, em Cristo, os pecados do crente, este já está definitivamente remido e imputado como justo,
nem sequer terá que comparecer nem comparecerá para ser julgado ante o trono branco!
(Remissão, mais do que apenas o perdão da penalidade, é também o perdão da culpa do pecado! E Deus vai
além, imputando-nos a justiça de Seu Filho e nos adotando como filhos!)

Miq 7:18-19 (Há uma placa "É proibido pescar", não tente desencavar o que Deus sepultou, não fique se
torturando por pecados de que você já se arrependeu, confessou, deixou, foram pagos pelo preciosíssimo sangue de
Cristo, e Deus puniu, perdoou, sepultou e esqueceu!)

Sal 103:12 (Imagine 2 foguetes que, na eternidade passada, partiram à velocidade da luz, um numa direção,
outro noutra!)

Jer 31:34 (= Heb 8:12) (O Deus onisciente ... "esqueceu" [!] total e definitivamente meus pecados!!!)

Exultemos com Davi:

1 ... Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. 2 Bem-aventurado o
homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. (Salmos 32:1-2 = Rom 4:7)
18 Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da
sua herança? ... 19 Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados
nas profundezas do mar. (Miquéias 7:18-19)
Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. (Salmos 103:12)
... lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. (Jeremias 31:34) (este
"esquecimento" significa "completamente não levar em conta")

2. Necessidade (e propiciador) da remissão

A penalidade infalível para o pecado é morte: espiritual, física e eterna (ler depois: Gên 2:17; Rom 5:12-14;
6:23). Para um homem ser salvo, esta penalidade tem que ser removida.
Agora, Deus dá a remissão a aquele que crê - recebe Seu Filho Ato 13:38-39; ler depois: Rom 8:1,33-34
(acima); 2Co 5:21.
5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
(Isaías 53:5-6)

38 ... por este se vos anuncia a remissão dos pecados. 39 E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser
justificados, por ele é justificado todo aquele que crê. (Atos 13:38-39)

3. Paciência versus remissão

Como puderam ser salvos os crentes do VT? Ato 13:39a (abaixo). E por que Deus não nos destruiu antes de
crermos? A resposta está na paciência de Deus, antes da remissão ser efetivada pela aplicação do sangue de Cristo
aos crentes.
Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos
pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; (Romanos 3:25).
a. "Remissão" = ato de definitivamente abolir, mandar embora as penalidades conseqüentes aos pecados,
neste caso os pecados dos santos do VT.
b. "Paciência" = ato de reter alguma coisa, neste caso a ira de Deus sobre aqueles pecados. Sal 50:16-22; Ato
14:16 + 17:30.
Como foi possível Deus remir, perdoar?!... Isto é, como reconciliar Sua santidade e justiça (infalível) com Sua
misericórdia e graça?!... Este problema foi gloriosamente resolvido por Cristo ao qual "Deus propôs para
propiciação" Rom 3:25 (acima); Ato 13:38-39. Isto, então, tornou-se o grande cumprimento da predição
A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. (Salmos 85:10).

Então Paulo pode escrever com absoluta confiança:


Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que
tem fé em Jesus. (Romanos 3:26)

Rever estudos sobre "Substituição" e sobre "Propiciação", em "Soteriologia".


38 ... por este se vos anuncia a remissão dos pecados. 39 E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser
justificados, por ele é justificado todo aquele que crê. (Atos 13:38-39)

... 21 Estas
coisas tens feito,
e eu me calei;
pensavas que era
tal como tu, mas
eu te argüirei, e
as porei por
ordem diante
dos teus olhos:
22 Ouvi pois isto,
vós que vos
esqueceis de
Deus; para que
eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre. (Salmos 50:16-22)

O qual nos tempos passados suportou todas as nações andarem em seus próprios caminhos. (Atos 14:16)
[tradução da KJB]

Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar,
que se arrependam; (Atos 17:30)
4. Imparidade da remissão

De todas as palavras-chave do vocabulário da salvação, somente remissão tem a ver com subtração (da nossa
penalidade), todas as outras falam de gloriosa adição (de alguma maravilhosa faceta da maravilhosa graça de Deus).
(Remissão subtrai nossa culpa e penalidade; todas as outras palavras-chave adicionam algum determinado
aspecto da graça de Deus)

O animal sacrificado para cobrir o homem prefigurava Cristo.

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há
remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as
próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por
mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Hebreus
9:22-24
Por que o perdão requer o derramamento de sangue?

Este não é um decreto que vem de parte de um Deus sanguinário, como alguns sugeriram. Não há um melhor símbolo de
vida que o sangue: ela nos mantém vivos. Jesucristo derramou seu sangue e deu sua vida por nossos pecados de modo que não
tivéssemos que sofrer a morte espiritual, que significa separação eterna de Deus. Jesucristo é a fonte de vida, não de morte, e O
ofereceu sua própria vida para pagar nossa dívida de maneira que pudéssemos viver. depois de derramar seu sangue por nós,
ressuscitou vitorioso do sepulcro e proclamou sua vitória sobre o pecado e a morte.
Em certo modo não entendemos de forma total em que o tabernáculo terrestre foi um reflexo e um símbolo das
realidades celestiales. Essa purificação das coisas celestiales pode mas bem interpretar-se como uma referência à obra espiritual
de Cristo por nós no céu (veja-a nota em 8.5).
Em meio das referências a sacerdotes, tabernáculos, sacrifícios e outros conceitos que nos resultam desconhecidos,
chegamos à descrição de Cristo como nosso mediador que se apresenta por nós ante Deus. Podemos nos identificar com essa
função e nos sentir respirados por ela. Cristo está de nossa parte ao lado de Deus. O é nosso Senhor e Salvador. O não está ali
para convencer ou lhe recordar a Deus que nossos pecados foram perdoados, a não ser para apresentar nossas necessidades e
também nosso serviço ao como uma oferenda (veja-se 7.25).
Todas as pessoas morrem fisicamente, mas Cristo morreu para que nós não tivéssemos que morrer espiritualmente.
Podemos ter uma maravilhosa confiança em sua obra de salvação a nosso favor, tirando nosso pecado passado, presente e
futuro. O perdoou nossos pecados do passado; quando morreu na cruz, O se imolou uma vez para sempre (9.26); O nos enviou o
Espírito Santo para nos ajudar a enfrentar o pecado presente; O se apresentou por nós no céu como nosso Supremo Sacerdote
(9.24); e prometeu retornar (9.28) e nos ressuscitar a uma vida eterna em um mundo em que não se permitirá o pecado.
A "consumação dos séculos" se refere ao tempo da vinda de Cristo à terra em cumprimento das profecias do Antigo
Testamento. O entrou na nova época de graça e de perdão. Ainda estamos vivendo na consumação dos séculos". O dia do
Senhor começou e terminará quando Cristo retorne.
O PACTO ANTIGO E O PACTO NOVO
Da mesma forma em que se destaca a similitude e as diferenças entre a fotografia de uma pessoa e a pessoa real, o
escritor de Hebreus mostra a relação entre o antigo pacto mosaico e o novo pacto messiânico. O prova que o pacto antigo foi
uma sombra de um Cristo real.

O pacto antigo sob o Moisés: Oferendas e sacrifícios para os culpados de pecado


O novo pacto em Cristo: Imolação do Cristo imaculado
Aplicação : Cristo morreu por você

O pacto antigo sob o Moisés: Enfocado em um edifício físico ao que alguém vai adorar
O novo pacto em Cristo: Enfocado no reino de Cristo estabelecido no coração dos crentes
Aplicação : Deus participa da vida de você

O pacto antigo sob o Moisés: Uma sombra


O novo pacto em Cristo: Uma realidade
Aplicação : Não é temporal a não ser eterno

O pacto antigo sob o Moisés: Promessas limitadas


O novo pacto em Cristo: Promessas sem limite
Aplicação : Podemos confiar nas promessas de Deus para nós

O pacto antigo sob o Moisés: Acordos incumplidos pela gente


O novo pacto em Cristo: Acordos cumpridos por Cristo
Aplicação : Cristo cumpriu com o compromisso onde a gente não pôde

O pacto antigo sob o Moisés: Normas e regras externas


O novo pacto em Cristo: Normas internas: um novo coração
Aplicação : Deus vê tanto a conduta como os motivos; somos responsáveis ante Deus, não ante as regras

O pacto antigo sob o Moisés: Acesso limitado a Deus


O novo pacto em Cristo: Acesso ilimitado a Deus
Aplicação : Deus é pessoalmente acessível

O pacto antigo sob o Moisés: Limpeza legal


O novo pacto em Cristo: Limpeza pessoal
Aplicação : A limpeza de Deus é perfeita

O pacto antigo sob o Moisés: Sacrifício contínuo


O novo pacto em Cristo: Sacrifício perfeito
Aplicação : O sacrifício de Cristo foi perfeito e supremo

O pacto antigo sob o Moisés: Perdão que ganha


O novo pacto em Cristo: Perdão que se recebe grátis
Aplicação : Temos a verdade e o perdão completo

O pacto antigo sob o Moisés: Repetido anualmente


O novo pacto em Cristo: Completado pela morte de Cristo
Aplicação : A morte de Cristo pode aplicar-se ao pecado de você

O pacto antigo sob o Moisés: Disponível para alguns


O novo pacto em Cristo: Disponível para todos
Aplicação : Ao seu dispor
Êxodo 12. 1-7

1 E falou o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:


2 Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um
cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
4 Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua
casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
5 O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou
das cabras Lv 1:3; Lv 22:21; Ml 1:8; 1Pe 1:19;
6 e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de
Israel o sacrificará à tarde.
7 E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o
comerem.

É a Páscoa do Jeová : A festa da Páscoa, por estar relacionada com a liberação dos israelitas de sua escravidão
no Egito, é a comemoração anual mais importante para o povo judeu (cf. Lv 23.5; Nm 9.1-5; 28.16; Dt 16.1-2). No NT
adquire um significado especial para os cristãos, já que se interpreta como figura da obra redentora de Cristo, o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Cf. especialmente MT 26.2-29; 1 CO 5.7; 1 Pe 1.18-19, e
vejam-se Jo 19.14 N.; 19.36 N.
Algumas festas foram instituídas Por Deus mesmo. A Páscoa era uma festividade designada para celebrar a
liberação do Israel do Egito e para recordar ao povo o que Deus fez. Também, as festas podem ser importantes hoje
em dia, como avisos anuais do que Deus tem feito por nós. Desenvolva tradições em sua família para fazer ressaltar
o significado religioso de certas festas. Estas servem como avisos para a gente maior e como experiências de
aprendizagem para os jovens.
Para que os israelitas se salvassem da praga da morte, tinham que matar um cordeiro sem defeitos e colocar
seu sangue nos Marcos das portas de cada casa. por que sacrificaram um cordeiro os hebreus? Ao matar um
cordeiro os israelitas estavam derramando sangue inocente. O cordeiro era um sacrifício, um substituto da pessoa
que se supunha devia morrer na praga. Desde este ponto em adiante, o povo hebreu teria um entendimento claro
de que o ser farelos de cereais da morte significava que outra vida devia ser sacrificada em seu lugar.
A festa da Páscoa era uma celebração anual para recordar a noite quando o anjo do Jeová "passou sobre" as
casas dos israelitas. Os hebreus seguiram as instruções de Deus e colocaram o sangue do cordeiro nos postes das
portas de suas casas. Essa noite o primogênito de cada família que não tivesse sangue nos lhes dente da porta seria
morto. O cordeiro tinha que matar-se para proporcionar o sangue que os protegeria. (Isto anunciava o sangue de
Cristo, o Cordeiro de Deus, que deu seu sangue pelos pecados do mundo.) dentro de suas casas, os israelitas
comeram um jantar de Páscoa que incluía cordeiro assado, ervas amargas e pão sem levedura. O pão sem levedura
se podia fazer rapidamente já que não tinham que esperar a que levedasse. Assim poderiam estar preparados para
sair em qualquer momento. As ervas amargas significavam a amargura da escravidão.

O livro de Juízes revela um princípio divino imutável: quando Deus usa grandemente uma pessoa no seu
serviço, “vem sobre ele o Espírito do Senhor”. No início do ministério de Jesus, o Espírito desceu sobre Ele por
ocasião do seu batismo. Antes de subir ao Pai, Jesus mandou seus discípulos aguardarem a promessa do Espírito; a
razão para isso foi que receberiam poder quando o Espírito Santo viesse sobre eles. Em ambos os concertos, o modo
de Deus derrotar o inimigo e promover o avanço do seu reino é mediante a energia, força e poder do Espírito Santo
operando através de instrumentos humanos submissos e obedientes.
Livro de Rute

Um estudo tipológico de Ruth

O livro de Rute é uma maravilhosa história de amor entre duas pessoas muito diferentes. Ruth é uma pobreza
viúva Gentile ferido que se encontra com um judeu rico e poderoso com o nome de Boaz. Eles se casam no final da
história, e eles estão na linha genealógica de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Além de ser uma história
literalmente verdadeira, Ruth é uma figura maravilhosa da noiva de Cristo, e Boaz é uma bela imagem de nosso
Redentor. Tragédia e infortúnio cicatriz Naomi, e ela é um retrato surpreendente exato da nação de Israel.

O livro de Rute é rica em tipologia que retrata o desdobramento do plano de Deus de redenção. O livro é
abrangente na sua tipologia, na medida em que revela as relações de Deus com a noiva de Cristo e da nação de Israel
ao longo dos tempos, até o final do período da tribulação, quando Israel e sua terra são resgatados pelo Redentor,
Kinsman, Jesus Cristo.

A maioria dos trabalhos sobre Ruth têm enfatizado Boaz como um tipo de Jesus Cristo Redentor, e Ruth como
um tipo da Igreja. Isto é parcialmente verdade, pois Ruth é um tipo de noiva de Cristo, mas ela não representa toda a
Igreja. Rute e Orfa juntos tipificar toda a Igreja, e Rute tipifica os membros fiéis da Igreja que se a noiva de Cristo. É
Ruth, que se apega a Naomi mesmo em sua condição de pobreza-golpeados. É Orfa quem vai voltar para Moabe, um
tipo de sistema mundial dos gentios.

O tipo de Naomi segue a história de Israel, exatamente. Sua permanência na terra "é um retrato da existência
de Israel na terra de Israel, por um período de tempo. A dispersão da família de Naomi pela fome na terra, é um
retrato da pobreza espiritual de Israel no tempo de Cristo, ea dispersão de Israel para as nações dos gentios em 70
dC com a invasão de Israel pelo general romano Tito. Os sofrimentos e provações de Naomi em Gentile Moab
seguem o padrão exato das profecias de Deus sobre perseguições de Israel entre as nações dos gentios. O regresso
de Naomi com a notícia "boa" da fertilidade restaurada na terra tem sido experimentado pela nação de Israel em
1948 e até o presente momento. Assim como Naomi voltou para a terra, mas não recebe a sua herança perdida após
a colheita, Israel está em sua terra, mas ela ainda não tem posse total do mesmo. Israel será totalmente possuir a
terra após a colheita da Igreja é completo, e na noite escura de debulha (ie, a tribulação) não está completamente
terminado. A terra que Deus deu a Israel inclui a Península do Sinai, Síria e parte do Iraque, Jordânia e Arábia
Saudita, assim que Israel ainda é despojado da maior parte das suas terras. A maioria da terra e da riqueza do
petróleo dos países árabes irão pertencer a Israel, quando ela recebe sua herança completa.

Rute e Orfa prefiguram a Igreja. Como os gentios sob a maldição e distante de Deus, ambos são levados para a
família de Deus através do "exílio" ou Diáspora de Israel. Ambos acreditam em Deus de Noemi e ambas seguem
Noemi da terra de exílio para a terra da promessa. É Ruth, que cruza o rio Jordão para a terra, mas Orfa volta-se
antes que ela cruza o Jordão. Crossing Over A Jordânia é um modelo para entrar no espírito cheio de vida, tão
somente Ruth entra na vida cheia do Espírito. Orfa não o fizer. Isso não nega o fato de que Orfa ainda era parte da
família de Deus, mesmo que ela voltou para o mundo. Por conseguinte, Orfa tipifica o infiel membros da Igreja que
estão espiritualmente salva, mas não vá para a maturidade na fé.

É Ruth, que vai para a eira à meia-noite e fica aos pés de Boaz, durante toda a noite de debulha. É à meia-noite
que Boaz aceita tomar Ruth como sua noiva, mas não é até o dia amanhecer que Boaz como o Parente Redentor,
redime-terra de Naomi.

NOTA: Atualmente, no momento, estamos no ponto em que Ruth está prestes a ir para a eira à meia-noite a
deitar-se aos pés de Boaz, para a longa noite de debulha. É tempo de a noiva de Cristo para ir e mentir aos pés de
Jesus até a manhã quando Jesus vai voltar para seus irmãos, os judeus e resgatá-los e as suas terras. No tipo, a
principal colheita Rapture ocorre no momento da quarta vigília da noite, que é 3:00 ou um pouco antes da parte
mais escura da noite. The Rapture Primícias ocorre na terceira vigília da noite, que é meia-noite. O período entre
12:00 à meia-noite e 3h00 representa a primeira metade do período da tribulação. O período entre 3:00 AM e
nascer do sol representa a última metade do período da tribulação. A primeira metade do período da tribulação é a
"hora do julgamento" para o corpo principal da Igreja. A última metade do período da tribulação é o "tempo de
angústia para Jacó". A Igreja é perseguida durante a hora do julgamento. Israel é perseguida durante o "tempo de
angústia de Jacob.

A palavra Páscoa – Pessach, em hebraico –significa passagem. Para os judeus, ela representa a travessia pelo
mar Vermelho, quando o povo liderado por Moisés passou da escravidão do Egito para a liberdade na Terra
Prometida. “Para os cristãos, ela tem um sentido mais metafísico. Representa a passagem de Cristo pela morte”,
afirma o teólogo Fernando Altmeyer Júnior, da PUC de São Paulo, referindo-se à tradição de que Jesus teria
ressuscitado no terceiro dia após a crucificação.
Segundo Altmeyer, a Páscoa cristã recebeu o nome da comemoração judaica porque a Paixão de Cristo
aconteceu no início do Pessach – a festa judaica dura sete dias em Israel e oito em outros lugares. A cerimônia
conhecida como Última Ceia teria sido um Seder, o tradicional jantar realizado na véspera do início da Páscoa
judaica.

Apesar de receberem o mesmo nome, as duas celebrações não ocorrem necessariamente em datas
coincidentes. A Páscoa cristã é comemorada no primeiro domingo de lua cheia depois do equinócio de primavera (de
outono, no hemisfério sul). Já as comemorações da Páscoa judaica têm início na primeira lua cheia do mesmo
equinócio. O início do Pessach e a Páscoa cristã podem cair no mesmo dia, mas isso dificilmente ocorre. Neste ano,
por exemplo, os judeus fazem o Seder no dia 5 de abril, uma segunda-feira. Já os cristãos comemoram a ressurreição
de Cristo no dia 11 do mesmo mês.

A festa dos judeus

A páscoa judaica (Pesach) foi instituída na época de Moisés, para agradecer a Deus a libertação do povo de
Israel escravizado no Egito. Sua celebração ocorre de acordo com o calendário judaico (163 dias antes do início do
ano judaico), correspondendo,

Ela é marcada sobretudo pela refeição (Seder) pascal, que é feita em família e se compõe de iguarias que
rememoram e simbolizam os momentos da libertação. No jantar, o cordeiro assado lembra a imolação do cordeiro
de outrora que, junto com pães sem fermento (pão ázimo) e ervas amargas, serviram de alimento ao povo hebreu,
na saída do Egito.

Instruído por Deus, Moisés orientou aos israelitas a usarem o sangue do mesmo cordeiro que os alimentaria
para marcar as ombreiras das portas de suas casas, de modo que fossem poupados quando o anjo do Senhor
passasse, ferindo todos os primogênitos do Egito, tanto dos homens quanto dos animais, como forma de
desestimular o faraó a manter o povo hebreu cativo.

O pão ázimo relembra a falta de tempo para fermentar a massa do pão na saída apressada e as ervas amargas
simbolizam a vida de amargura que os israelitas viveram nos 430 anos de permanência em terra egípcia. Fazem
parte ainda da mesa pascal judaica, ervas doces e molho doce, recordando às famílias que a servidão se tornou
doçura, graças à salvação.

No dia anterior à celebração faz-se uma profunda limpeza da casa, procurando não deixar nada fermentado,
para ensinar às novas gerações que só é permitido comer pães ázimos, conforme a prescrição do livro do Êxodo.

Assim, a páscoa judaica reafirma a identidade deste povo, celebra a vitória sobre o sofrimento e anuncia uma
nova vida de liberdade e de esperança na terra prometida.

A festa dos cristãos

Celebrada sempre num domingo, a razão da páscoa cristã é a ressurreição de Cristo, o filho de Deus, que se
fez homem e habitou entre os homens.

Ao ser preso e acusado pelos doutores da lei por se denominar filho de Deus, Jesus Cristo é crucificado e
morto. Como o próprio Jesus antecipou, sua ressurreição acontecem três dias após sua morte, confirmando a
promessa de vida após a morte. Para os cristãos, a páscoa é a festa da esperança na vida eterna. A privação de carne
de animal e de ave durante a sexta-feira da Paixão de Cristo serve para recordar aos cristãos que o próprio Deus se
tornou o cordeiro imolado para libertar seu povo de seus pecados e lhe permitir, assim, a vida eterna.
Fora esta restrição alimentar, que antecede a páscoa, os cristãos comemoram o dia com o almoço em família,
servindo os pratos de sua predileção e presenteando os entes queridos e as crianças com ovos de páscoa.

Os cristãos primitivos foram os primeiros a dar ovos coloridos para simbolizar a ressurreição, como início de
uma nova vida. Os ovos não eram comestíveis como hoje. Eram ocos e decorados com figuras religiosas. Agora,
fazem a alegria da garotada e da indústria do chocolate.

Tanto para judeus quanto para cristãos, a páscoa é uma data marcante porque tem em comum a vitória sobre
a dor e reativam a esperança por uma vida melhor. Em tempos tão atribulados, individualistas e de mitos
passageiros, ambas ensejam a união e o encontro familiar, seja pela fé ou pela tradição.
Bibliografia:

http://biblehub.com/greek/4991.htm;

http://biblehub.com/greek/4982.htm ;

http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/09-SubstituicaoVicaria-Helio.htm

Bíblia de Estudo de Genebra, Editora Cultura Cristã. Berkhof, Louis. Teologia Sistemática, Campinas, Luz para o
Caminho.; - Chafer, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, São Paulo, Hagnos.; - Dagg, John Leadley. Manual de
Teologia, S. J. Campos, Fiel.; - Erickson, M.J. Introdução à Teologia Sistemática, São Paulo, Vida Nova.; - Grudem,
Wayne. Teologia Sistemática, São Paulo, Vida Nova.; - Hodge, Charles. Teologia Sistemática, São Paulo, Hagnos.; -
Langston, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, Rio de Janeiro, JUERP.; - Severa, Zacrias de Aguiar. Manual de
Teologia Sistemática. Curitiba. A. D. Santos Editora.; - Strong, A.H. Teologia Sistemática, São Paulo, Hagnos.; -
Thiessen, Henry C. Palestras em Teologia Sistemática, São Paulo, Imprensa Batista Regular.; - Ron Crisp. Estudo Sobre
Espírito Santo - Tradução: Albano Dalla Pria - J. I. Packer , "O Conhecimento de Deus", Champlin, Normam.
Enciclopédia De Bíblia Teologia E Filosofia Champlin 5 Vol, Hagnos.

Sobre o autor:

RODRIGO EZEQUIEL PINHEIRO ALVES DA SILVA, Casado com Franceline Pimenta.


Presbítero da ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTERIO DE MADUREIRA EM RIO CLARO SP, presidida pelo Pastor
Marcos Fogaça.
BACHAREL EM TEOLOGIA MEC pelo Eted - Seminário Teológico Nazareno De Rio Claro – Sp . Atualmente esta
GRADUANDO EM LICENCIATURA (HISTÓRIA) na ANHANGUERA.
Professor acadêmico de Teologia FAITE/UNIMARTIN; leciona atualmente para os cursos Teológicos do nível
básico ao nível bacharel.
CEL/WHATSAPP (19) 989757165 - Rio Claro SP . FACEBOOK: FACULDADE FAITE EM RIO CLARO/ RODRIGO
EZEQUIEL https://www.facebook.com/FAITERC https://www.facebook.com/rodrigodecristo
CANAL NO YOUTUBE: RODRIGO EZEQUIEL https://www.youtube.com/channel/UCFIl_hnAu9KQ5LQE4w8RVtA
1. Doutrina da Salvação
1.1. Etimologia de salvação

“Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é
riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em
nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou
juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos
vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras,
para que ninguém se glorie;” Efésios 2:3-9

O que é salvação? Jesus encarnou para nos salvar do que? Essas perguntas são muito recorrentes até para
evangélicos. Mas o que significa a salvação? Após o pecado de nosso primeiro pais todos nós herdamos essa
propensão para pecar e consequentemente a morte, resultante desse pecado (Rm 5.12; 6.23), portanto a salvação é
primeiramente nos livrar desse pecado e com isso nos dar vida eterna (Rm 5.18,19; 6.22; 8.1,2). O pecado nos fazia
necessariamente inimigos de Deus e, portanto alvos de sua ira (Ef 2.3), mas por amor a nossas vidas, Deus enviou
seu Filho para nos salvar (Jo 3.16; Rm 5.8) dessa ira e nos reconciliar com Ele (Ef 2.4,5). Essa salvação é uma dadiva
de Deus (Ef 2.8,9) a todos os que aceitarem Jesus como salvador (Jo 1.11,12; 1 Jo 5.20).

1.2. A visão da salvação

“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência; Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo
a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
Efésios 2:1-3

O pecado faz separação entre nós e Deus (59.2), a situação do homem sem Deus é de morte espiritual
(separação entre Deus é o homem; Ef 2.1), todos nós antes de aceitarmos Jesus estávamos nessa situação, mortos
espiritualmente (Rm 8.9,10) e controlados pela carne e pelos agentes da tentação (Rm 8.5; Ef 2.2),
consequentemente estávamos destinados à ira eterna de Deus, ou seja, morte eterna (Rm 6.22,23; Ef 2.3).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós
ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos
ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar
nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo
Jesus.” Efésios 2:4-7

Nossa situação era de morte e nada do que fizéssemos poderia revogar essa sentença (Ef 2.9), porem o amor
de Deus nos vivificou estando ainda mortos como estávamos (Ef 2.5), e Cristo rasgou nossa sentença de morte (Cl
2.14). Vivificou nosso espirito (Jo 3.5,6), dando-nos toda sorte de bênçãos através dessa graça (Ef 1.3), incluindo a
vida eterna (Rm 3.23; Ef 2.7; 1 Jo 5.11,12).
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das
obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras,
as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Efésios 2:8-10

Graça significa o amor imerecido de Deus ao ser humano, é um presente eterno que em Cristo Jesus nos livra
da morte e condenação. Para acessar essa graça é muito simples, precisa somente crer no evangelho (Rm 10.17; Ef
2.8). Essa salvação não adquirimos por esforços e justiça própria (Ef 2.8,9) e sim pela graça de Deus em nossas vidas.

1.3. Os 3 processos da salvação

1.4. Os 3 aspectos da santificação

2. O primeiro processo da salvação: Santificação inicial


3. Justificação

O pecador recebe a justificação no ato de aceitar Jesus, assim que se arrepende de seus pecados e recebe Jesus
como Senhor e salvador (Rm 5 1,2), é a primeira parte do processo de salvação, chamado salvação ou santificação
inicial (a santificação tem 3 passos: inicial que é a justificação e a regeneração, a continua ou santificação
propriamente dita e a santificação final ou a glorificação, que acontecerá depois do arrebatamento). Antes ele era
considerado inimigo de Deus (Rm 5.10) e por seus pecados condenado a morte eterna (Rm 6.23), a Palavra nos
garante que todos os seres humanos pecaram (Rm 3.23) e por isso permanecem distanciados de Deus (Is 59.2). A
justificação é o ato de transferir nossa condenação a Cristo (Gl 1.4; 1 Pe 1.18, 19;3.18), segundo a lei só existe um
veredito para o pecado, a morte (Rm 6.23), porem, na cruz Deus em Jesus pagou nossa sentença (2 Co 5.18,19)
morrendo em nosso lugar (Rm 5.17,18; 2 Co 5.21). Sendo assim, antes éramos considerados culpados por nossos
pecados (Rm 3.23) e consequentemente sentenciados a morte (Rm 6.23), agora somos em Cristo considerados
justificados (Rm 3.24; 2 Co 5. 19-21) e amigos de Deus (Rm 5.8-10).

A justificação é considerada um ato legal, onde o pecador é declarado justo perante Deus (2 Co 5.21), mediante
o sacrifício de Jesus no calvário, sua culpa é removida (Rm 8.1-3), e seus pecados perdoados (Rm 3.24,25), tornando
se assim reconciliado com Deus (Rm 5.9-11; 2 Co 5.18,19). Podemos ilustrar esse ato como “um tribunal”, onde o
pecador é condenado por seus pecados e a sentença para esse ato é a morte, mas, nesse momento nosso advogado
intercede em nosso favor, mostrando que em si cumpriu a justiça da lei. O juiz então mediante esse cumprimento de
justiça de Cristo nos considera justos ou justificados. Os benefícios da justificação só podem ser acessados pela fé
(Rm 5.1,2), por meio dela entendemos que pela graça somos salvos (Ef 2.8,9), através do sacrifício de Cristo (Rm 5.8-
10). Após crermos temos acesso às bênçãos da justificação:

1ª Benção: Paz com Deus (Rm 5.1), antes de aceitarmos Jesus éramos naturalmente filhos da ira e inimigos de
Deus (Rm 5.10; Ef 2.3).

2ª Benção: Acesso a graça (Rm 5.2), Após crermos em Jesus recebemos o perdão dos pecados e a salvação (Ef
2.,9; 4.32).

3ª Benção: Esperança do céu (Rm 5.2,3): A justificação pela fé nos traz a maior esperança que existe, a
expectativa de um dia morar com Deus na glória (Jo 14.2; Hb 11.13-16; Ap 21.3,4).

4ª Benção: Alegria verdadeira (Rm 5.3): A alegria do servo de Deus não é momentânea, ela é um estado
permanente, não importa a situação (Mt 5.1-12), a paz de Deus também tem o poder de exceder qualquer
entendimento (Fp 4.7).

5ª Benção: Receber o amor de Deus pelo Espirito (Rm 5.5), Deus já nos amou mesmo antes de aceitarmos Jesus
(Jo 3.16; Rm 5.8), porem após a justificação ele é derramado internamente em nós através da ação do Espirito (Rm
5.5), o Espirito passa morar dentro de Nós (Rm 8.9-11) e declarar em nosso coração que somos filhos de Deus (Rm
8.16,17).

4. Regeneração
A regeneração é um processo simultâneo ao da justificação, enquanto a justificação é considerada um ato
legal e é ilustrada como um tribunal, a regeneração é um ato cerimonial que acontece dentro do salvo e é ilustrada
como um ato de adoção. O processo da regeneração começa com o pecador ouvindo a Palavra de Deus (Rm 10.17),
após a Palavra chega a seu Espirito (Hb 4.12), ele crendo, recebe o Espirito dentro dele (Ef 1.13) e seu espirito nasce
da agua e do Espirito (Jo 3.5), após esse novo nascimento (Jo 3.3) Seu Espirito é regenerado (nascer de novo) e o
homem é adotado na família de Deus (Rm 8.15-17), e consequentemente salvo em Cristo Jesus (Rm 8.17).

A regeneração é considerada um segundo nascimento (Jo 3.3), onde se nasce espiritualmente (Jo 3.5),
adquirindo uma natureza espiritual (Jo 3.6,7), esse evento também pode ser chamado conversão, ou mudança de
rota (At 26.18; 1Tm 1.9;Tt 3.5). A conversão é deixar as inclinações da carne (Rm 8.5,6) e viver segundo a nova
natureza espiritual (Rm 8.1,9,10), passando a ser uma nova criatura em Cristo Jesus (Co 5.17,18).

Um símbolo poderoso da regeneração é o batismo nas águas, onde representa que o pecador morre para o
mundo e renasce para Deus. Quando diz que devemos nascer da agua e do Espirito (Jo 3.5) é como ser realmente
gerado pelo espirito de Deus e nascer uma nova Criatura com uma natureza espiritual (Rm 8.1,2; 2 Co 5.15-18).
A regeneração também é chamada de santificação inicial ou instantânea, pois o regenerado é santificado
instantaneamente (1 Co 6.11) e inicia o processo de santificação continua (2 Co 3.18), até que esse chegue à estatura
de varão perfeito (Ef 4.13).

4.1. Texto base para Regeneração


“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não
pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te
digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é
nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito:
Necessário vos é nascer de novo.” João 3:3-7

Nesse texto vemos um dos diálogos mais inteligentes e importantes da Bíblia, Nicodemos mestre em Israel
procura escondido Jesus, o mestre dos mestres, Jesus acostumado a destilar sua inteligência de maneira simples
para pessoas menos cultas, agora trata de questões teológicas profundas com um dos maiores conhecedores da
Palavra de Israel. A motivação que levou Nicodemos procurar o Senhor é a genuína preocupação com a sua salvação,
pois ele entendia que pela lei ninguém poderia se salvar, já que para se salvar por méritos próprios precisaria ser
perfeito e nunca cometer uma transgressão em toda vida. Quando Jesus diz que é necessário nascer de novo,
Nicodemos entende que deve voltar para a madre de sua mãe e nascer de novo, mas porque falou isso? Na verdade
Nicodemos reproduziu um consenso dos mestres de Israel, pois depois de muito deliberar como poderiam se salvar
pela lei, chegaram à conclusão que a única chance de se salvar era depois de conhecer toda lei, nascer de novo com
todo o conhecimento, para que assim pudesse evitar todos os pecados (lembrando que pecado involuntário também
é pecado, Lv 4). Entendendo esse fundo cultural podemos entender melhor a passagem, Cristo ao referir-se nascer
de novo ele estava se referindo a nascer com uma segunda natureza, a espiritual, pois Deus é Espirito e todos o que
se aproximam Dele devem fazer em espirito (4.23,24).

4.2. Aspecto da Regeneração


A regeneração é o aspecto da salvação no qual o pecador morto – com todas as suas faculdades da alma em
ruína moral, paralisado em relação a Deus e à santidade, totalmente incapaz de agradar a Deus – torna-se filho de
Deus, passando a gostar de tudo aquilo que é de Deus. A regeneração pode ser explicada através de palavras chaves
que descrevem seu aspecto, a baixo veremos as palavras que melhor descrevem a regeneração.
4.3. A necessidade da Regeneração
A regeneração é a necessidade mais profunda e universal de todos os homens — uma mudança radical e
completa da natureza e caráter do homem em sua totalidade. Toda a natureza do homem ficou deformada pelo
pecado (Rm .10-12;5.12; Ef 2. 1-3), a herança da queda; essa deformação moral reflete-se em sua conduta e em
todas as suas relações. Antes que o homem possa ter uma vida que agrade a Deus, seja no presente ou na
eternidade, sua natureza precisa passar por uma transformação tão radical, que seja realmente um segundo
nascimento. O homem não pode transformar-se a si mesmo; essa transformação terá que vir de cima (Ef 2. 4-9).

4.4. Os meios da Regeneração


(a) O Espirito Santo: O Espírito Santo é o agente especial na obra de regeneração. Ele opera a transformação na
pessoa. (João 3:6; Tito 3:5.) Contudo, todas as Pessoas da Trindade operam nessa obra. Realmente as três
Pessoas operam em todas as divinas operações, embora cada Pessoa exerça certos ofícios que lhe são
peculiares. Dessa forma o Pai é preeminentemente o Criador; contudo, tanto o Filho como o Espírito Santo
são mencionados como agentes na criação. O Pai gera (Tia. 1:18) e no Evangelho de João, o Filho é
apresentado como o Doador da vida. (Vide caps. 5 e 6.)
(b) Jesus Cristo: Cristo tem uma participação especial n a regeneração do homem. É ele o Doador da vida. De
que maneira ele vivifica (lembrando que regeneração é nascer de novo) os homens? Vivifica-os por morrer
por eles, de forma que, ao comerem sua carne e beberem seu sangue (que significa crer em sua morte
expiatória), eles recebem a vida eterna. Qual é o processo de conceder a vida aos homens? Uma parte da
recompensa de Cristo era a prerrogativa de conceder o Espírito Santo (Vide João 3:3,13; Gál.3:13,14), e ele
ascendeu para que pudesse tomar-se a Fonte da vida e energia espiritual (João 6:62; Atos 2:33).
(c) O Pai: O Pai tem vida em si (João 5:26); portanto, ele concede ao Filho ter vida em si; o Pai é a Fonte do
Espírito Santo, mas ele concede ao Filho o poder de conceder o Espírito; desta forma o Filho é um "Espírito
vivificante" (1 Cor. 15:45), tendo poder, não somente para ressuscitar os mortos, fisicamente, (João 5:25,26)
mas também vivificar as almas mortas dos homens. (Vide Gn 2:7; João 20:22; 1 Cor. 15:45.)
(d) O arrependimento humana: Estritamente falando, o homem não pode cooperar no ato de regeneração, que
é um ato soberano de Deus; mas o homem pode tomar parte na preparação para o novo nascimento. Qual é
essa preparação? Resposta: Arrependimento e fé. 4.

5. A adoção
A adoção também acontece no mesmo processo de Salvação inicial, ao mesmo tempo em que ocorrem a
justificação e a regeneração. A justificação é um ato legal que lembra um tribunal, a regeneração é um ato
cerimonial que ilustra uma ação interior de novo nascimento e purificação, já a adoção é considerado um ato
familiar onde o recém salvo é admitido na família de Deus. Após aceitar o evangelho o pecador é considerado
justificado por Deus em Cristo Jesus, nesse instante o Espirito Santo vivifica seu espirito e ele nasce de novo, mas
agora espiritualmente, ao nascer ele é automaticamente adotado na família de Deus, já que Deus é Espirito seus
filhos também, devem o ser.

Ao empregar a expressão “adoção” (Ef 2.5; Rm 8.14-17 e Gl 4.5-7), Paulo tinha em mente o que conhecia do
processo legal de adoção, que era muito comum na Roma antiga. Naqueles dias, uma família de posses, podia
resgatar uma criança da escravidão e integrá-la noutra família. Numa cerimônia, o pai adotante comparecia diante
de um juiz e de uma testemunha, mantendo o preço da criança numa das mãos, e a própria criança na outra. Dizia à
criança: “você quer ser meu filho”? Se a criança respondesse afirmativamente, o homem diria as testemunhas:
“declaro esta criança meu filho (a), de acordo com a Lei Romana. Ela foi comprada com este dinheiro”. Daquele
momento em diante, a criança tornava-se membro legitimo da nova família, tomava o nome do pai da família e
tornava-se herdeiro do patrimônio daquela família.

6. O segundo processo da salvação: Santificação continua

7. A Santificação
7.1. A natureza da Santificação
Podemos observar que "santificação", "santidade", e "consagração" são sinônimas, como o são: "santificados" e
"santos". Santificar é a mesma coisa que fazer santo ou consagrar. A palavra "santo" pode ser explicado através das
definições:

(a) Separação: Etimologicamente “santo” significa literalmente “separado”, aplica-se primariamente a


definição "Santo" para descrever a natureza divina (atributo comunicável). Seu significado primordial é
"separação”; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus e que o torna separado de tudo
quanto seja terreno e humano, isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade.
(b) Dedicação: Santificação inclui tanto a separação para se dedicar a Deus, como dedicação a alguma coisa
que Deus escolheu; essa é "a condição dos crentes ao serem separados do pecado e do mundo e feitos
participantes da natureza divina, e consagrados à comunhão e ao serviço de Deus por meio do
Mediador" Jesus Cristo.
(c) Purificação: Embora o sentimento primordial de "santo" seja separação para serviço, inclui também a
idéia de purificação, pois aquele é separado por Deus deve ser purificado de seus pecados. O caráter de
Deus age sobre tudo que lhe é consagrado (através de seus atributos comunicáveis). Portanto, os
homens consagrados a ele participam de sua natureza. As coisas que lhe são dedicadas devem ser limpas.
Limpeza é uma condição de santidade, mas não a própria santidade, que é, primeiramente, separação e
dedicação.
(d) Serviço: A aliança de santificação é um estado de relação entre Deus e os homens no qual ele é o Deus
deles e eles o seu povo santo, o que significa um povo adorador e separado para seu serviço. A palavra
"santo" expressa essa relação contratual de ser submetido a uma separação do mundo e para Deus.
Servir a Deus, nessa relação, significa ser sacerdote; por conseguinte, Israel é descrito como nação santa
e reino de sacerdotes (Êxo. 19:6). Qualquer impureza que venha a desfigurar essa relação precisa ser
lavada com água ou com o sangue da purificação, hoje a igreja é considerada a nação de sacerdotes do
Senhor.
(e) Consagração: No sentido de viver uma vida santa e justa. Qual a diferença entre justiça e santidade? A
justiça representa a vida regenerada em conformidade com a lei divina; os filhos de Deus andam
retamente ( 1 João 3:6-10). Santidade é a vida regenerada em conformidade com a natureza divina e
dedicada ao serviço divino; isto pede a remoção de qualquer impureza que estorve esse serviço. "Mas
como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1 Ped.
1:15). Assim a santificação inclui a remoção de qualquer mancha ou sujeira que seja contrária à santidade
da natureza divina.

7.2. Os 3 tempos da santificação


O termo santificação é muito amplo, além de descrever o 2º processo da salvação, também denota os 3
processos em sua totalidade. A santificação reúne: 1) idéia de posição perante Deus e instantaneidade; 2) prática e
progressiva e 3) a santificação final ou glorificação:

(a) Posicional e instantânea: Como já vimos anteriormente salvação inicial é dividida em 3 acontecimentos
simultâneos, a Justificação, a regeneração e a adoção. A justificação é obra da graça pela qual os pecadores,
ao se entregarem a Cristo, são feitos justos e libertados dos hábitos pecaminosos. Mas no homem
meramente justificado permanece um princípio de corrupção, uma árvore má, "uma raiz de amargura", que
continuamente o provoca a pecar. Se o crente obedece a esse impulso e deliberadamente peca, ele perde
sua justificação; segue-se, portanto, a vantagem de ser removido esse impulso mau, para que diminua a
possibilidade de se desviar, esse processo é continuo (santificação), assim sendo o crente não pode parar no
processo de santificação inicial.
(b) Progressiva ou contínua: Mas será que essa santificação consiste somente em ser conferida a posição de
santos? Não, essa separação inicial é apenas o começo duma vida progressiva de santificação. Todos os
cristãos são separados para Deus em Jesus Cristo; e dessa separação surge a nossa responsabilidade de viver
para ele. Essa separação deve continuar diariamente: o crente deve esforçar-se sempre para estar conforme
à imagem de Cristo. "A santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual o homem todo é renovado
segundo a imagem de Deus, capacitando-nos a morrer para o pecado e viver para a justiça." Isso não quer
dizer que vamos progredir até alcançar a santificação e, sim, que progredimos na santificação da qual já
participamos. Concluímos que a santificação continua é o ato do Espirito Santo em nosso espirito, que nos
faz cada dia mais parecidos com Cristo o alvo máximo da santificação. A santificação contínua é um processo
que terminará no arrebatamento ou na santificação final (glorificação).
(c) Santificação final: A “glorificação" é quando Deus remove por completo o pecado da vida dos santos (isto é,
todos os que são salvos) no estado eterno (Romanos 8:18; 2 Coríntios 4:17). Na vinda de Cristo, a glória de
Deus (Romanos 5:2) – a Sua honra, louvor, majestade e santidade - será realizada em nós; em vez de sermos
mortais sobrecarregados com a natureza pecaminosa, seremos transformados em imortais santos com
acesso direto e irrestrito à presença de Deus, e vamos gozar da sagrada comunhão com Ele por toda a
eternidade. Ao considerar a glorificação, devemos nos concentrar em Cristo, pois Ele é a "bendita
esperança" de todo cristão; também podemos considerar a glorificação final como a culminação da
santificação.

7.3. Os meios da Santificação


(a) O Espírito Santo: (Santificação Interna.) (1 Cor. 6:11; 2 Tess. 2:12; 1 Ped. 1:1,2; Rom. 15:16). Quando
estudamos Pneumatologia aprendemos que o Espirito é chamado de “Santo” pois sua principal obra é nos
santificar para Deus. É impossível a santificação sem a operação do Espírito Santo. Diríamos que Ele é o
agente, o dinamizador. O ensino bíblico deixa bem claro este fato (1 Co 6.11; 1 Pe 1.1, 2; Rm 15.16). “Da
mesma forma que o Espírito Santo pairava sobre o caos original (Gn 1.2), seguindo-se o estabelecimento da
ordem pelo Verbo de Deus assim o Espírito paira sobre a alma humana, fazendo-a abrir-se para receber a luz
e a vida de Deus” (2 Co 4.6). O Espírito Santo toma o imundo e o leva ao santo. Fez o que aconteceu na casa
de Cornélio (At 10). E agora os gentios são aceitos na família de Deus porque foram santificados, separados
pelo Espírito Santo.
(b) A Palavra de Deus: (Santificação externa e prática.) (João 17:17, Efés 5:26; João 15:3; Sal. 119:9; Tia. 1:23-
25). A Palavra de Deus nos ensina seu desejos e vontades, nos orienta e nossos caminho e nos faz sábios, Os
cristãos são descritos como sendo "gerados pela Palavra de Deus"(l Ped. 1:23). A Palavra de Deus desperta
os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas.
(c) O sangue de Cristo: (Eterno, absoluto e posicionai.) (Heb. 13:12; 10:10,14; 1João 1:7) O sangue de Jesus é
purificador, tem poder para nos salvar e também nos libertar do pecado, quando aceitamos o sacrifício o
sangue de Jesus nos faz vencer o pecado e portanto no possibilita a ingressar na santificação. Em que
sentido seria a pessoa santificada pelo sangue de Cristo? Em resultado da obra consumada de Cristo, o
pecador penitente é transformado de pecador impuro em adorador santo. A santificação é o resultado dessa
maravilhosa obra redentora do Filho de Deus, ao oferecer-se no Calvário para aniquilar o pecado pelo seu
sacrifício.

8. O terceiro processo da salvação: Santificação final ou Glorificação


9. Evidencias da Salvação

10. A Graça

Graça é um termo em latim gratia e significa benevolência, mercê, estima ou um favor que se dispensa ou recebe.
Também pode corresponder a características agradáveis de uma pessoa. Alguém que tem graça agrada e atrai outras
pessoas através das suas palavras e atitudes. A graça também pode estar relacionada com elegância e graciosidade
de uma pessoa.

Teologicamente, graça consiste no dom sobrenatural, concedido por Deus como meio de salvação. Graça é o dom
gratuito de Deus ao homem num encontro transformante em que a criatura humana é restaurada. Através da graça,
Deus confere ao homem a participação na vida divina fazendo-o Seu filho adotivo. Perdida a amizade de Deus pelo
pecado, a sua recuperação é feita ou pelo arrependimento genuíno dos pecados e aceitação do sacrifício de Jesus.
Ninguém é salvo sem receber a graça de Deus. A salvação é pela graça, o que significa que é gratuita, e é algo que
não podemos alcançar pelos nossos próprios esforços.
1. Origem da controvérsia
1.1. Breve Biografia de Calvino
João Calvino (1509-1564) nasceu em Noyon, na região da Picardia, no Norte da França, no dia 10 de julho de
1509. Ficou órfão de mãe aos seis anos de idade, sendo confiado aos cuidados de um aristocrata amigo da família.
Ainda adolescente foi enviado para a Universidade de Paris para estudar Teologia. Em Paris, tomou contato com as
ideias de Martinho Lutero.

Depois de formado voltou à Paris e à Teologia. Começou uma fase de intensa colaboração com o reitor da
Universidade de Paris, Nicolas Cop. Ao inserir trechos inteiros de Lutero em um discurso de reitor, foi acusado de
herege. Em 1536, após redigir em latim, “Instituições da Religião Cristã”, onde reuniu as bases para o conjunto das
doutrinas do Calvinismo, foi perseguido e teve que abandonar a capital francesa.

Em Genebra se engaja em uma revolta contra a venda de indulgências por parte dos emissários do Papa Leão X,
por isso resolve permanecer na cidade. Em 1538, depois de ter frustradas suas tentativas de instaurar um governo
teocrático, e de escrever “Artigos Sobre o Governo Local” e “Confissões de Fé”, é expulso de Genebra.

Em setembro de 1547, retorna à Genebra a pedido das autoridades, para impedir a tentativa de um cardeal de
restaurar o catolicismo. Realiza na íntegra o governo civil, que tornou supérflua a hierarquia eclesiástica. Estabeleceu
leis, abriu escolas e estimulou o comércio exterior, prega e ensina o calvinismo, Genebra passa a ser o principal
centro protestante da Europa.

João Calvino estabeleceu diversas reformas na Igreja, eliminou o ritual e a música instrumental da missa, despiu
as igrejas de vitrais, quadros e imagens, reduziu o culto a um sermão entre quatro paredes nuas. Aboliu as
comemorações da Páscoa e do Natal, e apagou todos os vestígios do sistema episcopal. João Calvino faleceu em
Genebra, na Suíça, no dia 27 de maio de 1564.

1.1.1. O calvinismo
Calvino Foi à mente brilhante que cristalizou a Reforma Protestante foi o primeiro sistematizador das doutrinas
protestantes. O calvinismo não foi um movimento teológico passageiro e sim um sistema religioso completo e
permanente. É impossível fazer teologia sem interagir com o legado de Calvino. O calvinismo é um modo completo
de ver, entender e existir; é um sistema que envolve todos os aspectos da vida humana e das matérias teológicas.

Estritamente, Calvinismo é o nome dado aos ensinamentos de João Calvino , reformador com maior abrangência
(principalmente sua eclesiologia e antropologia). De uma forma mais ampla, Calvinismo é o sistema teológico que
abrange os ensinamentos de Calvino e, por vezes, também de seus seguidores. Brasileiramente, muitas vezes o
termo “calvinismo” é usado para referir-se não a todo o sistema teológico calvinista, mas à perspectiva sobre a
eleição, ou seja, o pensamento teológico de que Deus elege o homem a partir de Sua soberania. Geralmente isto é
feito em contraposição ao Arminianismo. O foco neste opúsculo é abordar as perspectivas acerca da eleição nestes
sistemas teológicos e não o sistema teológico como um todo.
1.1.2. Perspectiva Calvinista sobre a Eleição
A confissão Calvinista foi elaborada no Sínodo de Dort (1618-1619), atribuída a Teodoro Beza (1519-1605),
discípulo de Calvino, em resposta aos seguidores de Jacobus Arminius (1560-1609) com seu
documento Remonstrante de 1610. Percebe-se que foi elaborada após a morte de Jacobus Arminius. A perspectiva
calvinista clássica acerca da eleição observa-se por meio de cinco itens principais: 1º O homem é totalmente
depravado; a capacidade de querer seguir a Deus foi destruída; 2º Deus elegeu homens para serem salvos
incondicionalmente; 3º Cristo morreu para salvar os eleitos; 4º A graça irresistível é apresentada aos eleitos; 5º O
eleito perseverará, inevitavelmente, para a salvação final.

1.1.3. Monergismo calvinista


A palavra “monergismo” consiste de duas partes principais. O prefixo grego “mono” significa “um”, “único”,
ou “sozinho”, enquanto o sufixo “ergon” significa “trabalhar”. Tomando juntos significa “o trabalho de um
[indivíduo]”, no caso da salvação, trabalho só de Deus. Mas o monergismo é também um termo amplo e, às vezes
confuso. Seu sentido mais amplo aponta para Deus como a realidade totalmente determinante, que significa que
todas as coisas na natureza e história estão sob o controle direto de Deus. Não necessariamente implica que Deus
causa todas as coisas diretamente, mas necessariamente implica que nada pode acontecer que seja contrário à
vontade de Deus e que Deus está intimamente envolvido em tudo, então tudo na natureza e história reflete a
vontade primária de Deus. Consequentemente na salvação é atributo só de Deus sem a participação do homem.

1.2. Breve Biografia de Armínio


Jacó Armínio nascido em Oudewater, Utrecht. Muito jovem tornou-se órfão de pai (Hermann Jakobs), que
deixou uma viúva com três filhos pequenos para criar. A sua mãe (Angélica), irmãos e parentes morreram durante o
massacre espanhol em Oudewater em 1575.2 O pastor Theodorus Aemilius adotou Armínio e o enviou para ser
instruído em Utrecht, após a sua morte, coube ao professor Rudolph Snellius trazê-lo a Marburgo e o qualificar para
estudar teologia na recém-fundada Universidade de Leiden (1576-1582).

A sua formação teológica em Leiden, entre 1576 a 1582, incluiu o professor Johann Kolmann. Kolmann
ensinava que o hiper-calvinismo transformava Deus em um tirano e homicida, sob a sua influência Armínio começou
a elaborar uma teologia que competiria com teologia reformada dominante de Calvino.

Em 1582, Armínio tornou-se aluno de Theodoro de Beza (substituto de Calvino) em Genebra. Após teve que
mudar para Basileia (1582-1584), onde assistiu às aulas de J. J. Grynaeus. De volta a Genebra, Armínio fez amizade
com Johannes Uyttenbogaert, que viria a ser o seu principal aliado nas futuras discussões teológicas. Durante este
tempo, em Genebra ele gozou de uma boa relação com Beza.

Em 1588, ele foi chamado para ser pastor em Amsterdã, a partir de então, Armínio ganhou reputação como
um promissor teólogo, bem educado em Marburgo, Leiden, Genebra, Basileia, Pádua e recomendado por Beza. Em
16 de setembro de 1590 ele se casou com Lijsbet Reael, uma aristocrata que lhe garantiu circular entre os
comerciantes e líderes mais influentes da cidade.

A morte quase simultânea em 1602 de dois professores da Universidade de Leiden, Franciscus Junius e Lucas
Trelcatius o ancião, abriu espaço para que Armínio em 1603 fosse chamado para ensinar teologia. Armínio e Lucas
Trelcatius o jovem foram admitidos, mas Franciscus Gomarus (1563-1641) cautelosamente aprovara Armínio por
suspeitar de heterodoxia. A admissão de Armínio trouxe um novo período de debates teológicos e teve apoio
político por parte de Johannes Uyttenbogaert e Johan van Oldenbarnevelt.
Armínio permaneceu em Leiden como professor de 1603 até sua morte em 1609. Durante este tempo, ele
envolveu-se numa árdua disputa com o seu colega teólogo Franciscus Gomarus, que representava a teoria
supralapsariana da eleição.

Em 1607 Armínio apelou aos Estados da Holanda, para que através de um concílio ou sínodo estes problemas
pudessem ser resolvidos com dignidade e com base bíblica. Então, em março de 1608, a Suprema Corte colocou
Armínio e Gomarus frente a frente para ouvi-los. O veredito foi que, não tendo a controvérsia relação com os pontos
principais referentes à salvação, então que cada um fosse indulgente com o outro. A não desistência de Gomarus em
atacar Armínio levou os Estados da Holanda a propor aos dois oponentes uma reunião de reconciliação. Essa reunião
seria realizada em Haia (agosto de 1609), mas Armínio que estava com tuberculose viu-se forçado a voltar para
Leiden, onde morreu em 12 outubro de 1609.

1.2.1. O arminianismo
Enquanto o calvinismo é um sistema teológico completo, o arminianismo é focado simplesmente na doutrina da
salvação (soteriologia).A doutrina da salvação defendida por Jacobus Arminius parte de uma perspectiva diferente,
enquanto o calvinismo acredita que a salvação é predestinada por Deus e exclusiva dele, o arminianismo acredita
que a chance de salvação é igual para todos e cabe ao homem escolher se aceita a graça estendida por Deus.

1.2.2. A confissão arminiana


A confissão arminiana foi fundada em 1617, após a condenação de sua doutrina no Sínodo Nacional
Dordrecht. Cerca de 45 ministros e teólogos dos Países Baixos que deram continuidade ao desenvolvimento da
teologia de Jacobus Arminius formaram um grupo chamado Remonstrante (os que mostram de novo) e seguiram
ensinando o arminianismo. Seus seguidores propuseram Os cinco artigos da remonstrância, defendendo sua
teologia. Seus principais representantes foram Simon Episcopius (1583-1643) e o conhecido jurista Hugo Grócio
(1583-1645). Os remonstrantes progressivamente afastaram-se das linhas traçadas originalmente por Armínio e
deram origem ao "arminianismo da cabeça"

O papel da graça diante da depravação humana, a eleição condicional, a graça resistível, a expiação não
limitada, o entendimento que Cristo morreu por todos e a possibilidade de perda da salvação são os pilares do
arminianismo, assim como a predestinação e a total depravação o é para o calvinismo.

1.2.3. Sinergismo arminiano


Sinergia ou sinergismo deriva do grego synergía, cooperação sýn, juntamente com érgon, trabalho. Sinergismo é, na
teologia cristã, a teoria de que o homem tem algum grau de participação na salvação, ou seja, é responsável pela sua
salvação ou perdição através do uso de seu próprio livre arbítrio. destaca-se como singular no semblante do livre
arbítrio, que pode levar o homem a Deus ou definitivamente afastá-lo e padecer com a ampliação de seus pecados
naturais durante a vida.

1.3. O sínodo de Dort


O Sínodo começou em 13 de novembro com um culto, após ocorreram às sessões (154 ao todo), o principal
assunto em pauta era, é claro, a controvérsia arminiana, e treze dos remonstrantes foram convocados diante do
Sínodo para prestarem contas de suas opiniões. Como esperado, a despeito das eloquentes defesas do arminianismo
feitas pelos principais remonstrantes, na conclusão do sínodo, todos os líderes remonstrantes foram condenados
como hereges. Pelo menos duzentos foram depostos do ministério da igreja. O Sínodo de Dort promulgou um
conjunto de doutrinas padronizadas para a igreja reformada holandesa, que se tornou a base do acrônimo TULIP (Os
5 pontos da fé calvinista).

2. Os 5 pontos do calvinismo
2.1. Depravação Total (Total Depravity)

Devido à queda, o homem é incapaz de, por si mesmo, crer de modo salvador no Evangelho. O pecador está
morto, cego e surdo para as coisas de Deus. Seu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Sua vontade
não é livre, pois está escravizada à sua natureza má; por isso ele não irá - e não poderá jamais - escolher o bem e não
o mal em assuntos espirituais. Por conseguinte, é preciso mais do que simples assistência do Espírito para se trazer
um pecador a Cristo. É preciso a regeneração, pela qual o Espírito vivifica o pecador e lhe dá uma nova natureza. A fé
não é algo que o homem dá (contribui) para a salvação, mas é ela própria parte do dom divino da salvação. É o dom
de Deus para o pecador e não o dom do pecador para Deus.

2.2. Eleição incondicional (Unconditional Election)

A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, repousou tão somente
na Sua soberana vontade. A escolha de determinados pecadores feita por Deus não foi baseada em qualquer
resposta ou obediência prevista da parte destes, tal como fé ou arrependimento. Pelo contrário, é Deus quem dá a
fé e o arrependimento a cada pessoa a quem Ele escolheu. Esses atos são o resultado e não a causa da escolha
divina. A eleição, portanto, não foi determinada nem condicionada por qualquer qualidade ou ato previsto no
homem. Aqueles a quem Deus soberanamente elegeu, Ele os traz, através do poder do Espírito, a uma voluntária
aceitação de Cristo. Desta forma, a causa última da salvação não é a escolha que o pecador faz de Cristo, mas a
escolha que Deus faz o pecador.

2.3. Expiação Limitada (Limited Atonement)

A obra redentora de Cristo foi intencionada para salvar somente os eleitos e, de fato, assegurou a salvação
destes. Sua morte foi um sofrimento substitucionário da penalidade do pecado no lugar de certos pecadores
específicos. Além de remover o pecado do Seu povo, a redenção de Cristo assegurou tudo que é necessário para a
sua salvação, incluindo a fé que os une a Ele. O dom da fé é infalivelmente aplicado pelo Espírito a todos por quem
Cristo morreu deste modo, garantindo a sua salvação.

2.4. Graça irresistível (irresistible Grace)

Além da chamada externa à salvação, que é feita de modo geral a todos que ouvem o evangelho, o Espírito
Santo estende aos eleitos uma chamada especial interna, a qual inevitavelmente os traz à salvação. A chamada
externa (que é feita indistintamente a todos) pode ser, e, freqüentemente é, rejeitada; ao passo que a chamada
interna (que é feita somente aos eleitos) não pode ser rejeitada. Ela sempre resulta na conversão. Por meio desta
chamada especial o Espírito atrai irresistivelmente pecadores a Cristo. Ele não é limitado em Sua obra de aplicação
da salvação pela vontade do homem, nem depende, para o Seu sucesso, da cooperação humana. O Espírito
graciosamente leva o pecador eleito a cooperar, a crer, a arrepender-se, a vir livre e voluntariamente a Cristo. A
graça de Deus, portanto, é invencível. Nunca deixa de resultar na salvação daqueles a quem ela é estendida.
2.5. Perseverança dos Santos (Perseverance of Saints)

Todos aqueles que são escolhidos por Deus e a quem o Espírito concedeu a fé, são eternamente salvos. São
mantidos na fé pelo poder do Deus Todo Poderoso e nela perseveram até o fim.

3. Os 5 pontos do arminianismo

3.1. Livre Arbítrio

Embora a natureza humana tenha sido seriamente afetada pela queda, o homem não ficou reduzido a um
estado de incapacidade total. Deus, graciosamente, capacita todo e qualquer pecador a arrepender-se e crer, mas o
faz sem interferir na liberdade do homem. Todo pecador possui uma vontade livre (livre arbítrio), e seu destino
eterno depende do modo como ele usa esse livre arbítrio. A liberdade do homem consiste em sua habilidade de
escolher entre o bem e o mal, em assuntos espirituais. Sua vontade não está escravizada pela sua natureza
pecaminosa.. O pecador tem o poder de cooperar com o Espírito de Deus e ser regenerado ou resistir à graça de
Deus e perecer. O pecador perdido precisa da assistência do Espírito, mas não precisa ser regenerado pelo Espírito
antes de poder crer, pois a fé é um ato deliberado do homem e precede o novo nascimento. A fé é o dom do
pecador a Deus, é a contribuição do homem para a salvação.

3.2. Eleição Condicional

A escolha divina de certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, foi baseada na Sua previsão
(presciência) de que eles responderiam à Sua chamada (fé prevista). Deus selecionou apenas aqueles que Ele sabia
que iriam livremente e por si mesmos, crer no Evangelho. A eleição, portanto, foi determinada ou condicionada pelo
que o homem iria fazer. A fé que Deus previu e sobre a qual Ele baseou a Sua escolha não foi dada ao pecador por
Deus (não foi criada pelo poder regenerador do Espírito Santo), mas resultou tão somente da vontade do homem.
Foi deixado inteiramente ao arbítrio do homem o decidir quem creria e, por conseguinte, quem seria eleito para a
salvação. Deus escolheu aqueles que Ele sabia que iriam, de sua livre vontade, escolher a Cristo. Assim, a causa
última da salvação não é a escolha que Deus faz do pecador, mas a escolha que o pecador faz de Cristo.

3.3. Expiação Ilimitada


A obra redentora de Cristo foi intencionada para salvar somente os eleitos e, de fato, assegurou a salvação
destes. Sua morte foi um sofrimento substitucionário da penalidade do pecado no lugar de certos pecadores
específicos. Além de remover o pecado do Seu povo, a redenção de Cristo assegurou tudo que é necessário para a
sua salvação, incluindo a fé que os une a Ele. O dom da fé é infalivelmente aplicado pelo Espírito a todos por quem
Cristo morreu, deste modo, garantindo a sua salvação.
3.4. Graça Resistível

O Espírito chama internamente todos àqueles que são externamente chamados pelo convite do Evangelho. Ele
faz tudo que pode para trazer cada pecador à salvação. Sendo o homem livre, pode resistir de modo efetivo a essa
chamada do Espírito. O Espírito não pode regenerar o pecador antes que ele creia. A fé (que é a contribuição do
homem para a salvação) precede e torna possível o novo nascimento. Desta forma, o livre arbítrio limita o Espírito
na aplicação da obra salvadora de Cristo. O Espírito Santo só pode atrair a Cristo aqueles que O permitem atuar
neles. Até que o pecador responda, o Espírito não pode dar a vida. A graça de Deus, portanto, não é invencível; ela
pode ser, e de fato é, freqüentemente, resistida e impedida pelo homem.

3.5. Decair da Graça

Aqueles que crêem e são verdadeiramente salvos podem perder sua salvação por não guardar a sua fé. Nem
todos os arminianos concordam com este ponto. Alguns sustentam que os crentes estão eternamente seguros em
Cristo; que o pecador, uma vez regenerado, nunca pode perder a sua salvação.

4. Comparação em quadros (Calvinismo X Arminianismo)


5. Mediação entre as duas posições
As duas posições doutrinarias são fundamentais para entendermos a salvação, tanto o Calvinismo como o
Arminianismo, são ensinadas nas Escrituras e possuem forte base bíblica. O Calvinismo exalta a graça de Deus como
a única fonte de salvação e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do
homem e assim também o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos anti-bíblico (hiper-
calvinismo ou hiper-arminianismo) de um e de outro ponto de vista, e também evitar colocar uma idéia em aberto
antagonismo com a outra. Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra a
outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus
na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada
têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e
responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e
despojá-las de toda a confiança de sua salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o
legalismo.

Pregadores piedosos calvinistas, do tipo de Carlos Spurgeon e Carlos Finney, têm pregado a perseverança dos
santos de tal modo a evitar a negligência. Quando o pregador arminiano Carlos Finney ministrava em uma
comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do
homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido
fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. Quando deixamos os mistérios da predestinação e do livre
arbítrio e nos dedicamos à obra prática de salvar as almas, não temos dificuldades com o assunto. João Wesley eram
arminiano e George Whitefield calvinista, entretanto, ambos conduziram milhares de almas a Cristo.
Sobre o autor: MATHEUS MELQUIADES BARBOSA, Casado com Laís Cerqueira
C. Barbosa.

PRESBITERO DA ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTERIO DE MADUREIRA EM RIO


CLARO SP, presidida pelo Pastor Marcos Fogaça.

GRADUAÇÃO: BACHAREL EM TEOLOGIA MEC pela UNIMARTIN e Mestrado em


Teologia e Educação Cristã pela FAITE/CNTB.

Diretor Administrativo da FAITE (Faculdade internacional de Teologia) para o


Estado de São Paulo. Leciona atualmente para os cursos Teológicos dos níveis
básicos ao bacharel.

CEL/WHATSAPP (19) 996386324/ (19) 998651702 - Rio Claro SP

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