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Faculdade de Filosofia
ORIGEM DO MAL,
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2
V. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 18
2
I. INTRODUÇÃO
Dixitque Deus: “Fiat lux". Et facta est lux. […] Viditque Deus cuncta,
quae fecit, et ecce erant valde bona. Et factum est vespere et mane, dies
sextus. Igitur perfecti sunt caeli et terra et omnis exercitus eorum.
Igitur perfecti sunt caeli et terra et omnis exercitus eorum.
Complevitque Deus die septimo opus suum, quod fecerat, et requievit
die septimo ab universo opere, quod patrarat1 e 2.
1
Gênesis 1,3 e 1,31-2, 1-2.
2
O livro do Eclesiástico completa: “Opera Domini omnia bona, et omnem usum hora sua
subministrabit” (Eclesiastico. 39, 39). E o livro da Sabedoria explicita: “Nolite zelare
mortem in errore vitae vestrae neque acquiratis perditionem in operibus manuum
vestrarum, quoniam Deus mortem non fecit nec laetatur in perditione vivorum” (Sabedoria
1, 13-14).
3
Cf. Nostra Aetate 1.
3
De acordo com o Prof. Porfirio das Neves, o bem e o mal neste mundo
não existem, são apenas aparentes, uma vez que são categorias relativas
nossas como fruto de da deformação inicial de uma perfeição ainda não apta
para o progresso dos seres racionais. Teriam, portanto, uma mesma fonte,
diferenciando-se apenas num maior ou menor enfraquecimento do que fora
parte do Mundo Racional7.
4
A Cultura Racional é uma religião brasileira fundada em 1935, no centro espírita “Tenda
Espírita Francisco de Assis”, na cidade do Rio de Janeiro, rua Lopez da Cruz, Méier. Seu
fundado, Manoel Jacintho Coelho, nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de dezembro de
1903 e faleceu em 13 de janeiro de 1991.
5
Cf. M. J. COELHO, Universo em Desencanto 1º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford
Roxo, s.d., 8.
6
M. J. COELHO, Universo em Desencanto 2º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford Roxo,
s.d., 30: “O elétrico e o magnético são da origem do mal, são da origem da matéria”.
7
Cf. (https://www.youtube.com/user/terceiromilenio21/videos) [13/05/2018].
5
8
M. J. COELHO, Universo em Desencanto 18º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford Roxo,
s.d., 77: “E assim, vejam que a vida é somente de aparências, por ser uma vida falsa nessas
condições. Por dentro é uma coisa e por fora é outra”.
9
Cf. M. J. COELHO, Universo em Desencanto 1º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford
Roxo, s.d., 201.
10
Idem, 217.
6
11
M. J. COELHO, Universo em Desencanto 5º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford Roxo,
s.d., 23: “E assim é tudo, nesse conjunto elétrico e magnético, somente para destruir,
porque está deformado. O que é deformado está mal, vai sempre de mal a pior, porque vai
se transformando, degenerando, minguando. E se transformando em outros seres e pela
multiplicação da g1 degeneração chega à extinção, se transformando em outros seres e
extinguindo-se entra em outra formação mais degenerada. Então, tudo se transforma,
porque tudo se degenera e o que degenera, diminui, o que diminui enfraquece, o que
enfraquece vem a desaparecer pelo seu estado de decomposição e se transformando em
outros seres”.
12
M. J. COELHO, Universo em Desencanto 16º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford Roxo,
s.d., 244: “Agora, o MUNDO RACIONAL, o mundo dos puros, limpos e perfeitos, o
mundo de onde saíram para parar aí nessa deformação de impuros, cheios de defeitos.
Agora, todos de volta para o seu verdadeiro mundo, o MUNDO RACIONAL, todos sendo
outra vez puros, limpos e perfeitos, em seu verdadeiro Mundo de Origem, voltando todos
àquilo que eram: puros, limpos e perfeitos”.
7
III. CATOLICISMO
Em Jesus Cristo, Deus nos revela ser Trindade Santa, uma relação
subsistente, onde o Pai eternamente gera o Filho, onde o Filho, Imagem do
Pai, que eternamente diz Pai, ambos se amam eterna e infinitamente no
Espírito Santo. Um Deus, uma natureza e Três pessoas.
13
Metafisicamente falando, o mal é a ausência de uma devida perfeição, é a negação do
bem, do Sumo Bem.
14
Cf. Gênesis 3, 1-24.
15
Cf. 2 Tessalonicenses 2,7.
16
Cf. CIC 385.
8
pecado é uma ofensa infinita de um ser finito ao Ipsum Esse per Se Subsistens.
É a criatura que se rebela contra seu Criador, que decide romper, extirpar de
seu espírito a relação de filho no Filho, para fazer-se ele igual a Deus.
17
Excetuando a Virgem Maria, por favor especial de Deus, e Jesus Cristo, Filho de Deus,
nascido da Virgem Maria, em tudo semelhante a nós, menos no pecado. Cf. Hebreus 4, 15
18
Cf. CIC 403.
19
CIC 1707: "Instigado pelo Maligno, desde o início da história o homem abusou da própria
liberdade." Sucumbiu à tentação e praticou o mal. Conserva o desejo do bem, mas sua
natureza traz a ferida do pecado original. Tornou-se inclinado ao mal e sujeito ao erro: O
homem está dividido em si mesmo. Por esta razão, toda a vida humana, individual e
coletiva, apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas.
20
Cf. CIC 406-407.
9
21
Cf. CIC 310-312.
22
Cf. Gálatas 5, 1-13.
23
CIC 410.
24
Cf. Credo Símbolo dos Apóstolos e Niceno-Constantinopolitano.
25
Cf. Romanos 5, 1-21.
10
“Então, por que o mal existe? Para esta pergunta tão premente quão
inevitável, tão dolorosa quanto misteriosa, não há uma resposta
rápida. É o conjunto da fé cristã que constitui a resposta a esta
pergunta: a bondade da criação, o drama do pecado, o amor paciente
de Deus que se antecipa ao homem por suas Alianças, pela Encarnação
redentora de seu Filho, pelo dom do Espírito, pelo congraçamento da
Igreja, pela força dos sacramentos, pelo chamado a uma vida bem-
aventurada à qual as criaturas livres são convidadas antecipadamente
a assentir, mas da qual podem, por um terrível mistério, abrir mão
também antecipadamente. Não há nenhum elemento da mensagem
cristã que não seja, por uma parte, uma resposta à questão do mal”26.
26
CIC 309.
11
IV. COMPARAÇÃO
27
Cf. nota 5.
28
M. J. COELHO, Universo em Desencanto 9º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford Roxo,
s.d., 36: Então, tudo se transforma, mas EU falo em morte para melhor interpretação dos
primários, para melhor compreensão dos primários, dos confusos. Então, é preciso usar os
termos de melhor compreensão, como “morte” e outros termos mais. Mas, na realidade
ninguém morre, tudo se transforma. Então, essa vida deformada é continuação para a outra
vida de puros, limpos e perfeitos no seu verdadeiro mundo de origem, porque tudo se
transforma para o seu estado natural. Qual é o estado natural? É de Racionais puros, limpos
e perfeitos, na PLANÍCIE RACIONAL, no seu lugar verdadeiro.
14
29
Cf. nota 16.
15
capaz de comunicar-se
com o mundo de origem
e instrumento do
Racional Superior para
transmitir a verdade.
Bem e mal Bem é a participação ao Neste mundo são apenas
neste Sumo Bem. Este é a fonte aparentes, não existem
mundo de todo Bem. realmente, são
O mal é a livre negação categorias relativas
da criatura à relação de construídas pelos
filho no Filho com Deus, homens, mas possuem
é ausência de perfeição uma mesma origem,
devida. nada mais que um é
mais forte ou menos
enfraquecido que o
outro30. Necessária
revelação para mostrar o
mal que é a matéria.
30
Cf. M. J. COELHO, Universo em Desencanto 5º volume, Ed. Gráfica Racional, Belford
Roxo, s.d., 41: “Então, nunca que podiam encontrar o puro, o certo, o perfeito, na
deformação, porque tudo se degenera e tudo se transforma, hoje é uma coisa amanhã é
outra e, por isso, hoje está certo assim, amanhã já não está. Hoje está novo, amanhã está
velho. Hoje está bom, amanhã está ruim”.
16
V. CONCLUSÃO
Com este trabalho não queremos dizer que o Cristianismo seja mais
logicamente bem construído doutrinalmente que a Cultura Racional, ainda
17
que isto nos pareça um fato, pois no final a Fé sempre dependerá da adesão
da vontade humana a uma revelação de pelo menos um Ser Transcendente
ao homem. A verdadeira religião não é aquela que possui o sistema
racional lógico imune às criticas alheias passadas e de porvir, mas sempre
será o encontro de uma pessoa, de uma sociedade com um Deus que Se
revela, com uma Pessoa31.
31
Cf. J. RATZINGER, Introduzione al Cristianesimo, Queriniana, Brescia, 1996.
18
BIBLIOGRAFIA